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DESTAQUE DA SEMANA
CONJUNTO OLIVEIRA MUGE
CONJUNTO OLIVEIRA MUGE
Era considerado um dos melhores conjuntos portuguesa da época.
Na verdade o "bichinho" nascera em Ovar. Já de muito novo José Muge tinha uma queda,uma tendência natural para a música, herdou talvez de seu pai que era ensaiador de contradanças. José de Oliveira Muge nasceu em 1934 e desde os 16 anos já estava no orfeão de Ovar. Depois junto com seu irmão António e outros amigos forma "Os Milionários do Ritmo" .Começou por aprender violão mas cedo salta para o acordeão e cria o quinteto vocal Melodyovar que é acompanhado a violão e á guitarra. Com a entrada de Amtónio M. Redes Cruz para o piano o conjunto transforma-se em grupo de baile.Estamos em 1958.Mas no ano seguinte dá-se uma cisão no grupo ,que vai dar origem a dois novos grupos. Em 1960 já se começam a sentir os efeitos da nova música,o Rock,e aí vai aparecer António Policarpo que com 14 anos já dominava a viola e cantava fados de Coimbra e se perdia em infindáveis serenatas. Policarpo vai acabar por se juntar ao Conjunto de José Muge que agora é o pianista de serviço. Vão actuar na televisão em 1961. Nesta altura grupos muito jovens,como Os Babies,Pedro Osório e o seu conjunto,Walhter Behrend ou Sousa Pinto,são os grupos da moda. Mas em Agosto de 1962 José Muge e António Policarpo aceitam o desafio de António de Oliveira Muge que já está em Moçambique à algum tempo e vão ter com ele a Vila Pery,a capital do Chimoio na fantástica região da Gorongoza. É aqui que vai nascer o verdadeiro Conjunto Oliveira Muge.
Na verdade o "bichinho" nascera em Ovar. Já de muito novo José Muge tinha uma queda,uma tendência natural para a música, herdou talvez de seu pai que era ensaiador de contradanças. José de Oliveira Muge nasceu em 1934 e desde os 16 anos já estava no orfeão de Ovar. Depois junto com seu irmão António e outros amigos forma "Os Milionários do Ritmo" .Começou por aprender violão mas cedo salta para o acordeão e cria o quinteto vocal Melodyovar que é acompanhado a violão e á guitarra. Com a entrada de Amtónio M. Redes Cruz para o piano o conjunto transforma-se em grupo de baile.Estamos em 1958.Mas no ano seguinte dá-se uma cisão no grupo ,que vai dar origem a dois novos grupos. Em 1960 já se começam a sentir os efeitos da nova música,o Rock,e aí vai aparecer António Policarpo que com 14 anos já dominava a viola e cantava fados de Coimbra e se perdia em infindáveis serenatas. Policarpo vai acabar por se juntar ao Conjunto de José Muge que agora é o pianista de serviço. Vão actuar na televisão em 1961. Nesta altura grupos muito jovens,como Os Babies,Pedro Osório e o seu conjunto,Walhter Behrend ou Sousa Pinto,são os grupos da moda. Mas em Agosto de 1962 José Muge e António Policarpo aceitam o desafio de António de Oliveira Muge que já está em Moçambique à algum tempo e vão ter com ele a Vila Pery,a capital do Chimoio na fantástica região da Gorongoza. É aqui que vai nascer o verdadeiro Conjunto Oliveira Muge.
Viajam no navio Infante D. Henrique e ,durante a viagem, passam a ser o Conjunto de bordo.
Em 15 de Setembro já estão a fazer a primeira apresentação em Vila Pery. José Muge no acordeão, António Muge na Bateria, Policarpo no piano e Victor Montoya no contrabaixo. O sucesso é de tal ordem que começam a chover convites para actuarem em todo o lado. Na Televisao da Rodésia e em vários hotéis rodesianos passam a ser uma presença habitual. O Hotel New Stanley no Quénia quer contratá-los por um ano, mas só aceitam por um mês. Em 1963 António Biscaia entra para o grupo indo ocupar a sua antiga posição em Ovar, a bateria. António Muge vai para o contrabaixo. Por algum tempo o grupo vai ser um quinteto. Os convites são imensos, da África do Sul, de Londres, de Chicago e um empresário americano quer levá-los para Los Angeles, mas depois de reuniões familiares acabam sempre por recusar. Esta situação vai ditar a saída de Biscaia que quer ser músico profissional. Biscaia virá depois a fazer parte do grupo de Fausto Caldeira e do Conjunto de Renato Silva. Victor Montoya que estava na tropa, vê a sua comissão terminar e regressa a Lisboa. É então que José Muge volta a convidar um miúdo para o grupo. José Violante tem 14 anos e é um barra no baixo eléctrico. António Muge vai novamente para a bateria. Todos eles tinham múltiplas capacidades musicais e podiam mudar de instrumento com relativa facilidade.Isto pode ter sido muito importante na coesão e na harmonia e ritmo do grupo. Estamos em 1964, é esta a formação que vai gravar os 4 discos do grupo (mais a edição em Lisboa em 68 do disco "A Mãe" de 66). Todos os artistas que se deslocavam de Lisboa a Moçambique eram acompanhados em Vila Pery pelo Conjunto Oliveira Muge,Maria de Lourdes Resende que lá esteve em 1967 só lhes teceu elogios. De 64 a 68 o grupo não deixa de se apresentar por todo o lado. |
Em Lourenço Marques vem actuar no R.C.M., toca no Hotel Polana, Clube Ferroviário, Pavilhão do Sporting, no baile dos Estudos Gerais Universitários, etc.
