Manuel Tomaz entrou provavelmente muitas vezes em tua casa nos últimos 30 anos ou sonorizando e realizando programas na Antena 1 ou na realização de um programa na RTP, ou no apoio ao cinema português ou dando aulas aos teus filhos na Universidade Nova. Aparecia na nossa "Sonda Pop" porque a par com outros bons sonorizadores e técnicos do Rádio Clube de Moçambique também o considerávamos dos melhores. Estávamos em 1970. Manuel Tomaz é um cidadão do Mundo. Foi muito "precoce" dadas as circunstâncias particulares da sua existência e os valores sociais que amordaçavam a sociedade alentejana e portuguesa dos anos 40/50. Foi para Moçambique muito jovem levado por um tio da parte do pai que vivia em Porto Amélia por imposição política do regime salazarista.
Tinha vários irmãos e a mãe adoecera. O pai tinha que gerir tudo, ir a Lisboa com a mãe, ao hospital, ficando os irmãos com os vizinhos ou o feitor da herdade onde o pai trabalhava.
O tio era de Santarém , mas fôra obrigado a ir para Moçambique com a mulher por razões políticas.
Tinha vindo de férias e como não tinha filhos sugeriu levar Manuel. O sobrinho Manuel iria por um ano para aliviar a carga dos pais. Realmente voltou várias vezes mas a mãe continuava doente e lá voltava outra vez para Moçambique. "Isto foi acontecendo ao longo dos anos. "É claro que eu me afeiçoei a eles, e eles a mim. Tinha a escola e os meus amigos", diz. Finalmente a mãe melhorou e quiz que ele voltasse. Os pais já viviam em Lisboa e foi para o Liceu Camões.. Entretanto o seu irmão mais velho, que estava em Economia, arranjou emprego em Moçambique na Codauto".
Tinha vários irmãos e a mãe adoecera. O pai tinha que gerir tudo, ir a Lisboa com a mãe, ao hospital, ficando os irmãos com os vizinhos ou o feitor da herdade onde o pai trabalhava.
O tio era de Santarém , mas fôra obrigado a ir para Moçambique com a mulher por razões políticas.
Tinha vindo de férias e como não tinha filhos sugeriu levar Manuel. O sobrinho Manuel iria por um ano para aliviar a carga dos pais. Realmente voltou várias vezes mas a mãe continuava doente e lá voltava outra vez para Moçambique. "Isto foi acontecendo ao longo dos anos. "É claro que eu me afeiçoei a eles, e eles a mim. Tinha a escola e os meus amigos", diz. Finalmente a mãe melhorou e quiz que ele voltasse. Os pais já viviam em Lisboa e foi para o Liceu Camões.. Entretanto o seu irmão mais velho, que estava em Economia, arranjou emprego em Moçambique na Codauto".
E conta: "Um dia estou numa aula de História e o professor perguntou o que é que os nossos pais faziam. Um dos meus amigos, o José António Crespo diz que o pai dele é Operador. O professor afirma então que é Médico, faz operações, cirurgias. Não, responde o Zé António, é operador de Rádio. Nunca ninguém tinha ouvido falar em tal coisa, incluíndo o professor, e ele explica qual a função do pai na Rádio, perante a turma toda interessada. Eu ainda fiquei mais fascinado e pedi-lhe que me levasse a conhecer a Rádio. Era a Rádio Voz de Lisboa Lá fomos de autocarro e ainda me lembro que ficava na Infante Santo nº 64 -4º. Fiquei fascinado a ver aquilo e começei a ir com ele para lá. Às tantas até já ia aos fins de semana ajudar com os equipamenos para as transmissões desportivas. Aí conheço o Amadeu José de Freitas ( que depois também foi para Moçambique) e o Rui Romano. O pai do José António era sonorizador e eu começei a aprender aquilo tudo, só de o ver a trabalhar. Descubro que tenho jeito para escolher música e efeitos".
Quando já estava no antigo 7º ano concorre a um lugar na Força Aérea porque havia anúncios a pedir pilotos de helicópetero. Só era preciso o 5º ano e mais de 17 anos. Como tinha um excelente corpansil e teoricamente era bem mais velho conseguiu alistar-se. Como já tinha outro irmão na tropa não o deixam ir para esse curso e fica na OTA como metereologista. Vem fazer Rádio aos fins de semana. Como as baixas na Guerra Colonial começavam a ser muitas sai uma lei que permite a quem tem mais de um filho na tropa ficar menos tempo. Terminado o 7º ano é promovido a furriel e pede ao capitão que o coloque nas transmissões dada a sua experiência na Rádio, no que é atendido.
Continuava a fazer Rádio e trabalha com Maria Helena Falé que lhe apresenta a prima Maria da Conceição com quem acaba por casar quando sai da Força Aérea. O seu desejo de voltar para Moçambique leva-o a pedir ao tio que já estava em Lourenço Marques se lhe conseguia um emprego no RCM (Rádio Clube de Moçambique) e seu tio fala com Virgílio Teixeira o responsável pelo Departamento Técnico do RCM que lhe dá o seu aval. Segue de imediato para Moçambique no navio Príncipe Perfeito da CNN e aproveita para fazer a sua viagem de núpcias.
O RCM tinha excelentes profissionais, como o Carlos Silva, o chefe da sonoplastia, com quem muito aprendeu, a Magda Diniz, o Pedro Laranjeira, (OP nº 42 e 52) e ainda o José Manuel Gouveia e o Ricardo Branco (OP nº 86).
"As instalações do RCM não tinham nada a ver com o que existia em Lisboa. Era um excelente Palácio da Rádio com umas instalações técnicas na Matola simplesmente fantásticas. Equipada com o que de mais moderno existia, talvez a melhor estação de África na época. A potência dos seus emissores e antenas chegavam a todo o lado Europa e Ásia incluidas".
Depois começou também a colaborar com a Agência de Publicidade ELMO com Eugénio Corte Real (OP nº 11), a Ausenda Maria (OP nº 81) e Teodomiro Leite de Vasconcelos (virá na OP nº 88 A).
Manuel Tomaz começa inclusivé a gravar as Orquestras Clássicas, como a da SABC e Sara Pinto Coelho a grande obreira do "Teatro em Sua Casa", o teatro radiofónico (mãe de Carlos Pinto Coelho que trabalhou na RTP) escolhe-o para sonorizar todas as peças de teatro. "Lembro-me que a peça que mais gostei de sonorizar foi Sorriso de Pedra de Pedro Block, achava aquilo um trabalho fascinante. Muitos bons actores portugueses quando iam a Moçambique gravavam Teatro Radiofónico. Por exemplo, lembro-me do Jacinto Ramos e do Ruy de Carvalho" diz.
Continuava a fazer Rádio e trabalha com Maria Helena Falé que lhe apresenta a prima Maria da Conceição com quem acaba por casar quando sai da Força Aérea. O seu desejo de voltar para Moçambique leva-o a pedir ao tio que já estava em Lourenço Marques se lhe conseguia um emprego no RCM (Rádio Clube de Moçambique) e seu tio fala com Virgílio Teixeira o responsável pelo Departamento Técnico do RCM que lhe dá o seu aval. Segue de imediato para Moçambique no navio Príncipe Perfeito da CNN e aproveita para fazer a sua viagem de núpcias.
O RCM tinha excelentes profissionais, como o Carlos Silva, o chefe da sonoplastia, com quem muito aprendeu, a Magda Diniz, o Pedro Laranjeira, (OP nº 42 e 52) e ainda o José Manuel Gouveia e o Ricardo Branco (OP nº 86).
"As instalações do RCM não tinham nada a ver com o que existia em Lisboa. Era um excelente Palácio da Rádio com umas instalações técnicas na Matola simplesmente fantásticas. Equipada com o que de mais moderno existia, talvez a melhor estação de África na época. A potência dos seus emissores e antenas chegavam a todo o lado Europa e Ásia incluidas".
Depois começou também a colaborar com a Agência de Publicidade ELMO com Eugénio Corte Real (OP nº 11), a Ausenda Maria (OP nº 81) e Teodomiro Leite de Vasconcelos (virá na OP nº 88 A).
