ONDA POP
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Onda Pop

A primeira publicação periódica sobre música pop-rock em todo o Portugal (Continental, Insular e Ultramarino).

Semanalmente aos sábados no maior jornal de Moçambique - o "Notícias" de Lourenço Marques, desde 31 de Agosto de 1968.


Onda Pop
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- JORGE MONTENEGRO (aka ANTÓNIO MONTENEGRO)

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Dia 11 de Maio de 2015, recebemos pela voz ainda em choque de Carlos Melo a triste notícia de que o nosso querido amigo Jorge Montenegro nos deixara na Terra, mas sabemos que uma nova estrela ficará brilhando eternamente no Universo.



​Damos seguimento à publicação na íntegra da sua histórica missiva, que estamos divulgando e a qual ele assina e dedica a todos os músicos e amigos e que aqui continuamos a transcrever como uma sua última mensagem para todos nós:


Fase 5 :
Regresso à Rodésia (Zimbabwe)
 
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Com um esgotamento físico e mental, nessa fase da minha vida pessoal, decidi voltar para a Rodésia para me curar.
Quanto à carreira musical era tempo de reflectir e pensar os próximos passos. Era-me evidente que o “Conceito de Banda” estava ultrapassado. Os músicos que ali conhecia estavam sujeitos  a ter de tocar o que era ditado pelo género musical que era esperado pelos fans e  público. Decidimos então o seguinte:
Formámos um grupo de trabalho entre os músicos, com a seguinte composição:
Jorge Montenegro; Neil Fox; David Greenwood; Johnny Krueger; Nick Piccard e Barney Heldsinger. Acordámos em trabalhar “fora das estritas barreiras” impostas pelas respectivas bandas, e concordámos em operar numa base de “Freelance”, trabalhador independente, por assim dizer, quando e onde surgisse a oportunidade. Esta solução permitia-nos trabalhar nos nossos projectos individuais. Foi o melhor compromisso que poderia obter!

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Esta colaboração provou ser um “salto quântico” no meu vocabulário musical: com este calibre de músicos compusemos mudanças de andamento, mudanças de armação de clave, dinâmicas na exploração de compassos 5/4; 10/4; 7/8 etc, tudo experiências entrelaçadas… e a partir de então tinha chegado ao meu Mundo Novo.

Estava a colaborar com várias bandas residenciais no George Hotel, em que entrava e saía conforme me conviesse, porque não pretendia um compromisso duradouro.

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Acontece que fui incorporado nas Forças Armadas da Rodésia, no sector de “Segurança Interna” o que causou a interrupção da minha carreira de arquitectura assim como das actividades musicais. Mas acabei por conseguir juntar-me a Tony Hulley dos Why e formar “SARATOGA”. Depois dos “Holy Black” nós estávamos a ter boa aceitação e a ter grande procura para vários géneros de acontecimentos. Consegui até dispensa para estar presente na Feira principal de Bulawayo como director musical!

SARATOGA seria a minha última banda antes de me mudar para a República da África do Sul. Esta banda era tratada com estatuto de super grupo, com muitos elogios e  avião privado para deslocação aos resorts do grupo do  Southern Hotel. Devido ao impasse da situação política e à oferta para entrar na MV3 Architects em Pretória, África do Sul, decidi aceitar e assim acabei por partir para aquele país.

Fase 6:
África do Sul
"Começo por referir os instrumentos que fui adquirindo e que fizeram parte do meu estúdio: Korg X3 (substituindo o Hammond, como pacote portátil), Piano acústico, Clavinet Hohner; Piano Electro acústico Kawai; Sintetizador Roland SH; Roland Juno 60; Roland Jupiter 6; Korg DW6000; Fostex A8; Yamaha DX7; Guitarra electro acústica Ovation.

A África do Sul  representou uma tarefa intimidante para mim, inicialmente sem instrumentos próprios. Em segundo lugar a minha nova função  profissional em Pretória, era muito exigente no que diz respeito ao tempo que me absorvia.

Foi portanto necessário um interregno. Foram tempos frustrantes, mas gradualmente comecei a investigar e ler sobre as últimas tecnologias e tendências através de reputáveis revistas americanas e inglesas. Ambiência sonora  “A-La-Pink Floyd”com sons de fundo electrónicos vastos, Genesis, Yes (Rick Wakeman) ELP.

Ouvi o grupo holandês “Focus”(ainda na Rodésia) com Thys Van Leer em teclas/flauta e Ackarman na guitarra com o álbum Moving Waves…daí até ao “Shine on your crazy diamonds” dos Pink Floyd, isso veio a significar uma completa revolução na direcção das minhas influências musicais (Post Progressive)! John Lord (Deep Purple) na melhor interpretação de sempre no Hammond B3. Soube então que a tecnologia estava prestes a poder trazer-nos todos esses sons clássicos em instrumentos compactos mais acessíveis.

Deste modo, graças ao KORG CX3 consegui reproduzir os sons do Hammond num instrumento compacto (vejam a foto do meu estúdio) e gradualmente vim a construir de novo uma ambiência sonora numa era de tecnologia análoga! Em seguida surge uma nova revolução quando adquiri o primeiro sintetizador 100% digital, o clássico Yamaha DX7, que em breve me desapontou com os sons demasiado clínicos, acostumado como estava aos sons cheios análogos dos meus sintetizadores Juno e Jupiter.

“EXTENSION 5”-. Pedro Rocha contactou-me para me juntar à sua banda. Foi uma contrariedade porque tive que trabalhar quase todas as participações individuais. A banda estava envolvida principalmente em tocar com os “artistas” da comunidade portuguesa. Não tinha dúvidas de que as “bandas” para mim eram coisa do passado e eu queria criar a minha própria “marca sónica”.

