
DESTAQUE - MARIA
Carmélia Maria Neto Lopez nasce a 4 de março de 1945 em Lourenço Marques
A sua mãe já frequentava os microfones do RCM, isto significa que a música já percorria a sua casa como qualquer coisa natural. Aos dois anos os pais vão para a África do Sul. É aí que vai crescer sempre com uma vontade enorme de cantar, o que vai fazendo em festas privadas e escolares. A partir de 1964 começou a cantar em night clubs em Joanesburgo.
Em 1967 o guitarrista Archie van der Ploeg ouve-a e convida-a a fazer parte do seu conjunto. Stevie van Kerken vocalista dos New Trends procura uma voz para gravar no coro de uma canção de Dickie Loder , "Help me Forget" e Archie indica-lhe a Maria. Depois do disco começar a tocar na Rádio chovem telefonemas para saber quem era a voz do coro. Estava feito o lançamento de Maria. A Columbia convida-a de imediato para gravar um disco. "This is Maria" é o seu 1º album e sai em 68. Nele encontramos canções como o clássico country "Right or Wrong", "You" ou "Gipsy Dreams". O seu segundo LP sai no final de 68 e tem por nome "Goodbye Jimmy Goodbye". Maria começa a ser muito solicitada e os anos 70 vão ser de grande sucesso. O seu maior êxito acaba por sair em 73 em single e fazendo depois parte do album Portait of Maria. Vamos então escutar "Clap Your Hands And Stamp Your Feet", que chegou ao 1º lugar do Hit-Parade da Springbok Radio, em Agosto de 1973, onde se manteve no top 20 por 17 semanas.
Maria ganhou um SARI em 1974 como a melhor artista do ano.

Zito conheceu bem Maria, pois fizeram muitos espectáculos juntos patrocinados pela South African Airways. Nós que também a conhecemos quando a entrevistámos em Lourenço Marques guardaremos mais informações para quando essa entrevista sair, mas sabemos que Zito esteve com ela até ao fim.
Que nos diz ele?
"Maria era uma rapariga simples e boa colega. Cheguei a estar em sua casa em Hillbrow (Johannersburg) quando ela já estava muito doente, poucos dias antes de morrer. Partiu em 1981, na noite em que no Clube Social Bez Valley, vários artistas portugueses participavam num espectáculo que a fadista Maria Dulce organizara para angariar fundos em favor de Maria. Bastante tempo depois cruzei-me com a sua mãe, que me disse que uma das duas netas cantava tão bem quanto a mãe."
Maria gravou pelo menos 12 singles e 4 albuns. Do LP "New Country Sounds" produzido por Archie van der Ploeg que descobriu Maria,vamos escutar uma composição sua, "MM...Baby".
Que nos diz ele?
"Maria era uma rapariga simples e boa colega. Cheguei a estar em sua casa em Hillbrow (Johannersburg) quando ela já estava muito doente, poucos dias antes de morrer. Partiu em 1981, na noite em que no Clube Social Bez Valley, vários artistas portugueses participavam num espectáculo que a fadista Maria Dulce organizara para angariar fundos em favor de Maria. Bastante tempo depois cruzei-me com a sua mãe, que me disse que uma das duas netas cantava tão bem quanto a mãe."
Maria gravou pelo menos 12 singles e 4 albuns. Do LP "New Country Sounds" produzido por Archie van der Ploeg que descobriu Maria,vamos escutar uma composição sua, "MM...Baby".
