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A 28 de Dezembro de 1967 Victor Gomes parte para nova aventura. Volta à sua velha África. A digressão da Cruz Vermelha e do MNF tem a duração de 8 meses, mas Victor distraíu-se e vai ficar 18 anos. O filme que ficara para rodar com Florbela Queirós, como acordara com o cineasta Perdigão Queiroga no Aeroporto, já era.
Em Angola o MPLA e a UNITA andavam muito activos e o Comando Operacional não os deixaram ir para o "mato". Assim ficaram em Luanda à espera. Então começou a actuar em Luanda em diversos Hotéis e "Boîtes". O Conjunto Os Dardos que já o tinha acompanhado na sua primeira passagem por Angola era o grupo musical. Andou por Benguela, Lobito e outras terras. Deram alguns espectáculos para os militares, mas nas cidades. Depois seguiu para Lourenço Marques (Moçambique). Aqui actuou no Pavilhão do Malhangalene para a Armada e no cinema S. Miguel (onde hoje é Assembleia Nacional Popular de Moçambique). Actuou uma vez para as tropas e numa 2ª vez na primeira parte do show que o sul africano Gene Rockwell deu em Lourenço Marques. Quem o acompanhou foi o Conjunto Os Corsários. Perguntámos ao Carlos Alberto (OP nº 25) baterista, que lembranças tinha do Victor. "Ele era muito dinâmico, um animal de palco, cantou três canções connosco, era bom e a malta gostava do seu visual. Claro, nós tínhamos o Victor Tomé que também era do mesmo estilo". Depois foi à Beira, Tete e Nampula. Nos concertos para as tropas cantava a canção de António Policarpo do Conjunto de Oliveira Muge (OP nº 14),"A Mãe". Entrava em palco com uma caneta e papel de carta e enquanto ia cantando sentava-se no palco e fingia que estava a escrever uma carta à mãe. Levava os soldados às lágrimas e recebia grandes ovações. Esta canção chegou a estar proibida de ser divulgada na Rádio tanto no Continente como no Ultramar. Depois voltou a cantar em Cahora Bassa, Tete, Beira e LM. Depois vai 3 meses para o Molin Rouge na Beira. O Notícias da Beira escrevia, "Ele o Victor da malta, o Victor do Scala e que alguns tinham por vadio, por garoto, por tipo com manias de estrelato, afinal venceu".
Em Angola o MPLA e a UNITA andavam muito activos e o Comando Operacional não os deixaram ir para o "mato". Assim ficaram em Luanda à espera. Então começou a actuar em Luanda em diversos Hotéis e "Boîtes". O Conjunto Os Dardos que já o tinha acompanhado na sua primeira passagem por Angola era o grupo musical. Andou por Benguela, Lobito e outras terras. Deram alguns espectáculos para os militares, mas nas cidades. Depois seguiu para Lourenço Marques (Moçambique). Aqui actuou no Pavilhão do Malhangalene para a Armada e no cinema S. Miguel (onde hoje é Assembleia Nacional Popular de Moçambique). Actuou uma vez para as tropas e numa 2ª vez na primeira parte do show que o sul africano Gene Rockwell deu em Lourenço Marques. Quem o acompanhou foi o Conjunto Os Corsários. Perguntámos ao Carlos Alberto (OP nº 25) baterista, que lembranças tinha do Victor. "Ele era muito dinâmico, um animal de palco, cantou três canções connosco, era bom e a malta gostava do seu visual. Claro, nós tínhamos o Victor Tomé que também era do mesmo estilo". Depois foi à Beira, Tete e Nampula. Nos concertos para as tropas cantava a canção de António Policarpo do Conjunto de Oliveira Muge (OP nº 14),"A Mãe". Entrava em palco com uma caneta e papel de carta e enquanto ia cantando sentava-se no palco e fingia que estava a escrever uma carta à mãe. Levava os soldados às lágrimas e recebia grandes ovações. Esta canção chegou a estar proibida de ser divulgada na Rádio tanto no Continente como no Ultramar. Depois voltou a cantar em Cahora Bassa, Tete, Beira e LM. Depois vai 3 meses para o Molin Rouge na Beira. O Notícias da Beira escrevia, "Ele o Victor da malta, o Victor do Scala e que alguns tinham por vadio, por garoto, por tipo com manias de estrelato, afinal venceu".
