EDITORIAL - Estamos no mês de Julho de 2018. Em 31 de Agosto de 2018 a Onda Pop faz 50 anos que deu à luz na versão papel. Queria comemorar o feito com uma Gala, mas as disponibilidades e custos são muito elevados, pelo que decidi inovar e, nesta nova ondapop.pt , farei uma Gala, mas via Net. Espero que os restantes Pops me ajudem nessa tarefa. Assim vamos fazer uma edição especial 50 ANOS.
Neste nº 95 vamos conhecer um pouco mais de Wanda Arletti, o que foi a vida de Rosa Morena, as histórias dos Status Quo, Ides Of March, Three Dog Night e Marvin Gaye e aproveitamos para falar da grande editora que foi a Motown. Ainda voltamos aos "Novos Discos de Velhos Conhecidos" apresentando o último álbum de Paul McCartney. Falamos também de um novo projecto, os Jazz Goodie Gang que nos traz a oportunidade para lançar a história de mais um dos Beatnicks (como informávamos na OP nº 4 que o faríamos). Pois encontrámos Artur Garrido Jr. o ano passado no Almoço de Músicos Moçambicanos e aproveitámos para que nos contasse a sua história esperando o momento mais oportuno para a publicar. Ainda faremos uma entrada pelo antigo Festival Internacional da Canção de Atenas. Depois as habituais rubricas dos novos discos, letras , Parada da Onda e concurso.
A partir deste nº passa a haver mais uma novidade. Cada artigo será assinado por quem o escreveu para evitar mal entendidos.
ÚLTIMA HORA - Porque havia alguns videos que não conseguíamos editar tivemos que refazer alguns artigos. Como a página tinha saído no final de Julho e Celestre Rodrigues
faleceu a 1 de Agosto, não íamos deixar passar mais tempo para homenagearmos
a Diva do Fado, uma grande senhora, um grande ser humano.
Neste nº 95 vamos conhecer um pouco mais de Wanda Arletti, o que foi a vida de Rosa Morena, as histórias dos Status Quo, Ides Of March, Three Dog Night e Marvin Gaye e aproveitamos para falar da grande editora que foi a Motown. Ainda voltamos aos "Novos Discos de Velhos Conhecidos" apresentando o último álbum de Paul McCartney. Falamos também de um novo projecto, os Jazz Goodie Gang que nos traz a oportunidade para lançar a história de mais um dos Beatnicks (como informávamos na OP nº 4 que o faríamos). Pois encontrámos Artur Garrido Jr. o ano passado no Almoço de Músicos Moçambicanos e aproveitámos para que nos contasse a sua história esperando o momento mais oportuno para a publicar. Ainda faremos uma entrada pelo antigo Festival Internacional da Canção de Atenas. Depois as habituais rubricas dos novos discos, letras , Parada da Onda e concurso.
A partir deste nº passa a haver mais uma novidade. Cada artigo será assinado por quem o escreveu para evitar mal entendidos.
ÚLTIMA HORA - Porque havia alguns videos que não conseguíamos editar tivemos que refazer alguns artigos. Como a página tinha saído no final de Julho e Celestre Rodrigues
faleceu a 1 de Agosto, não íamos deixar passar mais tempo para homenagearmos
a Diva do Fado, uma grande senhora, um grande ser humano.
Foi um excelente espectáculo, aquele a que assistimos em Julho de 1970 no cinema Dicca em Lourenço Marques (hoje Maputo). Os Staccatos e Wanda Arletti, um dos melhores grupos sul africanos à época demonstrando grande classe. Também estavam de parabéns António Luís Rafael (OP nº75) e Carlos Sommer (já falecido), dois grandes senhores da Radio que muito contribuíram para dinamizar a pacatez do "Music Hall" moçambicano com a contratação de muitos e bons artistas. Abriram com o ritmo bem balanceado de "Get Ready". Wanda com "Put a Litlle Love in Your Heart", "Somewhere" e "Aquarius" deleitou todos com a sua linda voz. Peter Vee cantou o grande êxito dos Staccatos "Cry To Me" na linha do anterior vocalista Steve, sem a mesma força. Confessou-nos depois: "Não gosto de copiar mas neste caso tinha que seguir o que os Staccatos gravaram, é isso que o público quer, só estou à duas semanas com o grupo. Steve o antigo vocalista foi para os Estados Unidos tentar uma carreira a solo. As canções como "Yellow River", "To Love Somebody" ou "I Shall Be Released" estavam muito boas . No final falámos com cada um deles e todos estavam encantados com o público e com a cidade. Dos Staccatos já falámos várias vezes, na página nº2 apresentando um excelente Hit deles, "Butchers and Bakers", e na OP nº91. Hoje falaremos de Lady Wanda Arletowicz.
Wanda Arletti de seu verdadeiro nome Lady Wanda Terese Anna Von Arletowicz nasceu em Hackney na Inglaterra sendo filha de pais polacos. Foi com os pais para a África do Sul em 1960. O seu pai, Ali Arletowicz músico, tornou-se muito conhecido apresentando-se em restaurantes e Night-Clubs em Joanesburgo a tocar e a cantar.
Em concursos para jovens talentos Wanda conheceu e encontrou o seu espaço e quem a vai descobrir é o grande DJ e Director da LM Radio David Davies (OP nº 71). Juntamente com as amigas Zelia Keay e Zofia Terlecka formam o trio Girlfriends e chegam a gravar um álbum para a Gallo em 1963. No ano seguinte o grupo termina e passa a actuar a solo, muitas vezes com a orquestra de seu pai. Ainda assim também gravara a solo em 63 o single "My Old Man's A Dustman" e "Where The Boys Are" ambos para a RCA. Depois entre 64 e 66 grava 7 singles e os álbuns Wanda Arletti (65) e "Wanda" (66) sempre com covers. O seu êxito só aparece em 69 quando muda para a NEM e começa a apresentar inéditos.
Faz uma parceria com o grupo The Staccatos ainda com o vocalista Steve Lansdale que gravara "Cry To Me" e grava com ele "When Something Is Wrong With My Baby". Acaba por casar com o viola solo do grupo Richard Course.
Quando se apresentam em Lourenço Marques, Julho de 70, já havia lançado o seu álbum "Love Power" que estava a ter grande sucesso. Ainda em 70 lança aquele que vai ser o seu maior êxito, "Zanzibar", o qual vendeu mais de 100 mil cópias. Em 1972 ela e o marido decidem voltar a Inglaterra onde ainda grava o single "Motor Car" com o sêlo Columbia.
Em concursos para jovens talentos Wanda conheceu e encontrou o seu espaço e quem a vai descobrir é o grande DJ e Director da LM Radio David Davies (OP nº 71). Juntamente com as amigas Zelia Keay e Zofia Terlecka formam o trio Girlfriends e chegam a gravar um álbum para a Gallo em 1963. No ano seguinte o grupo termina e passa a actuar a solo, muitas vezes com a orquestra de seu pai. Ainda assim também gravara a solo em 63 o single "My Old Man's A Dustman" e "Where The Boys Are" ambos para a RCA. Depois entre 64 e 66 grava 7 singles e os álbuns Wanda Arletti (65) e "Wanda" (66) sempre com covers. O seu êxito só aparece em 69 quando muda para a NEM e começa a apresentar inéditos.
Faz uma parceria com o grupo The Staccatos ainda com o vocalista Steve Lansdale que gravara "Cry To Me" e grava com ele "When Something Is Wrong With My Baby". Acaba por casar com o viola solo do grupo Richard Course.
Quando se apresentam em Lourenço Marques, Julho de 70, já havia lançado o seu álbum "Love Power" que estava a ter grande sucesso. Ainda em 70 lança aquele que vai ser o seu maior êxito, "Zanzibar", o qual vendeu mais de 100 mil cópias. Em 1972 ela e o marido decidem voltar a Inglaterra onde ainda grava o single "Motor Car" com o sêlo Columbia.
Mas em 1972, em Londres, Wanda Arletti muda o seu nome para Bobbie McGee porque desde muito jovem era uma admiradora de Janis Joplin, e aparece em vários shows, festivais e Televisão. Em 73 grava o seu primeiro single como Bobbie McGee, "Rock And Roll People"/"Pieces of the Action" muito bem balançado e que obtém assinalável êxito. Pelo seu modo de vestir e cantar começam a compará-la a Suzy 4 e um locutor chama-lhe, Gladys Glitter, pela forma como canta "Rock and Roll People", ao estilo do cantor Gary Glitter. Depois ainda lançou em 73 "Nickles And Dimes". A partir de 74 afasta-se para cuidar da família. Em 76 ainda grava "It's Christmas" e em 77 com produção do sul-africano Johnny Kongos lança "Another Fine Mess You've Got Me Into". Em 78 grava "Turn Me On" para o mercado sul-africano mas como Wanda Arletti. O seu último disco como Bobbie McGee aparece também em 78, "Worry Worry" / "Cherry".
Tal como muitas artistas fizeram passou a dedicar-se em exclusivo à família. A fama é uma miragem.
Tal como muitas artistas fizeram passou a dedicar-se em exclusivo à família. A fama é uma miragem.
Paul McCartney acaba de lançar um novo single, "I Don't Know" / "Come On To Me", dois temas que farão parte do seu próximo álbum, a ser posto à venda a partir de 7 de Setembro próximo e que se chamará "Egypt Station".
Este single foi lançado no passado dia 20 de Junho, no mesmo dia em que Paul McCartney foi visto em Liverpool, tirando selfies e visitando vários pontos de referência da sua juventude, como a sua casa de infância onde escreveu várias músicas com John Lennon, e tudo isto dentro de um carro com o entrevistador e comediante americano James Corden, ambos dirigindo o carro e cantando vários êxitos de Paul, incluindo estas duas novas canções deste single, num autentico "Magical Mystery Tour".
Poderão assistir a este fabuloso espectáculo televisivo "Carpool Karaoke" através deste youtube, que nos chegou aos ouvidos e visualmente através do sempre em alerta Sgt. Luís Arriaga, directamente da terra dos kangurus e dos koalas:
Este single foi lançado no passado dia 20 de Junho, no mesmo dia em que Paul McCartney foi visto em Liverpool, tirando selfies e visitando vários pontos de referência da sua juventude, como a sua casa de infância onde escreveu várias músicas com John Lennon, e tudo isto dentro de um carro com o entrevistador e comediante americano James Corden, ambos dirigindo o carro e cantando vários êxitos de Paul, incluindo estas duas novas canções deste single, num autentico "Magical Mystery Tour".
Poderão assistir a este fabuloso espectáculo televisivo "Carpool Karaoke" através deste youtube, que nos chegou aos ouvidos e visualmente através do sempre em alerta Sgt. Luís Arriaga, directamente da terra dos kangurus e dos koalas:
"Egypt Station" apresenta uma capa concebida e pintada pelo próprio Paul McCartney e onde se iniciará uma viagem musical, que passará por 14 estações e apeadeiros. Cada paragem exprimirá o seu próprio sonho e a sua própria musicalidade, tudo começando na faixa instrumental "Station I" e terminando noutro instrumental,"Station II".
Entre estas duas estações, ao longo do caminho encontraremos uma meditação acústica sobre a situação social actual, "Happy With You", e ouviremos um hino atemporal, "People Want Peace", que os próprios Beatles, quer em grupo, quer individualmente, têm vindo a prevenir e a apelar, desde 1967, com "All You Need Is Love", "Give Peace A Chance" ou "Imagine". |
Outra das importantes estações, em que esta viagem fará uma parada, representará um movimento épico com cerca de 7 minutos musicais, "Despite Repeated Warnings".
O resultado final pretende ser uma viagem caleidoscópica através de uma miríade de locais e épocas musicais, com a inconfundível sensibilidade melódica e lírica de Paul McCartney.
O resultado final pretende ser uma viagem caleidoscópica através de uma miríade de locais e épocas musicais, com a inconfundível sensibilidade melódica e lírica de Paul McCartney.
O êxito "Down the Dustpipe", realçado nesta edição da "Onda Pop", é uma canção dos "Status Quo" escrita pelo cantor e compositor australiano Carl Groszman, que também ficou conhecido por ser o compositor de "A Dose Of Rock 'N' Roll", gravada por Ringo Starr.
Carl Groszman era cliente da Valley Music, afiliada à administração do grupo de Rock londrino, "Status Quo", nos seus primeiros tempos. O grupo gravou-a e tornou-se no primeiro disco a apresentar um novo estilo adoptado por este conjunto: o "Boogie Shuffle".
"Down The Dustpipe" atingiu a 12ª posição do Hit-Parade britânico, em Julho de 1970, embora o conhecido e conceituado DJ, Tony Blackburn, se tenha referido a ela na sua primeira audição como "down the dustbin for this one", ou seja, "esta é para deitar no cesto do lixo". |
Os "Status Quo" são uma das bandas musicais de maior longevidade, visto que iniciaram a sua carreira em 1962, quando Francis Rossi (voz e guitarra) e Alan Lancaster (guitarra baixo) formaram "The Spectres", com John Coughlan (bateria) e Roy Leanes (teclados). Depois em 1967, tornaram-se nos "Status Quo", quando Rick Parfitt (voz e guitarra) se juntou ao grupo.
Desde então e até aos dias de hoje, nunca pararam de gravar discos e de actuar ao vivo em mais de 6.000 shows para uma audiência total superior a 25 milhões de pessoas.
Este ano de 2018, comemoram o seu 50º aniversário como Status Quo, com uma tournée internacional que inclui Portugal, onde vão actuar em Lisboa, no Campo Pequeno, a 29 de Setembro.