DESTAQUE - VERÓNICA
Verónica iniciou-se na Rádio e nas cantigas. Seu pai José de Oliveira Cosme foi um grande produtor, não só de Rádio como nas revistas e teatro, autor das divertidas "Lições do Menino Tonecas" e histórias aos quadrinhos (Mundo de Aventuras). Aproveitamos a notícia do lançamento do seu novo disco para falarmos de mais um disco "yé-yé", com "Patinho Resmungão" e "Ser Como Um Rapaz" (versão portuguesa de "Comme Un Garçon" de Sylvie Vartan. Ela também faz parte dos muitos esquecimentos de certas Enciclopédias e livros da Música e do Yé Yé, que se vendem por aí (alguns com vários volumes). Temos a certeza que os livros deram muito trabalho a fazer e anos a pesquizar para depois terminarem super incompletos. Será por incompetência ou porque os autores não gostam dos artistas? Foi e é assim que ainda hoje, infelizmente, se faz história e jornalismo em Portugal. Se não gostam de alguns artistas, então dêem outros nomes aos bois, para não enganarem os compradores. Infelizmente não é só na música. Verónica foi casada com o maestro Jorge Machado e em 1964, quando este leva o seu conjunto a Moçambique, actuando no Hotel Polana, Verónica de quando em vez lá cantava umas canções e cremos que também o chegou a fazer no R.C.M.. Ela acaba por se dedicar mais ao teatro de Revista, mas em 1974 ainda concorre ao Festival da Canção com "Canção Para Todos Vós" da autoria de Maria Olímpia Machado de Oliveira Cosme. Pouco tempo depois, desgostosa por vários motivos, partiu para a Suiça onde viveu alguns anos. Quando regressa é convidada por Filipe La Féria para integrar o elenco da peça "Rosa Tatuada" no Politeama. Morreu pouco tempo depois. Escutemos então o interessante "Patinho Resmungão" da autoria de António José com música do grande Nuno Nazareth Fernandes. O video de António Luz também o achámos interessante e bem caçado. |

THE MARMALADE
"The Marmalade" formaram-se na Escócia em 1961, como "Gaylords", mudando depois para Dean Ford & The Gaylords adaptando-se à nomenclatura usada na época pelos conjuntos de maior sucesso, que punham em destaque o seu vocalista principal. Com este novo nome gravaram em 1964 e 1965 quatro singles, sem grande sucesso, para o selo "Columbia"
Mas o destino mudou em 1966, quando foram vistos em Glasgow pelos já então famosos "The Tremeloes" que estavam em tournée pela Escócia e que os recomendaram a Peter Wash, que agenciava artistas para tocar em clubes e boites de Londres.
Os "Tremeloes" ficaram impressionados com o que ouviram e nós propomos a vossa avaliação para um desses discos gravados em 1964, como Dean Ford & The Gaylords - "Twenty Miles".
"The Marmalade" formaram-se na Escócia em 1961, como "Gaylords", mudando depois para Dean Ford & The Gaylords adaptando-se à nomenclatura usada na época pelos conjuntos de maior sucesso, que punham em destaque o seu vocalista principal. Com este novo nome gravaram em 1964 e 1965 quatro singles, sem grande sucesso, para o selo "Columbia"
Mas o destino mudou em 1966, quando foram vistos em Glasgow pelos já então famosos "The Tremeloes" que estavam em tournée pela Escócia e que os recomendaram a Peter Wash, que agenciava artistas para tocar em clubes e boites de Londres.
Os "Tremeloes" ficaram impressionados com o que ouviram e nós propomos a vossa avaliação para um desses discos gravados em 1964, como Dean Ford & The Gaylords - "Twenty Miles".
Em 1966, assinaram então um contrato de gravação com a CBS e, por recomendação do, já então, seu manager Peter Wash, mudaram o nome para "The Marmalade".
Gravaram 5 singles sem grandes resultados e a CBS propôs-lhes a gravação de "Everlasting Love", que recusaram pois queriam editar as suas próprias composições, mas "Everlasting Love" foi gravado então pelos "Love Affair", que atingiram o 1º lugar do Hit-Parade Britânico.
À segunda proposta de gravação de composições de terceiros, decidiram aceitar e gravaram "Lovin Things", com a qual atingiram pela primeira vez o top 40 britânico e logo com um 6º lugar. O sucesso estava lançado e o próximo single "Wait For Me Marianne" atingiu o 20º posto. Logo a seguir gravam o famoso "Ob-La-Di, Ob-La-Da" em single e alcançam o topo do Hit-Parade do Reino Unido, aproveitando a decisão de os Beatles não editarem essa canção da sua autoria em single para o mercado da Grã-Bretanha.
