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Tal como a "Onda Pop" anunciava, centenas de outros jornais no mundo inteiro faziam o mesmo no dia 10 Abril de 1970, quando Paul McCartney comunicou que não tinha intenção de continuar a trabalhar com os Beatles.
A mídia e o público em geral, nos cinco continentes, consideraram essas declarações como uma tragédia cultural, pois em apenas oito anos (para o grande público) os Beatles tinham escrito a página mais sumptuosa da história da música Pop/Rock.
Imaginem a frustação de saberem dessa ruptura brutal numa tão curta carreira, só que ninguém conjecturava que para além do término da fabulosa carreira dos Fab Four, esse momento sinalizaria também o final de uma era de optimismo social sem precedentes na história da humanidade e da sua cultura.
Os anos 60 tinham sido anos revolucionários socialmente, científicamente, culturalmente e musicalmente, criando a esperança de uma nova alma na humanidade, o que infelizmente não veio a acontecer nas décadas vindouras, assim como a alma dos Beatles que também foi possuída pelos interesses financeiros, que gerem o mundo.
A mídia e o público em geral, nos cinco continentes, consideraram essas declarações como uma tragédia cultural, pois em apenas oito anos (para o grande público) os Beatles tinham escrito a página mais sumptuosa da história da música Pop/Rock.
Imaginem a frustação de saberem dessa ruptura brutal numa tão curta carreira, só que ninguém conjecturava que para além do término da fabulosa carreira dos Fab Four, esse momento sinalizaria também o final de uma era de optimismo social sem precedentes na história da humanidade e da sua cultura.
Os anos 60 tinham sido anos revolucionários socialmente, científicamente, culturalmente e musicalmente, criando a esperança de uma nova alma na humanidade, o que infelizmente não veio a acontecer nas décadas vindouras, assim como a alma dos Beatles que também foi possuída pelos interesses financeiros, que gerem o mundo.
Para além dos excepcionais talentos natos em termos de composição e criatividade musical, uma das pricipais razões de todo o seu sucesso intemporal, e sem fronteiras geográficas, políticas ou religiosas, foi a alma do grupo na sua solidariedade, amizade e interesse comum na música, como afirma Paul McCartney no filme oficial recentemente lançado - "Eight Days A Week", que conta a história do grupo durante os anos de digressões, concertos ao vivo e espectáculos televisivos pelos quatro continentes, ou seja desde a sua criação até ao último concerto no Candlestick Park, em São Francisco, há 50 anos, no dia 29 de Agosto de 1966 (curiosamente, ou não, o mesmo dia e mês do nascimento do nosso Sgt. Beatleano e Onda Popista Luís Arriaga).
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Essa alma do grupo, especialmente entre John Lennon e Paul McCartney, foi-se cimentando por diversos factos que foram acontecendo nas suas jovens vidas:
- Ringo Starr, John Lennon, Paul McCartney e George Harrison nasceram filhos de uma sociedade média baixa de trabalhadores, que remediadamente renascia das cinzas da 2ª Guerra Mundial e tiveram uma infância dura em Liverpool;
- John, Paul e Ringo, cedo viram-se privados de um dos seus progenitores;
- John e Paul perderam as sua mães durante a sua juventude (aos 17 e 14 anos, respectivamente);
- Ainda antes dos 20 anos de idade (George tinha 17 anos), os Beatles foram tocar para vários bares e boites em Hamburgo, a cidade da Alemanha conhecida na época como a capital europeia do vício, do sexo e do crime;
- Tocavam todas as noites (8 horas por dia) e viviam sem condições nos camarins de um velho cinema em ruínas, o que os tornou ainda mais solidários, até porque acabariam por ser deportados para Inglaterra, por diversos motivos e acusações, sem dinheiro, mas com uma experiência de vida, de palco e musical riquíssima;
- Por volta de 1963, John e Paul já tinham composto em conjunto cerca de 200 canções, porque o seu hobby e cumplicidade era compôr músicas e assim, de certa forma, ultrapassarem, e se solidarizarem entre eles, dos acontecimentos acima já referidos e que influenciaram as suas vidas;
- Essa alma cheia de cumplicidade e amizade entre os quatro Beatles, veio ainda a reforçar-se durante os primeiros anos de sucesso, tournées e concertos, numa média de 25 eventos por mês, muitas vezes em condições precárias de transporte e alojamento por toda a Grã-Bretanha, até ao sucesso nos Estados Unidos, em 1964;
- O sucesso e viagens internacionais obrigou-os a outro tipo de experiência e convivência em grupo, pois para além das longas viagens intercontinentais, viviam muitas vezes 24 horas por dia fechados num quarto de hotel, pois era quase impossível saírem sem serem perseguidos por centenas ou milhares de fãs.
- Ringo Starr, John Lennon, Paul McCartney e George Harrison nasceram filhos de uma sociedade média baixa de trabalhadores, que remediadamente renascia das cinzas da 2ª Guerra Mundial e tiveram uma infância dura em Liverpool;
- John, Paul e Ringo, cedo viram-se privados de um dos seus progenitores;
- John e Paul perderam as sua mães durante a sua juventude (aos 17 e 14 anos, respectivamente);
- Ainda antes dos 20 anos de idade (George tinha 17 anos), os Beatles foram tocar para vários bares e boites em Hamburgo, a cidade da Alemanha conhecida na época como a capital europeia do vício, do sexo e do crime;
- Tocavam todas as noites (8 horas por dia) e viviam sem condições nos camarins de um velho cinema em ruínas, o que os tornou ainda mais solidários, até porque acabariam por ser deportados para Inglaterra, por diversos motivos e acusações, sem dinheiro, mas com uma experiência de vida, de palco e musical riquíssima;
- Por volta de 1963, John e Paul já tinham composto em conjunto cerca de 200 canções, porque o seu hobby e cumplicidade era compôr músicas e assim, de certa forma, ultrapassarem, e se solidarizarem entre eles, dos acontecimentos acima já referidos e que influenciaram as suas vidas;
- Essa alma cheia de cumplicidade e amizade entre os quatro Beatles, veio ainda a reforçar-se durante os primeiros anos de sucesso, tournées e concertos, numa média de 25 eventos por mês, muitas vezes em condições precárias de transporte e alojamento por toda a Grã-Bretanha, até ao sucesso nos Estados Unidos, em 1964;
- O sucesso e viagens internacionais obrigou-os a outro tipo de experiência e convivência em grupo, pois para além das longas viagens intercontinentais, viviam muitas vezes 24 horas por dia fechados num quarto de hotel, pois era quase impossível saírem sem serem perseguidos por centenas ou milhares de fãs.
Mas o cansaço e a falta de tempo para fazerem o que mais gostavam - compôr -, levou a que essa alma de grupo começasse a se esvair, até pelos naturais afastamentos desse dia a dia que viveram durante mais de seis anos (quase que 24 horas por dia sempre juntos), causados por namoros, casamentos e pela individualização dos interesses culturais e sociais de cada um.
Iniciava-se assim um período de variadas e desgastantes batalhas pelo poder e controle da alma dos Beatles, principalmente lideradas por John Lennon ou Paul McCartney. |
Essa união só era ainda mantida com uma certa disciplina pelo seu manager, Brian Epstein, que todos respeitavam inequivocamente, o qual lhes dava linhas de orientação para cumprirem com os termos contratuais acordados com a gravadora "Parlophone", no que diz respeito ao lançamento de novos discos de 3 em 3 meses.
Enquanto Paul se interessava por eventos culturais de artes plásticas e outras vertentes musicais, Ringo pela 7ª arte e George pela música indiana, John deixou-se cair numa letargia tão doentia, que o fez perder a condição de líder não só da banda, mas de composições, e Paul foi assumindo naturalmente essa posição até como consequência dos seus novos conhecimentos musicais fora do Pop/Rock, o que deixou John enciumado.
Outro factor vital para as novas relações entre os Fab Four, foram as ligações amorosas, pois embora Ringo e George já estivessem casados, assim como John que até já era pai do Julian, as novas relações amorosas de John e de Paul foram suficientemente amargas para a boa alimentação da alma do grupo.
Enquanto Paul se interessava por eventos culturais de artes plásticas e outras vertentes musicais, Ringo pela 7ª arte e George pela música indiana, John deixou-se cair numa letargia tão doentia, que o fez perder a condição de líder não só da banda, mas de composições, e Paul foi assumindo naturalmente essa posição até como consequência dos seus novos conhecimentos musicais fora do Pop/Rock, o que deixou John enciumado.
Outro factor vital para as novas relações entre os Fab Four, foram as ligações amorosas, pois embora Ringo e George já estivessem casados, assim como John que até já era pai do Julian, as novas relações amorosas de John e de Paul foram suficientemente amargas para a boa alimentação da alma do grupo.
Yoko Ono assumiu no coração de John o vazio que a relação com Paul começava a transparecer, pois Paul que tinha sido o grande companheiro dos últimos 6/7 anos não só assumia o comando do grupo, quer musicalmente, quer como ideólogo do caminho a seguir pelo grupo, mas porque Paul tinha criado um novo tipo de relacionamentos sociais que John não compartilhava, por não se sentir no seu ambiente, onde era respeitado ou mesmo idolatrado.
Yoko começou a influenciar John Lennon de uma forma tão evidente, que passou a estar presente em todas as sessões de gravação e criação do grupo, que até então só tinha sido propriedade exclusiva de John, Paul, George e Ringo, com a excepção fundamental do grande arquitecto musical das composições do grupo, o maestro e produtor, George Martin - o 5º Beatle.
Yoko começou a influenciar John Lennon de uma forma tão evidente, que passou a estar presente em todas as sessões de gravação e criação do grupo, que até então só tinha sido propriedade exclusiva de John, Paul, George e Ringo, com a excepção fundamental do grande arquitecto musical das composições do grupo, o maestro e produtor, George Martin - o 5º Beatle.
Essa intromissão física e mental de Yoko e das suas opiniões, no seio do grupo, enquanto criadores, veio criar clivagens fortíssimas na até então fortíssima alma dos Beatles, tendo sido Ringo Starr a dar o primeiro sinal a 22 de Agosto de 1968, quando saíu do estúdio Abbey Road e foi passar férias no iate de Peter Sellers, sem dar essa nova aos outros três, pois sentia-se frustrado, porque era normalmente o primeiro a chegar ao estúdio, esperava a chegada dos outros três e aguentava horas a ouvir discussões e maledicências entre os outros, antes de finalmente começarem as sessões de gravação. Foi o primeiro a mostrar fortemente o seu desagrado com a situação, só tendo voltado a encontrá-los a 3 de Setembro. Depois foi a vez de George Harrison (a 10 de Janeiro de 1969) reclamar e abandonar os estúdios em Twickenham, indo para casa dos pais em Liverpool por uma semana, depois de se opôr à presença e sentenças de Yoko Ono sobre o material musical que ele compusera: "All Things Must Pass", "I Me Mine", "Hear Me Lord" e "If Not For You", esta última que ele compusera em parceria com Bob Dylan (algo que nem John, nem Paul se tinham alguma vez dignado fazer com ele) e desejava mostrar aos outros três para aprovação, como sempre tinha acontecido entre eles, sem a intromissão e as opiniões de Yoko Ono no "Clube do Bolinha" (só para meninos), que eles naturalmente tinham criado desde os tempos de Hamburgo.
