EDITORIAL -Mais uma edição, a Onda nº102 viu a luz em 12 Setembro de 1970. Hoje dia dos namorados aparece a e102. Até o anúncio da DETA faz brilhar o dia. Os Rising Sons tinham dado espectáculo e fazemos a sua pequena história com o pouco que temos. Dos Monstros também não foi fácil saber, mas o serviço militar acabou depois com eles. Eram um grande grupo mas sem gravações para podermos mostrá-lo. Ilustramos com originais dos quais faziam "covers". Kenny Rodger & The First Edition foram outro grupo interessante, especialmente depois com Kenny a solo. A vinda a LM da Orquestra de Câmara Gulbenkian foi um acontecimento e nós que curtíamos música clássica não podíamos faltar. Quem diria que a jovem pianista Maria João que se começava a afirmar viria a ser considerada uma das melhores do Mundo. Esta a homenagem que lhe fazemos. E agora na nossa nova rubrica Homenagem não quisemos deixar passar em branco os 60 anos do Senhor Televisão. Júlio Isidro merece-o por todo o seu "savoir faire" e pelo muito que fez pela música portuguesa. Aproveitámos o casamento da Techa para a homenagear também uma vez que este ano faz as suas Bodas de Ouro e tem uma linda família. E que melhor dia para publicar senão este? Dos BS&T já falámos na Onda nº 73 e de Rosa Moreno na Onda nº 95. Desde a 1ª edição em papel já passaram 50 anos , são muitos anos e não admira que cada edição seja também, para além da nostalgia, agora a onda da tristeza. Temos a homenagem aos grandes senhores da canção Patxi Andion e Alain Barriére, assim como ao mais jovem Art Sullivan. Destacamos ainda o génio da harmónica Artur Mendes que muito admirávamos. Continuamos a divulgar "A História da Música".
Depois as habituais letras, concurso, novos discos e Parada da Onda. Disfrutem.
Depois as habituais letras, concurso, novos discos e Parada da Onda. Disfrutem.

Os Rising Sons nasceram em 1966 em Pietermaritzburg na África do Sul. Eram formados por Rod Kielly (voz), Andy White (baixo), Gerard Hawes (teclas, harmónica e viola), Malcolh Watson (solo) e Dave Campbell (bateria). Em 1970 White foi substituído por Richard Mitchel (ex New Trends).
Em 1967 lançam o 1º single, "The Coming Generation". Ainda em 67 "I Wanna Take You Home" e em 68 "Will You Always Have Me". Gravam um álbum ao vivo, "Recorded Live". Ganham maior projecção quando editam em 69 um "cover" de "Proud Mary", o primeiro Maxi single editado na África do Sul em 33 rpm com a Trutone. Ainda em 69 sai "Hey Diddle Diddle". Em 1970 estavam no auge. "If I Come Home" e "Cry Bluebird Cry" são os singles anteriores ao seu grande sucesso "Stand Up For The Lady". É nesse Agosto de 70 que se apresentam em Lourenço Marques (hoje Maputo) com grande sucesso.
"Stand Up For The Lady" foi escrito por Paul Ditchfield dos Bats (OP nºs 24 e 26).
Em 1967 lançam o 1º single, "The Coming Generation". Ainda em 67 "I Wanna Take You Home" e em 68 "Will You Always Have Me". Gravam um álbum ao vivo, "Recorded Live". Ganham maior projecção quando editam em 69 um "cover" de "Proud Mary", o primeiro Maxi single editado na África do Sul em 33 rpm com a Trutone. Ainda em 69 sai "Hey Diddle Diddle". Em 1970 estavam no auge. "If I Come Home" e "Cry Bluebird Cry" são os singles anteriores ao seu grande sucesso "Stand Up For The Lady". É nesse Agosto de 70 que se apresentam em Lourenço Marques (hoje Maputo) com grande sucesso.
"Stand Up For The Lady" foi escrito por Paul Ditchfield dos Bats (OP nºs 24 e 26).

Sai o álbum "A Mixed Bag". Mudam-se para a Polydor e editam o álbum "A Mixed Bag - Vol. 2". Em 71 sai o álbum "Ressurection" e em 72 têm outro grande êxito, "How Do You Do".
Em final de 72 o grupo rejuvenesce musicalmente acompanhando as tendências da moda com a integração de instrumentos de sopro. Assim entram Rod Kielly para o trompete e Peter Lynch para o sax e flauta. Entra também Lionel Kielly para a percurssão. Também saem alguns músicos da formação anterior como Mike Pilot (viola), Eddei Boyle (baixo) e Dennis East (voz) diferentes. Apenas se mantém Dave Campbell na bateria (hoje já falecido) e Gerard Hawes que além das teclas também toca trombone.
Em 73 gravam "Going Down Jordan" e o álbum "The Jugglers Rock'n Boogie Band". Passam a ser um grupo muito procurado e popular no circuito de "Night Clubs" Pop e Bubblegum. Acabam em 1974 seguindo cada um vidas diferentes em outras actividades profissionais.
Em final de 72 o grupo rejuvenesce musicalmente acompanhando as tendências da moda com a integração de instrumentos de sopro. Assim entram Rod Kielly para o trompete e Peter Lynch para o sax e flauta. Entra também Lionel Kielly para a percurssão. Também saem alguns músicos da formação anterior como Mike Pilot (viola), Eddei Boyle (baixo) e Dennis East (voz) diferentes. Apenas se mantém Dave Campbell na bateria (hoje já falecido) e Gerard Hawes que além das teclas também toca trombone.
Em 73 gravam "Going Down Jordan" e o álbum "The Jugglers Rock'n Boogie Band". Passam a ser um grupo muito procurado e popular no circuito de "Night Clubs" Pop e Bubblegum. Acabam em 1974 seguindo cada um vidas diferentes em outras actividades profissionais.

Os Monstros foram um grupo que se distinguiu no início da década de 70 no panorama musical da cidade de Lourenço Marques (hoje Maputo). Com um estilo musical mais Soul e uma boa utilização dos metais vinha na linha que começava a conquistar a juventude num estilo Chicago e Blood Sweat & Tears. João Paulo (já falecido), o vocalista sobressaía com a sua excelente voz. Perdemos-lhes o rasto mas com o apoio do nosso amigo Aurélio Le Bon, conseguimos o contacto de David Abílio que era o empresário do grupo. Já nesta época David parecia saber bem aquilo que queria ser.
O grupo era formado por David Abílio (empresário), João Paulo (voz), João Pais (teclas), Adolfo Francisco (baixo), Marcelo Manjate (trompete), Joaquim Máximo ( bateria) antes tinha sido o Arlindo Malote e António dos Santos (solo). Mas logo a seguir ás Olimpíadas dos Conjuntos sofreu a quebra com a saída do João Pais vai para o curso do COM em Boane para o serviço militar. A solução foi oferecem-se todos para o serviço militar. O resultado foi que acabaram por ficar a substituir o Conjunto de João Paulo (OP nºs 60 e 93) que se tinha conseguido manter unido tocando para as tropas e quando saíram de Lourenço Marques levaram a vocalista Vicky e apresentavam-se como João Paulo 70. Os Monstros acabaram por percorrer todo o Moçambique entre finais de 70 e início de 74 sempre a tocar para as tropas. Segundo eles tinham aprendido muito com o Quinteto Académico + 2 (OP nºs 39 e 41) e de quem se tinham tornado amigos em 1969 quando estes estiveram 6 meses no Hotel Polana. Mas após a sua desmobilização do exército e o 25 de Abril o grupo desfez-se. O vocalista João Paulo foi para a Suazilândia e África do Sul. 25 anos depois regressou e o grupo ainda se reuniu e fez uma dúzia de espectáculos, mas nada já era igual e decidiram cada um seguir o seu caminho.
João Pais foi Director do Banco de Moçambique (Ex BNU) , Marcelo trabalhou nos CMF (Caminhos de Ferro de Moçambique), Máximo (o 2º baterista) tornou-se empresário da construção, Adolfo Macário Jurista e Arlindo Malote economista. O Abílio era o relações públicas e foi nosso companheiro no jornal Notícias . Depois foi essa vida que seguiu, as relações públicas.
Como não temos gravações ilustramos com originais dos quais faziam "covers".
O grupo era formado por David Abílio (empresário), João Paulo (voz), João Pais (teclas), Adolfo Francisco (baixo), Marcelo Manjate (trompete), Joaquim Máximo ( bateria) antes tinha sido o Arlindo Malote e António dos Santos (solo). Mas logo a seguir ás Olimpíadas dos Conjuntos sofreu a quebra com a saída do João Pais vai para o curso do COM em Boane para o serviço militar. A solução foi oferecem-se todos para o serviço militar. O resultado foi que acabaram por ficar a substituir o Conjunto de João Paulo (OP nºs 60 e 93) que se tinha conseguido manter unido tocando para as tropas e quando saíram de Lourenço Marques levaram a vocalista Vicky e apresentavam-se como João Paulo 70. Os Monstros acabaram por percorrer todo o Moçambique entre finais de 70 e início de 74 sempre a tocar para as tropas. Segundo eles tinham aprendido muito com o Quinteto Académico + 2 (OP nºs 39 e 41) e de quem se tinham tornado amigos em 1969 quando estes estiveram 6 meses no Hotel Polana. Mas após a sua desmobilização do exército e o 25 de Abril o grupo desfez-se. O vocalista João Paulo foi para a Suazilândia e África do Sul. 25 anos depois regressou e o grupo ainda se reuniu e fez uma dúzia de espectáculos, mas nada já era igual e decidiram cada um seguir o seu caminho.
João Pais foi Director do Banco de Moçambique (Ex BNU) , Marcelo trabalhou nos CMF (Caminhos de Ferro de Moçambique), Máximo (o 2º baterista) tornou-se empresário da construção, Adolfo Macário Jurista e Arlindo Malote economista. O Abílio era o relações públicas e foi nosso companheiro no jornal Notícias . Depois foi essa vida que seguiu, as relações públicas.
Como não temos gravações ilustramos com originais dos quais faziam "covers".
David Abílio Mondlane nasceu no Chibuto, Província de Gaza, a 5 de Outubro de 1949 e fez o ensino primário na Missão Malaiça, uma Escola Missionária. Depois foi para Lourenço Marques onde fez o ensino secundário no Liceu Salazar. Foi aí em LM que começaram o grupo em 1968. Depois da Independência de Moçambique foi para a República Democrática Alemã onde fez um curso de Teatro. Perguntámos então como tinha surgido a ideia de fazerem um conjunto musical. David disse-nos que "a coisa começou na brincadeira na casa de um deles que gostava de imitar a música francesa e brasileira e sem grandes conhecimentos musicais, eram o Adolfo e o António depois foram-se juntando mais amigos como eu o João Paulo e o Marcelo quando íamos a bailes no intervalo de uma série pedíamos para nos deixarem tocar. Tudo muito inocente para nos divertirmos. Quando apareceu o João Paulo com aquele vozeirão o pessoal começou a apreciar o que fazíamos e então começaram a chegar os convites".

