ONDA POP
  • Nº1
  • Nº2
    • Onda Pop
  • Nº3
  • Nº4
  • Nº5
  • Nº6
  • Nº7
  • Nº8
  • Nº9
  • Nº10
  • Nº11
  • Nº12
  • Nº13
  • Nº14
  • Nº15
  • Nº16
  • Nº17
  • Nº18
  • Nº19
  • Nº20
  • Nº21
  • Nº22
  • Nº23
  • Nº24
  • Nº25
  • Nº26
  • Nº27
  • Nº28
  • Nº29
  • Nº30
  • Nº31
  • Nº32
  • Nº33
  • Nº34
  • Nº35
  • Nº36
  • Nº37
  • Nº38
  • Nº39
  • Nº40
  • Nº41
  • Nº42
  • Nº43
  • Nº44
  • Nº45
  • Nº46
  • Nº47
  • Nº48
  • Nº49
  • Nº50
  • Nº51
  • Nº52
  • Nº53
  • Nº54
  • Nº55
  • Nº56
  • Nº57
  • Nº58
  • Nº59
  • Nº60
  • Nº61
  • Nº62
  • Nº63
  • Nº64
  • Nº65
  • Nº66
  • Nº67
  • Nº68
  • Nº69
  • Nº70
  • Nº71
  • Nº72
  • Nº73
  • Nº74
  • Nº75
  • Nº76
  • Nº77
  • Nº78
  • Nº79
  • Nº80
  • Nº81
  • Nº82
  • Nº83
  • Nº84
  • Nº85
  • Nº86
  • Nº87
  • Nº88
  • Nº89
  • Nº90
  • Nº91
  • Nº92
  • Nº93
  • Nº94
  • Nº95
  • Nº96
  • Nº97
  • Nº98
  • Nº99
  • Nº100
  • Nº101
  • Nº102
  • Nº103
  • Nº104
  • Nº105
  • Nº106

Onda Pop

A primeira publicação periódica sobre música pop-rock em todo o Portugal (Continental, Insular e Ultramarino).

Semanalmente aos sábados no maior jornal de Moçambique - o "Notícias" de Lourenço Marques, desde 31 de Agosto de 1968.


Onda Pop
Your browser does not support viewing this document. Click here to download the document.
Imagem

EDITORIAL
Tudo está em constante mudança na Natureza, no Universo, na Via Láctea, no Sistema Solar, no nosso Planeta e na 'Onda Pop', conforme já devem ter notado ao terem visto a nossa versão impressa desta semana. 
As mudanças fizeram-se no logotipo e nos nomes de algumas das rubricas, pelo que a 'Onda Pop' e-paper resolveu também acompanhar essa evolução não só utilizando igualmente as novas nomenclaturas, mas essencialmente aproximando-se conceptualmente da versão original, pelo que nos despedimos de algumas das rubricas inéditas com que começámos esta nossa versão internauta, como "Abracadabra" e "Novos Discos De Velhos Conhecidos", que serão substituídas a partir do próximo número por outras rubricas, conforme elas forem aparecendo nas edições originais.
Esperamos que aprovem estas mudanças e ficamos a aguardar os vossos comentários através do formulário para esse efeito, no final desta página, ou pelo email [email protected]
Divirtam-se!
Imagem

Imagem
 QUINTETO ACADÉMICO + 2
Picture
Foram sem dúvida uma das melhores bandas que Portugal teve. Por eles passaram desde o início até ao seu fim em Dezembro de 1969, 32  músicos entre portugueses e estrangeiros. Foram em 2012 homenageados pela SPA. Dos seus elementos até muito recentemente alguns ainda estavam no activo. Pràticamente todos já passaram dos 70. Alguns deixaram de tocar para se dedicarem a outras actividades, e apenas em festas ou encontros dos "sixties" desenterram os "machados" para vir outra vez à festa. Dos últimos elementos, como o Mike, o Earl ou o Sarbib soubemos que tiveram sempre grande sucesso pelos  Estados Unidos, mas o nosso interesse agora era saber que carreiras tinham feito alguns dos músicos portugueses do grupo.
Fomos falar com o único elemento dos 32 "quitentistas" que percorreu toda a trajectória do grupo de início ao fim, o saxofonista e clarinetista José Manuel Fonseca.             