Entretanto o aglutinador e apaziguador dessas diferenças de personalidades e interesses cada vez maiores entre os quatro membros dos Beatles era o seu empresário Brian Espstein, que todos respeitavam sem reservas, pelas fórmulas de sucesso que este idealizara e impusera para os Beatles, quer se tratasse da imagem visual da banda, quer das condições contratuais com a "Parlophone" ou com a organização de tournées, apresentações na TV,
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entrevistas de grupo, ou quer ainda com a orientação financeira e de direitos autorais dos Beatles.
Brian Espstein morre a 27 de Agosto de 1967 e deixa toda essas incumbências nas mãos dos quatro rapazes de Liverpool, que até então não tinham tido essa responsabilidade na maioria dessas decisões e como tal sem a experiência suficiente para gerir, após o desaparecimento do seu grande tutor, o enorme império económico que já possuíam e, essencialmente, as suas próprias diferenças de ideias, de ideais e de personalidades, que começavam a pôr em causa a a cumplicidade que os levaram ao sucesso.
Em Janeiro de 1968, aconteceu o último grande pesadelo para a alma dos Beatles, que foi a criação da empresa Apple Corps, Ltd, tão ambiciosa que abrangia áreas como gravadora/produtora de discos (Apple Records), detentora de estúdios de gravação (Apple Studio), criadora e realizadora de filmes (Apple Films), vendedora de retalho não só de discos, ou marchandise, mas também de artigos de moda, como a Apple Boutique, na Baker Street, em Londres (Apple Retail), inventora de artigos electrónicos, supostamente revolucionadores do mercado (Apple Electronics) ou ainda como descobridora e gestora de novos talentos musicais, onde se destacam a assinatura de contratos com os Badfinger, Mary Hopkin, Billy Preston ou os Radha Krishna Temple (Apple Publishing).
A 9 de Maio de 1969, George Harrison decide igualmente lançar um álbum a solo - "Electronic Sound", um álbum experimental de música avant-garde, ùnicamente composto por duas longas composições tocadas num sintetizador Moog. Na realidade este era o 2º álbum que George Harrison lançara, embora o primeiro (em 1 de Novembro de 1968) fosse sòmente a banda sonora que compusera para o filme "Wonderwall", tal como Paul McCartney já o fizera a 6 de Janeiro de 1967, com o álbum da banda sonora de sua autoria para o filme "The Family Way".
Para piorar a situação, John e Yoko resolvem formar, em 1969, um novo conjunto para os acompanhar nos novos projectos a solo ou em duo. O conjunto chama-se "Plastic Ono Band" e nele chegaram a colaborar artistas do valor de Eric Clapton, Klaus Voormann, Alan White, Billy Preston ou Delaney & Bonnie.
Aparentemente os outros 3 Beatles não reagem a esta nova investida de John, tentando manter o grupo, talvez até porque não era a hora correcta para desavenças, pois os Beatles sentiam que estavam fragilizados e não tinham nem tempo, nem capacidade para tanta gestão e por isso nomearam o seu amigo de infância e Road Manager dos Beatles, Neil Aspinall, que aceitou o cargo de Presidente Executivo da "Apple", mas só provisòriamente até encontrarem um executivo à altura das necessidades desse novo império, visto que era preciso estancar o fluxo de dinheiro que desaparecia dos cofres da "Apple" e consequentemente jorrava dos bolsos dos Beatles, que tinham escolhidos amigos impreparados para gerir os seus negócios, como um tal grego (Alex Madras) amigo de John, que gastou centenas de milhares de libras esterlinas em eventuais descobertas de artefactos electrónicos (que nunca funcionaram convenientemente) na Apple Electronics.
Aparentemente os outros 3 Beatles não reagem a esta nova investida de John, tentando manter o grupo, talvez até porque não era a hora correcta para desavenças, pois os Beatles sentiam que estavam fragilizados e não tinham nem tempo, nem capacidade para tanta gestão e por isso nomearam o seu amigo de infância e Road Manager dos Beatles, Neil Aspinall, que aceitou o cargo de Presidente Executivo da "Apple", mas só provisòriamente até encontrarem um executivo à altura das necessidades desse novo império, visto que era preciso estancar o fluxo de dinheiro que desaparecia dos cofres da "Apple" e consequentemente jorrava dos bolsos dos Beatles, que tinham escolhidos amigos impreparados para gerir os seus negócios, como um tal grego (Alex Madras) amigo de John, que gastou centenas de milhares de libras esterlinas em eventuais descobertas de artefactos electrónicos (que nunca funcionaram convenientemente) na Apple Electronics.
Para assumir esse cargo iniciar-se-ia uma batalha entre dois candidatos americanos que foram a Londres para lutar pelo controle dos Beatles: Allen Klein e Lee Eastman, respectivamente escolhidos por John Lennon e Paul McCartney.
Allen Klein era um misterioso homem de negócios, que era conhecido por conduzir as suas negociações através de formas pouco ortodoxas, como já o fizera com os cantores americanos Sam Cooke e Bobby Darin, cujos direitos autorais tinham em parte sido pagos à máfia, que na época controlava algumas gravadoras de discos, e que ele recuperou, quando ninguém acreditava que isso fosse possível.
Em 1964, quando os Beatles foram pela primeira vez aos Estados Unidos, Allen Klein entrou em contacto com Brian Epstein e propôs-se renegociar o contrato de gravação com muitos maiores royalties, para em troca receber 20% desses novos royalties, mas Epstein mostrou-lhe a porta da rua, porque não era dessa forma que fazia negócios. Klein então virou-se para os Rolling Stones, com quem ganhou um contrato, assim como com outras bandas britânicas (The Animals, The Kinks, Dave Clark 5, etc) da British Invasion, que estavam a chegar pela primeira vez aos Estados Unidos. Quando Klein soube da morte da Epstein e começou a ter conhecimento da gestão ruinosa que assolava a Apple, fez-se apresentar a Derek Taylor (assessor de imprensa dos Beatles), que o levou para uma reunião com John Lennon. John demonstrou simpatia por Klein, pois este também tinha perdido a mãe muito cedo e crescera num orfanato, para além de não ser um empresário que só geria dinheiro e fama, mas que era capaz de apreciar música, visto que Klein tinha sabido inflar o ego de John, quando lhe disse que gostava muito das músicas do John e até nomeou algumas das suas composições menos conhecidas. Após conhecer Allen Klein, John convocou uma reunião com Paul, George e Ringo e informou-os que já tinha encontrado o gestor que eles estavam necessitando, cujo contrato teria uma cláusula que daria 20% dos lucros a Klein. |
Paul contrapôs o nome de Lee Eastman (pai de Linda, com quem Paul entretanto se casara a 12 de Março de 1969).
Lee Eastman era um advogado e empresário de reconhecidos méritos, que era então sogro de Paul McCartney, por ser o pai de Linda, e que já tinha ajudado os Beatles ao opinar sobre que decisão deveriam tomar quanto à aquisição da NEMS (empresa que pertencera a Brian Epstein e que possuía uma boa parte dos direitos autorais das músicas e do merchandising dos Beatles), quando Clive Epstein (o irmão de Brian) lhes anunciou que ía vender a empresa do irmão. Eastman aconselhou Paul a comprar a NEMS, o que nunca aconteceu e grande parte dos direitos dos Beatles passaram para outras mãos alheias a qualquer dos elementos da banda. A proposta de Paul saíu derrotada na votação por 3-1, pois George e Ringo apoiaram a opção Klein por acharem demasiado perigoso ter um gestor que era sogro de um deles (Paul). Paul recusou-se numa primeira fase a assinar o contrato com Allen Klein, mas chegou-se então a um acordo: Klein seria responsável por todos os contratos e negócios já firmados e Eastman tomaria conta de todos os novos contratos e negócios. |
Mas a solução que parecia de bom senso ou a do sonho possível, tornou-se um pesadelo para os Beatles.
Pouco tempo depois veio a acontecer uma primeira batalha, .quando Dick James, director e sócio maioritário da Northern Songs (empresa que detinha o catálogo Lennon/McCartney) decidiu vender as suas acções a Sir Lew Grade, da Associated Television.
A Northern Songs, Ltd era uma empresa que foi criada em 1963, pelo editor Dick James, Brian Epstein, John Lennon e Paul McCartney, com intuito de gerir os direitos das composições da autoria de Lennon e McCartney, mas também as de George Harrison e de Ringo Starr.
Depois de Brian Epstein ter falecido em 1967, Lennon e McCartney procuraram renegociar o seu acordo de publicação com Dick James , mas no início de 1969 James e o seu parceiro Charles Silver decidiram vender as suas ações, não dando qualquer aviso aos quatro Beatles, nem à Apple Corps. Lennon e McCartney tentaram ganhar a posse dos direitos de publicação , mas a sua tentativa de ganhar o controle falhou, contra o poder financeiro de Lew Grade garantiu que a Northern Songs passasse para o controle da ATV.
Então, Allen Klein (então já de facto gerente dos Beatles ) tentou adquirir a ATV para a Apple Corps, mas isso também falhou.
Foi o ínicio de uma infindável dor de cabeça durante semanas e semanas, com reuniões na Apple discutindo dinheiro e gestão, advogados e participações em empresas, em vez de estarem no estúdio a fazer o que mais lhes agradava: compôr e gravar novas canções.
A Northern Songs, Ltd era uma empresa que foi criada em 1963, pelo editor Dick James, Brian Epstein, John Lennon e Paul McCartney, com intuito de gerir os direitos das composições da autoria de Lennon e McCartney, mas também as de George Harrison e de Ringo Starr.
Depois de Brian Epstein ter falecido em 1967, Lennon e McCartney procuraram renegociar o seu acordo de publicação com Dick James , mas no início de 1969 James e o seu parceiro Charles Silver decidiram vender as suas ações, não dando qualquer aviso aos quatro Beatles, nem à Apple Corps. Lennon e McCartney tentaram ganhar a posse dos direitos de publicação , mas a sua tentativa de ganhar o controle falhou, contra o poder financeiro de Lew Grade garantiu que a Northern Songs passasse para o controle da ATV.
Então, Allen Klein (então já de facto gerente dos Beatles ) tentou adquirir a ATV para a Apple Corps, mas isso também falhou.
Foi o ínicio de uma infindável dor de cabeça durante semanas e semanas, com reuniões na Apple discutindo dinheiro e gestão, advogados e participações em empresas, em vez de estarem no estúdio a fazer o que mais lhes agradava: compôr e gravar novas canções.