Desde então e até aos dias de hoje, nunca pararam de gravar discos e de actuar ao vivo em mais de 6.000 shows para uma audiência total superior a 25 milhões de pessoas.
Este ano de 2018, comemoram o seu 50º aniversário como Status Quo, com uma tournée internacional que inclui Portugal, onde vão actuar em Lisboa, no Campo Pequeno, a 29 de Setembro.
A banda actual é formada pelo seu fundador Francis Rossi, Andrew Bown nos teclados [desde 1976], John ‘Rhino’ Edwards, baixista [desde 1986], Leon Cave, na bateria [desde 2013] e por Ritchie Malone na guitarra, desde que Rick Parfitt (outro fundador) faleceu a 24 de Dezembro de 2016.
Os "Status Quo" editaram 43 albuns (27 albuns de estúdio, 11 compilações, 5 albuns gravados ao vivo), que conseguiram atingir a parada de Albuns Britânicos; mais que qualquer outra banda, execpto The Rolling Stones.
Os "Status Quo" estiveram presentes no Hit-Parade britânico durante 415 semanas (7 anos e meio), para além de 106 aparições no programa televisivo da BBC - ‘Top of the Pops’ - mais que qualquer outro conjunto.
O seu album "AQUOSTIC (STRIPPED BARE)" de 2014 atingiu a 5ª posição no hit-parade de albuns do Reino Unido e, assim, obtiveram o sensacional número de 500 semanas nesse hit-parade, desde 1968, ou seja, em 50 anos de carreira.
Em 2013, os "Status Quo" editaram o seu 100º single e já atingiram um total de vendas mundial superior a 120 milhões de discos. Durante as suas 5 décadas de existência colocaram sempre singles no Top 40 britânico em todas as décadas (3 nos anos 60; 17 nos anos 70; 19 nos anos 80; 13 nos anos 90; 6 nos anos 2000 e 1 nos anos 2010.
Os "Status Quo" editaram 43 albuns (27 albuns de estúdio, 11 compilações, 5 albuns gravados ao vivo), que conseguiram atingir a parada de Albuns Britânicos; mais que qualquer outra banda, execpto The Rolling Stones.
Os "Status Quo" estiveram presentes no Hit-Parade britânico durante 415 semanas (7 anos e meio), para além de 106 aparições no programa televisivo da BBC - ‘Top of the Pops’ - mais que qualquer outro conjunto.
O seu album "AQUOSTIC (STRIPPED BARE)" de 2014 atingiu a 5ª posição no hit-parade de albuns do Reino Unido e, assim, obtiveram o sensacional número de 500 semanas nesse hit-parade, desde 1968, ou seja, em 50 anos de carreira.
Em 2013, os "Status Quo" editaram o seu 100º single e já atingiram um total de vendas mundial superior a 120 milhões de discos. Durante as suas 5 décadas de existência colocaram sempre singles no Top 40 britânico em todas as décadas (3 nos anos 60; 17 nos anos 70; 19 nos anos 80; 13 nos anos 90; 6 nos anos 2000 e 1 nos anos 2010.
No dia 5 de Julho de 2013, estreou-se o filme "Bula Quo!", no qual os "Status Quo" são os principais protagonistas, juntamente com actores consagrados como Jon Lovitz, Craig Fairbrass e Laura Aikman. O filme é uma aventura cómica, cujo enredo começa quando os membros da banda Rock testemunham um assassinato nas Ilhas Fiji, onde estavam para dar um concerto musical.
São perseguidos e fogem com evidências cruciais. Será que sobrevivem ou fizeram o seu último show?
O lançamento do filme foi acompanhado pela edição de um novo disco com a banda sonora do filme e com o mesmo título, que contém 9 músicas inéditas e 10 êxitos anteriores regravados, do qual saíu o single "Bula Bula Quo".
Tik, ok set! (ou seja, Ciao!)...até 29 de Setembro, em Lisboa!
São perseguidos e fogem com evidências cruciais. Será que sobrevivem ou fizeram o seu último show?
O lançamento do filme foi acompanhado pela edição de um novo disco com a banda sonora do filme e com o mesmo título, que contém 9 músicas inéditas e 10 êxitos anteriores regravados, do qual saíu o single "Bula Bula Quo".
Tik, ok set! (ou seja, Ciao!)...até 29 de Setembro, em Lisboa!
Os moçambicanos Artur Garrido Jr. e Renato Quaresma, querem continuar a sua já longa carreira musical, agora por terras europeias. Fizeram a sua apresentação no Palácio dos Aciprestes em Oeiras. A voz de Artur Garrido (ex-Beatnicks, OP nº 4), o piano de Renato Quaresma, ainda acompanhado de Chiquinho na bateria (ex-Strolling Bones, OP nº 38) e Sérgio Fiúza um excelente baixo.
Qual a ideia deste novo projecto? "Primeiro porque não podemos estar parados, o bichinho da música é muito irrequieto e depois de tantos anos a actuarmos juntos em Moçambique com grande aceitação, pensamos que o mesmo possa suceder aqui em Portugal para onde me mudei. O ano passado quando aqui estivemos, como te disse, gravámos num estúdio de Palmela algumas canções e a prospecção de mercado foi boa. Depois voltámos para Moçambique e agora queremos pôr o projecto em marcha", confessou-nos Renato Quaresma.
Mas os outros músicos não são os mesmos. "Sim, eu e o Artur somos a base e os outros músicos poderão variar atendendo à sua disponibilidade. Quando gravámos no estúdio foi o Ivo na bateria e o Marinho no baixo. Hoje é o Chico e o Fiúza. Como viste são todos muito bons". Sem dúvida, disse. Agora ponham o ouvido aqui e preparem-se para os contratar.
Mas os outros músicos não são os mesmos. "Sim, eu e o Artur somos a base e os outros músicos poderão variar atendendo à sua disponibilidade. Quando gravámos no estúdio foi o Ivo na bateria e o Marinho no baixo. Hoje é o Chico e o Fiúza. Como viste são todos muito bons". Sem dúvida, disse. Agora ponham o ouvido aqui e preparem-se para os contratar.
Renato Quaresma nasceu a 17 de Agosto de 1953 em Inhambane, Moçambique. Muito jovem ainda foi para Lourenço Marques (hoje Maputo) onde fez a instrução primária entrando depois para a Escola Industrial. Começou por tocar viola como auto didacta aos 14 anos e formou o Duo Vision. Em 1971 entra para o grupo Contacto com António Faria, Carlos Maia, José Tavares, Ezequiel Tamela, Mané, Baby, Calika e Jaimito. Em fins de 71 está no grupo Omnipotente (OP nº 9) Era um grupo de excelentes músicos (Tito Frazão, Dino Antunes, Artur Freitas, Mário Ferreira e Ralph Pretorius). Em 72 eu e o Aquino pensamos formar um grupo, os Alta Tensão. Do grupo vão fazer parte Aquino, Kamal, Napoleão, José Mucavel ( depoisTamela, depois Marcelo), Jumbinho, Renato e Ralph. Terminam em 74 e Renato vai para a África do Sul onde toca viola baixo no Conjunto de Hélder Martins e onde gravou um álbum e onde faziam parte alguns elementos da orquestra da SABC.
Vem para Portugal em 76/77 e volta a formar os High Tensão, agora com o Filú Dias (já falecido) no baixo e o João Maurílio (OP nº 42) nas teclas, o Dino Antunes (ex Night Stars) na bateria e Renato na viola. Trabalha em duos, trios e quartetos em bares e hotéis como a colaboração da foto com Kris Kopfe (que também fez o duo Sarabanda com Armando Gama, OP nº 85).
Depois nos anos 80 torna-se empresário com a Editora Promusix onde Filú era o técnico de serviço. Adquire a fábrica de prensagem de discos do maestro Costa Pinto. Com a crise a coisa não corre lá muito bem mas acabou por ter grande importância no lançamento a nível europeu do pequeno grupo islandês Mezzoforte. Ainda forma os Village Band e trabalhou com bastantes músicos.
Depois nos anos 80 torna-se empresário com a Editora Promusix onde Filú era o técnico de serviço. Adquire a fábrica de prensagem de discos do maestro Costa Pinto. Com a crise a coisa não corre lá muito bem mas acabou por ter grande importância no lançamento a nível europeu do pequeno grupo islandês Mezzoforte. Ainda forma os Village Band e trabalhou com bastantes músicos.
Em 1992 é contratado para ir actuar na Associação Portuguesa no Zimbabué. Leva consigo Agnelo Mendes (baixo), Victor Rousseau (bateria, já falecido) e Aníbal Coelho (voz),não confundir com o Aníbal Coelho de "Natal Negro" do RCM, também já falecido. Quando termina e antes de regressar a Portugal resolve tirar umas pequenas férias em Moçambique. É aí que é convidado para actuar no Hotel Polana. "Foi uma coisa engraçada" diz-nos Renato. "Quem lá estava era o Carlos Bettencourt, mas ele ia sair e o Hotel procurava outro pianista. Carlos apresentou-me ao Director que logo de seguida me contratou" finalizou. Estavam em Janeiro de 93 e começou em Abril. Acabou por lá ficar até final de 1999. Nos primeiros meses ainda ficou Aníbal Coelho a cantar, que depois regressa a Portugal . Aí vai convidar Artur Garrido Jr. para o acompanhar. Na brincadeira chamavam-se os Polana Band. De 2000 a 2007 volta para Portugal e volta a ser empresário na área da construção, tocando de quando em vez. Volta para Moçambique e forma nova empresa de construção tocando em festas de amigos. em 2016 gravam uma demo e os amigos rasgam-lhes grandes elogios. É assim que decidem vir em 2017 a Portugal para gravar em estúdio. Aconteceu em Palmela apoiados por Ivo Costa na bateria e Marino Freitas no baixo. É uma dessas gravaçoes que vos oferecemos por terem toda a qualidade que os nossos meios caseiros na apresentação dos Goodies Jazz Gang não tinham.
Artur Garrido Junior nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo) a 21 de Junho de 1950. Filho do famoso cantor moçambicano Artur Garrido que durante muitos cantou com o Conjunto de Renato Silva. Artur fez a instrução primária e depois entrou para a Escola Industrial. Teve lições de piano no BNU com o maestro Pereira Pinto. Um dos melhores conjuntos de dança em Lourenço Marques era o Conjunto Pereira Pinto e Artur assistia aos ensaios e nos intervalos divertia-se a dar uns toques na bateria. A determinada altura Carlos, o baterista do grupo, tem de abandoná-lo para ir para o serviço militar. Contratar quem? Alguém sugere a Pereira Pinto que coloque Artur na bateria pois ele já sabe "da coisa" e conhece todo o reportório. Pereira Pinto aceitou (e aqui para nós, se ele aceitou é porque o "puto" era mesmo bom). Em 68 Manuel Matos do Man Matos Trio (OP nº 77) convida-o para o grupo. Um dos locais onde mais tocavam era no restaurante Oceânia no Pavilhão da Praia . Mais no final de 68 é convidado pelo Vedor para tocar nos Beatnicks (OP nº 4). Ensaiavam na Casa de Trás-Os-Montes e aqui começava mais uma grande história para aquele que foi um dos melhores grupos Rock moçambicanos.
Em 1969 surge-lhes o convite de Isaías Duarte (o dono do Dancing "A Cave") para aí actuarem duas a três noites por semana (era aí com a sua aparelhagem que os H2O iam ensaiar). Faziam bailes de Finalistas e outras festas e festivais. Na "Cave" actuavam também os sul africanos do African Folies, sendo Vicky a cantora do grupo. Em 70 Vicky passou a cantar com o Conjunto de João Paulo e veio com eles para Portugal (O.P. nº 60). A determinada altura os músicos do African Folies desentendem-se e saem. Isaías pergunta-lhes se poderão acompanhar os dançarinos. Ensaiam e resolvem o problema. Depois também foram para a Beira acompanhá-los. Demos a notícia dos Beatnicks na Beira pelo Carlos Gomes e o Darwin Cardoso (O.P. nº 54). Ainda em 70 acabam por ir para Luanda (Angola) para a boîte D. Quixote (na rua direita) com os African Folies. É aí que aparece o empresário Vasco Morgado que os convida a virem actuar no Monumental em Lisboa no programa "Curto Circuito". Aí estão uma temporada. Depois vão para o "Porão da Nau" do Rui Castelar, onde tinham estado Os Rocks de Angola (O.P. nº 30). Acabam por arranjar um empresário, o Sr. Pires homem bem relacionado com os Casinos.
Em finais de 70 vão tocar para o Casino do Estoril onde fazem o fim de ano. Aí ficam até finais de 71 mas vão fazer o fim de ano ao Casino do Alvor no Algarve. Ficam durante uns meses e depois vão para o Hotel Algarve. Finalmente vão fazer o fim de ano no Hotel Balaia. Inauguram também o "Beach Combo" na Quarteira, depois voltam ao Hotel Algarve. Durante esta época tinham dois vocalistas, o Jerry e o Matias Xavier. Também em 72/73, Vicky (a ex-African Folies e Conjunto João Paulo), cantou com eles antes de ir para Londres. Entretanto o organista Sebastião volta para Moçambique e como ficaram sem teclista, entrou mais uma guitarra, o Zeca Rapa.
O almirante Sarmento Rodrigues (que tinha sido Governador em Moçambique) era um dos "Big Boss" da Torralta gostou de os ver a tocar no Algarve e convida-os para irem inaugurar a boîte em Tróia.