David Abílio Mondlane depois da Independência de Moçambique começa em 1976 como Encenador e Dramaturgo da DCN. Aí encena e dirige a peça "Partilha de África" com o grupo da DCN. Em 1977 a peça "Xiconhoca" com o mesmo grupo, "Jovem André" com o grupo da OJM e ainda "Bichas Nas Portas Das Lojas Porquê". Em 1978 para activistas de Manica e Sofala "Trabalho Forçado". Em 78 esteve a dar aulas de Teatro no Centro de Estudos Culturais e foi Director de Publicidade, Marketing e Comunicação do 1º Festival Nacional de dança Popular.Na sua missão de esclarecimento através do teatro vai depois em 79 a Nampula apresentar "A Fruta da Riqueza" e a Cabo Delgado "A Bondade de Deus é a Miséria do Povo". Em 80 "Anona o Pescador" para activistas do Niassa e de regresso ao Maputo "Porque é Que o Inimigo Nos Ataca?" para activistas. Em 1980 e 81 orientou cursos de formação para animadores de Teatro em todo o País ( os actores já falecidos António Bila dos CFM e Feliciano Maricoa de Nampula, são resultado desses cursos) e foi o Director e Relações Públicas e Protocolo bem como Produtor do espectáculo com artistas internacionais que actuaram no 1º Festival da Canção e Música Tradicional. Publicou vários textos sobre Teatro, "À Busca do Teatro Popular" e "É Isto Que é Teatro Companheiros" publicado na revista Tempo. Em 1982 foi para a República Democrática Alemã onde tirou em Berlim um curso de Dramaturgia e Encenação Teatral (especializado em Bertold Brecht). Em 1984 quando volta a Moçambique é um dos fundadores da CNCD (Companhia Nacional de Canto e Dança). Dirigiu-a durante 30 anos, depois passou a assessor do Ministro da Cultura.
Especializou-se também em arranjos coreográficos de danças tradicionais e criou para a CNCD as peças "Magoma Ku Kabu" em 83 e "As Mãos" em 1984, "Em Moçambique o Sol Nasceu" em 85. Também criou bailados como "N'tsay" em 86. Em 88 é o Director de Produção Executiva e de Programação do Festival Internacional de Teatro da SADC. Em 1992 apresentou "A Noiva de Nha-Kebera" e "Requirem Samora". Em 1999 é nomeado Director do Cinema Cine-África (antigo Cinema Manuel Rodrigues). Ainda em 99 é professor de Linguagem Corporal na Universidade Pedagógica. Participou em várias conferências sobre dança, cultura e paz em diversos Países desde a África do Sul, Gana, Costa do Marfim, Portugal, EUA ou Zimbabué. Em 2000 foi o Produtor Cultural na cerimónia de tomada de posse do Presidente da República Joaquim Chissano. Foi o Produtor dos eventos das celebrações das Bodas de Prata da Independência de Moçambique- Em 2001 e 2003 foi o co-produtor do programa musical semanal "À Quinta no África". David foi ainda o Produtor de todas as digressões da CNCD que os levou a mais de 120 distrtos
Desde 2000 passou a ser o Coordenador de artistas contra a pobreza e a SIDA. Membro do Conselho Central da Organização Continuadores, Membro do Comité Artístico Internacional do MASA (Mercado Africano de Artes e Espectáculos com sede em Abidjan), Membro do Laboratório das Políticas Culturais em África e Membro do Painel de Experts de Dança da Unesco.
No século XXI apresenta mais bailados. Em 2005 apresenta "Sonhadores" (sobre MDGs - Milleniun Development Goals), em 2008 "Matchedge 40 Anos Depois", depois "O Voo da Águia" e em 2009 Vida e Obra de Eduardo Chivambo Mondlane.
Como Produtor Cultural é o Director Executivo do II Festival Nacioanal de Dança Popular em 2002, Director de produção e Programação do II Festival Nacional da Canção e Música Tradicional em 2006, Director de produção artística do V Festival Nacional de Cultura em 2008 e Director Executivo Adjunto do VI Festival Nacional de Cultura em 2010, Assessor do Ministro para o VII Festival Nacional de Cultura em 2012, Assessor do Gabinete Central do IX FNC e Consultor do Festival de Cultura de Angola em 2014, Assessor da governadora de Sofala para o FNC em 2016 e Produtor Assistente da Gala Oficial do FNC em Lichinga em 2018.
Como Produtor de Galas Oficiais para além das que já falámos foi-o nas datas Oficiais e de todas as visitas de chefe de Estado estrangeiros desde a Independência e até 2016. Ainda antes de me enviar estes dados David pediu-me que esperasse pois estava a tratar das cerimónias de investidura do Presidente Filipe Nyusi.
David Abílio recebeu vários prémios. Em 80 a Medalha de Ouro do Berlim Festag, Prémio Presença do Jornal Domingo em 84 e Prémio 10º Aniversário Independência Moçambique. Também os críticos do Wastington Post e do New York Times distinguiram os Bailados "Ntsay" e " Em Moçambique o Sol Nasceu" muito positivamente . Colaborou com a Unesco a Unifec e o PNUD.
Nos últimos 5 anos antes de se reformar foi Assessor do Ministro da Cultura. Hoje tem a sua empresa de produção de ventos, porque não sabe estar parado.
No século XXI apresenta mais bailados. Em 2005 apresenta "Sonhadores" (sobre MDGs - Milleniun Development Goals), em 2008 "Matchedge 40 Anos Depois", depois "O Voo da Águia" e em 2009 Vida e Obra de Eduardo Chivambo Mondlane.
Como Produtor Cultural é o Director Executivo do II Festival Nacioanal de Dança Popular em 2002, Director de produção e Programação do II Festival Nacional da Canção e Música Tradicional em 2006, Director de produção artística do V Festival Nacional de Cultura em 2008 e Director Executivo Adjunto do VI Festival Nacional de Cultura em 2010, Assessor do Ministro para o VII Festival Nacional de Cultura em 2012, Assessor do Gabinete Central do IX FNC e Consultor do Festival de Cultura de Angola em 2014, Assessor da governadora de Sofala para o FNC em 2016 e Produtor Assistente da Gala Oficial do FNC em Lichinga em 2018.
Como Produtor de Galas Oficiais para além das que já falámos foi-o nas datas Oficiais e de todas as visitas de chefe de Estado estrangeiros desde a Independência e até 2016. Ainda antes de me enviar estes dados David pediu-me que esperasse pois estava a tratar das cerimónias de investidura do Presidente Filipe Nyusi.
David Abílio recebeu vários prémios. Em 80 a Medalha de Ouro do Berlim Festag, Prémio Presença do Jornal Domingo em 84 e Prémio 10º Aniversário Independência Moçambique. Também os críticos do Wastington Post e do New York Times distinguiram os Bailados "Ntsay" e " Em Moçambique o Sol Nasceu" muito positivamente . Colaborou com a Unesco a Unifec e o PNUD.
Nos últimos 5 anos antes de se reformar foi Assessor do Ministro da Cultura. Hoje tem a sua empresa de produção de ventos, porque não sabe estar parado.

Em 1967 quatro membros do conjunto New Christy Minstrels que tinha feito grande sucesso com a canção "Green Green" resolvem sair e formar os First Edison. Mickey Jones, o baterista já tinha trabalhado com Trini Lopez e algumas vezes com Bob Dylan. Kenny Rodgers o vocalista e baixo, em 1958 ele já tinha recebido um disco de ouro pela canção "Crazy Feeling" gravada em 1957. Terry Williams, filho de músicos tocava viola desde os 14 anos e tinha sido músicoi de estúdio- Ele é o compositor. Thelma Camacho é a voz feminina do grupo e Kin Vassy o viola.

Os New Christy Minstrel tinham sido criados em 1961 por Randy Sparks. Sparks actuava a solo nos anos 50 mas depois criou um trio. Depois de um ano de digressão concluíu que precisava de mais som. Juntou o quarteto Farmount Singers. Nasceram assim os New Christy Minstrel. Em 1963 lançam "Green Green" do qual venderam mais de um milhão de discos e tornam-se conhecidos em todo o mundo. O grupo viveu sempre de entradas e saídas. Só em 66 entraram Kim Cranes (mais tarde a criadora da famosa "Bette Davis Eye", Terry Williams, Kenny Rodgers e Thelma Camacho. Em 1967 Mike Settle e Williams desafiam Kenny e Thelma a saírem e vão buscar o baterista Mickey Jones. Em Agosto de 67 aparecem então os First Edition. Os New Christy substituiram-os e continuaram a sua carreira (tiveram mais de 300 elementos). Hoje têm uma fundação e continuam a tocar e a cantar. Randy Sparks continua a dirigir o grupo.
O primeiro single dos First Edition não obtêm qualquer sucesso. m 68 "Just Dropped in" atinge o 5º lugar no Top. Depois sai o single "But You Know I Love You" que chega à 19º posição. O grupo muda então de nome para Kenny Rodgers & The First Edition. No verão de 1969 lançam aquele que virá a ser o seu grande êxito "Ruby, Don't Take Your Love To Town" que atinge a 6ª posição nos Estados Unidos e o 2º no Reino Unido.
O primeiro single dos First Edition não obtêm qualquer sucesso. m 68 "Just Dropped in" atinge o 5º lugar no Top. Depois sai o single "But You Know I Love You" que chega à 19º posição. O grupo muda então de nome para Kenny Rodgers & The First Edition. No verão de 1969 lançam aquele que virá a ser o seu grande êxito "Ruby, Don't Take Your Love To Town" que atinge a 6ª posição nos Estados Unidos e o 2º no Reino Unido.