Comecei a tocar como “ONE MAN BAND” quando adquiri uma máquina Korg de percussão, pedais de baixo, etc. Lembro-me que o grande amigo Rodrigo Pombeiro e a sua mulher Adélia eram  meus fans entre os espectadores. Faço aqui uma nota para indicar que tudo isto aconteceu antes da implementação do MIDI (Musical Instrument Digital Interface). Graças aos inventores do Protocolo MIDI (David Smith: circuitos sequenciais), finalmente eu podia ser a minha própria banda e orquestra. Tive então como convidados  o estupendo baterista Harry Fotopoulos e Frakky Costa no bouzouki, (instrumento tradicional grego) o que me permitiu de novo reviver compassos 5/4 e 9/8  e mudanças complexas de andamentos.

Em Rocky Street, uma área distinta onde músicos, escritores e outros artistas se juntavam em  bares e cafés, vim a encontrar Isio Gross, um eminente pianista brasileiro que me convidou a improvisar, com a sua banda. Apresentou-me a Bruce, que tocava saxofone e sintetizador de sopro e outros instrumentos de sopro, e através de quem aprendi então bastante na escrita para instrumentos desse tipo. Bruce Cassidy foi membro original dos “BLOOD SWEAT AND TEARS”, a famosa banda americana de soul e blues! No começo não tive noção de quem era até que Isio me fez notar. Um músico muito capaz e humilde com quem tive o privilégio de me cruzar!

As influências continuaram com Tangerine Dream, até que surge o grande acontecimento ao ouvir Spyro Gyra. Foi o princípio da minha paixão actual: FUSION JAZZ. E afirmo que não há limite de idade para tocar Jazz, ponto final. Adquiri um Roland D50 um sintetizador híbrido com o sinal sonoro certo, que seria de outro modo impossível de reproduzir com os sintetizadores convencionais.

Em retrospectiva, aquele período na África do Sul acabou por ser desapontante, porque acabei por não tocar de novo a minha música complexa! Por inerência ou cultura os músicos estão acostumados a tocar em 4/4 ou 3/4… tal como no velho ditado: “Se não consegues sentir, não o consegues tocar."

Fase 7:
Australásia (Austrália-Singapura-Hong Kong-Taiwan)

Instrumentos: Vários, fornecidos pelos Concessionários (sem equipamento pessoal)

"Encontro com “Crowded House” na chegada a Melbourne, estado de Vitória, no Sudeste da Austrália. Através do concessionário local tive um convite para visita aos bastidores e espectáculos desta banda de sucesso da Nova Zelândia. Foi surpreendente estar em contacto com estes músicos de show e assim, sem compromissos, vim a participar como convidado quando a banda tocava!

Mas, no plano profissional, o meu trabalho de arquitectura na conceituada empresa “Muldrums Burrows” tinha uma responsabilidade tal que não me permitia qualquer outro envolvimento sério com a música. Com esta firma fui colocado em serviço nas várias delegações que possuíam na Australasia, como em Hong Kong, Singapura e Taiwan.

HONG KONG era uma placa de distribuição importante da Korg, Yamaha e Roland, pelo que felizmente, com todas as referências do concessionário australiano, à chegada tinha praticamente instrumentos à disposição, os que e quando deles necessitasse! Por isso fiz demonstrações para o consórcio de um certo  número de equipamento que era novidade… interagindo com bandas em actuações locais, a maioria em hotéis, que eram bem divertidas…

SINGAPURA estava incluída no grupo concessionário, mas com uma diferença. Finalmente conheci o grupo Japonês de “fusion ou jazz fusion” “Casiopea”, que fazia actuações em diversos locais, e como estávamos a apoiar a Yamaha consegui interagir com a banda, e tenho de admitir que eram humildes, mas ao mesmo tempo grandes músicos.

Em Singapura aconteceu-me uma experiência pessoal e uma resposta à minha Procura constante: A razão da minha existência!

Aí, inesperadamente, obtive a resposta: surge a inspiração para “ I Lived My Life in One Minute” ( Vivi a Vida num Minuto). Foi o tempo que demorou esse “Momento Mágico”, que pretendo gravar no futuro.

TAIWAN  Em Taipé o modelo foi diferente e só consegui permanecer um mês antes de regressar aos escritórios centrais. Contudo encontrei bastante talento nestes jovens chineses.

De regresso a Melbourne recebi um convite de um ex-colega que era agora sócio da firma “Tony de Leo Architects”, de modo que decidi  ir para Perth (Austrália Ocidental).

Em Perth, por mero acaso, reencontro Terry Heyden, ex-colega no grupo Saratoga, e acabámos por formar um duo INDABA, com um impacto razoável para aqueles tempos! Comprei um piano digital Roland RD300, e obtive os sons que pretendia.

Com a chegada da recessão mundial tive depois um convite da África do Sul que aceitei, num contrato como consultor na Câmara Municipal de Joanesburgo.

Na minha humilde opinião a música gravada é como “comida em lata”! Depois de um tempo torna-se estéril e quase sem vida! A espontaneidade, a emoção, a captura “desse momento” pode melhor ser experimentada numa actuação AO VIVO.

Esta afirmação que faço é para registar IDEIAS, que não quero perder e que têm como objectivo ser transmitidas a outros colaboradores."

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NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
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O novo álbum de Ringo Starr, chama-se "Postcards From Paradise" e foi posto no mercado no passado mês de Abril. 

Paul McCartney cria sempre uma onda de comentários  e expectativas sempre que lança um novo álbum, mas Ringo Starr fica um pouco à margem, lançando discos e fazendo tours para um público menor, mas dedicado. Starr não tem ilusões de que pode de repente ter um Top 10. Ele sempre esteve e está feliz por ser um músico de trabalho, que é tudo o que ele sempre quis ser. 
Afinal, ele sempre foi um músico tocando em conjuntos antes de ser um dos Beatles. Um começo que ele celebra em "Rory & The Hurricanes", a faixa de abertura de "Postcards From Paradise", o seu 18º álbum de estúdio a solo. 
"Rory & The Hurricanes" faz parte de uma longa lista de músicas autobiográficas, que tem criado nos últimos tempos.
Este novo álbum, de 2015, está ancorado na sua actual All Starr Band - Steve Lukather (guitarrista, ex-Toto), Todd Rundgren (guitarrista, ex-Nazz), Gregg Rolie (teclista, ex-Santana), Richard Page (ex-Mr. Mister), Warren Ham (ex-Ham Brothers/Bread) e Gregg Bissonette (David Lee Roth/Steve Vai) . 
"Postcards From Paradise" foi produzido por Ringo Starr e gravado no seu estúdio caseiro em Los Angeles e, como sempre, caracterizado pela presença e contribuição de amigos e familiares. Como Ringo diz muitas vezes: "Se eu estiver a gravar e você estiver na cidade e aparecer, você vai estar presente nesse álbum!" Artistas convidados do álbum incluem: Joe Walsh, Benmont Tench, Dave Stewart, Ann Marie Simpson, Richard Marx, Amy Keys, Peter Frampton e Nathan East, da banda de Jazz - "Fourplay", (entre outros, como os produtores e compositores Glen Ballard e Van Dyke Parks).

