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"A Banda Diplomática" é a continuação do conjunto " Os Diabólicos "( Onda Pop nº 15) que tinham decidido mudar de nome.
Uma das grandes conquistas deste conjunto tinha sido assegurar a entrada para o órgão do João Maurílio (à época considerado o melhor organista). Deste grupo já falámos anteriormente com Carlos Pereira (o Carlitos) e com o Rodolfo Rodrigues. Faziam ainda parte do grupo, o Alexandre Loureiro (ritmo - já falecido) e o Vitor Tomé (voz - já falecido).
Vamos aproveitar esta oportunidade para falar com o João Maurílio, um nome que continuou a fazer história com a sua vinda para Lisboa.
Uma das grandes conquistas deste conjunto tinha sido assegurar a entrada para o órgão do João Maurílio (à época considerado o melhor organista). Deste grupo já falámos anteriormente com Carlos Pereira (o Carlitos) e com o Rodolfo Rodrigues. Faziam ainda parte do grupo, o Alexandre Loureiro (ritmo - já falecido) e o Vitor Tomé (voz - já falecido).
Vamos aproveitar esta oportunidade para falar com o João Maurílio, um nome que continuou a fazer história com a sua vinda para Lisboa.
JOÃO MAURÍLIO
O João nasceu em 1947 no Funchal, capital da linda ilha da Madeira.
Muito jovem vai com os pais para Moçambique.
O pai, sendo farmacêutico, é um apaixonado por música e gosta de tocar piano.
João começa a ter aulas de piano e aos 14/15 anos já está a formar um grupo musical, os "ABC". Estamos em 1961 e com ele tocavam o Fernando (viola), o Carlos Alberto (bateria - OP nº 25), ainda o Carlos Alberto Fonseca (acordeão) e o Saavedra (voz e futuro membro de "Os Inflexos").
O João nasceu em 1947 no Funchal, capital da linda ilha da Madeira.
Muito jovem vai com os pais para Moçambique.
O pai, sendo farmacêutico, é um apaixonado por música e gosta de tocar piano.
João começa a ter aulas de piano e aos 14/15 anos já está a formar um grupo musical, os "ABC". Estamos em 1961 e com ele tocavam o Fernando (viola), o Carlos Alberto (bateria - OP nº 25), ainda o Carlos Alberto Fonseca (acordeão) e o Saavedra (voz e futuro membro de "Os Inflexos").
Em 1962, o Dino (futuro 'Night Stars') vai buscá-lo para o Conjunto Académico (conjunto que já existia desde 1959), porque o Alex Coelho tinha-se licenciado em Engenharia e partira para o Canadá deixando-os sem pianista. Neste grupo também tocavam o Noel Cardoso (futuro 'Night Stars'), o João Pestana (futuro membro do Conjunto de Renato Silva - já falecido) e a voz do João Carlos Fortuna (futuro vocalista do Conjunto de Renato Silva e dos "I Cinque Di Roma" - OP nº39).
Um ano depois o Conjunto Académico desfaz-se com a partida dos elementos para os conjuntos já nomeados e Maurílio é convidado por Eduardo Pereira (bateria) que acabava de deixar Renato Silva para formar um novo grupo, o Conjunto Eduardo Pereira. Deste grupo faziam parte António Saturnino Corte (viola baixo) e Jesus Lopez Perez (sax Tenor), ambos violinistas das Orquestras de Variedades e Clássica do RCM, "e com quem aprendi muito e tive as minhas primeiras introduções ao Jazz", conta-nos João Maurílio.
Ainda está com o grupo uns dois, três anos mas depois irá tocar sòzinho em alguns clubes e boîtes ou até com o pai em festas e casamentos.
Conta-nos o nosso popista Zé Manel Santos: "Ainda me lembro aí em 67 de ter ido a um casamento na Catedral e de o ver a montar um órgão Farfisa de dois teclados que tinha acabado de receber e ia estrear. Tinha um som espectacular para a época".
Conta-nos o nosso popista Zé Manel Santos: "Ainda me lembro aí em 67 de ter ido a um casamento na Catedral e de o ver a montar um órgão Farfisa de dois teclados que tinha acabado de receber e ia estrear. Tinha um som espectacular para a época".
