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EDITORIAL
Tudo está em constante mudança na Natureza, no Universo, na Via Láctea, no Sistema Solar, no nosso Planeta e na 'Onda Pop', conforme já devem ter notado ao terem visto a nossa versão impressa desta semana.
As mudanças fizeram-se no logotipo e nos nomes de algumas das rubricas, pelo que a 'Onda Pop' e-paper resolveu também acompanhar essa evolução não só utilizando igualmente as novas nomenclaturas, mas essencialmente aproximando-se conceptualmente da versão original, pelo que nos despedimos de algumas das rubricas inéditas com que começámos esta nossa versão internauta, como "Abracadabra" e "Novos Discos De Velhos Conhecidos", que serão substituídas a partir do próximo número por outras rubricas, conforme elas forem aparecendo nas edições originais.
Esperamos que aprovem estas mudanças e ficamos a aguardar os vossos comentários através do formulário para esse efeito, no final desta página, ou pelo email [email protected]
Divirtam-se!
Tudo está em constante mudança na Natureza, no Universo, na Via Láctea, no Sistema Solar, no nosso Planeta e na 'Onda Pop', conforme já devem ter notado ao terem visto a nossa versão impressa desta semana.
As mudanças fizeram-se no logotipo e nos nomes de algumas das rubricas, pelo que a 'Onda Pop' e-paper resolveu também acompanhar essa evolução não só utilizando igualmente as novas nomenclaturas, mas essencialmente aproximando-se conceptualmente da versão original, pelo que nos despedimos de algumas das rubricas inéditas com que começámos esta nossa versão internauta, como "Abracadabra" e "Novos Discos De Velhos Conhecidos", que serão substituídas a partir do próximo número por outras rubricas, conforme elas forem aparecendo nas edições originais.
Esperamos que aprovem estas mudanças e ficamos a aguardar os vossos comentários através do formulário para esse efeito, no final desta página, ou pelo email [email protected]
Divirtam-se!
Foram sem dúvida uma das melhores bandas que Portugal teve. Por eles passaram desde o início até ao seu fim em Dezembro de 1969, 32 músicos entre portugueses e estrangeiros. Foram em 2012 homenageados pela SPA. Dos seus elementos até muito recentemente alguns ainda estavam no activo. Pràticamente todos já passaram dos 70. Alguns deixaram de tocar para se dedicarem a outras actividades, e apenas em festas ou encontros dos "sixties" desenterram os "machados" para vir outra vez à festa. Dos últimos elementos, como o Mike, o Earl ou o Sarbib soubemos que tiveram sempre grande sucesso pelos Estados Unidos, mas o nosso interesse agora era saber que carreiras tinham feito alguns dos músicos portugueses do grupo.
Fomos falar com o único elemento dos 32 "quitentistas" que percorreu toda a trajectória do grupo de início ao fim, o saxofonista e clarinetista José Manuel Fonseca.
Fomos falar com o único elemento dos 32 "quitentistas" que percorreu toda a trajectória do grupo de início ao fim, o saxofonista e clarinetista José Manuel Fonseca.
ZÉ MANEL FONSECA
Começou de criança nas Oficinas de S. José a tocar trompa, mas não satisfeito com o "Pó, pó, pó" pediu ao maestro para mudar e passou a tocar Clarinete. Ràpidamente se torna no principal clarinetista da banda. Um dia numa apresentação, um amigo que tocava contrabaixo, o José Augusto Duarte, desafia-o para uma visita a um conjunto que estavam a formar. Foi a casa do Daniel Gouveia, onde todos ensaiavam, e acaba por ficar. Para além deles os dois, estavam presentes o Daniel, o Mário Assis e o Artur Pinto.
Em Setembro de 1961, o já então formado Quinteto Académico vai fazer a sua 1ª actuação em Arganil.
