A 'Filarmónica Fraude' foi sem sombra de dúvida um dos melhores conjuntos do final da década de 60. António Pinho foi um dos seus mentores e é hoje um nome incontornável na criação da Nova Música Portuguesa, não só como letrista mas também como produtor. Fomos falar com ele para as bandas do Arco do Cego.
Pinho tem as suas origens no Entroncamento mas em adolescente acabou por vir estudar nos Pupilos do Exército. É lá que conhece João Maria C. Gorjão R. Jorge, hoje de todos conhecido como Rao Kyao que já tinha uma queda especial para a flauta e o saxofone e gostava de Jazz. Outro seu amigo gostava de música clássica e tudo isto o foi entusiasmando e ligando à sua necessidade de escrever olhando com ironia para desmistificar uma sociedade de aparências em que se sentia espartilhado. Em 64 forma juntamente com alguns amigos, como o Parracho e o Horta um grupo Rock para concorrerem ao Festival Yé Yé que o MNF estava a organizar no Teatro Monumental em Lisboa. Não sabiam tocar mas depois de persistentes ensaios lá foram a uma das eliminatórias com o nome "G Men", e claro como acontece em tudo que é feito a "martelo" foram eliminados. Foi a única vez que tocou bateria como músico.
Em 1968, o Parracho seu ex-companheiro dos 'G-Men' desafia-o a fazerem um conjunto com elementos dos "Incas", onde tocava, e dos "Académicos", outro grupo de Tomar. A ideia era fazerem originais em português. Foram buscar um "puto" de 15 anos, o Luís Linhares que aprendia e tocava muito bem piano e diziam, tinha muito jeito para compôr.
É assim que nasce a 'Filarmónica Fraude'.
- Porquê esse nome?
"Todos os grupos começavam por "Os" e queríamos algo diferente e ao mesmo tempo provocante. Havia muitas associações musicais pelo País que tinham Filarmónicas e aí alguém falou em Filarmónica e achei piada, mas como não o éramos quando procurei a palavra certa surgiu-me Fraude que ligava bem e demonstrava que não era uma filarmónica verdadeira. Todos concordaram e assim ficou", conta-nos António Pinho.
Depois de muitos ensaios em 69 já estavam preparados para actuarem. Por um acaso conseguem um contrato para o Alvor no Algarve, para um hotel do grupo Torralta. Apenas são autorizados a tocar música de dança e dos hits. "Porém um dia em que tudo corria bem e o público estava animado e colaborante, decidimos arriscar um número próprio. Tocámos "Animais de Estimação" e todos gostaram, mas ainda levámos um puxão de orelhas", diz-nos Pinho.
Por outro acaso estava no hotel o jornalista Fernando Assis Pacheco que quando ouviu uma canção tão diferente e bem feita de crítica social, foi imediatamente ter com eles. Decide então fazer uma grande reportagem para o jornal "Diário de Lisboa", com o título "A 'Filarmónica Fraude' Nas Noites Brancas Do Alvor".
Pinho tem as suas origens no Entroncamento mas em adolescente acabou por vir estudar nos Pupilos do Exército. É lá que conhece João Maria C. Gorjão R. Jorge, hoje de todos conhecido como Rao Kyao que já tinha uma queda especial para a flauta e o saxofone e gostava de Jazz. Outro seu amigo gostava de música clássica e tudo isto o foi entusiasmando e ligando à sua necessidade de escrever olhando com ironia para desmistificar uma sociedade de aparências em que se sentia espartilhado. Em 64 forma juntamente com alguns amigos, como o Parracho e o Horta um grupo Rock para concorrerem ao Festival Yé Yé que o MNF estava a organizar no Teatro Monumental em Lisboa. Não sabiam tocar mas depois de persistentes ensaios lá foram a uma das eliminatórias com o nome "G Men", e claro como acontece em tudo que é feito a "martelo" foram eliminados. Foi a única vez que tocou bateria como músico.
Em 1968, o Parracho seu ex-companheiro dos 'G-Men' desafia-o a fazerem um conjunto com elementos dos "Incas", onde tocava, e dos "Académicos", outro grupo de Tomar. A ideia era fazerem originais em português. Foram buscar um "puto" de 15 anos, o Luís Linhares que aprendia e tocava muito bem piano e diziam, tinha muito jeito para compôr.
É assim que nasce a 'Filarmónica Fraude'.
- Porquê esse nome?
"Todos os grupos começavam por "Os" e queríamos algo diferente e ao mesmo tempo provocante. Havia muitas associações musicais pelo País que tinham Filarmónicas e aí alguém falou em Filarmónica e achei piada, mas como não o éramos quando procurei a palavra certa surgiu-me Fraude que ligava bem e demonstrava que não era uma filarmónica verdadeira. Todos concordaram e assim ficou", conta-nos António Pinho.
