28 de Fevereiro de 1970. No nosso "Cenário" damos a notícia de uma jovenzinha que é a nova estrela do conjunto Man Matos um pequeno trio que fomos escutar, com algumas lacunas musicais mas com uma grande voz. Ela era Maria José Canhoto, a Marizé, que também cantava no RCM (Rádio Clube de Moçambique) vinda do programa de Maria Adalgisa "Gente Nova ao Microfone" (OP nº 14) onde também se iniciaram as Irmãs Muge (OP nº 3 e 37) a Natércia Barreto (Techa) (OP nº 16, 48, 58), o Dario Bettencourt e até o João Pedro (OP).
Maria José Canhoto nasceu a 25 de Abril de 1950 na Soalheira, Concelho do Fundão mas ainda criança vai com os pais para Moçambique. Vivia no Alto Maé em Lourenço Marques e é o seu amigo e vizinho Rodolfo que nos diz que já muito jovem gostava de cantar, creio até, diz-nos Rodolfo que lhe arranjei a sua 1ª apresentação em público, num espectáculo no Clube Militar. Rodolfo nesta altura era também o viola solo da Banda Diplomática (ex- Diabólicos) (OP nº 15 e 42). Maria José depois do treino na Gente Nova ao Microfone (o equivalente aos programas televisivos de hoje para a descoberta de talentos) é convidada a integrar os quadros do RCM para cantar com a Orquestra de Variedades dirigida pelo Maestro Artur Fonseca (o grande compositor de "Uma Casa Portuguesa"). Começa também a cantar com o Man Matos Trio, acabando por casar com Man Matos. Apresentavam-se em hoteis e no restaurante Oceânia (antigo Pavilhão da Praia).
Em 1976 vem para Portugal e em 77 Matos tem que arranjar um novo conjunto para aceitar o contrato de reabertura do Grande Salão do Casino da Póvoa. Assim Man Matos (órgão), Pinto (bateria), Rodolfo (viola solo), Tito (viola baixo), (ex-Inflexos - OP nº 8, 9 e 72 e futuro Sigma - OP nº 25) e Marizé vão fazer essa reabertura. Depois vão para o Algarve. Em 78 entra na Revista á Portuguesa no Teatro Maria Vitória, "E Tudo S. Bento Levou". Só em 93 voltará a entrar numa Revista, "A Pão e Laranjas", também no Maria Vitória no Parque Mayer.
Em 1976 vem para Portugal e em 77 Matos tem que arranjar um novo conjunto para aceitar o contrato de reabertura do Grande Salão do Casino da Póvoa. Assim Man Matos (órgão), Pinto (bateria), Rodolfo (viola solo), Tito (viola baixo), (ex-Inflexos - OP nº 8, 9 e 72 e futuro Sigma - OP nº 25) e Marizé vão fazer essa reabertura. Depois vão para o Algarve. Em 78 entra na Revista á Portuguesa no Teatro Maria Vitória, "E Tudo S. Bento Levou". Só em 93 voltará a entrar numa Revista, "A Pão e Laranjas", também no Maria Vitória no Parque Mayer.
Rodolfo diz-nos que chegam a gravar umas demos nos estúdios do Maestro Jorge Costa Pinto que fica muito bem impressinado com a voz de Marizé. . Marizé começa uma carreira a solo e pouco tempo depois consegue um contrato discográfico com a Rossil gravando um disco de folclore antes de uma digressão em que vai participar nos Estados Unidos. A editora muda-lhe então o nome artístico para Alexandra. Mas o grande passo de Alexandra é-lhe dado pela mão de António Sala a quem pedimos que nos contasse a história:
"Eu tinha escrito uma música para um poema do Vasco de Lima Couto, "Zé Brasileiro Português de Braga" que queria que a Amália cantasse, ela achou que era muito popular mas não lhe interessava muito cantá-la. Fiquei sem saber quem convidar. Na Rossil conheci uma rapariga que tinha vindo de África e que tinha muito boa voz, Maria José Canhoto. Ele exclamou, artista com esse nome! Não, disse eu, o nome artístico é Alexandra. Combinámos então uma audição privada com o Maestro Correia Martins, que infelizmente já nos deixou. Ela cantou algumas músicas e ele também gostou, convidei-a então para apresentar o tema "Zé Brasileiro Português de Braga" no Festival da Canção da RTP de 1979. A canção não é classificada nas eliminatórias mas quando sai o disco acaba por ser a canção mais popular do ano. Eu nessa época era o responsável pela Editora Rossil e ela acabou por gravar muitos discos, alguns com canções minhas, como por exemplo "Quando Tu Não Estás" e outras que tiveram grande sucesso. Depois quando a fui ver a fazer o "Amália" do La Féria, emocionei-me e senti que se tinha feito justiça ao seu valor". A terminar ainda nos perguntou como ia o nosso "canguru" Luís Arriaga e enviou-lhe um forte abraço. Alexandra disse-nos depois que a canção era para sair com "Senhora Maria" no lado B mas como se decidiu levar Zé Brasileiro ao Festival, então editaram primeiro "Senhora Maria" como seu primeiro single.
Em 80 volta a concorrer ao Festival RTP desta vez em dueto com António Sala defendendo o tema "Uma Razão de Ser", música e letra de Fernando Guerra (OP nº 65). A vencedora foi "Um Grande Grande Amor" de José Cid (OP nºs 19, 27,32 e 64).
"Eu tinha escrito uma música para um poema do Vasco de Lima Couto, "Zé Brasileiro Português de Braga" que queria que a Amália cantasse, ela achou que era muito popular mas não lhe interessava muito cantá-la. Fiquei sem saber quem convidar. Na Rossil conheci uma rapariga que tinha vindo de África e que tinha muito boa voz, Maria José Canhoto. Ele exclamou, artista com esse nome! Não, disse eu, o nome artístico é Alexandra. Combinámos então uma audição privada com o Maestro Correia Martins, que infelizmente já nos deixou. Ela cantou algumas músicas e ele também gostou, convidei-a então para apresentar o tema "Zé Brasileiro Português de Braga" no Festival da Canção da RTP de 1979. A canção não é classificada nas eliminatórias mas quando sai o disco acaba por ser a canção mais popular do ano. Eu nessa época era o responsável pela Editora Rossil e ela acabou por gravar muitos discos, alguns com canções minhas, como por exemplo "Quando Tu Não Estás" e outras que tiveram grande sucesso. Depois quando a fui ver a fazer o "Amália" do La Féria, emocionei-me e senti que se tinha feito justiça ao seu valor". A terminar ainda nos perguntou como ia o nosso "canguru" Luís Arriaga e enviou-lhe um forte abraço. Alexandra disse-nos depois que a canção era para sair com "Senhora Maria" no lado B mas como se decidiu levar Zé Brasileiro ao Festival, então editaram primeiro "Senhora Maria" como seu primeiro single.