Eis a lista das faixas de "POSTCARDS FROM PARADISE":

1. Rory And The Hurricanes
2. You Bring The Party Down
3. Bridges
4. Postcards From Paradise
5. Right Side Of The Road
6. Not Looking Back
7. Bamboula
8. Island In The Sun
9. Touch And Go
10. Confirmation
11. Let Love Lead

No passado dia 18 de Abril de 2015, Ringo Starr foi indigitado para o "Rock and Roll Hall of Fame" em Cleveland, nos Estados  Unidos, pela sua carreira a solo, ficando assim, como os três outros Beatles, indigitado por duas vezes  (a solo e como integrante dos Beatles). 
Ringo Starr foi indigitado na cerimónia de entrega do galardão, pelo seu amigo Beatle, Paul McCartney, que após a entrega do prémio foi tocar com ele, e com todos os outros indigitados de 2015, célebres canções que Ringo cantou e gravou enquanto Beatle.
O nosso agradecimento a Ringo pela excelsa música que nos tem proporcionado há mais de 50 anos. 
Assim deixamos aqui dois videos desse merecido momento de homenagem e glória. 
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           CILLA BLACK
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Priscilia Maria Veronica White nasceu a 27 de Maio de 1943 em Liverpool. Acaba pois de completar 0 seu 72º aniversário. Andando pelos lados da Cavern acabou por ser descoberta pelo manager dos Beatles e o seu primeiro disco foi mesmo uma composição de Paul McCartney, assinada Lennon/McCartney (como todas). Esta canção tinha sido apresentada pelos Beatles à discográfica Decca Records quando foram recusados por esta editora. "Love of the Lovers" apesar de vir de uma nova canora desconhecida atingiu o 35º lugar no Hit Inglês em 1963.

Interesantre saber que as canções apresentadas pelos Beatles à Decca Records fram rejeitadas por eles por acharem que o grupo não era grande "coisa" .Essas 10 canções foram gravadas pela 1ª vez em 1989 por Bas Muys num LP de nome "Secret Songs Lennon & McCartney. Em 1998 também o grupo australiano de tribut aos Beatles. The Beatnix as gravam no LP "It's For You". As 10 canções originais  foram recentemente num CD com o nome "I Saw Her Standing There".
George Martin foi o produtor de Cilla até 1973. Assim mal saíu nos Estados Unidos a grande canção de Bacharach e Hal David "Any one who Had a Heart" por Dionne Warwich, decidiu logo que seria um excelente cover para Cilla Black, e antes que o disco viesse do outro lado do Atlântico, gravou-o e atingiu o 1º lugar no Hit Britânico. Estavamos em Janeiro de 1964. Em 26 de Setembro de 2014 a canção voltou a atingir o Top 40 inglês desta vez da voz da cantora inglesa Sheridon Smith.
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Em 1984 inicia a apresentação do programa televisivo "Surprise Surprise"apresentação que só vem a terminar em 2001. Também em paralelo vai manter outro TV show, "Blind Date" que começou em 1985 e se manterá até ela decidir sair em 2003. Ganhou vários prémios da popularidade na TV, depois anda continua a participar em muitos programas como convidada, casos de "Loose Woman de 2009 a 2014, "Pakinson" e outros. EmOutubro de 2009 morre seu marido vítima de cancro e é o seu fgilho mais velho Robert quem passa a ser o seu Manager substituindo o pai. Em 2013 a ITV faz-lhe uma grande homenagem para comemorar os seus 50 anos de carreira. Cilla gravou mais de quinze albuns, entrou numa série de filmes e programas de TV onde ganhou grande popularidade, por isso não é de admirar que em 2014 tenha ganho o galardão Bafta que representa os oscares da Televisão, pelo mérito da sua carreira. 