Quando lá chegaram o gerente pergunta-lhes o que iam para lá fazer. "Viemos tocar", disseram. O gerente leva-os à boîte. Era uma grande sala vazia só com paredes e as obras ainda iam levar muito tempo. Por ali ficaram umas semanas a banhos de praia e piscina e a ensaiar ns quartos. Mas para jovens que queriam tocar isto não era vida. Vedor vai a Lisboa falar com Sarmento Rodrigues. Este manda-os então para um empreendimento que o grupo tinha na Serra da Estrela. Quando chega o 25 de Abril de 74 estão a tocar no Hotel Algarve.
O almirante Sarmento Rodrigues (que tinha sido Governador em Moçambique) era um dos "Big Boss" da Torralta gostou de os ver a tocar no Algarve e convida-os para irem inaugurar a boîte em Tróia.
Quando lá chegaram o gerente pergunta-lhes o que iam para lá fazer. "Viemos tocar", disseram. O gerente leva-os à boîte. Era uma grande sala vazia só com paredes e as obras ainda iam levar muito tempo. Por ali ficaram umas semanas a banhos de praia e piscina e a ensaiar ns quartos. Mas para jovens que queriam tocar isto não era vida. Vedor vai a Lisboa falar com Sarmento Rodrigues. Este manda-os então para um empreendimento que o grupo tinha na Serra da Estrela. Quando chega o 25 de Abril de 74 estão a tocar no Hotel Algarve.
Vedor e Xavier que tinham já contactos com a Frelimo regressam a Moçambique. Artur ainda fica por mais uns tempos a tocar com outros músicos mas em 75 regressa a Moçambique. Faruk, o viola solo fica no Algarve iniciando depois uma carreira a solo.
Para além do curso de carpinteiro marceneiro tirado na Escola Industrial, Artur também tinha o curso de radiologista. Apresenta-se no Hospital de Maputo (que tinha falta de radiologistas) e em vez de ficarem gratos por mas um elemento formado, dizem que lhe ão colocar um processo por abandono de trabalho. "Fiquei parvo com tal decisão e nunca mais lá meteu os pés. Acabou indo trabalhar para uma fábrica de móveis. Algumas noites ia tocando e cantando no Hotel Girassol com o João Maurílio (OP nº 42). Depois conheceu uns músicos americanos que tinham o conjunto Tower of Power (já tinham dois discos gravados). Depois deles deixarem Moçambique formou os Africa Power com o Jojo na bateria (já falecido) o Juca e o Sérgio no sax o Antoninho no baixo, Zeca Carvalho na viola, Juanito no piano e ele, Artur na voz. Actuavam no Zambi. Depois começaram os problemas culturais com a música Pop/Rock (que não era moçambicana) e acabaram. Deixou a música.
Para além do curso de carpinteiro marceneiro tirado na Escola Industrial, Artur também tinha o curso de radiologista. Apresenta-se no Hospital de Maputo (que tinha falta de radiologistas) e em vez de ficarem gratos por mas um elemento formado, dizem que lhe ão colocar um processo por abandono de trabalho. "Fiquei parvo com tal decisão e nunca mais lá meteu os pés. Acabou indo trabalhar para uma fábrica de móveis. Algumas noites ia tocando e cantando no Hotel Girassol com o João Maurílio (OP nº 42). Depois conheceu uns músicos americanos que tinham o conjunto Tower of Power (já tinham dois discos gravados). Depois deles deixarem Moçambique formou os Africa Power com o Jojo na bateria (já falecido) o Juca e o Sérgio no sax o Antoninho no baixo, Zeca Carvalho na viola, Juanito no piano e ele, Artur na voz. Actuavam no Zambi. Depois começaram os problemas culturais com a música Pop/Rock (que não era moçambicana) e acabaram. Deixou a música.
Anos mais tarde o filho de Eduardo Mondlane (1º Presidente da Frelimo) montou uma empresa moçambicana de entretenimento, EME, e convidou-o para gerir a empresa. Esteve lá até 1990. Depois foi ajudar um cunhado numa fábrica de licores onde esteve até 1994. Começou também a trabalhar com o pianista Renato Quaresma no Hotel Polana. Esteve lá até 1999/2000. Depois deixaram a fatigante rotina diária e tocavam apenas em algumas festas e reuniões de amigos. Depois de lhes terem dito que o que andavam a fazer era muito bom, aceitaram um convite para vir a Portugal gravarem um "clip". Então Artur e Quaresma juntaram-se num estúdio em Palmela com Ivo Costa na bateria e Marinho Freitas no baixo para gravar 10 canções sob o nome de Goodies Jazz Gang.
Quando lhe perguntamos porque é que no ínicio dos anos 70 os Beatnicks, que tinham tanta qualidade, não gravaram um disco, respondeu. " Tivemos várias ofertas mas não tínhamos originais e não queríamos gravar cópias além do mais estávamos todos fugidos da tropa e a exposição pública poderia levantar ondas".
Foi no almoço de músicos moçambicanos que o encontrámos, e aí tanto ele como Quaresma fizeram o gosto ao dedo sem ensaios e com o Carlos Pereira (Carlitos) na bateria (OP nº 15) e o Agnelo Mendes no baixo.
Quando lhe perguntamos porque é que no ínicio dos anos 70 os Beatnicks, que tinham tanta qualidade, não gravaram um disco, respondeu. " Tivemos várias ofertas mas não tínhamos originais e não queríamos gravar cópias além do mais estávamos todos fugidos da tropa e a exposição pública poderia levantar ondas".
Foi no almoço de músicos moçambicanos que o encontrámos, e aí tanto ele como Quaresma fizeram o gosto ao dedo sem ensaios e com o Carlos Pereira (Carlitos) na bateria (OP nº 15) e o Agnelo Mendes no baixo.
Esta semana é para falar italiano, pois só se fala de Ronaldo e da Juventus. Será que o cantor desta semana também é da Juve? Não, não é. Eros Ramazotti sim, mas este é do Bolonha e fanático por futebol Quem apresentamos esta semana ?
A única coisa que podemos dizer é que este rapaz, tal como nós, amava os Beatles e os Rolling Stones e era contra a guerra do Vietnam. |
O Festival Internacional da Canção de Atenas foi pensado pela Junta Militar Grega que governava a Ditadura de direita dos coronéis gregos desde o golpe de Estado de 21 de Abril de 1967, quando depôs o Rei Constantino II, para tentar demonstrar ao Mundo que o regime não era fascista e tinha muita abertura. A ideia era ressuscitar o Festival do Mediterrâneo em Barcelona que tinha terminado. O certo é que o Mundo foi aceitando tal Festival que passou a ser considerado como um dos melhores festivais da canção. O festival teve seis edições, até 1973. Em Julho de 1974 a Ditadura caíu e em Dezembro
foi instalada a terceira república helénica.
O 1º Festival teve lugar entre 26 e 28 de Julho no Panatheneum Stadium ( ou Estádio Olímpico de Atenas com capacidade para 100 mil pessoas inaugurado em 1906 para as Olimpíadas. ) e nele entraram 17 Países e 32 canções, uma por cada País excepto a Checoslováquia com 4 e a Espanha com 3. As restantes eram gregas. Portugal enviou Madalena Iglésias com a canção "Tu Vais Voltar" (e ela voltou).
O vencedor foi o cantor belga Louis Neffs com "Iris". Neefs tinha concorrido ao Festival da Eurovisão em 1967 e voltou a faze-lo em 1969. Infelizmente morreu aos 43 anos, junto com a mulher num acidente rodoviário às primeiras horas do dia de Natal de 1980. Em 2º ficou o italiano Jimmy Fontana com "Si Tu Suffrisses quanto suffro yo". Em 3º ficou a britânica Clodagh Rodgers com "Ask Anyone" e em 4º a Turquia com "Ozleyis" por Ajda Pekkan.
foi instalada a terceira república helénica.
O 1º Festival teve lugar entre 26 e 28 de Julho no Panatheneum Stadium ( ou Estádio Olímpico de Atenas com capacidade para 100 mil pessoas inaugurado em 1906 para as Olimpíadas. ) e nele entraram 17 Países e 32 canções, uma por cada País excepto a Checoslováquia com 4 e a Espanha com 3. As restantes eram gregas. Portugal enviou Madalena Iglésias com a canção "Tu Vais Voltar" (e ela voltou).
O vencedor foi o cantor belga Louis Neffs com "Iris". Neefs tinha concorrido ao Festival da Eurovisão em 1967 e voltou a faze-lo em 1969. Infelizmente morreu aos 43 anos, junto com a mulher num acidente rodoviário às primeiras horas do dia de Natal de 1980. Em 2º ficou o italiano Jimmy Fontana com "Si Tu Suffrisses quanto suffro yo". Em 3º ficou a britânica Clodagh Rodgers com "Ask Anyone" e em 4º a Turquia com "Ozleyis" por Ajda Pekkan.
Uma das razões que levaram ao grande êxito do Festival foi sem dúvida a excelência de personalidades da canção que conseguiram apresentar em cada ano. Assim e extra concurso apresentaram-se Gilbert Bécaud, Rita Pavone, Madeleine Bell, Vicky Leandros distribuídos pelas três noites.
Em 1969 de 27 a 29 de Junho no mesmo Estádio realizou-se a 2ª edição. Eram já 29 Países e 44 canções. Uma por cada País e as restantes gregas. Alguns dos convidados especiais extra concurso foram, Charles Aznavour, Amália Rodrigues e Ivan Rebroff.
A vencedora foi a grega Cleo Denardou com "Pou Nanai O Iskios Sou Thee" ou seja "Onde Estará a Tua Sombra Ó Deus". Em 2º ficou o Líbano com "La Guerre Est Finie", uma canção em francês cantada por Manuel, um arménio/Libanês. Aqui apresentamos em MP4, cantada em libanês e em MP3 a versão apresentada em francês. Em 3º ficou a Bulgária com "L'Alle Des Amoreau cantada por Maria Mitseva . O prémio de interpretação foi para o japonês Saora Yuri.
Em Julho de 1970 a Onda Pop dava a notícia de que o Festival voltava a realizar-se no Estádio Olímpico de Atenas entre 10 e 12 de Julho.
Nele entraram 38 Países e 39 canções (duas gregas). Convidados: Adamo, Antoine, Josephine Baker, Albano, Sandie Shaw, Carmen Sevilla e Augusto Algueró, Dave Carroll and The Sing-Sing Four, Delta Rhythm Boys e Trio Athenee.
Para terem uma ideia, o júri era sempre constituído por grandes personalidades da música sempre encabeçadas por um dos maiores dinamizadores do Festival, o maestro e compositor grego Kostas Giannidis. neste ano foram também Lucio Milena (Argentina), Augusto Mazargão (Brasil), Enrique Araoz (Bolívia), O. Agudo (Portugal), B. Lee (Jamaica) e R. Fito (Espanha). A vencedora foi a canção da Jugoslávia "Adio" interpretada por Ljupla Dimitrovska. Em 2º ficou o Brasil com Evinha e o lindo tema "Teletema". Em 3º ficaram os Estados Unidos com a canção ""I Could Give You The World" defendida por Jim Mancel. Augusto Algueró recebeu a medalha de ouro pela melhor orquestração na canção de Espanha "El Adios" cantada por Nino Bravo. A búlgara Lili Ivanova venceu o disco de ouro pela melhor interpretação em "Zvezda". Portugal enviou Marco Paulo que não foi à final com "O Homem e o Amor".
Nele entraram 38 Países e 39 canções (duas gregas). Convidados: Adamo, Antoine, Josephine Baker, Albano, Sandie Shaw, Carmen Sevilla e Augusto Algueró, Dave Carroll and The Sing-Sing Four, Delta Rhythm Boys e Trio Athenee.
Para terem uma ideia, o júri era sempre constituído por grandes personalidades da música sempre encabeçadas por um dos maiores dinamizadores do Festival, o maestro e compositor grego Kostas Giannidis. neste ano foram também Lucio Milena (Argentina), Augusto Mazargão (Brasil), Enrique Araoz (Bolívia), O. Agudo (Portugal), B. Lee (Jamaica) e R. Fito (Espanha). A vencedora foi a canção da Jugoslávia "Adio" interpretada por Ljupla Dimitrovska. Em 2º ficou o Brasil com Evinha e o lindo tema "Teletema". Em 3º ficaram os Estados Unidos com a canção ""I Could Give You The World" defendida por Jim Mancel. Augusto Algueró recebeu a medalha de ouro pela melhor orquestração na canção de Espanha "El Adios" cantada por Nino Bravo. A búlgara Lili Ivanova venceu o disco de ouro pela melhor interpretação em "Zvezda". Portugal enviou Marco Paulo que não foi à final com "O Homem e o Amor".
Em 70 surgiu uma polémica porque como o concorrente sul africano era Dennis John, Moçambique recebeu um convite para concorrer via África do Sul através de Zito, que pertencia à mesma editora. Moçambique enviou a canção "O Nosso Amor É Uma flor", de Né Afonso e Zito para ser cantada por Berta Laurentino. À última hora veio uma proibição do Governo central de Lisboa impedindo a participação de Moçambique, uma vez que não era um País mas sim uma Província. Podem escutar esta linda canção na voz de Natércia Barreto.
Foi em 1971 que entrou o maior número de Países, 45 para defenderem 45 canções.
Esta 4ª "Olimpíada da Canção" (como era vulgar chamar a este Festival), foi ganha pela brasileira Cláudia interpretando a canção de Marcos e Paulo Sérgio Valle "Minha Voz Virá da América do Sul".
Esta 4ª "Olimpíada da Canção" (como era vulgar chamar a este Festival), foi ganha pela brasileira Cláudia interpretando a canção de Marcos e Paulo Sérgio Valle "Minha Voz Virá da América do Sul".