A partir daí foram êxitos seguidos e de grande qualidade, como "Baby Make It Soon", "Reflections Of My Life", "Rainbow", "Cousin Norman" ou "Randancer", que atingiram o top 10 e com algumas deles então já da sua própria safra criativa.
A Onda Pop vai ter vários artigos sobre esses sucessos que ocorreram entre 1969 e 1972, como tal deixamo-vos aqui o 1º grande sucesso dos "Marmalade" - "Lovin' Things", do início de 1968.
Gravaram 5 singles sem grandes resultados e a CBS propôs-lhes a gravação de "Everlasting Love", que recusaram pois queriam editar as suas próprias composições, mas "Everlasting Love" foi gravado então pelos "Love Affair", que atingiram o 1º lugar do Hit-Parade Britânico.
À segunda proposta de gravação de composições de terceiros, decidiram aceitar e gravaram "Lovin Things", com a qual atingiram pela primeira vez o top 40 britânico e logo com um 6º lugar. O sucesso estava lançado e o próximo single "Wait For Me Marianne" atingiu o 20º posto. Logo a seguir gravam o famoso "Ob-La-Di, Ob-La-Da" em single e alcançam o topo do Hit-Parade do Reino Unido, aproveitando a decisão de os Beatles não editarem essa canção da sua autoria em single para o mercado da Grã-Bretanha.
A partir daí foram êxitos seguidos e de grande qualidade, como "Baby Make It Soon", "Reflections Of My Life", "Rainbow", "Cousin Norman" ou "Randancer", que atingiram o top 10 e com algumas deles então já da sua própria safra criativa.
A Onda Pop vai ter vários artigos sobre esses sucessos que ocorreram entre 1969 e 1972, como tal deixamo-vos aqui o 1º grande sucesso dos "Marmalade" - "Lovin' Things", do início de 1968.

1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK (parte 1)
OS ANOS DA MAIORIDADE MUSICAL DO ROCK/POP/COUNTRY/SOUL/ FOLK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
Foi nesse período de tempo que se deram as grandes inovações e revoluções em termos musicais, senão analisemos só a lista quase inacreditável do que aconteceu, em termos de criatividade e novidades, nesses anos.
- Em 1955, Bill Haley & His Comets atinge o 1º lugar do hit-parade americano, e depois as outras paradas do mundo inteiro, com "Rock Around The Clock", normalmente considerado o marco do primeiro Rock 'N' Roll.
- Em 1956, é a vez de aparecer o "Rei do Rock", Elvis Presley que chegou ao 1º lugar das paradas pop com "Heartbreak Hotel" e com ele começaram finalmente a entrar os artistas negros (Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino, etc) nas paradas pop de todo o mundo, dando origem ao real desenvolvimento do "Rock 'N' Roll", ao se misturar com o Rhythm & Blues.
- O Rockabilly de Carl Perkins, Roy Orbison ou Johnny Cash, vai-se transformar no Rock 'N' Roll de Jerry Lee Lewis, Eddie Cochran, Gene Vincent ou Wanda Jackson.
OS ANOS DA MAIORIDADE MUSICAL DO ROCK/POP/COUNTRY/SOUL/ FOLK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
Foi nesse período de tempo que se deram as grandes inovações e revoluções em termos musicais, senão analisemos só a lista quase inacreditável do que aconteceu, em termos de criatividade e novidades, nesses anos.
- Em 1955, Bill Haley & His Comets atinge o 1º lugar do hit-parade americano, e depois as outras paradas do mundo inteiro, com "Rock Around The Clock", normalmente considerado o marco do primeiro Rock 'N' Roll.