Manuel Tomaz começa inclusivé a gravar as Orquestras Clássicas, como a da SABC e Sara Pinto Coelho a grande obreira do "Teatro em Sua Casa", o teatro radiofónico (mãe de Carlos Pinto Coelho que trabalhou na RTP) escolhe-o para sonorizar todas as peças de teatro. "Lembro-me que a peça que mais gostei de sonorizar foi Sorriso de Pedra de Pedro Block, achava aquilo um trabalho fascinante. Muitos bons actores portugueses quando iam a Moçambique gravavam Teatro Radiofónico. Por exemplo, lembro-me do Jacinto Ramos e do Ruy de Carvalho" diz.
Em Julho de 1972 após a "Censura" nterna do RCM ter feito o corte integral a uma entrevista que ele e Leite de Vasconcelos tinham feito a Jorge de Sena, (hoje possível de ser escutada no Youtube), foi a gota de água para a partida. Junto com Eugénio Corte Real (OP nº 11), decidem abandonar Moçambique. No carro de Eugénio, e sem dizerem nada a ninguém, rumam a Port Elisabeth na África do Sul e embarcam no navio Africa rumo a Barcelona. O objectivo é atingirem Londres, para pedir nos escritórios dos Movimentos de Libertação apoio para seguirem para a Tanzania e daí fazerem um programa dirigido a Moçambique. A secretária dos Movimentos, diz-lhes que sabe quem eles são e serão mais necessários em Lisboa onde tudo irá acontecer. Ficam atónitos mas rumam a Lisboa. Eugénio vai para o Rádio Clube Português colaborar com os "Parodiantes". Leite fica à espera da abertura do Jornal Expresso (6 Janeiro de 73) onde vai ser jornalista e Manuel Tomaz acaba por aceitar um convite para Angola para ajudar a instalar a Televisão angolana. Esse processo sofre atrasos e em Março de 73, a RR tinha terminado a sua colaboração com o programa PBX. Surge o espaço para uma nova programação. Tomaz volta a Lisboa para iniciar com Leite de Vasconcelos um programa a que decidem chamar "Limite" (8 de Junho de 73), com tempo alugado à Rádio Renascença a 65 contos por mês, que a partir do 2º ou 3º mês eram pagos em publicidade pela Agência Nacional de Cafés, na pessoa de Marcel de Almeida que os contactara nesse sentido. Este programa vai ficar famoso ( ou já o era pois é temido pelo Governo, tem duas Censuras, a da própria RR e um coronel censor que é lá colocado só para este progama. Em 74 havia rumores de que a PIDE tencionava invadir o seu escritório em Alvalade. É neste programa que é divulgada a senha para o início do 25 de Abril, "Grândola Vila Morena". A História já mais ou menos a contámos na OP nº 11, aqui apenas fazemos mais umas inconfidências.
Otelo conhecera João Paulo Diniz na guerra da Guiné e sabia que ele era locutor. Assim entra em contacto com ele para que transmitisse a senha nos Emissores Associados de Lisboa, onde João Paulo trabalhava, estávamos a 2 dias do 25 de Abril e quase entra em pânico quando este lhe diz que os Emissores só são ouvidos em Lisboa. Quer que a senha seja a canção de José Afonso "Venham Mais Cinco". João Paulo diz-lhe que essa canção está proibida, mas que agora há outra que ele passa todos os dias e que ganhou o Festival da Canção, "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho que Otelo não conhecia. Fica então combinado que para o alerta das unidades de Lisboa estarem a postos, ele dirá no dia 24 antes das onze da noite "Faltam cinco para as onze" e de seguida entra "E Depois do Adeus". Otelo estava com o capitão Costa Martins. Decidem telefonar para Melo Antunes que estava nos Açores. Melo Antunes entra em contacto com Álvaro Guerra, seu amigo, jornalista do Jornal República e coloca-lhe a situação. Guerra diz-lhe que tem um colega, Carlos Albino, que colabora com uns "malucos" (gente fixe) que vieram de Moçambique e que têm um programa independente a essa hora na Rádio Renascença de nome "Limite". Guerra fala com Albino e este diz-lhe que não pode ser o "Venham Mais Cinco" mas que no final de Março houve no Coliseu o I Encontro da Música Popular Portuguesa e poderia ser, do Zeca Afonso a "Grândola Vila Morena". Otelo concorda, ficando a senha de ir para o Ar à meia noite e vinte do dia 25, sendo primeiro dita a primeira estrofe pelo locutor e no final depois da música lida a primeira estrofe novamente. No dia 24 ao fim da manhã Carlos Albino inicia a sua complicada missão. Telefona a Manuel Tomaz dizendo que irá ter com ele ao escritório de Alvalade depois do almoço. De caminho passa na Livraria Opinião e compra o LP de José Afonso "Cantigas do Maio", não vá faltar a canção. Quando chega convida Manuel Tomás a ir tomar um café. Os dois sobem a Av. da Igreja e de repente estão em frente à Igreja. Albino pergunta-lhe hà quanto tempo não entra numa igreja. Entram, decorre uma missa, sentam-se à distância dos crentes e fingem rezar, seguindo o ritual (senta, ajoelha, levanta). É lá que tudo é combinado. Tomaz diz-lhe que não pode ser assim, tem de haver um motivo para modificar o alinhamento do programa e que Leite de Vasconcelos está de folga. Decidem então fazer um programa de poesia. Albino colabora muito com o "Limite" com poemas seus. E o alibi, para a troca do alinhamento no programa! Albino tem uns amigos italianos que no dia seguinte vão para Itália. É esse o alibi. Os italianos querem gravar poesia do amigo e só podem aquela hora. Albino fica de ir a casa buscar os poemas e levá-los ao censor. A partir das 16h tudo fica na mão de Tomaz. Chama Leite de Vasconcelos que nesse dia estava de folga, dizendo que era urgente gravarem uma alteração ao programa, porque uns amigos italianos do Albino iam no dia seguinte para Itália e gostavam de gravar uns poemas dele. Teodomiro Leite de Vasconcelos vem ao estúdio gravar os poemas "Geografia" e "Revolução Solar" e a primeira estrofe de "Grândola Vila Morena". Albino levou os poemas ao censor e este aprovou-os. No final Tomaz pôe o "Coro da Primavera" de José Afonso que também não se podia tocar. Vasconcelos advertiu-o e Tomaz disse "Assenta que nem uma luva, que se lixe". Leite (não tinha qualquer ideia de qual o fim dessa gravação) voltou para casa e Manuel Tomás terminou a montagem. Às 20h, os 11 minutos de programa estão montados. Carlos Albino e Manuel Tomaz vão jantar nas imediações da RR. Perto da meia-noite Tomás entra no estúdio e diz ao locutor estagiário Paulo Coelho (que ele está a lançar) que há uma alteração ao programa, monta a bobine e diz-lhe que tem de entrar às zero horas e 20 minutos sem falta, para que uns amigos italianos o possam gravar. O locutor diz Ok, mas quando o tempo está a chegar ele quer terminar uma canção que acabara de colocar. Tomaz insurge-se vendo os segundos a passar e é ele que faz a mudança e pôe a nova bobine no ar, perante os protestos de locutor e técnico. Eram zero horas, vinte minutos e dezanove segundos. É dita a primeira estrofe de "Grândola", corre a canção "Grândola" e no final é dita novamente a primeira estrofe de "Grândola". Depois são lidos os poemas "Geografia" e "Revolução Solar". O coronel censor entra a correr perguntando quem autorizou aqueles poemas e Carlos Albino mostra-lhe a sua assinatura e dá-lhe os poemas para ele os seguir. No final com a canção de José Afonso "Coro da Primavera" o censor que já estava abispinhado com os poemas que ele mesmo aprovara, foi aos arames dizendo que de futuro o programa só era censurado depois de gravado. Para quem não tem ideia nenhuma do que eram estes tempos, foi um trabalho altamente arriscado que Carlos Albino e Manuel Tomaz conseguiram realizar.
"Fui para casa em S. João do Estoril às 3 da manhã, tomei um banho mas não conseguia dormir. Às 5 da manhã fui para a Redacção da República e às 8h é que telefonei para casa do Miro (Leite de Vasconcelos). Disse-lhe que se levantasse e fosse ouvir a Rádio. Também Pedro Laranjeira (OP nº 42 e 52), que colaborava com o Limite, já estava a par do golpe e apareceu pedindo um gravador para ir para a rua fazer reportagem. Ele, a sua namorada russa Barbara Skolimodska e Carlos Albino fazem excelentes reportagens que o Limite transmitirá depois". Depois foi editado em disco.