"Just Dropped In" tinha um som psicadélico e Glen Campbell foi um dos músicos que tocou na gravação. Terry Williams tinha feito o solo e mais tarde Jimi Hendrix disse que esse um dos seus discos favoritos. Em 1968 Thelma Camacho foi despedida do grupo depois do single "But You Know I Love You". Thelma adorava o estúdio mas tinha muitos problemas nas digressões e pouca saúde. Foi substituída por Mary Arnold. Thelma gravou os 3 primeiros álbuns e metade do 4º. Kenny deixou crescer o cabelo e usava óculos cor de rosa. Passam a tratá-lo por Hippie Kenny. Em 69 gravam então "Ruby Don't Take Your Love To Town" que faz o maior sucesso e os faz serem conhecidos mundialmente. A letra inicialmente referia-se à guerra na Coreia mas ao tempo era o Vietnam que tropeçava em todos os protestos. Nos dois anos seguintes tiveram mais 5 êxitos.
No final de 69 Mike Settle saíu durante uns meses para tentar segurar o seu casamento e foi substituído por Kin Vassy. Kenny e Terry lideravam o grupo, Kenny com os discos e Terry com os palcos. O estilo continuava a ser o Country Rock e Folk.
No final de 69 Mike Settle saíu durante uns meses para tentar segurar o seu casamento e foi substituído por Kin Vassy. Kenny e Terry lideravam o grupo, Kenny com os discos e Terry com os palcos. O estilo continuava a ser o Country Rock e Folk.

Em 70 trazem "Something's Burning" que sobe à 11º posição no Top. Lançam o álbum "Tell It All Brother" razão porque estavam na Onda Pop. Em fins de 70 gravam "Someone Who Cares" e "A Poem I Wrote For Your Hair" para tema do filme "Fools". Em 71 fizeram vários lançamentos e tiveram um programa de televisão "Rollin' On The River". Aí acabam por fazer uma brincadeira mascarando-se de beach Boys e fazendo um medley de canções do álbum "Pet Sounds". 1972 foi um ano mau, sem êxitos escritos por Vassy que se desnorteou e começou a abusar da bebida, acabando por ser expulso da banda. Lançam uma ópera Rock baseada no sexismo do século XIX, "The Ballad Of Calico". As vendas foram fracas. Mudam para a editora Jolly Records de Kenny distribuída pela MGM. O 1º álbum sai em 72, é o "BackRoads". os resultados do single lançado são fracos. Era preciso mudar a imagem e o estilo e várias tentativas foram feitas. Desde "Morgana Jones" que conta a história de uma prostituta até à "42nd Street" de Nova York dos anos 30 tudo se fez. Faziam parte do álbum Monumental que misturava vários estilos. No entanto na Nova Zelândia o álbum fez grande sucesso. De 73 a 75 fizeram 3 digressões à Nova Zelândia. Temas do álbum "Rollin´" como "Lena Lookie"e "Lady Plays Your Simphony" foram um êxito. Em 75 sai um filme na TV, "Rollin' Though New Zeland". As coisas foram sempre piorando e o último single foi "Making Music For Money".
Em 74 o programa para televisão "The Dream Makers" parecia ser uma viragem mas os First Edition não resistiram. Acabam em 1975.
Em 74 o programa para televisão "The Dream Makers" parecia ser uma viragem mas os First Edition não resistiram. Acabam em 1975.

Terry já havia gravado a solo, Mickey Jones seguiu aquilo que queria fazer, ser actor e Kenny cortou o seu longo cabelo e seguiu uma carreira a solo. Kenny fez contrato com a United Artist em 75 e o seu primeiro single foi "Lucille" e foi conquistando o mundo da Country Music. Durante 90 semanas permaneceu no Top e teve 25 primeiros. Foi o artista Country que mais vendeu. Em 83 Kenny já era um nome grande na música e a RCA contrata-o por 20 milhões de dólares para gravar 6 álbuns. Kenny continua a gravar, em tours, cantando todo o género de música o tempo dos First Edition incluindo álbuns de Natal. Kenny fez muitos duos com os seus colegas da Country. Kenny Rodgers retirou-se em 2017. Em Abril de 2013 foi introduzido no Country Music Hall of Music.
Thelma Camacho fez alguns álbuns a solo em 60 e 70 e um álbum em 80, depois mudou-se para a Europa e mudou o nome para Tess Ivie (apelido do marido). Hoje vive na Califórnia e tem uma loja de jóias.
Mary Arnold casou com o grande cantor Roger Miller (que lhe tinha sido apresentado por Kenny). Cantou com o marido durante muitos anos e também foi introduzida no Iowa Rock & Roll of Fame.
Em Abril de 2010 Kenny, Mike, Mickey, Terry, Mary e Gene reuniram-se para um filme especial da TV, "Kenny Rodgers & The First Edition 50 Years", filmado no Foxwoods Casino em Connecticut. Os First Edition semi reuniram-se com Kenny em 2014 e 2015 quando ele foi eleito para o Country Music Hall of Fame.
Thelma Camacho fez alguns álbuns a solo em 60 e 70 e um álbum em 80, depois mudou-se para a Europa e mudou o nome para Tess Ivie (apelido do marido). Hoje vive na Califórnia e tem uma loja de jóias.
Mary Arnold casou com o grande cantor Roger Miller (que lhe tinha sido apresentado por Kenny). Cantou com o marido durante muitos anos e também foi introduzida no Iowa Rock & Roll of Fame.
Em Abril de 2010 Kenny, Mike, Mickey, Terry, Mary e Gene reuniram-se para um filme especial da TV, "Kenny Rodgers & The First Edition 50 Years", filmado no Foxwoods Casino em Connecticut. Os First Edition semi reuniram-se com Kenny em 2014 e 2015 quando ele foi eleito para o Country Music Hall of Fame.