Imagem
ZÉ MANEL FONSECA

Começou de criança nas Oficinas de S. José a tocar trompa, mas não satisfeito com o "Pó, pó, pó" pediu ao maestro para mudar e passou a tocar Clarinete. Ràpidamente se torna no principal clarinetista da banda. Um dia numa apresentação, um amigo que tocava contrabaixo, o José Augusto Duarte, desafia-o para uma visita a um conjunto que estavam a formar. Foi a casa do Daniel Gouveia, onde todos ensaiavam, e acaba por ficar. Para além deles os dois, estavam presentes o Daniel, o Mário Assis e o Artur Pinto.
Em Setembro de 1961, o já então formado Quinteto Académico vai fazer a sua 1ª actuação em Arganil.

"Não tocávamos nada, era tudo ainda muito insipiente", diz-nos Zé Manel, "mas o que é certo é que no final foi um sucesso e fomos logo contratados para a festa de finalistas da Faculdade de Farmácia, no Porto, pois alguns dos finalistas tinham assistido e gostado. A partir daí os convites nunca mais paravam e o Mário geria tudo, pois tinha imenso jeito para isso" continua Zé Manel. E prossegue "para qualquer espetáculo éramos sempre cabeça de cartaz, quer estivessem presentes o Thilo's Combo, o Conjunto Mário Simões, o Hélder Reis ou qualquer outro, mas o Mário não se adaptava e fazia falta um viola a sério.                                       

Coube-me a mim a tarefa de falar com ele e o Mário disse-me, eh pá até é um favor que me fazem, fico só a gerir o grupo. Entra então o Carlos Carvalho, um bom guitarrista que vinha do San Remo 162 (o nº representava o somatório das idades dos seus elementos). Entretanto também saíu o Artur Pinto, que foi substituído pelo Fernando Mendes e sai o José Duarte para entrar um ex-Guitarras de Fogo, o Carlos Gândara, que também esteve pouco tempo. Foi substituído pelo Alexandre Barreto. Em 1967, saiem o Alexandre, o Daniel e o Fernando Mendes e a substituí-los entram respectivamente o Jean Sarbib, o Pedro Osório e o belga Adrien Ransy. Foi uma fase diferente do conjunto, mas igualmente interessante" comenta Zé Manel Fonseca.            
Imagem
ImagemFoto de Eduardo Gajeiro publicada no século Ilustrado
"Depois o Pedro Osório e o Jean Sarbib resolvem sair para formar o conjunto de Pedro Osório e ficamos reduzidos a 3 elementos, pelo que de imediato o Mário diz, que não há problema, voa para Londres e pouco tempo depois aparece-nos com 4 grandes músicos (o vocalista Earl Jordan, o baixista Tom Fox, o teclista Mike Carr e o trompetista Christopher). Bom, agora já éramos 7 e por decisão do Mário só alterámos o nome do conjunto para Quinteto Académico + 2, pois o nome Quinteto Académico já era uma marca forte. Nestas coisas de Marketing e de contratos o Mário era muito bom e eficiente. 
Seguidamente estivemos no Porão da Nau, logo a seguir aos Rock's" continua Zé Manel Fonseca a desfiar os novelos da memória, contando até um facto giríssimo: "Aí (no "Porão da Nau") também me incumbiram de despedir o trompetista, o Christopher, que era muito bom mas abusava e não seguia os critérios do grupo, como por exemplo não queria usar microfone quando tocávamos para 3 mil pessoas como acontecia nos bailes das Belas Artes. Eu mal falava inglês. Havia um globo tipo bola mundo na entrada do Porão da Nau, levei-o lá e disse-lhe You here, e apontei Lisboa, You go there e apontei Londres. Houve sempre coisas giras e caricatas".