- Em 1956, é a vez de aparecer o "Rei do Rock", Elvis Presley que chegou ao 1º lugar das paradas pop com "Heartbreak Hotel" e com ele começaram finalmente a entrar os artistas negros (Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino, etc) nas paradas pop de todo o mundo, dando origem ao real desenvolvimento do "Rock 'N' Roll", ao se misturar com o Rhythm & Blues.
- O Rockabilly de Carl Perkins, Roy Orbison ou Johnny Cash, vai-se transformar no Rock 'N' Roll de Jerry Lee Lewis, Eddie Cochran, Gene Vincent ou Wanda Jackson.
- A música folk renasce através do movimento Folk Revival de Pete Seeger, The Kingstom Trio, The Brothers Four, etc.
- Aparece o Doo Wop, com as harmoniosas vocalizações, substituindo com a voz, qualquer instrumento, como o fazem The Platters, The Clovers, The 5 Satins, The Del-Vikings ou Frankie Lymon & The Teenagers, entre outros. Estas harmonizações vocais foram de extrema importância para as futuras vocalizações e coros de conjuntos como The Beach Boys ou The Beatles.
- Aparece o Doo Wop, com as harmoniosas vocalizações, substituindo com a voz, qualquer instrumento, como o fazem The Platters, The Clovers, The 5 Satins, The Del-Vikings ou Frankie Lymon & The Teenagers, entre outros. Estas harmonizações vocais foram de extrema importância para as futuras vocalizações e coros de conjuntos como The Beach Boys ou The Beatles.
- A partir de 1957, o jazz torna-se mais acessível ao grande público e nasce o jazz-fusion. Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Duke Ellington, Miles Davis, Thelonious Monk, Sarah Vaughan, Dave Brubeck e Gary Burton são alguns dos expoentes musicais desse novo jazz, que viria a ser importantíssimo para os novos movimentos musicais dos finais dos 60.
- Nasce o movimento musical brasileiro da Bossa Nova (António Carlos Jobim, João Gilberto, Vinicius de Moraes, Astrud Gilberto), que mais tarde seria adoptado pelo jazz, através de Stan Getz, Ella Fitzgerald, Herbie Hancock ou Oscar Peterson e seria vital para o aparecimento do Latin Jazz nos anos 60 (Sérgio Mendes & Brasil 66, Chick Corea, etc) e até para novas nuances do próprio jazz tradicional.
- Nasce o movimento musical brasileiro da Bossa Nova (António Carlos Jobim, João Gilberto, Vinicius de Moraes, Astrud Gilberto), que mais tarde seria adoptado pelo jazz, através de Stan Getz, Ella Fitzgerald, Herbie Hancock ou Oscar Peterson e seria vital para o aparecimento do Latin Jazz nos anos 60 (Sérgio Mendes & Brasil 66, Chick Corea, etc) e até para novas nuances do próprio jazz tradicional.
- Em 1958 e 1959, aparecem os primeiros ídolos universais da juventude, para além de Elvis Presley, como Ricky Nelson, Paul Anka, Frankie Avalon, Dion ou Anette Funicello, com o lançamento simultâneo de sucessos musicais e de filmes para a juventude em que eles são as cabeças de cartaz.
- Nos finais dos anos 50, aparecem Buddy Holly e os Everly Brothers compondo e cantando o Rock de uma forma mais melodiosa e calma e, assim, abrindo caminho ao Pop/Rock que viria a ser sucesso a partir de 1964 com os Reis da Música - The Beatles.
- Nos finais dos anos 50, aparecem Buddy Holly e os Everly Brothers compondo e cantando o Rock de uma forma mais melodiosa e calma e, assim, abrindo caminho ao Pop/Rock que viria a ser sucesso a partir de 1964 com os Reis da Música - The Beatles.
Em 1959, a música rock já abrangia 43% dos títulos das paradas musicais dos Estados Unidos.
São estes os testemunhos principais dos anos 50 que suportam a nossa convicção de que os anos decorrentes entre 1955 e 1975, foram os mais importantes de sempre para a música pop/rock/soul/jazz/country e folk.
Na próxima semana continuaremos esta nossa relação de factos até meados dos anos 60.