Na Beira contratam-no para a Rodésia (hoje Zimbabué). Em Salisbury (hoje Harare) passa a ser conhecido como o Tom Jones português e o público feminino ia à loucura com a sua interpretação de "Delilah". O dono da boîte proíbe-o de cantá-la. Não ligou, voltou a cantá-la. Foi despedido, ele e a banda The Brazilians.
Em 1970 volta para Moçambique com Nick e formam o duo "The Blenders". Novamente percorrem Moçambique, Angola, Rodésia e África do Sul. Em 72, Nick decide voltar para casa de seus pais na Holanda onde nasceu. Depois continua sòzinho na Rodésia acompanhado por vários conjuntos como por exemplo Os Bakerville Five. Em 73 conhece Sylvia com quem vai viver vários anos. Tinha ganho muito dinheiro com a música, mas volta a trabalhar como soldador para se poder naturalizar rodesiano. Tem mais um filho (Victor Jr.). Depois compra uma Quinta e faz vida de fazendeiro. Em 74 com a revolução portuguesa, as coisas também começam a mudar na Rodésia. Em 76 decidem partir para a Grã-Bretanha. A sua chegada sai nos jornais, como a vinda do "Tom Jones português". Instala-se em Bedford e começa a trabalhar como soldador.
Em 1970 volta para Moçambique com Nick e formam o duo "The Blenders". Novamente percorrem Moçambique, Angola, Rodésia e África do Sul. Em 72, Nick decide voltar para casa de seus pais na Holanda onde nasceu. Depois continua sòzinho na Rodésia acompanhado por vários conjuntos como por exemplo Os Bakerville Five. Em 73 conhece Sylvia com quem vai viver vários anos. Tinha ganho muito dinheiro com a música, mas volta a trabalhar como soldador para se poder naturalizar rodesiano. Tem mais um filho (Victor Jr.). Depois compra uma Quinta e faz vida de fazendeiro. Em 74 com a revolução portuguesa, as coisas também começam a mudar na Rodésia. Em 76 decidem partir para a Grã-Bretanha. A sua chegada sai nos jornais, como a vinda do "Tom Jones português". Instala-se em Bedford e começa a trabalhar como soldador.
Ancioso por notícias das suas filhas Paula e Bela, tira uma semana de férias e vem a Lisboa. Vai ao Parque Mayer em busca de velhos amigos. Tudo está diferente e meio destruído. Em Lisboa encontra por acaso a ex companheira que deixara aquando da digressão, e descobre que tem mais uma filha, Né. Por acaso também encontra a cunhada que lhe diz que as filhas vivem em França. No dia seguinte troca o bilhete de avião e vai de comboio para Paris. Encontra-se com Paula e matam saudades. Volta a Bedford. Não se sente bem na Europa e quer voltar à Rodésia. A companheira acha imprudente. Em 77 volta só para a Rodésia. O País estava a ferro e fogo. Aqui acaba por conhecer Tina, outra sua grande paixão. Com o crescer da guerra tambem se alista por ser rodesiano. Depois dá-se a Independência e o País passa a chamar-se Zimbabué. Recebe um convite para trabalhar como soldador em Nelpruit, na África do Sul onde o seu irmão Carlos era encarregado. Em 84 volta ao Zimbabué e começa a ser intimidado pelo regime. Decide sair e quando o faz é bloqueado na fronteira e preso. Durante dois meses viveu abaixo da decência humana numa jaula a que chamavam prisão. Tina que lhe levava comida todos os dias é que consegue que a Embaixada Inglesa interfira e o tire da prisão. Pede um passaporte português na Embaixada em Harare e vem para Lisboa a 1 de Abril de 1985. No aeroporto esperavam-no a mãe a sua filha Bela e alguns jornalistas. Ainda faz uns espectáculos. Tem 45 anos e sente-se em forma mas está desiludido. Acaba por ir para França viver com a sua filha Paula. Como vinha da ex Rodésia pede asilo político e é-lhe concedido. Faz trabalhos de soldador em vários Países como a Holanda, Suiça, Alemanha e outros. Na Euro Disney solda a estação dos comboios e no final faz uma assinatura a solda num canto da estrutura. Em 90 vem a Lisboa lançar o seu disco "STOP". Dá uma entrevista ao Diário de Notícias. Todos os anos vem de férias a Portugal.