"Não tocávamos nada, era tudo ainda muito insipiente", diz-nos Zé Manel, "mas o que é certo é que no final foi um sucesso e fomos logo contratados para a festa de finalistas da Faculdade de Farmácia, no Porto, pois alguns dos finalistas tinham assistido e gostado. A partir daí os convites nunca mais paravam e o Mário geria tudo, pois tinha imenso jeito para isso" continua Zé Manel. E prossegue "para qualquer espetáculo éramos sempre cabeça de cartaz, quer estivessem presentes o Thilo's Combo, o Conjunto Mário Simões, o Hélder Reis ou qualquer outro, mas o Mário não se adaptava e fazia falta um viola a sério.
Começou de criança nas Oficinas de S. José a tocar trompa, mas não satisfeito com o "Pó, pó, pó" pediu ao maestro para mudar e passou a tocar Clarinete. Ràpidamente se torna no principal clarinetista da banda. Um dia numa apresentação, um amigo que tocava contrabaixo, o José Augusto Duarte, desafia-o para uma visita a um conjunto que estavam a formar. Foi a casa do Daniel Gouveia, onde todos ensaiavam, e acaba por ficar. Para além deles os dois, estavam presentes o Daniel, o Mário Assis e o Artur Pinto.
Em Setembro de 1961, o já então formado Quinteto Académico vai fazer a sua 1ª actuação em Arganil.
"Não tocávamos nada, era tudo ainda muito insipiente", diz-nos Zé Manel, "mas o que é certo é que no final foi um sucesso e fomos logo contratados para a festa de finalistas da Faculdade de Farmácia, no Porto, pois alguns dos finalistas tinham assistido e gostado. A partir daí os convites nunca mais paravam e o Mário geria tudo, pois tinha imenso jeito para isso" continua Zé Manel. E prossegue "para qualquer espetáculo éramos sempre cabeça de cartaz, quer estivessem presentes o Thilo's Combo, o Conjunto Mário Simões, o Hélder Reis ou qualquer outro, mas o Mário não se adaptava e fazia falta um viola a sério.
Coube-me a mim a tarefa de falar com ele e o Mário disse-me, eh pá até é um favor que me fazem, fico só a gerir o grupo. Entra então o Carlos Carvalho, um bom guitarrista que vinha do San Remo 162 (o nº representava o somatório das idades dos seus elementos). Entretanto também saíu o Artur Pinto, que foi substituído pelo Fernando Mendes e sai o José Duarte para entrar um ex-Guitarras de Fogo, o Carlos Gândara, que também esteve pouco tempo. Foi substituído pelo Alexandre Barreto. Em 1967, saiem o Alexandre, o Daniel e o Fernando Mendes e a substituí-los entram respectivamente o Jean Sarbib, o Pedro Osório e o belga Adrien Ransy. Foi uma fase diferente do conjunto, mas igualmente interessante" comenta Zé Manel Fonseca.
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"Depois o Pedro Osório e o Jean Sarbib resolvem sair para formar o conjunto de Pedro Osório e ficamos reduzidos a 3 elementos, pelo que de imediato o Mário diz, que não há problema, voa para Londres e pouco tempo depois aparece-nos com 4 grandes músicos (o vocalista Earl Jordan, o baixista Tom Fox, o teclista Mike Carr e o trompetista Christopher). Bom, agora já éramos 7 e por decisão do Mário só alterámos o nome do conjunto para Quinteto Académico + 2, pois o nome Quinteto Académico já era uma marca forte. Nestas coisas de Marketing e de contratos o Mário era muito bom e eficiente.
Seguidamente estivemos no Porão da Nau, logo a seguir aos Rock's" continua Zé Manel Fonseca a desfiar os novelos da memória, contando até um facto giríssimo: "Aí (no "Porão da Nau") também me incumbiram de despedir o trompetista, o Christopher, que era muito bom mas abusava e não seguia os critérios do grupo, como por exemplo não queria usar microfone quando tocávamos para 3 mil pessoas como acontecia nos bailes das Belas Artes. Eu mal falava inglês. Havia um globo tipo bola mundo na entrada do Porão da Nau, levei-o lá e disse-lhe You here, e apontei Lisboa, You go there e apontei Londres. Houve sempre coisas giras e caricatas".