Mas até aí a situação piorou quando Allen Klein propôs a John Lennon, que enviasse as faixas de gravação do futuro álbum "Let It Be/Get Back" ao conceituado produtor americano Phil Spector, para este as produzir, em vez de ser o eterno 5º Beatle, George Martin a fazê-lo.
Phil Spector acrescentou então instrumentos de cordas, harpas e um coro feminino a algumas das composições, como em "The Long And Winding Road" de Paul McCartney, o que não agradou a este, que resolveu enviar uma carta a Klein e a Phil Spector: "No futuro, ninguém terá permissão de acrescentar ou subtrair algo da gravação de uma das minhas canções sem a minha autorização...".
Phil Spector acrescentou então instrumentos de cordas, harpas e um coro feminino a algumas das composições, como em "The Long And Winding Road" de Paul McCartney, o que não agradou a este, que resolveu enviar uma carta a Klein e a Phil Spector: "No futuro, ninguém terá permissão de acrescentar ou subtrair algo da gravação de uma das minhas canções sem a minha autorização...".
Poucos dias antes do lançamento previsto para 17 de Abril, o assessor de imprensa dos Beatles, Derek Taylor, levou a Paul um questionário que continha todas as perguntas que a imprensa lhe iria fazer sobre o seu álbum a solo: "McCartney".
A resposta que Paul McCartney deu à pergunta sobre a eventual dissolução dos Beatles foi: "Sim, nós não tocaremos juntos novamente".
A resposta que Paul McCartney deu à pergunta sobre a eventual dissolução dos Beatles foi: "Sim, nós não tocaremos juntos novamente".
A 10 de Abril de 1970 as manchetes diziam: "Os Beatles separaram-se!".
E era verdade, não existia mais a divertida gangue e a alma dos Beatles tinha sido consumida pelo dinheiro e pelo poder, bem como perdera toda a solidariedade e cumplicidade que os unira com tanto sucesso por mais de uma década.
E era verdade, não existia mais a divertida gangue e a alma dos Beatles tinha sido consumida pelo dinheiro e pelo poder, bem como perdera toda a solidariedade e cumplicidade que os unira com tanto sucesso por mais de uma década.
Relembremos algumas imagens da última sessão de fotos que os Beatles fizeram na casa e nos terrenos anexos onde John Lennon e Yoko Ono viviam à data de 22 de Agosto de 1969, ou seja em Tittenhurst Park.
Em 1971, Paul McCartney processou os Beatles com o intuito de dissolução da banda e a consequente queda de poder de Allen Klein, cuja relação com os outros três Beatles também se foi azedando por causa das suas decisões sempre controversas, sendo portanto mais tarde "convidado" a sair, mesmo que com uma indemnização multimilionária.
Só que, mesmo com este final dramático, a posteridade não dispensaria, nem esqueceria a criatividade e a excelência das composições musicais dos Beatles, que mais de 50 anos depois continuam a ser os compositores mais tocados nas Rádios do mundo inteiro, independentemente da religião, do regime político ou estado social de cada país ou de cada povo.
Só que, mesmo com este final dramático, a posteridade não dispensaria, nem esqueceria a criatividade e a excelência das composições musicais dos Beatles, que mais de 50 anos depois continuam a ser os compositores mais tocados nas Rádios do mundo inteiro, independentemente da religião, do regime político ou estado social de cada país ou de cada povo.
No filme "Eight Days A Week", que se estreou no passado dia 15 de Setembro, e que recomendanos vivamente para que se entenda claramente o que era (e ainda é) a Beatlemania, alguns dos conceituados entrevistados declaram que as composições dos Beatles não só sobreviverão por muitas centenas de anos, como serão eternamente reconhecidas e apreciadas, como as de Mozart, Beethoven, Gerswhin ou Cole Porter, entre outros eternos e geniais compositores.
Os Beatles foram uns magníficos pioneiros musicais, inventando ou ampliando a miscigenação da música Pop/Rock branca ocidental, com a música negra, com a música tradicional, com os instrumentos de cordas da música clássica, com sonoridades da música indiana e oriental, triturando e recolando aleatòriamente fitas das suas gravações, fitas passadas de trás para a frente, e tudo isto enquanto compuseram mais de duas centenas de canções de uma qualidade melódica impressionante.
Se dizem que ao morrermos a nossa alma fica entre os vivos, com os Beatles, e mesmo tendo a sua alma sido destruída, a sua obra ficará para sempre.
Se dizem que ao morrermos a nossa alma fica entre os vivos, com os Beatles, e mesmo tendo a sua alma sido destruída, a sua obra ficará para sempre.
BEATLES FOREVER!!!
As músicas, vídeos e ilustrações publicadas neste artigo são destinadas exclusivamente à divulgação (sem fins comerciais) e são baseados na minha colecção particular de Vinis, CDs e DVDs, bem como de livros sobre música.
Se alguém, por qualquer motivo, considerar que uma música, vídeo ou ilustração que apareça neste artigo viola os direitos autorais, por favor informe-nos imediatamente antes de enviar qualquer reclamação e saiba que a responsabilidade não é do site "Onda Pop.pt", nem dos seus proprietários, mas ùnicamente deste amigo e colaborador,
José Couto (Sgt. Couto) - Doutorado em "The Music Of The Beatles" pela Universidade de Rochester (USA)
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José Couto (Sgt. Couto) - Doutorado em "The Music Of The Beatles" pela Universidade de Rochester (USA)
Fernando Rebelo nasceu a 16 de Dezembro de 1928 em Lisboa e faleceu também em Lisboa a 15 de Maio de 1998.
Em Lisboa ainda fez alguns trabalhos para a Rádio, e em 1948 casa-se. Em 1952 vai para Moçambique. Em Moçambique trabalhou como free-lancer depois na Beira na Rádio Pax. Voltou a Lourenço Marques e passou a colaborar com o cineasta Courinha Ramos fazendo a locução dos seus documentários. Entretanto em 57 uma digressão de artistas portugueses visita Moçambique. Pantoja é o lider, mas dele faziam parte Gina Maria, Artur Garcia e a soprano lírica Maria Adalgisa (a criadora de "Grão de Arroz"). Fernando Rebelo enleva-se de amores por ela. O seu casamento, do qual tinha dois filhos, vai para o espaço. Os filhos Ana Maria (foi colega do João Pedro na "Gente Nova ao Microfone) e Fernando Jorge com quem fomos falar. O sentimento é mútuo e Adalgisa já não regressa a Lisboa, no entanto acaba por ter de ir para a África do Sul. Fernando Rebelo segue-a e torna-se seu empresário. Na África do Sul ela grava um álbum para a Gallotone. No final da década de 50 voltam a Lourenço Marques e Fernando Rebelo entra para o RCM. Torna-se uma das melhores vozes da Rádio, fazendo locução e produção de programas. Colabora ainda com a Agência Golo. Maria Adalgisa entra também para o casting de cantores da Rádio. No início da década de 60, com o apoio de Fenando Rebelo e António Fonseca ao piano ( irmão do maestro Artur Fonseca), Adalgisa inicia um programa de descoberta de novos talentos, "Os Sobrinhos da Tia Zita", e mais tarde quando mais crescidos, "Gente Nova ao Microfone" (OP nº 20) de que fizeram parte para além do João Pedro, jovens que se viriam a tornar grandes nomes no panorama artístico português, como Techa (Natércia Barreto OP nº 16), Alexandra (Maria josé Canhoto OP nº 77) Amélia Muge (Irmãs Muge OP nº 3), outros mais conhecidos na África do Sul como Dario Bettencourt, e ainda outros que seguiram carreiras em outros conjuntos e depois desistiram como Fátima Nobre (Conjunto Feminino) |
Fernando Rebelo foi ainda o responsável pelos concursos de eleição dos Reis da Rádio. Como dizia ele na nossa entrevista, não significava que vencesse o melhor, mas era um incentivo para os artistas e dava-lhes uma ideia da sua popularidade fazendo os desconhecidos tornarem-se conhecidos. É certo que tinha uma grande preocupação pela música portuguesa, mas como podem ler na entrevista que publicámos dizia que para ele a música era só uma, ou boa ou má, que não tinha nacionalidade o que variava era o tema e o ritmo. Dois artistas que apreciava muito eram Maria de Lurdes Resende e Oscar de Lemos. Sobre a música moderna lembrava que a música dos anos 40 e 50 também tinha sido desenvolvidas por jovens. As gerações vão evoluindo, "os jovens de hoje contestam, vivem o presente e recriam o amanhã. Aceito-os e apoio-os". Em sua homenagem divulgamos uma canção dos dois artistas que admirava e hoje muita gente nunca ouviu.
Em 1971 Fernando Rebelo associou-se com Fernando Ramos (da Agência Mercantil) para levarem a cabo a tarefa de montar um grande espectáculo de variedades. Nasceu assim o "Foguetão" que era apresentado no cinema Dicca quinzenalmente. Para além das variedades musicais tinha concursos e procura de novos talentos. Eram convidados os artistas portugueses mais em voga como Rui de Mascarenhas (MP3 acima e nascido em Moçambique), Tony de Matos, Madalena Iglésias, Beatriz da Conceição ou Amália Rodeigues. Mas também estrangeiros como Nelson Ned, Elisabeth, Roberto Carlos ou Wanda Arletti. A produção era sua e tinha como apresentadores para além dele a sua companheira Maria Adalgisa.
Os espectáculos tinham grande aceitação e o "Foguetão" manteve-se até Maio de 1974.
Os espectáculos tinham grande aceitação e o "Foguetão" manteve-se até Maio de 1974.
Depois da Independência de Moçambique, Fernando Rebelo ficou a trabalhar na Rádio Moçambique (ex RCM) onde exerceu vários cargos e colaborou na formação de novos quadros. Iniciou também formação e ajudou na instalação da TDM, a Televisão de Moçambique. Regressa a Portugal em 1981.
Estabeleceu-se perto de Alverca, sem nada ter a ver com a Rádio. Montou uma loja de electrodomésticos mas que ao longo do tempo sofreu tantos assaltos que a acabou por fechar. Abre depois um Bar. Não sendo esta a sua área acaba também por fechá-lo. Em 1983 vai para o Algarve e trabalha como segurança do Hotel Atlantis.
Em 86 volta a Lisboa e começa a trabalhar na RTP 2 como voz "off" dos anúncios instituconais e nas sinopses de filmes. É aí que fica a trabalhar até ser vencido pela doença. A sua companheira Giza que estivera nos últimos tempos a colaborar com a Rádio Azul de Setúbal, também já apresentava sinais da doença de Alzheimer e mais uma vez Fernando quiz mostrar a sua grandeza. Meia dúzia de dias antes de falecer contraíu matrimónio com Maria Adalgisa no IPO de Lisboa. Faleceu a 15 de Maio de 1998 vítima de cancro na laringe. Adalsisa viria a falecer dois anos depois.
Estabeleceu-se perto de Alverca, sem nada ter a ver com a Rádio. Montou uma loja de electrodomésticos mas que ao longo do tempo sofreu tantos assaltos que a acabou por fechar. Abre depois um Bar. Não sendo esta a sua área acaba também por fechá-lo. Em 1983 vai para o Algarve e trabalha como segurança do Hotel Atlantis.