Mickey Jones foi o mais popular depois de Kenny. Entrou em bastantes filmes e programas de televisão durante vários anos. "Sing Blade" e "Fighting Temptations" talvez sejam os filmes mais conhecidos. Morreu a 7 de Fevereiro de 2018.
Gene Lourenzo trabalhou vários anos no Country com Lee Greenwood e depois vários anos com kathy Matter. continua como músico trabalhando em estúdio e com algumas bandas.
Kin Vassy conseguiu dois Top 40 como cantor country. Trabalhou com Kenny nos anos 80. Trabalhou com Frank Zappa e Elvis Presley. Morreu de cancro de pulmão a 23 de Junho de 1994.
Dois anos depois da sua morte Marina McBride atingiu o 28º lugar no Country Top com a sua canção "Phones Are Ringing (All Over Town)".
Terry Williams teve um Hit em 80, "Blame It On The Night". Trabalhou com Kenny nos anos 80 e dirigiu os estúdios de gravação de Kenny, os Lion Share Recording Studios. Terry retirou-se para a sua quinta e compõe canções religiosas.
Mike Settle continua a compor para vários grupos. Depois de deixar a indústria discográfica tornou-se jornalista. Hoje está retirado mas algumas das suas canções continuam a ser gravadas.
Gene Lourenzo trabalhou vários anos no Country com Lee Greenwood e depois vários anos com kathy Matter. continua como músico trabalhando em estúdio e com algumas bandas.
Kin Vassy conseguiu dois Top 40 como cantor country. Trabalhou com Kenny nos anos 80. Trabalhou com Frank Zappa e Elvis Presley. Morreu de cancro de pulmão a 23 de Junho de 1994.
Dois anos depois da sua morte Marina McBride atingiu o 28º lugar no Country Top com a sua canção "Phones Are Ringing (All Over Town)".
Terry Williams teve um Hit em 80, "Blame It On The Night". Trabalhou com Kenny nos anos 80 e dirigiu os estúdios de gravação de Kenny, os Lion Share Recording Studios. Terry retirou-se para a sua quinta e compõe canções religiosas.
Mike Settle continua a compor para vários grupos. Depois de deixar a indústria discográfica tornou-se jornalista. Hoje está retirado mas algumas das suas canções continuam a ser gravadas.
Estes rapazes vieram de um País Africano e instalaram-se na África do Sul em 1970. Entraram numa batalha de Bandas e ganharam. Tornaram-se um dos melhores conjuntos sul africanos e depois foram para Inglaterra onde mudaram de nome. Estão na parada da Onda Pop. Quem são?
Espanha, 18 de Dezembro 2019
Quilómetro 59 da auto-estrada A-15 |
"Posiblemente ansío ser camino
y posiblemente yo me quede en la vereda. Posiblemente sea un desatino andar cantando sin ser oído y responder a golpes de garganta lo que ustedes no sienten, o se callan, o se callan quizás por que lo sienten." Posiblemente muerto al borde de una carretera, Posiblemente vivirá para siempre ! |
Morreu PATXI ANDIÓN e morreu um pouco de todos nós, que nos habituámos a ouvir a sua voz rouca e viril que nos prenunciava, desde 1969, novos tempos de esperança de viver em liberdade ao lançar o seu primeiro L.P. - "Retratos", com temas marcantes como "La Jacinta" (uma prostituta que começa a vender amor na flor da idade), "Rogelio" (amigo, cúmplice de bebedeiras, lutas, alegrias e tristezas compartilhadas, cujo destino fez-lo esquecer o seu passado de lutador), "Esteban" (um artista de circo, então com mais de 200 kgs de peso, que tinha de pular e dançar todas as noites numa barraca de feirantes, como meio de sobrevivência) ou "Canción Vieja", que denunciavam injustiças evidentes e vidas dolorosas.
As letras das suas composições eram e continuam a ser um grito contra as injustiças sociais e políticas, das ditaduras da epóca e contra as democracias falhadas e hipócritas de hoje, incluindo o suposto 1º mundo ocidental e europeu. |
"Posiblemente", em 1972, já era uma crítica ao nosso comportamento como cidadãos que se calam e que se acomodam, porque não somos suficientemente valentes para exigirmos a verdadeira Liberdade e Democracia.
Patxi não procurava, tanto como outros, o duplo sentido ou a metáfora social nas suas canções, nem escondia as suas aspirações e frustracões, nem estas eram tão diferentes das do homem da rua, mas fazia-o com uma voz sincera, embora não isenta de um tom de ironia amarga.
Patxi Joseba Andión Gonzaléz, embora nascido em Madrid, tinha todas as suas raízes familiares no País Basco, pois o seu pai era natural de Navarra e a sua mãe da província de Alava e por isso sentia-se também basco, até porque, ainda criança, foi viver para Euskadi.
Também não é por acaso que foi bafejado pelo talento musical, pois a sua mãe tinha uma boa voz e a sua avó tinha feito várias intervenções como soprano. Quanto ao seu lado contestatário, este tinha uma base ainda mais forte, visto que o seu pai era um fervoroso republicano, anti-franquista, e que tinha estado preso por essa sua paixão política.
Aos 5 anos, Patxi iniciou a sua carreira musical cantando na emissão radiofónica de uma peça teatral. Depois começou a tocar guitarra e na sua adolescência fez parte dos conjuntos espanhóis de Rock - "Los Camperos" e "Los Dingos", resolvendo seguidamente começar a compôr as suas próprias canções, muitas delas fazendo referência ao trabalho árduo dos pescadores, devido à sua paixão pelo mar e pelas suas gentes, tendo até embarcado num bacalhoeiro para a Terra Nova, numa aventura em alto mar.
Também não é por acaso que foi bafejado pelo talento musical, pois a sua mãe tinha uma boa voz e a sua avó tinha feito várias intervenções como soprano. Quanto ao seu lado contestatário, este tinha uma base ainda mais forte, visto que o seu pai era um fervoroso republicano, anti-franquista, e que tinha estado preso por essa sua paixão política.
Aos 5 anos, Patxi iniciou a sua carreira musical cantando na emissão radiofónica de uma peça teatral. Depois começou a tocar guitarra e na sua adolescência fez parte dos conjuntos espanhóis de Rock - "Los Camperos" e "Los Dingos", resolvendo seguidamente começar a compôr as suas próprias canções, muitas delas fazendo referência ao trabalho árduo dos pescadores, devido à sua paixão pelo mar e pelas suas gentes, tendo até embarcado num bacalhoeiro para a Terra Nova, numa aventura em alto mar.
Depois dessa sua experiência marítima, foi tentar novas realidades e foi viver em Paris, durante cerca de um ano e meio, até ser chamado para cumprir o serviço militar em Espanha.
No entanto, esse curto ano meio deu-lhe mais uma importantíssima experiência de vida, visto que foi apanhado pelas manifestações e revoltas do célebre "Maio de 68", um movimento de renovação de valores sociais, levada a cabo por jovens estudantes, que lutavam pela reforma do sistema educacional, pela ampliação dos direitos civis e pela revisão de costumes, e que evoluiu para uma greve de trabalhadores.
No entanto, esse curto ano meio deu-lhe mais uma importantíssima experiência de vida, visto que foi apanhado pelas manifestações e revoltas do célebre "Maio de 68", um movimento de renovação de valores sociais, levada a cabo por jovens estudantes, que lutavam pela reforma do sistema educacional, pela ampliação dos direitos civis e pela revisão de costumes, e que evoluiu para uma greve de trabalhadores.
Para além de uma referência social e política, Patxi Andión (certamente para surpresa dos menos atentos) foi nos anos 60 e 70, um símbolo masculino para o sexo oposto espanhol, sendo considerado um autentico galã, quer pela sua vida privada (um quanto agitada e repleta de pequenos escândalos amorosos), quer pela sequência de filmes e séries televisivas em que interpretava com bastante aptidão esses papeis de conquistador de corações.
A sua vida privada começou a ser pública e afamada a partir da data em que casou com Amparo Muñoz (actriz, modelo e Miss Universo em 1974). Casaram em 1976, depois de se conhecerem e contracenarem no filme "La Otra Alcoba". Este casamento durou pouco tempo (até 1978), mas fez nascer a imagem de um novo tipo de galã, que ficou para sempre. |
Era um galã perfeito para a época, pois para além de ser fisìcamente atraente, forte e com uma voz profunda, ele tinha um certo toque de desajeitado (que apelava ao sentido feminino de extremoso zelo), e ainda por cima demonstrava sempre uma forte sensibilidade, num homem duro e desafiador com alta consciência social, representada nas suas canções.
Esses seus dons ecléticos foram transportados para as telas em 11 filmes... |
...e 4 séries televisivas:
Outro dos grandes papéis de Andión foi o de Ernesto 'Che' Guevara, que interpretou nos princípios dos anos oitenta, quando a ópera rock "Evita", de Andrew Lloyd Webber, se estreou em Espanha, no Teatro Monumental de Madrid, contracenando com Paloma San Basílio.
No entanto Patxi Andión não chegou a ir para Hollywood, interpretar esse papel em "Evita", pois recusava-se a seguir uma carreira essencialmente teatral e cinematográfica, preferindo continuar com as suas missivas cantadas e a sua liberdade rebelde de compositor/intérprete de causas sociais. Quem o substituíu nessa peça musical, foi Antonio Banderas, que acabou por ser um astro no mais famoso centro cinematográfico do mundo, tendo, curiosamente, sido indigitado para o Óscar do Melhor Actor, neste ano de 2020, pela sua excelente interpretação no filme de Pedro Almodovar - "Pain and Glory" ("Dor e Glória"). |
Estas suas ligações à sétima arte, foram e são consideradas como gestos um tanto frívolos por alguns círculos intelectuais da esquerda progressista, na qual Patxi Andión era e é muito admirado e respeitado como cantor e compositor e como homem de convicção esquerdista.
No entanto, Patxi sempre mostrou consistência e comprometimento e permaneceu fiel ao seu estilo característico: a sua voz rouca inconfundível que acompanhava tão bem os seus temas sociais, íntimos e profundos e nunca aproveitou a sua popularidade como actor para vender massivamente os seus discos e até recusou fazer músicas comerciais, pelo que teve que abandonar as grandes empresas gravadoras e de distribuição massiva, como a Movieplay, onde editou os dois primeiros álbuns ("Retratos" e "Once Canciones Entre Parentesis").
No entanto, Patxi sempre mostrou consistência e comprometimento e permaneceu fiel ao seu estilo característico: a sua voz rouca inconfundível que acompanhava tão bem os seus temas sociais, íntimos e profundos e nunca aproveitou a sua popularidade como actor para vender massivamente os seus discos e até recusou fazer músicas comerciais, pelo que teve que abandonar as grandes empresas gravadoras e de distribuição massiva, como a Movieplay, onde editou os dois primeiros álbuns ("Retratos" e "Once Canciones Entre Parentesis").
"Once Canciones Entre Parentesis" é considerado um disco de culto e contém canções de grande significado, como "20º Aniversario (Palabras)", "Companera", "Samaritana" e "Nos Pasaram La Cuenta".
Seguidamente, entre 1972 e 1988, Patxi gravou os seguintes discos: "Palabra por palabra" (1972); "A donde el agua" (1973) – no qual incluíu a canção "Una, dos y tres"; "Joxe Maria Iparragirre Patxi Andion'en era" (1973) – cantando em euskera (basco) poemas e canções do grande escritor e músico basco nascido en 1820; "Como el viento del norte" (1974) – que incluíu a canção "Verde", inspirada num poema de Federico García Lorca e a ele dedicada; "El libro del buen amor" (1975) – banda sonora da película com o mesmo título, dirigida por Tomás Aznar, e na qual Patxi compõe a música e interpreta textos de Juan Ruiz, conhecido por Arcipreste de Hita, criador de uma das mais importantes obras literárias da literatura medieval espanhola; "Viaje de ida" (1976); "Cancionero prohibido" (1978); "Arquitectura" (1979); "Amor primero" (1983) –disco no qual participou o grupo Mocedades, acompanhando-o na interpretação da canção que deu o nome ao L.P.; "El balcón abierto" (1986), gravando assim quase um L.P. por ano.
Durante a sua época em Evita consegue o Doctorado em Sociologia pela Universidade Pontificia de Salamanca, embora fosse um agnóstico declarado.
É convidado para dar um seminário na Universidade Complutense e com isso inicia o caminho docente e pesquisador, que irá uni-lo para sempre à Universidade (primeiro como professor na Faculdade de Ciências da Informação da Universidade Complutense de Madri, depois como Decano Comissário da Universidade Camilo José Cela e desde 1999 como Professor Titular no departamento de arte da prestigiosa Faculdade de Belas Artes da Universidade de Castilla-Mancha, no campus de Cuenca).
Durante os seus primeiros anos na Universidade, entre 1986 e 1996, quase não se o ouve cantar e só o faz em alguns lugares escolhidos, limitando cada evento a um máximo de 100 pessoas. Deixa de editar discos, embora continue a compôr e escrever canções.
É um tempo no qual parece que a sua obra olha para o seu interior mais do que nunca, tal como ele confirmou no final dos anos oitenta: «Eu cantei numa época em que eu considerava necessário dizer certas coisas que de outro modo dificilmente seriam escutadas pelo grande público.
Actualmente não me sinto na obrigação de o fazer, pois a maior parte das pessoas têm um acesso cultural e social mais fácil e completo... e, para além disso, quero educar os meus filhos».
Será que se converteu definitivamente num cidadão normal?
Talvez não tenha nada de mal essa sua nova atitude, mas o problema reside no facto de que a sua obra, uma das mais interessantes e trascendentais da canção de autor em Espanha dos últimos quarenta anos, ficara bastante tempo escondida por trás dessas suas outras actividades.
O aparecimento de uma nova geração de cantautores, em que alguns deles, mostram o seu orgulho de seguir a esteira da obra inconfundível de Patxi Andión, faz com que Patxi se entusiasme e volte a compartilhar conosco a sua inestimável obra musical e poética. Assim em 1999, edita "Nunca, nadie", um disco com duas canções inéditas e várias outras grandes canções suas revisadas musicalmente. Grava-as com a Banda de Jazz acústico com que passou a actuar, sendo então acompanhado por grandes instrumentistas.
É convidado para dar um seminário na Universidade Complutense e com isso inicia o caminho docente e pesquisador, que irá uni-lo para sempre à Universidade (primeiro como professor na Faculdade de Ciências da Informação da Universidade Complutense de Madri, depois como Decano Comissário da Universidade Camilo José Cela e desde 1999 como Professor Titular no departamento de arte da prestigiosa Faculdade de Belas Artes da Universidade de Castilla-Mancha, no campus de Cuenca).
Durante os seus primeiros anos na Universidade, entre 1986 e 1996, quase não se o ouve cantar e só o faz em alguns lugares escolhidos, limitando cada evento a um máximo de 100 pessoas. Deixa de editar discos, embora continue a compôr e escrever canções.
É um tempo no qual parece que a sua obra olha para o seu interior mais do que nunca, tal como ele confirmou no final dos anos oitenta: «Eu cantei numa época em que eu considerava necessário dizer certas coisas que de outro modo dificilmente seriam escutadas pelo grande público.
Actualmente não me sinto na obrigação de o fazer, pois a maior parte das pessoas têm um acesso cultural e social mais fácil e completo... e, para além disso, quero educar os meus filhos».
Será que se converteu definitivamente num cidadão normal?
Talvez não tenha nada de mal essa sua nova atitude, mas o problema reside no facto de que a sua obra, uma das mais interessantes e trascendentais da canção de autor em Espanha dos últimos quarenta anos, ficara bastante tempo escondida por trás dessas suas outras actividades.
O aparecimento de uma nova geração de cantautores, em que alguns deles, mostram o seu orgulho de seguir a esteira da obra inconfundível de Patxi Andión, faz com que Patxi se entusiasme e volte a compartilhar conosco a sua inestimável obra musical e poética. Assim em 1999, edita "Nunca, nadie", um disco com duas canções inéditas e várias outras grandes canções suas revisadas musicalmente. Grava-as com a Banda de Jazz acústico com que passou a actuar, sendo então acompanhado por grandes instrumentistas.
Depois voltaram a passar-se dez anos, até voltarmos a ouvir material inédito de Patxi Andión através do novo disco "Porvenir".
Não sabemos os motivos certos desta sua nova ausência, se foram razões voluntárias, se a enorme crise no sector discográfico, ou sòmente o tempo que o artista considerou necessário para calmamente compôr as canções que integram este novo álbum, algumas delas consideradas das melhores que foram gravadas por Patxi, como "Maria En El Corazon" ou "Siempre Es Nunca". |
Estes dois videos acima foram gravados nos estúdios da Rádio "Antena 1", o que só aconteceu devido à forte ligação que Patxi tinha com Portugal, primeiro quando, em 1969, foi apresentado ao público português no célebre programa televisivo "Zip-Zip", bem como ao seu enorme êxito junto do público deste país, sobretudo a partir de 1973, quando esteve presente num espectáculo no Cinema-Teatro Monumental, a 24 de Novembro, conforme conhecimento e vivência pessoal e consequente investigação por parte da nossa amiga e musicóloga, Milena, bem documentada pela memorável foto com legenda, publicada no site da AJA (Associação José Afonso), que aqui reproduzimos, desmentindo as informações sempre veiculadas pelos diversos orgãos de comunicação geral e especializada, que sempre afirmavam ter ocorrido o seu primeiro espectáculo em Portugal, a 24 de Março de 1974, no Coliseu dos Recreios de Lisboa.
Anteriormente, em 1972, já a cantora portuguesa Tonicha gravara o E.P. "4 Canções de Patxi Andión" ("20 Versos A Mi Muerte", "Habria Que Saberlo", "Poeta Desde Lejos" e "Puedo Inventar") em português, com letras adaptadas pelo grande poeta José Carlos Ary dos Santos.
Mais tarde, após um longo intervalo de tempo em que esteve "oficialmente" afastado da música, Patxi participou, em 2007, no disco "Para Além Da Saudade" da fadista Ana Moura, interpretando a canção "Vaga No Azul", composta por Patxi sobre um poema de Fernando Pessoa; e, em 2014, presenteou-nos com o fabuloso CD "Cuatro Días de Mayo" gravado em directo em Portugal, no qual incluiu a canção "Minha Alma D'Amor Sedenta" de António dos Santos. Mais recentemente, em Junho de 2017, Patxi Andión apresentou em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, o espectáculo "Zeca En El Corazón", descrito por Patxi como sendo "à memória de um amigo".
À memória de um amigo, que nos deixou e que acabara de lançar um novo CD - "La Hora Del Lobicán", para comemorar os seus 50 anos de carreira discográfica, deixamos um lindo tema seu - "33 Versos A Mi Muerte", no qual ele desejava morrer navegando e que o mar se estreitasse até ouvir o seu eco... o eco da sua voz que tinha a intenção de denunciar as injustiças sociais e políticas na época do franquismo e do salazarismo, mas que, infelizmente, continuam bastante actuais nas, tendenciosa e erradamente chamadas, democracias dos dois países da Península Ibérica...e não só!
Maria João Alexandre Barbosa Pires nasceu a 23 de Julho de 1944. Seu pai falecera 22 dias antes a 1 de Julho. Seu avô era Budista e seu pai andou muitos anos pela China e Japão. Viviam em Mougadouro terra de seu pai. Sua mãe fica com uma herança pesada, 4 filhos. Desde muito nova aprendeu piano (sua mãe tocava e a irmã também) e aos 5 anos dá o seu primeiro concerto apenas para a família. Aos 7 anos o primeiro Concerto público com peças de Mozart. Aos 9 anos recebe o prémio da Juventude Musical Portuguesa. De 1953 a 1960 estuda com o professor Campos Carvalho no Conservatório de Lisboa. Ainda hesitou em seguir medicina mas uma bolsa para continuar a estudar música na Alemanha resolveu o diferendo. Aí estuda com Rost Schmid em Munique e Karl Engel em Hanover. Fica conhecida a nível mundial quando em 1970 vence o concurso internacional do Bicentenário de Beethoven (OP nº 80) em Bruxelas.
Ainda em 70 desloca-se a Lourenço Marques com a Orquestra de Câmara da Gulbenkian. Ainda não é famosa mas já se fala muito nela. Na reportagem que publicámos tínhamos entrevistado o crítico de música e musicólogo Dr. Daniel de Sousa que nos disse "Não há dúvida que a orquestra é bastante boa, tem um bom naipe de violinos e os solistas têm também muito nível. Quanto à Maria João vê-se que está bem preparada e a sua técnica é boa. Claro que ela ainda se está a aperfeiçoar e não a podemos comparar a um Sequeira Costa (OP nº 98), por exemplo".
Ainda em 70 desloca-se a Lourenço Marques com a Orquestra de Câmara da Gulbenkian. Ainda não é famosa mas já se fala muito nela. Na reportagem que publicámos tínhamos entrevistado o crítico de música e musicólogo Dr. Daniel de Sousa que nos disse "Não há dúvida que a orquestra é bastante boa, tem um bom naipe de violinos e os solistas têm também muito nível. Quanto à Maria João vê-se que está bem preparada e a sua técnica é boa. Claro que ela ainda se está a aperfeiçoar e não a podemos comparar a um Sequeira Costa (OP nº 98), por exemplo".