Continuando a sua narrativa sem que o interrompessemos, pois estava a ser interessantíssimo ouvir as pequenas estórias que são afinal os elos importantes que compõem a história, o Zé Manel Fonseca conta-nos:

- "O Mário Assis, diligentemente arranja logo um excelente substituto para tocar trompete, Lawry Brown. 
Depois estivemos na boîte "O Relógio", que estava com uma decoração fantástica e, em Junho de 69 fomos para Moçambique. Em Lourenço Marques até evoluímos um bocado, porque como as nossas famílias não foram, juntávamo-nos mais vezes e ensaiávamos todos os dias, buscando novos sons e arranjos. Também gostávamos de passar naquele Hotel redondo onde também tocavam uns tipos muito bons", "eram os Impacto no Hotel Girassol", atalhámos, "é isso e o vocalista (Carlos Duarte) também era muito bom".
- Depois de Lourenço Marques, vocês voltam e terminam, interrompemos... 
- "Sim, o Mário já não podia agenciar-nos e ainda pensámos arranjar alguém, mas por outro lado o Mike e o Earl também queriam tentar outras coisas e sem dúvida que acabar enquanto estávamos no auge seria melhor. Foi isso que aconteceu".



- Então depois não voltaste a tocar ? - perguntámos.
- "Sim depois ainda estive ano e meio com o Conjunto de João Paulo (tal como o Adrien Ransy), mas era completamente diferente do Quinteto. Nós eramos anti vedetismos e o Sérgio (já falecido) era terrível. Viajávamos para Viseu, por exemplo, num acordo que tínhamos com a companhia de autocarros 'Boa Viagem', e tínhamos que parar durante o caminho para esticar as pernas, comer qualquer coisa ou ir aos sanitários e ele não queria porque isso podia afectar-lhe a imagem, era estressante. Nesse tempo não havia auto estrada e Lisboa-Porto eram cerca de 5/6 horas de viagem. 
Imagem
O Conjunto Académico de João Paulo, com Sérgio Borges, Adrien Ransy, Ângelo Moura, e João Paulo (em pé da esquerda para a direita) e José Manuel Fonseca e Carlos Alberto (sentados e na mesma ordem).
Entretanto eles tinham trazido da África do Sul a Vickie (já falecida) que era uma intérprete espectacular e tínha interpretações em diálogo musical comigo que eram fantásticas, como por exemplo "Satisfaction" que chegava a durar 5 minutos"... 
... Ou "I Who Have Nothing" ou "Try A Little Tenderness", acrescentamos agora nós, relembrando um dos dois discos que gravaram com essa cantora sul-africana de nome próprio, Victoria Mhlongo, que era a estrela de uma célebre companhia artística do music-hall  sul-africano, chamada "African Follies" e que substituíra a então já famosa cantora Miriam Makeba.
Imagem
Imagem
- Então e depois ? recomeçámos nós.
- "Bem depois deixei-me disso e em 1972 andei a vender enciclopédias, para em 1974 passar para as viagens de turismo, e acabei ficando por essa área, embora ainda tenha dado um salto ao Canadá, onde não me adaptei e voltei antes de fazer um ano. Conheci muitos Países a promover e acompanhar viagens. 

Tocar... continuei mas entre amigos, encontros etc.. 
Em 2012, no Olga Cadaval demos um show formidável com o Jaime Pereira, o Filipe Mendrix e também o Victor Gomes e outros.
Volta não volta vai dando para saborear!".


Foi em sua casa que o entrevistámos. Quando lhe pedimos para tirar uma foto Zé Manel não se fez rogado e ainda nos presenteou com um trecho de uma das suas preferidas, a clássica "Summertime". 

Obrigado!


ALEXANDRE BARRETO
Imagem
Alexandre Barreto nasceu a 23 de Março de 1941, em Lisboa. 
Quando menino muda-se para o Porto. Em 1954 compra uma viola e em 1960 entra para um trio de nome Conjunto Académico Jaime Durão em que Jaime é o pianista e em que o baterista é o Carlos. Em 1961, o conjunto toma o nome de Quarteto Jaime António com a saída do baterista e entrada de dois elementos. 
Em 1962 ainda passa pelo grupo de Tony Araújo, que estava equipado com as excelentes violas 'Fender' e onde tocava o célebre Armindo do Rock .                     