Os amigos insistem para que volte a cantar e em Dezembro de 1991 volta aos Bombeiros da Trafaria com dois ex colegas dos Gatos Negros. Em 92 volta a Portugal e começa a actuar em vários locais, dá entrevistas nas Rádois e nos Jornais mas a RTP ignora-o. Actua durante dois meses no "T-Club" e no "Xafariz" . Em 93 grava para a Moviplay um CD, "Victor Gomes - O regresso do Rei do Rock" onde tem várias canções de sua autoria cantando a sua vida. Depois cria um concurso buscando novos valores, "Nasce Uma Estrela". Em 96 vai cantar a S. Brás d Alportel e Loulé e encanta-se com a região, arranja uma casa e fica a descansar da música. Começa a fazer trabalhos de Public Relations para clientes estrangeiros. Em 97 a compilação "Biografia do Rock" volta a relançá-lo . Recomeçam os espectáculos e prepara uma Associação dos Amigos dos Anos 60. Em Março de 1999 a Associação está formada e José Portela (que promove shows dos anos 60-OP nº 33 e 34, foi o primeiro a inscrever-se. Também lá estarão Eusébio e José Augusto. A inauguração foi no "T-Club" em Lisboa. Cantava ora em Lisboa, ora no Algarve e desenvolveu um negócio de pedras polidas na sua casa de S. Brás de Alportel. Pedras que ele mesmo polia em pequenos mosaicos que eram depois incrustados no cimento, enquanto fresco. A falta de cuidado não se protegendo das poeiras do polimento levou-o a graves problemas de saúde . Foi hospitalizado e deixou o negócio.
Em 2006 recebe um telefonema a convidá-lo para a reaberura do Maxime, orientado agora pelo Manuel João Vieira (mago do Ena Pá 2000, os Irmãos Catita, os Corações ao Alto e o espectacular candidato à Presidência da República). Victor ficou no Maxime até ao seu fecho em 2011.
Em 2008 tem um grave problema de saúde e é operado ao fígado. Esteve entre "cá e lá", mas o Gato Negro tem muitas vidas. Entra ainda no filme "Calor e Moscas"de Afonso Cortez Pinto em 2010. Continua a cantar já depois dos 70 em espectáculos organizados pelo Manuel Vieira e pelo José Portela. O último foi em 2015 no fim do ano. Este ano já está programado para 7 de Maio no Carregado a "Gala dos Anos 60" organizado pelo Portela. Os dois videos anteriores são da Gala dos Anos 60 de 2015.
Victor tem 5 filhos, muitos netos e bisnetos. Os netos que já seguem as pisadas do avô são os filhos da Bela, a Diana Lucas que é cantora e o Ivo Lucas que é actor e entra actualmente na série da RTP "Bem Vindos a Beirais" fazendo de Sandro filho do mecânico Manel ,o actor José Boavida, recentemente falecido e que aproveitamos para homenagear.
Em 2008 tem um grave problema de saúde e é operado ao fígado. Esteve entre "cá e lá", mas o Gato Negro tem muitas vidas. Entra ainda no filme "Calor e Moscas"de Afonso Cortez Pinto em 2010. Continua a cantar já depois dos 70 em espectáculos organizados pelo Manuel Vieira e pelo José Portela. O último foi em 2015 no fim do ano. Este ano já está programado para 7 de Maio no Carregado a "Gala dos Anos 60" organizado pelo Portela. Os dois videos anteriores são da Gala dos Anos 60 de 2015.
Victor tem 5 filhos, muitos netos e bisnetos. Os netos que já seguem as pisadas do avô são os filhos da Bela, a Diana Lucas que é cantora e o Ivo Lucas que é actor e entra actualmente na série da RTP "Bem Vindos a Beirais" fazendo de Sandro filho do mecânico Manel ,o actor José Boavida, recentemente falecido e que aproveitamos para homenagear.
Para desenvolver a história do Victor sem o "chatearmos" muito seguimos o belo trabalho da Ondina Pires que também andou pela música. Foi baterista e vocalista dos "Pop Dell' Arte". Quando o Victor nos contava a história , nós adiantávamo-nos e ele dizia-nos, "eh pá mas tu já sabes isso". Respondíamos, que queres fizémos o trabalho de casa, lemos o livro da Ondina. Victor é uma pessoa muito peculiar e fez sempre tudo "À Minha (sua) Maneira" como diz na letra que fez para "My Way".