Depois Maria João fez uma carreira espectacular. Passava a vida a correr, Londres, Nova York, Paris, Tóquio, Filadélfia, etc. Em 1986 tocou pela primeira vez no Queen Elisabeth Hall. As grandes orquestras a nível mundial queriam-na como solista. Dava concertos a solo ou acompanhada, Bach, Beethoven Mozart, Schumann, Brams, Chopin, etc, etc. Em 1989 assinou um contrato com a Deustche Grammophon. Antes tivera um contrato que durou 15 anos com a Erato. Gravou imensos discos. Vendia tanto como muitos dos melhores da Pop. Os "Nocturnos" de Chopin foram considerados pela crítica como as melhores execuções alguma vez gravadas. Maria João Pires tem as mãos pequenas e quando lhe perguntavam como fazia para tocar assim, ela dizia que teve que arranjar técnicas próprias para o conseguir. Todo o seu corpo é música. A sua delicadeza e força e singeleza e doçura fazem soar a sua música como uma poesia da alma. Como ela diz a música não nasce nas mãos,ela vem da cabeça.
Maria João tem 5 filhos (três adoptados). Primeiro foi casada com o fadista João Ferreira Rosa (OP nº 90) e depois com Ernst Ortwin Noth de quem teve duas filhas.
Maria João tem 5 filhos (três adoptados). Primeiro foi casada com o fadista João Ferreira Rosa (OP nº 90) e depois com Ernst Ortwin Noth de quem teve duas filhas.

Um dia regressa a Portugal e instala na quinta de Belgais /que comprara nos anos 80) em Escalos de Cima, perto de Castelo Branco uma unidade onde criou actividades pedagógicas, culturais e sociais com um grande pendor musical. Embora o projecto fosse de utilidade pública não recebe grande apoio e o Poder de certa forma menospreza-o. Maria João fica deveras desiludida com o desprezo mostrado e decide ir para o Brasil em 2006 ano em que tinha sido intervencionada ao coração. Em 2009 Belgais é obrigado a encerrar. No Brasil em 2008 pede também a nacionalidade brasileira. Depois do Brasil viveu na Bélgica e na Suiça.
Em 2017 resolve voltar a Belgais, reabrindo as actividades e voltando a dar concertos. Este ano já começou a dar concertos. O próximo será já no dia 18 de Fevereiro no TATA Theatre em Mumbai na Índia. Em Portugal apresenta-se em Belgais nos dias 6 e 7 de Março e nos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian no dia 24 de Março. No Rodolfinum na República Checa a 26 de Março de 2020. A 24 e 25 de Abril dará novamente concertos em Belgais. Maria João Pires recebeu vários prémios ao longo da sua carreira tanto de Portugal como de países estrangeiros.
Em 2017 resolve voltar a Belgais, reabrindo as actividades e voltando a dar concertos. Este ano já começou a dar concertos. O próximo será já no dia 18 de Fevereiro no TATA Theatre em Mumbai na Índia. Em Portugal apresenta-se em Belgais nos dias 6 e 7 de Março e nos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian no dia 24 de Março. No Rodolfinum na República Checa a 26 de Março de 2020. A 24 e 25 de Abril dará novamente concertos em Belgais. Maria João Pires recebeu vários prémios ao longo da sua carreira tanto de Portugal como de países estrangeiros.