Entretanto vem para Lisboa, onde na Amadora conhece os "Guitarras de Fogo" e os irmãos Gândara (António e Carlos) e com eles desloca-se para ssistir às actuações dos Guitarras de Fogo. 
Entretanto Carlos vai para o Quinteto Académico, onde uns meses depois Carlos Gândara tem que sair e indica Alexandre para o substituir na viola baixo. Alexandre vai a casa do Daniel Gouveia, onde o quinteto ensaiava, para fazer uma apresentação e é logo aceite. 
Imagem
Estamos em 1963. Depois e para terem melhores condições de ensaio mudam-se para a Casa da Comarca de Arganil, na Rua da Fé em Lisboa (fotografia em baixo). O grupo tem muito sucesso e chegam a fazer fotografias de marketing.
Imagem
"Num belo dia, 22 de Novembro de 1963, entra o Mário Assis espavorido no salão a dizer que tinham acabado de matar o Kennedy, o presidente dos Estados Unidos. Fez-se um silêncio e o Artur dispara, e o que é que nós temos a ver com isso, quero é que o gajo se lixe, vamos mas é ensaiar.
Tempos depois, e quando tínhamos um espectáculo marcado para esse dia, o Artur não aparece, e acabámos por saber que a PIDE o tinha ido buscar. Com o Artur preso tivemos de arranjar um substituto e foi o cunhado do Zé Manel quem desenrascou. 
Depois é o Fernando Mendes que o vem a substituir e as nossas apresentações puderam continuar com muito sucesso por todo o País", comenta Alexandre. 
Em 1965 fazem uma digressão por Angola e a 20 de Novembro vão para Moçambique, ficam no Hotel Tivoli e actuam no Cine-Teatro Gil Vicente. Depois ainda seguem para a Beira onde ficam no Grande Hotel.
Nessa viagem por Angola encontra o pai que já não via desde criança. Ele é piloto de aviões na África do Sul e desafia-o a ir viver para Angola.
Em 1966 estão a actuar na boîte 'Ronda' no Monte Estoril, onde o presidente brasileiro Juscelino Kubischeck entra com a sua comitiva. Pedem para pôr a música mais baixo, e um deles vai ao micro e diz "Eh malta alguém pediu para tocarmos mais baixo, vamos ?".
"É logo em 1966 que acabo por sair, pois era muito violento para mim que trabalhava durante o dia. Antes tocávamos aos fins de semana e por vezes a meio da semana, mas agora era todos os dias. Havia dias em que dormia 2/3 horas", diz-nos Alexandre, mas mesmo assim ainda gravou o 1º E.P. do Quinteto Académico.
Imagem
ImagemLuanda (Angola) - O Grupo 3 Jaime, Alexandre e Carlos
Tempos depois Alexandre acaba mesmo por aceitar o convite do pai para ir para Angola. Ao fim de dois dias já está contratado para começar a trabalhar no aeroporto aprendendo o ofício de controlador aéreo. Um dia faz um voo com o pai a uma cidade do interior e apaixona-se pela liberdade de voar. Acaba tirando o Brevet que vai desenvolver sempre no intuito de pilotar aeronaves maiores. Esse desejo vai-se realizando. Porém, um dia à saida do prédio onde morava, dá de caras com o seu velho companheiro Jaime Durão que estava cumprindo serviço militar e também aí morava. Durão diz que o Carlos também lá estava e poderiam reeditar o velho conjunto. É isso que fazem. Formam o Grupo 3 e começam a tocar num dos clubes da noite. O grupo dura 6 meses porque entretanto Jaime termina a sua comissão mititar. Em 75 Alexandre acaba por ir para a África do Sul onde continua o seu trabalho de controlador aéreo e de piloto de aeronaves maiores, fazendo essencialmente transportes de mercadoias. Ainda toca durante uns meses num Clube mas depois a sua velha viola passa a ter um longo descanso. Antes das eleições na África do Sul que vitoriam Mandela, Alexandre volta a Portugal. Continua na área de controle aéreo e começa a tarefa de ensinar novos candidatos. Após a reforma diverte-se com a o seu simulador de voo fazendo fantásticas viagens pelos ceus de todo o Mundo.

Imagem

Imagem
Imagem



As três senhoras em cima são as mesmas flausinas que estão nesta foto em baixo em 1969. Sabem quem são?
Imagem
A 'Onda Pop' dá-vos mais uma ajuda audio-visual e depois respondam ao nosso Concurso Schweppes, porque entre os que responderem certo às duas perguntas haverá um sorteio e o grande vencedor ganhará um prémio surpresa.
BOA SORTE!!!