Continuando a sua narrativa sem que o interrompessemos, pois estava a ser interessantíssimo ouvir as pequenas estórias que são afinal os elos importantes que compõem a história, o Zé Manel Fonseca conta-nos:
- "O Mário Assis, diligentemente arranja logo um excelente substituto para tocar trompete, Lawry Brown.
Depois estivemos na boîte "O Relógio", que estava com uma decoração fantástica e, em Junho de 69 fomos para Moçambique. Em Lourenço Marques até evoluímos um bocado, porque como as nossas famílias não foram, juntávamo-nos mais vezes e ensaiávamos todos os dias, buscando novos sons e arranjos. Também gostávamos de passar naquele Hotel redondo onde também tocavam uns tipos muito bons", "eram os Impacto no Hotel Girassol", atalhámos, "é isso e o vocalista (Carlos Duarte) também era muito bom".
- Depois de Lourenço Marques, vocês voltam e terminam, interrompemos...
- "Sim, o Mário já não podia agenciar-nos e ainda pensámos arranjar alguém, mas por outro lado o Mike e o Earl também queriam tentar outras coisas e sem dúvida que acabar enquanto estávamos no auge seria melhor. Foi isso que aconteceu".
Seguidamente estivemos no Porão da Nau, logo a seguir aos Rock's" continua Zé Manel Fonseca a desfiar os novelos da memória, contando até um facto giríssimo: "Aí (no "Porão da Nau") também me incumbiram de despedir o trompetista, o Christopher, que era muito bom mas abusava e não seguia os critérios do grupo, como por exemplo não queria usar microfone quando tocávamos para 3 mil pessoas como acontecia nos bailes das Belas Artes. Eu mal falava inglês. Havia um globo tipo bola mundo na entrada do Porão da Nau, levei-o lá e disse-lhe You here, e apontei Lisboa, You go there e apontei Londres. Houve sempre coisas giras e caricatas".
Continuando a sua narrativa sem que o interrompessemos, pois estava a ser interessantíssimo ouvir as pequenas estórias que são afinal os elos importantes que compõem a história, o Zé Manel Fonseca conta-nos:
- "O Mário Assis, diligentemente arranja logo um excelente substituto para tocar trompete, Lawry Brown.
Depois estivemos na boîte "O Relógio", que estava com uma decoração fantástica e, em Junho de 69 fomos para Moçambique. Em Lourenço Marques até evoluímos um bocado, porque como as nossas famílias não foram, juntávamo-nos mais vezes e ensaiávamos todos os dias, buscando novos sons e arranjos. Também gostávamos de passar naquele Hotel redondo onde também tocavam uns tipos muito bons", "eram os Impacto no Hotel Girassol", atalhámos, "é isso e o vocalista (Carlos Duarte) também era muito bom".
- Depois de Lourenço Marques, vocês voltam e terminam, interrompemos...
- "Sim, o Mário já não podia agenciar-nos e ainda pensámos arranjar alguém, mas por outro lado o Mike e o Earl também queriam tentar outras coisas e sem dúvida que acabar enquanto estávamos no auge seria melhor. Foi isso que aconteceu".
- Então depois não voltaste a tocar ? - perguntámos. - "Sim depois ainda estive ano e meio com o Conjunto de João Paulo (tal como o Adrien Ransy), mas era completamente diferente do Quinteto. Nós eramos anti vedetismos e o Sérgio (já falecido) era terrível. Viajávamos para Viseu, por exemplo, num acordo que tínhamos com a companhia de autocarros 'Boa Viagem', e tínhamos que parar durante o caminho para esticar as pernas, comer qualquer coisa ou ir aos sanitários e ele não queria porque isso podia afectar-lhe a imagem, era estressante. Nesse tempo não havia auto estrada e Lisboa-Porto eram cerca de 5/6 horas de viagem. |
Entretanto eles tinham trazido da África do Sul a Vickie (já falecida) que era uma intérprete espectacular e tínha interpretações em diálogo musical comigo que eram fantásticas, como por exemplo "Satisfaction" que chegava a durar 5 minutos"...