O 1º prémio eram 140 000 Dracmas que na época equivalia a mais ou menos 6000 dólares, ou seja 180 mil escudos. Nada mau para aqueles tempos. Em 2º ficou a desconhecida britânica Samantha Jones. Em 3º ficou Israel com "Shut Itchem" de Nurit Wirsh e David Barak interpretada por Itan & Ilanit. Como estrelas apresentaram-se, Mireille Mathieu, Johnny Halliday, Massimo Ranieri e Little Tony. A canção de Portugal foi defendida por Tonicha, "Poema Pena" ficou em 4º e tinha música de Nuno Nazareth Fernandesa" e letra de Nuno Gomes dos Santos (ver Intróito OP nº 91). A África do Sul levou Peter Vee ( que aparece nesta edição como vocalista dos Staccatos).
Também este ano Moçambique insistiu em enviar uma canção, porque houvera antes a facilidade de um País levar mais que uma canção. Mas, mais uma vez o Governo de Marcelo Caetano cortou as asinhas à canção que os Pops José Manuel Santos e Luís Arriaga enviaram, "A Tua Imagem" também a ser cantada por Berta Laurentino. A canção acabou por concorrer ao Festival RTP da Canção de 1979 na voz de Luís Arriaga mas não foi apurada (ver livro de Carlos Callixto "Portugal 12 Pontos" sobre os Festivais da Canção RTP). Foi depois editada no seu álbum "De Corpo e Alma".
O 1º prémio eram 140 000 Dracmas que na época equivalia a mais ou menos 6000 dólares, ou seja 180 mil escudos. Nada mau para aqueles tempos. Em 2º ficou a desconhecida britânica Samantha Jones. Como estrelas apresentaram-se, Mireille Mathieu, Johnny Halliday, Massimo Ranieri e Little Tony. A canção de Portugal foi defendida por Tonicha, "Poema Pena" ficou em 4º e tinha música de Nuno Nazareth Fernandesa" e letra de Nuno Gomes dos Santos (ver Intróito OP nº 91). A África do Sul levou Peter Vee ( que aparece nesta edição como vocalista dos Staccatos).
Neste Festival houve muita polémica pois o público considerou que a canção de Israel "Shut Itchem" de Nurit Wirsh e David Barak interpretada por Itan & Ilanit, que ficou em 3º lugar, deveria ser a vencedora e os protestos foram muitos, de tal forma que fizeram de imediato uma versão em grego "Marillo" com orquestração de Takis Morakis e cantada por Nadie Konstantopoulos e que foi a campeã de vendas.
Ilan & Ilanit também gravaram essa canção em inglês com o título "What You Mean To Me". |
Em 1972, Portugal levou Lenita Gentil com a canção "Amor do Meu Tempo" que venceu o prémio da crítica. Do Juri faziam parte Ray Connif e Les Reed. Decorreu entre 7 e 9 de Julho e concorreram 40 Países e 40 canções. O vencedor foi a Austrália com "Gloria" cantada por Jeff Phillips, em 2º ficou a Polónia com "Wierze Drzewom" por Stan Borys, em 3º a Grécia com "Tora Einai Argo" por Maria Alexopoulos e em 4º o Paquistão com "Hey You Are My Sunshine" por Rocky Shahan.
Na 6ª e última edição em 73, o Festival correu de 13 a 15 de Julho e concorreram 40 Países. O Festival ficou marcado por uma tragédia. A 11 de Julho um Boing 707 da Varig vindo do Rio de Janeiro despenha-se ao aterrar em Paris. Morreram 123 pessoas a maioria brasileiras. Entre as vítimas estava o cantor Agostinho dos Santos que ia para Atenas defender a canção "Paz Sem Cor". No dia 14 a orquestra do Festival, após um minuto de silêncio, tocou a música da canção como homenagem a Agostinho dos Santos.
O País vencedor foi o Canadá com "Kamouraska" (Merci a Toi) com música e letra de Michel Conte, cantada por Julie Arel. Em 2º ficou Aruba com "Dirty Lady" interpretada por J. B. Euson , em 3º a Jugoslávia com "The Last Day of Summer" por Radoyka e em 4º o Reino Unido com "May The Sun Never Set" por Miki Antony. Interessante saber que em 8º ficou os Estados Unidos com "Tell Me To My Face" interpretada por uma cantora que dava os primeiros passos, Nathalie Cole.
Extra concurso actuaram Peppino di Capri, Sylvie Vartan, Johnny Halliday, Digno Garcia e Rocky Roberts.
Extra concurso actuaram Peppino di Capri, Sylvie Vartan, Johnny Halliday, Digno Garcia e Rocky Roberts.
Rosa Morena, de seu verdadeiro nome, Manuela Otília Pulgarin Gonzalez nasceu em Badajoz, Espanha a 11 de Julho de 1941 (fez agora 77 anos). Só noa anos 70 Rosa Morena ganha destaque em Espanha após o seu contrato com a editora Belter. Antes Rosa andou pela Europa e pelas Américas conquistando muitos fans para o seu estilo de flamengo moderno.
Filha de um mineiro, chefe de grande família (tinha 8 irmãos), Manuela apresenta-se a cantar na Rádio Extremadura com apenas 6 anos em programas de crianças, com assinalável êxito. Aos 9 anos apresenta-se na peça teatral "Los Dardos Estremeño". Aos 12 anos estreia-se em Madrid pela mão do maestro Milan e aos 15 parte em digressão pela Europa Japão, depois Argentina (onde fica ano e meio), Chile, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Salvador, Panamá Um produtor americano ouve-a e contrata-a para os Estados Unidos. Aí vai acabar por cantar em Nova York em shows de Ed Sullivan com Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis, Judy Garland. Num Bar de Jazz chega a cantar com Ella Fitzerald numa fusão entre Flamengo e Jazz. Começa a gravar vários discos e a entrar em alguns filmes. Nos Estados Unidos é eleita pela crítica como a melhor cantora estrangeira de língua castelhana. Foi a 1ª a conseguir tal distinção. Em 1965 volta a Espanha para um Festival da Canção, assina contrato para 10 filmes e começa a percorrer o País. Não chega a fazer os 10 filmes porque a querem transformar na Brigitte Bardot espanhola devido à sua grande sensualidade. Na Argentina um jornalista chama-lhe a Bomba Espanhola (muito sexy a actuar), nome que lhe cola à pele. Lança o Pop-Flamengo e chega a participar num programa de Beatlemania com Os Beatles de Cádis começa a fazer sucesso em toda a Espanha. Entra em vários festivais em Espanha e no estrangiro, como o de Split na Jugoslávia (hoje Croácia).
Filha de um mineiro, chefe de grande família (tinha 8 irmãos), Manuela apresenta-se a cantar na Rádio Extremadura com apenas 6 anos em programas de crianças, com assinalável êxito. Aos 9 anos apresenta-se na peça teatral "Los Dardos Estremeño". Aos 12 anos estreia-se em Madrid pela mão do maestro Milan e aos 15 parte em digressão pela Europa Japão, depois Argentina (onde fica ano e meio), Chile, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Salvador, Panamá Um produtor americano ouve-a e contrata-a para os Estados Unidos. Aí vai acabar por cantar em Nova York em shows de Ed Sullivan com Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis, Judy Garland. Num Bar de Jazz chega a cantar com Ella Fitzerald numa fusão entre Flamengo e Jazz. Começa a gravar vários discos e a entrar em alguns filmes. Nos Estados Unidos é eleita pela crítica como a melhor cantora estrangeira de língua castelhana. Foi a 1ª a conseguir tal distinção. Em 1965 volta a Espanha para um Festival da Canção, assina contrato para 10 filmes e começa a percorrer o País. Não chega a fazer os 10 filmes porque a querem transformar na Brigitte Bardot espanhola devido à sua grande sensualidade. Na Argentina um jornalista chama-lhe a Bomba Espanhola (muito sexy a actuar), nome que lhe cola à pele. Lança o Pop-Flamengo e chega a participar num programa de Beatlemania com Os Beatles de Cádis começa a fazer sucesso em toda a Espanha. Entra em vários festivais em Espanha e no estrangiro, como o de Split na Jugoslávia (hoje Croácia).
Em 1970 lança o seu maior sucesso "Échale Guindas El Pavo", uma interpretação Pop de uma canção de Imperio Argentino e Lola Flores que não fizera exito. Torna-se a rainha do Pop Flamengo. A canção chega a 1º lugar em Espanha e muitos Países Ibero americanos além de grande divulgação pela Europa, África do Sul e Japão. Ainda em 70 concorre ao Festival de Canção de Andorra. As suas canções antigas com ritmos modernos são disputadas em bailes e festivais pela juventude. É o ano em se torna campeã de vendas junto com Manolo Escobar. A revista portuguesa Plateia faz dela a sua capa na edição de 15 de Julho de 1970.
Em 71 continua em grande com muitos espectáculos e shows de TV (um dos quais com Salvador Dali que também cantou com ela). Foi a imagem da companhia aérea Ibéria na semana espanhola em Joanesburgo na África do Sul. Em 72 ganha o 1º prémio no Festival de la Supercancion Nacional Del Verano em Montjuich (Barcelona). A canção vencedora foi "El Berebito". Actuavam também os Formula V, Los Diablos, Juan Manuel Serrat e outros. Em 74 termina o seu contrato com a Belter por incumprimento e recebe 100 mil pesetas de indemenização.
Em 71 continua em grande com muitos espectáculos e shows de TV (um dos quais com Salvador Dali que também cantou com ela). Foi a imagem da companhia aérea Ibéria na semana espanhola em Joanesburgo na África do Sul. Em 72 ganha o 1º prémio no Festival de la Supercancion Nacional Del Verano em Montjuich (Barcelona). A canção vencedora foi "El Berebito". Actuavam também os Formula V, Los Diablos, Juan Manuel Serrat e outros. Em 74 termina o seu contrato com a Belter por incumprimento e recebe 100 mil pesetas de indemenização.
Em 1974 faz uma apresentação na base militar de Alcalá de Henares para mais de mil jovens recrutas paraquedistas, com transmissão pela RTE. Como sexy símbolo que era nessa época, aproxima-se deles com sensualidade permitindo que a beijem o que vai levar a cenas quase de loucura, sendo muito contestada por extratos da sociedade muito conservadora que suportavam o regime do ditador Franco. Outro momento grandioso foi uma actuação em Layaone no Saara em honra das tropas espanholas e perante 12 mil espectadores. Era conhecida como a Marlin Monroe espanhola. Em 75 foi a mais pertendida e fotografada. Actuou em muitas festas Gay apoiando a liberdade de escolha sexual e em 77 foi nomeada rainha dos Gays. Toda a década de 70 e metade da de 80 a levaram a todo o lado com eorme êxito. Entrou em filmes e gravou discos. Um dia um jornalista perguntou-lhe o que era a música para ela. respondeu que a música paraela era tudo, era a sua vida, não podia viver sem música, sem Rádio, sem um pianista ou uma guitarra. Porém em 1987 é-lhe diagnosticado um cancro de mama. Os tratamentos mal feitos levam a que lhe destruam um pulmão e 20% do outro.. Foi um golpe terrível. Podia voltar a cantar mas perferiu não o fazer para que os fãs recordassem a sua voz. Retirou-se sofrendo imenso pois os palcos eram a sua vida.
Não podendo apresentar-se ao público lançou uma ideia para apresentar num programa na Televisão da Extremadura em Badajoz, para procurar e promover jovens. A ideia foi-lhe copiada e entregue a outros apresentadores. Isto foi mais uma traição que lhe fizeram e que lhe doeu muito, ainda mais quando passava por momentos tão frágeis.
A Revista Grada premiou-a pela sua carreira. Badajoz colocou o seu nome numa rua.
Desde 2007 que vive em Badajoz.
Foi a imagem sexy do Flamengo/Pop espanhol e quando a revista lhe perguntou se não era atrevida para a época a sua postura, respondeu que nunca fez nada, que tudo aquilo era natural em si. Numa entrevista a Lola em 1992 explica o que foi a sua odisseia.
A Revista Grada premiou-a pela sua carreira. Badajoz colocou o seu nome numa rua.
Desde 2007 que vive em Badajoz.
Foi a imagem sexy do Flamengo/Pop espanhol e quando a revista lhe perguntou se não era atrevida para a época a sua postura, respondeu que nunca fez nada, que tudo aquilo era natural em si. Numa entrevista a Lola em 1992 explica o que foi a sua odisseia.
Sempre se cuidou desde adolescente, não fumava, não bebia e fazia footing todos os dias. Confessa que acha que foi essa postura que apesar do cancro a fez sobreviver. A vontade em cantar é tão grande que no final dos anos 90 ainda acedeu a vários convites e com muito boa aceitação por parte do público.
|
Desde 1964, que "The Ides Of March", de Chicago, têm emocionado o público nos Estados Unidos e no Canadá, com a sua mistura de guitarras de rock, metais brilhantes e vocais fortes.
Larry Millas (vocais e guitarra), Jim Peterik (vocais e guitarra), Bob Bergland (vocais e baixo) e Mike Borch (vocais e bateria), formaram em 1964, "The Shon-Dels". Em 1966 mudam o nome para "The Ides Of March", por sugestão de Bob Bergland, após ter lido "Julius Caesar" de William Shakespear, e gravaram o seu primeiro single "You Wouldn't Listen", ainda com a forte influência dos Mods e da British Invasion. |
"The Ides Of March" foram só um dos muitos grupos musicais que marcaram uma época (1965-1970) importantíssima para o panorama musical de Chicago, que até então só tinha vivido um momento marcante na cena musical, no final dos anos 40 e início dos anos 50, com a electrificação do blues clássico do Mississipi, criando o movimento "Modern Blues" ou "Chicago Blues", onde pontificaram personagens inesquecíveis como Muddy Waters, Howlin' Wolf, Buddy Guy, Bo Diddley, Freddy King, Willie Dixon, ou Paul Butterfield, entre tantos outros.