Em 80 volta a concorrer ao Festival RTP desta vez em dueto com António Sala defendendo o tema "Uma Razão de Ser", música e letra de Fernando Guerra (OP nº 65). A vencedora foi "Um Grande Grande Amor" de José Cid (OP nºs 19, 27,32 e 64).
Em 81 separa-se de Man Matos. Lança o seu 1º álbum e em 82 volta ao Festival da Canção RTP com "Até Amanhecer" de Tozé Brito e Pedro Brito e consegue o 3º lugar. Grava canções escritas por Paulo de Carvalho e Carlos Paião. Em 83 de novo no Festival RTP com "Rosa, Flor Mulher" (5ºlugar) e em 85 "Cantar Saudade" (6º lugar). Em 86 participa em "Bamos Lá Cambada" de José Estebes (Herman José) canção de Carlos Paião. Grava mais um single. Em 88 edita o álbum "2 Vezes, 1 Voz" que inclui canções dos singles anteriores e "Tudo Acabou" de Carlos Paião.
Entretanto Man Matos acaba por instalar um estúdio de gravação na rua Carlos Mardel em Lisboa onde prepara gravações para discos e "demos". O Pop Zé Manel (OP nº16) ia lá várias vezes nos anos 80 e foi Matos quem preparou os playbacks instrumentais para actuações de Teresa Paula Brito quando não era possível ter os músicos presentes. "Ele tinha problemas de coração e acabou por ser operado, tínhamos longas conversas, era um bom tipo", conta-nos Zé Manel. O Rodolfo também nos dizia que ele era bom no som, e comenta: "Em LM foi ele que preparou a sala do cinema S. Miguel para o concerto do Percy Sledge, sei porque o ajudei". O Pop Luís Arriaga (OP nº 16) foi várias vezes à Carlos Mardel, quase à esquina da Av. Morais Soares, ali ao Chile, gravar "demos", ou para os Festivais da Canção RTP ou para outros eventos. Diz-nos o Luís. "Muitos compositores iam lá para gravar ou para os Festivais ou para apresentar às Editoras. Eu fiz lá várias gravações, tocava viola e o Manel tocava ou baixo ou percurssão. A gravação que fizemos para uma música minha com letra do Carlos Paião, que tocou orgão, ele tocou viola baixo e eu toquei viola em todas. Envio-te a gravação cantada pela Cândida Branca Flor, "Fim de Festa". Outra que enviei ao Festival também com a Cândida Branca Flor, "Férias em Portugal" com letra e música minhas, e que segundo se dizia acabou por não ser aceite por ser muito comercial. Então, não é isso que é preciso para os Festivais, mais uma das avarias dos "intelectualóides" dessas paragens. Vai também uma gravação de outra canção minha, "Encontro", em que faço um dueto com a Wanda Stuart (OP nº 63) nessa altura uma perfeita desconhecida mas em quem eu apostava. O primeiro a fazê-lo até foi o Américo Monteiro (o Emanuel) e depois o Filipe La Féria. No Festival não foi aceite e as editoras também não gostaram. São inéditas podes publicá-las, é mais um furo para a Onda Pop".
Man Matos faleceu há cerca de dez anos vítima de cancro da próstata.
Entretanto Man Matos acaba por instalar um estúdio de gravação na rua Carlos Mardel em Lisboa onde prepara gravações para discos e "demos". O Pop Zé Manel (OP nº16) ia lá várias vezes nos anos 80 e foi Matos quem preparou os playbacks instrumentais para actuações de Teresa Paula Brito quando não era possível ter os músicos presentes. "Ele tinha problemas de coração e acabou por ser operado, tínhamos longas conversas, era um bom tipo", conta-nos Zé Manel. O Rodolfo também nos dizia que ele era bom no som, e comenta: "Em LM foi ele que preparou a sala do cinema S. Miguel para o concerto do Percy Sledge, sei porque o ajudei". O Pop Luís Arriaga (OP nº 16) foi várias vezes à Carlos Mardel, quase à esquina da Av. Morais Soares, ali ao Chile, gravar "demos", ou para os Festivais da Canção RTP ou para outros eventos. Diz-nos o Luís. "Muitos compositores iam lá para gravar ou para os Festivais ou para apresentar às Editoras. Eu fiz lá várias gravações, tocava viola e o Manel tocava ou baixo ou percurssão. A gravação que fizemos para uma música minha com letra do Carlos Paião, que tocou orgão, ele tocou viola baixo e eu toquei viola em todas. Envio-te a gravação cantada pela Cândida Branca Flor, "Fim de Festa". Outra que enviei ao Festival também com a Cândida Branca Flor, "Férias em Portugal" com letra e música minhas, e que segundo se dizia acabou por não ser aceite por ser muito comercial. Então, não é isso que é preciso para os Festivais, mais uma das avarias dos "intelectualóides" dessas paragens. Vai também uma gravação de outra canção minha, "Encontro", em que faço um dueto com a Wanda Stuart (OP nº 63) nessa altura uma perfeita desconhecida mas em quem eu apostava. O primeiro a fazê-lo até foi o Américo Monteiro (o Emanuel) e depois o Filipe La Féria. No Festival não foi aceite e as editoras também não gostaram. São inéditas podes publicá-las, é mais um furo para a Onda Pop".
Man Matos faleceu há cerca de dez anos vítima de cancro da próstata.
Entreanto nos anos 90 Alexandra já está a experimentar o Fado onde irá obter enorme êxito. Isso acontece nos programas de Júlio Isidro "Regresso ao Passado", programa da RTP. Certa vez Amália viu-a cantar e foi dar-lhe os parabéns. "Agradeci, mas até fiquei sem graça, nunca me senti uma fadista", diz-nos Alexandra. Também lança com produção de José Mário Branco um álbum da UPAV "Alexandra...Regresso ao Passado" onde apresenta marchas populares como Adeus Mouraria" e "Grande Marcha da Alfama" mas também fados como "Rosa Enjeitada", "Ai se os Meus Olhos Falassem", "Fado das Queixas" ou "Adeus Mouraria". Em 94 edita o álbum "De Viva Voz". Em 96 a Valentim de Carvalho lança na série Caravela o CD "Zé Brasileiro Português de Braga". Um momento que ela considera importante é quando ela canta juntamente com Lenita Gentil e Carlos Guilherme o tema "Hino a Timor" de Arlindo de Carvalho, um dos mais importantes compositores populares portugueses, em nossa opinião. Em Agosto de 99 lança o álbum "Nas Minhas Mãos". Integra o grupo "Entre Vozes" com Maria da Fé, Lenita Gentil e Alice Pires. Grava o primeiro CD. Depois terá de sair para integrar o musical "Amália".
Ao entrar no século XXI sofre logo mais um "Boom" artístico" com uma homenagem a Amália (falecida em Outubro 99) no Festival da Canção RTP produzida por Filipe La Féria, que vendo as suas qualidades a convida para protagonizar a Diva na peça musical "Amália" que estava a preparar. Alexandra nunca tinha representado e isto foi um enorme desafio para ela, ainda para mais tratando-se de quem era, a muito peculiar e grande Amália. O que é certo é que ela se saíu muitíssimo bem e a crítica não lhe poupou elogios. O espectáculo esteve em cena com lotações esgotadas para cima de ano e meio. O seu excelente desempenho fê-la ganhar o Prémio Prestígio da Casa da Imprensa e o Prémio de Teatro "Patriota".