... Ou "I Who Have Nothing" ou "Try A Little Tenderness", acrescentamos agora nós, relembrando um dos dois discos que gravaram com essa cantora sul-africana de nome próprio, Victoria Mhlongo, que era a estrela de uma célebre companhia artística do music-hall sul-africano, chamada "African Follies" e que substituíra a então já famosa cantora Miriam Makeba.
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- Então e depois ? recomeçámos nós.
- "Bem depois deixei-me disso e em 1972 andei a vender enciclopédias, para em 1974 passar para as viagens de turismo, e acabei ficando por essa área, embora ainda tenha dado um salto ao Canadá, onde não me adaptei e voltei antes de fazer um ano. Conheci muitos Países a promover e acompanhar viagens.
Tocar... continuei mas entre amigos, encontros etc..
Em 2012, no Olga Cadaval demos um show formidável com o Jaime Pereira, o Filipe Mendrix e também o Victor Gomes e outros.
Volta não volta vai dando para saborear!".
Foi em sua casa que o entrevistámos. Quando lhe pedimos para tirar uma foto Zé Manel não se fez rogado e ainda nos presenteou com um trecho de uma das suas preferidas, a clássica "Summertime".
Obrigado!
- "Bem depois deixei-me disso e em 1972 andei a vender enciclopédias, para em 1974 passar para as viagens de turismo, e acabei ficando por essa área, embora ainda tenha dado um salto ao Canadá, onde não me adaptei e voltei antes de fazer um ano. Conheci muitos Países a promover e acompanhar viagens.
Tocar... continuei mas entre amigos, encontros etc..
Em 2012, no Olga Cadaval demos um show formidável com o Jaime Pereira, o Filipe Mendrix e também o Victor Gomes e outros.
Volta não volta vai dando para saborear!".
Foi em sua casa que o entrevistámos. Quando lhe pedimos para tirar uma foto Zé Manel não se fez rogado e ainda nos presenteou com um trecho de uma das suas preferidas, a clássica "Summertime".
Obrigado!
ALEXANDRE BARRETO
Alexandre Barreto nasceu a 23 de Março de 1941, em Lisboa.
Quando menino muda-se para o Porto. Em 1954 compra uma viola e em 1960 entra para um trio de nome Conjunto Académico Jaime Durão em que Jaime é o pianista e em que o baterista é o Carlos. Em 1961, o conjunto toma o nome de Quarteto Jaime António com a saída do baterista e entrada de dois elementos.
Em 1962 ainda passa pelo grupo de Tony Araújo, que estava equipado com as excelentes violas 'Fender' e onde tocava o célebre Armindo do Rock .
Quando menino muda-se para o Porto. Em 1954 compra uma viola e em 1960 entra para um trio de nome Conjunto Académico Jaime Durão em que Jaime é o pianista e em que o baterista é o Carlos. Em 1961, o conjunto toma o nome de Quarteto Jaime António com a saída do baterista e entrada de dois elementos.
Em 1962 ainda passa pelo grupo de Tony Araújo, que estava equipado com as excelentes violas 'Fender' e onde tocava o célebre Armindo do Rock .
Entretanto vem para Lisboa, onde na Amadora conhece os "Guitarras de Fogo" e os irmãos Gândara (António e Carlos) e com eles desloca-se para ssistir às actuações dos Guitarras de Fogo.
Entretanto Carlos vai para o Quinteto Académico, onde uns meses depois Carlos Gândara tem que sair e indica Alexandre para o substituir na viola baixo. Alexandre vai a casa do Daniel Gouveia, onde o quinteto ensaiava, para fazer uma apresentação e é logo aceite. |
Estamos em 1963. Depois e para terem melhores condições de ensaio mudam-se para a Casa da Comarca de Arganil, na Rua da Fé em Lisboa (fotografia em baixo). O grupo tem muito sucesso e chegam a fazer fotografias de marketing.