Na próxima semana continuaremos esta nossa relação de factos até meados dos anos 60.
FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Numa carreira que se estende por mais de meio século, Sergio Mendes continua um mágico, como se chama também o seu novo álbum "Magic", criando uma mistura sonora única que electrifica todas as audiências. O seu talento especial para fazer sucessos atrás de sucessos fez dele o músico brasileiro mais bem-sucedido de seu tempo. Um grande criador, que sabe aproveitar os seus talentos de pianista, compositor, vocalista e produtor, o que faz dele um artista verdadeiramente singular e de contínuo sucesso desde os anos 60, como Sérgio Mendes & Brasil 66. |
Com "Magic", na sua gravação de estreia para o rótulo "OKeh" , ele triunfa uma vez mais, oferecendo sempre uma actualidade em termos sonoros com uma mistura contagiante de ritmos brasileiros e estilos contemporâneos da sua terra natal, dos Estados Unidos e de outros lugares, que fazem do som de Sergio Mendes um som instantâneamente reconhecível.
"Magic" também é o soberbo elenco de músicos, cantores e compositoes que colaboram com Sergio Mendes neste disco, que já foi indigitado para os "Grammys". Para além dos cantores norte-americanos Janelle Monae, Cody Wise, Scoot Mayo e John Legend, cantam neste álbum os brasileiros Milton Nascimento, Carlinhos Brown, Ana Carolina, Seu Jorge, Maria Gadu, Aila Menezes e a mulher de Sergio, Gracinha Leporace.
O segredo de "Magic" é "a magia do encontro ... e é isso que a minha vida tem sido, e também o é neste álbum. Para mim, a coisa mais importante é a melodia. Em seguida, o arranjo e vocalizações. E é isso que desempenha o papel fundamental em tudo o que faço.", segundo as palavras do próprio Sergio Mendes.
O som deste seu novo álbum é de uma evidente universalidade, bem patente no som que sempre nos ofereceu como uma banda sonora um verão, que se tem perpetuado por várias gerações de ouvintes.
A lista mágica de temas e cantores, que compõem este ábum "Magic" é a seguinte:
1. Simbora (feat. Carlinhos Brown)
2. My My My My Love (feat. Cody Wise)
3. Don’t Say Goodbye (feat. John Legend)
4. Sou Eu (feat. Seu Jorge)
5. When I Fell in Love (feat. Gracinha Leporace)
6. Meu Rio (feat. Maria Gadu)
7. Visions of You (feat. Janelle Monae)
8. Samba de Roda (feat. Aila Menezes & Gracinha Leporace)
9. Atlantica (feat. Ana Carolina)
10. Olha a Rua (feat. Milton Nascimento)
11. Hidden Waters (feat. Gracinha Leporace)
12. Magic (feat. Scott Mayo)
13. One Nation (feat. Carlinhos Brown)
"Magic" também é o soberbo elenco de músicos, cantores e compositoes que colaboram com Sergio Mendes neste disco, que já foi indigitado para os "Grammys". Para além dos cantores norte-americanos Janelle Monae, Cody Wise, Scoot Mayo e John Legend, cantam neste álbum os brasileiros Milton Nascimento, Carlinhos Brown, Ana Carolina, Seu Jorge, Maria Gadu, Aila Menezes e a mulher de Sergio, Gracinha Leporace.
O segredo de "Magic" é "a magia do encontro ... e é isso que a minha vida tem sido, e também o é neste álbum. Para mim, a coisa mais importante é a melodia. Em seguida, o arranjo e vocalizações. E é isso que desempenha o papel fundamental em tudo o que faço.", segundo as palavras do próprio Sergio Mendes.
O som deste seu novo álbum é de uma evidente universalidade, bem patente no som que sempre nos ofereceu como uma banda sonora um verão, que se tem perpetuado por várias gerações de ouvintes.