Ao entrar no século XXI sofre logo mais um "Boom" artístico" com uma homenagem a Amália (falecida em Outubro 99) no Festival da Canção RTP produzida por Filipe La Féria, que vendo as suas qualidades a convida para protagonizar a Diva na peça musical "Amália" que estava a preparar. Alexandra nunca tinha representado e isto foi um enorme desafio para ela, ainda para mais tratando-se de quem era, a muito peculiar e grande Amália. O que é certo é que ela se saíu muitíssimo bem e a crítica não lhe poupou elogios. O espectáculo esteve em cena com lotações esgotadas para cima de ano e meio. O seu excelente desempenho fê-la ganhar o Prémio Prestígio da Casa da Imprensa e o Prémio de Teatro "Patriota".
Depois junta-se a um naipe de excelentes músicos liderados por Jorge Fernando, Arrigo Cappelletti (piano), Custódio Castelo (guitarra portuguesa), Flávio Minardo (guitarra eléctica), Daniele Di Bonaventura (bandolim) e Davide Zaccaria (violoncelo) para gravar o álbum "Terras do Risco".
Em 2003 o Município do Fundão homenageia-a com a Medalha de Prata de Mérito Municipal, orgulhoso da sua filha da terra. Depois Alexandra continuou a fazer digressões pelos Países com comunidades portuguesas, mais musicais para o Filipe la Féria. Há dois anos em Sidney esteve à conversa com o Pop Luís Arriaga. Depois foi "Fado História de um Povo" no Casino Estoril e ainda no Casino o musical "A Noite Das Mil Estrelas" outros grandes êxitos de La Féria. Ada de Castro e Celeste Rodrigues foram ver o show e aí está uma foto com três gerações de peso. Agora anda a mil à hora e mal teve um minuto para nós. "O Musical Da Minha Vida" vai estrear já esta semana, a 16 de Abril no Salão Preto Prata do Casino Estoril. Será a estória das perferências musicais de Filipe La Féria passando pelo Cinema, Teatro, Música, Literatura e outras Artes. Agora que comemora cinco décadas dedicadas ao Teatro também não queremos deixar de o felicitar. Alexandra, Dora, Pedro Bragado e muitos outros lá estarão de Quinta a Domingo para vos deliciar. Sempre às 21,30h excepto ao Domingo que é às 17h. Sábados é às 17 e 21.30h. Alexandra é ainda proprietária da Casa de Fados "Marquês da Sé" no Largo Marquês do Lavradio 1 em Lisboa, uma lindíssima sala do século XVIII com uma bonita entrada. Tudo bem decorado e com um bom painel de fadistas.
Em 2003 o Município do Fundão homenageia-a com a Medalha de Prata de Mérito Municipal, orgulhoso da sua filha da terra. Depois Alexandra continuou a fazer digressões pelos Países com comunidades portuguesas, mais musicais para o Filipe la Féria. Há dois anos em Sidney esteve à conversa com o Pop Luís Arriaga. Depois foi "Fado História de um Povo" no Casino Estoril e ainda no Casino o musical "A Noite Das Mil Estrelas" outros grandes êxitos de La Féria. Ada de Castro e Celeste Rodrigues foram ver o show e aí está uma foto com três gerações de peso. Agora anda a mil à hora e mal teve um minuto para nós. "O Musical Da Minha Vida" vai estrear já esta semana, a 16 de Abril no Salão Preto Prata do Casino Estoril. Será a estória das perferências musicais de Filipe La Féria passando pelo Cinema, Teatro, Música, Literatura e outras Artes. Agora que comemora cinco décadas dedicadas ao Teatro também não queremos deixar de o felicitar. Alexandra, Dora, Pedro Bragado e muitos outros lá estarão de Quinta a Domingo para vos deliciar. Sempre às 21,30h excepto ao Domingo que é às 17h. Sábados é às 17 e 21.30h. Alexandra é ainda proprietária da Casa de Fados "Marquês da Sé" no Largo Marquês do Lavradio 1 em Lisboa, uma lindíssima sala do século XVIII com uma bonita entrada. Tudo bem decorado e com um bom painel de fadistas.
Continuamos a história dos 4 Jacks and a Jill iniciada na OP nº 75. O grupo torna-se um dos mais apreciados conjuntos sul africanos percorrendo o País em constantes concertos e gravando discos. Em junho de 67 Paulus deixa o grupo e é substituído por Till Hannermann (viola, teclas e trumpete). Em Novembro lançam "Timothy" canção que tinha sido escrita por um estudante universitário de teologia "Dopper" Kobus Erasmus para o filme "The Professor and the Beauty Quenn". A canção vai a 1º no Top da Springbox Radio (20 semanas no Top 20) e a 1º no LM Hit Parade durante duas semanas (entrou em 5 de Novembro e saíu do Top 20 a 4 de Fevereiro. Destronou "Come back when you grow up" de Bobby Vee e foi destronada por "Hello Goodbye" dos Beatles que ficou 4 semanas em 1º. Vendeu mais de um milhão de cópias e é considerado o 1º disco sul africano a receber um Disco de Ouro. O disco foi também editado no Reino Unido e Nova Zelândia onde chegou a 8º. O mais interessante é que ainda a canção estava em alta quando sai a canção que os imortalizou, "Master Jack" escrita por Doug Marks (foto na Onda Pop) que também esteve em LM com eles. A 5 de Janeiro de 68 entra para o Top 20 da Springbox Radio ainda "Timothy" estava em 2º. No LM Hit Parade entra a 14 de Janeiro para 14º quando "Timothy" estava em 11º.