Os anos em que tocou a solo permitiram-lhe adquirir mais bagagem e estudos e em 68 quando foi para o serviço militar tocava no Dancing "A Cave" e no "Dancing Aquário", neste caso com o Ralph Pretorius e a Rosy (Rosy & Ralph e The Scarecrows).
Aí também conheceu alguns dos que viriam a ser seus chefes militares e sabendo o que ele fazia também lhe foram facilitando a vida. Três meses depois sai do exército por doença mas irá reentrar no ano seguinte. É neste ano de 69 que entra para 'A Banda Diplomática'.

Também não vai lá ficar muito tempo porque a seguir aparece-lhe o convite para integrar o conjunto 'Impacto', que renascia das cinzas da primeira versão de 'Os Inflexos'. Aí também conhece alguns dos elementos do Quinteto Académico + 2 que por vezes iam ao Hotel Girassol, acabado o seu show no Hotel Polana e estavam hospedados no Hotel Universo, ali bem perto. "Aliás decidi que tinha que obter um Hammond depois de ver o Mike a tocar no Hotel Polana, aquilo era um som fora de série", diz-nos João Maurílio.
"'O Impacto' foi um dos melhores conjuntos e o que mais gozo me deu", remata e nós não só concordamos, como afirmamos que 'O Impacto' foi um dos melhores conjuntos portugueses dos anos 60.
"'O Impacto' foi um dos melhores conjuntos e o que mais gozo me deu", remata e nós não só concordamos, como afirmamos que 'O Impacto' foi um dos melhores conjuntos portugueses dos anos 60.
"Adquiri um Hammond, mas entre 1970 e 1972 fui enviado para Nampula. Aqui acabei por ir tocar para a boîte Bagdá com o Aquino na bateria e a cantar. Ele era espectacular. Como eu fazia o baixo no órgão com o pé, descalço mas com meia para não escorregar, o Aquino dizia - Estão a ouvir o trio com João Maurílio no órgão, Domingos Aquino na bateria e Zé Peúga no baixo - bons tempos" comenta.
"Um dia aparece por lá o Gen. Kaúlza de Arriaga com a comitiva e eu toco uma canção brasileira cuja letra é ...barracão de zinco sem telhado....etc ("Avé Maria no Morro") e a esposa dele começa a cantá-la. Quando vai a sair dirige-se a mim e diz, não sabia que era do exército, então está satisfeito aqui a tocar, estar estou, respondi, mas agora tenho uma guia de marcha para Mueda. Chamou logo o Brigadeiro e disse: tome lá nota dos dados do nosso furriel.
Uns dias depois chama-me o comandante das transmissões e diz - Isto é uma merda! Agora um comandante já não manda nada. Você agora foi destacado para o Comando do Quartel General.
Até acabei por mandar vir o Hammond para Nampula e foi o meu amigo Hernâni Maio quem tratou disso".
"Um dia aparece por lá o Gen. Kaúlza de Arriaga com a comitiva e eu toco uma canção brasileira cuja letra é ...barracão de zinco sem telhado....etc ("Avé Maria no Morro") e a esposa dele começa a cantá-la. Quando vai a sair dirige-se a mim e diz, não sabia que era do exército, então está satisfeito aqui a tocar, estar estou, respondi, mas agora tenho uma guia de marcha para Mueda. Chamou logo o Brigadeiro e disse: tome lá nota dos dados do nosso furriel.
Uns dias depois chama-me o comandante das transmissões e diz - Isto é uma merda! Agora um comandante já não manda nada. Você agora foi destacado para o Comando do Quartel General.
Até acabei por mandar vir o Hammond para Nampula e foi o meu amigo Hernâni Maio quem tratou disso".
Depois de sair da tropa vem para Lourenço Marques onde entra para o AEC 68 que tocava no Hotel Polana. Faziam parte dele o Leonard Van Riel (Pup) sul africano que ainda hoje continua a tocar baixo, o Pedro Freire (viola) que hoje é um destacado director dos Hotéis Southern Sun, o Carlos Alberto que terminou a sua brilhante carreira no Sigma e o Franklin que tinha uma estupenda voz e que hoje vive na região de Torres Vedras.