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...E Mais um DESTAQUE - FESTIVAL LATINO DA CANÇÃO
                                            FUTURO FESTIVAL OTI
Em 1969 a Televisão Mexicana, Televisa, com o apoio do programa de divulgação de novos valores "Sempre ao Domingo" que iniciam um Festival internacional da canção Iberoamericana que tem o apoio do Ministério do Turismo mexicano. Neste primeiro festival participaram 15 países e a vitória, como anunciávamos na notícia foi para "Genesis" por Lucecita Benitez representando a televisão de Porto Rico. A RTP enviara António Calvário que conquistou o 4º lugar com uma música de Pedro Jordão, "Canção da Juventude". Todas as canções classificadas ganharam uma medalha de ouro.
O que nunca pensámos é que este Festival se iria tornar no Festival  das Organizações de Televisão Ibero Americanas. O ano seguinte ainda existiu como Festival Internacional da Canção Latina. Continuou na cidade do México no Teatro Ferrocarrileno e foi ganho em Março de 70 pelo Brasil, com Claúdia a cantar "Canção de Amor e Paz". Nesse ano foram 5 maestros dirigir a Orquestra, tendo as canções de Espanha,Itália;França e Portugal sido conduzida pelo maestro Caravelli. Em 71 o festival não se realiza porque se está já a preparar o Grande Festival da OTI (Organização de Televisões Iberoamericanas), agora com o suporte das diferentes televisões. A ideia era fazer algo semelhante ao Festival da Eurovisão. o Primeiro realiza-se em Espanha (Madrid) em 72 e é ganho por Claudia Regina e Tobias com a canção "Diálogo" do Brasil. Portugal concorre com Tonicha e "Glória, Glória, Aleluia" de José Cid e obtém o 6º lugar.
O Festival OTI ainda viveu 28 anos, mas os esquemas, golpes, invejas, corrupção de jurados e muito mais foram-no sempre minando. O México foi o único País que fazia um Festival da Canção para apurar a canção a ir ao Certame, mas logo de início os escândalos já o minavam , de tal forma que na primeira Gala em Madrid o México, o grande impulsionador, não concorreu. Portugal participou 22 vezes. Apenas uma vez o Fstival foi em Lisboa. Foi no Teatro S. Luís em 1987 apresentado por Aa Zanatti e Manuel Luís Goucha. A nossa canção foi "Não me Tires Esse Mar" de Carlos Mendes e José Jorge Letria defendida por Teresa Mayuko e nãochegou à final. As nossas melhores classificações foram obtidas em 78, "Na Cabana Junto à Praia" de e por José Cid - 3º , Em 84 "Vem no Meu Sonho" de e por Adelaide Ferreira - 2º , 93 "Onde Estás" de João Duque e Marco Quelhas interpretada por Anabela - 3º e em 98 "Quem Espera Desespera" de José Marino e António Pires cantada por Beto, também um 3º lugar.
O desinteresse das Editoras e das Televisões, aliados a todos os esquemas que iam afastando público e artistas ditou o seu final em 2000  apresentado em Acapulco . Espanha e México venceram o Festival 6 vezes cada, Argentina 4 e o Brasil 3.
Apresentamos um extrato de cada uma das canções vencedoras ao longo dos 28 anos do Festival OTI.


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           THE BEE GEES
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Embora os irmãos Gibb sejam famosos pelas suas letras e lindas composições, eles passaram pouco tempo na escola e fizeram a maioria da sua formação como auto-didatas.
O seu amor pela música e desempenho começou muito cedo na vida, o que não é de estranhar visto que pai deles, Hugh Gibb, era baterista profissional num conjunto.
Mas foi através da música tocada pela irmã mais velha, Lesley, que começaram a ouvir regularmente Rock and Roll.
Sonhando serem um conjunto, eles fizeram os seus primeiros instrumentos musicais: guitarras feitas de caixas de madeira com fio elétrico para as cordas.
Eles não faziam qualquer som, mas sentiam já um pouco como se o conjunto fosse real e embora sem uma preferência por um certo tipo de música, a semente dos Bee Gees já estava a germinar.
Os gémeos, Robin e Maurice, com 6 anos já cantavam no coral da escola e com o seu irmão mais velho Barry (9 anos) eles cantavam com muita harmonia, mas só cantavam em casa.
Enquanto isso, a família vivia em Keppel Road, Chorltoncum-Hardy, um subúrbio de Manchester. O cinema do bairro, da rede de cinemas Gaumont, era o lugar onde as crianças podiam assistir a um filme aos sábados.
Durante o intervalo, o cinema punha discos actuais e as crianças podiam fingir que cantavam, só mexendo os lábios, se não eram expulsas por fazerem barulho.
Mas os meninos Gibb queria tentar algo mais e perguntaram se podiam cantar num desses intervalos, pois praticavam toda a semana, juntamente com alguns amigos e tinham resolvido chamar-se "The Rattlesnakes".
Foi-lhes então dada essa excepcional autorização e no sábado seguinte, com um disco de vinil de 78 rpm debaixo do braço, saíram para o teatro.
Mas com a excitação do momento, deixaram cair o disco e este quebrou-se e, mesmo assim, os irmãos decidiram subir ao palco e cantar com suas próprias vozes, sem acompanhamento musical.
Esse foi realmente o grande começo, pois as crianças na platéia estavam tão entusiasmadas que nem repararam que apenas Barry tinha uma guitarra de verdade.
Este foi o primeiro sucesso deles e no dia seguinte, havia uma foto deles no jornal.
Agora eles sentiam-se estrelas, eles começaram cantar regularmente nas esquinas da cidade.
Eles gostavam de cantar juntos com seus amigos Paul Frost e Kenny Oricks e foram desenvolvendo harmonias tão afinadas, que muitas vezes parecia que se estava a ouvir um disco a ser reproduzido.
Foi então que o proprietário de um outro cine-teatro lhes pediu para também actuarem lá e assim eles apresentaram-se no Odeon. A partir daí eles começaram a cantar mais e mais vezes e até o pai, Hugh, entusiasmado chegou a levá-los, pela porta dos fundos, ao clube para adultos: The Russel Street Club, onde ele tocava com a sua banda.
Os meninos começaram assim a ganhar seus primeiros centavos.
Nesse meio tempo, o nome do grupo mudou para Wee Johnny Hays & The Blue Cats e, quando não estavam a actuar em algum lugar, eles iam para casa fingir que estavam a gravar num estúdio de televisão.
Entretanto nasceu Andy, o seu irmão mais novinho, ao mesmo tempo que a tia da parte da mãe tinha planos para emigrar e os pais Gibb, Barbara e Hugh, alinharam também na mesma idéia.