"Master Jack" atinge o 1º lugar a 4 de Fevereiro e aí permanece por 4 semanas. Foram também o 1º grupo sul africano a ter duas canções em simultâneo no Top 20. Na África do Sul as vendas de "I looked Back" (lado B ) fazem com que o grupo seja também o 1º a ter 3 canções no Top 20. "Master Jack" atingiu o 8º lugar nos Estados Unidos, o 1º no Canadá, Malásia, Nova Zelândia e Austrália e foi muito popular no Reino Unido, Alemanha, Suécia e Japão. Os 4 Jacks and a Jill foram dos únicos grupos que atingiram o Top 10 americano sem saírem do seu País. Trini Lopez estava em digressão pela África do Sul e conseguiu não só autorização para a gravar como comprou os seus direitos para todo o Mundo. Quando o grupo soube do caso ficou triste pois tnham-lhes tirado a chance de a levar a todo o lado. O acordo tinha sido feito entre A Reprise de Frank Sinatra e a Teal Records para o single sul africano. O boss da Teal ficou furioso com a atitude do seu manager Gerald McGrath que ligou para a RCA Internacional em Nova York. Acordaram então que novo disco seria gravado em Nova York o que veio a cortar parte dos benefícios da Reprise e enfureceu Sinatra. Em Março de 68 os 4 Jacks fizeram a 1ª parte do Tour de Lucille Star na África do Sul, mas todo o mundo foi unânime em dizer que o cabeça de cartaz foram eles. Nesses shows eles receberam o 2º disco de ouro por vendas de "Timothy" e o 3º por vendas de "Master Jack". Lucille Star recebeu o 1º disco de ouro por vendas do Álbum "The French Song". Em Maio lançam "Mister Nico" também de Doug Marks mas o êxito é relativo. Fazem um Tour pela Rodésia (agora Zimbabué) e têm a sua 1ª presença televisiva. Glenys e Clive casam em Durban a 1 de Junho e partem para a Alemanha. Aí fazem vários espectáculos e cantam na Televisão (a cores) "Master Jack" em alemão (podem escutá-la por Cornelia OP nº 12). Gravam para a TV holandesa e fazem um pequeno filme. Passam por Londres onde actuam na TV e seguem para os Estados Unidos. Gravam um álbum, "Fables" e partem em "tournée". Na TV actuam com grupos como os Herman's Hermits, Troggs, The Ohio Express, The Buckinghams e Boyce and Hart. Nos videos um boogie só tocado pelos 4 Jacks
Em Agosto partem para a Europa onde iniciam uma digressão e aparecem em várias Televisões. Em Outubro na África do Sul vencem os prémios SARI para o melhor grupo e "Master Jack" é eleita a Canção do Ano. Voltam aos Estados Unidos onde actuam nas Televisões com os Grassroots, Davy Jones (Monkees), Gary Pucket and The Union Gap e outros e fazem mais um Tour com os Sandpipers. "Hey Mister" o novo single entra no Billboard Top 100 ( são o único grupo sul africano com três canções no US Top 100). Estiveram 9 meses em digressões e quando voltam têm mais uma na Rodésia e África do Sul, "The Four Jack and a Jill Show", que inclui outros artistas como Jody Wayne e o trompetista Nigel Hopinks (então com 15 anos). Em Outubro de 69 Glenys tem a sua 1ª filha e voltam a ganhar o SARI de melhor grupo pela gravação de "Poor Lucy". Em Dezembro Bruce Bark e Till Hannermann deixam o grupo e são substituidos por Pierre Van Riel (solo) e Keith Lansom (teclas). Em 1970 começam nova digressão pela Rodésia que vai incluir Lourenço Marques (tempo desta entrevista). Em Maio vão a Luanda (Angola) e partem para uma "tournée" por Portugal, Espanha, Holanda e Alemanha. Voltam à África do Sul e em Novembro no Luxurama na Cidade do Cabo são impedidos pelo Governo do Aparteid de tocar perante uma audiência negra.
No entanto logo de seguida o Governo autoriza que Percy Sledge actue perante uma audiência branca. Em Fevereiro de 71 partem para uma digressão de 7 meses pela Austrália e Nova Zelândia que obtém enorme sucesso. Mal chegam partem para o Malawi, depois Sudoeste Africano (hoje Namíbia). Em Dezembro Lansom sai e entra Cedric Hornby. Em 72 voltam as digressões pela Rodésia e África do Sul durante oito meses ( batem mais um recorde, 247 espectáculos em 243 dias. As 3 novas canções mais aplaudidas são "Love is Spreading", "The Nickel Song" e "Half and Half" que aparecem no CD "The Very Best of Four Jacks and a Jill Vol.2". A canção "Half and Half" é banida pela SABC por conter na letra "Metade do mundo é negro a outra metade é branca". Entram em filmes como "The Baby Came" e "The Case for Survival" onde cantam o tema do filme "Yes We've All Been To The Zoo".
No entanto logo de seguida o Governo autoriza que Percy Sledge actue perante uma audiência branca. Em Fevereiro de 71 partem para uma digressão de 7 meses pela Austrália e Nova Zelândia que obtém enorme sucesso. Mal chegam partem para o Malawi, depois Sudoeste Africano (hoje Namíbia). Em Dezembro Lansom sai e entra Cedric Hornby. Em 72 voltam as digressões pela Rodésia e África do Sul durante oito meses ( batem mais um recorde, 247 espectáculos em 243 dias. As 3 novas canções mais aplaudidas são "Love is Spreading", "The Nickel Song" e "Half and Half" que aparecem no CD "The Very Best of Four Jacks and a Jill Vol.2". A canção "Half and Half" é banida pela SABC por conter na letra "Metade do mundo é negro a outra metade é branca". Entram em filmes como "The Baby Came" e "The Case for Survival" onde cantam o tema do filme "Yes We've All Been To The Zoo".
Um dos momentos mais altos do grupo foi quando o milionario Julian Sacher os convidou para irem a Londres tocar nas Bodas de Prata de seus pais com tudo pago, voo em 1ª classe e um excelente pagamento para um show de 45 minutos no famoso Claridges Hotel ( eles eram só os donos dos armazéns Marks & Spencer). Julien tinha visto o grupo actuar 18 meses antes na Cidade do Cabo e adorou. Em Dezembro de 72 nasce a 2ª filha de Glenys e Clive.
Em 73, novas entradas e saídas e mais um hit, "Universal Feeling" (11º no Top da Springbox). Voltam os Tours pela Rodésia e África do Sul. Glenys grava em afrikaans "Haai Casanova" uma versão do hit de Vicky Leandros "Hey Joe McKenzie" e atinge o 7º no Top em africaans. Depois rodam o filme "Sell-A-Million" que conta a estória de uma banda de Rock. Em 75 fazem novo Tour de oito semanas pela Holanda, Bélgica e Alemanha que inclui também Lulu, The Rubettes, Chaka Khan e outros. "Sell-A-Million" entra no Top holandês.
A vida do grupo vai cingir-se a Tours, entradas e saídas dos seus membros e aparecimentos esporádicos nos hits. Em Junho de 78 vão ao Paraguay e aparecem também na TV do Rio de Janeiro.
Após o fim do contrato que os ligava à Teal em 1971 Clive tornou-se o produtor e empresário do grupo. Montou uma empresa para contratar outros artistas a visitar a África do Sul. Clive organizou o concurso de Miss Africa do Sul em 78, produz e dirige o filme "Shamwars" filmado em Salisbúria em Fevereiro de 80 que conta a estória durante a guerra de 2 homens e uma mulher durante a guerra e a amizade entre as raças que os une. Continuaram as digressões e em 82 o baterista original Tony Hughes também deixa o grupo. Em 83 Glenys tem o seu terceiro filho. Tendo dedicado as suas vidas à música em 83 gravam um álbum de Gospel e decidem terminar o grupo. Foram o grupo sul africano que mais tempo durou (foi o último recorde)
Em 73, novas entradas e saídas e mais um hit, "Universal Feeling" (11º no Top da Springbox). Voltam os Tours pela Rodésia e África do Sul. Glenys grava em afrikaans "Haai Casanova" uma versão do hit de Vicky Leandros "Hey Joe McKenzie" e atinge o 7º no Top em africaans. Depois rodam o filme "Sell-A-Million" que conta a estória de uma banda de Rock. Em 75 fazem novo Tour de oito semanas pela Holanda, Bélgica e Alemanha que inclui também Lulu, The Rubettes, Chaka Khan e outros. "Sell-A-Million" entra no Top holandês.