Quer queiram, quer não queiram Tomaz e Albino são também verdadeiros heróis do "25 de Abril".
A 8 de Junho de 1974 o "Limite" entrevistou Arnaldo de Matos o Secretário Geral do Partido MRPP e a Rádio Renascença como "vingança", rescinde o contrato de aluguer de tempo (que terminava nesse dia) ao programa "Limite" apesar de isso representar uma perda financeira mensal de 65 contos (muito dinheiro para a época). Eram Administradores Albérico Fernandes e o Padre Rego.
Otelo conhecera João Paulo Diniz na guerra da Guiné e sabia que ele era locutor. Assim entra em contacto com ele para que transmitisse a senha nos Emissores Associados de Lisboa, onde João Paulo trabalhava, estávamos a 2 dias do 25 de Abril e quase entra em pânico quando este lhe diz que os Emissores só são ouvidos em Lisboa. Quer que a senha seja a canção de José Afonso "Venham Mais Cinco". João Paulo diz-lhe que essa canção está proibida, mas que agora há outra que ele passa todos os dias e que ganhou o Festival da Canção, "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho que Otelo não conhecia. Fica então combinado que para o alerta das unidades de Lisboa estarem a postos, ele dirá no dia 24 antes das onze da noite "Faltam cinco para as onze" e de seguida entra "E Depois do Adeus". Otelo estava com o capitão Costa Martins. Decidem telefonar para Melo Antunes que estava nos Açores. Melo Antunes entra em contacto com Álvaro Guerra, seu amigo, jornalista do Jornal República e coloca-lhe a situação. Guerra diz-lhe que tem um colega, Carlos Albino, que colabora com uns "malucos" (gente fixe) que vieram de Moçambique e que têm um programa independente a essa hora na Rádio Renascença de nome "Limite". Guerra fala com Albino e este diz-lhe que não pode ser o "Venham Mais Cinco" mas que no final de Março houve no Coliseu o I Encontro da Música Popular Portuguesa e poderia ser, do Zeca Afonso a "Grândola Vila Morena". Otelo concorda, ficando a senha de ir para o Ar à meia noite e vinte do dia 25, sendo primeiro dita a primeira estrofe pelo locutor e no final depois da música lida a primeira estrofe novamente. No dia 24 ao fim da manhã Carlos Albino inicia a sua complicada missão. Telefona a Manuel Tomaz dizendo que irá ter com ele ao escritório de Alvalade depois do almoço. De caminho passa na Livraria Opinião e compra o LP de José Afonso "Cantigas do Maio", não vá faltar a canção. Quando chega convida Manuel Tomás a ir tomar um café. Os dois sobem a Av. da Igreja e de repente estão em frente à Igreja. Albino pergunta-lhe hà quanto tempo não entra numa igreja. Entram, decorre uma missa, sentam-se à distância dos crentes e fingem rezar, seguindo o ritual (senta, ajoelha, levanta). É lá que tudo é combinado. Tomaz diz-lhe que não pode ser assim, tem de haver um motivo para modificar o alinhamento do programa e que Leite de Vasconcelos está de folga. Decidem então fazer um programa de poesia. Albino colabora muito com o "Limite" com poemas seus. E o alibi, para a troca do alinhamento no programa! Albino tem uns amigos italianos que no dia seguinte vão para Itália. É esse o alibi. Os italianos querem gravar poesia do amigo e só podem aquela hora. Albino fica de ir a casa buscar os poemas e levá-los ao censor. A partir das 16h tudo fica na mão de Tomaz. Chama Leite de Vasconcelos que nesse dia estava de folga, dizendo que era urgente gravarem uma alteração ao programa, porque uns amigos italianos do Albino iam no dia seguinte para Itália e gostavam de gravar uns poemas dele. Teodomiro Leite de Vasconcelos vem ao estúdio gravar os poemas "Geografia" e "Revolução Solar" e a primeira estrofe de "Grândola Vila Morena". Albino levou os poemas ao censor e este aprovou-os. No final Tomaz pôe o "Coro da Primavera" de José Afonso que também não se podia tocar. Vasconcelos advertiu-o e Tomaz disse "Assenta que nem uma luva, que se lixe". Leite (não tinha qualquer ideia de qual o fim dessa gravação) voltou para casa e Manuel Tomás terminou a montagem. Às 20h, os 11 minutos de programa estão montados. Carlos Albino e Manuel Tomaz vão jantar nas imediações da RR. Perto da meia-noite Tomás entra no estúdio e diz ao locutor estagiário Paulo Coelho (que ele está a lançar) que há uma alteração ao programa, monta a bobine e diz-lhe que tem de entrar às zero horas e 20 minutos sem falta, para que uns amigos italianos o possam gravar. O locutor diz Ok, mas quando o tempo está a chegar ele quer terminar uma canção que acabara de colocar. Tomaz insurge-se vendo os segundos a passar e é ele que faz a mudança e pôe a nova bobine no ar, perante os protestos de locutor e técnico. Eram zero horas, vinte minutos e dezanove segundos. É dita a primeira estrofe de "Grândola", corre a canção "Grândola" e no final é dita novamente a primeira estrofe de "Grândola". Depois são lidos os poemas "Geografia" e "Revolução Solar". O coronel censor entra a correr perguntando quem autorizou aqueles poemas e Carlos Albino mostra-lhe a sua assinatura e dá-lhe os poemas para ele os seguir. No final com a canção de José Afonso "Coro da Primavera" o censor que já estava abispinhado com os poemas que ele mesmo aprovara, foi aos arames dizendo que de futuro o programa só era censurado depois de gravado. Para quem não tem ideia nenhuma do que eram estes tempos, foi um trabalho altamente arriscado que Carlos Albino e Manuel Tomaz conseguiram realizar.
"Fui para casa em S. João do Estoril às 3 da manhã, tomei um banho mas não conseguia dormir. Às 5 da manhã fui para a Redacção da República e às 8h é que telefonei para casa do Miro (Leite de Vasconcelos). Disse-lhe que se levantasse e fosse ouvir a Rádio. Também Pedro Laranjeira (OP nº 42 e 52), que colaborava com o Limite, já estava a par do golpe e apareceu pedindo um gravador para ir para a rua fazer reportagem. Ele, a sua namorada russa Barbara Skolimodska e Carlos Albino fazem excelentes reportagens que o Limite transmitirá depois". Depois foi editado em disco.
Quer queiram, quer não queiram Tomaz e Albino são também verdadeiros heróis do "25 de Abril".
A 8 de Junho de 1974 o "Limite" entrevistou Arnaldo de Matos o Secretário Geral do Partido MRPP e a Rádio Renascença como "vingança", rescinde o contrato de aluguer de tempo (que terminava nesse dia) ao programa "Limite" apesar de isso representar uma perda financeira mensal de 65 contos (muito dinheiro para a época). Eram Administradores Albérico Fernandes e o Padre Rego.
"A 28 de Abril de 74 já fazia parte da Comissão ADOC à Direcção Militar da Emissora Nacional como Director dos Serviços de Realização. A Comissão era liderada pelo Álvaro Belo Marques e dela faziam parte nomes como o José Jorge Letria Carlos Albino, João Paulo Guerra, Francisco Munoz, Eduarda Pereira, Jaime Gama, Eugénio Alves, Manuel Alegre, José Nuno Martins, a secretária era Estrela Serrano e o Presidente era Calrrão Borges sendo o Major Moura o Director de Produção. No dia 25 de Novembro fomos despedidos acusados de contrarevolucionários e Sediciosos ( nome fantástico). Foram suspensos 150 trabalhadores e demitidos 22. Seguiu-se um processo no Tribunal Militar que só 10 anos depois nos absolveu e indemnizou. Estive 5 meses desempregado e depois de ver uma entrevista na RTP com o realizador de cinema José Fonseca e Costa, vou no dia seguinte ao Centro Português de Cinema. É mesmo o Fonseca e Costa quem me abre a porta. Explico-lhe quem sou e manda-me entrar. Tinham um teste para fazer com a Josefina Silva. Foi esse o meu teste. Fiz umas inovações na captação de som e gostaram muito. Fiz uma série para a TV, "Maria Maria". Introduzi a "perche" que é uma vara cm um microfone na ponta com uma "bonnette" que o cobria para eliminar ruídos. Começei a fazer a sonorização dos filmes. Fiz "Nós Por Cá Todos Bem", "Oxalá" do António Pedro de Vasconcelos, "S Marginal" do Sá Caetano. Quando estava a fazer "Kilas o Mau da Fita" caí de um terceiro andar e desfiz os pés. Estive 4 meses no hospital e depois fui recuperar para casa do Eugénio Corte Real (OP nº 11) . Quando estava em recuperação o Fonseca e Costa foi lá dizer-me que queria que fosse eu a fazer montagem final do som do Kilas. Aquilo era num 2º andar. Tive que comprar umas joalheiras para poder subir os degraus de joelhos. Mas o trabalho fez-se. E fiz o som de muitos outros filmes e séries".
