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Dia 11 de Maio de 2015, recebemos pela voz ainda em choque de Carlos Melo a triste notícia de que o nosso querido amigo Jorge Montenegro nos deixara na Terra, mas sabemos que uma nova estrela ficará brilhando eternamente no Universo. Terminamos hoje a publicação da sua histórica missiva, que estamos divulgando, com todo o apoio e videos concebidos pelo Carlos Melo. Fechamos esta preciosa carta, que nos enviou pouco tempo antes da sua inesperada morte, com a sua última mensagem, que ele dedicou a todos os seus amigos. Obrigado Jorge! |
Fase 10 :
África do sul - Regresso. Instrumentos Principais.
No regresso,a influência do Brasil era evidente, de modo que toquei em várias ocasiões em Joanesburgo num estilo a lembrar o Samba Jazz. Para surpresa minha foi bem aceite.
O PLANETÁRIO da Universidade de Wits serviu para p^r em prática o ambicioso projecto a SOLO, ulilizando o sintetizador electrónico NEW AGE! Era um espectáculo de Luz e Imagens do Cosmos. O tema principal tinha o título "Os sons provocantes de Jorge Montenegro". Só se conseguiu organizar u show devido aos compromissos assumidos para a utilização normal do Planetário. Mas foi a prova de que perfiro um único evento com boa qualidade, em vezde quantidade.
O próximo passo foi ter decidido iniciar a minha prática de arquitectura por conta própria e parar as minhas actividades musicais. Isso levou a expandir para Durban. Kwazulu-Natal, tendo saído de vez de Joanesburgo.
Fase11:
Portugal - Instrumentos Principais:
ROLAND RD 700 NX PIANO DIGITAL ; ROLAND BK7m ; ROLAND VP7 ; YAMAHA PA SYSTEM 400
Portugal - Instrumentos Principais:
ROLAND RD 700 NX PIANO DIGITAL ; ROLAND BK7m ; ROLAND VP7 ; YAMAHA PA SYSTEM 400
"Os meus instrumentos musicais são uma extensão do meu corpo! Os sons são a voz da minha alma" Jorge Montenegro
Tive o privilégio de conviver com outros grandes músicos; CARLOS GUERREIRO do Grupo IRIS (vendeu-me todo o equipamento pelo que confraternizámos em vários almoços e bebemos bom vinho); GUSTAVO GONÇALVES, o baterista que envolvi no projecto ProgRock,, assim como o brilhante guitarrista MARCO TOMÉ, que agora reside em Inglaterra; e também TUNIKO GOULART, JOÂO GALANTE e por último, mas não menos importante, LUÍS HENRIQUE.
Parti de Portugal com a minha Barcelona no coração. Em Sevilha também tive a mesma experiência de grande procura de trabalhos de arquitectura.
Acabei depois por viajar para a Escócia, Reino Unido, de Edinburgh a Glasgow e Polmont, onde me reencontrei com a minha filha Zoe e os meus netos Lee e Angel e o meu grande velho amigo e colega arquitecto Albert Dunn.
Voltei ao Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para acompanhar a proposta para os trabalhos de alargamento do Aeroporto …e como se espera por autorizações estou presentemente na África do Sul.
“…Alguém me perguntou recentemente qual tinha sido o melhor projecto musical que tinha feito …a minha resposta: O PRÓXIMO”.
Mas….continuo a sonhar….! IMPROMPTU não morreu !!!
Um abraço, Jorge Montenegro
Tive o privilégio de conviver com outros grandes músicos; CARLOS GUERREIRO do Grupo IRIS (vendeu-me todo o equipamento pelo que confraternizámos em vários almoços e bebemos bom vinho); GUSTAVO GONÇALVES, o baterista que envolvi no projecto ProgRock,, assim como o brilhante guitarrista MARCO TOMÉ, que agora reside em Inglaterra; e também TUNIKO GOULART, JOÂO GALANTE e por último, mas não menos importante, LUÍS HENRIQUE.
Parti de Portugal com a minha Barcelona no coração. Em Sevilha também tive a mesma experiência de grande procura de trabalhos de arquitectura.
Acabei depois por viajar para a Escócia, Reino Unido, de Edinburgh a Glasgow e Polmont, onde me reencontrei com a minha filha Zoe e os meus netos Lee e Angel e o meu grande velho amigo e colega arquitecto Albert Dunn.
Voltei ao Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para acompanhar a proposta para os trabalhos de alargamento do Aeroporto …e como se espera por autorizações estou presentemente na África do Sul.
“…Alguém me perguntou recentemente qual tinha sido o melhor projecto musical que tinha feito …a minha resposta: O PRÓXIMO”.
Mas….continuo a sonhar….! IMPROMPTU não morreu !!!
Um abraço, Jorge Montenegro
PS. A todos os meus queridos amigos e músicos, mesmo aqueles que não mencionei aqui pelo seu nome ... vocês não foram de algum modo ESQUECIDOS.
Foi um privilégio tocar, trabalhar e colaborar com todos e cada um de vós.
Sinceramente
Jorge Montenegro
Foi um privilégio tocar, trabalhar e colaborar com todos e cada um de vós.
Sinceramente
Jorge Montenegro
Aproveitando uma "Notícia Pop" que felicitava os Strolling Bones pela sua actuação no programa do RCM ao Domingo, "Um Conjunto", fomos falar com Tony Fernandes para ficarmos a conhecer a história do grupo. Uma interessante e rica história que muito vos espantará.