Esta nova era de ouro musical de Chicago deveu-se essencialmente à chegada dos Beatles aos Estados Unidos em 1964 e, posteriormente, à British Invasion (The Rolling Stones, The Animals, The Hollies, The Dave Clark 5, etc) em 1965.
As estações de rádio WCLF e WLS, esta com a sua parada musical local - "Silver Dollar Survey", davam horas de audição a imensos grupos locais que despontaram na época e, assim, lançaram vários deles para o panorama nacional e mundial, como foram essencialmente "The Ides Of March", "The Buckinghams", "The Cryan' Shames" ou os "Chicago Transit Authority" (depois "Chicago").
Os primeiros a atingirem o estrelato internacional foram "The Buckinghams" com o estrondoso sucesso de "Kind Of A Drag", a que se seguiram "The American Breed" com a alegre "Bend Me, Shape Me" e os "Spanky & Our Gang" com a "hippiesca" melodia "Sunday Will Never Be The Same", ao estilo "Mamas & Papas".
Esta nova era de ouro musical de Chicago deveu-se essencialmente à chegada dos Beatles aos Estados Unidos em 1964 e, posteriormente, à British Invasion (The Rolling Stones, The Animals, The Hollies, The Dave Clark 5, etc) em 1965.
As estações de rádio WCLF e WLS, esta com a sua parada musical local - "Silver Dollar Survey", davam horas de audição a imensos grupos locais que despontaram na época e, assim, lançaram vários deles para o panorama nacional e mundial, como foram essencialmente "The Ides Of March", "The Buckinghams", "The Cryan' Shames" ou os "Chicago Transit Authority" (depois "Chicago").
Os primeiros a atingirem o estrelato internacional foram "The Buckinghams" com o estrondoso sucesso de "Kind Of A Drag", a que se seguiram "The American Breed" com a alegre "Bend Me, Shape Me" e os "Spanky & Our Gang" com a "hippiesca" melodia "Sunday Will Never Be The Same", ao estilo "Mamas & Papas".
O sucesso destes novos grupos de Chicago continuava, quer através de novos acetatos de "The Buckinhghams" ("Don't You Care", "Susan" ou "Mercy Mercy Mercy") e dos "Spanky & Our Gang" ("Come To The Sunshine" ou "Like To Get To Know You"), mas novos grupos continuavam a aparecer e a fazer sucesso nacional ou internacional: "The Cryan' Shames", que atingiram os lugares de topo do hit-parade americano com a sua versão do êxito de "The Searchers", "Sugar and Spice", e continuaram com vários outros sucessos ("We Could Be Happy", "It Could Be We're In Love", "I Wanna Meet You" ou "If I Needed Someone", uma composição de George Harrison para "The Beatles"), "The New Colony Six", que editaram 4 L.P.s entre 1967 e 1969 e tiveram duas músicas no Top 20 de Billboard - "I Will Always Think About You" e "Things I'd Like To Say", ou ainda "The Shadows Of Knight" que iniciaram a sua história de sucesso com a sua versão de "Gloria" dos "Them" de Van Morrison (que dará um concerto, em Cascais, no próximo dia 28 de Julho), porque a Rádio WLS, se recusou a passar a versão dos Them, por causa do verso She knock on my door / Come in my room, room / Make me feel so good e anunciou que faria audições para o grupo de Chicago que aparecesse com uma versão sem esse verso, o que aconteceu com "The Shadows Of Knight", que já estavam à porta da Rádio às 6h00m da manhã do dia seguinte, com a sua versão que teve sucesso nacional e internacional.
Muitos outros grupos só conseguiram sucesso local com destaque para "The Flock", cujo violinista, Jerry Goodman" se tornou figura emblemática da "Mahavishnu Orchestra, "The Mauds", "The Exceptions" onde pontificava Peter Cetera, o mais famoso e talentoso vocalista e baixista dos "Chicago" de 1967 a 1985 e depois numa carreira a solo..
Os conjuntos de Chicago continuaram o seu sucesso e crescimento musical até 1969, altura em que os seus padrões de ouro se desmoronaram, porque quem os motivou e inspirou - The Beatles, fê-los desmotivaram-se e serem esquecidos por não conseguirem acompanhar tamanha evolução musical, após o lançamento de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" e a implantação das novas correntes musicais de então: art-rock, rock progressivo, rock psicadélico, etc..
Só dois conjuntos sobreviveram com sucesso até aos dias de hoje, porque escolheram a linha musical dos "Blood, Sweat & Tears", o Jazz-Rock. Esses conjuntos sobreviventes dessa época marcante para o panorama musical de Chicago são: os "Chicago" que até aos dias de hoje já lançaram 36 álbuns de estúdio e 61 singles (30 deles atingiram o Top 20 da Billboard), (OP nº 74) e "The Ides Of March" que vão lançar um novo álbum durante este ano de 2018 e continuam a actuar ao vivo em casinos, clubes e em cruzeiros temático-musicais, como "Moody Blues Cruises", que navega pelas Caraíbas, saindo de Miami, todas as noites abrilhantados pelos próprios "The Moody Blues" e outras bandas como "The Ides Of March", "Jefferson Starship", "Alan Parson's Project", "Ambrosia", "Little River Band", etc, como aconteceu no cruzeiro deste ano.
Só dois conjuntos sobreviveram com sucesso até aos dias de hoje, porque escolheram a linha musical dos "Blood, Sweat & Tears", o Jazz-Rock. Esses conjuntos sobreviventes dessa época marcante para o panorama musical de Chicago são: os "Chicago" que até aos dias de hoje já lançaram 36 álbuns de estúdio e 61 singles (30 deles atingiram o Top 20 da Billboard), (OP nº 74) e "The Ides Of March" que vão lançar um novo álbum durante este ano de 2018 e continuam a actuar ao vivo em casinos, clubes e em cruzeiros temático-musicais, como "Moody Blues Cruises", que navega pelas Caraíbas, saindo de Miami, todas as noites abrilhantados pelos próprios "The Moody Blues" e outras bandas como "The Ides Of March", "Jefferson Starship", "Alan Parson's Project", "Ambrosia", "Little River Band", etc, como aconteceu no cruzeiro deste ano.
Para quem quiser passar uns dias e noites de grande prazer de sol e música, aconselhamos o próximo "Moody Blues Cruise", o cruzeiro "On The Blue" de 10 a 15 de Fevereiro de 2019, pelo mar das Caraíbas, com Justin Hayward dos "Moody Blues", Steve Hackett dos "Genesis", Dave Mason dos "Traffic", Al Stewart, Alan Parsons, o excelente guitarrista Stephen Bishop, The Orchestra (com vários membros dos "Electric Light Orchestra") e os fabulosos conjuntos "Procol Harum", "The Zombies", "Vanilla Fudge", "Wishbone Ash" e "Poco", entre outros famosos artistas.
|
Para mais informações, deixamos aqui o link:
http://onthebluecruise.com/exciting-ports-2/ |
Ah! Mas... e então "The Ides Of March"?
"The Ides Of March" estarão presentes no próximo "Flower Power Cruise", que sairá da Flórida (Fort Lauderdale) no dia 30 de Março de 2019 e durante oito dias viajará pelas Caraíbas, St. Maertens e San Juan de Porto Rico, abrilhantado musicalmente, por eles, e por uma nata de artistas dos anos 60 e dos nossos melhores sonhos de "Summer Of Love":
|
"The Beach Boys", Tommy James & "The Shondells". "Blood, Sweat & Tears", "The Lovin' Spoonful", "The Yardbirds", "The Cowsills", Gary Puckett & "The Union Gap", Big Brother & "The Holding Company", "Jefferson Starship", Melanie, "The Family Stone", "The Box Tops", entre outros artistas, para além de que todas as noites estarão sempre presentes "The Beatles", através do momento "Abbey Road", no qual artistas, como "The Jukebox", "The Newbees", "LSB Experience" e Hal Bruce, relembrarão muitos dos sucessos dos "Fab 4" de Liverpool.
Certamente que este cruzeiro promete proporcionar-vos uma experiência de entretenimento única, juntando-vos a uma comunidade de entusiastas afins para reviver momentos favoritos, criar novas memórias e desfrutar de um convívio inigualável com os astros musicais que vocês adoram.
Um sonho que se pode tornar realidade! |
Façam já a vossa marcação através de:
https://flowerpowercruise.com/pricing/book-now/ BOA VIAGEM...com MÚSICA, SOL... e AMOR!
|
Um dos artistas mais talentosos, visionários e duradouros lançados na órbita do sucesso pela máquina de êxitos da Motown, Marvin Gaye abriu caminho para a evolução contínua da música popular negra. Começando num R & B puro e poderoso, passando por uma Soul Music elegante e sofisticada, para finalmente chegar a uma forma intensamente política e pessoal de auto-expressão artística, o seu trabalho não apenas redefiniu a Soul Music como uma força criativa, mas também expandiu o seu impacto como um importante agente de mudança social.
Marvin Pentz Gay, Jr. (no estilo do seu herói Sam Cooke, quando adulto, adicionou o "e" ao seu sobrenome ). |
Marvin Gaye era o segundo dos três filhos do reverendo Marvin Gay, Sr. ordenado pastor na "House Of God" - uma seita cristã conservadora, que funde elementos do judaísmo ortodoxo e do pentecostalismo e impõe códigos rígidos de conduta e não aceita feriados.
Marvin Gaye começou a cantar na igreja aos três anos de idade, ràpidamente se tornando solista no coro. Gaye mais tarde tocou piano e bateria, e a música tornou-se a sua fuga das terríveis realidades da sua vida em casa - durante toda a sua infância, o seu pai espancou-o quase diàriamente.
Depois de terminar o ensino médio, Gaye foi cumprir o serviço militar na Força Aérea dos EUA. Terminada essa missão, ele voltou a Washington e começou a cantar nas ruas em vários grupos de doo wop, eventualmente juntando-se aos "Rainbows", uma grande atração local. Com a ajuda do mentor Bo Diddley, "The Rainbows" editaram “Wyatt Earp” e "Mary Lee", o que chamou a atenção do cantor Harvey Fuqua, que em 1958 os recrutou para se tornarem o grupo vocal de apoio aos seus "Moonglows", que gravaram uma série de singles para a "Chess", incluindo “Mama Loocie”, em 1959. Quando estes se exibiam em Detroit, o harmonioso vocal de tenor de Marvin Gaye fez ganhar o interesse do então iniciante empresário Berry Gordy Jr., que o contratou para a sua recente gravadora "Motown", em 1961.
Marvin Gaye começou a cantar na igreja aos três anos de idade, ràpidamente se tornando solista no coro. Gaye mais tarde tocou piano e bateria, e a música tornou-se a sua fuga das terríveis realidades da sua vida em casa - durante toda a sua infância, o seu pai espancou-o quase diàriamente.
Depois de terminar o ensino médio, Gaye foi cumprir o serviço militar na Força Aérea dos EUA. Terminada essa missão, ele voltou a Washington e começou a cantar nas ruas em vários grupos de doo wop, eventualmente juntando-se aos "Rainbows", uma grande atração local. Com a ajuda do mentor Bo Diddley, "The Rainbows" editaram “Wyatt Earp” e "Mary Lee", o que chamou a atenção do cantor Harvey Fuqua, que em 1958 os recrutou para se tornarem o grupo vocal de apoio aos seus "Moonglows", que gravaram uma série de singles para a "Chess", incluindo “Mama Loocie”, em 1959. Quando estes se exibiam em Detroit, o harmonioso vocal de tenor de Marvin Gaye fez ganhar o interesse do então iniciante empresário Berry Gordy Jr., que o contratou para a sua recente gravadora "Motown", em 1961.
Na "Motown" começou como baterista de estúdio e tocou nos primeiros sucessos de Smokey Robinson & The Miracles e também conheceu a irmã de Gordy, Anna, com quem se casou no final de 1961.
No início de uma carreira solo, Gaye esforçou-se para encontrar a sua voz, e os primeiros singles falharam. Finalmente, em 1963, com "Pride and Joy" Gaye conseguiu o seu primeiro grande sucesso. No entanto, Gaye achava sufocante o seu papel como um "hitmaker" e o seu desejo era tornar-se num cantor de baladas românticas, contra a estratégia da "Tamla Motown" que preferia dar ênfase aos sucessos discográficos, o que deu origem a uma guerra contínua entre as suas ambições artísticas e as exigências da marca por produtos comerciais, que continuou durante o longo período em que Marvin Gaye trabalhou com a gravadora. |
Em 1964, Marvin Gaye atingiu pela primeira vez o hit-parade da Billboard para álbuns com "Together", uma coletânea de duetos com a cantora Mary Wells, que tinha atingido o estrelato nesse mesmo ano com "My Guy", quando alcançou o 1º lugar do Top 100 americano.
Como artista solo, Gaye continuou a desfrutar de grande sucesso, colocando três excelentes sucessos no Top Ten, em 1965 - "Ain't That Peculiar", "I'll Be Doggone" e, principalmente, "How Sweet It Is (To Be Loved By You". No total, ele conseguiu, para a "Motown", que 39 dos seus singles atingissem o Top 40, muitos dos quais ele também compôs e arranjou.