Manuel Tomaz também concorreu a um lugar de operador de câmara na RTP. Disseram-lhe, porque concorres a esse lugar se podes concorrer a realizador? Respondeu "Depois de conhecer bem os segredos da câmara, é isso que farei". Ainda estava em convalescença e andava de cadeira de rodas. Quando se dirigia à sala do concurso, disseram-lhe. desculpe mas a sala de tratamentos é do outro lado. Sorriu, venho concorrer, disse. Uma cara de espanto instalou-se no seu interlocutor.
Ficou em 1º lugar. Posteriormente (em 81) concorreu ao lugar de Realizador e voltou a ganhar.
Em 1977 esteve 4 meses como director de som em Yevre de la Chapelle onde vivam os pintores Veira da Silva e Arpa Szenes, com o realizador José Álvaro de Morais e o António Escudeiro (fotografia). Gravaram o filme "Ma Femme Chamada Bicho" sobre o quotidiano destes dois monstros da pintura.
Em 81 era Fernando Balsinha o director de informação da RTP e o programa "Primeira Página" de Margarida Marante era realizado por ele. Depois vem também "Bom Dia Portugal". Realiza o começo no Canal 2 da "Informação 2" e depois do "Jornal das 9", o programa "Oxalá" de Carlos Pinto Coelho. Até 91 realiza imensos programas quer na informação quer nos debates . Com Carneiro Jacinto faz todos os debates políticos entre 81 e 91
Em 86 é escolhido para fazer a realização da cimeira da entrada oficial de Portugal na CEE.
A Mário Soares tinham dito que fazer a cerimónia nos claustros dos Jerónimos, não era possível. Vão então para o espaço frente à Torre de Belém onde será montada uma tenda gigante. Quando aí estão para estudar as condições, Manuel Tomaz vira-se para Soares e pergunta-lhe, porquê ali e não nos Jerónimos. Mário Soares responde, "isso era o que eu queria mas dizem-me que é impossível por causa dos jardins". "Desculpe Sr. 1º Ministro, mas não só é possivel, como ficará muito melhor. Quanto aos jardins, os jardineiros depois reconstrói-em-os outra vez. Mário Soares diz "pára tudo. Vamos para ali. Foi uma excelente realização.
Em 1992 é convidado para ir abrir o novo canal de TV "SIC". Vai seis meses antes do início para poder formar as várias categorias de profissionais que eram necessários ao arranque da estação. É pois o responsável pelo treino e organização operacional. Para os meios e logística o résponsavel Torres Pereira. Em Agosto /Setembro começam com Emídio Rangel a fazer as simulações para arrancarem a 6 de Outubro. Fica como Director do Tratamento Visual e de Gafismo da Estação, mas também faz produção e realização. Em 2003 Luís de Matos convida-o para ser o responsável pela Realização do Euro 2004. A RTP cria a empresa EBS para este mega evento e Manuel Tomaz vai ser o Director responsável por todas as equipes de Produção e Realização dos 32 jogos.
A 7 de Setembro de 2004 a EBS é extinta e Tomaz dá-se conta que está desempregado.
Entretanto a RTP e a RDP estão-se mudando para novas instalações conjuntas e dão-se conta que não existe núcleo de formação. É formado o Centro de Formação de Rádio e Televisão e Manuel Tomaz vai ocupar o lugar de Director Pedagógico para a área da Televisão.
Ficou em 1º lugar. Posteriormente (em 81) concorreu ao lugar de Realizador e voltou a ganhar.
Em 1977 esteve 4 meses como director de som em Yevre de la Chapelle onde vivam os pintores Veira da Silva e Arpa Szenes, com o realizador José Álvaro de Morais e o António Escudeiro (fotografia). Gravaram o filme "Ma Femme Chamada Bicho" sobre o quotidiano destes dois monstros da pintura.
Em 81 era Fernando Balsinha o director de informação da RTP e o programa "Primeira Página" de Margarida Marante era realizado por ele. Depois vem também "Bom Dia Portugal". Realiza o começo no Canal 2 da "Informação 2" e depois do "Jornal das 9", o programa "Oxalá" de Carlos Pinto Coelho. Até 91 realiza imensos programas quer na informação quer nos debates . Com Carneiro Jacinto faz todos os debates políticos entre 81 e 91
Em 86 é escolhido para fazer a realização da cimeira da entrada oficial de Portugal na CEE.
A Mário Soares tinham dito que fazer a cerimónia nos claustros dos Jerónimos, não era possível. Vão então para o espaço frente à Torre de Belém onde será montada uma tenda gigante. Quando aí estão para estudar as condições, Manuel Tomaz vira-se para Soares e pergunta-lhe, porquê ali e não nos Jerónimos. Mário Soares responde, "isso era o que eu queria mas dizem-me que é impossível por causa dos jardins". "Desculpe Sr. 1º Ministro, mas não só é possivel, como ficará muito melhor. Quanto aos jardins, os jardineiros depois reconstrói-em-os outra vez. Mário Soares diz "pára tudo. Vamos para ali. Foi uma excelente realização.
Em 1992 é convidado para ir abrir o novo canal de TV "SIC". Vai seis meses antes do início para poder formar as várias categorias de profissionais que eram necessários ao arranque da estação. É pois o responsável pelo treino e organização operacional. Para os meios e logística o résponsavel Torres Pereira. Em Agosto /Setembro começam com Emídio Rangel a fazer as simulações para arrancarem a 6 de Outubro. Fica como Director do Tratamento Visual e de Gafismo da Estação, mas também faz produção e realização. Em 2003 Luís de Matos convida-o para ser o responsável pela Realização do Euro 2004. A RTP cria a empresa EBS para este mega evento e Manuel Tomaz vai ser o Director responsável por todas as equipes de Produção e Realização dos 32 jogos.
A 7 de Setembro de 2004 a EBS é extinta e Tomaz dá-se conta que está desempregado.
Entretanto a RTP e a RDP estão-se mudando para novas instalações conjuntas e dão-se conta que não existe núcleo de formação. É formado o Centro de Formação de Rádio e Televisão e Manuel Tomaz vai ocupar o lugar de Director Pedagógico para a área da Televisão.
"Em 2005 concorre a um anúncio da Universidade Nova para professor de Realização e Produção para o curso de "Ciências da Comunicação". Pelo seu curriculum é contratado de imediato. Hoje dá também uma cadeira no Mestrado de Televisão. Até 2015 esteve sempre com estas funções quer na RTP quer na Universidade Nova. A partir de 2016 voltou a Realizar. Presentemente Realiza na RTP 3 os programas "Sociedade Civil" e "O Último Apaga a Luz". Começou também a lecionar na Universidade Atlântica a cadeira de "Acessoria de Imprensa" para o curso de Marketing.
José Manuel Rodrigues nasceu em Lourenço Marques a 3 de Fevereiro de 1943, com seu irmão gémeo João Rodrigues (Salu). Em criança o pai sentava-os nos joelhos e cantava as canções populares da época como por exemplo "Cantiga Da Rua". Fez o ensino primário na Escola Paiva Manso e depois seguiu para a Escola Industrial. Entretanto o pai vendo que tinham um certo jeito para a música, comprara-lhes um violino e uma harmónica e este foi o incentivo para o seu interesse musical.