Mateus Francisco Fernandes nasceu em 1913 e aos 25/26 anos emigra de Goa para o Quénia já com 3 filhos para trabalhar como Mecânico de Caterpillars na construção de estradas que o Governo Britânico quer fazer por toda a região. Será aí pelo Quénia e o Uganda que vão nascer os sete filhos que prefasem os 10 da sua prol. É claro que vão crescendo e estudando em inglês (pois estamos numa colónia Britânica). Mateus tocava violino, trompete e sax e tentou incentivar os filhos a aprender música. Mas o solfejo não os entusiasmava e o que queriam era tocar Rock. Como castigo tinham que fazer as pautas musicais. "Hoje compreendo-o e tenho pena que não tenhamos aprendido música" diz-nos Tony.
O pai sempre se sentiu português e ainda guardava o seu velho passaporte. Quando o Reino Unido decide dar a Independência à sua colónia, viviam em Mombaça e Mateus trabalhava para os Caminhos de ferro britânicos, é-lhe dada a opção de irem para Londres ou ficarem por lá. Mateus decide que a família deve voltar a territórios portugueses, e assim embarcam para Moçambique.
Estamos no ano de 1964.
Mateus Francisco Fernandes nasceu em 1913 e aos 25/26 anos emigra de Goa para o Quénia já com 3 filhos para trabalhar como Mecânico de Caterpillars na construção de estradas que o Governo Britânico quer fazer por toda a região. Será aí pelo Quénia e o Uganda que vão nascer os sete filhos que prefasem os 10 da sua prol. É claro que vão crescendo e estudando em inglês (pois estamos numa colónia Britânica). Mateus tocava violino, trompete e sax e tentou incentivar os filhos a aprender música. Mas o solfejo não os entusiasmava e o que queriam era tocar Rock. Como castigo tinham que fazer as pautas musicais. "Hoje compreendo-o e tenho pena que não tenhamos aprendido música" diz-nos Tony.
O pai sempre se sentiu português e ainda guardava o seu velho passaporte. Quando o Reino Unido decide dar a Independência à sua colónia, viviam em Mombaça e Mateus trabalhava para os Caminhos de ferro britânicos, é-lhe dada a opção de irem para Londres ou ficarem por lá. Mateus decide que a família deve voltar a territórios portugueses, e assim embarcam para Moçambique.
Estamos no ano de 1964.
Em casa sempre houve música e é assim que os 5 irmãos decidem fazer uma banda para tocarem os seus "hits" perferidos. Formam-se os "MERRY MAKERS" em 1965. São DIgno ("John") na viola solo (hoje reside no Canadá onde é eng. de refrigeração, depois de ter tirado o curso de medicina em Moçambique e não lhe ser reconhecida aqui em Portugal, ainda toca como hobby nas festas com os amigos), Tony, o nosso entrevistado, na bateria e voz, Ricardo ("Richard") na viola ritmo, infelizmente já falecido, Ursulo na viola baixo e
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harmónica, que hoje tem uma carreira a solo nas teclas e o Francisco (o "Chiquinho" um "puto" com seis anos que queria martelar a bateria e que hoje é um grande músico).
Em 1967 decidem mudar o nome para Strolling Bones. Entretanto em final desse ano Ursulo vai para o Seminário na Namaacha ( a mãe era muito religiosa e tinha gosto em que um dos seus filhos fosse padre) e Richard vai trabalhar para o Turismo. Assim entram Freitas para o ritmo e Filú para o baixo. Mas em 68 Filú (já falecido) sai para integrar o AEC 68 e o Ursulo foge do Seminário e volta a integrar a banda. O Chiquinho continua como "mascote" pois não pode tocar de forma legal por ser muito jovem e quando a polícia aparece. é essa a desculpa. O Freitas sai em 70 para a tropa e entra o Rui Silva para as teclas. Deixam de ter ritmo e aperfeiçoam mais Santana. Led Zeppellin, Uriah Heep e Grand Funk Railroad e Santana eram as grandes bandas que seguiam e tocavam.
Em 1967 decidem mudar o nome para Strolling Bones. Entretanto em final desse ano Ursulo vai para o Seminário na Namaacha ( a mãe era muito religiosa e tinha gosto em que um dos seus filhos fosse padre) e Richard vai trabalhar para o Turismo. Assim entram Freitas para o ritmo e Filú para o baixo. Mas em 68 Filú (já falecido) sai para integrar o AEC 68 e o Ursulo foge do Seminário e volta a integrar a banda. O Chiquinho continua como "mascote" pois não pode tocar de forma legal por ser muito jovem e quando a polícia aparece. é essa a desculpa. O Freitas sai em 70 para a tropa e entra o Rui Silva para as teclas. Deixam de ter ritmo e aperfeiçoam mais Santana. Led Zeppellin, Uriah Heep e Grand Funk Railroad e Santana eram as grandes bandas que seguiam e tocavam.
Entretanto Roberto Carlos e outros estavam na moda e ream pedidos nas festas onde tocavam e como ainda não dominavam bem o português contratam o Henrique Amorim (alcunhado"Boi") para cantar em português.
"Porém em 71 também o Henry é chamado à tropa e eu volto a ser o vocalista e lá voltamos ao Rock e aos Led Zepellin, Santana, Uriah Heep e Grand Funk Railroad" diz-nos Tony. "Agora o Chiquinho já era o baterista e eu só cantava. Mas em 72 o Ursulo também foi à tropa e o Adolfo que era dos Monstros veio substituí-lo" continua Tony.
Em 73 o grupo sente que tem que actualizar-se. Entram dois novos elementos, Juca para o sax e Guilherme para o trompete. O Ursulo também volta a integrar o grupo. Com os metais o grupo ganhou novo fôlego." Também ao longo do tempo vários artistas cantaram connosco mas quero destacar a Luísa Nobre com quem actuámos muitas vezes" confidencia-nos Tony.