Depois de muitos ensaios em 69 já estavam preparados para actuarem. Por um acaso conseguem um contrato para o Alvor no Algarve, para um hotel do grupo Torralta. Apenas são autorizados a tocar música de dança e dos hits. "Porém um dia em que tudo corria bem e o público estava animado e colaborante, decidimos arriscar um número próprio. Tocámos "Animais de Estimação" e todos gostaram, mas ainda levámos um puxão de orelhas", diz-nos Pinho.
Por outro acaso estava no hotel o jornalista Fernando Assis Pacheco que quando ouviu uma canção tão diferente e bem feita de crítica social, foi imediatamente ter com eles. Decide então fazer uma grande reportagem para o jornal "Diário de Lisboa", com o título "A 'Filarmónica Fraude' Nas Noites Brancas Do Alvor".
O 'Duo Ouro Negro' também por lá passou e gostaram tanto do que ouviram que levaram uma cassette gravada para a 'Valentim de Carvalho' com 3 canções.
A Valentim aceita fechar um contrato com o grupo, mas entretanto talvez por "espionagem" a 'Philips' vem a aperceber-se do potencial do conjunto e faz-lhes uma melhor proposta. Acabam por assinar com a 'Philips'. |
O 1º disco, um EP que inclui os temas "Flor De Laranjeira", "O Problema Da Escolha", "O Menino" e ainda "O Milhões", obtém enorme sucesso.
"Flor de Laranjeira" (Onda Pop nº 39) é uma crítica social ao casamento à pressa por motivos de gravidez, o que na época era considerado um escândalo e uma desonra social para as "virginais meninas". "O Menino" é uma versão muito bem conseguida de uma canção tradicional portuguesa e que muita gente conhece pelo nome "Quando Eu Era Pequenino". |
O segundo EP traz também o carimbo do êxito com "Animais De Estimação", "Canção De Embalar", "Orícia" e "Devedor À Terra".
Após várias pesquizas, quer do António Pinho na Biblioteca Nacional sobre os Descobrimentos, quer do Luís Linhares nas raízes do folclore nacional, lançam um LP (o primeiro de um grupo português) com a mais interessante crítica social e política baseada nos descobrimentos - "Epopeia".
Estranhamente o disco passa na censura (não devem ter percebido) e apenas a obra de arte que é a capa é digna de um reparo. Lídia Martinez, a autora assina Lídia 69 (porque estamos em 1969) mas a censura assim não entendeu e manda retirar o 69.
Classificamos este álbum como um dos melhores da música portuguesa de todos os tempos.
O grupo era constituído por António Pinho (letrista), Luís Linhares (compositor e piano), João Parracho (baixo), Júlio Patrocínio (bateria), João Carvalho (viola) e Antunes da Silva (voz) recentemente falecido.
A 'Filarmónica Fraude' ainda grava um último single em 1969, "Digo Dai", que também obtém grande sucesso.
O serviço militar começa a destruir o grupo que ainda actua algum tempo em 1970 com outros elementos, no Casino do Estoril. Nesta fase tocavam o ex-Sheik, Edmundo Silva (Onda Pop nº 22) e o Luís Moutinho (ex-Deltons) até o conjunto se desmembrar.
Após várias pesquizas, quer do António Pinho na Biblioteca Nacional sobre os Descobrimentos, quer do Luís Linhares nas raízes do folclore nacional, lançam um LP (o primeiro de um grupo português) com a mais interessante crítica social e política baseada nos descobrimentos - "Epopeia".
Estranhamente o disco passa na censura (não devem ter percebido) e apenas a obra de arte que é a capa é digna de um reparo. Lídia Martinez, a autora assina Lídia 69 (porque estamos em 1969) mas a censura assim não entendeu e manda retirar o 69.
Classificamos este álbum como um dos melhores da música portuguesa de todos os tempos.
O grupo era constituído por António Pinho (letrista), Luís Linhares (compositor e piano), João Parracho (baixo), Júlio Patrocínio (bateria), João Carvalho (viola) e Antunes da Silva (voz) recentemente falecido.
A 'Filarmónica Fraude' ainda grava um último single em 1969, "Digo Dai", que também obtém grande sucesso.
O serviço militar começa a destruir o grupo que ainda actua algum tempo em 1970 com outros elementos, no Casino do Estoril. Nesta fase tocavam o ex-Sheik, Edmundo Silva (Onda Pop nº 22) e o Luís Moutinho (ex-Deltons) até o conjunto se desmembrar.