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Foi o grupo sul africano que mais tempo esteve activo na música Pop/Rock sul-africana. E como nasceu ?
Em 1962 Clive Harding e o seu amigo Graham Woods formam o grupo Atoms. Pouco tempo depois Woods morre num acidente de automóvel. Em 1964, depois de muitas entradas e saídas o grupo toma o nome The Nevadas. Fazem parte Tony Hughes (bateria), Bruce Bark (viola solo e voz), Keith Andrews ( ritmo e teclas) e Clive Harding (baixo). Mais tarde juntam-se Bobby Fraser (voz) e Julian Laxton. Os dois últimos voltam a sair e em Maio 64 mudam o nome para The Zombies (não confundir com os Zombies ingleses). Acabara de entrar Johnny Collini que passa a ser a voz e seguirá posteriormente uma brilhante carreira a solo. Usam cabelo comprido ,à Beatles. Fazem uma digressão de 8 meses pela África do Sul. Entretanto Collini sai e os Zombie gravam um LP para a Teal com Bark a cantar.
Em 1962 Clive Harding e o seu amigo Graham Woods formam o grupo Atoms. Pouco tempo depois Woods morre num acidente de automóvel. Em 1964, depois de muitas entradas e saídas o grupo toma o nome The Nevadas. Fazem parte Tony Hughes (bateria), Bruce Bark (viola solo e voz), Keith Andrews ( ritmo e teclas) e Clive Harding (baixo). Mais tarde juntam-se Bobby Fraser (voz) e Julian Laxton. Os dois últimos voltam a sair e em Maio 64 mudam o nome para The Zombies (não confundir com os Zombies ingleses). Acabara de entrar Johnny Collini que passa a ser a voz e seguirá posteriormente uma brilhante carreira a solo. Usam cabelo comprido ,à Beatles. Fazem uma digressão de 8 meses pela África do Sul. Entretanto Collini sai e os Zombie gravam um LP para a Teal com Bark a cantar.
Gladys Linn Mynott tinha uma linda voz e a mãe incentiva-a a cantar. Começa a cantar aos 12 anos e a mãe arranja-lhe lições de canto. Aos 15 anos vence o concurso "Search For a Talent" e fica em 2º na "Talent Parade" da LM Radio. Aos 16 anos grava o seu 1º LP, "Teenage Time". Finda a escola canta com a Harold Roy Band em Benoni durante 8 meses. Depois faz uma digressão pela África do sul e Rodésia com Johnny Kongos e os G-Men. Em 1963 lança o seu 1º single "Not Because I'm Bad". Perante o sucesso do single a Teal Records apressa-se a fazer um contrato de 4 anos. Agora canta num cabaret. Em 62 já tinha participado num filme. Depois de outro contrato com a Harold Roy Band a Luxurama oferece-lhe um contrato para Cape Town (Cidade do Cabo) com os Zombies a acompanhá-la. O sucesso no Dickie Loder Show é tal que os levam a um "Tour" à costa sul da província do Natal.
Em deJaneiro 1965 são contratados para fazer a primeira parte de Peter & Gordon que faziam uma digressão na África do Sul. Agora são inundados com contratos paraactuarem juntos. Porém devido aos seus cabelos compridos começam a ser muito criticados tanto pela imprensa inglesa como afrikander, que os chamam d delinquentes e utilizadors de drogas, basta ver pelo nome, comentam, sendo mau exemplo para os jovens. Decidem cortar os cabelos, vestir "bonitinho" e no final de 65 os Zombies mudam o seu nome para 4 Jack & a Jill por sugestão do comediante Johnny Casanova e do manager Don Hughes. Mudam o estilo e o material e gravam "Jimmy Come Lately" que em Janeiro de 66 atinge o 3º lugar no Hit Record Express. Na LM Radio entra a 9 de janeiro para 11º vai conseguir estar 3 semanas em 2º (Yesterday Man era o 1º) e só saíu do Top 20 a 14 de Abrl. Também atinge o 2º lugar na Springbox Radio em Fevereiro. Bateram todos os recordes incluindo, estar 16 semanas na LM Radio Top 20. Gravam o 1ºálbum "Jimmy Come Lately" e o single "No Other Baby" atinge o Top 20 mas sem o mesmo sucesso (14º na LM Radio). Em Maio de 66 Keith deixa o grupo e é substituído por Mark (Harry) Paulos.