É no entanto em Vila Pery que a nossa amiga Helena Horta Ferreira nos faz o especial favor de os entrevistar. Nós queríamos entrevistá-los e não tínhamos forma de o fazer. Ela nervosa dizia que nunca fizera nada disso, mas encheu-se de coragem e saíu um ópimo trabalho. Hoje quando lhe falámos do assunto nem se lembrava mais que um dia tinha sido jornalista por um dia. Mas ao longo destes anos ainda ia vendo alguns deles quando faziam os encontros das gentes de Vila Pery. Hoje Helena Neves dos Santos ficou encantada com este "revival" e nós continuamos-lhe muito gratos pela "ousadia".
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A Mãe é uma das mais bonitas canções portuguesas ,foi escrita por António Policarpo em 1962 e não estava conectada com a guerra colonial. No entanto como é gravada em 1966 ganha um novo impacto especial e é imediatamente adoptada pelos soldados que em todas as colónias portuguesas cumpriam o seu dever militar. Para o regime torna-se uma canção perigosa e as Estações de Rádio são aconselhadas a nao a passar. Oliveira Muge nunca tocou para as Forças Armadas mas em final de 68,em Nampula o Rei do Twist, Victor Gomes resolve cantá-la no seu show.Aos primeiros acordes mais de 6000 soldados fazem silêncio e só no final com "eu volto" desatam numa ovação frenética.
Em 68 o disco é lançado em Portugal Continental e mais uma vez os pseudo críticos em toda a sua ignorància criticam na revista Rádio e Televisão de 16 de Novembro 68 a edição de um "disco aceitável e gravação regular",depois diz-se "as canções tocadas são todas de cabelinhos brancos" e sem uma única referência á canção chave do disco "A Mãe".
Nem sequer mencionando tratar-se de um disco de 66 reeditado em Lisboa dois anos depois de Moçambique o ter lançado. É certo que isso sempre acontecia com os discos ingleses e americanos que chegavam com alguns meses de antecedência às discotecas em Moçambique comparando com Lisboa. Mas escutemos "A Mãe" pelo Conjunto Oliveira Muge. |
- JOSÉ MUGE
Em finais de 75 decide voltar para Lisboa, apesar de várias vezes durante 74 e 75 as novas autoridades moçambicanas lhe terem pedido para tocar em vários eventos e casamentos, o que fez de boa vontade sempre com o grupo.
José era também professor de iniciação musical no colégio, mesmo defronte de sua casa. Mas na altura da Independência pôs o lugar à disposição por achar que as novas autoridades teriam prioridades diferentes. Pediram-lhe para voltar, mas sem novas directrizes definidas achava que não o devia fazer.
Depois a Frelimo pediu-lhe que fossem o Conjunto das Forças Armadas e mais uma vez teve de recusar, pois nem no tempo de Portugal o haviam feito nem vestido farda, não seria agora que o iriam fazer, além de que "mãe " há só uma e eles eram portugueses. Na conversa que tivemos, frisou sempre o respeito que as novas autoridades moçambicanas tiveram com eles, mas apesar de tudo ir bem, era a hora de regressar.
"Sempre deixei claro que no trabalho quer fosse como professor ou músico a política não era chamada. Recordo-me até de um episódio nos anos 60 em que fomos tocar ao baile do finalista do Liceu de Quelimane . Também embarcou connosco, na Beira, o Dr. José Afonso que também lá ia. Quando ele actuou começou a cantar "Os Vampiros", e eu disse cá para mim, já vamos ter festa, ainda entra a PIDE por aí adentro.
Mas felizmente não se passou nada tudo correu muito bem", conta-nos José Muge.