A vida do grupo vai cingir-se a Tours, entradas e saídas dos seus membros e aparecimentos esporádicos nos hits. Em Junho de 78 vão ao Paraguay e aparecem também na TV do Rio de Janeiro.
Após o fim do contrato que os ligava à Teal em 1971 Clive tornou-se o produtor e empresário do grupo. Montou uma empresa para contratar outros artistas a visitar a África do Sul. Clive organizou o concurso de Miss Africa do Sul em 78, produz e dirige o filme "Shamwars" filmado em Salisbúria em Fevereiro de 80 que conta a estória durante a guerra de 2 homens e uma mulher durante a guerra e a amizade entre as raças que os une. Continuaram as digressões e em 82 o baterista original Tony Hughes também deixa o grupo. Em 83 Glenys tem o seu terceiro filho. Tendo dedicado as suas vidas à música em 83 gravam um álbum de Gospel e decidem terminar o grupo. Foram o grupo sul africano que mais tempo durou (foi o último recorde)
Clive e Glenys continuam a dedicar-se à música e são activos na música gospel. Em 86 Glenys grava um álbum de gospel "Here U is Wonderbaar". Clive tem uma empresa produtora de televisão, a Genesis Sound, que produz música para documentários de TV. A filha Lisa contribui com os coros e o filho Dirk é câmara man.
Tony Hughes estabeleceu-se como um executivo de sucesso no campo dos seguros. Josh Sklair é um músico de estúdio em Hollywod. Paul de Viliers radicou-se como músico no Canadá onde trabalha com Anne Murray e o grupo rock Yes. Bruce Bark continua a tocar fazendo "gigs" pelo País.
Clive e Glenys levam uma vida tranquila na sua casa em Sandton com a filha Aimée e o filho Dirk.
Nota: Grande parte da história dos Four Jacks and a Jill foram retiradas do seu site. No próximo nº falaremos de Glenys Lynne.
Tony Hughes estabeleceu-se como um executivo de sucesso no campo dos seguros. Josh Sklair é um músico de estúdio em Hollywod. Paul de Viliers radicou-se como músico no Canadá onde trabalha com Anne Murray e o grupo rock Yes. Bruce Bark continua a tocar fazendo "gigs" pelo País.
Clive e Glenys levam uma vida tranquila na sua casa em Sandton com a filha Aimée e o filho Dirk.
Nota: Grande parte da história dos Four Jacks and a Jill foram retiradas do seu site. No próximo nº falaremos de Glenys Lynne.
Quem é António Luís Rafael ? Provavelmente sem se darem conta já todos o ouviram alguma vez. Até podia nem ter sido em Moçambique. Aqui em Portugal desde 76 e até há uma dezena de anos atrás quer na RTP ou na RDP, ALR sobresaía com a sua forte e bonita voz.
António Luís Rafael nasceu a 5 de Fevereiro de 1933 em Lisboa na Rua Carlos Mardel. Em 1948 entra para a Rádio Peninsular, uma associada dos Emissores Associados de Lisboa (e de que faziam parte a Rádio Graça, a Rádio Restauração, a Rádio S. Mamede, a Rádio Costa do Castelo). Mas antes e como morava na Parede foi fazer testes no Rádio Clube Português, que era na Parede. Fez testes de voz e de improviso, ficou aprovado, mas como era muito novo (tinha 15 anos) não o podiam aceitar. E diz "Lembro-me muito bem, foi no dia em que o meu Benfica ganhou ao Torino a Taça Latina". Então Henrique Mendes que tinha também um programa na Rádio Peninsular de canções francesas ( as últimas novidades que a Embaixada de França lhe emprestava) leva-o para lá. Vai para África a 1 de Maio de 1949 e chega a Lourenço Marques a 22 de Maio. Trabalha na Administração Pública e acaba por conseguir um lugar de estagiário no RCM. O seu problema mantém-se. É muito novo. Tempos depois abrem uma vaga para locutor e concorre. Obtém o 1º lugar. Entra como locutor de 3ª, mas passados 6 meses já é de 2ª e ao fim de 1 ano de 1ª. Isto causa alguns problemas para quem já lá estava à mais tempo, mas tudo se resolve. Nos anos 50 vai fazendo comentários no final dos relatos desportivos feitos pelo Amadeu José de Freitas e o Paulo Terra (pseudónimo do Mário Sérgio), também na época em que Eusébio era uma estrela no Sporting de Lourenço Marques. João de Sousa (OP nºs 2 e 55) dizia no Blog Bigslam a propósito do seu 80º aniversário, que aos 9 anos de idade o ouvia fazer os comentários desportivos, e que muitos anos depois teve "o prazer e o orgulho de trabalhar a seu lado". "Com ele reforçei o meu conhecimento sobre a capacidade de entrevistar e improvisar, duas áreas onde o António Luís Rafael se sentia como peixe na água",conclui.
No final dos anos 60 lança um programa de grande qualidade e actualização, "A Hora das Vedetas" que deve ter batido recordes de audiência (OP nº 68). Para comemorar o 2º aniversário ele e Maria de Lourdes fizeram o programa a bordo de um Boeing 737 da DETA entre LM (hoje Maputo) e Beira. O indicativo do programa era uma linda música "Soulful Strut" dos Young - Holt Unlimited, escrita por Sonny Sanders e o Chi-lites Eugene Record (OP nº 68). Barbara Acklin grava depois com letra de Record "Am I the Same Girl" em 69 também para a Brunswick Records de Chicago. Dusty Springfield faz também um cover em 69. Acklin gravou em 71 o Hit, "Have You Seen Her" escrito por ela e Records para os Chi-Lites como agradecimento. Morreu em 1988. Em 91 os Swing Out Sister gravam também "Am I the Same Girl" com grande êxito. A Onda Pop considerou-o o melhor programa de Rádio de 1969 (OP nº 68).