A lista mágica de temas e cantores, que compõem este ábum "Magic" é a seguinte:
1. Simbora (feat. Carlinhos Brown)
2. My My My My Love (feat. Cody Wise)
3. Don’t Say Goodbye (feat. John Legend)
4. Sou Eu (feat. Seu Jorge)
5. When I Fell in Love (feat. Gracinha Leporace)
6. Meu Rio (feat. Maria Gadu)
7. Visions of You (feat. Janelle Monae)
8. Samba de Roda (feat. Aila Menezes & Gracinha Leporace)
9. Atlantica (feat. Ana Carolina)
10. Olha a Rua (feat. Milton Nascimento)
11. Hidden Waters (feat. Gracinha Leporace)
12. Magic (feat. Scott Mayo)
13. One Nation (feat. Carlinhos Brown)
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |

Embora a nossa magia de hoje possa parecer religiosa, não nos metemos nesses negócios, até para não fazermos concorrência ao nosso ex-colega de escola e liceu Jorge Tadeu (hoje mais conhecido como o Apóstolo Tadeu, líder da Igreja Maná).
Vamos tratar do Têrço, só que este nosso "O Têrço" foi e ainda é, sem dúvida nenhuma, uma das maiores bandas brasileiras de todos os tempos.
A banda formou-se em 1968 com os seguintes integrantes:
Sérgio Hinds (guitarra e vocal), César de Mercês (baixo) e Vinícius Cantuária (bateria).
"O Têrço" é considerada uma banda mítica do Rock Progressivo Brasileiro, que fez muito sucesso nos anos 70, chegando a ser uma referência nacional em termos de estruturação musical.
Todo o mundo queria ser como “O Têrço”.
Não estamos aqui falando de melhores ou de piores, até porque isso é muito subjetivo e pessoal: cada um tem o seu gosto próprio e gostos não se discutem, mas... sabemos que a banda, criada em 68, que sempre teve Sergio Hinds em todas as suas formações, até aos dias actuais, continua sendo ainda uma banda mítica, mas também ainda bem viva.
Após um início de carreira que passaria do total anonimato para a categoria de expoente do rock nacional, ao lado dos Mutantes, o grupo só alcançou algum reconhecimento do grande público através da sensacional balada “Tributo Ao Sorriso”, apresentada num Festival Internacional da Canção e o respeito da comunidade rock só veio no lançamento do álbum “Criaturas Da Noite", em 1974.
No entanto este seu primeiro disco que foi lançado em 1970, com Jorge Amiden no lugar de César, já deixava antever a qualidade desta banda.
Como quase todos os álbuns mágicos que vos apresentamos em "Abracadabra", este L.P. também passou desapercebido na época do seu lançamento e por isso quem o tem hoje em vinil, possui uma preciosidade sem preço.
O álbum era bàsicamente rock and roll dos anos 60, mas já com influência do rock progressivo, e era composto pelas seguintes faixas:
- Nã (Sérgio Hinds, Jorge Amiden) – 2:18
- Plaxe Voador (Euclides Piau, Jorge das Neves, Jorge Amiden) – 1:19
- Yes, I Do (I. Maciel, Jorge Amiden) – 1:56
- Longe Sem Direção (P. Patrício, Jorge Amiden) – 2:56
- Flauta (Sérgio Hinds, Jorge Amiden) – 2:22
- I Need You (Sérgio Hinds, Jorge Amiden) – 2:22
- Antes de Você… Eu (Sérgio Hinds, Jorge Amiden) – 2:20
- Imagem (Sérgio Hinds, Jorge Amiden) – 2:47
- Meia Noite (Beth Campbell, Danilo Caymmi, Paulinho Tapajós) – 2:50
- Saturday Dream (Cézar de Mercês, Jorge Amiden) – 2:49
- Velhas Histórias (Renato Corrêa, Gutenberg Guarabyra) – 2:46
- Oh! Suzana (Sérgio Hinds) – 1:58
Esta semana apresentamos o 10º lugar da "Parada da Onda Pop" - "Topsy", uma canção interpretada por Ana Maria Froes, que é o DESTAQUE desta semana, fechando esta edição com chave de ouro.