Ja falámos dos 4 Jack and a Jill na entrega dos prémios SARI (South African Record Award), os Grammy sul-africanos (OP nº 57). Mas nas próximas semanas os 4 Jack and a Jill vão estar em Lourenço Marques e aí continuaremos a sua história de suceso. Aqui deixamos o original de "Jimmy Come Lately" em MP3 e uma versão dos anos 2000 em MP4. Também "No Other Baby" e um cover sul africano muito conhecido por Mirian Makeba "The Clik Song".
Ja falámos dos 4 Jack and a Jill na entrega dos prémios SARI (South African Record Award), os Grammy sul-africanos (OP nº 57). Mas nas próximas semanas os 4 Jack and a Jill vão estar em Lourenço Marques e aí continuaremos a sua história de suceso. Aqui deixamos o original de "Jimmy Come Lately" em MP3 e uma versão dos anos 2000 em MP4. Também "No Other Baby" e um cover sul africano muito conhecido por Mirian Makeba "The Clik Song".
Reg de Beer nasceu a 25 de junho de 1945 em Durban e faleceu a 21 de Janeiro de 2012 depois de uma curta doença fez o liceu em Port Natal e seguiu para a escola de Professores mas o seu interesse pela Rádio leva-o a uma audição para a LM Radio, onde é admitido em 1968. Os seus mestres já ele osouvia na Rádio, David Davies, Evie Martin, Gerry Wilmot, John Berks, Darryl Joostle e Barry O'Donoghue.
Logo que David Davies partiu para o Reino Unido em 69 foi Reg que ficou a produzir "Your LM Hit Parade" para além dos programas que fazia. Reg era uma jóia de pessoa, muito simpático, sempre prontoa ajudar e com grandes preocupações educacionais, principalmente com a classe jovem. Basta ver aqui na Sonda as respostas às nossas perguntas.
Depois de deixar a LM Radio em 1975, é ele o locutor que encerra a Estação, junta-se à SABC e trabalha na Rádio Highveld e na Rádio Port Natal. Depois juntou-se à M-NET prestando serviço de TV. Foi envi da ado para o Egipto e para a Grécia para ajudar na montagem da DSTV nesses países.. Também esteve uns tempos na Rádio Solid Gold em Joanesburgo.
Quando a LM Radio retomou a sua emissão pela mão de Chris Turner, fez parte da equipe de arranque junto com Peter de Nóbrega (outro exLM Radio) levando a emissão das 19 às 22h.
COMO SERÁ AMÚSICA EM 2525 |
vEra um atrevimento tentar imaginar o que seria a música mais de 550 anos para a frente. Hoje apenas passaram 46 anos e os estilos musicais passaram por Rock pesado, punk, DJs, Rap e Música Electrónica, etc. Mas os jovens ainda vão atrás do Marketing que faz brilhar artistas como Justin Bever e Adéle. A evolução musical deu-se nos clássicos, na música concreta, na música abstrata, na música dissonante e polifónica onde o conceito melódico é diferente. Será isto a música do futuro? |
Num dos parágrafos deste artigo de 14 de Fevereiro de 1970 dizíamos: "Pode parecer estranho, mas na nossa opinião tudo se conjuga para as grandes obras musicais no estilo clássico". Tem graça que 46 anos depois pensamos que é capaz de ser assim daqui a 500 anos. Os instrumentos já não terão nada a ver com os que existem hoje e os sons provavelmente já não se limitarão a uma escala de 7 notas nem á electrónica de hoje. Era uma brincadeira aproveitar a canção "In The Year 2525", mas 500 anos para a frente é paranóico pensar qualquer coisa. Quem sabe se um "arqueólogo" de 2525 não vai descobrir a música dos anos 60 e achá-la espectacular.
João Nicolau de Melo Breyner Moreira Lopes nasceu em Serpa a 30 de Junho de 1940 e faleceu a 14 de Março de 2016. Foi um ser humano de primeira qualidade. A nobreza já lhe era genética, era primo afastado de Sophia de Mello Breyner. Fez a escola em Serpa e o Liceu vem faze-lo em Lisboa para onde os pais se haviam mudado. Ainda vai para a Faculdade de Direito,mas desiste e entra para o Coiservatório Nacional onde vem a tirar o curso de Canto e Representação. Ainda antes de terminar já está a representar o seu primeiro papel na peça "Leonor Teles com direcção de Ribeirinho. Depois começa a enveredar por papéis mais humorísticos contracenando com Laura Alves.