António Luís Rafael nasceu a 5 de Fevereiro de 1933 em Lisboa na Rua Carlos Mardel. Em 1948 entra para a Rádio Peninsular, uma associada dos Emissores Associados de Lisboa (e de que faziam parte a Rádio Graça, a Rádio Restauração, a Rádio S. Mamede, a Rádio Costa do Castelo). Mas antes e como morava na Parede foi fazer testes no Rádio Clube Português, que era na Parede. Fez testes de voz e de improviso, ficou aprovado, mas como era muito novo (tinha 15 anos) não o podiam aceitar. E diz "Lembro-me muito bem, foi no dia em que o meu Benfica ganhou ao Torino a Taça Latina". Então Henrique Mendes que tinha também um programa na Rádio Peninsular de canções francesas ( as últimas novidades que a Embaixada de França lhe emprestava) leva-o para lá. Vai para África a 1 de Maio de 1949 e chega a Lourenço Marques a 22 de Maio. Trabalha na Administração Pública e acaba por conseguir um lugar de estagiário no RCM. O seu problema mantém-se. É muito novo. Tempos depois abrem uma vaga para locutor e concorre. Obtém o 1º lugar. Entra como locutor de 3ª, mas passados 6 meses já é de 2ª e ao fim de 1 ano de 1ª. Isto causa alguns problemas para quem já lá estava à mais tempo, mas tudo se resolve. Nos anos 50 vai fazendo comentários no final dos relatos desportivos feitos pelo Amadeu José de Freitas e o Paulo Terra (pseudónimo do Mário Sérgio), também na época em que Eusébio era uma estrela no Sporting de Lourenço Marques. João de Sousa (OP nºs 2 e 55) dizia no Blog Bigslam a propósito do seu 80º aniversário, que aos 9 anos de idade o ouvia fazer os comentários desportivos, e que muitos anos depois teve "o prazer e o orgulho de trabalhar a seu lado". "Com ele reforçei o meu conhecimento sobre a capacidade de entrevistar e improvisar, duas áreas onde o António Luís Rafael se sentia como peixe na água",conclui.
No final dos anos 60 lança um programa de grande qualidade e actualização, "A Hora das Vedetas" que deve ter batido recordes de audiência (OP nº 68). Para comemorar o 2º aniversário ele e Maria de Lourdes fizeram o programa a bordo de um Boeing 737 da DETA entre LM (hoje Maputo) e Beira. O indicativo do programa era uma linda música "Soulful Strut" dos Young - Holt Unlimited, escrita por Sonny Sanders e o Chi-lites Eugene Record (OP nº 68). Barbara Acklin grava depois com letra de Record "Am I the Same Girl" em 69 também para a Brunswick Records de Chicago. Dusty Springfield faz também um cover em 69. Acklin gravou em 71 o Hit, "Have You Seen Her" escrito por ela e Records para os Chi-Lites como agradecimento. Morreu em 1988. Em 91 os Swing Out Sister gravam também "Am I the Same Girl" com grande êxito. A Onda Pop considerou-o o melhor programa de Rádio de 1969 (OP nº 68).
"Mas não foi só esse programa que fiz num Boeing. Quando a TAP começou a voar para Moçambique com o 707 o aeroporto de LM não estava preparado para o receber e a TAP ia aterrar à Beira. Fiz uma reportagem dessa primeira aterragem e depois a TAP levou-me num avião vazio da Beira a LM só para sobrevoarmos a cidade em voo baixo, demos umas três voltas enquanto eu da cabine ia fazendo a reportagem, agora passamos o Hotel Polana, agora o Governo Geral, estamos na Pinheiro Chagas, etc. depois regressámos à Beira".
Mas porque é que te interessaste pelo Music Hall de LM? "Senti que aquilo estava uma pasmaceira. Eu era correspondente da SABC e tinha muitos contactos com a Estação B (leia-se LM Radio) e começei a utilizar aquele estilo mais dinâmico. "A Hora das Vedetas" durou até 72, dava muito trabalho, eu fazia o programa sozinho. Mas o programa era gravado e depois também apresentado na Emissora Oficial de Angola. A Sara Chaves (OP nº 13) era minha procuradora e eu ia lá muitas vezes. Andei por Lobito, Nova Lisboa, Benguela, sei lá mais o quê. Os amigos não me largavam".
Depois em Dezembro de 75 vem para Portugal. Sabendo das suas qualidades é logo contratado para a RTP onde começa em Janeiro de 76. Faz o Telejornal 3, Nós Por Cá, 30 Minutos com..., País País, Ponto por Ponto (com Raul Durão) e muitos directos no Dia de Portugal. "Também colaborei 12 anos com a RDP fazendo as manhãs do trânsito. Consegui que eles montagens um mini estúdio nas Janelas Verdes, sede da GNR" .
É convidado no Verão de 91 para abrir o Canal Regiões e em 92 vai instalar-se em Évora como jornalista coordenador. È feito um mini estúdio com régie. A seu cargo estão seis jornalistas, 6 operadores de câmara e um administrativo. A RTP faz o Regiões das 19.30 h às 20.00 h e em simutâneo com Faro e Castelo Branco. Esses programas existiram até Dezembro de 2003. Reformou-se. Depois passou a trabalhar para uma empresa de comunicação social. Nos últimos anos dedica-se a escrever as suas memórias.
Para breve está a saída do seu livro de 165 páginas cujo nome ainda não está bem definido, ou "Sara, Uma Alentejana", romance cuja acção tem a sua raiz no Alentejo, prolongando-se pelas regiões de África mas sem que o Alentejo deixe de estar presente. Ou "Sara e a Paixão entre o Alentejo e Moçambique". A previsão é Junho e a escrita não alinha com o novo acordo ortográfico. Como não conseguimos uma gravação sua pedimos-lhe as canções da sua vida. "Bem a música de que mais gosto é a Clássica. Na música ligeira e ainda no meu Top tenho o Yesterday do Paul McCartney e das portuguesas, gosto muito de "Amélia dos Olhos Doces" do Carlos Mendes. Linda música para um lindíssimo poema de Joaquim Pessoa muito bem interpretado".
Mas porque é que te interessaste pelo Music Hall de LM? "Senti que aquilo estava uma pasmaceira. Eu era correspondente da SABC e tinha muitos contactos com a Estação B (leia-se LM Radio) e começei a utilizar aquele estilo mais dinâmico. "A Hora das Vedetas" durou até 72, dava muito trabalho, eu fazia o programa sozinho. Mas o programa era gravado e depois também apresentado na Emissora Oficial de Angola. A Sara Chaves (OP nº 13) era minha procuradora e eu ia lá muitas vezes. Andei por Lobito, Nova Lisboa, Benguela, sei lá mais o quê. Os amigos não me largavam".
Depois em Dezembro de 75 vem para Portugal. Sabendo das suas qualidades é logo contratado para a RTP onde começa em Janeiro de 76. Faz o Telejornal 3, Nós Por Cá, 30 Minutos com..., País País, Ponto por Ponto (com Raul Durão) e muitos directos no Dia de Portugal. "Também colaborei 12 anos com a RDP fazendo as manhãs do trânsito. Consegui que eles montagens um mini estúdio nas Janelas Verdes, sede da GNR" .
É convidado no Verão de 91 para abrir o Canal Regiões e em 92 vai instalar-se em Évora como jornalista coordenador. È feito um mini estúdio com régie. A seu cargo estão seis jornalistas, 6 operadores de câmara e um administrativo. A RTP faz o Regiões das 19.30 h às 20.00 h e em simutâneo com Faro e Castelo Branco. Esses programas existiram até Dezembro de 2003. Reformou-se. Depois passou a trabalhar para uma empresa de comunicação social. Nos últimos anos dedica-se a escrever as suas memórias.