Em 73 o grupo sente que tem que actualizar-se. Entram dois novos elementos, Juca para o sax e Guilherme para o trompete. O Ursulo também volta a integrar o grupo. Com os metais o grupo ganhou novo fôlego." Também ao longo do tempo vários artistas cantaram connosco mas quero destacar a Luísa Nobre com quem actuámos muitas vezes" confidencia-nos Tony.
"Quando vem o 25 de Abril, pensámos que as coisas iam mudar, mas não. Mantivemos o grupo com muito vigor, mesmo até depois de Independência de Moçambique" prossegue Tony.
"Porém em Fevereiro de 76 estávamos a tocar no Dragão, ali junto à praia da Polana e do Camping, e de rompante entra a polícia da Frelimo e confisca toda a aparelhagem. A argumentação era que ali existia um ambiente promíscuo e se desenvolvia a cultura anti-moçambicana, como era considerado o Rock e isso prevertia a juventude moçambicana que deveria levar outros caminhos.
Bem, tivémos de reunir todas as facturas da Somorel onde tínhamos comprado os Marshall e as Fender e a Yamaha, e o baixo Hofner igual ao do Paul McCartney, para recuperarmos todo o material. Decidimos então vir para Portugal. Como não podíamos trazer dinheiro (que também não valeria nada) despachamos todo o equipamento por avião e no dia 18 de Agosto embarcámos para Lisboa. O Digno (John) ficou em Moçambique porque estava ainda a acabar o curso de medicina" continua Tony. "Quando chegámos fomos colocados num acampamento de retornados ali no Jamor. Tratei de levantar o equipamento no aeroporto e começei logo a tentar formar uma banda. Os novos Strolling Bones passam então a ser eu, o Chiquinho, o Ursulo, o Richard, o Nónó (viola solo e o Juca no sax. Logo em 77 conseguimos um contrato com o Casino do Estoril onde ficamos a tocar até 1982. Também em 77 fazem um cruzeiro no navio Funchal com Renato no solo pois john ficára em Moçambique a acbar o seu curso O Renatinho (teclas) também esteve connosco até 80 tendo depois sido substituído pelo Domingos. Entretanto o Juca também saíu. Aqui quero destacar um grande senhor que foi o Director Artístico do Casino do Estoril, Francisco Duarte e a quem muito devemos. Também à agência Interartes que sempre foram correctos e impecáveis. No Casino estávamos seis meses, depois íamos à Madeira e outros lados e um mês depois regressávamos. Estão juntos até 2003.
"Porém em Fevereiro de 76 estávamos a tocar no Dragão, ali junto à praia da Polana e do Camping, e de rompante entra a polícia da Frelimo e confisca toda a aparelhagem. A argumentação era que ali existia um ambiente promíscuo e se desenvolvia a cultura anti-moçambicana, como era considerado o Rock e isso prevertia a juventude moçambicana que deveria levar outros caminhos.
Bem, tivémos de reunir todas as facturas da Somorel onde tínhamos comprado os Marshall e as Fender e a Yamaha, e o baixo Hofner igual ao do Paul McCartney, para recuperarmos todo o material. Decidimos então vir para Portugal. Como não podíamos trazer dinheiro (que também não valeria nada) despachamos todo o equipamento por avião e no dia 18 de Agosto embarcámos para Lisboa. O Digno (John) ficou em Moçambique porque estava ainda a acabar o curso de medicina" continua Tony. "Quando chegámos fomos colocados num acampamento de retornados ali no Jamor. Tratei de levantar o equipamento no aeroporto e começei logo a tentar formar uma banda. Os novos Strolling Bones passam então a ser eu, o Chiquinho, o Ursulo, o Richard, o Nónó (viola solo e o Juca no sax. Logo em 77 conseguimos um contrato com o Casino do Estoril onde ficamos a tocar até 1982. Também em 77 fazem um cruzeiro no navio Funchal com Renato no solo pois john ficára em Moçambique a acbar o seu curso O Renatinho (teclas) também esteve connosco até 80 tendo depois sido substituído pelo Domingos. Entretanto o Juca também saíu. Aqui quero destacar um grande senhor que foi o Director Artístico do Casino do Estoril, Francisco Duarte e a quem muito devemos. Também à agência Interartes que sempre foram correctos e impecáveis. No Casino estávamos seis meses, depois íamos à Madeira e outros lados e um mês depois regressávamos. Estão juntos até 2003.
Em 2004 Volta a tocar com o Rui Silva, teclas, o Cerqueira, solo e o Armando Claro no baixo. Entretanto em Maio de 2005 o Rui Silva morre e o Braga volta. O Armando também sai e é substituído pelo Joca. Mantém-se até 2010 tocando aqui e ali e fazendo uma temporada no Hotel D. Carlos em Vilamoura, Algarve.
Tony fez as passagens dos anos de 2009 a 2011 fez com o Mário Sousa (solo), Zeca (baixo,ex. S.Remo) e o Luís Costa Pinto (teclas) integrado nos Night Stars (ver Onda Pop nº 24).
Tony fez as passagens dos anos de 2009 a 2011 fez com o Mário Sousa (solo), Zeca (baixo,ex. S.Remo) e o Luís Costa Pinto (teclas) integrado nos Night Stars (ver Onda Pop nº 24).
Em 2011 toca com o Ursulo (teclas) e o Joca (baixo). Em 2012 ainda entra o Gramasso para o sax e em 13 o Nónó . Em 2014 o Ursulo decide seguir carreira a solo e no fim do ano sai o Nónó para seguir outro projecto.