DESTAQUE - ANA MARIA FROES
Ana Maria Froes nasceu na Madeira, a sua ilha encantada. Aos 12 anos teve a sua primeira actuação em palco, era então aluna do Ensino Secundário. A partir daí e até aos 17 anos, não mais deixou de actuar quer fosse em espetáculos no Funchal com artistas de nomeada idos do Continente ou internacionais.
É precisamente aos 17 anos que vai para a África do Sul. Aí concorre a um concurso organizado pela Springbok Radio. Fica em 2º lugar entre 200 concorrentes. A partir daqui grava o seu primeiro disco com canções do grande compositor sul africano Terry Dempsey e com sua produção. Começam a chover convites para actuar em muitas cidades sul africanas e na Rodésia. A Estação B do RCM, a LM Radio, começa a divulgar a canção "Topsy" que colhe a atenção de Onda Pop fazendo-a entrar no nosso Hit, sem termos ideia alguma que era uma canção de Terry Dempsey (de quem éramos grandes admiradores), nem sabermos quem era Ana Maria Froes. Aliás só agora soubemos de quem era a canção quando ela amàvelmente nos enviou o seu CD através do Zito.
Pedimos a Ana Maria que nos enviasse a letra para assim vocês a poderem cantar conosco. O acompanhamento musical é de Ron Shneider's Hysterical Six
Ana Maria Froes nasceu na Madeira, a sua ilha encantada. Aos 12 anos teve a sua primeira actuação em palco, era então aluna do Ensino Secundário. A partir daí e até aos 17 anos, não mais deixou de actuar quer fosse em espetáculos no Funchal com artistas de nomeada idos do Continente ou internacionais.
É precisamente aos 17 anos que vai para a África do Sul. Aí concorre a um concurso organizado pela Springbok Radio. Fica em 2º lugar entre 200 concorrentes. A partir daqui grava o seu primeiro disco com canções do grande compositor sul africano Terry Dempsey e com sua produção. Começam a chover convites para actuar em muitas cidades sul africanas e na Rodésia. A Estação B do RCM, a LM Radio, começa a divulgar a canção "Topsy" que colhe a atenção de Onda Pop fazendo-a entrar no nosso Hit, sem termos ideia alguma que era uma canção de Terry Dempsey (de quem éramos grandes admiradores), nem sabermos quem era Ana Maria Froes. Aliás só agora soubemos de quem era a canção quando ela amàvelmente nos enviou o seu CD através do Zito.
Pedimos a Ana Maria que nos enviasse a letra para assim vocês a poderem cantar conosco. O acompanhamento musical é de Ron Shneider's Hysterical Six

Topsy (Letra e música de Terry Dempsey)
Topsy
Isn't it marvellous
Take a look at that great big world
It's one big garden of flowers
Topsy
Everything is happening
All the stars up in the skies
Are coming down in showers
Topsy, oh yes Topsy
I think I've come to the end of the rainbow
And oh what a beautiful rainbow
I think I've come to the end of the rainbow
With you.
Actuou em muitas cidades na África do Sul e na Rodésia (hoje Zimbabwe) sempre com artistas desses paises.
Começou por cantar no clube português - União Cultural Recreativa e Desportiva Portuguesa, e foi cantando por muitos outros. Cantou com todos os seus colegas portugueses, Zito, Techa, Jimmy (irmão do Max) e muitos outros. Gravou cinco discos. O primeiro foi Topsy. Depois grava "You've Got Love" também de Terry Dempsey. Anos mais tarde foi convidada de Zito para os três LPs "Festa".
Topsy
Isn't it marvellous
Take a look at that great big world
It's one big garden of flowers
Topsy
Everything is happening
All the stars up in the skies
Are coming down in showers
Topsy, oh yes Topsy
I think I've come to the end of the rainbow
And oh what a beautiful rainbow
I think I've come to the end of the rainbow
With you.