Como artista solo, Gaye continuou a desfrutar de grande sucesso, colocando três excelentes sucessos no Top Ten, em 1965 - "Ain't That Peculiar", "I'll Be Doggone" e, principalmente, "How Sweet It Is (To Be Loved By You". No total, ele conseguiu, para a "Motown", que 39 dos seus singles atingissem o Top 40, muitos dos quais ele também compôs e arranjou.
Com Kim Weston, a segunda das suas principais parceiras vocais, estabeleceu um dos duetos dominantes da época com o impressionante “It Takes Two”.
No entanto, o maior e melhor dueto de Gaye foi com Tammi Terrell, com quem ele alcançou uma série de sucessos, escritos pela dupla Nickolas Ashford e Valerie Simpson, onde se incluem "Ain't No Mountain High Enough" e "Your Precious Love", em 1967, seguidos em 1968 por "Ain't Nothing Like the Real Thing" e "All I Need To Get By." O sucesso da dupla foi tràgicamente interrompido em 1967, quando, durante uma actuação num show na Virgínia, Tammi desabou nos braços de Gaye no palco... era a primeira evidência de um tumor cerebral que abruptamente terminou a sua carreira e que lhe causou a morte a 16 de Março de 1970. A doença e a perda de Tammi Terrell deixaram Gaye profundamente abalado, estragando a celebração e prazer do seu sucesso de 1968 com "I Heard It Through the Grapevine", seu maior sucesso e, sem dúvida, o auge da qualidade da "Motown" (cuja história contamos no artigo seguinte desta "Onda Pop"). |
Ele entretanto descobriu que o material que gravava para a "Motown" era cada vez mais irrelevante diante das tremendas mudanças sociais que varriam a nação e o mundo. Os Estados Unidos da América vivia uma época em que os negros estavam embrenhados na luta pelos Direitos Civis e os tumultos nas ruas eram pouco consentâneos com os êxitos pop, que Berry Gordy impunha aos seus artistas, com a única preocupação de vender muitos discos aos negros e aos brancos. Assim, depois de um par de sucessos do Top 10 de 1969 com “Too Busy Thinking About My Baby” e “That's The Way Love Is"", Gaye passou a maior parte de 1970 em introspecção, ressurgindo no início do ano seguinte com o álbum auto-produzido "What's Going On", um esforço histórico anunciando uma mudança dramática no conteúdo e estilo que alterou para sempre a face da música negra. Um álbum altamente percussivo que incorporou jazz e elementos clássicos para forjar um som soul incrivelmente sofisticado e fluido, "What's Going On" foi uma obra prima conceptual que trouxe as crenças espirituais de Gaye para o primeiro plano para explorar questões que vão desde a pobreza, a indiferença com o meio ambiente, abuso de drogas e corrupção política. A estória contada neste álbum é baseada no ponto de vista do seu irmão Frankie, um veterano da guerra do Vietnam, que retorna ao seu país e só vê ódio, sofrimento e injustiça. As ambições e a complexidade de "What's Going On" preocuparam Berry Gordy, que inicialmente se recusou a lançar o LP, até que cedeu e Gaye foi "absolvido" quando a majestosa faixa-título alcançou o segundo lugar em 1971, e outros dois sucessos, "Mercy Mercy Me (The Ecology)" e "Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)", também alcançaram o top 10. O sucesso do álbum garantiu a Gaye que este continuasse com o controle artístico de seu trabalho e ajudasse a soltar as rédeas de Berry Gordy, para que outros artistas da "Motown", mais notàvelmente Stevie Wonder, também assumissem o comando de seus próprios destinos.
Marvin Gaye, então com 33 anos, era considerado um encrenqueiro ou o olho do furacão de novos conceitos de libertação, e começou a ter problemas com Berry Gordy não só pelas sua posições políticas e sociais, mas também pelas suas relações amorosas, que motivaram o desmoronando do seu casamento com Anna, a irmã de Gordy.
É neste contexto de casado com uma mulher 17 anos mais velha e apaixonado por Janis Hunter (17 anos mais nova), que se inspirou para criar o seu próximo álbum "Let's Get It On", em 1973, para libertar o mundo de preconceitos sexuais. Mas não era apenas a elegia do amor com mulheres de diferentes níveis etários, Marvin Gaye era mais profundo, focando questões morais e espirituais sobre o sexo, criando uma evidente tensão sexual ou uma brilhante celebração da alegria do sexo.
Em 1975, a esposa de Gaye, Anna Gordy, pediu o divórcio, e dois anos depois Gaye casou-se com a tal Janis Hunter, de quem teve uma filha, Nona, e um filho, Frankie.
Gaye também teve um filho adoptivo (Marvin Pentz Gaye III) do seu casamento anterior.
Durante a maior parte dos anos 70, Gaye estava em turnê, colaborando, produzindo ou trabalhando com Diana Ross e com Smokey Robinson & The Miracles, pelo que só lançou um novo álbum, "I Want You", em 1976.
Depois de alcançar mais um 1º lugar no hit-parade, em 1977, com o single "Got To Give It Up ", Marvin Gaye lançou o seu último álbum pela Motown Records, "Here, My Dear", em 1978, o qual resultava do acordo judicial do seu divórcio com Anna Gordy, em que Marvin Gaye foi condenado a cumprir pagamentos de pensão alimentícia e a gravar um novo álbum, com a intenção de que todos os royalties ganhos com essas vendas fossem então concedidos à sua ex-esposa. O disco foi sarcàsticamente intitulado "Here, My Dear", e explorava amargamente a relação do casal, com detalhes tão íntimos, que Anna Gordy ainda considerou processar Gaye por invasão de privacidade.
O casamento do cantor com Hunter foi curto e tumultuado, terminando em divórcio em 1981.
Depois de duas décadas na Motown, Gaye assinou com a Columbia Records da CBS em 1982 e começou a trabalhar no seu último álbum, "Midnight Love". O single principal desse álbum, "Sexual Healing", tornou-se um enorme sucesso e lhe rendeu-lhe os seus dois primeiros Grammy Awards e um American Music Award.
Após o seu divórcio com Janis Hunter, Marvin Gaye recolhia-se, durante alguns períodos de tempo, na casa dos seus pais, mas a sua relação com o pai estava para sempre assombrada pelo relacionamento deste quando Marvin era criança e dava origem a brigas violentas, uma das quais ocasionou a sua morte, a 1 de Abril de 1984, quando o seu pai o matou com um tiro.
É neste contexto de casado com uma mulher 17 anos mais velha e apaixonado por Janis Hunter (17 anos mais nova), que se inspirou para criar o seu próximo álbum "Let's Get It On", em 1973, para libertar o mundo de preconceitos sexuais. Mas não era apenas a elegia do amor com mulheres de diferentes níveis etários, Marvin Gaye era mais profundo, focando questões morais e espirituais sobre o sexo, criando uma evidente tensão sexual ou uma brilhante celebração da alegria do sexo.
Em 1975, a esposa de Gaye, Anna Gordy, pediu o divórcio, e dois anos depois Gaye casou-se com a tal Janis Hunter, de quem teve uma filha, Nona, e um filho, Frankie.
Gaye também teve um filho adoptivo (Marvin Pentz Gaye III) do seu casamento anterior.
Durante a maior parte dos anos 70, Gaye estava em turnê, colaborando, produzindo ou trabalhando com Diana Ross e com Smokey Robinson & The Miracles, pelo que só lançou um novo álbum, "I Want You", em 1976.
Depois de alcançar mais um 1º lugar no hit-parade, em 1977, com o single "Got To Give It Up ", Marvin Gaye lançou o seu último álbum pela Motown Records, "Here, My Dear", em 1978, o qual resultava do acordo judicial do seu divórcio com Anna Gordy, em que Marvin Gaye foi condenado a cumprir pagamentos de pensão alimentícia e a gravar um novo álbum, com a intenção de que todos os royalties ganhos com essas vendas fossem então concedidos à sua ex-esposa. O disco foi sarcàsticamente intitulado "Here, My Dear", e explorava amargamente a relação do casal, com detalhes tão íntimos, que Anna Gordy ainda considerou processar Gaye por invasão de privacidade.
O casamento do cantor com Hunter foi curto e tumultuado, terminando em divórcio em 1981.
Depois de duas décadas na Motown, Gaye assinou com a Columbia Records da CBS em 1982 e começou a trabalhar no seu último álbum, "Midnight Love". O single principal desse álbum, "Sexual Healing", tornou-se um enorme sucesso e lhe rendeu-lhe os seus dois primeiros Grammy Awards e um American Music Award.
Após o seu divórcio com Janis Hunter, Marvin Gaye recolhia-se, durante alguns períodos de tempo, na casa dos seus pais, mas a sua relação com o pai estava para sempre assombrada pelo relacionamento deste quando Marvin era criança e dava origem a brigas violentas, uma das quais ocasionou a sua morte, a 1 de Abril de 1984, quando o seu pai o matou com um tiro.
Em 1959, com um empréstimo de US$800,00 de sua família, Berry Gordy Jr. conseguiu dar a entrada de US$3.000,00 para a aquisição, por US$23.000,00, de uma pequena casa de dois andares numa área degradada de Detroit, numa rua onde entre os seus vizinhos estava uma agência funerária e um salão de beleza. Foi esta a pedra fundamental de um império, quando converteu a garagem da sua nova propriedade num estúdio de gravação e a cozinha numa sala de controle. Gordy e a sua esposa moravam no andar de cima. Sobre a porta da frente, mostrando um espírito de ambição vaidosa, ergueu uma placa dizendo "Hitsville USA".
Berry Gordy Jr. foi registado á nascença como Berry Gordy III, nascido numa família de classe média, cujo chefe da família era Berry Gordy II. O primeiro Berry Gordy, ou seja o seu avô, era filho de um proprietário de raça branca de uma plantação, James Gordy, na Geórgia e de uma escrava negra. Curiosamente, o seu meio-irmão, James, seria o avô do futuro presidente Jimmy Carter. Berry Gordy II foi atraído para Detroit, pelas oportunidades de emprego para negros oferecidos pelas empresas automotivas em franca expansão.
O nosso Berry Gordy Jr. desenvolveu o seu interesse pela música escrevendo músicas e abrindo a "3-D Record Mart", uma loja de discos de música jazz e de óculos. A loja não teve sucesso, e Gordy, que tinha então 30 anos, tentou ser pugislista e procurou trabalho na fábrica da Lincoln-Mercury, mas os seus contatos familiares colocaram-no em contacto com o proprietário do "Flame Show Bar Talent Club", onde conheceu o cantor Jackie Wilson, e depois de já ter desfrutado de algum sucesso como compositor, agora sonhava em administrar a sua própria gravadora.
Berry Gordy Jr. foi registado á nascença como Berry Gordy III, nascido numa família de classe média, cujo chefe da família era Berry Gordy II. O primeiro Berry Gordy, ou seja o seu avô, era filho de um proprietário de raça branca de uma plantação, James Gordy, na Geórgia e de uma escrava negra. Curiosamente, o seu meio-irmão, James, seria o avô do futuro presidente Jimmy Carter. Berry Gordy II foi atraído para Detroit, pelas oportunidades de emprego para negros oferecidos pelas empresas automotivas em franca expansão.
O nosso Berry Gordy Jr. desenvolveu o seu interesse pela música escrevendo músicas e abrindo a "3-D Record Mart", uma loja de discos de música jazz e de óculos. A loja não teve sucesso, e Gordy, que tinha então 30 anos, tentou ser pugislista e procurou trabalho na fábrica da Lincoln-Mercury, mas os seus contatos familiares colocaram-no em contacto com o proprietário do "Flame Show Bar Talent Club", onde conheceu o cantor Jackie Wilson, e depois de já ter desfrutado de algum sucesso como compositor, agora sonhava em administrar a sua própria gravadora.
Esse sucesso como compositor aconteceu em 1957, quando Jackie Wilson gravou "Reet Petite", uma música que Gordy co-escreveu com sua irmã Gwen e o escritor-produtor Billy Davis. Tornou-se um hit relativamente modesto nos Estados Unidos, mas teve mais sucesso internacionalmente, especialmente no Reino Unido, onde alcançou o Top 10 e até mais tarde liderou esse ranking numa re-edição em 1986.
Jackie Wilson gravou mais seis músicas co-escritas por Gordy nos dois anos seguintes, incluindo "Lonely Teardrops", que liderou as paradas de R&B e chegou à 7ª posição na parada americana de êxitos. |
Apesar desses seus sucessos, Berry Gordy não recebeu quase nada em royalties. Percebeu então que a maneira de ganhar dinheiro era produzir os seus próprios discos na sua própria gravadora, a “Tamla Motown”.
A intenção de Gordy era criar uma gravadora orientada no sentido de colmatar o fosso musical entre as Rádios e os gostos dos americanos de raça negra (R&B, Soul) e a América branca (Pop Music), que predestinava a quase totalidade dos sucessos que atingiam os lugares cimeiros do Hit-Parade da “Billboard”.
Para obter esse sucesso, Berry Gordy utilizou os métodos de fabricação praticados nas fábricas de automóveis de Detroit, montando uma estrutura para máquina de sucessos em série, que incluía composição padronizada de músicas através de compositores exclusivamente contratados (Brian Holland/Lamont Dozier/Eddie Holland, Smokey Robinson, Norman Whitfield, complementando o próprio Berry Gordy), uma secção rítmica de estúdio com músicos exclusivos que acompanhavam todas as gravações (conhecido como “The Funk Brothers”, onde se incluía Marvin Gaye, o organista Earl Van Dyke ou o guitarrista Joe Messina, entre outros) e uma orientação musical que desse à Soul Music um ritmo dançante.