Quando terminou o contrato no Polana foi tocar para o Mini-Golfe, em 1974. |
"Em 1975, venho para Lisboa com o Dino para tocar com o Eduardo Fortuna no Casino, mas algo corre mal e o Dino leva-me para um outro grupo, que já tinha o Bony no piano e então fico eu no órgão, o Filú no baixo e voz (já falecido), o Dino na bateria e o Rodolfo na viola. Depois fomos para uma boîte em Elvas e aí o Bony já não foi. Seguidamente ficámos no Casino do Estoril e depois fomos para a Madeira. Aí eu já não fui, foi o Juanito" remata o Maurílio.
"Em 1976 estou no Hotel Altis com o Eduardo Pereira na bateria e a cantar e depois, de 1979 a 1990, estive só no Hotel Ritz. A partir dessa data fui para o Meridien com o Carlos Vieira (Kakum) na bateria e o David Gausden no contrabaixo, um americano que era o Director do Hot Club. Aqui tocavámos a música que eu mais apreciava. Em 1991 o David convida-me para substituir o Bernardo Sassetti que deixava de dar aulas no Hot Club para se dedicar mais à composição". |
"Estive a dar aulas de diversas disciplinas no antigo edifício do Hot na Praça da Alegria, mas depois passámos para o edifício da Orquestra Metropolitana, dados os problemas no edifício do Hot. Saí em 2004. Aí faziamos concertos, percorremos todos os Municípios. Depois ainda leccionei nas Escolas de Jazz do Barreiro, Mafra, Torres Vedras e Sines e aproveitei para tirar o curso de mestrado de Jazz, em Évora".
Entretanto gravei um CD com a minha mulher Sara Valente, com o Paulo Bandeira na bateria, com o Gonçalo Marques no trompete e o Nelson Cascais no contrabaixo e tudo em seis horas de estúdio sòmente".
Entretanto gravei um CD com a minha mulher Sara Valente, com o Paulo Bandeira na bateria, com o Gonçalo Marques no trompete e o Nelson Cascais no contrabaixo e tudo em seis horas de estúdio sòmente".
E agora ainda tocas? - atalhámos.
"Agora estou numa Mega Escola no Parque das Nações, o Colégio Pedro Arrupe, uma excelente escola onde ensino algumas cadeiras".
E se te pedisse que tocasses algo para terminarmos este delicioso bate-papo.
"Talvez um pouco de 'But Not For Me' de George Gershwin, com improviso" propôs o João Maurílio. E assim nos brindou com o seu virtuosismo nas teclas...
"Agora estou numa Mega Escola no Parque das Nações, o Colégio Pedro Arrupe, uma excelente escola onde ensino algumas cadeiras".
E se te pedisse que tocasses algo para terminarmos este delicioso bate-papo.
"Talvez um pouco de 'But Not For Me' de George Gershwin, com improviso" propôs o João Maurílio. E assim nos brindou com o seu virtuosismo nas teclas...

UMA POSTA COM UM PEDRO - PEDRO LARANJEIRA
Pedro Laranjeira já em 1969 era um fura vidas, um indivíduo ávido de conhecimento sempre "pra frentex" como se dizia, fazia sonorização no Rádio Clube de Moçambique e em agências de publicidade, escrevia e fazia locução em programas da Rádio Mocidade.
Quando vem para Portugal alia todas as suas potencialidades quer como jornalista, escritor, fotógrafo, torna-se um expert em informática de forma a que todo o mundo da comunicação possa ser desconectado de uma forma rápida e eficiente. Vai viver para S. João da Madeira para onde as raízes o puxavam e com as novas tecnologias num abrir e fechar de olhos o põem em todo o lado.