Em 86 volta a Lisboa e começa a trabalhar na RTP 2 como voz "off" dos anúncios instituconais e nas sinopses de filmes. É aí que fica a trabalhar até ser vencido pela doença. A sua companheira Giza que estivera nos últimos tempos a colaborar com a Rádio Azul de Setúbal, também já apresentava sinais da doença de Alzheimer e mais uma vez Fernando quiz mostrar a sua grandeza. Meia dúzia de dias antes de falecer contraíu matrimónio com Maria Adalgisa no IPO de Lisboa. Faleceu a 15 de Maio de 1998 vítima de cancro na laringe. Adalsisa viria a falecer dois anos depois.
EKSEPTION foi um grupo holandês que conquistou a fama tocando clássicos em ritmo Pop/Rock.
Rein Van Der Broek, o trompetista foi o grande impulsionador do grupo. Em 1958 formou no iceu os Jokers que tocavam Rock americano em festas e ainda. Além de Rein formavam o grupo Tim Griek (bateria), Hans Alta (baixo),Hulb Van Kampen ( viola e sax). Depois com a entrada em 65 do vocalista Rob Kruisman que também tocava viola, sax e flauta, mudaram o nome para Incrowd. Descobriram depois que na Holanda já existia outro Incrowd (na África do Sul também existia The Incrowd) e em 1967 mudam para Ekseption. Tocavam covers de Jazz e de R&B e partlhavam o palco por vezes, com os Occasional Swing Combo, que tinha um teclista extraordinário. Numa informal Jam Session em que Rein participa com o teclista Rick Linden, convida-o a integrar o grupo. |
A partir de 68 com a entrada do teclista Rick Van Der Linden, com formação do Conservatório e também como compositor, tudo iria mudar.
É certo que também andavam extasiados com a música dos Nice e depois Emerson Lake & Palmer. Sofreram de seguida várias alterações com a saída de Tim Griek ( que se tornou produtor) substituído por Cor Dekker e de Haus Alta substituído por Peter de Leeuwe. Ainda em 68 ganham o 1º prémio numa competição musical em que apresentam uma adaptação ,de uma obra de Dizzy Gillespie, outra de Art Bakey e a 3ª a adaptação pop/rock da "Sabre Dance" de Aram Khachaturian. Já nos anos 40 Woody Hermano o tinha feito e nos anos 60 os Love Sculpture também. |
Uma parte do prémio era a gravação de um single para a Philips. Depois de uma maqueta rejeitada pela Philips por não ser inovadora, Rick lembrou-se então de um concerto extraordinário dos Nice que ele havia visto em Roterdão ainda com Keith Emerson nas teclas, tocando variações dos clássicos e propôs fazerem uma adaptação do 1º andamento da 5ª Sinfonia de Beethoven. Em Março de 69 saía o single que iria chegar aos Tops na Holanda e uns meses depois por toda a Europa.
O 1º álbum em 69 traz excelentes adaptações da "5ª Sinfonia" de Beethoven (OP nº 80), "Aria" de Bach, a "Dança do Sabre" de Khachaturian..
O 2º álbum é lançado em 1970. "Beggar Julia's Time Trip" é também excepcional, sendo a maior parte das composições da autoria de Rick Van Der Linden que começa a tornar-se no lider do grupo. Ainda em 70 sai o álbum "Ekseption 3" que vem confirmar a sua grande qualidade.
O 1º álbum em 69 traz excelentes adaptações da "5ª Sinfonia" de Beethoven (OP nº 80), "Aria" de Bach, a "Dança do Sabre" de Khachaturian..
O 2º álbum é lançado em 1970. "Beggar Julia's Time Trip" é também excepcional, sendo a maior parte das composições da autoria de Rick Van Der Linden que começa a tornar-se no lider do grupo. Ainda em 70 sai o álbum "Ekseption 3" que vem confirmar a sua grande qualidade.
Em 1971 já os Sintetizadores, Moogs e Mellotrons utilizados no álbum anterior dominam a cena, a música começa a sofrer inovações no domínio da electrónica, os conceitos vão mudando, "Ekseption 4" é exemplo disso. Em 72 sai "Ekseption 5" que será o 1º álbum do grupo a ser vendido nos Estados Unidos. É neste álbum que fazem uma adaptação do original dos Nice, "For Example", com um conceito jazzistico mais elaborado. O álbum vende pouco embora seja considerado de boa qualidade. Fazem uma digressão mas os resultados são fracos e os desentendimentos aumentam. |
Em 1973 Dick Riemeling, o saxofonista que tinha entrado em 70 deixa o grupo. O mesmo faz o baterista Peter de Leeuwe. São subtituídos por Jan Vennik e Pieter Voogt. No álbum "Trinity" o grupo parece ter perdido aquela magia musical que tinha. Em 74 Rick Van Der Linden que se tornara uma estrela na Holanda sai para tentar uma carreira a solo e forma os Trace com o beterista dos Focus, Pierre Van Der Linden (sem qualquer parentesco). Hans Jansen é o seu substituto, mas é um compositor mais virado para o Jazz.
Em 1974 lançam o álbum "Bingo" sem grande sucesso e em 75 "Mindmirror" que é um desastre comercial. Em 76 o grupo termina Rein Van der Broeck, Vennik e Jansen formam os Spin, numa fusão de Jazz/Rock e ainda gravam dois álbuns nos anos 70. A Philips em 76 lança um álbum dos Ekseption "Back to the Classics" sem autorização doi grupo.
OS Ekseption voltam a reunir-se em 78 para gravar o álbum "Ekseption 78". No Trace Rick também grava um par de álbuns incluindo um com Catalin Tircolea.
Os Ekseption voltam a juntar-se em 1989 e voltam a gravar um álbum, "Ekseption 89", fazem alguns espectáculos juntos e no princípio dos anos 90 dizem que terminaram de vez. Posteriormente juntaram-se em várias ocasiões até à morte de Rick Van Der Linden em 2006.
Várias compilações foram saindo. Em 2003 "Live in Germany". Em 2007 "Rick Van Der Linden - An Exceptional Trace". Em 2009 ".The Last Live Concert Tapes" e em 2010 o DVD "The Story of Ekseption"
OS Ekseption voltam a reunir-se em 78 para gravar o álbum "Ekseption 78". No Trace Rick também grava um par de álbuns incluindo um com Catalin Tircolea.
Os Ekseption voltam a juntar-se em 1989 e voltam a gravar um álbum, "Ekseption 89", fazem alguns espectáculos juntos e no princípio dos anos 90 dizem que terminaram de vez. Posteriormente juntaram-se em várias ocasiões até à morte de Rick Van Der Linden em 2006.
Várias compilações foram saindo. Em 2003 "Live in Germany". Em 2007 "Rick Van Der Linden - An Exceptional Trace". Em 2009 ".The Last Live Concert Tapes" e em 2010 o DVD "The Story of Ekseption"
O brasileiro Wilson Simonal de Castro nasceu a 26 de Fevereiro de 1939 no Rio de Janeiro e faleceu em S. Paulo a 25 de Junho do ano 2000. Foi um dos maiores artistas brasileiros e foi muito injustiçado.
Fez a instrução primária em colégio católico depois foi para a escola pública. Aos fins de semana juntava-se com outros jovens na Praça Antero de Quental onde tocavam e cantava os sucessos da música americana causando grande admiração. Em 1960 entrou para o exército como sargento e torna-se o lider (chefe da torcida) no apoio à equipe de futebol do quartel. Nas festas cantava. Forma o grupo Dry Boys que vai cantar na TV TUPI, mas aí Carlos Imperial dos discos Imperial ouve-o e quer logo fazer um contrato só com ele. Isto ditou o fim do grupo. Passou a cantar com o Conjunto Guarani. Chamavam-lhe o Harry Belafonte brasileiro. Na boîte Drink é escutado pelo manager da Odeon que o contrata de imediato. Em 61 sai o 1º disco "Teresinha" canção dedicada à sua namorada e "Biquinis e Borboletas". O seu primeiro sucesso na Rádio, só aparece em 63 depois de lançados 2 álbuns, "Balanço Zona Sul". Casa com Teresa Pugliesi (já grávida de seu filho Wilson, hoje o músico Simoninha. Em 64 Miele e Boscoli convidam-no para os seus shows "Beco das Garrafas". Ainda em 64 lança o álbum "A Nova Dimensão do Samba", considerado por muitos como o seu melhor disco. Faz uma digressão à Colômbia com o Conjunto Boss Três de Luís Carlos Vinhas. A TV TUPI interessa-se por ele e propôe-lhe um programa com sua apresentação. Em 1965 vai para S. Paulo.
Fez a instrução primária em colégio católico depois foi para a escola pública. Aos fins de semana juntava-se com outros jovens na Praça Antero de Quental onde tocavam e cantava os sucessos da música americana causando grande admiração. Em 1960 entrou para o exército como sargento e torna-se o lider (chefe da torcida) no apoio à equipe de futebol do quartel. Nas festas cantava. Forma o grupo Dry Boys que vai cantar na TV TUPI, mas aí Carlos Imperial dos discos Imperial ouve-o e quer logo fazer um contrato só com ele. Isto ditou o fim do grupo. Passou a cantar com o Conjunto Guarani. Chamavam-lhe o Harry Belafonte brasileiro. Na boîte Drink é escutado pelo manager da Odeon que o contrata de imediato. Em 61 sai o 1º disco "Teresinha" canção dedicada à sua namorada e "Biquinis e Borboletas". O seu primeiro sucesso na Rádio, só aparece em 63 depois de lançados 2 álbuns, "Balanço Zona Sul". Casa com Teresa Pugliesi (já grávida de seu filho Wilson, hoje o músico Simoninha. Em 64 Miele e Boscoli convidam-no para os seus shows "Beco das Garrafas". Ainda em 64 lança o álbum "A Nova Dimensão do Samba", considerado por muitos como o seu melhor disco. Faz uma digressão à Colômbia com o Conjunto Boss Três de Luís Carlos Vinhas. A TV TUPI interessa-se por ele e propôe-lhe um programa com sua apresentação. Em 1965 vai para S. Paulo.