Júlio José de Pinho Isidro do Carmo nasceu a 5 de Janeiro de 1945 em Lisboa. Quando pequeno e por morar perto da Feira Popular (que antigamente era em Entre Campos) ia lá e pedia aos casais que entravam para o deixarem entrar com eles só para assistir às emissões de Televisão que tinham começado em 1956 com experiências justamente na Feira Popular. Depois da Escola Primária e no Liceu Camões fazia parte do Coro e foi aos 14 anos que o Coro se apresentou na Televisão. Mais tarde fizeram testes para escolherem jovens que colaborariam num programa juvenil. Júlio foi fazer provas e foi um dos que foi aceite. Primeiro disseram que a sua figura não era a adequada à imagem televisiva mas como era o melhor para os trabalhos manuais que tinham que fazer, acabou sendo escolhido ( nesta altura já praticava modelismo). Tinha 15 anos. Estreou-se a 16 de Janeiro de 1960. O programa juvenil tinha como sua apresentadora a também, hoje conhecida, Lídia Franco. Seus colegas João Lobo Antunes (já falecido) e Maria João Avillez também apresentaram o programa. No genérico do programa aparecia o seu nome como Júlio Isidro do Carmo. Disseram-lhe que era muito grande e tinha de o mudar. Foi o que fez, passou a ser só Júlio Isidro. Apresentou o programa até 1966.
Em 1968 este jovem já com 23 anos começa a fazer um programa à noite no Rádio Clube Português e durante o dia trabalhava como delegado de Propaganda Médica. Acaba também por entrar no Serviço Militar e tira a especialidade de Fotocine. Faz vários filmes para e sobre as Forças Armadas e acaba dando instrução a novos recrutas. No Festival de Cinema Militar em Versailles, França, ganha uma Mençqão Honrosa, com o filme "Portugal e a Cartografia. De um seu primeiro relacionamento no final dos anos 60 nasceu a sua filha Inês.
Em 1968 este jovem já com 23 anos começa a fazer um programa à noite no Rádio Clube Português e durante o dia trabalhava como delegado de Propaganda Médica. Acaba também por entrar no Serviço Militar e tira a especialidade de Fotocine. Faz vários filmes para e sobre as Forças Armadas e acaba dando instrução a novos recrutas. No Festival de Cinema Militar em Versailles, França, ganha uma Mençqão Honrosa, com o filme "Portugal e a Cartografia. De um seu primeiro relacionamento no final dos anos 60 nasceu a sua filha Inês.

Júlio fica no RCP até 1975 e diz que um dos trabalhos que mais gostou de fazer foram os noticiários. No dia 24 de Abril de 74 Joaquim Furtado, seu colega, pediu-lhe para trocar e fazer ele a noite pois tinha um compromisso durante o dia. Por este motivo acaba sendo Joaquim Furtado o "herói" que lê os comunicados do MFA na revolução de Abril. Em 1974 volta à televisão para fazer o "Fungagá da Bicharada" junto com Cândida Branca Flor e música de José Barata Moura (que viria a ser o futuro Reitor da Universidade). Foram 4 séries de 13 programas cada que duraram até 1976 e alcançaram grande sucesso. Em 77 e 78 faz o "Artes e Manhas", onde se intitula o Tio Julião e onde mostra o seu grande dom para os trabalhos manuais. Ainda em 78 faz o "Jardim Jaleco" junto com Carlos Mendes e o grande poeta Joaquim Pessoa.

Na década de 80 começa o grande salto. Em 1980 inicia na Rádio Comercial o programa "Grafonola Ideal" que vai ganhando espaço e começando com exteriores. É então que Júlio propôe à direcção um novo programa para os Sábados. "Febre de Sábado de Manhã", um programa em directo e ao vivo com 3 horas de duração. O programa virou uma loucura, é aí que começa a lançar novos artistas que lhe pareciam terem muita qualidade. o "Nimas foi dos primeiros mas o espaço ia faltando e iam aparecendo ginásios, espaços ao ar livre. Em 23 de Maio de 1981 reuniu cerca de 45 mil jovens no Estádio de Alvalade. Actuaram os Fischer-Z, Adelaide Ferreira, Mário Mata e Tantra. Era uma homenagem ao jogador Artur do Sporting. Em 23 de Janeiro de 1982 para comemorar o 2º aniversário juntou 10 mil pessoas no Pavilhão de Alvalade. Actuaram Paulo de Carvalho, Trovante, Taxi, Dany Silva, Grupo de Baile, Rock & Varius e Lobo. Foi uma loucura durante os 3 anos em que durou o programa. Os "Heróis do Mar" os "Broa de Mel" e muitos outros foram lançados por Júlio. Dado o estrondoso êxito que o programa estava a alcançar, Maria Elisa da RTP convida-o a fazer algo diferente na RTP e oferece-lhe quatro horas e meia ao Domingo. Surge assim nos Domingos à tarde na RTP, "O Passeio dos Alegres" que virá a ser a sua coroa de glória.

"O Passeio dos Alegre" estreou-se a 15 de Fevereiro de 1980 e foi crescendo em audiências e lançamento de novos nomes. Foi aí que Carlos Alberto Vidal se transforma no Avô Cantigas. é aí que Herman José se transforma em Tony Silva. Foi aí que António Variações despertou e muitos outros despontaram. Na memória também ficaram o papagaio Baixinho e o chimpazé Choné. Mas Júlio não deixava outras áreas da cultura à toa. O circo, a dança, os grupos folclóricos e até a ginástica. O último programa foi transmitido do Teatro Aberto em 1982 e entraram nomes como Lena d'Água, Banda Atlântica, Paulo de Carvalho, Rui Veloso, Vitorino, UHF, Heróis do Mar, Júlio César, Táxi, Henrique Viana, Herman José e outros. Foram distribuídos os prémios Choné.
Em Março de 2002 o programa foi reeditado outra vez, mas dessa vez ao Sábado.
Em Abril de 85 começa com Arroz Doce nas segundas feiras à noite. É aqui que aparece Eunice Munoz como porteira do prédio. Este Talk Show não teve grande adesão. Depois de 1986 a 1989 foi o Clube dos Amigos Disney que fez com Manuela de Sousa Rama. O estilo do programa era inovador, de tal forma que a Disney o contratou para desenvolver programas em outros Países europeus. Edita o livro "Histórias do Tio Julião". Depois foi para os Estados Unidos estudar produção e realização na Universidade da Califórnia.
Em Março de 2002 o programa foi reeditado outra vez, mas dessa vez ao Sábado.
Em Abril de 85 começa com Arroz Doce nas segundas feiras à noite. É aqui que aparece Eunice Munoz como porteira do prédio. Este Talk Show não teve grande adesão. Depois de 1986 a 1989 foi o Clube dos Amigos Disney que fez com Manuela de Sousa Rama. O estilo do programa era inovador, de tal forma que a Disney o contratou para desenvolver programas em outros Países europeus. Edita o livro "Histórias do Tio Julião". Depois foi para os Estados Unidos estudar produção e realização na Universidade da Califórnia.

Em 1990 inicia "Oito e Oitenta". Depois "Regresso ao Passado" volta a ser um dos programas mais vistos. Dulce Pontes e Tó Leal são os cantores residentes. Em 91 cria "JIP" Produções Júlio Isidro. Apresenta o programa E.T. Entretenimento Total. "Mistura Fina" é a seguinte produção para ser apresentado por Ana Maria Lucas. Finalmente é assediado pela televisão privada e passa para a TVI. Apresenta "Sons do Sol" em 93 e"Clips & Spots", "Domingo Gordo", "Luzes da Ribalta"e "1001 Tardes" saem à cena em 1994. Depois em 95 produz "Dar Que Falar" e em 96 "Ólho Popular", um concurso. Foi o seu último ano na experiência da privada.
Em 1997 volta à RTP para dirigir o programa "Antenas no Ar" comemorativo dos 40 anos da televisão em Portugal. Depois de 97 a 2000 o "jardim das Estrelas" e em 98/99 o "Amigo Público". Em 24 de Abril de 1998 casa com a sua secretária Sandra de quem vem a ter 2 filhas.
Também a 16 de Janeiro de 2000 o "Jardim das Estrelas" é apresentado de forma especial e também para RTP África comemorando os 40 anos televisivos de Júlio Isidro.
Em 1997 volta à RTP para dirigir o programa "Antenas no Ar" comemorativo dos 40 anos da televisão em Portugal. Depois de 97 a 2000 o "jardim das Estrelas" e em 98/99 o "Amigo Público". Em 24 de Abril de 1998 casa com a sua secretária Sandra de quem vem a ter 2 filhas.
Também a 16 de Janeiro de 2000 o "Jardim das Estrelas" é apresentado de forma especial e também para RTP África comemorando os 40 anos televisivos de Júlio Isidro.