Em 1968 entra no Festial RTP da Canção defendendo "Pouco Mais" (OP nº 30). É-lhe atribuído pela Imprensa o prémio de melhor intérprete do ano 68. Agradece mas recusa dizendo que outros tinham feito muitos mais trabalhos e melhores. Foi esta notícia que publicámos na Op nº 27 que , nos fez procurá-lo, porque este exemlpo não aparecde todos os dias, e hoje muito menos.
Quando lhe fomos falar disse já nem se lembrar de tal coisa, mas pediu-nos para lhe arranjarmos uma cópia. Visitámo-lo na sua Acadmia NB. Foi de grande simpatia, mostrando interesse pelo que havíamos feito e colocando-se à nossa disposição para qualquer outra questão. Como ia sair o artigo de Thilo Kassman (OP nº 35) pedimos que nos falasse um pouco dele. O Thilo era uma jóia de pessoa não o posso fazer em 5 minutos, mascombinamos outro dia. Não era preciso mais nada, estava tudo dito. Em 1975 faz o seu primeiro espectáculo de Televisão, "Nicolau no País das Maravilhas" onde concebe a ´rábula "Sr. Feliz Sr. Contente". Para isso já andava de olho num rapazinho que tocava viola baixo no conjunto do Teatro que era mito divertido e parecia ter um certo jeito. Herman José aceitou de imediato a chance que procurava.
Com a entrega total do Povo às novelas brasileiras, decide ser o primeiro a desenvolvê-las em Portugal. Em 1982 "Vila Faia" avança, sendo ele co-autor, actor, director de actores e muito mais. Depois cria a sua produtora onde funciona como Administrador, produtor e realizador. "Eu Show Nico" (88), "Euronico" (90) e "Nico D'Obra" (98) e outras são produções que obtém grande êxito. Entra também como actor em novelas séries e filmes. Apenas citando algumas séries como "A Ferreirinha", "Equador", "Pedro e Inês". Ou nas novelas como "Fúria de Viver", "Flor de Mar", "Jardins proibidos" ou a última ainda de 2016 "A Impostora". No cinema participou em mais de 50 filmes de mais de uma dúzia de realizadores, incluindo ele. O primeiro foi "Raça" em 1961, mas também entra em "A Canção a Saudade" com o nosso rocker desta semana Victor Gomes. "Pão , Amor e Totobola" (64), Sarilhos de Fraldas (67), "O Rei das Berlengas" e "Crónica dos Bons Malandros" (84), "Adeus Princesa" (94), "Jaime" (99), "O Outro Lado do Arco-Íris" (2004), "A Arte de Robar" (2008), "A Teia de Gerlo" (2012) e os últimos foram o grande sucesso de "Os Gato
Quando lhe fomos falar disse já nem se lembrar de tal coisa, mas pediu-nos para lhe arranjarmos uma cópia. Visitámo-lo na sua Acadmia NB. Foi de grande simpatia, mostrando interesse pelo que havíamos feito e colocando-se à nossa disposição para qualquer outra questão. Como ia sair o artigo de Thilo Kassman (OP nº 35) pedimos que nos falasse um pouco dele. O Thilo era uma jóia de pessoa não o posso fazer em 5 minutos, mascombinamos outro dia. Não era preciso mais nada, estava tudo dito. Em 1975 faz o seu primeiro espectáculo de Televisão, "Nicolau no País das Maravilhas" onde concebe a ´rábula "Sr. Feliz Sr. Contente". Para isso já andava de olho num rapazinho que tocava viola baixo no conjunto do Teatro que era mito divertido e parecia ter um certo jeito. Herman José aceitou de imediato a chance que procurava.