Aproveitando a sua voz fazem-lhe arranjos mais para o Jazz e os álbuns de 65 saem nessa linha. Caetano Veloso é lançado como compositor no seu programa com a canção "De Manhã". Lança o álbum "S' Imbora"
Apresenta-se no Iº Festival da Musica Popular Brasileira cantando "Cada Vez Mais Rio" de Luís Vinhas e Ronaldo Bôscoli e "Rio do Meu Amor" de Billy Branco. Simonal gravou Caetano, logo a seguir à irmã Bethânia, gravou Chico Buarque logo a seguir a Geraldo Vandré. Gravou antes de Nara Leão e foi dos primeiros a gravar Toquinho defendendo "Belinha" no IIIº Festival da Música Popular Brasieira em 1967. Quando em final de 66 termina o contrato com a TV TUPI, não quer renovar e muda-se para a TV Record que era lider de audiência e tranmitia "O Fino da Bossa" de Elis Regina (OP nº 70) e Jair Rodrigues e a "Jovem Guarda" de Erasmo Carlos, Roberto Carlos e Waderleia (OP nº 67). Inicia apresentações nos dois programas onde passa a ser uma atração. Ainda em 66 lança a canção "Mamãe Passou Açúcar em Mim" que fazia parte do filme "Os Trapalhões ( na Onda do Ié Ié)". Canta muitas vezes acompanhado pelo conjunto Os Fevers. Depois forma o conjunto Som Três com Toninho na bateria, Sabá no baixo e César Mariano no piano e para criarem um som próprio, misturam samba, bossa, jazz, soul e rock que passa a ter o nome de "pilantragem". A 1ª canção que gravam é "Carango" de Carlos Imperial e Nonato Buzar. Foi um sucesso maior que o de Roberto Carlos que a havia gravado primeiro.
Depois passa ter o seu próprio show na TV, "Show em Si...Monal". Os roteiros eram escritos por Miele, Bôscoli, Carlos Imperial e Jô Soares. A campanha do MUG, um boneco de pano preto sem pescoço e grandes olhos foi um sucesso tal que deu origem ao espectáculo "Mugeníssimo Simonal".
Co Ronaldo Bôscoli escreveu a canção "Tributo a Martin Luther King" onde contava das suas dificuldades como negro para conseguir vencer, Dedicou-a a seu filho Wilson com votos de que esses obstáculos já não viessem a surgir para ele. A canção foi cortada pela censura. Tempos depois foi libertada e integrada num álbum duplo ao vivo. No 1º aniversário do programa, 4 mil pessoas cantaram-na em unissono.
Depois lança "Nem Vem Que Não Vem" obtendo grande sucesso. No III Festival da Música Popular Brasileira na TV Record muitos compositores indicaram-no com seu intérprete. A organização abriu uma excepção e ele cantou uma canção em cada uma das 3 eliminatórias, "Balada do Vietnã" de Elizabeth Sanches e David Nasser, "O Milagre" de Nonato Buzar e "Belinha" de Toquinho e Victor Martins. Depois lançou o álbum "Alegria Alegria".
Em 68 o seu som muda um pouco e "Sá Marina" de António Adolfo e Tibério Gaspar passaria a ser o seu maior sucesso. O arranjo era de César Mariano. Foi depois gravada por Sérgio Mendes, Herp Albert e Stevie Wonder (Pretty World). Ainda em 68 faz uma digressão à Europa actuando no Olympia onda canta canções como "Pata Pata" muito popular na época em Paris. Em Fevereiro de 69 o seu show na TV "Vamos S'Imbora" termina passando a shows esporádicos. Lança o seu terceiro álbum "Alegria Alegria" já com um trio de sete elementos e um som muito mais trabalhado sempre com arranjos de Cesar Camargo Mariano.. Fugia mais para o Soul e aproximava-se do que Sérgio Mendes fazia nos Estados Unidos.
Co Ronaldo Bôscoli escreveu a canção "Tributo a Martin Luther King" onde contava das suas dificuldades como negro para conseguir vencer, Dedicou-a a seu filho Wilson com votos de que esses obstáculos já não viessem a surgir para ele. A canção foi cortada pela censura. Tempos depois foi libertada e integrada num álbum duplo ao vivo. No 1º aniversário do programa, 4 mil pessoas cantaram-na em unissono.
Depois lança "Nem Vem Que Não Vem" obtendo grande sucesso. No III Festival da Música Popular Brasileira na TV Record muitos compositores indicaram-no com seu intérprete. A organização abriu uma excepção e ele cantou uma canção em cada uma das 3 eliminatórias, "Balada do Vietnã" de Elizabeth Sanches e David Nasser, "O Milagre" de Nonato Buzar e "Belinha" de Toquinho e Victor Martins. Depois lançou o álbum "Alegria Alegria".
Em 68 o seu som muda um pouco e "Sá Marina" de António Adolfo e Tibério Gaspar passaria a ser o seu maior sucesso. O arranjo era de César Mariano. Foi depois gravada por Sérgio Mendes, Herp Albert e Stevie Wonder (Pretty World). Ainda em 68 faz uma digressão à Europa actuando no Olympia onda canta canções como "Pata Pata" muito popular na época em Paris. Em Fevereiro de 69 o seu show na TV "Vamos S'Imbora" termina passando a shows esporádicos. Lança o seu terceiro álbum "Alegria Alegria" já com um trio de sete elementos e um som muito mais trabalhado sempre com arranjos de Cesar Camargo Mariano.. Fugia mais para o Soul e aproximava-se do que Sérgio Mendes fazia nos Estados Unidos.
Sérgio Mendes faz uma digressão ao Brasil em Junho de 69. Ricardo Amaral, empresário carioca, obteve o patrocínio da Shell para conseguir 17 shows em 20 dias a 1 milhão de dólares o Show. O último seria no Maracananzinho com outros artistas como Jorge Ben, Gal Costa, Maysa, Os Mutantes, Milton Nascimento e outros incluíndo Wilson Simonal antes de Sérgio Mendes. Simonal foi um delírio e as 30 mil pessoas presentes nem deixavam ouvir o som cantando em conjunto. Também era uma atitude sua pôr o público a cantar e a fazer coros, como em "Meu Limão, Meu Limoeiro". O sucesso foi tal que quando voltou ao camarim Wilson desmaiou de emoção. Sérgio Mendes começou com "Sá Marina" e o público entusiasmou-se mas quando os cantores começaram a cantar "Pretty World" o público repudiou e exigiu Simonal para cantar em português. Só aí acalmou. Sérgio Mendes foi bem aplaudido sobretudo por "Mais Que Nada", mas o grande êxito foi de Wilson Simonal. O Marketing da Shell apressou-se a tentar contratá-lo. Já Os Mutantes tinham sido a cara da Shell e antes até Roberto Carlos na Jovem Guarda. A 16 de Setembro de 1969 assina um contrato com a Shell que a Imprensa classifica como o mais fabuloso contrato de publicidade já assinado no Brasil. Entretanto Jorge Ben levou Wilson a ver um show de Gal Costa, com quem namorava na época, e quando esta canta "País Tropical", Wilson bate o olho na canção. Modifica-a, corta-lhe passagens, introduz "Algo mais" que fazia parte do slogan da Shell, e corta sílabas originando o "Patropi" que ainda se ouve por lá. Chama Jorge Ben ao estúdio e mostra-lhe a nova canção. Foi o maior êxito da sua carreira. Em Março de 70 quando foi renovado o contrato as condições eram ainda melhores. Simonal já havia pensado em formar a sua própria companhia para gerir o seu destino e reduzir custos. Sérgio Mendes, seu amigo, fazia-o, Frank Sinatra também, Os Beatles tinham criado a Apple Corps. Assim a 12 de Setembro de 1969 surgiu a Simonal Produções Artísticas. Entretanto Simonal foi indicado para Presidente do Júri do Festival Internacional da Canção. No final de 1969 ainda sai o 4º álbum de "Alegria Alegria"e a festa do Milésimo Golo de Pélé. Em Janeiro de 70 faz uma digressão à Europa com os nove múicos do Som Três. Vai ao "Midem" em França e à TVI em Itália. Grava "País Tropical" em italiano. Vem ´à RTP portuguesa.
Em Maio de 1970 vai para o México acompanhar a selecção brasileira de futebol ao Mundial de Futebol. No México lança um álbum que só 40 anos depois é lançado no Brasil. Em Junho de 70 aparece o filme "É Simonal" com música de Ergon Chaves que foi um fracasso de bilheteira, já que coincidiu com "O Diamante Cor de Rosa", filme com Roberto Carlos (filme mais visto do ano) e "Let It Be" dos Beatles. Em 71 o filme é relançado e volta a ser um fracasso. Depois lança mais um álbum que incluía a canção "Resposta", uma directa para Juca Chaves que parodiara "País Tropical" com "Paris Tropical".
Em Setembro de 70 actuou com Sarah Vaughan e cantou vários clássicos com ela terminando com "The Shadow of Your Smile". No final de 70 grava o álbum "Simonal" considerado pela crítica como o seu melhor álbum e onde "A Tonga da Mironga do Kabuletê" seria a última canção com arranjos de Cesar Mariano e acompanhamento pelos Som Três. Estávamos em Dezembro de 1970. O disco seria lançado no "Canecão". O nome do show "Simona/Simonal" produzido por Miele e Bôscoli. Só foram avisados do espectáculo uma semana antes e Simonal rejeitou todos os arranjos de Mariano que em 4 dias teve de refazer tudo. O espectáculo foi um sucesso e ficou em cartaz até Fevereiro de 71.
Em 22 de Abril de 71 Simonal preparava a gravação do programa "Som Livre Exportação" para a Rede Globo em Brasília, mas pouco antes de entrar em palco teve umazanga terrível com Cesar Mariano que fez romper todos os laços de amizade e Cesar fez as malas e voltou para S. Paulo. Simonal acabou apresentando-se com Ercon Chaves e a sua banda Veneno. Cesar Camargo Mariano voltou a ser pianista e arranjador de Elis Regina com quem viria a casar (OP nº 70).
Em Setembro de 70 actuou com Sarah Vaughan e cantou vários clássicos com ela terminando com "The Shadow of Your Smile". No final de 70 grava o álbum "Simonal" considerado pela crítica como o seu melhor álbum e onde "A Tonga da Mironga do Kabuletê" seria a última canção com arranjos de Cesar Mariano e acompanhamento pelos Som Três. Estávamos em Dezembro de 1970. O disco seria lançado no "Canecão". O nome do show "Simona/Simonal" produzido por Miele e Bôscoli. Só foram avisados do espectáculo uma semana antes e Simonal rejeitou todos os arranjos de Mariano que em 4 dias teve de refazer tudo. O espectáculo foi um sucesso e ficou em cartaz até Fevereiro de 71.
Em 22 de Abril de 71 Simonal preparava a gravação do programa "Som Livre Exportação" para a Rede Globo em Brasília, mas pouco antes de entrar em palco teve umazanga terrível com Cesar Mariano que fez romper todos os laços de amizade e Cesar fez as malas e voltou para S. Paulo. Simonal acabou apresentando-se com Ercon Chaves e a sua banda Veneno. Cesar Camargo Mariano voltou a ser pianista e arranjador de Elis Regina com quem viria a casar (OP nº 70).