"Num belo dia, 22 de Novembro de 1963, entra o Mário Assis espavorido no salão a dizer que tinham acabado de matar o Kennedy, o presidente dos Estados Unidos. Fez-se um silêncio e o Artur dispara, e o que é que nós temos a ver com isso, quero é que o gajo se lixe, vamos mas é ensaiar.
Tempos depois, e quando tínhamos um espectáculo marcado para esse dia, o Artur não aparece, e acabámos por saber que a PIDE o tinha ido buscar. Com o Artur preso tivemos de arranjar um substituto e foi o cunhado do Zé Manel quem desenrascou. Depois é o Fernando Mendes que o vem a substituir e as nossas apresentações puderam continuar com muito sucesso por todo o País", comenta Alexandre. |
Em 1965 fazem uma digressão por Angola e a 20 de Novembro vão para Moçambique, ficam no Hotel Tivoli e actuam no Cine-Teatro Gil Vicente. Depois ainda seguem para a Beira onde ficam no Grande Hotel.
Nessa viagem por Angola encontra o pai que já não via desde criança. Ele é piloto de aviões na África do Sul e desafia-o a ir viver para Angola.
Nessa viagem por Angola encontra o pai que já não via desde criança. Ele é piloto de aviões na África do Sul e desafia-o a ir viver para Angola.
Em 1966 estão a actuar na boîte 'Ronda' no Monte Estoril, onde o presidente brasileiro Juscelino Kubischeck entra com a sua comitiva. Pedem para pôr a música mais baixo, e um deles vai ao micro e diz "Eh malta alguém pediu para tocarmos mais baixo, vamos ?".
"É logo em 1966 que acabo por sair, pois era muito violento para mim que trabalhava durante o dia. Antes tocávamos aos fins de semana e por vezes a meio da semana, mas agora era todos os dias. Havia dias em que dormia 2/3 horas", diz-nos Alexandre, mas mesmo assim ainda gravou o 1º E.P. do Quinteto Académico. |
Tempos depois Alexandre acaba mesmo por aceitar o convite do pai para ir para Angola. Ao fim de dois dias já está contratado para começar a trabalhar no aeroporto aprendendo o ofício de controlador aéreo. Um dia faz um voo com o pai a uma cidade do interior e apaixona-se pela liberdade de voar. Acaba tirando o Brevet que vai desenvolver sempre no intuito de pilotar aeronaves maiores. Esse desejo vai-se realizando. Porém, um dia à saida do prédio onde morava, dá de caras com o seu velho companheiro Jaime Durão que estava cumprindo serviço militar e também aí morava. Durão diz que o Carlos também lá estava e poderiam reeditar o velho conjunto. É isso que fazem. Formam o Grupo 3 e começam a tocar num dos clubes da noite. O grupo dura 6 meses porque entretanto Jaime termina a sua comissão mititar. Em 75 Alexandre acaba por ir para a África do Sul onde continua o seu trabalho de controlador aéreo e de piloto de aeronaves maiores, fazendo essencialmente transportes de mercadoias. Ainda toca durante uns meses num Clube mas depois a sua velha viola passa a ter um longo descanso. Antes das eleições na África do Sul que vitoriam Mandela, Alexandre volta a Portugal. Continua na área de controle aéreo e começa a tarefa de ensinar novos candidatos. Após a reforma diverte-se com a o seu simulador de voo fazendo fantásticas viagens pelos ceus de todo o Mundo.
As três senhoras em cima são as mesmas flausinas que estão nesta foto em baixo em 1969. Sabem quem são?
A 'Onda Pop' dá-vos mais uma ajuda audio-visual e depois respondam ao nosso Concurso Schweppes, porque entre os que responderem certo às duas perguntas haverá um sorteio e o grande vencedor ganhará um prémio surpresa.