Para além disso idealizou a empresa num reminiscente paternalismo que Henry Ford usava nas suas fábricas de automóveis no início do século XX, recrutando potenciais cantores e músicos dos “ghetos” de Detroit, que se evidenciavam, ou nos coros das associações religiosas negras, ou nos bares e clubes dos bairros mais desfavorecidos, fazendo-os passar por uma promoção artística e pessoal (normas de apresentação, comunicação e códigos sociais e culturais), apreciando-os posteriormente através de uma peneira processual de controle de qualidade e promoção seletiva, sempre num ambiente o mais familiar possível.
Esta foi a fórmula do enorme sucesso da "Motown", que se iniciou imediatamente em Agosto de 1961, quando "Please Mr. Postman" interpretado pelo conjunto vocal feminino "The Marvelettes", alcançou o 1º lugar do hit-parade americano.
A intenção de Gordy era criar uma gravadora orientada no sentido de colmatar o fosso musical entre as Rádios e os gostos dos americanos de raça negra (R&B, Soul) e a América branca (Pop Music), que predestinava a quase totalidade dos sucessos que atingiam os lugares cimeiros do Hit-Parade da “Billboard”.
Para obter esse sucesso, Berry Gordy utilizou os métodos de fabricação praticados nas fábricas de automóveis de Detroit, montando uma estrutura para máquina de sucessos em série, que incluía composição padronizada de músicas através de compositores exclusivamente contratados (Brian Holland/Lamont Dozier/Eddie Holland, Smokey Robinson, Norman Whitfield, complementando o próprio Berry Gordy), uma secção rítmica de estúdio com músicos exclusivos que acompanhavam todas as gravações (conhecido como “The Funk Brothers”, onde se incluía Marvin Gaye, o organista Earl Van Dyke ou o guitarrista Joe Messina, entre outros) e uma orientação musical que desse à Soul Music um ritmo dançante.
Para além disso idealizou a empresa num reminiscente paternalismo que Henry Ford usava nas suas fábricas de automóveis no início do século XX, recrutando potenciais cantores e músicos dos “ghetos” de Detroit, que se evidenciavam, ou nos coros das associações religiosas negras, ou nos bares e clubes dos bairros mais desfavorecidos, fazendo-os passar por uma promoção artística e pessoal (normas de apresentação, comunicação e códigos sociais e culturais), apreciando-os posteriormente através de uma peneira processual de controle de qualidade e promoção seletiva, sempre num ambiente o mais familiar possível.
Esta foi a fórmula do enorme sucesso da "Motown", que se iniciou imediatamente em Agosto de 1961, quando "Please Mr. Postman" interpretado pelo conjunto vocal feminino "The Marvelettes", alcançou o 1º lugar do hit-parade americano.
Este foi o primeiro grande sucesso de relativa pequena gravadora, que durante os anos 60 viu 79 singles com a sua marca atingirem o Top 10 americano, e entre 1964 e 1967 conseguiram que 14 singles atingissem o 1º lugar das paradas Pop, 20 atingissem o topo do hit-parade R&B, 46 o Top 15 de singles Pop e 75 entrassem no Top 15 de R&B. Para imaginarem o estrondoso sucesso do som "Motown", relembramos que só em 1966, 75% dos singles editados por esta gravadora entraram nas paradas da "Billboard Hot 100".
Para além do sucesso discográfico, Berry Gordy e a "Motown" foram responsáveis pelo emergir de mega-stars, como Diana Ross, The Supremes, Michael Jackson, The Jacksons 5, Stevie Wonder, The Four Tops, The Temptations, Smokey Robinson & The Miracles, Marvin Gaye, Lionel Ritchie, e de super-stars, como The Spinners, Martha Reeves & The Vandellas, Gladys Knight & The Pips, Jimmy Ruffin, The Marvelettes, The Commodores, Jr. Walker & The All-Stars, Rare Earth, Edwin Starr, The Isley Brothers, para além de muitos outros artistas de grande sucesso nacional e internacional.
Para além do sucesso discográfico, Berry Gordy e a "Motown" foram responsáveis pelo emergir de mega-stars, como Diana Ross, The Supremes, Michael Jackson, The Jacksons 5, Stevie Wonder, The Four Tops, The Temptations, Smokey Robinson & The Miracles, Marvin Gaye, Lionel Ritchie, e de super-stars, como The Spinners, Martha Reeves & The Vandellas, Gladys Knight & The Pips, Jimmy Ruffin, The Marvelettes, The Commodores, Jr. Walker & The All-Stars, Rare Earth, Edwin Starr, The Isley Brothers, para além de muitos outros artistas de grande sucesso nacional e internacional.
Nesta altura, Gordy tinha estabelecido um império musical que incluía oito gravadoras, uma empresa de gerenciamento de carreiras, uma editora e facturava milhões de dólares por ano, só que o "paternalismo" exagerado levou Berry Gordy a assumir-se como tutor, agente e gestor das carreiras de quase todos os artistas da "Motown" e fazer muitos deles assinar contratos vitalícios com a sua gravadora. Para além de tudo isso ainda se assumia como o controlador financeiro de muitos deles, retendo grande parte dos royalties sob o seu próprio controle, para evitar que os seus "meninos e meninas" gastassem exageradamente e desbaratassem as suas fortunas, como sempre se justificou.
Este abuso de poder, qualquer que fosse a sua real intenção, começou a ser problemático a partir de 1968, quando os seus principais compositores, o trio Holland/Dozier/Holland o confrontou sobre o valor e o pagamento dos royalties que lhes eram devidos, despediram-se e ainda moveram uma acção contra a "Motown".
Este abuso de poder, qualquer que fosse a sua real intenção, começou a ser problemático a partir de 1968, quando os seus principais compositores, o trio Holland/Dozier/Holland o confrontou sobre o valor e o pagamento dos royalties que lhes eram devidos, despediram-se e ainda moveram uma acção contra a "Motown".
Este foi só o primeiro grande abalo na estrutura ganhadora da "Motown" que, seguidamente, por influência do seu cunhado Marvin Gaye, o qual foi o primeiro a lutar pelos seus direitos, vários outros artistas começaram a confrontar Berry Gordy impondo a vontade e desejo de serem os gestores das suas carreiras e negócios e portanto libertarem-se das amarras contratuais impostas no início das suas ligações com a "Motown".
A partir de 1968 o sucesso da "Motown" começou a diminuir consideràvelmente, assim, em 1970, Berry Gordy decidiu focar as suas atenções na carreira a solo de Diana Ross e, em 1971, mudou a estrutura da "Motown" para Hollywood, focado no então excelente sucesso dos Jacksons, quer como grupo, quer individualmente.
A "Motown" começou então a sofrer as consequências da gestão danosa de recursos humanos por parte de Berry Gordy e as deserções começaram a ser em catadupa, com Martha Reeves a gravar a solo para outras editoras, em 1974, e "The Four Tops" assinam com a "ABC/Dunhill". Gladys Knight e "The Pips" passam a gravar para a "Buddah" a partir de 1974 e, em 1975, os "Jackson Five" mudaram-se para a "Epic", assim como Michael Jackson em 1978. "The Miracles", sem Smokey Robinson, mudaram para a "Columbia" em 1977 e "The Temptations" foram para a "Atlantic".
O império estava a desmoronar-se e piorou no inicio dos anos 80, quando a Diana Ross se mudou para a "RCA" em 1981 e Marvin Gaye assinou com a "Columbia" em 1982.
A "Motown" continuava a lutar para sobreviver e, em 1985, cria o Museu Histórico da Motown, dentro do edifício restaurado de Hitsville, oferecendo passeios e visitas turísticas.
Em 1987, o antigo edifício de escritórios e estúdio da "Motown" foi designado como local histórico pelo Estado de Michigan e a Câmara Municipal de Detroit, em Outubro de 2007, renomeou um trecho de West Grand Boulevard, como Berry Gordy Jr. Boulevard.
Entretanto, em Julho de 1988, Berry Gordy vendeu a "Motown Records", por US$61 milhões, para a "MCA" e para a Boston Ventures, que por sua vez depois venderam, em 1993, a "Motown Records" para a "Polygram", por US$325 milhões.
A partir de 1968 o sucesso da "Motown" começou a diminuir consideràvelmente, assim, em 1970, Berry Gordy decidiu focar as suas atenções na carreira a solo de Diana Ross e, em 1971, mudou a estrutura da "Motown" para Hollywood, focado no então excelente sucesso dos Jacksons, quer como grupo, quer individualmente.
A "Motown" começou então a sofrer as consequências da gestão danosa de recursos humanos por parte de Berry Gordy e as deserções começaram a ser em catadupa, com Martha Reeves a gravar a solo para outras editoras, em 1974, e "The Four Tops" assinam com a "ABC/Dunhill". Gladys Knight e "The Pips" passam a gravar para a "Buddah" a partir de 1974 e, em 1975, os "Jackson Five" mudaram-se para a "Epic", assim como Michael Jackson em 1978. "The Miracles", sem Smokey Robinson, mudaram para a "Columbia" em 1977 e "The Temptations" foram para a "Atlantic".
O império estava a desmoronar-se e piorou no inicio dos anos 80, quando a Diana Ross se mudou para a "RCA" em 1981 e Marvin Gaye assinou com a "Columbia" em 1982.
A "Motown" continuava a lutar para sobreviver e, em 1985, cria o Museu Histórico da Motown, dentro do edifício restaurado de Hitsville, oferecendo passeios e visitas turísticas.
Em 1987, o antigo edifício de escritórios e estúdio da "Motown" foi designado como local histórico pelo Estado de Michigan e a Câmara Municipal de Detroit, em Outubro de 2007, renomeou um trecho de West Grand Boulevard, como Berry Gordy Jr. Boulevard.
Entretanto, em Julho de 1988, Berry Gordy vendeu a "Motown Records", por US$61 milhões, para a "MCA" e para a Boston Ventures, que por sua vez depois venderam, em 1993, a "Motown Records" para a "Polygram", por US$325 milhões.
Era o fim de um sonho de um génio que criou o som que mudou a América, como uma força irresistível de mudança social e cultural. A lendária "Motown" de Berry Gordy deixou sua marca não apenas na indústria da música, mas na sociedade em geral, com um som que se tornou uma das realizações musicais mais significativas e numa estonteante história de sucesso do século XX. A sua música comunicativa reunia não só um país racialmente dividido, mas também uma sociedade segregada, em todo o mundo, atingindo pessoas de todas as idades e raças.
Nenhuma outra gravadora exerceu uma influência tão importante sobre o estilo e a substância da música e da cultura popular. Os êxitos da "Motown" atingiram por 180 vezes o 1º lugar em vários hit-parades em todo o mundo e uma forte influência nos estilos musicais vindouros, desde o "Funk" e o "Disco Sound", nos anos 70 e 80, ao "Hip-Hop" nos dias de hoje. |
Nos finais dos anos 50 a América conquistou musicalmente a Grã-Bretanha e o mundo com o "Rock 'N' Roll", mas a partir de 1964 foi a vez de as Ilhas Britânicas invadirem a América, depois de terem conquistado o resto do planeta através da chamada "British Invasion", que começou com The Beatles e foi continuada por conjuntos ingleses com a qualidade de The Rolling Stones, The Animals, The Kinks, The Dave Clark 5, The Herman's Hermits, entre outros grupos britânicos.
A América estava sendo dominada pelo som britânico, e foi a "Motown" que ajudou a América a igualar a supremacia musical do Reino Unido entre 1965 e 1967, altura em que a música Pop/Rock mudou para sempre com o célebre álbum "Sgt. Peppers' Lonely Hearts Club Band" dos 4 Fab de Liverpool.
Quem apresentou pela primeira vez os artistas e o som da "Motown" na TV do Reino Unido, em 1965, foi a cantora inglesa Dusty Springfield, conforme podem assistir no video do youtube, que vos propomos:
A América estava sendo dominada pelo som britânico, e foi a "Motown" que ajudou a América a igualar a supremacia musical do Reino Unido entre 1965 e 1967, altura em que a música Pop/Rock mudou para sempre com o célebre álbum "Sgt. Peppers' Lonely Hearts Club Band" dos 4 Fab de Liverpool.
Quem apresentou pela primeira vez os artistas e o som da "Motown" na TV do Reino Unido, em 1965, foi a cantora inglesa Dusty Springfield, conforme podem assistir no video do youtube, que vos propomos:
A "Onda Pop" realça nesta sua edição o grande êxito "Mama Told Me, (Not To Come)" do grupo de Rock americano "Three Dog Night".
Quem são estes "Three Dog Night"?
São ou eram? SÃO!
E quem os quiser ouvir e assistir ao vivo, pode reservar o seu lugar em um dos 35 concertos que vão dar nos Estados Unidos de 17 de Julho de 2018 a 6 de Dezembro deste mesmo ano.
Os "Three Dog Night" continuam a tocar ao vivo ininterruptamente desde 1969, com um total superior a 2.200 shows e, actualmente, ainda com uma média de 70 concertos anuais.
Quem são estes "Three Dog Night"?
São ou eram? SÃO!
E quem os quiser ouvir e assistir ao vivo, pode reservar o seu lugar em um dos 35 concertos que vão dar nos Estados Unidos de 17 de Julho de 2018 a 6 de Dezembro deste mesmo ano.
Os "Three Dog Night" continuam a tocar ao vivo ininterruptamente desde 1969, com um total superior a 2.200 shows e, actualmente, ainda com uma média de 70 concertos anuais.
O seu curioso nome refere-se à expressão "three dog night" que os caçadores nativos do interior australiano utilizam para identificar uma noite gelada, pois costumam aconchegarem-se com os seus cachorros para se aquecerem nas noites frias...e quando são necessários três cachorros é porque o frio apertou.