Neste momento os Strolling Bones mantém-se activos com o Tony Fernandes, o Joca, o Luís Monteiro e o Gramasso. Tony sempre trabalhou no Instituto de Medicina Tropical por onde se reformou, Richard faleceu em 1998, John está no Canadá, Ursulo prossegue uma carreira a solo tocando teclas em clubes, eventos e hotéis e o Chiquinho continua um grande músico, é professor de música e colaborou com os Black Mamba, Cool Hypnoise, Fernando Pereira, Lura, Afonsinhos do Condado, Sara Tavares, tantos outros e ùltimamente com Costa Neto. |
Mais uma vez aproveitámos a oportunidade de ter uma paquena "Notícia Pop" onde dávamos a informação que o grande conjunto "Thilo's Combo" ia terminar,e segundo as palavras de Thilo Krassman após muitos anos de convivência musicalos músicos também se cansam e querem partir para novos projectos.
Esta é pois , a nossa oportunidade para destacar e homenagear aquele que foi um dos mais importantes conjuntos portugueses dos anos 60 em Portugal.
George Thilo Krassman nasceu em Bremen em 16 de Abril de 1935
Thilo Krassman era um "gigante" alemão que veio para Portugal em 1957 visitar o seu amigo Siegfried Sugg (acordeonista) que representava a fábrica alemã de instrumentos musicais "Hohner", fábrica fundada em 1857 pelo relojoeiro Matthias Hohner para começar a produzir harpas de boca de 10 furos um desenvolvimento avançado do instrumento chinês Sheng já com 5 mil anos. A Hohner passou a fabricar harmónicas e acordeons, tendo grande sucesso a partir dos anos 50 quando se dá um boom nos Estados Unidos onde a harmónica começa a ser fundamental no desenvolvimento dos Blues e do Rock.
Thilo começa por dar aulas de acordeon numa das mais importantes casas de instrumentos musicais de Lisboa, a casa Gouveia Machado. Aí muitos músicos se encontravam e conta-nos Daniel Bacelar que por vezes aí ficava conversando com Thilo e que o considerava uma excelente pessoa sempre pronto a ajudar.
Entretanto Thilo não fica parado e junta-se a um dos maiores conjuntos de harmónicas do final dos anos 50, os "Manos Alexandre", conjunto que já ganhara imensos prémios, tendo actuado pela Europa nomeadamente na Televisão Francesa e no célebre Cabaret Pigalle em 1952. Venceram ainda no Campeonato de Mundo de Harmónicas de 1955 o Grande Prémio de Honra de Harmónica Distónica.
Também participaram em 57 como convidados no Centenário da Fábrica Hohner ao lado de grandes nomes como Larry Adler e o Trio Raisner. Muito poucos se lembrarão, certamente do sucesso que eles tiveram pelos anos 40 quando pertenciam à famosa Orquestra Aldrabófona.
Gravou com os "Manos Alexandre, de que vos propomos "Sem Palavras" de Siegfried Sugg e "Festas Populares" de Nuno Meireles, com a Onda Pop festejando esta época dos Santos Populares.
Esta é pois , a nossa oportunidade para destacar e homenagear aquele que foi um dos mais importantes conjuntos portugueses dos anos 60 em Portugal.
George Thilo Krassman nasceu em Bremen em 16 de Abril de 1935
Thilo Krassman era um "gigante" alemão que veio para Portugal em 1957 visitar o seu amigo Siegfried Sugg (acordeonista) que representava a fábrica alemã de instrumentos musicais "Hohner", fábrica fundada em 1857 pelo relojoeiro Matthias Hohner para começar a produzir harpas de boca de 10 furos um desenvolvimento avançado do instrumento chinês Sheng já com 5 mil anos. A Hohner passou a fabricar harmónicas e acordeons, tendo grande sucesso a partir dos anos 50 quando se dá um boom nos Estados Unidos onde a harmónica começa a ser fundamental no desenvolvimento dos Blues e do Rock.
Thilo começa por dar aulas de acordeon numa das mais importantes casas de instrumentos musicais de Lisboa, a casa Gouveia Machado. Aí muitos músicos se encontravam e conta-nos Daniel Bacelar que por vezes aí ficava conversando com Thilo e que o considerava uma excelente pessoa sempre pronto a ajudar.
Entretanto Thilo não fica parado e junta-se a um dos maiores conjuntos de harmónicas do final dos anos 50, os "Manos Alexandre", conjunto que já ganhara imensos prémios, tendo actuado pela Europa nomeadamente na Televisão Francesa e no célebre Cabaret Pigalle em 1952. Venceram ainda no Campeonato de Mundo de Harmónicas de 1955 o Grande Prémio de Honra de Harmónica Distónica.
Também participaram em 57 como convidados no Centenário da Fábrica Hohner ao lado de grandes nomes como Larry Adler e o Trio Raisner. Muito poucos se lembrarão, certamente do sucesso que eles tiveram pelos anos 40 quando pertenciam à famosa Orquestra Aldrabófona.
Gravou com os "Manos Alexandre, de que vos propomos "Sem Palavras" de Siegfried Sugg e "Festas Populares" de Nuno Meireles, com a Onda Pop festejando esta época dos Santos Populares.
A Orquestra Aldrabófona tinha imensa popularidade, de tal forma que, nos dias da emissão radiofónica em directo e ao vivo, o autocarro em que a Orquestra viajava da Praça da Alegria para os Estúdios do Rádio Clube Português, na Parede, era seguido por um cortejo de automóveis com os seus inúmeros admiradores. |
Para sabermos mais sobre essa Orquestra Aldrabófona e os Manos Alexandre procurámos na "Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX" e não encontrámos nada, depois buscámos na "Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa" e o resultado foi semelhante.