Para breve está a saída do seu livro de 165 páginas cujo nome ainda não está bem definido, ou "Sara, Uma Alentejana", romance cuja acção tem a sua raiz no Alentejo, prolongando-se pelas regiões de África mas sem que o Alentejo deixe de estar presente. Ou "Sara e a Paixão entre o Alentejo e Moçambique". A previsão é Junho e a escrita não alinha com o novo acordo ortográfico. Como não conseguimos uma gravação sua pedimos-lhe as canções da sua vida. "Bem a música de que mais gosto é a Clássica. Na música ligeira e ainda no meu Top tenho o Yesterday do Paul McCartney e das portuguesas, gosto muito de "Amélia dos Olhos Doces" do Carlos Mendes. Linda música para um lindíssimo poema de Joaquim Pessoa muito bem interpretado".
E hoje que perguntas temos aqui ? 1ª - Quem é a cantora moçambicana que gravou spots publicitários da Schweppes 2ª - Qual o grande conjunto sul africano que há um ano visitou LM pela 1ªvez tendo actuado no Cine Teatro S. Miguel. 3ª - Qual o estilo peculiar de tocar do conjunto americano Canned Heat. |
Os Canned Heat formam-se em 1965 em Los Angeles. O seu objectivo era divulgarem os Blues, de que Alan Wilson (viola, harmónica e voz) e Bob Hite (voz) eram grandes entusiastas. Mesmo o nome do grupo foi retirado de um filme de 1928 "Canned Heat Blues". Canned Heat era o nome de uma bebida, "Sterno". Os outros elementos do grupo após uma série de entradas e saída em 1967 e quando já estão mais maduros eram Larry Taylor (baixo), Adolfo de La Parra (bateria a partir do 2º disco) e Henry Vestine (solo) depois será Harvey Mandel. Gravam o 1º single "Rolin' and Tumblin'" e o álbum "Bullfrog Blues". Foram um dos grupos da era Hippie mais importantes e participaram em toos os eventos incluindo, claro está, Woodstock. "On The Road Again" e "Going Up The Country" tornaram-se grandes hits. Eram "covers" de canções de 1950 e 1927). Nesta época foram a Inglaterra e a tocar em "backstage" estava Melvin que chegou a tocar no Quinteto Académico +2 (OP nºs 18, 39 e 41).
Depois gravam o 2º álbum "Boogie with Canned Heat" que incluía "On The Road Again", uma versão actualizada de uma canção de Floyd Jones de 1950. Incluía ainda uma versão de doze minutos de "Fried Hockey Boogie"no abuso de drogas, que foi e "Amphetamine Annie" considerada uma das pimeiras canções anti-droga. Este foi o 1º álbum para o baterista De La Parra. Em 68 tocam para 80 mil pessoas no Festval Pop de New Port e fazem o primeiro "Tour" à Europa. "On The Road Again" vai a 1º em muitos países. Em Outubro lançam o 3º álbum "Living The Blues" que inclui "Going Up The Country" baseada num blue dos anos vinte. A canção vai a 1º em 25 países e a 11º nos Estados Unidos e vai tornar-se num hino do Festival de Woodstock. O álbum incluí o tema "Parthenogenesis" com 19 minutos que faz a colagem de Blues, Rag, Distorção e Efeitos Electrónicos, tudo misturado sob a direcção no seu manager Skip Taylor.
Mesmo antes de Woodstock, Julho 69, sai o 4º álbum "Hallelujah", considerado pelos críticos um bom trabalho de Blues. Inlui o tema original "Canned Heat" de Tommy Johnson. A Woodstock chegam de helicóptero.
Antes do seu "Tour" pela Europa em 1970 sai o álbum "Future Blues" que inclui a canção de Chuck Berry que fará mais tarde furor na Europa, "Let's Work Together" (que hoje apresentamos na Parada da Onda Pop), mas que é alvo de controvérsia pois a capa do álbum mostra os americanos a aterrarem na Lua com a bandeira de pernas para o ar. A ideia foi de Wilson que pelo seu amor à natureza dizia que eles iam poluir a Lua, tal como o haviam feito com a Terra como já dizia na sua canção "Poor Moon". Voiltando da Europa Larry Taylor sente-se exausto e decide sair. Mais tarde irá tocar com John Mayal . Manuel sai e Vestine volta para a guitarra e entra o baixista Antonio De La Barreda.
John Lee Hooker e os Canned Heat encontram-se ocasionalmente no aeoporto Portland (Oregão) e descobrem que são grandes fãs uns dos outros. Nasce uma grande amizade e decidem gravar um álbum juntos , "Hooker 'N Heat". John considera Wilson como o melhor harmónica do mundo. Fazem várias sessões e gravações mas para seu infortúnio Wilson morre. O álbum só é acabado depois em Fevereiro de 71 e atinge a 73º posição do Top da Billboard. Curiosamente é o único álbum que John Lee Hooker tem nos Tops. Wilson andava muito deprimido, sobretudo por não ter sorte com mulheres e já anteriormente tentara o suicídio. Desta vez a 3 de Setembro de 1970 uma dose excessiva de barbitúricos provoca-lhe a morte. Tinha 27 anos pouco antes da morte de Janis Joplin e Jimi Hendrix, ambos também com 27 anos. Isto levou à publicação do livro "Eternamente Jovens" onde outros ícons famosos moreram com 27, como Marlin Monroe, Ayrton Senna e Jim Morrison. Na letra de "My Generation" diz-se "eu quero morrer antes de chegar a velho". John Scott que mais tarde fará parte dos Moby Grapes é quem o vai substituir.
Isto levou-os no ano seguinte a fazer digressões pela Austrália e Europa, gravações na Holanda e no Festival Rock Turku na Finlândia. Só em 1995 e 2007 essas gravações chegam ao domínio público. Os Canned Heat continuam fazendo grandes apresentações e também muitas mudanças de membros. Mudam-se da Liberty para a Atlantic. Perdem Skip como produtor e mais tarde num incêndio em sua casa perdem-se muitos masters do grupo (muito mais tarde serão recuperados por La Parra) que os editou em 1997 como "The Ties That Bind". Os problemas e abusos de álcool e drogas em palco por Hite motivaram muitas saídas, até que a banda ficou reduzida a Hite e De La Parra. Reorganizaram-se para um Tour à Austrália. Meses depois Bob"The Bear" Hite é encontrado morto na casa "Mar Vista" de La Parra, vítima de overdose de heroína. Corria o dia 5 de Abril de 1981. Isto levaria ao fm dos Canned Heat, mas De La Parra decide reorganizar o grupo.