    Concurso Schweppes

Submeter
Imagem

           NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Imagem
Depois de 50 anos tocando e sendo conhecidos como um dos grupos de topo do Hard Rock do mundo, os Status Quo saíram da sua zona de conforto e neste novo álbum "Aquostic - Stripped Bare" dão às canções a chance de brilharem num formato despojado, onde os amplificadores foram desligados, fazendo um álbum totalmente acústico, onde os Status Quo gravaram um total de 24 hits, completamente reformulados.
O conjunto é acompanhado por músicos adicionais, coros vocais femininos e até mesmo por uma secção de cordas. 
A imagem da capa foi concebida por ninguém menos que outro artista do Rock, Bryan Adams. 
Despojados do poder absoluto do famoso som eléctrico das suas guitarras, decidiram que era hora para fazer brilhar as melodias e a musicalidade inata da banda através de gravações acústicas, onde as letras das canções também parecem sair beneficiadas.  
As faixas de "Aquostic - Stripped Bare" deixam para trás o som frio e forte a que os  Status Quo nos habituaram ao longo de décadas e trazem uma personalidade doce, parecendo até que algumas delas são inéditas e que vieram para a ribalta pela primeira vez. 
Gravado nos estúdios de Francis Rossi, "Aquostic (Stripped Bare)" é o resultado de um conjunto olhando para trás, de onde eles vêm, descascando as velhas cascas dos anos, e apresentando um novo olhar sobre o que foi feito, tornando este álbum numa colecção triunfante de alguns dos momentos decisivos de uma banda de Rock britânica verdadeiramente seminal. 
Os Status Quo tiveram a coragem de enfrentar as mentes mais empedernidas de algumas pessoas e fazer levantar alguns sorrisos, mas, essencialmente, muita satisfação, bom gosto e grande qualidade musical, ao longo das seguintes faixas:

1. Pictures Of Matchstick Men
2. Down The Dustpipe
3. Na Na Na
4. Paper Plane
5. All The Reasons
6. Reason For Living
7. And It's Better Now
8. Caroline
9. Softer Ride
10. Claudie
11. Break The Rules
12. Down Down
13. Mystery Song
14. Little Lady
15. Rain
16. Rockin' All Over The World
17. Again and Again
18. Whatever You Want
19. What You're Proposing
20. Rock 'N' Roll
21. Don't Drive My Car
22. Marguerita Time
23. Burning Bridges
24. Rock 'Til You Drop

Dentro do espírito das remodulações editoriais já acima expostas, a rubrica "Novos Discos De Velhos Conhecidos", depois de ter dado a conhecer alguns dos excelentes recentes trabalhos musicais de artistas que já cumpriram carreiras com cerca de 50 anos, retoma também ela a renovada estrada da eterna amizade e estes velhos amigos, indiferentes às diferenças de conceitos, ideologias ou interesses entre eles, seguirão os seus caminhos paralelos para se encontrarem no infinito, e aí talvez "Novos Discos De Velhos Conhecidos" também se reencontre convosco no futuro. 
Entretanto desejamos a todos vocês... PAZ e AMOR... e continuem com a vossa nova velha amiga - 'Onda Pop'.
Imagem
Imagem

Imagem


 CLODAGH RODGERS
Imagem
A diva pop irlandesa Clodagh Rodgers nasceu a 05 de Março de 1947, em Ballymena, Ulster, e fez a sua estreia profissional com 13 anos, como abertura dos concertos do cantor britânico Michael Holliday.

Representada pelo seu pai, um promotor de turnês e de boites, Clodagh assinou contrato com a Decca em 1962 e lançou o seu single de estréia, "Believe Me, I'M No Fool ", creditado com o nome mais fonético de Cloda Rogers, com o qual obteve um pequeno êxito no Reino Unido, mas suficiente para ser convidada para participar no filme "Just For Fun", em 1963.
Em 1964, lança o seu segundo single, "Powder Your Face With Sunshine" e participa em outro filme,  "It's All Over Town". 
No ano seguinte assina pela Columbia, que edita o single "Wanting You", que seria a última gravação de Clodagh durante 4 anos, até que renasceu para o sucesso em 1969, quando a RCA resolve gravar "Come Back And Shake Me", que entrou no Top 5 britânico e que a 'Onda Pop' convida a cantar nesta nossa edição internauta.
Seguidamente, Clodagh Rodgers consegue mais dois grandes êxitos, "Goodnight Midnight" e "Biljo, mas o seu maior êxito foi "Jack In The Box", com o qual concorreu, em 1971, ao Festival da Eurovisão, embora não o tenha vencido.
Depois deu-se um colapso comercial na sua carreira, até a Polydor lançar um novo single, "Love Is Deep Inside Of Me", em 1978, mas as suas gravações comerciais terminaram pouco tempo depois, continuando no entanto a actuar durante alguns anos em vários palcos e casinos.
 