Levaram cinco semanas a bordo do navio para chegarem à Austrália e durante esse período de tempo actuaram várias vezes para o público do navio, e entitularam-se então "Barry & The Twins".
Chegaram a Morton's Bay, em Queensland, e a partir daquele momento tornaram-se conhecidos, pelas suas actuações no navio, e começaram a construir um nome e uma imagem na Austrália.
Mas embora as mentes dos meninos já estivessem focadas no show business, Barry tinha um emprego "normal" por uns tempos.
Ele trabalhou para um alfaiate, mas a sua cabeça já estava a escrever canções e com um conjunto de canções escritas e compostas por ele, decidiram dar o próximo passo no caminho para a sua carreira profissional na música.
Perto de sua casa em Brisbane havia um autódromo: Redcliffe Speedway.
Mas os meninos não queriam só assistir à corridas e perguntaram se poderia actuar nos intervalos entre corridas.
Barry tinha então 12 anos e os gêmeos nove anos de idade e propuseram-se cantar, enquanto Barry também acompanhava na guitarra.
No final de 1959, um dos pilotos dos carros de corrida, chamado Bill Goode, reparou que o público estava animado vendo algo na direcção oposta à pista das corridas e foi ver o que estava acontecendo e... ouviu os meninos tocando e cantando e ficou impressionado.
Bill conhecia um DJ de Sydney chamado Bill Gates e  tratou de arranjar um contato entre ele e os meninos.
Imeditamente, Gates, identificou o talento nato dos rapazes de forma muito clara e achou as harmonias fantásticas.
O pai Hugh Gibb, andava a trabalhar longe de casa, mas tinha ouvido falar sobre o que estava acontecendo com seus filhos, e foi aconselhado que seria melhor voltar para casa, para melhor os orientar na fantástica carreira, que tinham pela frente.
Bill Gates tornou-se o promotor dos rapazes e foram-se apresentando em hotéis e clubes para, em seguida, aparecerem na Rádio, onde Bill Gates tinha um programa de rádio diário: "Midday Platter Chatter", onde passou a tocar canções dos meninos, que ele gravara durante as actuações destes pelos clubes, sendo estas as primeiras gravações dos Bee Gees (ou BGs), porquê esse nome?
Com Bill Goode, Bill Gates e Barry Gibb representando três conjuntos de BG's, e sendo estas também as mesmas iniciais de "Irmãos Gibb" (Brothers Gibb), o grupo foi então assim baptizado, primeiro só com essas iniciais e mais tarde , por volta de 1963, o nome seria expandido para Bee Gees. As tais coincidências cósmicas inacreditáveis!
Barry passou a ficar muito ocupado, sempre compondo, e ficaram gravadas com os seus créditos "Time Is Passing By" (a primeira gravação de estúdio dos Bee Gees, que a Onda Pop vos propõe embaixo), "Turtle Dove", "Twenty Miles To Blueland" e "Let Me Love You", que chegou a ser gravada por Tommy Steele em 1960, o que faz dela, provàvelmente, o primeiro cover dos Bee Gees.

A próxima fase muito importante foi a descoberta dos Bee Gees por parte da TV de Brisbane, em 1.960.


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INSTANTÂNEO - GALA POP ROCK ANOS 60
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O António José Portela, gentilmente, enviou-nos um importante aviso sobre uma Gala de Pop Rock de músicos e conjuntos portugueses dos anos 60, que se vai realizar hoje, dia 30 de Maio, no Centro Cultural do Cartaxo.

Estarão presentes algumas das lenda vivas do Ié-Ié e Rock Português dos anos 60, como o Victor Gomes, Os Chinchilas, Os Charruas e Os Guitarras de Fogo.

Igualmente nos deliciarão com os grandes êxitos de Os Ekos, um conjunto formado para este acontecimento, com membros dos Ekos e dos Petrus Castrus. Quem não se lembra de "Esquece" ou de "Oh! Isabel". Será que ouviremos também temas dos Petrus Castrus?
E ainda ouviremos os Holygators, Odisseia e os Play-Boys e... provàvelmente surpresas de última hora ou jams de ocasião.
Conforme avisámos na semana passada, voltamos a publicar o anúncio do evento deste sábado, que deveria ter acontecido e voltar a acontecer todos os anos, para que os mais experientes da vida se recordem de bons velhos tempos e os mais novos saibam e aprendam que há 50 anos já se fazia Rock em Portugal. E mesmo à última da hora ainda vieram aderir os Discovers e o Edmundo Silva ex- baixista dos Sheiks que deverá vir depois do show que ia dar com o Naia e as violas campaniças. "Great"!
Aproveitamos o acontecimento para homenagearmos musicalmente alguns dos famosos intervenientes nesta Gala, assim damos esta semana um cheirinho do que vocês não devem perder HOJE, dia 30 de Maio, às 21H30M: Os Ekos, numa actuação ao vivo na RTP, Os Chinchilas no seu grande sucesso, fazendo um cover dos Monkees, "I'M A Believer".
Não percam esta Gala! 
Todos ao Cartaxo! É HOJE! 
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1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK 

Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).

Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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OS 100 MELHORES ÁLBUNS DE 1955 A 1975

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BEE GEES' 1st - THE BEE GEES
Polydor (1967)
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Este álbum de estreia da carreira internacional dos Bee Gees pode chocar qualquer um que só se lembre das suas baladas românticas da primeira metade dos anos 70 ou dos seus grandes êxitos de disco sound da segunda metade dos anos 70 até ao seu final.  
Mas os Bee Gees foram muito mais que isso e, até 1966, mostraram uma propensão para canções melódicas e de harmonias ricas, sendo vistos na altura como a resposta australiana aos americaníssimos 'Everly Brothers'. 
Quando os Bee Gees chegaram a Londres no final de 1966, no entanto, eles mostraram logo uma rápida absorção e assimilação dos sons do pop e do rock ao seu redor. Assim, de uma só vez, tornaram-se concorrentes de conjuntos de rock mais veteranos como os 'Hollies' ou os 'Tremeloes'. 
Este álbum, "Bee Gees' 1st", prova essa sua nova capacidade musical e criativa, dando-lhes um merecidíssimo crédito também nos anos 60. 
Certas músicas deste seu primeiro álbum fazem lembrar a construção musical dos Beatles, mas o álbum apresenta muito mais do que isso. 
Os três êxitos retirados do "Bee Gees' 1st", "To Love Somebody", "New York Mining Disaster 1941," e "Holiday", são lindos, mas relativamente sombrios, dando assim ao "Bee Gees' 1st" um ar de melancolia, contrastando com a maior parte do restante material musical que apresenta um pop psicadélico relativamente optimista. 
"In My Own Time" faz ecoar elementos de "Dr. Robert" e "Taxman" dos 'Beatles', e será difícil não gostar do ritmo imposto pelas suas guitarras e pela sua grande batida, a que se juntam as harmonias crescentes dos três irmãos Gibb. 
"Every Christian Lion Hearted Man Will Show You" está mais perto em espírito musical dos 'Moody Blues' dessa época, com uma abertura com um canto gregoriano apoiado por um Mellotron, antes de derivar para um estranho som psicadélico. 