Será que alguém alguma vez fará uma verdadeira enciclopédia, ou será que, como quase tudo em Portugal, as enciclopédias serão sempre feitas em cima do joelho, porque "para quem é bacalhau basta", como diz a expressão popular. E as falhas são muitas e não são só nestas.
Mas voltemos a Thilo Krassman.
Será que alguém alguma vez fará uma verdadeira enciclopédia, ou será que, como quase tudo em Portugal, as enciclopédias serão sempre feitas em cima do joelho, porque "para quem é bacalhau basta", como diz a expressão popular. E as falhas são muitas e não são só nestas.
Mas voltemos a Thilo Krassman.
Depois acabou por mudar-se para outro grande conjunto. O Conjunto de Helder Martins, um excelente pianista que mais tarde se mudará para África tendo desenvolvido grande parte da sua actividade em Moçambique, mas principalmente na África do Sul onde veio a falecer. Thilo Krassman também chegou a gravar com este grupo . |
Porém em 1962 acaba por formar o seu próprio grupo os Thilo's Combo formado por ele no Contrabaixo, Enrique Peiró no Piano, José Luís Simões, viola, Fernando Rueda na bateria e Victor Santos Sax. Enrique fica poucos meses no grupo e é substituído por Jorge Pinto (Jorginho) que ficará até ao final. Enrique entretanto acaba por ir para África e em Moçambique esteve algum tempo. Tocou com muitos músicos também na Rodésia (Onda Pop nº25), Swazilândia (Onda Pop nº15) e África do Sul.
Gravam 14 discos nesse periodo sendo o 1º o "Twist da Ronda". Escutemos então o Thilo's Combo em "Cantiga". |
Em 1964 ainda vai fazer uma temporada a Luanda e vem em Fevereiro para inaugurar a "boite" o Porão da Nau...
Mas o resto da sua carreira continuaremos a falar na próxima página na rubrica "Encore".
Mas o resto da sua carreira continuaremos a falar na próxima página na rubrica "Encore".
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Com cinco décadas de carreira e prestes a completar 70 anos de idade, Gal Costa não pára. A cantora baiana, díscípula da Bossa Nova, já foi estrela do movimento Tropicália nos anos 60, símbolo da contracultura nos anos 70, raínha pop da rádio nos anos 80, diva da MPB nos 1990 e 2000, acaba de lançar um novo álbum - "Estratosférica".
Chama-se Maria da Graça, e foi com esse nome que gravou o seu 1º disco. Com 14 anos ouviu pela 1ª vez um rapaz, também baiano, que cantava tão bem e diferente, que um mundo inteiro se abriu para aquela menina. O rapaz baiano era só João Gilberto, cantando "Chega de Saudade". |
Ainda não tinha 20 anos quando conheceu outro baiano, também fã de João Gilberto e que compusera uma canção de homenagem ao mesmo, "Sim, Foi Você". Com esse gosto em comum, passaram horas repetindo os versos dessa canção. Este novo baiano era nada mais, nada menos que Caetano Veloso e essa música foi a primeira gravação de Maria da Graça e o nome de guerra Gal só apareceria pela primeira vez dois anos depois no LP "Domingo", que ela divide com Caetano Veloso.
Mas na sua primeira gravação estávamos em 1965 e cinco décadas separam-nos deste novo disco de canções inéditas de uma série de compositores da nova geração, como Pupillo, Junio Barreto e Céu que compuseram a canção que dá título a este novo trabalho de Gal Costa. Também Criolo, em parceria com o grande Milton Nascimento, contribui com uma canção para este álbum, "Dez Anjos", assim como o filho mais velho de Caetano Veloso e Paula Lavigne, Zeca Veloso, que escreveu a melodia de "Você Me Deu", com letra do seu pai.
Essa nova geração de compositores, que contribuíu em "Estratosférica", ainda inclui Mallu Magalhães, Marcelo Camelo, Lira, Arthur Nogueira, Thalma de Freitas, Jonas Sá, Rogê, Domenico Lancellotti e Alberto Continentino.
Gal Costa vive um momento super-activo na sua carreira, pois para além do lançamento deste novo álbum, ela está a correr o Brasil com dois espectáculos: "Ela Disse-me Assim", dedicado à obra do gaúcho Lupicínio Rodrigues e "Espelho D'Água", em que mostra os grandes clássicos que ela mesmo imortalizou.
Gal promete muito trabalho pela frente quando nos diz: "Nada do que fiz por mais feliz que tenha sido, está à altura do que ainda há por fazer".
Entretanto contentemo-nos com "Dez Anjos" deste novo álbum e aguardemos pelo que ela promete fazer no futuro. Ah, Índia!
Mas na sua primeira gravação estávamos em 1965 e cinco décadas separam-nos deste novo disco de canções inéditas de uma série de compositores da nova geração, como Pupillo, Junio Barreto e Céu que compuseram a canção que dá título a este novo trabalho de Gal Costa. Também Criolo, em parceria com o grande Milton Nascimento, contribui com uma canção para este álbum, "Dez Anjos", assim como o filho mais velho de Caetano Veloso e Paula Lavigne, Zeca Veloso, que escreveu a melodia de "Você Me Deu", com letra do seu pai.
Essa nova geração de compositores, que contribuíu em "Estratosférica", ainda inclui Mallu Magalhães, Marcelo Camelo, Lira, Arthur Nogueira, Thalma de Freitas, Jonas Sá, Rogê, Domenico Lancellotti e Alberto Continentino.