"Um dos meus cunhados viu que eu tinha jeito para a música e comprou-me uma viola na Somorel nos meus 14 anos" diz-nos Zeca, e continua, "eu e o meu irmão formámos então um duo. O Salu tocava uma bateria inventada por ele e eu a viola e a hamónica. O nosso primeiro show foi na Moamba". Depois aos 17/18 anos juntam-se a Luís Monteiro que tinha 14 anos e tocava acordeão. Também se junta uma outra criança, Orlando Rodrigues, excelente a tocar acordeão (será mais tarde o Alex dos Night Stars). O mais velho do novo grupo acaba por ser o último a entrar. É o Juvêncio que já tem 22 anos e tocava viola. Assim em 1960 surgiram as Estrelas Doiradas, grupo que teve direito a reportagem jornalística no jornal Notícias de Lourenço Marques. "Também nos meus 16 anos outro meu cunhado decidiu oferecer-me um saxofone e de ouvido eu lá ia aprendendo o instrumento" conclúi Zeca. A reportagem da época dizia-nos que tinham assistido ao ensaio e que dois acordeãos, um saxofone, uma viola eléctrica e uma bateria soavam muito bem em canções como "Manuela" e "Marina". Inclusivé os vizinhos em vez de protestarem, até chegavam a abrir as janelas e a subir as árvores para ouvir melhor. Como não possuímos qualquer gravação deles, limitem-se a ouvir estas versões. A nossa notícia no "Cenário" dizia que tinham actuado no RCM no programa de Domingo "Um Conjunto" e que as melhores tinham sido "Zingara" e "Sob o Céu de Paris". Como também não temos essas versões lembremos as canções por outros artistas.
"Um dos meus cunhados viu que eu tinha jeito para a música e comprou-me uma viola na Somorel nos meus 14 anos" diz-nos Zeca, e continua, "eu e o meu irmão formámos então um duo. O Salu tocava uma bateria inventada por ele e eu a viola e a hamónica. O nosso primeiro show foi na Moamba". Depois aos 17/18 anos juntam-se a Luís Monteiro que tinha 14 anos e tocava acordeão. Também se junta uma outra criança, Orlando Rodrigues, excelente a tocar acordeão (será mais tarde o Alex dos Night Stars). O mais velho do novo grupo acaba por ser o último a entrar. É o Juvêncio que já tem 22 anos e tocava viola. Assim em 1960 surgiram as Estrelas Doiradas, grupo que teve direito a reportagem jornalística no jornal Notícias de Lourenço Marques. "Também nos meus 16 anos outro meu cunhado decidiu oferecer-me um saxofone e de ouvido eu lá ia aprendendo o instrumento" conclúi Zeca. A reportagem da época dizia-nos que tinham assistido ao ensaio e que dois acordeãos, um saxofone, uma viola eléctrica e uma bateria soavam muito bem em canções como "Manuela" e "Marina". Inclusivé os vizinhos em vez de protestarem, até chegavam a abrir as janelas e a subir as árvores para ouvir melhor. Como não possuímos qualquer gravação deles, limitem-se a ouvir estas versões. A nossa notícia no "Cenário" dizia que tinham actuado no RCM no programa de Domingo "Um Conjunto" e que as melhores tinham sido "Zingara" e "Sob o Céu de Paris". Como também não temos essas versões lembremos as canções por outros artistas.
No ano seguinte houve alterações e o grupo muda de nome para Conjunto João Rodrigues (um pouco à semelhança de outros como o Conjunto João Domingos OP nº ). O Juvêncio saíu e entrou o Gita,saíu o Luís Monteiro e entrou o Óscar Menezes. O Orlando (Alex) vai para o piano e para vocalista. Pouco tempo depois forma-se o conjunto Night Stars (OP nº 24) e o Alex e o Gita vão ser dos seus fundadores. Volta o Luís Monteiro e entra para vocalista o Pio Alberto. Em 62 sai o Pio e entra para a voz o Victor Tomé. "É o Victor que tem a ideia de mdar o nome ao conjunto, e como o Festival de Sanremo estava na moda, passamos a ser Os Sanremo", diz Zeca. A música italiana brilhava nestes anos e Victor Tomé cantava-a muito bem (Victor viria a tornar-se um dos melhores Rockers e actuou em conjuntos como os Corsários e a Banda Diplomática (OP nº 42 ). Já em Portugal foi vocalista da Banda Sigma de outro ex fundador dos Night Stars, o Carlos Alberto Silva. (OP nº25). Zeca ainda tocou também uns meses com o conjunto ABC de Maurílio (OP nº42).
Em 63 o Victor Tomé vai para Os Corsários. Quem entra para vocalista é o Correia Mendes. Zeca passa para o baixo. "Ao longo dos anos houve tantas mexidas de músicos que já nem me recordo. Em 72 estávamos a tocar no Dragão, havia sempre muitos estrangeiros e o sucesso era grande. O vocalista nessa altura era o irmão do Jerry (dos beatnicks moçambicanos). O Correia Mendes tinha formado o seu próprio conjunto e convidou-me para tocar com ele, embora tivesse pena de deixar o meu irmão. Com a minha saída o meu irmão voltou a chamar o grupo de Conjunto de João Rodrigues" diz Zeca.
Em 1976 Zeca vem para Portugal. Em 78 forma o Sanremo com Braga nas teclas, Rangel na bateria, Falcão na viola solo, Zeca na viola baixo e Correia Mendes na voz. Tocavam no Hotel Lido e Grande Hotel no Estoril e no Hotel Praia-Mar em Carcavelos. Em 1980 vão para o Hotel Estoril Sol e os músicos são Alex Rodrigues (piano), Rudolfo (solo) (OP nº 15 ), Chico Furtado (bateria) (OP nº 23 ) e Zeca Rodrigues (Baixo). Depois ao longo dos anos e até ao fim do século XX tocaram muitos músicos como o Mário Ferreira (OP nº 24), o Cabrita (bateria), o Rousseau (bateria), Jumbim (sax), Gonçalves (bateria e voz), Luís Rendeiro (teclas), Radanal (baixo), Carlitos (viola), Orlando Ribeiro (bateria), Carlos José (bateria) e outros músicos que de repente a memória não refere.
Em 63 o Victor Tomé vai para Os Corsários. Quem entra para vocalista é o Correia Mendes. Zeca passa para o baixo. "Ao longo dos anos houve tantas mexidas de músicos que já nem me recordo. Em 72 estávamos a tocar no Dragão, havia sempre muitos estrangeiros e o sucesso era grande. O vocalista nessa altura era o irmão do Jerry (dos beatnicks moçambicanos). O Correia Mendes tinha formado o seu próprio conjunto e convidou-me para tocar com ele, embora tivesse pena de deixar o meu irmão. Com a minha saída o meu irmão voltou a chamar o grupo de Conjunto de João Rodrigues" diz Zeca.
Em 1976 Zeca vem para Portugal. Em 78 forma o Sanremo com Braga nas teclas, Rangel na bateria, Falcão na viola solo, Zeca na viola baixo e Correia Mendes na voz. Tocavam no Hotel Lido e Grande Hotel no Estoril e no Hotel Praia-Mar em Carcavelos. Em 1980 vão para o Hotel Estoril Sol e os músicos são Alex Rodrigues (piano), Rudolfo (solo) (OP nº 15 ), Chico Furtado (bateria) (OP nº 23 ) e Zeca Rodrigues (Baixo). Depois ao longo dos anos e até ao fim do século XX tocaram muitos músicos como o Mário Ferreira (OP nº 24), o Cabrita (bateria), o Rousseau (bateria), Jumbim (sax), Gonçalves (bateria e voz), Luís Rendeiro (teclas), Radanal (baixo), Carlitos (viola), Orlando Ribeiro (bateria), Carlos José (bateria) e outros músicos que de repente a memória não refere.
Tocou com regularidade até 2010. Nos últimos anos tem feitos muitos programas, ora convidado pelo Mário Ferreira (e então são os Night Stars) ou é ele que convida Mário ( e são os Sanremo). Normalmente colaboram com ele o seu velho amigo Luís Monteiro ou Nuno Miguel (nas teclas) ou na bateria o Carlitos (OP nº 15 ) ou o Tony Fernandes (OP nº). Foram estas as formações que fizeram o Final do ano e agora a 1 de Abril a Festa da Primavera.
Mas Zeca Rodrigues não pára. De há muitos anos que colabora também no Centro Álvaro de Sousa no Estoril. Tem o grupo Monserrate ( Música Popular Portuguesa) com Jaime Lourenço (teclas), Luís Santos (viola), João Carula (percurssão) e Zeca (baixo). Também existe o Grupo Etnográfico. Depois nos Fados tem o José Maria da Fonseca (guitarra) e Zeca (viola). Mas também colabora no grupo Cantares da Terra (música popular portuguesa, particularmente alentejana), em Manique. Fados na Sociedade Monte Real em Tires e ainda colabora no grupo CENCO, um coro de cantares populares. Ainda pertence ao grupo Suriá (cantares de Goa).