José Muge continua-nos a relatar o seu percurso e o do grupo:
"Em 1976/77 reunimos novamente o grupo e íamos tocando aos fins de semana. Passei também a dirigir o Grupo Folclórico da Região de Ovar, onde tocava acordeão. Depois começámos a explorar um restaurante, donde acabei por sair porque me limitava demasiado o tempo. O Policarpo andava encantado e levou o negócio para a frente. Mas devido ao muito trabalho que lhe dava, para tocarmos tinha sòmente de ser no Restaurante. Andámos assim durante muitos anos. Em 1983 criei o grupo "As Tricanas de Ovar". Até 1998 mantive os dois grupos e depois afastei-me. O conjunto pràticamente deixou de tocar. Depois veio também a morte do meu irmão. |
A última vez que nos juntámos para tocar foi no 100º aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Ovar."
JOSÉ VIOLANTE
Tocou com Oliveira Muge até Agosto de 69. Depois vai para o serviço militar, ficando em Tete até 1973. Foi substituído por Rui Nogueira. Em 73 já não voltou ao conjunto, ficou em Lourenço Marques.
Em 74/75 tocou no Hotel Girassol com o baterista Carlos Alberto Silva (ex-Corsários, ex Night Stars, ex-Inflexos, ex-Impacto, etc). Em 76 vem para Lisboa e no final do ano ruma a Ovar onde volta à sua banda original. Fica com Oliveira Muge até final de 77.
De volta a Lisboa fica a tocar com Òscar (piano), Cabrita (bateria, ex-Rebeldes), Juca (saxofone) ficando ele encarregue do baixo e da voz.
Em 1979 sai e faz uma pausa na música indo trabalhar para as Caldas da Rainha.
Em finais de 79 é chamado por Mário Simões para substituir o seu viola baixo que tinha saído e vão tocar para o Casino da Figueira da Foz. Mário Simões também havia estado em finais dos anos 50 e início de 60 a tocar no Hotel Girassol e no Hotel Polana em Lourenço Marques e as alegres canções "O Lápis do Lopes" e "A Borracha do Lopes" continuavam a ser muito pedidas.
Em 1980, Carlos Alberto (OP nº 25) chama-o para a Banda Sigma onde se irá manter até 2010. A Banda Sigma é um caso fantástico de longevidade de um Conjunto em Portugal com trabalho permanente.
É aqui que decide dar "férias" à viola.
No entanto em 2011 ainda vai fazer uma "perninha" tocando para o Grupo de Cantares Praia Mar (que comemorava dez anos) do GIS (Grupo de Instruções Sport) em Buarcos, Figueira da Foz, para a gravação de um CD.
Agora pensa que já chegou o tempo do merecido descanso. Aproveitamos para colocar uma canção do Grupo de Cantares Praia Mar e que certamente muita gente conhece,"Marcha do Vapor"
Tocou com Oliveira Muge até Agosto de 69. Depois vai para o serviço militar, ficando em Tete até 1973. Foi substituído por Rui Nogueira. Em 73 já não voltou ao conjunto, ficou em Lourenço Marques.
Em 74/75 tocou no Hotel Girassol com o baterista Carlos Alberto Silva (ex-Corsários, ex Night Stars, ex-Inflexos, ex-Impacto, etc). Em 76 vem para Lisboa e no final do ano ruma a Ovar onde volta à sua banda original. Fica com Oliveira Muge até final de 77.
De volta a Lisboa fica a tocar com Òscar (piano), Cabrita (bateria, ex-Rebeldes), Juca (saxofone) ficando ele encarregue do baixo e da voz.
Em 1979 sai e faz uma pausa na música indo trabalhar para as Caldas da Rainha.
Em finais de 79 é chamado por Mário Simões para substituir o seu viola baixo que tinha saído e vão tocar para o Casino da Figueira da Foz. Mário Simões também havia estado em finais dos anos 50 e início de 60 a tocar no Hotel Girassol e no Hotel Polana em Lourenço Marques e as alegres canções "O Lápis do Lopes" e "A Borracha do Lopes" continuavam a ser muito pedidas.
Em 1980, Carlos Alberto (OP nº 25) chama-o para a Banda Sigma onde se irá manter até 2010. A Banda Sigma é um caso fantástico de longevidade de um Conjunto em Portugal com trabalho permanente.
É aqui que decide dar "férias" à viola.
No entanto em 2011 ainda vai fazer uma "perninha" tocando para o Grupo de Cantares Praia Mar (que comemorava dez anos) do GIS (Grupo de Instruções Sport) em Buarcos, Figueira da Foz, para a gravação de um CD.
Agora pensa que já chegou o tempo do merecido descanso. Aproveitamos para colocar uma canção do Grupo de Cantares Praia Mar e que certamente muita gente conhece,"Marcha do Vapor"
António Policarpo
Como já atrás se disse anteriormente, recomeça a tocar com José Muge em 1976 e pouco tempo depois torna-se sócio do restaurante Progresso ao qual se dedica com todo o entusiasmo. Dado o tempo que esta actividade absorve só conseguia tempo para tocar se fosse no restaurante, e assim é lá que o grupo vai tocando uma vez por outra.