BOA SORTE!!!
BOA SORTE!!!
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Depois de 50 anos tocando e sendo conhecidos como um dos grupos de topo do Hard Rock do mundo, os Status Quo saíram da sua zona de conforto e neste novo álbum "Aquostic - Stripped Bare" dão às canções a chance de brilharem num formato despojado, onde os amplificadores foram desligados, fazendo um álbum totalmente acústico, onde os Status Quo gravaram um total de 24 hits, completamente reformulados.
O conjunto é acompanhado por músicos adicionais, coros vocais femininos e até mesmo por uma secção de cordas. A imagem da capa foi concebida por ninguém menos que outro artista do Rock, Bryan Adams. |
Despojados do poder absoluto do famoso som eléctrico das suas guitarras, decidiram que era hora para fazer brilhar as melodias e a musicalidade inata da banda através de gravações acústicas, onde as letras das canções também parecem sair beneficiadas.
As faixas de "Aquostic - Stripped Bare" deixam para trás o som frio e forte a que os Status Quo nos habituaram ao longo de décadas e trazem uma personalidade doce, parecendo até que algumas delas são inéditas e que vieram para a ribalta pela primeira vez.
Gravado nos estúdios de Francis Rossi, "Aquostic (Stripped Bare)" é o resultado de um conjunto olhando para trás, de onde eles vêm, descascando as velhas cascas dos anos, e apresentando um novo olhar sobre o que foi feito, tornando este álbum numa colecção triunfante de alguns dos momentos decisivos de uma banda de Rock britânica verdadeiramente seminal.
Os Status Quo tiveram a coragem de enfrentar as mentes mais empedernidas de algumas pessoas e fazer levantar alguns sorrisos, mas, essencialmente, muita satisfação, bom gosto e grande qualidade musical, ao longo das seguintes faixas:
1. Pictures Of Matchstick Men
2. Down The Dustpipe
3. Na Na Na
4. Paper Plane
5. All The Reasons
6. Reason For Living
7. And It's Better Now
8. Caroline
9. Softer Ride
10. Claudie
11. Break The Rules
12. Down Down
13. Mystery Song
14. Little Lady
15. Rain
16. Rockin' All Over The World
17. Again and Again
18. Whatever You Want
19. What You're Proposing
20. Rock 'N' Roll
21. Don't Drive My Car
22. Marguerita Time
23. Burning Bridges
24. Rock 'Til You Drop
As faixas de "Aquostic - Stripped Bare" deixam para trás o som frio e forte a que os Status Quo nos habituaram ao longo de décadas e trazem uma personalidade doce, parecendo até que algumas delas são inéditas e que vieram para a ribalta pela primeira vez.
Gravado nos estúdios de Francis Rossi, "Aquostic (Stripped Bare)" é o resultado de um conjunto olhando para trás, de onde eles vêm, descascando as velhas cascas dos anos, e apresentando um novo olhar sobre o que foi feito, tornando este álbum numa colecção triunfante de alguns dos momentos decisivos de uma banda de Rock britânica verdadeiramente seminal.
Os Status Quo tiveram a coragem de enfrentar as mentes mais empedernidas de algumas pessoas e fazer levantar alguns sorrisos, mas, essencialmente, muita satisfação, bom gosto e grande qualidade musical, ao longo das seguintes faixas:
1. Pictures Of Matchstick Men
2. Down The Dustpipe
3. Na Na Na
4. Paper Plane
5. All The Reasons
6. Reason For Living
7. And It's Better Now
8. Caroline
9. Softer Ride
10. Claudie
11. Break The Rules
12. Down Down
13. Mystery Song
14. Little Lady
15. Rain
16. Rockin' All Over The World
17. Again and Again
18. Whatever You Want
19. What You're Proposing
20. Rock 'N' Roll
21. Don't Drive My Car
22. Marguerita Time
23. Burning Bridges
24. Rock 'Til You Drop
Dentro do espírito das remodulações editoriais já acima expostas, a rubrica "Novos Discos De Velhos Conhecidos", depois de ter dado a conhecer alguns dos excelentes recentes trabalhos musicais de artistas que já cumpriram carreiras com cerca de 50 anos, retoma também ela a renovada estrada da eterna amizade e estes velhos amigos, indiferentes às diferenças de conceitos, ideologias ou interesses entre eles, seguirão os seus caminhos paralelos para se encontrarem no infinito, e aí talvez "Novos Discos De Velhos Conhecidos" também se reencontre convosco no futuro.