Mas Zeca Rodrigues não pára. De há muitos anos que colabora também no Centro Álvaro de Sousa no Estoril. Tem o grupo Monserrate ( Música Popular Portuguesa) com Jaime Lourenço (teclas), Luís Santos (viola), João Carula (percurssão) e Zeca (baixo). Também existe o Grupo Etnográfico. Depois nos Fados tem o José Maria da Fonseca (guitarra) e Zeca (viola). Mas também colabora no grupo Cantares da Terra (música popular portuguesa, particularmente alentejana), em Manique. Fados na Sociedade Monte Real em Tires e ainda colabora no grupo CENCO, um coro de cantares populares. Ainda pertence ao grupo Suriá (cantares de Goa).
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso nasceu em Santo Amaro (Salvador da Baía) em 7 de Agosto de 1942. Tinha 7 irmãos e ele era o 5º. Filho de um funcionário público conhecido por "Seu Zèzinho" e D. Claudionor mas mais conhecida por Dona Canô. Quando nasceu a sua irmã mais nova foi ele que lhe deu o nome, Maria Bethania, nome de uma canção de Nelson Gonçalves e que ele adorava.
Inicialmente estava mais virado para o cinema mas, segundo ele, foi a canção "Chega de Saudade" cantada por Marisa Mansa que lhe mudou o rumo. Foi muito influenciado por Luis Gonzaga, o rei do Baião ( o João Pedro da Onda também sofreu essa influência, e ainda hoje canta a letra toda do "Xote das Meninas"). Em 1956 no Rio de Janeiro escutava todo os grandes ídolos da Rádio Nacional, que tal como o RCM tinha um auditório. No final dos anos 60 deixou as influências da Bossa Nova e associou-se a composições com características mais sócio-polítcas resultantes do clima de ditadura militar que se vivia no País. O movimento Hippy e a Pop levam-no a juntar-se à MPB (Música Popular Brasileira), mas acaba por criar um estilo a que se chamará "Tropicália". Ele e Gilberto Gil são os grandes impulsionadores deste novo estilo que é contra a Repressão, a Ditadura Militar, a Censura e o Exílio e a favor da Música, da Liberdade, do Amor e da Paz. Entretanto sua irmã mais nova Maria Bethania já começara a cantar, e é quando lança "Sol Negro", uma canção de sua autoria em dueto com Gal Costa que o seu nome começa a ser conhecido. Mesmo assim ainda trabalhou como crítico de cinema num jornal cuja secção de cinema era dirigida por Clauber Rocha
Inicialmente estava mais virado para o cinema mas, segundo ele, foi a canção "Chega de Saudade" cantada por Marisa Mansa que lhe mudou o rumo. Foi muito influenciado por Luis Gonzaga, o rei do Baião ( o João Pedro da Onda também sofreu essa influência, e ainda hoje canta a letra toda do "Xote das Meninas"). Em 1956 no Rio de Janeiro escutava todo os grandes ídolos da Rádio Nacional, que tal como o RCM tinha um auditório. No final dos anos 60 deixou as influências da Bossa Nova e associou-se a composições com características mais sócio-polítcas resultantes do clima de ditadura militar que se vivia no País. O movimento Hippy e a Pop levam-no a juntar-se à MPB (Música Popular Brasileira), mas acaba por criar um estilo a que se chamará "Tropicália". Ele e Gilberto Gil são os grandes impulsionadores deste novo estilo que é contra a Repressão, a Ditadura Militar, a Censura e o Exílio e a favor da Música, da Liberdade, do Amor e da Paz. Entretanto sua irmã mais nova Maria Bethania já começara a cantar, e é quando lança "Sol Negro", uma canção de sua autoria em dueto com Gal Costa que o seu nome começa a ser conhecido. Mesmo assim ainda trabalhou como crítico de cinema num jornal cuja secção de cinema era dirigida por Clauber Rocha
Já em 63 na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahía escrevera a música para a peça de Berthold Brecht "A Excepção e a Regra" que os estudantes iam representar. O seu primeiro single foi "Cavaleiro" e "Samba da Paz" em 1965. Depois entra no musical "Arena Canta Bahia" junto com o seu ídolo João Gilberto e ainda Gal Costa, Maria Bethânia e Tom Zé. Em 67 grava o seu 1º álbum junto com Gal Costa, "Coração Vagabundo". É o seu 1º êxito. Participa no II Festival da Música Popular Brasileira da TV Record com a canção "Um Dia". Em 1967 lança o seu primeiro álbum. Tem por nome "Caetano Veloso" e a sua primeira canção chama-se "Tropicália". Também "Alegria Alegria" que concorreu ao "3º Festival MPB" da TV . E ainda "Domingo no Parque" que cantou com Gilberto Gil. É a partir daqui que se começa a falar de Tropicalismo. Em Julho de 68 sai o álbum "Tropicália ou Panis et Circencis"
Neste álbum entra todo o grupo ligado ao "Tropicalismo", Os Mutantes (OP nº 86), Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão, Tom Zé, Rogério Duprat ( maestro e arranjador), José Carlos Capinam e Torquato Neto ( letristas) e ainda Rogério Duarte (artista plástico). A canção "É Proibido Proibir" que criou grande confusão no 3º Festival Internacional da Canção (TV Globo) e também ajudára à prisão domiciliária antes do exílio. O Festival realizou-se no Teatro da Universidade Católica (S. Paulo) e ele apareceu com roupa de plástico acomanhado pelos Mutantes. Ainda fez um discurso para o júri gritando "vocês não estão entendendo nada". A canção foi desclassificada. Lançou depois um EP com a canção "A Voz do Morto" que foi logo censurado e o disco apreendido. Acaba sendo preso e no ano seguinte deportado. Ficou exilado em Londres junto com Gilberto Gil. A acusação era terem desrespeitado a Bandeira e o Hino Brasileiros. Raparam-lhes o cabelo. Antes de partirem com as suas mulheres (que eram irmãs), os cunhados ainda deram um show de despedida. O espectáculo foi gravado e lançado em 1972 em álbum com o título "Barra 69".
Mas antes de ser exilado gravou canções à viola que depois em S. Paulo o maestro Rogério Duprat fez os arranjos e lançou um álbum em Agosto de 69, quando ele já estava no exilío. Desse álbum saíu um single com "Atras do Trio Eléctrico". Depois em Novembro sai novo single. O LP incluía ainda "Marinheiro Só" e "Irene". Ainda é lançado o single "Não Identificado".
Mas antes de ser exilado gravou canções à viola que depois em S. Paulo o maestro Rogério Duprat fez os arranjos e lançou um álbum em Agosto de 69, quando ele já estava no exilío. Desse álbum saíu um single com "Atras do Trio Eléctrico". Depois em Novembro sai novo single. O LP incluía ainda "Marinheiro Só" e "Irene". Ainda é lançado o single "Não Identificado".
No final de 71, no exílio, lança o álbum "Transa" com canções em Inglês e Português com temas melancólicos dirigidos aos brasileiros. "Londn London" fará sucesso 15 anos depois pelo grupo RPM que a regrava e a leva aos Tops.
Ainda em 71 vai ao Brasil e dá um espectaculo junto Gilberto Gil e Gal Costa. Ainda no exílio grava "O Carnaval do Caetano". Regressa defenitivamente ao Brasil em 1972, ainda com a ditadura militar. "Transa" foi o recomeço. Vinha com brincos, roupas estranhas, cabelo pintado. Foi a grande influência para o jovem Ney Matogrosso. Em 73 sai o álbum "Araça Azul" que por não ser comercial é devolvido por muitas lojas. "Transa" foi o primeiro álbum de uma Trilogia. "Araça Azul foi o segundo e o terceiro da trilogia será "Jóia", só lançado em 1975. A capa foi censurada pois trazia-o nu junto com a mulher e o filho. A capa original só foi publicada em 81 quando é reeditado em CD.
Em 76 com Gilberto Gil, a irmâ Maria Bethânia e Gal Costa formam os Doces Bárbaros, era a moda hippy. Fazem uma digressão e sai um álbum ao vivo.