Mesmo que os vocais de Robin Gibb apresentem um som melodramático e comovente, e a orquestra dê uma roupagem um pouco doce às canções, em geral The Bee Gees apresenta-se aqui como um grupo de rock proficiente neste seu álbum de estréia, com uma colecção refrescante de canções originais, dos extraordinários manos Gibb, cujo melhor retrato será talvez a sub-valorizada faixa "Turn Of The Century".

DISRAELI GEARS - CREAM
Reaction Records (1967)          
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Os Cream uniram-se com Felix Pappalardi para produzirem o seu segundo álbum, "Disraeli Gears", numa mudança que ajudou a empurrar este poderoso trio para o psicadelismo musical e que igualmente ajudou a dar a este álbum uma coerência temática. 
Esta mudança levou naturalmente os Cream  a irem mais longe do que a pureza dos Blues, a que pretendiam inicialmente se dedicar, e evoluiram  para uma combinação de improvisação, virtuosismo e criatividade, que os levou a serem reconhecidos por aquilo que realmente eram: um fabuloso e inovador trio de Blues Rock, composto por Eric Clapton (guitarra e voz), Jack Bruce (baixo e voz) e Ginger Baker (bateria). 
O Blues ainda percorre a essência de "Disraeli Gears", mas as cores fortes do caleidoscópio psicadélico de "Strange Brew", construído a partir de um riff de Albert King, começa a desvirtuar a ideia principal do trio, ainda reforçada com as matizes coloridas e fortemente hippies de "Sunshine Of Your Love" e na escuridão sinistra de "Tales Of Brave Ulysses".
O movimento toma os caminhos excêntricos do rock psicadélico, com o distorcido "Swlabr", a florescente "Dance The Night Away", o balanço de "Take It Back", todas fruto da colaboração de Jack Bruce e Pete Brown, poeta e letrista britânico que viria a formar e gravar como Pete Brown & His Battered Ornaments.
O tema deste álbum mais na essência do "Blues" é "Outside Woman Blues".
Nesta miscelânea de cores e sons de "Disraeli Gears" encontramos uma velha canção do music-hall inglês, "Mother's Lament", que juntamente com este disco atravessou o oceano e foi sucesso na América.
Não desejando seguir as classificações e epítetos lunáticos de determinados críticoa musicais, consideramos "Disraeli Gears" um óptimo produto de Hard Rock dos anos 60, mesmo que as raízes psicadélicas o amarrem a uma determinada época (1967).
A excentricidade da capa de "Disraeli Gears" deve-se ao artista australiano Martin Sharp, que ainda co-escreveu com Eric Clapton,"Tales Of Brave Ulysses".
Eric, Jack e Ginger criaram um álbum transcendente para o seu tempo, com toda a sua imaginação nos arranjos, com a criativiadade das suas composições e, especialmente, com a força da sua musicalidade.

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70 - 
69 - 
SURREALISTIC PILLOW- 
THE JEFFERSON AIRPLANE
RCA (1967)
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"Surrealistic Pillow" é o segundo álbum dos Jefferson Airplane, e uma peça inovadora do psicadelismo folk-rock, que acertou na mouche como um tiro no ouvido de todo o mundo.
Nem os esforços posteriores do cult da "West Coast", com conjuntos como os 'Grateful Dead', 'Quicksilver Messenger Service' ou os 'Charlatans', conseguiram ultrapassar o feito de "Surrealistic Pillow", que entrou para o top 5, onde desde 1964 só entravam os Beatles, os Rolling Stones e assim por diante, que poucos conjuntos americanos, exceptuando The Byrds, tinham então conseguido entrar.
Quase 5 décadas depois, este álbum continua a ser respeitado e a satisfazer as diversas sensibilidades do público e dos críticos
Para além dos aclamados sucessos "White Rabbit" e "Somebody To Love", este álbum contém a sublime "Embryonic Journey", e no seu todo musical consegue ser ao mesmo tempo melódico e complexo, abrilhantado pelas performances vocais do seu novo membro, Grace Slick.  
Cada canção é um diamante perfeitamente cortado por todos os membros da banda, que seguiram as orientações do produtor Rick Jarrard e tocaram as músicas dentro dos três a quatro minutos recomendados pelos editores e DJs da Rádios, resultando em gravações que não representam o seu som real de improvisação plena.
Mesmo dentro desse quadro, eles talharam autenticas preciosidades com essas músicas, compostas pelos seus membros Marty Balin, Grace Slick, Paul Kantner e Jorma Kaukonen. 
Todo o álbum é resplandecente num equilíbrio feliz de todos estes elementos criativos, antes das experimentações excessivas a que os Jefferson Airplane se dedicaram posteriormente, pelo que nunca fizeram um álbum melhor do que "Surrealistic Pillow".


COUNTDOWN TO ECSTASY - 
STEELY DAN     
ABC Records (1973)                   
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Parece bizarro que o brilhante segundo álbum do Steely Dan, de 1973, "Countdown To Ecstasy" não tenha sido exatamente um sucesso após o seu lançamento inicial. 
Talvez fosse a estranha pintura em aguarela na capa. Ou talvez fosse o primeiro single, "Show Biz Kids", que continha a palavra f... . 
Ou quem sabe uma fraca campanha de marketing por parte da MCA Records, mas felizmente que o tempo provou que "Countdown To Ecstasy" é um dos melhores álbuns dos Steely Dan.

Os cérebros do projecto Steely Dan, Walter Becker e Donald Fagen, juntamente com os guitarristas Jeff "Skunk" Baxter e Denny Dias, bem como com o baterista Jim Hodder, foram mestres neste magnífico trabalho.