Com a entrega total do Povo às novelas brasileiras, decide ser o primeiro a desenvolvê-las em Portugal. Em 1982 "Vila Faia" avança, sendo ele co-autor, actor, director de actores e muito mais. Depois cria a sua produtora onde funciona como Administrador, produtor e realizador. "Eu Show Nico" (88), "Euronico" (90) e "Nico D'Obra" (98) e outras são produções que obtém grande êxito. Entra também como actor em novelas séries e filmes. Apenas citando algumas séries como "A Ferreirinha", "Equador", "Pedro e Inês". Ou nas novelas como "Fúria de Viver", "Flor de Mar", "Jardins proibidos" ou a última ainda de 2016 "A Impostora". No cinema participou em mais de 50 filmes de mais de uma dúzia de realizadores, incluindo ele. O primeiro foi "Raça" em 1961, mas também entra em "A Canção a Saudade" com o nosso rocker desta semana Victor Gomes. "Pão , Amor e Totobola" (64), Sarilhos de Fraldas (67), "O Rei das Berlengas" e "Crónica dos Bons Malandros" (84), "Adeus Princesa" (94), "Jaime" (99), "O Outro Lado do Arco-Íris" (2004), "A Arte de Robar" (2008), "A Teia de Gerlo" (2012) e os últimos foram o grande sucesso de "Os Gato
No seu funeral a sua filha Mariana cantou um lindíssimo tema de homenagem. O pai sempre a incentivou a cantar, a soltar-se. Teremos a continuação da família Beyner nas Artes ?
Nicolau dizia. "Meus senhores...a missão do actor é simplesmente emocionar as pessoas. Levá-las ao riso ou às lágrimas. Fazer com que nos odeiem ou nos amem. Enfim...é fazê-los sonhar. Quando isso acontece a nossa missãoestá cumprida".
Nicolau dizia. "Meus senhores...a missão do actor é simplesmente emocionar as pessoas. Levá-las ao riso ou às lágrimas. Fazer com que nos odeiem ou nos amem. Enfim...é fazê-los sonhar. Quando isso acontece a nossa missãoestá cumprida".
Perguntam vocês, quem é Tesha Leitão ? Hoje era uma artista, pintora. E que tem a ver com a música ? Para nós OP, muito. Estávamos a prepararmo-nos para a entrevistar e nunca nos passou pela cabeça este desfecho tão imediato, embora soubéssemos que ela não estava bem. Natércia Jesus Gomes Leitão nasceu em 1951 e faleceu dia 12 de Março de 2016.Tesha era nossa amiga, era a "menina" da Casa Bayly. Era ela que tinha a paciência de apontar e fazer a soma de todos os discos que vendia. Depois nós publicávamos nas notícias, os discos mais vendidos na semana pela Casa Bayly. Depois o João Gomes Leitão (locutor e produtor,já falecido), o irmão, tornou-se sócio do Música Bar e a Tesha passou a ser a "menina" do Música Bar. Aí continuou a fazer as mesmas listas para nós. Ela era uma doçura, uma simpatia.
Tesha já gostava de pintar, ela é autodidacta. Aos 8 anos ganha uma Menção Honrosa no 2º Concurso de Arte Infantil na categoria Lápis de Cor. O Luís Filipe Arriaga (o génio dos cabeçalhos da Onda Pop) também entrou e ganhou dois 4º prémios (o João Pedro teve também uma Menção Honrosa). Mas aos 9 anos já obtém um 1º prémio. Depois foi aluna dos grandes pintores João Paulo e João Ayres. Casou com Domingos Manjate, para nós o Fu (vocalista dos Storm). Vieram para Portugal e acabaram por se instalar na Figueira da Foz, base do conjunto Sygma que o Carlos Alberto (OP nº 25) formou e de que o Fu foi vocalista. Tiveram um filho que hoje vive em Inglaterra, separaram-se há muitos anos mas continuaram sempre amigos. Pedimos ao Fu um pouco da história. "Conheci a Tesha em 1974, juntámo-nos e o nosso filho nasceu em 76, não em LM mas já Maputo. Demos-lhe o nome de Décio Mauro Leitão Manjate. Vivemos juntos 25 anos depois separámo-nos mas ficámos sempre amigos e eu acompanhei-a durante esta fase má até onde me era permitido. A doença surgiu de uma forma estranha e muito rápida. Terá sido em Novembro. Em Dezembro é que se diagnosticou e foi galopante. Ela era uma mulher fascinante e de grande coração, extremamente solidária e a frontalidade era o seu apanágio, talvez demasiado frontal. Não admitia deslealdades e lidava mal com a hipocrisia e falsidade. Era de extremos nos seus afectos. Como artista plástica a sua obra fala por si... sou suspeito e por isso escuso de me pronunciar".