Na década de 80 produz vários álbuns, "Outras Palavras" (vende muito bem e foi o seu 1º disco de ouro), "Corri Nomes", "Uns" e "Vêlo" são outros. É em 81 que Caetano vem pela primeira vez a Portugal para se apresentar ao público no Coliseu de Lisboa. O êxito é retumbante, e desde aí que não deixa de nos visitar. Em 86 e 87 faz programas na TV com Chico Buarque e cantam sempre com muitos convidados como em "Volver A Los 17" com a saudosa Mercedes Losa. Em 89 o álbum "Estrangeiro" foi muito reconhecido nos Estados Unidos e reebeu o prémio Sharp da música. Faz também programas na TV com Roberto Carlos.
Nos anos 90 vem logo em 93 a reedição do álbum "Tropicália" para comemorar os 25 anos do lançamento do original, em 94 grava "Fina Estampa" em espanhol (novela com música de sua autoria), lança o livro "Verdade Tropical" com estórias do tempo do "Tropicalismo",em 97 e em 98 o disco "Livro". Em 98 o espectáculo "Prenda Minha" foi um êxito absoluto e o álbum "Prenda Minha" atinge pela 1ª vez a venda de um milhão de cópias.
Ainda em 71 vai ao Brasil e dá um espectaculo junto Gilberto Gil e Gal Costa. Ainda no exílio grava "O Carnaval do Caetano". Regressa defenitivamente ao Brasil em 1972, ainda com a ditadura militar. "Transa" foi o recomeço. Vinha com brincos, roupas estranhas, cabelo pintado. Foi a grande influência para o jovem Ney Matogrosso. Em 73 sai o álbum "Araça Azul" que por não ser comercial é devolvido por muitas lojas. "Transa" foi o primeiro álbum de uma Trilogia. "Araça Azul foi o segundo e o terceiro da trilogia será "Jóia", só lançado em 1975. A capa foi censurada pois trazia-o nu junto com a mulher e o filho. A capa original só foi publicada em 81 quando é reeditado em CD.
Em 76 com Gilberto Gil, a irmâ Maria Bethânia e Gal Costa formam os Doces Bárbaros, era a moda hippy. Fazem uma digressão e sai um álbum ao vivo.
Na década de 80 produz vários álbuns, "Outras Palavras" (vende muito bem e foi o seu 1º disco de ouro), "Corri Nomes", "Uns" e "Vêlo" são outros. É em 81 que Caetano vem pela primeira vez a Portugal para se apresentar ao público no Coliseu de Lisboa. O êxito é retumbante, e desde aí que não deixa de nos visitar. Em 86 e 87 faz programas na TV com Chico Buarque e cantam sempre com muitos convidados como em "Volver A Los 17" com a saudosa Mercedes Losa. Em 89 o álbum "Estrangeiro" foi muito reconhecido nos Estados Unidos e reebeu o prémio Sharp da música. Faz também programas na TV com Roberto Carlos.
Nos anos 90 vem logo em 93 a reedição do álbum "Tropicália" para comemorar os 25 anos do lançamento do original, em 94 grava "Fina Estampa" em espanhol (novela com música de sua autoria), lança o livro "Verdade Tropical" com estórias do tempo do "Tropicalismo",em 97 e em 98 o disco "Livro". Em 98 o espectáculo "Prenda Minha" foi um êxito absoluto e o álbum "Prenda Minha" atinge pela 1ª vez a venda de um milhão de cópias.
O novo século começa bem pois logo em2000 vence o Grammy na categoria de World Music. Em 2003 Sérgio Godinho lança o álbum de duetos "O Irmão do Meio" onde Caetano Veloso tem uma preciosa colaboração na extraordinária canção de Sérgio, "Lisboa que Amanhece". Em 2004 sai o álbum "A Foreign Sound" com clássicos americanos dos anos 40 e 50 que ele admirava. Em 2006 o álbum "Cê" com aproximação ao Rock e até ao Underground.
Participou em vários filmes e séries de TV compondo e também cantando. No entanto a sua aparição no filme de Pedro Almodovar "Habla Con Ella" interpretando "Cucurucucu Paloma" é simplesmente fabulosa.
Participou em vários filmes e séries de TV compondo e também cantando. No entanto a sua aparição no filme de Pedro Almodovar "Habla Con Ella" interpretando "Cucurucucu Paloma" é simplesmente fabulosa.
.A última década continua também muito produtiva. Caetano é também um excelente descobridor de talentos e tem ajudado muitos novos jovens a conquistar um lugar na música. Começou logo em 2010 com o álbum "Zil e Zie" e em 2012 com "Abraçaço". Caetano apoiou Maria Gadú com quem também veio a Portugal. Em Julho de 2015 esteve com Gilberto Gil num grande espectáculo em Oeiras. O ano passado foi ele que esteve na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro junto com Gilberto Gil e Anita. Em 2016 também saíu o álbum "Dois Amigos, Um Século de Música" comemorando uma amizade de 50 anos e que obteve o prémio da música brasileira. Concorreu aos Grammy de 2017 na categoria de World Music, que Caetano já tinha ganho em 2000 com o álbum "Livro" e Gilberto Gil por duas vezes. Em 1999 com "Quanta Live" e em 2005 com o álbum "Electracústico". Este ano o vencedor foi Yo-Yo Ma e os Silk Road Ensemble com o álbum "Sing Me Home". Yo-Yo é um músico norte americano nascido em Paris em 1955 de origem chinesa e é considerado um dos melhores violoncelistas do Mundo. O disco "Dois Amigos" tem composições como "Drão", "Andar com Fé", "Back in Bahia", "Reconvexo" ou "Desde Que O Samba é Samba" e "As Camélias do Quibombo do Leblon".
Mas hoje estamos a publicar esta página e Caetano está no Coliseu do Porto. Em Maio 16 e 17, estará no Casino do Estoril. Neste entre espaço vai continuar a sua digressão e lançamento da nova cantora Teresa Cristina por terras de Espanha Holanda e Bélgica. Antes de aqui chegar andou por Londres e a 6 e 7 de Setembro vem novamente a Lisboa. Portugal não o dispensa e Caetano Veloso também não dispensa o seu querido Portugal.
Norman Joel Greenbaum nasceu em Maiden, Massachuetts, Estados Unidos da América a 20 de Novembro de 1942. Filho de uma família judia cedo despertou para a música e teve algumas bandas no Liceu. Norman tirou o curso de Música na Universidade de Boston, tocou em cafés e depois mudou-se para Los Angeles em 1965. De 1966 a 68 fez parte do conjunto Dr. West's Medicine Show and Junk Band. Em 67 com a canção "The Eggplant That Ate Chicago" obtiveram algum êxito. Depois foi a solo que obteve o seu único e grande êxito. "Spirit In The Sky". Vendeu mais de 2 milhões de discos, atingindo o 3º lugar na Billboard e mantendo-se no Top por 15 semanas. A canção seguinte "Canned Ham" não teve grande sucesso (46º no Top). Depois em 71 "California Earthquake só conseguiu a 93º posição da Billboard.
Embora a canção "Spirit In The Sky" tivesse sido considerada como um clássico da música cristã, Norman é um praticante judeu e diz que se inspirou em canções de teor religioso dos artistas Country Dolly Parton e Wagoner e nos filmes do Oeste. O seu 2º e último álbum foi "Petaluma" em 1972.Ao longo dos anos muitos grupos gravaram "Spirit In The Sky" e em 1986 o grupo britânico "Doctor and the Medics conseguiu levá-la ao 1º lugar no Top do Reino Unido.
Embora a canção "Spirit In The Sky" tivesse sido considerada como um clássico da música cristã, Norman é um praticante judeu e diz que se inspirou em canções de teor religioso dos artistas Country Dolly Parton e Wagoner e nos filmes do Oeste. O seu 2º e último álbum foi "Petaluma" em 1972.Ao longo dos anos muitos grupos gravaram "Spirit In The Sky" e em 1986 o grupo britânico "Doctor and the Medics conseguiu levá-la ao 1º lugar no Top do Reino Unido.
Em 2015 Norman aos 72 anos sofreu um acidente quando uma mota colidiu com o Subaru onde seguia como passageiro ao lado do condutor. O embate deu-se na sua porta o que o deixoiu gravemente ferido. Esteve vários dias nos cuidados intensivos e nove semanas no hospital. O motociclista morreu.