Entretanto desejamos a todos vocês... PAZ e AMOR... e continuem com a vossa nova velha amiga - 'Onda Pop'.
Entretanto desejamos a todos vocês... PAZ e AMOR... e continuem com a vossa nova velha amiga - 'Onda Pop'.
A diva pop irlandesa Clodagh Rodgers nasceu a 05 de Março de 1947, em Ballymena, Ulster, e fez a sua estreia profissional com 13 anos, como abertura dos concertos do cantor britânico Michael Holliday.
Representada pelo seu pai, um promotor de turnês e de boites, Clodagh assinou contrato com a Decca em 1962 e lançou o seu single de estréia, "Believe Me, I'M No Fool ", creditado com o nome mais fonético de Cloda Rogers, com o qual obteve um pequeno êxito no Reino Unido, mas suficiente para ser convidada para participar no filme "Just For Fun", em 1963. |
Em 1964, lança o seu segundo single, "Powder Your Face With Sunshine" e participa em outro filme, "It's All Over Town".
No ano seguinte assina pela Columbia, que edita o single "Wanting You", que seria a última gravação de Clodagh durante 4 anos, até que renasceu para o sucesso em 1969, quando a RCA resolve gravar "Come Back And Shake Me", que entrou no Top 5 britânico e que a 'Onda Pop' convida a cantar nesta nossa edição internauta.
No ano seguinte assina pela Columbia, que edita o single "Wanting You", que seria a última gravação de Clodagh durante 4 anos, até que renasceu para o sucesso em 1969, quando a RCA resolve gravar "Come Back And Shake Me", que entrou no Top 5 britânico e que a 'Onda Pop' convida a cantar nesta nossa edição internauta.
Seguidamente, Clodagh Rodgers consegue mais dois grandes êxitos, "Goodnight Midnight"
e "Biljo, mas o seu maior êxito foi "Jack In The Box", com o qual concorreu, em 1971, ao Festival da Eurovisão, embora não o tenha vencido.
Depois deu-se um colapso comercial na sua carreira, até a Polydor lançar um novo single, "Love Is Deep Inside Of Me", em 1978, mas as suas gravações comerciais terminaram pouco tempo depois, continuando no entanto a actuar durante alguns anos em vários palcos e casinos. Em 1999, viu os 'Mint Royale' lançarem o single "Shake Me", com samples do seu sucesso "Come Back And Shake Me". |
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Abracadabra faz hoje a sua última magia e, ainda por cima, no real mundo animal, dando pérolas a porcos... não, não vos estamos a insultar, pois trata-se sòmente do nome, "Pearls Before Swine", deste fabuloso e sub-estimado conjunto da música Rock, Folk, Jazz, Soul, Avant-garde e Psicadélica.