1971 foi o virar da história. A sua empresa Simonal Produções Artísticas ao fim de um ano, apesar de tudo o que havia ganho, perdia muito dinheiro, Wilson despediu todo o pessoal e tentou encontrar os culpados nos desfalques. Diz-se que abusou e utilizou agentes da polícia política onde antes tinha sido chamado e de quem ficara amigo e dizem que incentivou sequestro e tortura para que seu contabilista declarasse a culpa. Acabou sendo alvo da justiça por denúncia da esposa do contabilista e em 74 chegou mesmo a ser preso. Apenas uma semana porque o Juiz aceitou um pedido de Habeas Corpus. Ainda em 71 a editora Odeon grava o álbum "Jóia Jóia". Em 72 muda-se para a Philips e grava "Se Dependesse de Mim", vende cerca de 15 mil cópias, muito abaixo das habituais 100 mil que vendia antes. Corria o processo de sequestro e começou a circular que ele estava feito com a ditadura denunciando comunistas e indivíduos contra o regime. Foi vítima de muitas falsidades e indivíduos que aproveitaram a situação para o destruir.
Começavam também a aparecer outros cantores como Martinho da Vila e Clara Nunes que faziam sucesso. Fazem-se canções mais para o seu estilo e em 73 sai o álbum "Olhai Balândro... É Bufo No Birrolho Grinza", mas os resulados são idênticos, cerca de 20 mil discos. Em Julho de 74 estreia no Canecão "Circus" espectáculo que se mantém até Setembro. Quando tudo estava a melhorar é preso em Novembro, embora só por uma semana. Em Setembro de 75 assina com a RCA, grava "Ninguém Proíbe o Amor" que é um disco bem conseguido e com bons arranjos mas que é ignorado pelas Rádios. Em 76 sai o single "A Vida é Só P'ra Cantar", uma versão de "Viva America". Vende 100 mil cópias. O álbum que grava para a RCA não cativa e o contrato termina.
Começavam também a aparecer outros cantores como Martinho da Vila e Clara Nunes que faziam sucesso. Fazem-se canções mais para o seu estilo e em 73 sai o álbum "Olhai Balândro... É Bufo No Birrolho Grinza", mas os resulados são idênticos, cerca de 20 mil discos. Em Julho de 74 estreia no Canecão "Circus" espectáculo que se mantém até Setembro. Quando tudo estava a melhorar é preso em Novembro, embora só por uma semana. Em Setembro de 75 assina com a RCA, grava "Ninguém Proíbe o Amor" que é um disco bem conseguido e com bons arranjos mas que é ignorado pelas Rádios. Em 76 sai o single "A Vida é Só P'ra Cantar", uma versão de "Viva America". Vende 100 mil cópias. O álbum que grava para a RCA não cativa e o contrato termina.
Por causa da questão policial, Simonal é acusado de "bufo" durante a ditadura e é de certa forma ostracisado. Os anos 80 passa-os cantando em pequenas salas de espectáculos, restaurantes e casa nocturnas. Nesta década grava 2 discos. Em 91 grava "Os Sambas da Minha Terra" graças ao apoio financeiro de uma fã que pagou estúdios, músicos, impressão, tudo. Mesmo assim ninguém o quiz lançar. Só a Columbia da Venezuela onde Roberto Menestral, o orquestrador, tinha um amigo que o fez. Em 94 grava para a pequena Movieplay o álbum "Brasil".
Desde os anos 80 que Simonal se começou a entregar à bebida e a sua voz se foi perdendo. Em 25 de Março de 2000 fez o seu último show. Depois foi internado e faleceu a 25 de junho vítima de cirrose hepática.
Apesar de tudo a família continuou a tentar recuperar a sua memória e a Comissão Nacional de Direitos Humanos abriu um processo para apurar a verdade sobre a colaboração com a ditadura miltar. Em 2003 foi reabilitada a sua memória. Em 2009 foi lançado o filme "Simonal - Ninguém Sabe O Duro Que Dei". Também em 2009 saíu a biografia "Nem Vem Que Não Tem - Ninguém Sabe O Duro Que Dei". Em 2011 também o historiador Gustavo Alonso lançou p livro "Simonal, Quem Não Tem Swing Morre Com a Boca Cheia de Formigas". O seu último álbum foi "Bom Brasil - Estilo Simonal" em 1998. Os seus filhos Wilson Simoninha e Max Castro são cantores e músicos e fazem por vezes homenagens a seu pai.
Muitos dados foram retirados da Wikipédia que deste artista tem um relato bem completo.
Desde os anos 80 que Simonal se começou a entregar à bebida e a sua voz se foi perdendo. Em 25 de Março de 2000 fez o seu último show. Depois foi internado e faleceu a 25 de junho vítima de cirrose hepática.
Apesar de tudo a família continuou a tentar recuperar a sua memória e a Comissão Nacional de Direitos Humanos abriu um processo para apurar a verdade sobre a colaboração com a ditadura miltar. Em 2003 foi reabilitada a sua memória. Em 2009 foi lançado o filme "Simonal - Ninguém Sabe O Duro Que Dei". Também em 2009 saíu a biografia "Nem Vem Que Não Tem - Ninguém Sabe O Duro Que Dei". Em 2011 também o historiador Gustavo Alonso lançou p livro "Simonal, Quem Não Tem Swing Morre Com a Boca Cheia de Formigas". O seu último álbum foi "Bom Brasil - Estilo Simonal" em 1998. Os seus filhos Wilson Simoninha e Max Castro são cantores e músicos e fazem por vezes homenagens a seu pai.
Muitos dados foram retirados da Wikipédia que deste artista tem um relato bem completo.
O nosso Pop Luís Filipe Arriaga tinha ido a Angola em viagem de fim de curso do Liceu António Enes e ficou de nos dar uma ideia de como via por lá o panorama musical e da Rádio. Foi essa observação que publicámos aqui na Onda Pop nº 83 de 18 de Abril de 1970. Esta é também a oportunidade que temos para falar com os músicos angolanos desses belos anos 60.
Quase que por coincidência saíu um excelente livro escrito por Joaquim Correia contando a vida de uma figura ímpar, presente até aos dias de hoje, bastante conhecido no Algarve, BETO KALULU.
"Beto dos Windies - Beto Kalulu" assim se chama o livro é um excelente documento, escrito e fotográfico e que nos dá uma ideia mais concreta do que era a vida dos jovens que procuravam na música a sua forma de se expressar. Termina com um excelente caderno biográfico o mais completo possível dos grupos existentes naquela época e depoimentos de músicos e amigos que passaram pelas bandas de Beto Silva, alguns ainda em plena actividade. Um livro que recomendamos.
Quase que por coincidência saíu um excelente livro escrito por Joaquim Correia contando a vida de uma figura ímpar, presente até aos dias de hoje, bastante conhecido no Algarve, BETO KALULU.
"Beto dos Windies - Beto Kalulu" assim se chama o livro é um excelente documento, escrito e fotográfico e que nos dá uma ideia mais concreta do que era a vida dos jovens que procuravam na música a sua forma de se expressar. Termina com um excelente caderno biográfico o mais completo possível dos grupos existentes naquela época e depoimentos de músicos e amigos que passaram pelas bandas de Beto Silva, alguns ainda em plena actividade. Um livro que recomendamos.
Joaquim Augusto Pinheiro Correia nasceu em Coimbra a 7 de Abril de 1951. Aí fez os seus estudos primários e iniciou o Liceu. Seguiu com seus pais para Angola em 1965. Em Luanda frequentou o Liceu Salvador Correia e embora gostasse de música e de cant.ar só quando ouve as canções dos Beatles como "I Should know you Better" é que o interesse mais se desperta. Beto Silva era um dos amigos do Liceu e estava a formar uma nova banda depois de se ter desfeito A Brotolândia e de seguida os Hippies. Apareciam Os Windies ( o nome vinha da canção" Windy" dos Association. Joaquim foi o vocalista durante quase dois anos. Tocavam canções dos Beatles dos Bee Gees dos Troggs e por aí. "Até chegámos a compôr canções originais, como "Tema dos Windies", "Miami 1968"" referencia no livro. Em finais de 69 Joaquim vem para Lisboa frequentar Direito, mas a amizade sempre continuou. Joaquim Correia considera que essa estadia em Angola o tornou um homem de espírito mais aberto. Exerceu a sua actividade profissional como Advogado e o seu gosto pela escrita levou-o a este projecto, considerando que fazia todo o sentido tornar conhecida a vida, e nas suas palavras, "de um ser humano fora de série, não só pela sua simplicidade como pela sua bondade e com uma experiência de vida fantástica e descontraída. Um grande músico". Esta definição de Beto ouvimo-la a muitas pessoas com quem falámos no Algarve quando procuravamos por ele.
O livro é iniciado com o prefácio de José Pino um virtuoso da guitarra eléctrica e também dessas andanças de juventude e de quem falámos no artigo sobre Daniel Bacelar (OP nº 75).
BETO KALULU
Alberto Augusto Silva pertence a uma família de seis irmãos e desde criança que sentia uma necessidade contínua de batucar. Nasceu em S. Mamede de Infesta (Porto) mas aos 3 anos vai para Angola. Torna-se baterista e percurssionista das suas bandas. Deixa o cabelo crescer à Jimmy Hendrix e isso vai tornar-se a sua imagem de marca. Em 1972 resolve ir à boleia até Londres. Em Lisboa acaba por ser convidado a ser modelo para as famosas lojas Porfírios. Aqui e ali vai trabalhando para continuar a viagem. Os jornais noticiam os seus feitos. O seu objectivo é conseguir chegar ao berço da música pop. À pergunta como era a vida musical nos anos 60 em Luanda a resposta é semelhante ao que se passava quer em Lourenço Marques quer em Lisboa. Ou seja os grupos tocavam nos bailes das escolas e Associações, em tardes dançantes ou Festivais Ié Ié. Na Rádio sentiam que estavam mais atrasados na recepção das edições discográficas. Por vezes amigos traziam discos da África do Sul. O ambiente nocturno girava à volta das boîtes como o Flamingo ou o Night & Day. Tinham vários empresários que levavam as bandas a tocar por todas as cidades angolanas. Em 75 Beto vem para Portugal e em 77 com mais amigos instalam-se numas casas abandonadas do antigo Hotel Almansor (hoje Tivoli Carvoeiro) na Aldeia Almansor na zona do Carvoeiro, legalizam água e luz e uma comunidade tipo Hippy auto suficiente. Ganham o respeito da comunidade e começam a receber músicos vindos de fora. Escreve o tema "Praia do Carvoeiro" que passa como que a ser o hino da zona, conhecido e cantado por toda a gente. "Mamakudilé" (mãe não chores, não desesperes) escrita com o apoio do seu amigo Rao Kyao também passa a ser muito conhecida.
Em 1982 vai fazer uns espectáculos a Grenoble e fica por lá 7 meses. Em 83 vai a Berlim e também acaba por ficar por lá uns 7 meses. Já em 72 quando foi a Londres também foram cerca de 7 meses. Agora o seu grupo integra vários estrangeiros e chama-se Voa Bongosso. Em 84 estão em Amesterdão. Em 87 vai a Angola a convite de músicos angolanos. Em 90 expulsam-os das antigas casas que são arrasadas para construirem novos empreendimentos (o Tivoli Carvoeiro). Continua a viver na zona do Carvoeiro. Depois forma a banda Kalulu. Vai a vários Países europeus sul americanos e africanos.