Em 1999, viu os 'Mint Royale' lançarem o single "Shake Me", com samples do seu sucesso "Come Back And Shake Me".
Imagem

Picture
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK 

Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).

Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".

Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
Imagem


OS 100 MELHORES ÁLBUNS DE 1955 A 1975

44 - 
43 - 
WISH YOU WERE HERE -
PINK FLOYD
Harvest (1975)
Imagem















"Wish You Were Here" é um álbum conceitual dos Pink Floyd, dedicado ao seu membro fundador Syd Barrett, que foi lançado após o sucesso comercial e musical de "Dark Side Of The Moon". 
As faixas desenrolam-se gradualmente, com as suas texturas Jazzísticas revelando cinco melódicas composições, como a espectacular "Shine On You Crazy Diamond" no seu ritmo vagaroso, tornando este álbum mais quente e humano do que seu antecessor. 
Musicalmente, é impressionante, mostrando a perfeita interação do grupo, criando um ambiente de paisagens sonoras apaixonantes.
As líricas sarcásticas de Roger Waters e as soberbas interpretações deste são outra das vertentes da qualidade deste álbum, com a curiosidade de ser Roy Harper quem canta o tema "Have A Cigar", pois Waters tinha rompido as suas cordas vocais ao gravar "Shine On You Crazy Diamond" e Gilmour tinha-se recusado a interpretá-la, pois achava a sua letra muito conflituosa, criando assim uma situação de mal estar entre ambos, que descambou, anos mais tarde, com a saída de Roger Waters do grupo.
A produção deste espectáculo sonoro é brilhante e complicada e faz projetar profundamente o som soberbo, mas sóbrio, da irrepreensível guitarra lírica de David Gilmour, transformando "Wish You Were Here", num álbum ambicioso e bombástico, quase pretensioso, sendo no entanto honesto e sincero nos seus tributos a Syd Barrett.

AT FILLMORE EAST -
THE ALLMAN BROTHERS
Capricorn (1971)          
Imagem















Enquanto a maioria dos grandes álbuns de rock ao vivo transmitem bàsicamente energia, "At Fillmore East" é como uma grande sessão de jazz ao vivo, onde prevalece o prazer que vem da interação e cumplicidade musical dos membros, que compõem The Allman Brothers.

Este álbum fez os Allman Brothers receberem a total aclamação do grande público, através não só das suas excelentes performances, como pela produção cuidada e inteligente de Tom Dowd, na forma como fez a edição ao condensar várias performances ao vivo numa única faixa.
Longe de ser um sacrilégio, esta táctica ajuda a apresentar os Allman Brothers no seu melhor, mesmo que nem todas as músicas não sejam necessàriamente concisas (três faixas têm mais de dez minutos de duração, e duas com mais de 20 minutos), e faz mostrar a interação do grupo no seu melhor, deixando que cada membro possa brilhar, muito particularmente o guitarrista Duane Allman e o teclista/vocalista Gregg Allman).

Este álbum duplo, "At Fillmore East" continua a ser o pináculo dos Allman Brothers e do Rock do sul dos Estados Unidos (Southern Rock), através da sua forma mais elástica e eclética de misturar Rock, Blues e Jazz.

Imagem
Imagem
42 - 
41 - 
AFTER THE GOLD RUSH -
NEIL YOUNG
Reprise (1970)
Picture
















Durante os 15 meses que separaram a realização do álbum "Everybody Knows This Is Nowhere" e este novo álbum, "After The Gold Rush", Neil Young editou uma série de gravações de estilos bem diferentes e que serviriam para preparar os seus fãs para as dieferenças entre esses 2 LPs.
As suas duas composições ("Helpless" e "Country Girl") no álbum "Déjà Vu" dos Crosby, Stills, Nash & Young já davam as primeiras indicações da sua volta às suas origens no Folk e no Country, antes de ter entrado no ambiente do Hard Rock de "Everybody Knows This Is Nowhere", assim como os dois singles que pôs no prelo, "Sugar Mountain" e "Oh, Lonesome Me," que também enfatizavam essas suas raízes.