"Pearls Before Swine" foi formado em Melbourne, na Florida, Estados Unidos, à volta do cantor Folk, guitarrista e compositor Tom Rapp, com alguns seus amigos de liceu (Wayne Harley no banjo e bandolim, Lane Lederer no baixo e Roger Crissinger no piano e orgão, a que se juntou posterioremente para as gravações Warren Smith na bateria e percursão). Editaram seis álbuns, mas só os dois primeiros são com esta composição original, para além de serem as suas verdadeiras pérolas, "One Nation Underground" (1967) e "Balaklava" (1968). "One Nation Underground" é um álbum de canções melancólicas de misticismo, protesto e até controvérsia, cuja capa foi extraída de um painel representando o inferno do tríptico Garden Of Earthly Delights do mestre holandês dos séculos XV e XVI, Hieronymus Bosch. Este álbum eventualmente parece não ter vendido mal, pois estimam-se as vendas em cerca de 200.000 cópias, mas segundo Tom Rapp diz "Nós nunca recebemos nenhum dinheiro, nem mesmo 100 dólares ou qualquer outra coisa. O meu senso de realismo diz-me que Bernard Stollman (advogado e dono da editora ESP Records) foi abduzido por extra-terrestres e então deve ter sido sondado e apagaram-lhe da memória, desde quando e aonde o dinheiro se encontrava disponível". O 2º álbum, "Balaklava", é um disco fortemente anti-guerra, inspirado na batalha do mesmo nome, da célebre carga da Brigada da Cavalaria Ligeira, em 1854 na guerra da Crimeia. A capa do álbum apresenta desta vez a pintura The Triumph Of Death do pintor renascentista holandês Pieter Brueghel, para além dos desenhos surreais do artista avant-garde Jean Cocteau e os temas que compõem esta pérola musical são interpretações de escritos do poeta e escritor inglês Tolkien ('Hobbit', 'Lord Of The Rings', etc) e do historiador grego do período antes de Cristo, Herodotus. Se todo o ambiente do álbum é meio alucinante, com arranjos inovadores que usam uma variedade eclética de instrumentos, Tom Rapp afirma que na época não fumava nada mais que cigarros 'Winston'. |
Este álbum já não precisou da ajuda dos aliens para fazerem desaparecer os lucros das vendas, pois teve vendas insignificantes, comparadas com o seu antecessor.
"One Nation Underground"
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"Balaklava"
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Tom Rapp abandona o projecto "Pearls Before Swine" e ainda edita três álbuns a solo, antes de se tornar um respeitável advogado dos direitos humanos.
Em 1999 Tom Rapp voltou a editar um álbum a solo - "A Journal Of The Plague Year".
Em 1999 Tom Rapp voltou a editar um álbum a solo - "A Journal Of The Plague Year".
Abracadabra ausenta-se por tempo indeterminado, para evitar que as suas magias possam transformar a 'Onda Pop' num tsunami português, mais conhecido por maremoto, aproveitando assim para ir pescar pérolas, antes que os porcos as soneguem. Ciao! Hambanine!
Parece impossível mas esta semana a Parada da 'Onda Pop' realça o grande compositor clássico Tchaikovsky, que atingiu o nosso 5º lugar com "Swan Lake", interpretada por um conjunto londrino de Reggae chamado 'The Cats'.
Esta versão de "Swan Lake" atingiu o 48º lugar do hit-parade britânico, tornando 'The Cats' no primeiro conjunto inglês de Reggae a entrar no Top 50 do Reino Unido.
'The Cats' eram inicialmente um conjunto instrumental de Ska e chamavam-se 'The Hustin' Kind', cuja formação era constituída por Tyrone Patterson (teclados), Richard Archer (baixo), John Kpiaye (guitarra) e Michael Okoro (bateria). Mudam de nome no verão de 1968, quando foram gravar o seu primeiro disco nos estúdios Maximum Sound, em Londres.
Esta versão de "Swan Lake" atingiu o 48º lugar do hit-parade britânico, tornando 'The Cats' no primeiro conjunto inglês de Reggae a entrar no Top 50 do Reino Unido.
'The Cats' eram inicialmente um conjunto instrumental de Ska e chamavam-se 'The Hustin' Kind', cuja formação era constituída por Tyrone Patterson (teclados), Richard Archer (baixo), John Kpiaye (guitarra) e Michael Okoro (bateria). Mudam de nome no verão de 1968, quando foram gravar o seu primeiro disco nos estúdios Maximum Sound, em Londres.