Tesha já gostava de pintar, ela é autodidacta. Aos 8 anos ganha uma Menção Honrosa no 2º Concurso de Arte Infantil na categoria Lápis de Cor. O Luís Filipe Arriaga (o génio dos cabeçalhos da Onda Pop) também entrou e ganhou dois 4º prémios (o João Pedro teve também uma Menção Honrosa). Mas aos 9 anos já obtém um 1º prémio. Depois foi aluna dos grandes pintores João Paulo e João Ayres. Casou com Domingos Manjate, para nós o Fu (vocalista dos Storm). Vieram para Portugal e acabaram por se instalar na Figueira da Foz, base do conjunto Sygma que o Carlos Alberto (OP nº 25) formou e de que o Fu foi vocalista. Tiveram um filho que hoje vive em Inglaterra, separaram-se há muitos anos mas continuaram sempre amigos. Pedimos ao Fu um pouco da história. "Conheci a Tesha em 1974, juntámo-nos e o nosso filho nasceu em 76, não em LM mas já Maputo. Demos-lhe o nome de Décio Mauro Leitão Manjate. Vivemos juntos 25 anos depois separámo-nos mas ficámos sempre amigos e eu acompanhei-a durante esta fase má até onde me era permitido. A doença surgiu de uma forma estranha e muito rápida. Terá sido em Novembro. Em Dezembro é que se diagnosticou e foi galopante. Ela era uma mulher fascinante e de grande coração, extremamente solidária e a frontalidade era o seu apanágio, talvez demasiado frontal. Não admitia deslealdades e lidava mal com a hipocrisia e falsidade. Era de extremos nos seus afectos. Como artista plástica a sua obra fala por si... sou suspeito e por isso escuso de me pronunciar".
O seu melhor período é entre 1989 e 2013 onde colabora em diversas exposições tanto Nacionais como Internacionais, individuais e colectivas. A exposição no Centro Cultural Brasileiro em Maputo deu-lhe imenso prazer, por ser na sua terra amada. Teve quadros expostos em Espanha e no Japão e ganhou vários 1ºs e 2ºs prémios em várias exposições. Tem obras expostas um pouco por todo o País, como Lisboa, Porto, Coimbra, Celorico da Beira, Figueira da Foz, e outras cidades e no estrangeiro pelo menos em Espanha, França, Itália, Bélgica, Reino Unido, Irlanda, Moçambique, África do Sul, Brasil, Macau, Hong Kong e Japão.
Na música foi autora das capas dos CD "Port Wine" do maestro José Calvário, dos Fados de Ricardo Barreto e do Grupo Maresia. Assinou ainda o quadro de aniversário do Lions Internacional.
Na música foi autora das capas dos CD "Port Wine" do maestro José Calvário, dos Fados de Ricardo Barreto e do Grupo Maresia. Assinou ainda o quadro de aniversário do Lions Internacional.
Nas palavras da sua amiga Alice Mano-Carbonnier (de quem aproveitámos algumas notas), "A sua incansável generosidade e o seu altruísmo levaram-na a colaborar em sessões de pintura para crianças e em Workhops para jovens em escolas da Figueira e em inúmeras sessões de Pintura ao vivo dentro e fora do nosso conselho a maior parte delas com carácter de beneficência".
Na sua pintura sobressai um cheiro a Àfrica quer nas cores quentes quer na sensualidade intimista que apresentam as suas figuras. Dela dizia Malangatana, o grande pintor moçambicano.
"Artista inteira e mulher diferente, Tesha tem a força e a doçura que vai espalhando pelos horizontes, afirmando a sua africanidade. A sua mão - essa esquerda única! - representa a linguagem, a arte, os laços de pessoas e povos, como ninguém".
Na sua pintura sobressai um cheiro a Àfrica quer nas cores quentes quer na sensualidade intimista que apresentam as suas figuras. Dela dizia Malangatana, o grande pintor moçambicano.
"Artista inteira e mulher diferente, Tesha tem a força e a doçura que vai espalhando pelos horizontes, afirmando a sua africanidade. A sua mão - essa esquerda única! - representa a linguagem, a arte, os laços de pessoas e povos, como ninguém".
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que apareciam como novidades em "Gira-Discos" ou "Novos Discos" ou "Cenário" (conforme vamos mudando os títulos) com as capas que rarmente chegávamos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Rika Zarai a israelita da qual contamos a história na OP nº 44, vem de novo à Onda para apresentar a versão francesa da canção vencedora do Festival da Eurovisão 69. "Vivo Cantando", "Alors Je Chante".