"After The Gold Rush" foi gravado com ajuda de Nils Lofgren, um então desconhecido de 17 anos de idade, cujo piano se tornou no instrumento principal em alguns dos temas deste álbum, como em "Southern Man", uma balada mística que se tornou uma das mais memoráveis canções de Neil Young.
No entanto, "After The Gold Rush" consiste maioritàriamente  de canções de amor, em estilo Country-Folk, o que consolidou a sua lista de seguidores, que ele havia conquistado nas gravações e tournées com os Crosby, Stills, Nash & Young, fazendo de "After The Gold Rush" um dos mais emblemáticos e importantes álbuns de qualquer cantor/compositor, que se tornou um estilo em voga nos anos 70.  

TROUT MASK REPLICA - CAPTAIN BEEFHEART & HIS MAGIC BAND
Straight (1969)                   
Picture
















"Trout Mask Replica" é um dos mais estranhos e mais selvagens álbuns de sempre a serem editados. 
Tendo sido posto à venda em junho de 1969,  a obra-prima de Captain Beefheart & His Magic Band deixou os seus compradores, espantados, confusos, irritados ou encantados. 
Embora não sendo o álbum de mais fácil audição dos que foram gravados por Beefheart, continua a ser o seu mais conhecido e mais cativante trabalho, sem nunca ter perdido nada do seu charme ou irreverência.
Foi dado o total controle criativo e produção a Frank Zappa, amigo de Beefhaert, e a Magic Band ensaiou as 28 músicas, que compõem o álbum-duplo "Trout Mask Replica", por mais de um ano e, com a importantíssima influência de Zappa, criaram um som minimalista misturando R&B, Blues, Garage Rock, Free Jazz, com o experimentalismo Avant-Garde.
A todo este arrojado experimentalismo, Beefhaert junta, num gemido tipo rosnado gutural de Howlin' Wolf, a sua poesia surrealista, numa desarticulação intencional, com reverbações de estúdio, tornado o resultado final ainda mais espantoso e provocador.
Como não poderia deixar de ser, esta música complexa e de difícil compreensão não foi muito bem aceite pela grande maioria dos seus ouvintes, mas no entanto a influência de "Trout Mask Replica" foi bastante importante para o contexto e o espírito das futuras experiências feitas ao nível do Rock Surrealista, que evoluiu mais tarde para a onda Punk. 

Imagem
Imagem
Imagem

Imagem




Imagem
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, ilustramos aqui os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Imagem

Imagem

Imagem

     CANTEM com a 'ONDA POP' !!!  
Imagem
Imagem
Imagem

Imagem
Imagem
Imagem

Imagem
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS

A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK.
Imagem
Abracadabra faz hoje a sua última magia e, ainda por cima, no real mundo animal, dando pérolas a porcos... não, não vos estamos a insultar, pois trata-se sòmente do nome, "Pearls Before Swine", deste fabuloso e sub-estimado conjunto da música Rock, Folk, Jazz, Soul, Avant-garde e Psicadélica.

"Pearls Before Swine" foi formado em Melbourne, na Florida, Estados Unidos, à volta do cantor Folk, guitarrista e compositor Tom Rapp, com alguns seus amigos de liceu (Wayne Harley no banjo e bandolim, Lane Lederer no baixo e Roger Crissinger no piano e orgão, a que se juntou posterioremente para as gravações Warren Smith na bateria e percursão).

Editaram seis álbuns, mas só os dois primeiros são com esta composição original, para além de serem as suas verdadeiras pérolas, "One Nation Underground" (1967) e "Balaklava" (1968). 

"One Nation Underground" é um álbum de canções melancólicas de misticismo, protesto e até controvérsia, cuja capa foi extraída de um painel representando o inferno do tríptico Garden Of Earthly Delights do mestre holandês dos séculos XV e XVI, Hieronymus Bosch.
Este álbum eventualmente parece não ter vendido mal, pois estimam-se as vendas em cerca de 200.000 cópias, mas segundo Tom Rapp diz "Nós nunca recebemos nenhum dinheiro, nem mesmo 100 dólares ou qualquer outra coisa. O meu senso de realismo diz-me que Bernard Stollman (advogado e dono da editora ESP Records) foi abduzido por extra-terrestres e então deve ter sido sondado e apagaram-lhe da memória, desde quando e aonde o dinheiro se encontrava disponível".