Antes de escrever "Spirit In The Sky", o que fez em 15 minutos, Norman já tinha composto mais de 150 canções. "Spirit" foi utilizada em mais de 50 filmes, séries de TV e anúncios. Alguns exemplos sao " Guardian Of The Galaxi", "Suicide Squad", "Th Longest Yard", adaptação ao livro de banda desenhada da Teenage Mutant Ninja Turtles,"Out Of The Shadows", "Remember The Titans" ou "Wayne's World 2".
Norman vive com sua mulher Vicki numa propriedade em Santa Rosa, Califórnia e consegue os seus rendimentos quase e só dos royalties de "Spirit In The Sky" (um caso semelhante ao do brasileiro Morris Albert com "Feelings"). Apresentou-se ao longo dos anos em espectáculos ao vivo e depois do acidente esteve em convalescença. A sua primeira aparição depois do acidente foi com os The Son of Champlin no Empress Theatre em Vallejo no dia de ano novo de 2017.
Antes de escrever "Spirit In The Sky", o que fez em 15 minutos, Norman já tinha composto mais de 150 canções. "Spirit" foi utilizada em mais de 50 filmes, séries de TV e anúncios. Alguns exemplos sao " Guardian Of The Galaxi", "Suicide Squad", "Th Longest Yard", adaptação ao livro de banda desenhada da Teenage Mutant Ninja Turtles,"Out Of The Shadows", "Remember The Titans" ou "Wayne's World 2".
Norman vive com sua mulher Vicki numa propriedade em Santa Rosa, Califórnia e consegue os seus rendimentos quase e só dos royalties de "Spirit In The Sky" (um caso semelhante ao do brasileiro Morris Albert com "Feelings"). Apresentou-se ao longo dos anos em espectáculos ao vivo e depois do acidente esteve em convalescença. A sua primeira aparição depois do acidente foi com os The Son of Champlin no Empress Theatre em Vallejo no dia de ano novo de 2017.
Charles Edward Anderson Berry nasceu em Saint Louis a 18 de Outubro de 1926 nos Estados Unidos da América e faleceu a 18 de Março de 2017 em St. charles (E.U.A.). É considerado como um dos pais do Rock por ter criado músicas que foram das que mais incentivaram as novas gerações dos anos 40 e 50 ao "boom" do Rock & Roll a nível mundial. A Onda Pop publicou desde o nº1 até ao nº 13 coordenado pelo Pop José Couto, excelentes artigos muito didácticos com o título "Afinal...o que é o Rock", mostrando que a transformação musical se fez pouco a pouco a partir dos anos 20 do século XX. E termina com uma excelente frase de Albert Camus "O Rock é a minha revolta , a minha liberdade e a minha paixão". Talvez aqui esteja também defenida a alma de Chuck Berry. Chuck tornou-se um compositor brilhante juntando "Blues" e "Rhythm & Blues". Ele era um excelente guitarrista e um razoável cantor. Diz ter sido influênciado por Nat King Cole, Muddy Waters e Bill Haley.
O seu primeiro disco foi "Maybellene"em 1955, numa pequena editora, a Chess, que se viria a tornar das mais credíveis a nível de qualidade. Os músicos que com ele gravaram os primeiros discos eram excelentes, como Johnnie Johnson (piano), Willie Dixon (baixo) e Fred Below (bateria). A Rolling Stone qualificou-o como o 5º melhor artista e o 7º melhor guitarrista.
O seu primeiro disco foi "Maybellene"em 1955, numa pequena editora, a Chess, que se viria a tornar das mais credíveis a nível de qualidade. Os músicos que com ele gravaram os primeiros discos eram excelentes, como Johnnie Johnson (piano), Willie Dixon (baixo) e Fred Below (bateria). A Rolling Stone qualificou-o como o 5º melhor artista e o 7º melhor guitarrista.
Alguns dos seus maiores sucessos foram gravados por imensos artistas em todo o mundo, incluindo os mais famosos. "Roll Over Beethoven" (que pôs os jovens a descobir Beethoven, OP nº 80), "Sweet Little Sixteen", "Route 66", "Johnny B Goode", "Memphis Teennesse" ou "Nadine". Os Beatles e os Rolling Stones eram seus fãs declarados. Paul McCartney disse após a sua morte: "Foi um priviligiado em tê-lo conhecido na sua casa em St. Louis quando estavamos em digressão nos Estados Unidos e deixou-me uma memória para sempre. Não é possível quantificar o que ele significou para todos os jovens de Liverpool".
Mas a sua vida não foi fácil. Quando jovem metia-se em confusões e acabou passando três anos num reformatório acusado de assalto. Mas em 1959 foi acusado de ter trazido do México uma jovem índia apache de 14 anos para trabalhar no seu clube nocturno em St. Louis. A polícia acusou-o de ter entrado no Estado com uma menor em estado ilegal e com propósitos sexuais. Foi condenado a 5 anos de prisão e a pagar uma multa de 6 mil dólares. Foi libertado em 1963, mas os seus tempos de grande glória não voltariam. Ainda obtém sucesso com "You Never Can Tell" em 1964. Depois dedica-se mais aos seus velhos êxitos. |
Keith Richard teve o privilégio de o apresentar para o Hall of Fame em 1986 e disse, "é difícil, para mim, apresentar o Chuck Berry porque eu copiei todos os acordes que ele já tocou". Quando viajava em digressão levava apenas a sua Gibson. Sabia que em acbaria por encontrar sempre músicos que sabiam e tocavam as suas músicas. Em 1979 é acusado de fuga aos impostos. É condenado a 4 meses de prisão e mil horas de trabalho comunitário. Depois de 79 não volta a gravar. Em 84 recebe o Grammy de carreira. Em 1986 o seu grande fã, Keith Richard resolveu fazer uma grande festa em St. Louis para comemorar os seus 60 anos. O show foi filmado em documentário com o nome "Hail! Hail! Rock 'n' Roll". Nele colaboraram imensos artistas como Etta James, Eric Clapton, Julien Lennon e Keith Richards. Chuck continuou sempre fazendo digressões. Para este ano tinha já acordado datas para Junho em Paris. Em 2016 preparou um álbum para sair nos seus 90 anos, já completamente gravado e que sairá a título póstumo em Junho 2017. O álbum tem algumas canções inéditas (as primeias desde 1979) e uma canção dedicada a sua mulher, sua companheira dos últimos 68 anos, "Lady Be Goode" com a música do Johnny.
THE BATS AND THE SOUNDS OF BRASS AMALGAMATIONS IMPY
Os Bats eram Eddie Eckstein, bateria e voz, Barry Jarman, guitarra e trumpete, Jimmy Dunning, viola solo e Paul Ditchfield, o viola baixo e vocalista, mais tarde teclista. Os Sound Of Brass eram a linda vocalista Dennis Loren, Peter Hubner teclas e trumpete, Lofty Schutz sax e flauta, Paddy Powell viola solo, Nippy Cripwell baixo,Mike Faure sax e Manny Francisco bateria. Todos eles músicos de formação. A ideia inicial foi formarem um super grupo para receberem todos os artistas internacionais que iam actuar na África do Sul. Tinham hipóteses de seguir para as Bahamas e depois Estados Unidos da América. Faltou quem financia-se este projecto e tudo ficou em "águas de bacalhau". Três dos elementos dos Sounds foram para os Estados Unidos, Dennis, Paddy e Manny e dois dos Bats para o Japão para onde já tinham sido convidados. Ainda gravaram umas canções com o nome da IMPY. Mais tarde os Bats voltaram a reagrupar-se. Os Sounds Of Brass gravaram um LP de nome "Live, Live, Live" com covers de sucessos nternacionais.
Já falámos dos White Plains quando falámos de Tony Burrows. Do seu início como Flowerpot Men(OP nº84) e de Roger Greenway. Os outros elementos eram Robin Shaw e Pete Nelson. "My Baby Loves Lovin´" foi o único grande êxito que tiveram. Foi a época áurea de Tony Burrows. Greenway junto com seu amigo Roger Cook tinham feito os David & Jonhatan e como compositores já eram "cêpa" de primeira pelo que este era mais um dos seus sucessos. Elton John acabará por fazer uma gravação da canção no seu álbum "16 Legendary Covers".
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GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
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Já