Fazem novo "Tour" à Austrália. Nos anos 90 Vestine e Watson voltaram e De La Parra consegue que Mandel, Barron e Taylor se juntem para gravar o album "Internal Combustion" (1994). Ao longo das décadas foram muitos as álbuns gravados e muitos os membros que entravam, saíram e voltavam a entrar. Aliás quem muito se interessar pelos Caned Heat pode recorrer (como nós) à Wikipedia que embora, muitas vezes não seja muito correcta, neste caso tem uma boa informação. A banda manteve sempre grande popularidade na Austrália e na Europa, especialmente na Bélgica onde, Walker de Paduwa, Dr. Boogie, é o seu historiador oficial. Reuniu material nunca editado pelos Canned Heat e lançou "The Boogie House Tapes, Vol 1" em 2000, e "The Boogie House Tapes, Vol 2" em 2004. Depois em 2008 "Dr. Boogie Present Rarities From The Bob Hite Vaults".
Os álbuns mais recentes do grupo foram "Boogie 2000" (1999), "Friends In The Can" (2003) que inclui vários convidados como John Lee Hooker, Taj Mahal e vários ex-membros do grupo, Mandel,Taylor e Vestine. Em 2007 no "Christmas Álbum" também Eric Clapton e D. John dão a sua colaboração. Em 2009 o grupo é formado por Dale Spalding (harmónica e voz), Barry Levenson (solo), Greg Kace (baixo) e Adolfo De La Parra (bateria). A eles juntam-se no Verão Harvey Mandel e Larry Taylor para o "Heroes of Woodstock Tour" comemorando 40 anos do Festival. Em 2012 fizeram mais um "tour" pela Europa. Hoje a banda já nao tem nenhum dos membros originais de 1965 mas inclui 3 dos principais de Woodstock De La Parra, Mandel e Taylor, além de John Paulus que já passara pela banda e Dale o último vocalista. Dos antigos membros Vestine morreu em 1997 e Barredo em 2009.
Fazem novo "Tour" à Austrália. Nos anos 90 Vestine e Watson voltaram e De La Parra consegue que Mandel, Barron e Taylor se juntem para gravar o album "Internal Combustion" (1994). Ao longo das décadas foram muitos as álbuns gravados e muitos os membros que entravam, saíram e voltavam a entrar. Aliás quem muito se interessar pelos Caned Heat pode recorrer (como nós) à Wikipedia que embora, muitas vezes não seja muito correcta, neste caso tem uma boa informação. A banda manteve sempre grande popularidade na Austrália e na Europa, especialmente na Bélgica onde, Walker de Paduwa, Dr. Boogie, é o seu historiador oficial. Reuniu material nunca editado pelos Canned Heat e lançou "The Boogie House Tapes, Vol 1" em 2000, e "The Boogie House Tapes, Vol 2" em 2004. Depois em 2008 "Dr. Boogie Present Rarities From The Bob Hite Vaults".
Os álbuns mais recentes do grupo foram "Boogie 2000" (1999), "Friends In The Can" (2003) que inclui vários convidados como John Lee Hooker, Taj Mahal e vários ex-membros do grupo, Mandel,Taylor e Vestine. Em 2007 no "Christmas Álbum" também Eric Clapton e D. John dão a sua colaboração. Em 2009 o grupo é formado por Dale Spalding (harmónica e voz), Barry Levenson (solo), Greg Kace (baixo) e Adolfo De La Parra (bateria). A eles juntam-se no Verão Harvey Mandel e Larry Taylor para o "Heroes of Woodstock Tour" comemorando 40 anos do Festival. Em 2012 fizeram mais um "tour" pela Europa. Hoje a banda já nao tem nenhum dos membros originais de 1965 mas inclui 3 dos principais de Woodstock De La Parra, Mandel e Taylor, além de John Paulus que já passara pela banda e Dale o último vocalista. Dos antigos membros Vestine morreu em 1997 e Barredo em 2009.
Los Mismos foram um grupo espanhol que iniciou a sua carreira em 1965 como Los Jolly's. Só em 1968 mudam de nome. Eram constituídos por Elena Vasquez Mingueta nascida a 6 de Janeiro em Valladolid em 1948, Antonio Perez Gutiérrez também de Valladolid (6 de Outubro de 1944) e Benjamim Santos Calonge nascido a 15 de Maio de 1944 em Plasência. Assinam um contrato com a Columbia e o seu primeiro êxito é uma das canções do filme Mary Poppins ,"Supercalifragilisticoexpiralidoso", com os ainda não famosos Julie Andrews e Dick Van Dike que a geração de 60 curtia. A palavra mais longa que alguma vez alguém tinha visto, que dava muito gozo dizer mas também ninguém lhe sabia o significado. Lançam também um "cover" de Nino Ferrer, "Mirza", mas os discos seguintes vão perdendo força. O grupo termina porque vão fazer outras coisas. Em 1968 voltam a juntar-se e assinam contrato com a Belter mudando o nome para Los Mismos. O primeiro sucesso do grupo vem logo de seguida, "El Puente".
Como não temos nem encontrámos o tema sucesso dos Jolly's, "Supercalifragilisticoexpiralidoso" fomos buscar a cena do filme Mary Poppins dobrado em espanhol. "Mary Poppins" é sempre novidade para as novas gerações e lançava dois jovens quase desconhecidos Julie Andrews e Dick VanDike .Pode ser que tenham curiosidade em ver o filme que era recheado de canções alegres e lhes darão uma ideia de como era o início dos efeitos especiais e integração de humanos com desenhos animados. Para os meninos dos anos 60 eram grandes novidades. Depois o video de "El Puente" para quem tem medo de barcos e aviões.
Como não temos nem encontrámos o tema sucesso dos Jolly's, "Supercalifragilisticoexpiralidoso" fomos buscar a cena do filme Mary Poppins dobrado em espanhol. "Mary Poppins" é sempre novidade para as novas gerações e lançava dois jovens quase desconhecidos Julie Andrews e Dick VanDike .Pode ser que tenham curiosidade em ver o filme que era recheado de canções alegres e lhes darão uma ideia de como era o início dos efeitos especiais e integração de humanos com desenhos animados. Para os meninos dos anos 60 eram grandes novidades. Depois o video de "El Puente" para quem tem medo de barcos e aviões.
"El Puente foi considerado em Espanha como o maior sucesso do grupo, nós achamos que o maior êxito foi o "cover" que lançam em 1969 "Voy a Pintar Las Paredes Con Tu Nombre", original do grupo argentino "Los Tios Queridos". O grupo lancará depois uma série de "covers" como "D. Juan", "Es Mi Babe", "Sugar Sugar", "Jingle Jangle", "Pon Una Cinta En El Viejo Roble", "S. Bernardino", e outros. Depois de uma série de interrupções o grupo termina no final dos anos 70. Elena levava já uma carreira a solo com o nome de Helena Bianca que a levará até 96. Em 96 o grupo volta a reunir-se mas Antonio é subatituido por Guillermo. Hoje ainda vão fazendo espectáculos mantendo casas cheias nos que poderemos chamar como espectáculos nostálgicos onde cantam os seus velhos êxitos. "Voy a Pintar Las Paredes Con Tu Nombre" foi cantada a primeira vez na película argentina "Viva La Vida" pelos Los Tios Queridos e da qual apresentamos o video. Depois uma selecção de temas que em 2012. Helena Bianca e Guillermo apresentam-se como Los Mismos.
GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.