Gal Costa vive um momento super-activo na sua carreira, pois para além do lançamento deste novo álbum, ela está a correr o Brasil com dois espectáculos: "Ela Disse-me Assim", dedicado à obra do gaúcho Lupicínio Rodrigues e "Espelho D'Água", em que mostra os grandes clássicos que ela mesmo imortalizou.
Gal promete muito trabalho pela frente quando nos diz: "Nada do que fiz por mais feliz que tenha sido, está à altura do que ainda há por fazer".
Entretanto contentemo-nos com "Dez Anjos" deste novo álbum e aguardemos pelo que ela promete fazer no futuro. Ah, Índia!
'The Who' iniciam a sua formação em 1959, quando Pete Townshend e John Entwistle formam o seu primeiro conjunto na Action County School, 'The Confederates', com Pete dedilhando banjo e John tocando uma tuba francesa. Um ano mais tarde Roger Daltrey entra também para essa escola, aonde começa a fabricar as suas próprias guitarras e forma também, um conjunto de Skiffle - 'The Detours', para o qual convida John Entwistle para tocar baixo, que por sua vez sugere Pete Townshend para a guitarra.
Em 1964, mudam o nome para 'The Who' e recrutam Keith Moon para a bateria. O manager do grupo, Peter Meaden, consegue um contrato para a gravação de um disco single, "I'M The Face/Zoot Suite", mas muda-lhes o nome para 'The High Numbers', mas não consegue entrar no Top 40. |
'The High Numbers' ainda tiveram oportunidade de aparecer no programa "The Beat Room" da BBC-TV, em 24 de Agosto de 1964, durante o qual also make their TV début on BBC-TV’s The Beat Room. Numa apresentação no Railway Hotel em Harrow, Pete Townshend quebrou a sua guitarra acidentalmente e frustado começou a destruí-la totalmente. Na semana seguinte no mesmo local, Keith Moon destroi a sua bateria para demonstrar em público a sua solidariedade para com Pete. Este tipo de evento passou a ser uma imagem de marca obrigatória para
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as actuações ao vivo dos 'The Who', destruir a guitarra e às vezes a bateria levava a audiência ao rubro.
Em Novembro desse ano, voltaram a utilizar o nome 'The Who' e gravaram o seu primeiro grande sucesso,
"I Can't Explain" (8º lugar no Reino Unido).
Em Novembro desse ano, voltaram a utilizar o nome 'The Who' e gravaram o seu primeiro grande sucesso,
"I Can't Explain" (8º lugar no Reino Unido).
Depois deste disco foram editados 50 singles que entraram em várias paradas mundias até 2012, entre eles "My Generation", "Substitute", "I'M A Boy", "Happy Jack", "Pictures Of Lily", "Pinball Wizard", "Squeeze Box", "You Better, You Bet", etc, etc.
Em 2014 editam mais um single inédito, "Be Lucky".
Em 2014 editam mais um single inédito, "Be Lucky".
A história deste conjunto começou no final dos anos 50, quando "os Dozies", como são agora carinhosamente chamados, se reuniram a partir de vários outros conjuntos da área de Salisbury. Trevor Davies (Dozy), então membro de 'The Beatnicks', conheceu Ian Amey (Tich) e o persuadiu a deixar seu grupo Eddy and The Strollers, para se juntar aos Beatnicks. Poucos meses depois, David Harman (Dave Dee) dos 'Coasters and Boppers' entrou para o grupo e Tich aproximou-se de seu colega de escola John Dymond (Beaky), que era membro dos 'Big Boppers', a participar no novo conjunto, que estavam a criar - Ronnie Blonde and The Beatnicks.
Ronnie Blonde and The Beatnicks começam a fazer digressões pela região, tocando clássicos do Rock. Uma noite Ronnie (o vocalista) não apareceu para o show e Dave Dee teve que assumir a vocalização do conjunto nesse espectáculo. A partir dessa noite Dave Dee passou a ser o vocalista principal do grupo.
O grupo mantinha-se coeso, excepto em relação aos bateristas que mudaram várias vezes até Dezembro de 1961, quando encontraram Michael Wilson (Mick) e decidiram mudar o nome para Dave Dee & The Bostons. |
Nesta altura os rapazes já tinham desistido dos seus empregos, como pintores ou mecânicos de automóveis, para seguirem uma carreira profissional na música. Dave Dee era polícia e foi ele que tomara conta da ocorrência no local do acidente de automóvel que vitimou Eddie Cochram e deixou ferimentos graves em Gene Vincent, a 17 de Abril de 1960. Foi ainda Dave Dee que, após a ambulância chegar, imediatamente foi guardar a guitarra de Cochram na esquadra, para depois a enviar para a família do malogrado cantor.
Nessa época, 1962/63, era difícil arranjar clubes ou pubs onde pudessem tocar regularmente e por isso, tal como The Beatles e outros conjuntos, foram para a Alemanha tocar nos "Top Ten Clubs" em Hannover e em Hamburgo.
1964 tornou-se um ano crucial para eles, embora tivesse começado preocupante, pois os outros conjuntos que tocavam nos clubes de Hamburgo e Hannover já tinham assinado contratos para tocarem na Grã-Bretanha e alguns até já tinham gravado discos... e eles não tinham nenhuma proposta até então.
Mas pelo menos eles foram agendados para a temporada inteira de verão no "Butlins", estância de férias em Clacton-on-Sea.
Numa das suas folgas às quintas-feiras, foram agendados para um show em Swindon para fazer a primeira parte da actuação dos já famosos The Honeycombs, que tinham acabado de liderar as paradas.