Esta actividade mantém-se por 30 anos, mas a doença começa a atormentá-lo e infelizmente em 2012 termina a sua visita a este mundo, um mês antes da homenagem que a Junta de Freguesia de Ovar estava preparando para o Conjunto Oliveira Muge. Um excelente trabalho com uma exposição e a edição de uma edição especial da Revista "Ovar Sempre" da Junta de Freguesia exclusivamente dedicada ao conjunto. O obreiro deste trabalho muito completo e de grande pesquiza foi feito por Rafael Amorim,e na altura também Onda Pop lhe facilitou esta entrevista bem como todo o material que havíamos publicado. Essa Revista foi-nos agora oferecida por José Muge e ela ainda nos foi útil para complementar alguma informação.
António Muge
Colaborou com o grupo enquanto a saúde o permitiu. Foi o primeiro a falecer.
Como já atrás se disse anteriormente, recomeça a tocar com José Muge em 1976 e pouco tempo depois torna-se sócio do restaurante Progresso ao qual se dedica com todo o entusiasmo. Dado o tempo que esta actividade absorve só conseguia tempo para tocar se fosse no restaurante, e assim é lá que o grupo vai tocando uma vez por outra.
Esta actividade mantém-se por 30 anos, mas a doença começa a atormentá-lo e infelizmente em 2012 termina a sua visita a este mundo, um mês antes da homenagem que a Junta de Freguesia de Ovar estava preparando para o Conjunto Oliveira Muge. Um excelente trabalho com uma exposição e a edição de uma edição especial da Revista "Ovar Sempre" da Junta de Freguesia exclusivamente dedicada ao conjunto. O obreiro deste trabalho muito completo e de grande pesquiza foi feito por Rafael Amorim,e na altura também Onda Pop lhe facilitou esta entrevista bem como todo o material que havíamos publicado. Essa Revista foi-nos agora oferecida por José Muge e ela ainda nos foi útil para complementar alguma informação.
António Muge
Colaborou com o grupo enquanto a saúde o permitiu. Foi o primeiro a falecer.
DESTAQUE
"GENTE NOVA AO MICROFONE"
MARIA ADALGISA
"GENTE NOVA AO MICROFONE"
MARIA ADALGISA
"Gente Nova ao Microfone" era um programa produzido e orientado pela cantora soprano Maria Adalgisa e pelo músico António Fonseca. Duas figuras do R.C.M., que no início dos anos 60 tinham os seus créditos firmados.
Maria Adalgisa juntamente com António Fonseca no início dos anos 60 haviam lançado um programa para crianças dos 6 aos 12 anos para descoberta de talentos que se chamava "Os Sobrinhos da Tia Zita". A maioria das crianças que gostavam de cantar ou declamar lá se iam inscrevendo. Eu e os meus irmãos também por lá andámos.
O carinho e a ternura com que éramos tratados faziam do grupo um excelente naipe de bons amigos interessados em aprender e nos divertirmos.
Gostaríamos de ilustrar este artigo com uma gravação ou da Techa ou da Berta ou da Teresa ou da Amélia ou do Correia Mendes, eu sei lá tantos e tão bons que continuaram as suas carreiras, mas infelizmente não temos gravações mesmo fracas que fossem pois seriam históricas.
Assim tivemos que utilizar a prata da casa e vamos ouvir Carlos Manuel Gouveia cantando "O Meu Papai".
Maria Adalgisa juntamente com António Fonseca no início dos anos 60 haviam lançado um programa para crianças dos 6 aos 12 anos para descoberta de talentos que se chamava "Os Sobrinhos da Tia Zita". A maioria das crianças que gostavam de cantar ou declamar lá se iam inscrevendo. Eu e os meus irmãos também por lá andámos.
O carinho e a ternura com que éramos tratados faziam do grupo um excelente naipe de bons amigos interessados em aprender e nos divertirmos.
Gostaríamos de ilustrar este artigo com uma gravação ou da Techa ou da Berta ou da Teresa ou da Amélia ou do Correia Mendes, eu sei lá tantos e tão bons que continuaram as suas carreiras, mas infelizmente não temos gravações mesmo fracas que fossem pois seriam históricas.
Assim tivemos que utilizar a prata da casa e vamos ouvir Carlos Manuel Gouveia cantando "O Meu Papai".
Por volta de 1964 depois das primeiras crianças atingirem a idade jovem, aparece então o programa "Gente Nova ao Microfone" para jovens dos 13 aos 19 anos, ou seja para "Teenagers".
A preparação já era mais séria, já tinha havido uma pré-selecção que se fazia de forma natural pois as mudanças de voz ainda podiam trazer surpresas, mas o esforço e dedicação não tinham muitas vezes horas.