Cada faixa parece tornar-se num clássico dos Steely Dan: começando pelo excelente Jazz/Rock que é "Bodhisattva", passando pelo saboroso cocktail pop de "Razor Boy", pelo impressionante Rock melódico de "The Boston Rag", e pela alegre salsa "Your Gold Teeth." 
Mas não termina aí... há também a dançante "Show Biz Kids", seguida pelo piano magistral de "My Old School", e pelo saboroso country "Pearl Of The Quarter", não esquecendo a divertida "King Of The World". 
As músicas são incríveis e Walter Becker e Donald Fagen e os seus acompanhantes estão musicalmente excelentes, sendo de realçar os vocais de Fagen cheios de alma e as letras intrigantes. 

Vocês ficarão num estado de êxtase total ao ouvir os Steely Dan em "Countdown To Ecstasy"... uma suprema oferta musical.

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FALANDO DE NOVOS DISCOS

Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
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CANTEM com a ONDA POP !!!
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           GIANNI   MORANDI
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Gianni Morandi, cantor, músico, actor e apresentador de TV.

Uma vida de música, cinema, teatro, televisão e concertos em todo o mundo, que começou em Monghidoro, na Itália. O pai era membro activista do Partido Comunista Italiano e Gianni ajudava-o a vender os jornais do partido, pelo que se habitou a vender e contactar com as pessoas. Ainda muito jovem, e para ajudar a família, começou por ser engraxador e vendedor de doces e castanhas à porta do único cinema da cidade, cantando enquanto esperava clientes. As suas habilidades vocais levaram-no a ser convidado para cantar em algumas actividades do Partido Comunista. Então com doze anos de idade, o proprietário do tal cinema convidou-o a cantar no próprio cinema. Este facto chamou atenção e, em 1958, com 14 anos faz a sua estreia na Orquestra de Bologna, como jovem cantor.


Este é o início de uma fabulosa carreira, durante a qual já vendeu 50 milhões de discos, gravado 560 músicas, publicado 38 álbuns, 45 colectâneas e 70 singles, com os quais atingiu um total de 820 semanas de presença nas paradas de sucesso italianas.

Mas continuemos esta resanha da sua carreira de sucesso:

1961 - Vence em Ímola, "La Caveja D'Oro", um concurso para jovens cantores
1962 - Ganha o Festival de Bellaria e grava o seu primeiro álbum "Andavo A 100 All'Ora"

1964 - Ganha o "Cantagiro" com "In Ginnochio Da Te" e fica no 1º lugar do hit-parade de Itália durante 17 
            semanas, tornando-se assim o seu disco mais vendido até aos dias de hoje;
          - Roda o seu primeiro filme de 21 da sua carreira, "In Ginnochio Da Te";
          - Vence o Festival Delle Rose com "Non Son Degno Di Te", que será o também o título do seu 2º filme.


1965 - Vence a "Canzoníssima" (um importantíssimo festival de variedades da TV italiana), ainda com "Non Son             Degno Di Te" e fica em 2º lugar no "Cantagiro", com "Se Non Avessi Piu' Te".
1966 - Nesse ano, atinge o 1º lugar das paradas italianas por 5 vezes ("La Fisarmonica", "Mi Vedrai Tornare",                 "Povera Piccola", "C'Era Un Ragazzo Che Come Me Amava I Beatles E I Rolling Stones" e "Notte Di                       Ferragosto") e com esta última canção vence novamente o "Cantagiro".
1967 - Chega ao 2º lugar de "Canzonissima" com "La Fisarmonica"
1968 - Fica em 2º lugar no Cantagiro com "Chimera" e rodou um filme com os mesmo nome.
1969 - Entra no top 10, por três vezes com "Scende La Pioggia", "Il Giocattolo", "Tu Che M'Hai Preso Il Cuor"
          - Vence a "Canzonissima" com "Scende La Pioggia" (a versão italiana de "Elenore" do conjunto americano            The Turtles) e volta a vencê-la com 
"Ma Chi Se Ne Importa", em 1970, ficando ainda mais duas vezes em             2º lugar em 1971 e 1972, respectivamente com "Capriccio" e "Il Mondo Cambiera".

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A primeira formação da Nazionale Cantanti ; em pé da esquerda: Mogol, Gian Pieretti, Paki Canzi dos Nuovi Angeli, Don Backy, Lucio Battisti, Gianni Morandi, Paolo Mengoli. Em baixo: Oscar Prudente, Il Guardiano del Faro, Fausto Leali, Renato Sabbioni dos Nuovi Angeli, Tony Cicco
Em 1982, funda com Mogol, Umberto Tozzi, Ricardo Fogli, Pupo, Gianni Bella e outros artistas a "Nazionale Italiana Cantanti", uma equipa de futebol formada por cantores e compositores, com intuito de organizar jogos e eventos com fins de solidariedade social, tendo participado ao longo de 30 anos em 340 jogos e marcado 54 golos.

Nesta sua faceta de desportista, participou também em 11 corridas de maratona (Nova Iorque, Berlim, Milão, Roterdão, Londres e Paris) e em 44 meias-maratonas. Talvez por isso, com a preparação física conseguida, realizou 3418 concertos em Itália e 327 no estrangeiro.
Em 1987, vence com Ruggeri e Tozzi, o Festival de San Remo, com a composição "Si Puo' Dare Di Piu" e, em 1995, atinge o 2º lugar com "In Love".
Em 1989, lança o álbum "Varietà", que se torna no álbum mais vendido de Gianni Morandi.Em 1999, o seu show de TV, entitulado "C'Era Un Ragazzo" atingiu uma audiência de 10 milhões de espectadores.
Em 2003, recebe das mãos de Mikhail Gorbachev e do Dalai Lama, em representação do NIC (Nobel International Committee), o prêmio "Man Of Peace". 
Em 2005, recebe das mãos do presidente Ciampi, a insígnia de Comendador da República pelos seus altos méritos profissionais e sociais.
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A 25 Fevereiro de 2008, abre o Festival de Sanremo 58 interpretando "Nel Blu Dipinto Di Blu", em homenagem a Domenico Modugno e que, por ironia, foi a canção que Morandi interpretou, em 1958, perante a maestra Alda Scaglioni de Bologna, quando fez o seu teste para pertencer aos quadros jovens da orquestra.
Depois de ter ganho o Óscar italiano pelo seu progama de TV "Grazie A Tutti", Gianni Morandi foi o maestro convidado do Festival de San Remo em 2011 e 2012, tendo em 2011 convencido o seu amigo de longa data, Roberto Vecchioni, a concorrer ao Festival, após 38 anos da última participação deste. 
Roberto Vecchioni seria o vencedor desta edição do Festival de San Remo, interpretando uma bela composição da sua própria autoria, "Chiamami Ancora Amore", dirigida e orquestrada por Gianni Morandi.
Por considerarmos arrepiante e emocionante esta interpretação de um dos maiores poetas musicais italianos, não queremos deixar de a compartilhar convosco este hino tentando salvar a humanidade... Lindo! Lindo!