Hoje dirige uma Fundação, é assessor do Reitor da Universidade de Angola, escreve artigos para variadas publicações e realmente a melhor forma de se saber tudo o que fez ou o que faz é espreitar pela diversa portas que a internet abre e onde é fácil encontrá-lo. Daí que de uma "posta" por onde começamos há 46 anos, seja hoje, fácil encontrar o bolo inteiro, tendo cada posta uma especialidade diferente, mas nada melhor do que falar com ele para conhecermos melhor o seu percurso de vida.
Hábilmente, diz-nos que será um prazer falar conosco, mas também nos aconselha a consultar o seu site www.laranjeira.com, onde se encontra uma detalhada rubrica sobre o seu 'percurso de vida', a qual aconselhamos a visita, pois é a história de uma vida riquíssima, agitada e sempre rebelde contra o tão famigerado 'sistema'.
Desse seu 'percurso de vida' retiramos algumas frases, que definem e aguçam o apetite para se ler e visitar o seu site:
"... Às tantas, fui para África, onde a minha mãe vivia e o meu pai morrera, não antes de me ter ensinado algumas das mais importantes lições que fazem de um homem mais do que saber usar calças, como, por exemplo, Honestidade (um defeito, eu sei, um defeito de pobres que o são por isso) e Honra, que é uma palavra que não me lembro bem se ainda está nos dicionários ou se já a tiraram de lá de todo...
Fui trabalhar para a Rádio Clube de Moçambique, que foi a melhor escola de rádio de língua portuguesa que jamais existiu."
Pedro Laranjeira já em 1969 era um fura vidas, um indivíduo ávido de conhecimento sempre "pra frentex" como se dizia, fazia sonorização no Rádio Clube de Moçambique e em agências de publicidade, escrevia e fazia locução em programas da Rádio Mocidade.
Quando vem para Portugal alia todas as suas potencialidades quer como jornalista, escritor, fotógrafo, torna-se um expert em informática de forma a que todo o mundo da comunicação possa ser desconectado de uma forma rápida e eficiente. Vai viver para S. João da Madeira para onde as raízes o puxavam e com as novas tecnologias num abrir e fechar de olhos o põem em todo o lado.
Hoje dirige uma Fundação, é assessor do Reitor da Universidade de Angola, escreve artigos para variadas publicações e realmente a melhor forma de se saber tudo o que fez ou o que faz é espreitar pela diversa portas que a internet abre e onde é fácil encontrá-lo. Daí que de uma "posta" por onde começamos há 46 anos, seja hoje, fácil encontrar o bolo inteiro, tendo cada posta uma especialidade diferente, mas nada melhor do que falar com ele para conhecermos melhor o seu percurso de vida.
Hábilmente, diz-nos que será um prazer falar conosco, mas também nos aconselha a consultar o seu site www.laranjeira.com, onde se encontra uma detalhada rubrica sobre o seu 'percurso de vida', a qual aconselhamos a visita, pois é a história de uma vida riquíssima, agitada e sempre rebelde contra o tão famigerado 'sistema'.
Desse seu 'percurso de vida' retiramos algumas frases, que definem e aguçam o apetite para se ler e visitar o seu site:
"... Às tantas, fui para África, onde a minha mãe vivia e o meu pai morrera, não antes de me ter ensinado algumas das mais importantes lições que fazem de um homem mais do que saber usar calças, como, por exemplo, Honestidade (um defeito, eu sei, um defeito de pobres que o são por isso) e Honra, que é uma palavra que não me lembro bem se ainda está nos dicionários ou se já a tiraram de lá de todo...
Fui trabalhar para a Rádio Clube de Moçambique, que foi a melhor escola de rádio de língua portuguesa que jamais existiu."
" ... Em 1974, como nos anos anteriores, eu trabalhava como jornalista "freelance" e vendia trabalhos de reportagem a quem conseguia que mos comprasse. Eram tempos difíceis, com a existência da Censura, e não conseguia colocar mais do que 15% dos trabalhos feitos.
Um dos orgãos que me comprava reportagem nesses dias era o programa "Limite", da Rádio Renascença, que veio a ficar conhecido por ter transmitido a senha "Grândola Vila Morena" ao Movimento das Forças Armadas.