Os jovens que mostrassem mais potencial eram imediatamente convidados a actuar nos quadros do R.C.M. com as Orquestras Típica e
de Variedades. Também por lá andei até 65/66 e daí a gravação com que ilustro a Gente Nova, João Pedro Gouveia a cantar "O Meu Chapéu" um original do grande Artur Fonseca para a voz de João Maria Tudela, e que tento não "assassinar".
A preparação já era mais séria, já tinha havido uma pré-selecção que se fazia de forma natural pois as mudanças de voz ainda podiam trazer surpresas, mas o esforço e dedicação não tinham muitas vezes horas.
Os jovens que mostrassem mais potencial eram imediatamente convidados a actuar nos quadros do R.C.M. com as Orquestras Típica e
de Variedades. Também por lá andei até 65/66 e daí a gravação com que ilustro a Gente Nova, João Pedro Gouveia a cantar "O Meu Chapéu" um original do grande Artur Fonseca para a voz de João Maria Tudela, e que tento não "assassinar".
Falámos com um dos artistas que nesse ano de 68 fazia a sua apresentação, Teresa Muge.
Que recordações tens da Tia Zita, da Adalgisa e do António, perguntámos.
-Tenho dela uma imagem muito afectiva,marcou-me muito a ternura com que nos conduzia e nos ensinava a colocar a voz e a exercitá-la. Apoiava-nos no que gostaríamos de cantar, sugeria-nos posturas em palco de marca muito pessoal. Um dos ensinamentos que me ficou para sempre, é o de usar a voz para servir as canções e não usar as canções para exibir a voz...Este é um tipo de honestidade artística que às vezes, em certas "zonas" menos credíveis da indústria da música, não existe. Para além disso a Adalgisa não era só a tia Zita ou a orientadora e responsável pela Gente Nova ao Microfone, era também uma bela cantora de voz soprano muito suave e terna, uma locutora e jornalista.
Fazemos aqui um parentesis no que nos dizia Teresa, para escutarmos uma gravação de Maria Adalgisa feita em directo de um dos concertos que todas as terças-feiras o RCM fazia ás 21,00h pela sua Orquestra de Variedades dirigida elo maestro Artur Fonseca, "Quem Parte Leva Saudades".
Que recordações tens da Tia Zita, da Adalgisa e do António, perguntámos.
-Tenho dela uma imagem muito afectiva,marcou-me muito a ternura com que nos conduzia e nos ensinava a colocar a voz e a exercitá-la. Apoiava-nos no que gostaríamos de cantar, sugeria-nos posturas em palco de marca muito pessoal. Um dos ensinamentos que me ficou para sempre, é o de usar a voz para servir as canções e não usar as canções para exibir a voz...Este é um tipo de honestidade artística que às vezes, em certas "zonas" menos credíveis da indústria da música, não existe. Para além disso a Adalgisa não era só a tia Zita ou a orientadora e responsável pela Gente Nova ao Microfone, era também uma bela cantora de voz soprano muito suave e terna, uma locutora e jornalista.
Fazemos aqui um parentesis no que nos dizia Teresa, para escutarmos uma gravação de Maria Adalgisa feita em directo de um dos concertos que todas as terças-feiras o RCM fazia ás 21,00h pela sua Orquestra de Variedades dirigida elo maestro Artur Fonseca, "Quem Parte Leva Saudades".
Continuemos com Teresa Muge; "Também há outro elemento de que muitas vezes e injustamente nos esquecemos, o António Fonseca que tinha imensa paciència com a miudagem. Era ele que nos acompanhava ao piano e nos ensaiava. António Fonseca era um exímio tocador de piano e viola acompanhamento. Tocava também na Orquestra do RCM que era dirigida pelo seu irmão Artur Fonseca".
Agradecemos imenso o depoimento de Teresa Muge, bem como agradecemos também a outra artista do RCM, Maria Marques (minha mãe) que gravou em bobines na época, os seus filhos a cantar bem como Maria Adalgisa. Ao longo do tempo passou as gravações para cassette e assim pudemos digitalizá-las conservando-as como documento embora, claro, a qualidade se fosse perdendo.
Agradecemos imenso o depoimento de Teresa Muge, bem como agradecemos também a outra artista do RCM, Maria Marques (minha mãe) que gravou em bobines na época, os seus filhos a cantar bem como Maria Adalgisa. Ao longo do tempo passou as gravações para cassette e assim pudemos digitalizá-las conservando-as como documento embora, claro, a qualidade se fosse perdendo.
Mas quem foi Maria Adalgisa Costa Rodrigues. Uma rapariga que gostava e ambicionava cantar.
Foi ajudada e treinada pelo grande Tomás Alcaide. Fazia parte da Emissora Nacional e o maestro José Belo Marques gostava muito dela e em 1948 faz uma canção para ela cantar,"Grão de Arroz",que todos de uma forma geral conhecem num "restyling" cantada pela Amália Rodrigues, mas que vamos ter o gosto de vos dar a conhecer na sua versão original por Maria Adalgisa.