Quando ia para o estrangeiro a cooperação com outros músicos que partilhavam essa vida livre permitia que eles também viessem para Portugal e se alojassem na sua aldeia. Para Beto viver o dia de hoje é fundamental, amanhã é outro dia. A sua filosofia nunca o deixou ficar mal. É um homem de acção. A música que faziam integrava-se no conceito, mais tarde chamado de "World Music". Quando termina a banda Kalulu, Beto a quem já chamavam Kalulu, permaneu como tal. A "Praia do Carvoeiro" só a grava em 93 no seu primeiro CD.
Quando ia para o estrangeiro a cooperação com outros músicos que partilhavam essa vida livre permitia que eles também viessem para Portugal e se alojassem na sua aldeia. Para Beto viver o dia de hoje é fundamental, amanhã é outro dia. A sua filosofia nunca o deixou ficar mal. É um homem de acção. A música que faziam integrava-se no conceito, mais tarde chamado de "World Music". Quando termina a banda Kalulu, Beto a quem já chamavam Kalulu, permaneu como tal. A "Praia do Carvoeiro" só a grava em 93 no seu primeiro CD.
Desde os anos 70 que a sua enorme cabeleira fazia parar o trânsito. Essa passou a ser a sua imagem de marca. No Europeu de 2004, Pedro Bartilotti propôe-lhe pintar o cabelo com as cores da bandeira nacional o que ele aceita de boa vontade. Beto escreve inclusive uns temas de apoio à seleção. Para a personagem cria-se o nome "Betuga". Foi o cabeleireiro Saint Karl quem aceitou produzir a "obra de arte" e a SIC iniciou a divulgação. Em 2005 a Câmara da Lagoa, no dia Mundial da Música (1 de Outubro), apresentou um espectáculo em sua homenagem em que Beto deu um concerto comemorativo dos seus 35 anos de carreira. Continuou as suas saídas para o estrangeiro, quer fosse Rio de Janeiro, Califórnia, Madagascar ou Europa. Em 2011 apresentou-se com a Orquestra de Sopros do Algarve sob a direcção do Maestro João Rocha. Beto continua imparável e mesmo agora quando tentámos conversar com ele, ia partir para a Alemanha pois tinha dois concertos em Lubeck a 17 e 18 de Setembro e três em Hamburgo a 21, 22 e 29 de Setembro. Só lhe dissemos "vê lá se agora só voltas daqui a 7 meses".
Beto tem um filho Tomé, da sua relação com Ana desde 1977 e que hoje também é músico, baterista como o pai e que integra o seu conjunto. E para terem uma ideia da qualidade deste ser humano deixo apenas uma frase de Ana, tirada do livro. "Tenho o melhor marido do Mundo". Não sei quantas mulheres teriam coragem de dizer isto.
Beto tem um filho Tomé, da sua relação com Ana desde 1977 e que hoje também é músico, baterista como o pai e que integra o seu conjunto. E para terem uma ideia da qualidade deste ser humano deixo apenas uma frase de Ana, tirada do livro. "Tenho o melhor marido do Mundo". Não sei quantas mulheres teriam coragem de dizer isto.
No livro Joaquim Correia apresenta os conjuntos da época, como são os casos do Muzangola e do Kiezos. Na próxima edição continuaremos a falar dos grupos e músicos de Angola desses anos 60.
Hansjorg Moroder, depois Giovani Giorgio Moroder nasceu a 26 de Abril de 1940 . É um cantor, compositor, produtor e DJ. Foi um dos grandes impulsionadores do Bubblegum, do Disco Sound e da chamada música electrónica para dançar.
Giorgio nasceu em Dolomiti, Val Gardena no Tirol italiano. A zona onde vivia era italo/alemã, perto da fronteira austríaca. A sua mãe chamava-o pelo seu nome HansJorg (Giovani em alemão).
Depois dos seus estudos e de ter aprendido viola, contrabaixo e bateria, aos 19 anos começa a tocar no Palace Hotel de St. Monitz. Faz várias digressões com Johnny Halliday e Nana Moskoury.
Começou a sua carreira a solo em 1965 em clubes em Aachen na Alemanha. Depois mudou-se para Berlim e grava o single "Cerca". Abre um estúdio de gravação.
Em 69 grava o Hit "Looky Looky" (OP nº 71) no novo estilo que aparecia nos EUA, o Bubblegum, sendo um dos primeiros a utilizar o Sintetizador e o Moog. Para nós passou a ser conhecido, já levava uma dúzia de singles gravados. Também na Europa passa a ser conhecido como o sr. Looky Looky. Atingiu o Top na França, Alemanha, Suiça, Espanha, Itália e Países Baixos e também na Onda Pop (OPs nºs 70 e 71). Colabora sempre com o letrista e produtor Pete Bellotte.
Agora vinha no "Em Foco" porque o seu novo disco (para nós, pois já tinha sido editado em 68) "Moody Trudy" que entrara directo para o 5º lugar na Parada da Onda Pop (subindo depois a 3º na semana seguinte em que não houve Onda Pop e a 1º na edição seguinte). Chamam-lhe o "homem banda" por tocar quase todos os instrumentos e ser o engenheiro de som das suas gravações. De notar que nos dois discos os lados "B", "Happy Birthday" e "Stop" também são muito boas. A música electrónica estava a despontar (mas com melodia). Ainda em 70 sai o single "Hilly Billy Man". Em 71 lança "Son of My Father" que em 72 chegará a 1º lugar na BBC pelos Chicory Tip. Em Munique montou uns fantásticos Musicland Studios onde irão gravar nomes como os Queen e os Led Zeppelin, Elton John, Electric Light Orchestra e muitos outros.
Giorgio nasceu em Dolomiti, Val Gardena no Tirol italiano. A zona onde vivia era italo/alemã, perto da fronteira austríaca. A sua mãe chamava-o pelo seu nome HansJorg (Giovani em alemão).
Depois dos seus estudos e de ter aprendido viola, contrabaixo e bateria, aos 19 anos começa a tocar no Palace Hotel de St. Monitz. Faz várias digressões com Johnny Halliday e Nana Moskoury.
Começou a sua carreira a solo em 1965 em clubes em Aachen na Alemanha. Depois mudou-se para Berlim e grava o single "Cerca". Abre um estúdio de gravação.
Em 69 grava o Hit "Looky Looky" (OP nº 71) no novo estilo que aparecia nos EUA, o Bubblegum, sendo um dos primeiros a utilizar o Sintetizador e o Moog. Para nós passou a ser conhecido, já levava uma dúzia de singles gravados. Também na Europa passa a ser conhecido como o sr. Looky Looky. Atingiu o Top na França, Alemanha, Suiça, Espanha, Itália e Países Baixos e também na Onda Pop (OPs nºs 70 e 71). Colabora sempre com o letrista e produtor Pete Bellotte.
Agora vinha no "Em Foco" porque o seu novo disco (para nós, pois já tinha sido editado em 68) "Moody Trudy" que entrara directo para o 5º lugar na Parada da Onda Pop (subindo depois a 3º na semana seguinte em que não houve Onda Pop e a 1º na edição seguinte). Chamam-lhe o "homem banda" por tocar quase todos os instrumentos e ser o engenheiro de som das suas gravações. De notar que nos dois discos os lados "B", "Happy Birthday" e "Stop" também são muito boas. A música electrónica estava a despontar (mas com melodia). Ainda em 70 sai o single "Hilly Billy Man". Em 71 lança "Son of My Father" que em 72 chegará a 1º lugar na BBC pelos Chicory Tip. Em Munique montou uns fantásticos Musicland Studios onde irão gravar nomes como os Queen e os Led Zeppelin, Elton John, Electric Light Orchestra e muitos outros.
Foi escrevendo e produzindo para outros artistas na sua editora Oasis. Donna Summer foi um dos seus primeiros grandes sucessos. O Disco Sound tinha surgido e Giorgio é um dos seus grandes seguidores. O single de Donna Summer "Love To Love You Baby" alcança muito sucesso. Este interesse pelos Moogs e sintetizadores levam-no a ser o primeiro a apresentar um álbum produzido só com teclados electrónicos. Em 1977 "From Here to Eternity" é considerado como o pioneiro da música electrónica. De seguida sai o single de Donna Summer "I Feel Love" só tocada com sintetizadores, o disco vai a 1º em quase todos os principais Tops mundiais. No ano seguinte escreve a música para o filme "Midnight Express" onde se destaca a canção tema "Chase" que Cher interpretou. As suas músicas começam a ser adaptadas a jogos de computador, a temas associativos e a recinto de Discomania. Este filme trouxe-lhe o primeiro Oscar da Academia em 1979. Em 78 nos seus estúdios Munich Machine na Alemanha grava dois álbum talvez como que a preparar o que será o primeiro álbum electrónico digital ao vivo em 1979, "E-MC2". Em 80 compôe várias bandas sonoras para as cadeias de filmes Fox e American Gigolo.
A Fox lança um álbum duplo com a etiqueta Casablanca Records, que entretanto comprara a sua Oasis Record e onde vêm canções dos filmes como "On The Radio" de Donna Summer e "Bad Love" de Cher. A American Gigolo também lança um álbum que contém a canção "Call Me" que Blondie levou aos Tops da BBC e da Billboard.
Em 82 compôe para o filme "Cat People" onde David Bowie canta "Cat People (Putting Out Fire)". Em 83 compôe a música do filme "Scarface". Ainda em 83 sai o filme "Flashdance" que foi visto por mais de 20 milhões de pessoas e em que Irene Caras canta composições suas incluindo "What a Feeling" que sobe aos 1º lugares de todos os Tops. Em 84 faz a restauração de um filme mudo de 1927 "Metropolis" e a que junta o trilho musical. Depois trabalhou com Philip Oakey da Human League para o álbum Philip Oakey & Giorgio Moroder.
Em 82 compôe para o filme "Cat People" onde David Bowie canta "Cat People (Putting Out Fire)". Em 83 compôe a música do filme "Scarface". Ainda em 83 sai o filme "Flashdance" que foi visto por mais de 20 milhões de pessoas e em que Irene Caras canta composições suas incluindo "What a Feeling" que sobe aos 1º lugares de todos os Tops. Em 84 faz a restauração de um filme mudo de 1927 "Metropolis" e a que junta o trilho musical. Depois trabalhou com Philip Oakey da Human League para o álbum Philip Oakey & Giorgio Moroder.
Em 84 compõe "Reach Out" a canção dos Jogos Olímpicos de 84. Em 86 trabalha com o seu "protegido" Harold Faller Meyer (dos Axel F) e o letrista Tom Whitlook para a música do filme "Top Gun" que incluía o tema dos Berlin "Take My Breath Away" e "Daner Zone" para Kenny Loggins. "Take My Breath Away" vence também um Oscar para a melhor canção. Em 87 no filme "Over The Top" "Meet Me Half Way" foi também canção para Kenny Loggins. Em 88 compõe também para os Jogos Olímpicos em Seoul "Hand in Hand" e em 90 para o Campeonato do Mundo de Futebol "Un Estate Italiano". Em 92 lança o 14º álbum
No início do século XXI compôs e produziu o tema para o Google Racer. Escreve ainda para o filme "Impressionen Unter Wasser". Em 20 de Setembro de 2004 o seu nome foi colocado no Dance Hall of Fame. Em 2008 escreve "Forever Friends" para as olimpíadas de verão.