O 2º álbum, "Balaklava", é um disco fortemente anti-guerra, inspirado na batalha do mesmo nome, da célebre carga da Brigada da Cavalaria Ligeira, em 1854 na guerra da Crimeia.
A capa do álbum apresenta desta vez a pintura The Triumph Of Death do pintor renascentista holandês Pieter Brueghel, para além dos desenhos surreais do artista avant-garde Jean Cocteau e os temas que compõem esta pérola musical são interpretações de escritos do poeta e escritor inglês Tolkien ('Hobbit', 'Lord Of The Rings', etc) e do historiador grego do período antes de Cristo, Herodotus.
Se todo o ambiente do álbum é meio alucinante, com arranjos inovadores que usam uma variedade eclética de instrumentos, Tom Rapp afirma que na época não fumava nada mais que cigarros 'Winston'.
Este álbum já não precisou da ajuda dos aliens para fazerem desaparecer os lucros das vendas, pois teve vendas insignificantes, comparadas com o seu antecessor.
"One Nation Underground"
  1. Another Time - 3:03 (Rapp)
  2. Playmate - 2:19 (Saxie Dowell)
  3. Ballad To An Amber Lady-5:14 (Crissinger,Rapp)
  4. (Oh Dear) Miss Morse - 1:54 (Rapp)
  5. Drop Out! - 4:04 (Rapp)
  6. Morning Song - 4:06 (Rapp)
  7. Regions Of May - 3:27 (Rapp)
  8. Uncle John - 2:54 (Rapp)
  9. I Shall Not Care - 5:20 (Teasdale, Tombs, Rapp)
  10. The Surrealist Waltz - 3:29 (Lederer, Crissinger)
"Balaklava"
  1. Trumpeter Landfrey – 0:35
  2. Translucent Carriages – 4:00 (Herodotus/Harley/Rapp)
  3. Images Of April – 2:44 (Rapp)
  4. There Was A Man – 2:59 (Rapp)
  5. I Saw The World – 3:28 (Rapp)
  6. Guardian Angels – 3:02 (Rapp)
  7. Suzanne – 5:01 (Cohen)
  8. Lepers And Roses – 5:23 (Rapp)
  9. Florence Nightingale – 0:17
  10. Ring Thing – 2:20 (Tolkien/Rapp)
Tom Rapp abandona o projecto "Pearls Before Swine" e ainda edita três álbuns a solo, antes de se tornar um respeitável advogado dos direitos humanos.
Em 1999 Tom Rapp voltou a editar um álbum a solo - "A Journal Of The Plague Year".

Imagem
Abracadabra ausenta-se por tempo indeterminado, para evitar que as suas magias possam transformar a 'Onda Pop' num tsunami português, mais conhecido por maremoto, aproveitando assim para ir pescar pérolas, antes que os porcos as soneguem. Ciao! Hambanine!
Imagem
Imagem

Imagem
Imagem
Parece impossível mas esta semana a Parada da 'Onda Pop' realça o grande compositor clássico Tchaikovsky, que atingiu o nosso 5º lugar com "Swan Lake", interpretada por um conjunto londrino de Reggae chamado 'The Cats'.
Esta versão de "Swan Lake" atingiu o 48º lugar do hit-parade britânico, tornando 'The Cats' no primeiro conjunto inglês de Reggae a entrar no Top 50 do Reino Unido.
'The Cats' eram inicialmente um conjunto instrumental de Ska e chamavam-se 'The Hustin' Kind', cuja formação era constituída por Tyrone Patterson (teclados), Richard Archer (baixo), John Kpiaye (guitarra) e Michael Okoro (bateria). Mudam de nome no verão de 1968, quando foram gravar o seu primeiro disco nos estúdios Maximum Sound, em Londres.
Imagem
Imagem
Imagem

    NEWSLETTER

Enviar
Imagem

Imagem

    Agradecemos os vossos comentários para conhecermos as vossas opiniões e podermos melhorar este vosso site.

Submeter
Imagem
Powered by Create your own unique website with customizable templates.