                      Continua A Chamar-me Amor
                          (Chiamami Ancora Amore)


Para o barco que voou para o céu
enquanto as crianças ainda estavam a brincar
e a quem eu teria dado todo o mar
só para tê-los aqui perto de mim

para o poeta que não pode cantar
para o trabalhador que perdeu o emprego
para aquele que tem vinte anos e está morrendo por culpa própria
num deserto, como num chiqueiro,
e para todos os meninos e meninas
que lêem um livro, um livro real,
olha que bom, 
que continuem gritando nas praças,
porque eles querem matar o nosso pensamento

para o bastardo que está sempre no sol
para o covarde que esconde o coração
para a nossa memória jogada ao vento
por esses mestres da tristeza

Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de amor
Porque esta noite maldita
tem de alguma forma que acabar
porque nós vamos preenchê-la a partir daqui
com música e palavras

Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor
Neste sonho desesperado
entre o silêncio e o trovão
defendendo esta humanidade
mesmo que só restasse um único homem

Continua a chamar-me Amor
Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor

Porque as ideias são como as borboletas
e tu não podes retirar as suas asas,
porque as idéias são como as estrelas
e as tempestades não podem acabar com elas
porque as idéias são as vozes de mães
que pensávamos que tínhamos perdido
e elas são como o sorriso de Deus
neste cuspo do universo

Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor
Porque esta noite maldita
deve de alguma forma acabar
porque nós vamos preenchê-la a partir daqui
com música e palavras

Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor
Neste sonho desesperado
entre o silêncio e o trovão
defendendo esta humanidade
mesmo que só restasse um único homem

Continua a chamar-me Amor
Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor

Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor
Porque esta noite maldita
tem de alguma forma que acabar
porque nós vamos preenchê-la a partir daqui
com música e palavras

Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor
Neste sonho desesperado
entre o silêncio e o trovão
defendendo esta humanidade
mesmo que só restasse um único homem

Continua a chamar-me Amor
Continua a chamar-me Amor
Sempre a chamar-me de Amor,
Porque nós somos AMOR
Mas Gianni Morandi não pára e em 2012 estreia o seu 21º filme, "Padroni Di Casa", com o qual ganhou o prémio da melhor canção de filme desse ano - "Amor Mio" e em 2013 realizou dois concertos na Arena di Verona, transmitido em directo pelo Channel 5, com uma audiência estimada em 6 milhões de telespectadores e em 2014 deu mais seis concertos.
Tentámos reduzir ao máximo a extensa e fabulosa carreira de Gianni Morandi, mas precisamente por isso temos consciência que muito mais havia para contar desse Senhor da música italiana. 
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DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS

A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK.
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Abracadabra foi até aos antípodas à procura no nosso mago Luís Arriaga e ao tentar se teletransportar para Brisbane, foi parar em Adelaide, onde, em 1942, nascera Doug Ashdown, um cantor folk e country, que com a idade de 17 anos já tinha viajado para Inglaterra para tocar e cantar num conjunto de Rock, mas sem grande sucesso, regressando em 1961 à Austrália como vocalista do grupo The Bowmen.
Nos anos 60, editou dois singles que se tornaram muito populares na Austrália, "Something Strange", em 1968, e em 1969, "Whole Lotta Shakin' Goin' On" (cover de êxito de Jerry Lee Lewis).
Em 1970, assinou contrato com a editora independente "Sweet Peach" e lançou o single "The Saddest Song Of All", composta por Ashdown e Jim Stewart, que se tornou o seu co-produtor e co-autor da maior parte das suas composições.
Essa parceria deu origem a "Leave Love Enough Alone", que entrou no hit-parade americano em 1974, tendo voltado a entrar em 1976, renomeada "Winter In America".
Ainda em 1974, lançou o álbum "Winter In America", em que Ashdown escreveu as músicas e Jim Stewart escreveu as líricas, numa parceria do mesmo tipo de Elton John e Bernie Taupin, aonde o letrista fica na retaguarda, mas que se torna parte importante para o sucesso das lindas composições do músico, como é o caso da linda balada "Winter In America".
A relação das faixas é a seguinte:

01 - Leave Love Enough Alone (Winter In America) (4:08) 
02 - Willie's Shades (4:14) 

03 - (I Know You) You're The Song (2:40) 

04 - Love Ain't Worth The Livin' When It Dies (2:45) 

05 -The Flowers And The Wine (2:10) 

06 - Skid Row (2:29) 

07 - Sally Broome (3:36)
 

08 - You Are All I Need To Know Of Love (2:54) 
09 - Jeannie (3:10) 

10 - They Always Seem To Look Like Marianne (2:28)
 
11 - Tomorrow Is The Last Time (4:13) 

12 - No Other Words (2:41 )
 
13 - Winter In America Reprise (2:00)

14 - The Saddest Song Of All (Bonus Track) (7:43)

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Esta semana o realce da Parada da Onda Pop "Sorry Suzanne", pelo conjunto inglês "The Hollies", tendo como curiosidade o facto de ser a 1ª gravação deste conjunto com Terry Sylvester, que vinha de outro conjunto britânico, "The Swinging Blue Jeans".
Terry Sylvester substituíu Graham Nash, que saíra em Dezembro de 1968 e viria a formar os "Crosby, Stills and Nash".
"Sorry Suzanne" atingiu o 3º lugar do hit-parade do Reino Unido, em Março de 1969.
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