Trabalhava então com Barbara Skolimowska, colega e amiga com quem estivera em vários sítios de dois continentes, incluindo a fazer reportagens em zonas de guerra no norte de Moçambique. Era britânica, filha de pais polacos, companheira de trabalho e vida durante três anos e meio.
Na madrugada de 24 de abril, partimos para a rua e às primeiras horas da manhã juntámo-nos à coluna do MFA comandada pelo Capitão Salgueiro Maia, no Terreiro Paço, que nos convidou a acompanhar o movimento numa viatura militar cedida propositadamente à Comunicação Social.
Foi aí que encontrei Adelino Gomes que me pediu, dado eu possuir os únicos meios disponíveis de captação de som, para participar na reportagem. Adelino Gomes é, sempre foi, um jornalista de grande prestígio, por quem nutro profundo respeito, pelo que foi com grande satisfação que organizei a estratégia de todo esse dia para que nos mantivessemos sempre juntos e os meus microfones captassem prioritariamente o seu comentário sobre o desenvolver dos acontecimentos, tornando-o, por assim dizer, no narrador da revolução.
Foi um dia memorável, com experiências inesquecíveis, como o pânico popular quando as chaimites abriram fogo sobre o Quartel do Carmo e fui arrastado pela multidão mais de 20 metros rua abaixo sem que os pés tivessem tocado o chão; perdi um sapato e partiu-se-me um dos dois gravadores que possuia. Foi um dos raros momentos em que estive separado de Adelino Gomes por alguns minutos.
Assim nasceu o disco "O dia 25 de abril - Diário da Revolução 1974", cujo direito de edição cedi à Sassetti para uma tiragem de 2.500 exemplares, por acordo a chegarem a público com um preço inferior a 180$00, de modo a que fossem acessíveis a todas as camadas de público.
Este é um dos trabalhos de que mais me orgulho de toda a minha carreira como jornalista, sinto-me feliz por poder ter estado no centro dos acontecimentos em data tão significativa, ter encontrado as parcerias que tanto valorizaram o trabalho e ter podido garantir ao património histórico do país um relato dos acontecimentos vivido no local e no momento em que aconteceram."
Um dos orgãos que me comprava reportagem nesses dias era o programa "Limite", da Rádio Renascença, que veio a ficar conhecido por ter transmitido a senha "Grândola Vila Morena" ao Movimento das Forças Armadas.
Trabalhava então com Barbara Skolimowska, colega e amiga com quem estivera em vários sítios de dois continentes, incluindo a fazer reportagens em zonas de guerra no norte de Moçambique. Era britânica, filha de pais polacos, companheira de trabalho e vida durante três anos e meio.
Na madrugada de 24 de abril, partimos para a rua e às primeiras horas da manhã juntámo-nos à coluna do MFA comandada pelo Capitão Salgueiro Maia, no Terreiro Paço, que nos convidou a acompanhar o movimento numa viatura militar cedida propositadamente à Comunicação Social.
Foi aí que encontrei Adelino Gomes que me pediu, dado eu possuir os únicos meios disponíveis de captação de som, para participar na reportagem. Adelino Gomes é, sempre foi, um jornalista de grande prestígio, por quem nutro profundo respeito, pelo que foi com grande satisfação que organizei a estratégia de todo esse dia para que nos mantivessemos sempre juntos e os meus microfones captassem prioritariamente o seu comentário sobre o desenvolver dos acontecimentos, tornando-o, por assim dizer, no narrador da revolução.
Foi um dia memorável, com experiências inesquecíveis, como o pânico popular quando as chaimites abriram fogo sobre o Quartel do Carmo e fui arrastado pela multidão mais de 20 metros rua abaixo sem que os pés tivessem tocado o chão; perdi um sapato e partiu-se-me um dos dois gravadores que possuia. Foi um dos raros momentos em que estive separado de Adelino Gomes por alguns minutos.
Assim nasceu o disco "O dia 25 de abril - Diário da Revolução 1974", cujo direito de edição cedi à Sassetti para uma tiragem de 2.500 exemplares, por acordo a chegarem a público com um preço inferior a 180$00, de modo a que fossem acessíveis a todas as camadas de público.