Foi ajudada e treinada pelo grande Tomás Alcaide. Fazia parte da Emissora Nacional e o maestro José Belo Marques gostava muito dela e em 1948 faz uma canção para ela cantar,"Grão de Arroz",que todos de uma forma geral conhecem num "restyling" cantada pela Amália Rodrigues, mas que vamos ter o gosto de vos dar a conhecer na sua versão original por Maria Adalgisa.
Maria Adalgisa vai a Moçambique em 1960 integrada numa digressão da qual faziam também parte Gina Maria e Luís Piçarra, acaba por se apaixonar pela terra e de não resistir ao convite que lhe é feito pelo Rádio Clube de Moçambique. Começa a cantar no RCM e é ao mesmo tempo funcionária da Estação. Uns anos depois casa com Fernando Rebelo outro grande locutor (já falecido) e ambos elaboram vários programas, como "Encontro com a Noite" e fazem locução. Além dos programas já mencionados da "Tia Zita" e "Gente Nova ao Microfone" participa também no "Teatro em sua Casa" coorderado por Sara Pinto Coelho. Em 1972 no Teatro Manuel Rodrigues participa na Revista "Não Há-de Ser Nada" juntamente com Marinela, Fernando Rebelo, Eulália Duarte e Sampaio e Silva entre outros. Depois de 75 vem para Portugal e passa a residir no Barreiro. Faz programas e locução para a Rádio Azul de Palmela. É ainda entrevistada na Televisão sobre a sua carreira, nesta altura já doente. Faleceu em 2006.
OTIS REDDING - MR. SOUL
Otis Redding nasceu em 1941 e com 7 anos começou a sua carreira de cantor e
músico, fazendo parte do coro da Igreja Baptista de Vineville.
Quando foi para o liceu fez imediatamente parte do grupo musical dessa unidade de ensino e começou a competir no show de talentos do Douglass Theatre para ganhar um prémio de 5 dólares. Após ganhar 15 vezes seguidas essa competição foi proíbido de se inscrever e então juntou-se em 1960 ao conjunto Johnny Jenkins and The Pinetoppers. Em Outubro de 1962 foi esse conjunto musical para Memphis, para uma sessão de gravações na Stax Record. |
No final da sessão, o sócio da Stax, Jim Stewart, deixou Otis gravar a solo algumas canções, aproveitando o tempo que ainda restava de aluguer do estúdio de gravação. O resultado foi "These Arms Of Mine" editado ainda nesse ano e que chegou ao top 20 do hit-parade de R&B nos Estados Unidos. Este foi o primeiro de uma série de êxitos, incluindo os clássicos "I'Ve Been Waiting Too Long", "Respect" e "Try A Little Tenderness", "Shake" ou "Satisfaction".
Em 1967 foi nomeado em três categorais diferentes pela National Academy of Recording Arts & Music e participou com fantástico sucesso no festival de Monterey, onde se lançaria também Jimi Hendrix.
Durante o verão de 1967, Otis Redding ouvia constantemente um álbum, que ele lamentava não ter composto e que dizia ser o melhor que alguma vez tinha ouvido - "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" dos Beatles.
Era esse álbum que ele ouviu várias vezes ao dia, quando esteve a viver num houseboat em Sausalito, durante a semana que actou no San Francisco's Fillmore West Theatre. Foi precisamente quando estava sentado na doca dessa marina que, inspirado pelo álbum "Sgt. Pepper's" e pela beleza natural do lugar, compôs a sua assinatura musical como criador e que se tornou no seu maior êxito "(Sittin' On) The Dock Of The Bay".
O seu sucesso começou a correr o mundo inteiro e 1968 estava destinado para ser o grande ano da sua carreira, pois já estavam marcadas diversas actuações televisivas, incluindo The Ed Sullivan Show e The Smothers Brothers Show, para além de estarem esgotadas as suas apresentações ao vivo no New Yok's Philharmonic Hall e no Washington's Constitution Hall.
Mas não cumpriu essa série de actuações agendadas e a sua última gravação foi "(Sittin' On) The Dock Of The Bay", pois em Dezembro de 1967 morreu num acidente no seu avião particular, que se despenhou no Lake Monona, em Wisconsin.
Otis Redding sempre defendeu que a música poderia ser uma força universal para unir raças e culturas diferentes, e dava o exemplo tendo um manager branco, Phil Walden (também manager de Percy Sledge, Al Green, Sam & Dave ou Elvin Bishop) e sendo acompanhado pela sua própria banda multirracial.
Pòstumamente foi empossado no Rock & Roll Hall of Fame (1989) e no Georgia Music Hall of Fame (1981), para além de ver a sua curtíssima carreira reconhecida em 1999 pelo prémio Grammy "Lifetime Achievement".