Em 2000 apresenta o concurso "Agora É Que São Elas" na RTP 1 e na RTP 2 "A Outra Face da Lua". Em 2001 "Tributo A ..." e "Entrada Livre". Em 2002 vem "O Passeio dos Alegres -20 Anos Depois" mas o êxito não é comparável ao primeiro. Em 2006 o programa "Febre de Sábado de Manhã" tem uma emissão especial de Lisboa e do Porto para comemorar os seus 25 anos. A Sociedade Portuguesa de Autores lança então um CD triplo como agradecimento ao magnífico trabalho de divulgação da música portuguesa. Também no início de 2006 é agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Depois foi fazendo pequenas intervenções para o "Passeio dos Alegres" e "Portugal no Coração". Apresenta o "Portugal no Coração" e apresenta o programa "Quarto Crescente". Depois faz programas para a RTP Internacional. A partir de 2016 começa a apresentar na RTP Memória um excelente programa de nome "Inesquecível" onde homenageia muitos daqueles que puseram a sua vida ao serviço do País e de quem o País se esqueceu. Na RTP Memória apresenta também a sua produção " Trás P'ra a Frente". Desde 2017 que é o Presidente do Júri do Festival RTP da Canção. A 16 de Janeiro de 2020 fez 60 anos de televisão e foi-lhe feita uma merecida homenagem no Casino do Estoril transmitida depois no dia 25 pela própria RTP. Compareceram as maiores figuras da Rádio, da Canção, do Teatro, da Televisão e o 1º Ministro e a Ministra da Cultura. Foi agraciado com a medalha de Mérito Cultural.
Depois foi fazendo pequenas intervenções para o "Passeio dos Alegres" e "Portugal no Coração". Apresenta o "Portugal no Coração" e apresenta o programa "Quarto Crescente". Depois faz programas para a RTP Internacional. A partir de 2016 começa a apresentar na RTP Memória um excelente programa de nome "Inesquecível" onde homenageia muitos daqueles que puseram a sua vida ao serviço do País e de quem o País se esqueceu. Na RTP Memória apresenta também a sua produção " Trás P'ra a Frente". Desde 2017 que é o Presidente do Júri do Festival RTP da Canção. A 16 de Janeiro de 2020 fez 60 anos de televisão e foi-lhe feita uma merecida homenagem no Casino do Estoril transmitida depois no dia 25 pela própria RTP. Compareceram as maiores figuras da Rádio, da Canção, do Teatro, da Televisão e o 1º Ministro e a Ministra da Cultura. Foi agraciado com a medalha de Mérito Cultural.
Neste nº 102 dávamos a notícia do casamento da Techa com o José Pereira. Por feliz coincidência esses dois pombinhos festejam este ano 50 anos de vida em comum. Tiveram duas filhas lindas, a Vanessa e 13 meses depois a Natasha. Hoje têm seis lindos netos para os alegrar. Dois rapazes e uma rapariga de cada uma. Micaela a mais velha tem 16, Daniel tem 14, depois o Liam e o Tristan são gémeos e têm 13. Os mais novos são a Emma com 9 e o Jason com 8. Techa foi uma vencedora. Uma excelente voz que não deixou que a fama lhe subisse à cabeça e soube construir uma linda família, foi uma excelente mãe e é hoje uma avó feliz e muito babada. Vanessa o marido e filhos vivem em Joanesburgo, a Natasha o marido e filhos na Cidade do Cabo e a Techa e o Zé numa pequena linda cidade na costa norte do Natal, perto de Durban.
FAMÍLIA FELIZ
Vejo que tens um ar feliz, digo . " Sim", diz Techa, " posso dizer que fui abençoada com uma família maravilhosa. Tentamos sempre estar juntos duas vezes por ano. No Natal vamos todos para Cape Town porque a Natasha tem uma casa grande para nos poder receber todos de uma vez. Sempre que podemos, ora visitamos uma ora visitamos outra".
E ainda cantas para os netos e nas festas portuguesas, atalhámos. "Não, apenas entre amigos e os netos escutam, mas não é nada o género deles", diz sorrindo.
Mas é o nosso e nunca a esquecemos. Em muitos lugares que vou, muita gente me vem perguntar por ela e manifesta saudades e claro que salta sempre a canção "Óculos de Sol". O mais engraçado é que ela quando teve de a gravar à última da hora não gostou e até chorou. Quem diria que se tornaria no seu maior sucesso em Portugal. Sabiam que nos últimos 50 anos é das canções mais tocadas na Rádio no Verão e a única que não falha um Verão. Parabéns Techa e Zé. Vós sois um grande exemplo de amizade tolerância cumplicidade e amor. BEM HAJAM. Na Onda podem ver a Techa nas páginas 1, 16, 54, 72 e 100.

Alain Barrière nasceu a 18 de Novembro de 1935 em Trinité-Sur-Mer e morreu a 19 de Dezembro de 2019 em Carnac, também França.
Seu verdadeiro nome era Alain Bellec e na vila da Bretanha onde cresceu fez os seus estudos. Em 1955 vai para Angers para a École Nationale Superieure d'Arts et Métieurs. É aí que adquire uma viola em 58 Influenciado pelo Jazz de Django Reinhardt começa a tocar e a compôr. Forma-se em Engenharia em 1960 e vai para Paris.
Em 1961 entra num Festival da Canção organizado pela grande Rádio Europe 1 e vence o Galo de Ouro da canção francesa com uma canção de sua autoria, "Cathy". Consegue um contrato com a RCA e começa a editar singles.
Em 1963 é o representante da França no Festival da Eurovisão com a canção "Elle Était Si Jolie". Ficou em 5º lugar. A canção fez grande sucesso e em 1964 lança o álbum "Ma Vie". O single "Ma Vie" foi o seu maior sucesso e vende milhões de discos. Torna-se conhecido em toda a Europa.
Seu verdadeiro nome era Alain Bellec e na vila da Bretanha onde cresceu fez os seus estudos. Em 1955 vai para Angers para a École Nationale Superieure d'Arts et Métieurs. É aí que adquire uma viola em 58 Influenciado pelo Jazz de Django Reinhardt começa a tocar e a compôr. Forma-se em Engenharia em 1960 e vai para Paris.
Em 1961 entra num Festival da Canção organizado pela grande Rádio Europe 1 e vence o Galo de Ouro da canção francesa com uma canção de sua autoria, "Cathy". Consegue um contrato com a RCA e começa a editar singles.
Em 1963 é o representante da França no Festival da Eurovisão com a canção "Elle Était Si Jolie". Ficou em 5º lugar. A canção fez grande sucesso e em 1964 lança o álbum "Ma Vie". O single "Ma Vie" foi o seu maior sucesso e vende milhões de discos. Torna-se conhecido em toda a Europa.

Em 1965 faz uma experiência no mundo do cinema no filme "Pas De Panique". No final dos anos 60 é um dos maiores da canção francesa. Em 1971 cria a sua própria Editora, a "Albatross".
Em 1973 ele constrói o Stirwen em Carnac. Uma antiga construção tipo castelo que ele reconstroi para aí fazer a sua "L'Étoile Blanche" um teatro bar discoteca restaurante onde apresenta grandes espectáculos da canção francesa. Alguns dos artistas que lá foram, Johnny Halliday, Serge Lama, Brigitt Bardot e Robert Charlebois. Será este empreendimento que o levará à ruína, pois o seu sócio no negócio e que o geria aproveitou-se nunca declarando nada às Finanças.
Em 1975 faz um dueto com Noelle Cordier na canção "Tu T'En Vas" com enorme sucesso. É também em 75 que casa com dançarina Agnés Cohen-Solan (Aniéce como carinhosamente a tratava) de quem tiveram uma filha, Guenaelle, hoje Advogada.
Em 1973 ele constrói o Stirwen em Carnac. Uma antiga construção tipo castelo que ele reconstroi para aí fazer a sua "L'Étoile Blanche" um teatro bar discoteca restaurante onde apresenta grandes espectáculos da canção francesa. Alguns dos artistas que lá foram, Johnny Halliday, Serge Lama, Brigitt Bardot e Robert Charlebois. Será este empreendimento que o levará à ruína, pois o seu sócio no negócio e que o geria aproveitou-se nunca declarando nada às Finanças.
Em 1975 faz um dueto com Noelle Cordier na canção "Tu T'En Vas" com enorme sucesso. É também em 75 que casa com dançarina Agnés Cohen-Solan (Aniéce como carinhosamente a tratava) de quem tiveram uma filha, Guenaelle, hoje Advogada.

Entretanto as Finanças acusam-no de fuga aos impostos no valor de largos milhões de francos e arrestam-lhe bens e direitos de autor.
Em 1978 vai para os Estados Unidos onde permanece 4 anos. Quando regressa tenta voltar a cantar mas é ostracizado pelos Média e Editoras. Vai para Quebec no Canadá de 1983 a 1988. Alain já tinha feito várias digressões à América do Sul onde vendia muito bem, ao Canadá e ao Japão, para além de muitos Países Europeus incluindo Espanha. Das suas canções mais importantes para além das já citadas temos, "Emporte-Moi" e "V Comme Vietnam" ambas de 68, "A Regarder La Mer" e "Avion, Béton, Camion" ambas de 70. "Rien Qu'En Homme" de 71 e antes de ir para os Estados Unidos "Amoco" et "Mon Pays" em 78.
A sua vida no estrangeiro também não foi fácil e quando regressam à Bretanha consegue depois um espectáculo em Paris no Olympia.
Em 1978 vai para os Estados Unidos onde permanece 4 anos. Quando regressa tenta voltar a cantar mas é ostracizado pelos Média e Editoras. Vai para Quebec no Canadá de 1983 a 1988. Alain já tinha feito várias digressões à América do Sul onde vendia muito bem, ao Canadá e ao Japão, para além de muitos Países Europeus incluindo Espanha. Das suas canções mais importantes para além das já citadas temos, "Emporte-Moi" e "V Comme Vietnam" ambas de 68, "A Regarder La Mer" e "Avion, Béton, Camion" ambas de 70. "Rien Qu'En Homme" de 71 e antes de ir para os Estados Unidos "Amoco" et "Mon Pays" em 78.
A sua vida no estrangeiro também não foi fácil e quando regressam à Bretanha consegue depois um espectáculo em Paris no Olympia.

No início deste século edita uma recompilação da sua obra e depois lança um álbum com novas canções. Em 2003 sente-se cansado para continuar a actuar em palcos e a filha entusiasma-o para que reabra Stirwen. Em 2005 reabre e faz uma grande aoresentação. Ainda na Primavera de 2005 actua no Olympia e depois no Palais des Congrés. Em 2006 sai uma autobiografia e lança mais alguns singles. Em 2007 sofre um primeiro AVC, pequeno durante um concerto, mas termina-o. Em 2009 um segundo AVC mais forte hospitaliza-o. A sua saúde vai-se deteriorando mas em 2011 ainda faz a abertura da volta à França tocando viola. Volta a ter outro AVC. A sua mulher também acaba de por ser diagnosticada com um tumor no pâncreas. No final de Novembro de 2019 sofre um 4º AVC e é internado. A 5 de Dezembro sua esposa Aniéce falece de cancro pancreático.