Alan Blaikley, um dos gerentes dos 'Honeycombs' foi assistir ao show e ficou muito impressionado.
Alan Blaikley e o seu parceiro Ken Howard perceberam o potencial da banda e tornaram-se os seus managers e compositores, começando por mudar o nome para Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick & Tich, que eram na verdade as alcunhas com que eram conhecidos.
O grupo caíu na gargalhada - mas funcionou: os disc jockeys tinha ataques de riso dizendo os vários nomes na sequência correcta e foi fácil ficarem na memória por esse seu novo nome extravagante.
Seguiu-se uma nova imagem do grupo e um contrato de gravação com a editora Fontana e os êxitos dispararam pelos vários hit-parades mundiais.
Em 1966, o seu 4º single - "Hold Tight" entra para o top 10 britânico, após os três primeiros singles terem atingido o top 40.
Nessa época, 1962/63, era difícil arranjar clubes ou pubs onde pudessem tocar regularmente e por isso, tal como The Beatles e outros conjuntos, foram para a Alemanha tocar nos "Top Ten Clubs" em Hannover e em Hamburgo.
1964 tornou-se um ano crucial para eles, embora tivesse começado preocupante, pois os outros conjuntos que tocavam nos clubes de Hamburgo e Hannover já tinham assinado contratos para tocarem na Grã-Bretanha e alguns até já tinham gravado discos... e eles não tinham nenhuma proposta até então.
Mas pelo menos eles foram agendados para a temporada inteira de verão no "Butlins", estância de férias em Clacton-on-Sea.
Numa das suas folgas às quintas-feiras, foram agendados para um show em Swindon para fazer a primeira parte da actuação dos já famosos The Honeycombs, que tinham acabado de liderar as paradas.
Alan Blaikley, um dos gerentes dos 'Honeycombs' foi assistir ao show e ficou muito impressionado.
Alan Blaikley e o seu parceiro Ken Howard perceberam o potencial da banda e tornaram-se os seus managers e compositores, começando por mudar o nome para Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick & Tich, que eram na verdade as alcunhas com que eram conhecidos.
O grupo caíu na gargalhada - mas funcionou: os disc jockeys tinha ataques de riso dizendo os vários nomes na sequência correcta e foi fácil ficarem na memória por esse seu novo nome extravagante.
Seguiu-se uma nova imagem do grupo e um contrato de gravação com a editora Fontana e os êxitos dispararam pelos vários hit-parades mundiais.
Em 1966, o seu 4º single - "Hold Tight" entra para o top 10 britânico, após os três primeiros singles terem atingido o top 40.
Os êxitos foram-se sucedendo, 'Hideaway', 'Bend It' (num estilo musical grego), 'Save Me' (num estilo latino), 'Okay' e passaram a ter mais influência sobre os arranjos musicais das composições de Blaikley e Howard, assim começaram a incluir instrumentos de cordas e sopros e a sua ousadia acústica não tinha limites, como aconteceu no single seguinte: "Zabadak", onde usaram verdadeiros tambores africanos e outros instrumentos africanos, para além de sons da selva e até inventaram uma linguagem supostamente africana, "gobbledegook", para a canção. Ainda misturaram esses sons tropicais com coros dos sobrepostos dos "The Herd" e dos "Family Dogg", tornando essa canção extremamente popular e atingindo lugares de realce nas paradas mundiais, em 1967. Reparem nos instrumentos do vocalista Dave Dee em "Zabadak" e em "The Legend Of Xanadu" (num estilo latino misturando o flamengo espanhol e os mariachi mexicanos).
Os sucessos não pararam e seguiram-se "Don Juan" (que a Onda Pop convida a cantar em conjunto conosco), "Last Night In Soho", "Wreck Of The Antoinette", "Snake In The Grass" (o último single do grupo com Dave Dee como vocalista), visto que este decidira seguir uma carreira a solo, encorajado pelo seu trabalho como co-apresentador do famoso programa da TV alemã - "Beat Club".
Essa cisão no grupo fez com que nem o sucesso de Dave Dee a solo ("My Woman's Man"), nem o do grupo sem ele (Dozy, Beaky, Mick & Tich - "Tonight Today", fossem relevantes, bem como a tentiva de se juntarem todos novamente e gravarem o single "She's My Lady", em 1974.
Essa cisão no grupo fez com que nem o sucesso de Dave Dee a solo ("My Woman's Man"), nem o do grupo sem ele (Dozy, Beaky, Mick & Tich - "Tonight Today", fossem relevantes, bem como a tentiva de se juntarem todos novamente e gravarem o single "She's My Lady", em 1974.
Quer Dave Dee a solo, quer o grupo como Dozy, Beaky, Mick & Tich continuaram activos até aos anos 2000, embora estes com várias alterações na sua formação original. Fizeram tournées e gravaram diversos discos, mas em 2009 Dave Dee faleceu e em Fevereiro deste ano foi a vez de Dozy nos deixar também.
O sucesso dos Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick & Tich fala por si: 16 milhões de discos vendidos entre 1965 e 1968, alguns discos de prata e ouro, e, na verdade, 141 semanas nas paradas, enquanto os Beatles só ficaram 139 no mesmo período.
O sucesso dos Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick & Tich fala por si: 16 milhões de discos vendidos entre 1965 e 1968, alguns discos de prata e ouro, e, na verdade, 141 semanas nas paradas, enquanto os Beatles só ficaram 139 no mesmo período.
INSTANTÂNEO - JAMES LAST
INSTANTÂNEO - JAMES LAST
O lider/maestro de orquestra e compositor alemão James Last, famoso por seus arranjos de músicas populares, morreu aos 86 anos de idade, na Flórida, no passado dia 9 de Junho.