O mundo perdeu um grande músico e um óptimo ser humano, mas a sua voz e a sua obra musical ficarão para sempre.
Assistam a um excerto da sua actuação no Festival de Monterey e apreciem a intensidade com que se envolve em cada canção, razão porque ficou conhecido como o "Rei da Soul Music".
Em 1967 foi nomeado em três categorais diferentes pela National Academy of Recording Arts & Music e participou com fantástico sucesso no festival de Monterey, onde se lançaria também Jimi Hendrix.
Durante o verão de 1967, Otis Redding ouvia constantemente um álbum, que ele lamentava não ter composto e que dizia ser o melhor que alguma vez tinha ouvido - "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" dos Beatles.
Era esse álbum que ele ouviu várias vezes ao dia, quando esteve a viver num houseboat em Sausalito, durante a semana que actou no San Francisco's Fillmore West Theatre. Foi precisamente quando estava sentado na doca dessa marina que, inspirado pelo álbum "Sgt. Pepper's" e pela beleza natural do lugar, compôs a sua assinatura musical como criador e que se tornou no seu maior êxito "(Sittin' On) The Dock Of The Bay".
O seu sucesso começou a correr o mundo inteiro e 1968 estava destinado para ser o grande ano da sua carreira, pois já estavam marcadas diversas actuações televisivas, incluindo The Ed Sullivan Show e The Smothers Brothers Show, para além de estarem esgotadas as suas apresentações ao vivo no New Yok's Philharmonic Hall e no Washington's Constitution Hall.
Mas não cumpriu essa série de actuações agendadas e a sua última gravação foi "(Sittin' On) The Dock Of The Bay", pois em Dezembro de 1967 morreu num acidente no seu avião particular, que se despenhou no Lake Monona, em Wisconsin.
Otis Redding sempre defendeu que a música poderia ser uma força universal para unir raças e culturas diferentes, e dava o exemplo tendo um manager branco, Phil Walden (também manager de Percy Sledge, Al Green, Sam & Dave ou Elvin Bishop) e sendo acompanhado pela sua própria banda multirracial.
Pòstumamente foi empossado no Rock & Roll Hall of Fame (1989) e no Georgia Music Hall of Fame (1981), para além de ver a sua curtíssima carreira reconhecida em 1999 pelo prémio Grammy "Lifetime Achievement".
O mundo perdeu um grande músico e um óptimo ser humano, mas a sua voz e a sua obra musical ficarão para sempre.
Assistam a um excerto da sua actuação no Festival de Monterey e apreciem a intensidade com que se envolve em cada canção, razão porque ficou conhecido como o "Rei da Soul Music".
ELVIS - O REI
Já se falou tanto e já se escreveram milhares de artigos, livros ou crónicas sobre Elvis. Já se fizeram tantos filmes ou reportagens sobre o Rei do Rock. Se fosse vivo teria feito agora 80 anos. Já toda a gente sabe tanta coisa sobre esse ícone do rock e da música americana, que a "Onda Pop" resolveu não escrever nada sobre ele e sòmente propor-vos um passatempo àcerca dos vossos conhecimentos sobre Elvis - "The King". Respondam às nossas dez perguntas (se não quiserem não nos submetam as vossas respostas), mas testem o vosso "Elvismo". Boa Sorte ! |
FALANDO DE NOVOS DISCOS
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
50 anos após a sua primeira passagem em Nashville, a capital mundial da country music, Sylvie Vartan voltou para gravar um novo álbum "Sylvie In Nashville", que saíu em 2014.
É um disco enérgico e alegre com 13 canções, sendo cinco delas adaptações para francês de clássicos do country e mais oito novas canções. Este seu retorno a Nashville significa mais que a simples nostalgia de relembrar que foi aqui que gravou em 1964 os seus grandes sucessos "Yé-Yé - "Si Je Chante" e "La Plus Belle Pour Aller Danser", quando ainda não imaginava que iria ser uma estrela de grandeza mundial, que |
ainda hoje brilha intensamente, pois é nesse ambiente musical descontraído de Nashville, em que toda a gente toca guitarra ou canta e onde existem imensos conjuntos e orquestras, que uma Sylvie alegre e de cabelos ao vento gravou um álbum de um colorido musical com uma imensa intensidade positiva, como já não o fazia há vários anos.
A selecção de canções deste disco incluem "Cheveux Au Vent", uma adaptação do clássico "Against The Wind" de Bob Seger, "Blue Bayou" imortalizada por Roy Orbison ou "Mr. John B", uma nova versão do famoso êxito "Sloop John B." dos Beach Boys, para além das baladas "En Rouge Et Or" e "Étrangère", de melodias pop rock como "Ciel", "Le Feu Sous La Glace", "Loin D'Ici", "Come A Little Closer" ou "Sandy" ou numa fórmula country-boogie "I Like It, I Love It".