Actuou em muitas cidades na África do Sul e na Rodésia (hoje Zimbabwe) sempre com artistas desses paises.
Começou por cantar no clube português - União Cultural Recreativa e Desportiva Portuguesa, e foi cantando por muitos outros. Cantou com todos os seus colegas portugueses, Zito, Techa, Jimmy (irmão do Max) e muitos outros. Gravou cinco discos. O primeiro foi Topsy. Depois grava "You've Got Love" também de Terry Dempsey. Anos mais tarde foi convidada de Zito para os três LPs "Festa".

Perguntámos-lhe agora (46 anos depois):
Foi uma carreira gratificante ?
"Sim, foram trinta anos muito felizes e de muito trabalho, enquanto os filhos iam crescendo, mas infelizmente tudo cansa e a paciência também se vai perdendo. Depois também durante dez anos apresentei notícias da Madeira no canal TV português, TVP, aqui na África do Sul. Hoje estou reformada. Os meus netinhos, os meus filhos e o meu marido merecem todo o meu amor. Vivo feliz com paz e amor".
Sabias que um dia uma canção tua tinha estado na Parada da Onda Pop e atingiu o 9º lugar? - atalhámos.
"Não, nunca cheguei a saber e fiquei surpresa quando o Zito me disse. Mesmo 46 anos depois sabe muito bem saber e fico feliz por se lembrarem de mim. E já agora felicidades para esta excelente ideia que tiveram, e assim certamente muita gente vai ouvir canções antigas como se fossem novidades, pois nunca as ouviram antes", respondeu-nos ela com toda a sua simpatia.
Ana Maria Froes canta originais e muitas versões em português de grandes êxitos de artistas bem conhecidos como este "Estrada do Sol" ("Alle Porte Del Sole" de Panzetti, Conti e Pilat para Gigliola Cinquetti), que vos oferecemos.
Foi uma carreira gratificante ?
"Sim, foram trinta anos muito felizes e de muito trabalho, enquanto os filhos iam crescendo, mas infelizmente tudo cansa e a paciência também se vai perdendo. Depois também durante dez anos apresentei notícias da Madeira no canal TV português, TVP, aqui na África do Sul. Hoje estou reformada. Os meus netinhos, os meus filhos e o meu marido merecem todo o meu amor. Vivo feliz com paz e amor".
Sabias que um dia uma canção tua tinha estado na Parada da Onda Pop e atingiu o 9º lugar? - atalhámos.
"Não, nunca cheguei a saber e fiquei surpresa quando o Zito me disse. Mesmo 46 anos depois sabe muito bem saber e fico feliz por se lembrarem de mim. E já agora felicidades para esta excelente ideia que tiveram, e assim certamente muita gente vai ouvir canções antigas como se fossem novidades, pois nunca as ouviram antes", respondeu-nos ela com toda a sua simpatia.
Ana Maria Froes canta originais e muitas versões em português de grandes êxitos de artistas bem conhecidos como este "Estrada do Sol" ("Alle Porte Del Sole" de Panzetti, Conti e Pilat para Gigliola Cinquetti), que vos oferecemos.
Nas suas gravações teve sempre a colaboração de excelentes profissionais como Terry Dempsey, Johnny Gibson e até o apoio do grande trompetista Eddie Calvert.
No produção do seu CD , também contou com o apoio inestimável do Fausto Paulo e do Peter da Nóbrega, antigo locutor da estação B do RCM.
Para fecharmos com chave de ouro, como já atrás salientámos, uma linda canção original dedicada à sua e nossa linda Madeira - "Que Linda Que És Madeira" da autoria de A. Cortez e F. Correia.
No produção do seu CD , também contou com o apoio inestimável do Fausto Paulo e do Peter da Nóbrega, antigo locutor da estação B do RCM.
Para fecharmos com chave de ouro, como já atrás salientámos, uma linda canção original dedicada à sua e nossa linda Madeira - "Que Linda Que És Madeira" da autoria de A. Cortez e F. Correia.