Este é um dos trabalhos de que mais me orgulho de toda a minha carreira como jornalista, sinto-me feliz por poder ter estado no centro dos acontecimentos em data tão significativa, ter encontrado as parcerias que tanto valorizaram o trabalho e ter podido garantir ao património histórico do país um relato dos acontecimentos vivido no local e no momento em que aconteceram."
![]() Aconselhamos a audição deste disco histórico na sua totalidade no site do Pedro Laranjeira, através do link: http://laranjeira.com/radio/740425_25abril.html#.Vbu7lvlVgSU |
" ... De sonoplastia a cinema, publicidade, teatro e jornalismo,
foi um vórtice, com imprensa escrita entretanto e serviço militar obrigatório à
mistura.
Toquei em todas as feridas sociais que me pareceram merecer a luz da opinião pública e nunca tive medo de publicar a verdade, doesse ela a quem doesse.
Afinal, o 25 de Abril sempre trouxe qualquer coisa!"
Também escreveu poemas e três livros interessantíssimos, que demonstram o ecletismo dos temas e preocupações do Pedro, ao longo da sua vida.
Toquei em todas as feridas sociais que me pareceram merecer a luz da opinião pública e nunca tive medo de publicar a verdade, doesse ela a quem doesse.
Afinal, o 25 de Abril sempre trouxe qualquer coisa!"
Também escreveu poemas e três livros interessantíssimos, que demonstram o ecletismo dos temas e preocupações do Pedro, ao longo da sua vida.
Na nossa opinião, o Pedro Laranjeira é um óptimo exemplo de um cidadão preocupado e que sabe que a melhor forma de não ser manipulado é estar atento e culturalmente consciente.
Quando lhe perguntámos se estava orgulhoso e satisfeito com o seu percurso de vida, respondeu-nos assim: - "Já passei por muito na Vida, mas falta-me ainda fazer tudo aquilo que não fiz!" |
Quem será esta garota da foto ? Ela era a eterna namorada de 9 em cada 10 rapazes nos anos 60 e é ainda hoje a utópica paixão dos moços de mais de 60 anos. A sua beleza etérea não tinha a exuberância da boniteza da Sylvie Vartan, fisícamente esbelta não era tão sexy como a Sheila, mas era o tipo da namorada que todos desejavam encontrar, de tal forma que alguns amigos nossos casaram com moças que, na sua imaginação, faziam-na lembrar e outros fazem colecção até hoje de todos os discos que encontrem dela, porque ela cantava lindas canções, muitas delas da sua autoria, como aquela que aqui vos deixamos como dica. |
Embora bastante debilitada ao nível da saúde, a nossa musa do amor continua com a sua atraente beleza de calma e serenidade, embora a sua vida sentimental não tenha sido a vida de sonho, que ela ambicionaria e que provàvelmente teria tido se tivesse escolhido um destes inúmeros apaixonados platónicos para seu companheiro. Preferiu o Jacques Dutronc, um moço atraente, músico e compositor de sucesso como ela, de quem teve o seu único filho Thomas Dutronc.
|
Nunca se afastou totalmente da música e foi editando discos ao longo dos seus 50 anos de carreira, sendo que o último a ser editado até agora foi "L'Amour Fou", em 2012, e que foi aclamado pela crítica.
Já descobriram quem é ela? Então participem no nosso concurso e habilitem-se a ganhar um prémio surpresa... se derem a resposta certa. Boa Sorte!!! |

1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.

Nesta semana a 'Onda Pop' não podia fazer melhor homenagem à sua Parada de êxitos, pois fez uma elegia musical aos três primeiros classificados. "Rock Machine" e "Proud Mary" aparecem com as suas letras na rubrica 'Cantem Com A 'Onda Pop'" e o terceiro classificado, "Are You Growing Tired Of My Love" em destaque nesta rubrica.
"Are You Growing Tired Of My Love" é uma composição de Anthony King e foi a primeira gravação dos Status Quo com o seu novo lider vocal, Rick Parfitt.
"Are You Growing Tired Of My Love" é uma composição de Anthony King e foi a primeira gravação dos Status Quo com o seu novo lider vocal, Rick Parfitt.