Numa edição especial e limitada deste novo álbum, Sylvie ainda nos oferece mais duas músicas - "Nos Retrouvailles" e "C'Est Bon De Vous Voir", uma adaptação de "Bad Moon Rising" dos Credence Clearwater Revival. |
Vamos ver e ouvir Sylvie cantando ao vivo, com os seus cabelos louros ao vento, a tal versão de Bob Seger - "Cheveux Au Vent" e propomos que se mantenham jovens e alegres como a nossa Sylvie, que festejou os seus 60+10 no ano da gravação deste seu novo trabalho.
Depois digam que não há garotas giras com mais de 60. Onde é a vossa "poubelle"?
Depois digam que não há garotas giras com mais de 60. Onde é a vossa "poubelle"?
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Lembram-se do conjunto The Mamas & Papas? Lembram-se então de Mama Cass, a cantora de uma voz forte e maravilhosa. Pois "Abracadabra" descobriu que ela em 1968 foi co-produtora de um disco gravado por um conjunto folk-rock canadiano, que se chamava "3's A Crowd".
O álbum chama-se "Christopher's Movie Matinee" e nunca foi editado em CD. Foi um disco com pouca divulgação, com um número limitado de cópias e a banda desfez-se pouco tempo depois, mas foi suficientemente importante porque ainda em 1968 foi realizado um documentário, patrocionado pelo National Film Board of Canada, com o mesmo título e com diversas músicas deste álbum como banda sonora.
Neste trabalho, para além da referida Mama Cass, colaboraram outros nomes conhecidos da música como o outro co-produtor do disco - Steve Barri, produtor e compositor americano que é responsável pelo sucesso do conjunto The Grassroots e criador de êxitos como "Secret Agent Man" de Johnny Rivers, "You Baby" dos Turtles ou "A Must To Avoid" dos Herman's Hermits. Dois membros dos "3's A Crowd" (Ken Coblun e Comrie Smith) fizeram parte das primeiras gravações em disco do também canadiano Neil Young, tendo Ken Coblun também feito parte dos Buffalo Springfield. 4 canções do disco são composições do famoso cantor e compositor canadiano de folk progressivo - Bruce Cockburn.
O álbum chama-se "Christopher's Movie Matinee" e nunca foi editado em CD. Foi um disco com pouca divulgação, com um número limitado de cópias e a banda desfez-se pouco tempo depois, mas foi suficientemente importante porque ainda em 1968 foi realizado um documentário, patrocionado pelo National Film Board of Canada, com o mesmo título e com diversas músicas deste álbum como banda sonora.
Neste trabalho, para além da referida Mama Cass, colaboraram outros nomes conhecidos da música como o outro co-produtor do disco - Steve Barri, produtor e compositor americano que é responsável pelo sucesso do conjunto The Grassroots e criador de êxitos como "Secret Agent Man" de Johnny Rivers, "You Baby" dos Turtles ou "A Must To Avoid" dos Herman's Hermits. Dois membros dos "3's A Crowd" (Ken Coblun e Comrie Smith) fizeram parte das primeiras gravações em disco do também canadiano Neil Young, tendo Ken Coblun também feito parte dos Buffalo Springfield. 4 canções do disco são composições do famoso cantor e compositor canadiano de folk progressivo - Bruce Cockburn.
Track Listing :
1 - Overture
2 - Let's Get Together
3 - Coat of Colors
4 - The Way She Smiles
5 - Wasn't It You?
6 - Gnostic Serenade
7 - Bird Without Wings
8 - I Don't Wanna Drive You Away
9 - View from Pompous Head
10 - Don't Mess up a Good Thing/Bring It With You When You Come Home
11 - Cotton Candy Man
12 - Christopher's Movie Matinee
1 - Overture
2 - Let's Get Together
3 - Coat of Colors
4 - The Way She Smiles
5 - Wasn't It You?
6 - Gnostic Serenade
7 - Bird Without Wings
8 - I Don't Wanna Drive You Away
9 - View from Pompous Head
10 - Don't Mess up a Good Thing/Bring It With You When You Come Home
11 - Cotton Candy Man
12 - Christopher's Movie Matinee
Embora não a consideremos uma das melhores canções do álbum "Christopher's Movie Matinee", apresentamos um raríssimo documento dos "3's A Crowd" ao vivo interpretando "I Don't Want To Drive You Away".
Conforme dizem as "Notícias Pop" da edição impressa da Onda Pop desta semana, é uma boa surpresa ter um conjunto moçambicano na "Parada da Onda Pop", por isso e porque o "Destaque" desta semana é precisamente com esse conjunto da Beira, o Conjunto de Oliveira Muge, aproveitamos para vos propor um video de apresentação desse paraíso animal chamado Gorongoza, com a música do mesmo nome, que está classificada em 7º lugar esta semana, como tema musical desse video.