Os "Three Dog Night" foram formados em 1967 pelos vocalistas Danny Hutton, Cory Weels e Chuck Negron, a quem, pouco tempo depois, se juntaram Jimmy Greenspoon nos teclados, Joe Schermie no baixo, Michael Allsup na guitarra e Floyd Sneed na bateria.
Entre 1969 e 1975 registaram 21 êxitos consecutivos no Top 40 da "Billboard", incluindo 11 Top 10, e com 3 músicas que chegaram ao primeiro lugar - "Black & White" em 1972, "Joy To The World" e a referida "Mama Told Me (Not To Come)", em 1970.
Os "Three Dog Night" foram formados em 1967 pelos vocalistas Danny Hutton, Cory Weels e Chuck Negron, a quem, pouco tempo depois, se juntaram Jimmy Greenspoon nos teclados, Joe Schermie no baixo, Michael Allsup na guitarra e Floyd Sneed na bateria.
Entre 1969 e 1975 registaram 21 êxitos consecutivos no Top 40 da "Billboard", incluindo 11 Top 10, e com 3 músicas que chegaram ao primeiro lugar - "Black & White" em 1972, "Joy To The World" e a referida "Mama Told Me (Not To Come)", em 1970.
"Mama Told Me (Not To Come)" é uma das muitas composições que os "Three Dog Night", com o seu gosto eclético e a sua capacidade de saber escolher as boas composições, gravaram dos melhores (e, principalmente, ainda não conhecidos na época) novos compositores daquele tempo, como Randy Newman ("Mama Told Me (Not To Come)", #1), Harry Nilsson ("One", #5), Laura Nyro ("Eli's Comin'", #10), Paul Williams ("Out In The Country", #15, "The Family Man", #12, "An Old Fashioned Love Song", #4 ), Leo Sayer ("The Show Must Go On", #4), Daniel Moore ("Shambala", #3), Hoyt Axton ("Joy To The World", #1, "Never Been In Spain", #5), ou as duplas Gerome Ragni/James Rado ("Easy To Be Hard", #4) e Rod Argent/Russ Ballard ("Liar", #7), entre muitos outros.
Agora, com quase 50 anos de estrada, os "Three Dog Night" continuam a aumentar a sua base de fãs e a desenvolver novas formas de fazer negócios com a sua música. Assim, abraçaram as novas tecnologias de divulgação musical do século XXI e já venderam nesta década mais de um milhão e meio de álbuns.
Recentemente, começaram a adicionar novas músicas ao seu enorme arsenal, lançando o seu primeiro single nos últimos 25 anos. Os empolgantes desempenhos de “Heart Of Blues” e da balada “Prayer Of The Children” apresentam-se disponíveis on-line e a "Onda Pop" apresenta-as para os nossos leitores, realçando a forte mensagem (infelizmente sempre actual) de "Prayer Of The Children", uma linda composição, cantada à "capella".
Recentemente, começaram a adicionar novas músicas ao seu enorme arsenal, lançando o seu primeiro single nos últimos 25 anos. Os empolgantes desempenhos de “Heart Of Blues” e da balada “Prayer Of The Children” apresentam-se disponíveis on-line e a "Onda Pop" apresenta-as para os nossos leitores, realçando a forte mensagem (infelizmente sempre actual) de "Prayer Of The Children", uma linda composição, cantada à "capella".
Can you hear the prayer of the children?
On bended knee, in the shadow of an unknown room Empty eyes with no more tears to cry Turning heavenward toward the light Crying Jesus*, help me To see the morning light-of one more day But if I should die before I wake, I pray my soul to take Can you feel the hearts of the children? Aching for home, for something of their very own Reaching hands, with nothing to hold on to, But hope for a better day a better day Crying Jesus*, help me To feel the love again in my own land But if unknown roads lead away from home, Give me loving arms, away from harm Can you hear the voice of the children? Softly pleading for silence in a shattered world? Angry guns preach a gospel full of hate, Blood of the innocent on their hands Crying Jesus*, help me To feel the sun again upon my face, For when darkness clears I know you're near, Bringing peace again 'Can you hear all the children's prayers?') Can you hear the prayer of the children? |
Maria Celeste Rebordão Rodrigues nasceu a 14 de Março de 1923 em Alpedrinha, Concelho do Fundão Distrito de Castelo Branco em Portugal.
Sua irmâ Amália Rodrigues nascera em Lisboa 3 anos antes porque o pai (músico profissional) tentara Lisboa para melhorar de vida e ajudar a sua numerosa família (teve 10 filhos e 16 anos depois já só tinha 5). Não resultou e voltára às origens. Só quando Celeste tem cinco anos voltarão para Lisboa em defenitivo. Amália já lá vivia com os avós. As duas irmãs voltaram a conhecer-se e a empatia foi total pela vida fora nunca mais se separaram. Adolescentes vendiam flores no cais da Rocha e cantavam como o faziam desde crianças as canções da Beira que a mãe cantava, como o "Milho Grosso" (a mãe tinha uma linda voz). É aí que José Miguel, um empresário e proprietário de várias Casas de Fado ouve Amália e a leva de imediato para cantar na Adega Mesquita. Estávamos em 1939. Celeste acompanhava a irmã à Adega, até porque gostava muito de ouvir Maria Teresa de Noronha e Lucília do Carmo que lá cantavam. Um belo dia Amália consegue que ela "perca a vergonha" e lá cante um fadinho. José Miguel fica encantado e quer logo tornar-se seu manager. A sua estreia oficial é no Casablanca (depoia ABC) no Parque Mayer em 1945 e a sua madrinha foi a irmã. Depois vai para Madrid durante um mês cantar no Pasapoga Music Hall em Madrid. No regresso junta-se à irmã e partem para o Brasil para apresentarem com um grande elenco a Opereta "Rosa Cantadeira" e a Revista Samba. Ficam por lá durante um ano. Volta e continua a cantar nas Casas de Fado. No início da década de 50 volta ao Brasil para actuar em espectáculos de Televisão e em palco. Acaba cantando no restaurante de Tony de Matos em Copacabana. Volta cheia de saudade. Só em 1955/56 grava o 1º disco, um 78 RPM, ainda grava um EP, até um LP ainda de 10 polegadas (25,4 cm) de 1958 e que apresentamos. O seu grande sucesso foi "Olha a Mala" de Manuel Casimiro. O sucesso é de tal ordem que ela já não a pode ouvir e vai dizendo "basta de mala". O maestro João Nobre faz-lhe a vontade.
Sua irmâ Amália Rodrigues nascera em Lisboa 3 anos antes porque o pai (músico profissional) tentara Lisboa para melhorar de vida e ajudar a sua numerosa família (teve 10 filhos e 16 anos depois já só tinha 5). Não resultou e voltára às origens. Só quando Celeste tem cinco anos voltarão para Lisboa em defenitivo. Amália já lá vivia com os avós. As duas irmãs voltaram a conhecer-se e a empatia foi total pela vida fora nunca mais se separaram. Adolescentes vendiam flores no cais da Rocha e cantavam como o faziam desde crianças as canções da Beira que a mãe cantava, como o "Milho Grosso" (a mãe tinha uma linda voz). É aí que José Miguel, um empresário e proprietário de várias Casas de Fado ouve Amália e a leva de imediato para cantar na Adega Mesquita. Estávamos em 1939. Celeste acompanhava a irmã à Adega, até porque gostava muito de ouvir Maria Teresa de Noronha e Lucília do Carmo que lá cantavam. Um belo dia Amália consegue que ela "perca a vergonha" e lá cante um fadinho. José Miguel fica encantado e quer logo tornar-se seu manager. A sua estreia oficial é no Casablanca (depoia ABC) no Parque Mayer em 1945 e a sua madrinha foi a irmã. Depois vai para Madrid durante um mês cantar no Pasapoga Music Hall em Madrid. No regresso junta-se à irmã e partem para o Brasil para apresentarem com um grande elenco a Opereta "Rosa Cantadeira" e a Revista Samba. Ficam por lá durante um ano. Volta e continua a cantar nas Casas de Fado. No início da década de 50 volta ao Brasil para actuar em espectáculos de Televisão e em palco. Acaba cantando no restaurante de Tony de Matos em Copacabana. Volta cheia de saudade. Só em 1955/56 grava o 1º disco, um 78 RPM, ainda grava um EP, até um LP ainda de 10 polegadas (25,4 cm) de 1958 e que apresentamos. O seu grande sucesso foi "Olha a Mala" de Manuel Casimiro. O sucesso é de tal ordem que ela já não a pode ouvir e vai dizendo "basta de mala". O maestro João Nobre faz-lhe a vontade.
Celeste Rodrigues apresentou-se em vários países europeus, andou por territórios de África tanto portugueses como ingleses, esteve no Brasil, Estados Unidos e Canadá, apresentou-se no Ed Sullivan Show mas nunca quiz tornar-se na estrela que fez da irmã uma das maiores artistas a nível mundial mas sem a liberdade de que ela gozava, sem o núcleo familiar que ela quiz construir. No disco que apresentamos a seguir "Cantares de Portugal" ( que podemos falar já em coletânea ) está Maria Clara que
|
todos conhecem de êxitos como "Figueira da Foz" e "Oh José Aperta o Laço" e talvez por ser mãe do médico Júlio Machado Vaz que na Rádio e na TV faz vários programas como sexólogo. Ela também abdicou do estrelato pela família. Depois Martinho da Silva, talvez o primeiro cabo-verdiano a gravar e Jimmy, irmão de Max, que foi a Moçambique e acabou por se radicar na África do Sul, onde gravou alguns discos, até à sua morte. Hoje são todos gente do passado.
Viveu com um grande amor, um toureiro de quem se separou e aos 32 anos casa-se com o actor Varela Silva de quem vem a ter duas filhas hoje a viverem nos EUA. Logo de seguida abrem uma Casa de Fados que teve como fadista residente Alfredo Marceneiro (que admirava Varela), mas que acaba por fechar ao fim de 4 anos. Vai cantar para a "Parreirinha da Alfama" da sua amiga Argentina Santos. Em 1967 a Revista Álbum da Canção dedica-lhe o seu nº de Maio. Celeste fazia uma vida calma cantando nas Casas de Fado e cuidando da família. É por esta altura, aos 45 anos que dá um rim a sua irmã Odete, para que esta sobreviva. Em 1974 vai até ao Canadá e dá por terminado o seu relacionamento com Varela que entretanto se enamorara de Simone de Oliveira. Custou-lhe mas ultrapassou bem a situação, sempre considerou que ninguém é de ninguém e que o amor não é eterno. Continuou a sua actividade especialmente na "Parreirinha da Alfama" e noutras Casas de Fado.
|
Em 2005 Ricardo Pais fez um espectáculo a que chamou "Cabelo Branco é Saudade" e onde actuaram velhas e novas gerações. Celeste fez parte do elenco. Em 2007 a Som Livre edita um CD duplo com Fados, "Eles e Elas" onde integra várias gerações de fadistas. Celeste interpreta um dos seus Fados mais antigos e que tinha tido muito sucesso, Fado das Queixas". Esta linda canção foi interpretada por muitos artistas ao longo dos anos, tendo Carlos Ramos sido um dos primeiros. Ultimamente as novas gerações como Carminho ou Raquel Tavares também o gravaram. Mas no final dos anos 50, até o Trio Guadalajara e Los Españoles que se encontravam a tocar em Moçambique no Hotel Polana o gravaram num EP e num excelente álbum na África do Sul para onde foram tocar nos anos 60. Consideramo-la uma excelente interpretação e como muito poucos a devem conhecer, aí a têm.
Em 2007, aos 84 anos, é lançado o seu último trabalho, "Fado Celeste", um CD gravado na Holanda. Em 2010 o seu neto Diogo Varela Silva apresenta um filme documentário sobre a sua vida e obra. Recebe a madalha de prata da cidade de Lisboa. Em 2012 o Presidente Cavaco Silva nas festas do dia de Portugal distingue-a como Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2017 Madonna conhece-a numa Casa de Fados e fica fascinada com a sua voz. Torna-se sua amiga e chegam a cantar juntas uma canção de Elvis, de quem Madonna é fã, "Can't Help Falling in Love".
|
Madonna convida-a para ir a Nova York passar o fim de ano em sua casa e ela apesar dos seus 94 não se faz rogada e vai. A sua verdadeira despedida como artista acabou por ser o Concerto feito em sua homenagem no Tivoli em Maio de 2018. As 95 anos era ainda uma força da natureza, um espírito jovem. Celeste Rodrigues foi sempre uma mulher do seu tempo, nos seus 95 anos de vida. Foi sempre uma sonhadora, o que não a deixava tornar-se velha. O seu bisneto Gaspar aprendeu a tocar guitarra para a poder acompanhar, o que ainda chegou a fazer. Para 2019 tinha já marcado um espectáculo em Paris. Madonna no seu Instagram homenageou-a escrevendo, "Fui sortuda em a ter conhecido e cantado com esta incrível Lenda do Fado". Celeste deixou-nos a 1 de Agosto de 2018. A nossa homenagem é: Obrigado Celeste pela lição de vida que nos soubeste dar, e à tua partida apenas podemos levantar as nossas taças para brindar e aplaudir. Bem Hajas.
GIRA - DISCOS
Pela sua beleza e criaividaded, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados, antes em "Gira- Discos", agora no "Cenário" com as capas que raramente chegávamos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criaividaded, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados, antes em "Gira- Discos", agora no "Cenário" com as capas que raramente chegávamos a conhecer na época dos seus lançamentos.