James Last vendeu mais de 80 milhões de discos em todo o mundo e era mais conhecido pelos seus sucessos populares no estilo de big band. A sua marca registrada de "sons felizes" inclui uma batida forte de dança, ruídos da multidão e gargalhadas misturadas com as músicas. O seu primeiro álbum, intitulado "Non Stop Dancing" , foi lançado em 1965. Nascido na cidade alemã de Bremen, Last era originalmente um pianista, mas depois da Segunda Guerra Mundial começou uma carreira musical que durou cerca de seis décadas. A sua última digressão artística, "Non-Stop Music", terminou em Abril de 2015, em Colónia, a qual ele tinha determinado ser a sua última tournée. |
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Esta é a prova que "You're Much Too Proud/Let Me Live My Life" de Os Inflexos chegou a ser editado em single, como "The Inflexibles", pela gravadora "Coronet", gentileza do seu baterista e amigo Carlos Alberto Silva.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Abracadabra quase sem querer meteu-se na política americana, pois por efeitos mágicos descobriu ligações comunistas com 'The United States Of America'.
The United States Of America foi um conjunto americano de rock experimental e psicadélico formado em 1967 por Joseph Byrd (harpa eléctrica, orgão, piano e sintetizadores); Dorothy Moskowitz (vocalista); Gordon Marron (violino eléctrico); Rand Forbes (baixo) e Craig Woodson (bateria e percussão). Ed Bogas também tocou orgão e piano no único álbum que gravaram e tornou-se membro efectivo do grupo durante a primeira e única digressão dos United States Of America.
Joseph Byrd era o líder do grupo e quis formar um conjunto e gravar um álbum que aliasse música avant-garde com Rock político, estéticamente combinando som electrónico com radicalismo político e arte activista.
Durante os anos 1960, Byrd foi atraído polìticamente para o Partido Comunista, explicando que era "o único partido que tinha disciplina, uma agenda de trabalho e estava disposto a trabalhar dentro das instituições existentes para educar e radicalizar a sociedade americana."
A canção "Love Song For The Dead Ché", incluída neste álbum, reflete essas idéias. A Columbia Records originalmente queria que esse título fosse alterado devido às suas implicações políticas, mas depois manteve o título da canção.
O álbum está cheio de referências à obsessão de Byrd pelos velhos tempos da música americana, como o Jazz e Dixieland:
1. - "The American Metaphysical Circus" (Joseph Byrd)
2. - "Hard Coming Love" (Byrd, Dorothy Moskowitz)
3. - "Cloud Song" (Byrd, Moskowitz)
4. - "The Garden Of Earthly Delights" (Byrd, Moskowitz)
5. - "I Won't Leave My Wooden Wife for You, Sugar" (Byrd, Moskowitz)
6. - "Where Is Yesterday" (Gordon Marron, Ed Bogas, Moskowitz)
7. - "Coming Down" (Byrd, Moskowit)
8. - "Love Song For The Dead Ché" (Byrd)
9. - "Stranded In Time" (Marron, Bogas)
10. - "The American Way Of Love"
1. "Metaphor For An Older Man" (Byrd)
2. "California Good time Music" (Byrd)
3. "Love Is All" (Byrd, Moskowitz, Rand Forbes, Craig Woodson, Marron)
O único tour que fizeram foi para fazer a primeira parte do show dos The Troggs e provou não ter sido uma decisão feliz, pois o público afecto aos Troggs não seria certamente o público que 'The United States Of America' pretenderia atingir e assim, logo a seguir à digressão, o conjunto reduziu-se a pó, deixando mesmo assim um legado musical e estético, que tem sido aproveitado por conjuntos actuais, como os 'Portishead' e os 'Animal Collective', entre outros.
O realce da Parada de Onda Pop desta semana vai para um conjunto de Rock americano, com fortes influências do Blues e da música tradicional do Texas - 'Sir Douglas Quintet', esta semana classificado em 2º lugar, com a canção "Mendocino".
'Sir Douglas Quintet' foi formado por Doug Sahm, em 1964, um veterano do Country que se juntou ao seu amigo de longa data, Augie Meyers, e a Jack Barber, Frank Morin e Johnny Perez para formar o quinteto, que durou até 1973.
Em 1965, obtiveram o seu primeiro grande êxito com "She's A Mover", uma composição do próprio Doug, assim como esta canção, "Mendocino", que atingiu lugares cimeiros em vários hit-parades europeus, mas só atingiu a 27ª posição no hit-parade americano.
Em 1989, Doug Sahm e Augie Meyers voltaram a formar um conjunto de Rock e Country, The Texas Tornados, de que faziam também parte o conhecido mexicano-texano Freddy Fender e Flaco Jimenez, e que actua até aos dias de hoje.
'Sir Douglas Quintet' foi formado por Doug Sahm, em 1964, um veterano do Country que se juntou ao seu amigo de longa data, Augie Meyers, e a Jack Barber, Frank Morin e Johnny Perez para formar o quinteto, que durou até 1973.
Em 1965, obtiveram o seu primeiro grande êxito com "She's A Mover", uma composição do próprio Doug, assim como esta canção, "Mendocino", que atingiu lugares cimeiros em vários hit-parades europeus, mas só atingiu a 27ª posição no hit-parade americano.
Em 1989, Doug Sahm e Augie Meyers voltaram a formar um conjunto de Rock e Country, The Texas Tornados, de que faziam também parte o conhecido mexicano-texano Freddy Fender e Flaco Jimenez, e que actua até aos dias de hoje.