Sua filha não o informa da morte da mãe dado o estado difícil em que se encontra, mas Alain Barriére acaba por falecer a 19 de Dezembro, 14 dias depois de sua mulher. Guenaelle em menos de 15 dias perdeu os pais. Abriu o velório a todos os fans e no dia 23 de Dezembro, apesar do frio milhares de fans foram despedir-se a Trinité-Sur-Mer de Alain Barriére. Guenaelle que é advogada em Paris vai continuar a gerir Stirwen (L'Étoile Blanche). E nós continuaremos a ouvir a sua linda canção, "Ma Vie".

Art Sullivan de seu verdadeiro nome Marc Liénart Van Lidth de Jeude nasceu em bruxelas a 22 de Novembro de 1950 e faleceu de tumor pancreático a 27 de Dezembro de 2019. Art Sullivan ainda era um primo afastado da rainha belga, Mathilde D'Acoz (por parte da mãe).
Em 1972 iniciou a sua carreira com a canção "Ensemble". Depois seguiram-se outros êxitos como "Petite Demoiselle", "Petite Fille Aux Yeaux Bleus", "Adieu Sois Heureuse", "Une Larme D'Amour" ou "Donne Donne Moi". Nos anos 70 e 80 vendeu mais de 10 milhões de discos especialmente na Bélgica, Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, França e América Latina.
Em 1972 iniciou a sua carreira com a canção "Ensemble". Depois seguiram-se outros êxitos como "Petite Demoiselle", "Petite Fille Aux Yeaux Bleus", "Adieu Sois Heureuse", "Une Larme D'Amour" ou "Donne Donne Moi". Nos anos 70 e 80 vendeu mais de 10 milhões de discos especialmente na Bélgica, Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, França e América Latina.

Em 1974 na Holanda conhece Johann Lautenshutz que vem a ser o seu companheiro por 40 anos. Em 1996 este é atacado de meningite e passa 18 meses em coma. Recupera, mas em 2013 é-lhe diagnosticado um cancro que o leva à morte em Abril de 2014.
No final dos anos 70 retira-se. Grande fã de Portugal, onde veio actuar diversas vezes, e muitas mais para passear. Terá inclusivé dito que a Bélgica era o seu amor e Portugal a sua amante e quando morresse fazia questão que as suas cinzas fossem deixadas em Portugal.
Retirou-se então para os Estados Unidos onde se dedicou à produção de filmes para a Televisão sobre Cidades e Famílias Reais.
Já no século XXI regressa à Bélgica e recomeça a entrar nos circuitos musicais.
Em 2014 publicou a sua biografia "Art Sullivan Drôle de Vie en Chansons" com o apoio da jornalista Dominique de York. Ultimamente preparava-se para fazer um Tour em 2020 visitando várias cidades e Países para comemorar 45 de carreira.
No final dos anos 70 retira-se. Grande fã de Portugal, onde veio actuar diversas vezes, e muitas mais para passear. Terá inclusivé dito que a Bélgica era o seu amor e Portugal a sua amante e quando morresse fazia questão que as suas cinzas fossem deixadas em Portugal.
Retirou-se então para os Estados Unidos onde se dedicou à produção de filmes para a Televisão sobre Cidades e Famílias Reais.
Já no século XXI regressa à Bélgica e recomeça a entrar nos circuitos musicais.
Em 2014 publicou a sua biografia "Art Sullivan Drôle de Vie en Chansons" com o apoio da jornalista Dominique de York. Ultimamente preparava-se para fazer um Tour em 2020 visitando várias cidades e Países para comemorar 45 de carreira.

Não é fácil falar de Raul Mendes. Um génio? Um mago? Um Artista fora de série? Ou simplesmente um homem simples e rigoroso, determinado, estudioso, amante incondicional da família, terno, prefeccionista. Não sei, não o conheci, mas quando o via apresentar-se com toda a simplicidade fosse com colegas com as filhas ou com os netos, era tudo isso que ele me transmitia.
A Harmónica tem um som muito particular e no século XX teve grandes artistas a engrandecê-la. Será que esta geração de artistas terá continuidade no futuro?
Raul de Figueiredo Mendes nasceu a 19 de Junho de 1938 em Alvorninha, Caldas da Rainha. Ainda criança foi viver para Paio Pires onde faz a sua escolaridade. Aos 8 anos é vitima de uma poliemelite e é internado para tentar a recuperação. Um colega de hospital tinha uma harmónica e tocava. Perguntou-lhe se ele queria experimentar. Fê-lo e pouco tempo depois já tocava melhor que ele. O pai que era músico (tocava tudo) e tinha sido um dos responsáveis pela formação da banda Filarmónica de Alvorninha, vendo o seu jeito começa a ensinar-lhe a arte da harmónica. O seu entusiasmo é grande e acaba por ter como professores os alemães que tinham vindo divulgar a fábrica de instrumentos musicais Hohner em Portugal, Siegfried Sugg (OP nº 98) e Thilo Krassman (OP nº 35) ambos já falecidos.
Raul trabalhou depois na Papelaria Fernandes e como escriturário e depois chefe de pessoal da antiga Siderurgia Nacional do Seixal.
Em 1957 forma com os também alunos de Sugg, José Peralta e Hermenegildo Mendes o Trio Harmonia.
A Harmónica tem um som muito particular e no século XX teve grandes artistas a engrandecê-la. Será que esta geração de artistas terá continuidade no futuro?
Raul de Figueiredo Mendes nasceu a 19 de Junho de 1938 em Alvorninha, Caldas da Rainha. Ainda criança foi viver para Paio Pires onde faz a sua escolaridade. Aos 8 anos é vitima de uma poliemelite e é internado para tentar a recuperação. Um colega de hospital tinha uma harmónica e tocava. Perguntou-lhe se ele queria experimentar. Fê-lo e pouco tempo depois já tocava melhor que ele. O pai que era músico (tocava tudo) e tinha sido um dos responsáveis pela formação da banda Filarmónica de Alvorninha, vendo o seu jeito começa a ensinar-lhe a arte da harmónica. O seu entusiasmo é grande e acaba por ter como professores os alemães que tinham vindo divulgar a fábrica de instrumentos musicais Hohner em Portugal, Siegfried Sugg (OP nº 98) e Thilo Krassman (OP nº 35) ambos já falecidos.
Raul trabalhou depois na Papelaria Fernandes e como escriturário e depois chefe de pessoal da antiga Siderurgia Nacional do Seixal.
Em 1957 forma com os também alunos de Sugg, José Peralta e Hermenegildo Mendes o Trio Harmonia.

Com os seus conhecimentos musicais e sendo ele o solista é Raul que faz todos os arranjos para as canções ligeiras e clássicas do Trio Harmonia onde Hermenegildo é o ritmo e Peralta o baixo. Em 1966 sai Peralta e entra Carlos Pais. Em 1969 Carlos Pais sai e entra José Correia. A formação manteve-se até ao final do grupo em 1983. Durante estes 25 anos foram 5 vezes Campeões do Mundo, em 62 na Alemanha, em 63 em França, em 69 na Suiça, em 73 na Bélgica e finalmente novamente na Alemanha em 75. O grupo apresentou-se muitas vezes na Emissora Nacional e na Televisão.

Em 1974 o grupo tem pouco trabalho e ficam muito tempo parados. Raul forma com as filhas Ana Paula (12 anos) e Maria Luísa (11 anos) o Mendes Harmónica Trio. Concorrem ao 1º Festival Ibérico de Harmónicas em Espanha e vencem. Em 2º lugar fica o seu outro grupo O Trio Harmonia. Com o Mendes Harmónica Trio são Campeões do Mundo em 79 no Reino Unido, em 89 e em 93 na Alemanha. Também em 89 faz o duo Raul & Luísa com a filha e ganham o título em duo na Alemanha.

Em 1994 actua com Carlos do Carmo, como seu convidado. Ao longo dos anos participa em muitos festivais no estrangeiro em colectividades e nos Natais dos hospitais e mais tarde começa a aps. Colabora também com José Mário Branco numa das suas obras. Entretanto as filhas casam e começam a vir os netos. O seu neto mais velho Rui Pedro nascido em 87 já começa a aparecer em festas de Natal junto com o avô a dar um ar da sua graça. Sabendo das dificuldades que existem no meio musical especialmente para as harmónicas Raul aconselha o neto a seguir outro instrumento como o violino. Rui desenvolve os seus conhecimentos e mais crescido começa a aparecer a tocar com o grupo. Em 2003 a vida familiar já vai sendo muito complicada para as suas filhas e acabam ao fim de 30 anos por terminar o grupo. As netas Ana Cláudia e Ana Margarida também aprendem o violino e ainda chegam a tocar com o avô. Ao longo da última década e a pedido, as filhas ainda chegaram a tocar uma vez por outra com o pai. Rui Pedro tornou-se mestre em violino e hoje toca numa das melhores orquestras do país e é professor de violino. As duas primas não seguiram o caminho da música.
Em 2012 Raul despediu-se dos palcos e o seu último concerto foi com a Banda Filarmónica de Alvorninha, sua terra natal. Nos últimos anos foi também acometido de parkinson. Em 2015 no seu programa "Inesquecível" prestou-lhe uma merecida homenagem.
Em 2012 Raul despediu-se dos palcos e o seu último concerto foi com a Banda Filarmónica de Alvorninha, sua terra natal. Nos últimos anos foi também acometido de parkinson. Em 2015 no seu programa "Inesquecível" prestou-lhe uma merecida homenagem.

GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Os Creedance Clearwater Revival entravam directamente para a 6ª posição com "Lookin' Out My Back Door" no seu ritmo alegre que desafia os pés à dança. Era o primeiro single do álbum "Cosmo's Factory" eo lado B era outro sucesso "Long As I Can see The Light". Em 1957 três amigos da escola juntam-se e fazem o trio Blue Velvet. Eram eles John Fogerty, Doug Clifford e Stu Cook. Só mais tarde se junta o irmão mais velho Tom Fogerty. Gravaram alguns singles e depois mudaram o nome para Golliwogs. Em 66 dois deles entram para o serviço militar. Em 1968 o novo dono da editora Fantasy Records, Saul, não gostou do nome. Ou mudam ou não gravam mais. De dez nomes saíu Creedance Clearwater Revival (CCR). A partir de 69 os sucessos não mais pararam. Em 71 Tom Fogerty saíu. O grupo terminou em 72. Tom morreu em 1990 e os outros continuam a tocar. Doug e Stu formaram os Credence Clearwater Revisited.