Em 2013 contribuiu para que o album dos Daft Punk, "Random Access Memories" viesse a ser eleito álbum do ano e vencesse mais um Grammy. O disco inclui o tema "Giorgio By Moroder". Em 2014 reformolou o velho clássico "Doo Bee Doo" para um comercial da Wolkswagen no SuperBowl com o título "Wings". Desde 2014 que tem colaborado como DJ em grandes festivais como o Vivid Fst, Moogfest,Wireless Festival, Les Ardentes e Pacha Ibiza. Em 2015 lançou o álbum "Dejá Vu" com colaborações de Kylle Minogue, Britney Spears, Mikky Ekko, Charil XCX, Matthew Koma, Sia, Foxes e outros. O álbum chegou a nº1 no Top de Dança Electrónica da Billboard. Ultimamente trabalhou com os Codplay e Lana del Rey. Como DJ aos 76 anos tem continuado a fazer apresentações. Influenciou muitas gerações de DJs e a sua música é lugar comum em todas elas. Em Junho 2016 apresentou-se na sua terra natal em Val Gardena para um grandioso espectáculo. Giorgio gosta de Madonna e diz que elamesmo aos 56 anos tem cariz para seguir este estilo e voltaria ao topo. Gostaria de produzir para ela. Aliás Madonna já apresentou no seu "Confessions On A Dance Floor", álbum de 2005, na canção "Future Love" um baixo inspirado no "I Feel Love" de Moroder e na abertura do seu "ConfessionsTour" iniciava com uma mistura de "Future Love/I Feel Love". Também a versão de "Live To Tell" tem passagens de "Tears" de Giorgio
Em 2013 contribuiu para que o album dos Daft Punk, "Random Access Memories" viesse a ser eleito álbum do ano e vencesse mais um Grammy. O disco inclui o tema "Giorgio By Moroder". Em 2014 reformolou o velho clássico "Doo Bee Doo" para um comercial da Wolkswagen no SuperBowl com o título "Wings". Desde 2014 que tem colaborado como DJ em grandes festivais como o Vivid Fst, Moogfest,Wireless Festival, Les Ardentes e Pacha Ibiza. Em 2015 lançou o álbum "Dejá Vu" com colaborações de Kylle Minogue, Britney Spears, Mikky Ekko, Charil XCX, Matthew Koma, Sia, Foxes e outros. O álbum chegou a nº1 no Top de Dança Electrónica da Billboard. Ultimamente trabalhou com os Codplay e Lana del Rey. Como DJ aos 76 anos tem continuado a fazer apresentações. Influenciou muitas gerações de DJs e a sua música é lugar comum em todas elas. Em Junho 2016 apresentou-se na sua terra natal em Val Gardena para um grandioso espectáculo. Giorgio gosta de Madonna e diz que elamesmo aos 56 anos tem cariz para seguir este estilo e voltaria ao topo. Gostaria de produzir para ela. Aliás Madonna já apresentou no seu "Confessions On A Dance Floor", álbum de 2005, na canção "Future Love" um baixo inspirado no "I Feel Love" de Moroder e na abertura do seu "ConfessionsTour" iniciava com uma mistura de "Future Love/I Feel Love". Também a versão de "Live To Tell" tem passagens de "Tears" de Giorgio
Ao longo dos tempos muitos tem sido os artistas que se tem inspirado em Giorgio tanto no Hip Hop como no Rap ou no Ska e até no Folk para além de DJs. As suas músicas de filmes tem sido largamente usadas em temas de programas e anúncios. Em 2005 foi disinguido pelo governo com o grau de Comendador de Mérito da República Italiana.
GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Giorgio Moroder um dos mais importantes nomes da música, especialmente o Disco e a Electrónica, o nome que nos últimos 40 anos é rei nas "Discotecas" estava no iníciodoa anos 70 a tornar-se conhecido. Embora "Moody Trudy" fosse de 1968, só após o êxito de "Looky Looky" despontava. Era um som diferente e apelativo, frenético. ntrou directo para o 5º da nossa Parada, subiu depois a 3º ( em semana em que a página não foi publicada, e na próxima já aparecerá em 1º). Como falamos dele nesta página resolvemos publicar já. Giorgio é ainda muito conhecido por temas de músicas de filmes como "Superman III", "Rambo III","Scarface", "The Never Ending Story", "Beverlly Hills Cop II" e "Flashdance", "Top Gun", "Scareface" oiu "American Gigolo". Giorgio tem mais de 100 discos de ouro e platina, 3 Oscars, 4 Grammy e 4 Globos de Ouro
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Morreu João Domingos da Conceição um dos grandes músicos e impulsionadores de música de Moçambique a partir dos anos 50. Morreu em Londres no dia 10 de Setembro, tinha 83 anos. Por coincidência nesta página nº83 saía uma notícia no "Cenário" sobre a apresentação do seu conjunto no programa ao vivo no auditório do RCM aos domingos "Um Conjunto".
Foi um dos grandes divulgadores do estilo musical moçambicano Marrabenta, juntamente com os conjuntos Djambo e Harmonia. Pedimos ao nosso amigo João de Sousa, que o conheceu bem se nos enviava umas linhas, e ele amavelmente enviou-nos este "In Memorium" e músicas
IN MEMORIUM de JOÃO DOMINGOS
Uma figura bem conhecida do nosso universo musical e não só. Um homem ligado às caricaturas , aos desenhos e desportos. Nasceu a 13 de Maio em Inharrime. Deixa-nos aos 83 anos de idade.
Envereda pelo campo da música por influência duma avó machope que gostava de música clássica, das polkas, tangos, valsas e rumbas. Ela levou-o a uma festa onde João Domingos com apenas 9 anos de idade, viu pela primeira vez uma orquestra tocar "ao vivo". Era uma orquestra da família Ossumane Valgy, à qual veio a pertencer muitos anos depois como percurssionista e vocalista. Na sua terra natal começou por tocar nos "Jovens de Inharrime" e depois no "Melodia". Quando se transfere de Inharrime para Inhambane tem os primeiros contactos com o Chico da Conceição, com o Manecas Guita e com o Augusto Cabral.
Contrariamente ao que se pode pensar o conjunto que ostenta o seu nome não começou com a designação "João Domingos". A história é simples de se contar. O Young Issufo tinha uma banda chamada "Young Issufo Jazz Band". Numa passagem do ano (1955) uma zanga desfaz o grupo. Nessa altura João Domingos foi abordado por Young Issufo e por Hassiano Mumino (Gonzana) para integrar o grupo, o que veio a acontecer. Era um trio. O trio "Hoola Oop". Só meses depois é que este trio, integrando outros elementos, passa a chamar-se "Conjunto de João Domingos". E a primeira actuação com esta designação acontece na Associação dos Operários Goeses (hoje Casa da Cultura do Alto Maé) no dia 5de Abril de 1956.
Foi um dos grandes divulgadores do estilo musical moçambicano Marrabenta, juntamente com os conjuntos Djambo e Harmonia. Pedimos ao nosso amigo João de Sousa, que o conheceu bem se nos enviava umas linhas, e ele amavelmente enviou-nos este "In Memorium" e músicas
IN MEMORIUM de JOÃO DOMINGOS
Uma figura bem conhecida do nosso universo musical e não só. Um homem ligado às caricaturas , aos desenhos e desportos. Nasceu a 13 de Maio em Inharrime. Deixa-nos aos 83 anos de idade.
Envereda pelo campo da música por influência duma avó machope que gostava de música clássica, das polkas, tangos, valsas e rumbas. Ela levou-o a uma festa onde João Domingos com apenas 9 anos de idade, viu pela primeira vez uma orquestra tocar "ao vivo". Era uma orquestra da família Ossumane Valgy, à qual veio a pertencer muitos anos depois como percurssionista e vocalista. Na sua terra natal começou por tocar nos "Jovens de Inharrime" e depois no "Melodia". Quando se transfere de Inharrime para Inhambane tem os primeiros contactos com o Chico da Conceição, com o Manecas Guita e com o Augusto Cabral.
Contrariamente ao que se pode pensar o conjunto que ostenta o seu nome não começou com a designação "João Domingos". A história é simples de se contar. O Young Issufo tinha uma banda chamada "Young Issufo Jazz Band". Numa passagem do ano (1955) uma zanga desfaz o grupo. Nessa altura João Domingos foi abordado por Young Issufo e por Hassiano Mumino (Gonzana) para integrar o grupo, o que veio a acontecer. Era um trio. O trio "Hoola Oop". Só meses depois é que este trio, integrando outros elementos, passa a chamar-se "Conjunto de João Domingos". E a primeira actuação com esta designação acontece na Associação dos Operários Goeses (hoje Casa da Cultura do Alto Maé) no dia 5de Abril de 1956.
João Domingos foi o autor do "Samba da Mafalala" e da composição "Diga a Ela", dois temas que estão incluidos num CD e que foram tocados pela primeira vez num desfile de carnaval realizado na Avenida de Angola. Mas não foi só o carnaval, com destaque para as actuações no "carnaval do Malhanga" que marcou a trajectória do grupo que ele comandou durante vários anos. Foram também os bailes em vários locais da então cidade de Lourenço Marques e as constantes actuações em espectáculos e programas "ao vivo" no estúdio auditório do então Rádio Clube de Lourenço Marques.
João Domingos para além de músico, desenhador e caricaturista foi atleta. Jogou no S. José, no Munhuanense Azar, no 1º de Maio e no Beira Mar. Acabou a sua carreira de futebolista no Atlético Clube de Lourenço Marques.
João Domingos para além de músico, desenhador e caricaturista foi atleta. Jogou no S. José, no Munhuanense Azar, no 1º de Maio e no Beira Mar. Acabou a sua carreira de futebolista no Atlético Clube de Lourenço Marques.
Faz hoje dia 6 de Outubro de 2016, desasete anos que a Diva morreu. Pelo simples facto de editarmos hoje a e.Onda Pop nº 83 queremos mais uma vez prestar-lhe homenagem.
Considerada por unanimidade um dos grandes vultos da cultura portuguesa tem sempre lugar em qualquer parte. Aproveitámos o video de Henrique Fagundes Vieira do YouTube por ilustrar o "Fado Português" com imagens da sua carreira e grande aceitação mundial. Amália Sempre.
Considerada por unanimidade um dos grandes vultos da cultura portuguesa tem sempre lugar em qualquer parte. Aproveitámos o video de Henrique Fagundes Vieira do YouTube por ilustrar o "Fado Português" com imagens da sua carreira e grande aceitação mundial. Amália Sempre.