António Pinho acaba por ter que cumprir o serviço militar. Em 1973, Nuno Rodrigues antigo músico dos 'Música Novarum' procura-o e desafia-o a construirem um grupo que vá na continuação do que haviam sido a 'Filarmónica Fraude' e a 'Música Novarum'. É assim que vão criar o mais espectacular grupo de Rock Progressivo de raíz portuguesa, uma espécie de Folk Rock - 'A Banda Do Casaco", que volta a ser uma pedrada no charco.
O grupo tem elementos fixos, como o Nuno e António ou o Celso de Carvalho (contrabaixo e violoncelo), mas pelo grupo passaram outros excelentes músicos convidados, como Rao Kyao, Ramon Galarza, Zé Nabo ou Carlos Zíngaro (violino) que assina ainda a excelente capa do 1º album "Dos Benefícios De Um Vendido No Reino Dos Bonifácios", editado em 1975, mas que já apontava o oportunismo político daqueles que se atracavam aos Partidos para mascarar a sua incompetência e beneficiar o seu próprio bolso e assim, desastradamente, nos levar aos caóticos dias de hoje.
'A Banda do Casaco' irá durar 10 anos e lançar vozes como Né Ladeiras e Cândida Branca Flor, que canta no álbum de 1976, "Coisas Do Arco Da Velha", que ganha o prémio de disco do ano.
Em 1977, lançam "Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos", mais uma crítica ao estado das coisas em que os políticos punham o País. Em 1978, editam "Contos da Barbearia", e em 1981 - "No Jardim Da Celeste".
Na canção "Natação Obrigatória" acaba por ser António Pinho a cantar depois de desafiado pelo técnico José Fortes, um elemento que também foi fundamental para o sucesso do grupo.
O grupo tem elementos fixos, como o Nuno e António ou o Celso de Carvalho (contrabaixo e violoncelo), mas pelo grupo passaram outros excelentes músicos convidados, como Rao Kyao, Ramon Galarza, Zé Nabo ou Carlos Zíngaro (violino) que assina ainda a excelente capa do 1º album "Dos Benefícios De Um Vendido No Reino Dos Bonifácios", editado em 1975, mas que já apontava o oportunismo político daqueles que se atracavam aos Partidos para mascarar a sua incompetência e beneficiar o seu próprio bolso e assim, desastradamente, nos levar aos caóticos dias de hoje.
'A Banda do Casaco' irá durar 10 anos e lançar vozes como Né Ladeiras e Cândida Branca Flor, que canta no álbum de 1976, "Coisas Do Arco Da Velha", que ganha o prémio de disco do ano.
Em 1977, lançam "Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos", mais uma crítica ao estado das coisas em que os políticos punham o País. Em 1978, editam "Contos da Barbearia", e em 1981 - "No Jardim Da Celeste".
Na canção "Natação Obrigatória" acaba por ser António Pinho a cantar depois de desafiado pelo técnico José Fortes, um elemento que também foi fundamental para o sucesso do grupo.
Entretanto António Pinho também faz produção, primeiro na Valentim de Carvalho e depois na Imavox.
Fez a produção do álbum de lançamento do Rui Veloso, em que as músicas que lhe são apresentadas estão em inglês e Pinho diz-lhe que se ele quer fazer sucesso têm de ser em português. Rui leva-as de volta a Carlos T., que as adapta para português. "Ar de Rock" acaba por ser um estouro e lança Rui Veloso. |
António Pinho produz ainda "Ninguém Ninguém" para Marco Paulo, assim como assina também algumas produções para António Mourão e tantos outros artistas.
Concorre ao Festival da Canção de 79 com "Eu Só Quero" com música de Nuno Rodrigues e a voz de Gabriela Schaaf. Ficam em 2º lugar. Gabriela tinha sido uma descoberta sua e de José Calvário e é a cantora convidada do álbum "Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos". Depois os dois compositores assinaram os outros trabalhos de Gabriela como a excelente "Põe os Teus Braços à Volta de Mim".
Nos anos 80 vai para a 'Poligram' onde produz artistas de grande sucesso na época, como os 'Taxi', 'Heróis Do Mar' ("Amor" chega a tocar 54 vezes na RTP), Dina, as 'Doce' e lança Carlos Alberto Vidal como o 'Avô Cantigas'.
- O mestre Carlos Paredes considerava-te o seu produtor e amigo e sabemos que te pedia sempre conselhos, não era? - perguntámos nós, afirmando.
"Sim éramos muito amigos e ele era um perfeccionista. Era difícil levá-lo para o estúdio. Um dia ele foi dar um Concerto à Ópera de Frankfurt. Decidimos levar o carro de exteriores. Foi também o Tó Zé Brito e o técnico José Fortes, para além do Carlos do Carmo e do Fernando Alvim. Preparámos tudo e fizémos a gravação sem que ele soubesse. No final veio ter comigo e perguntou : 'Então amigo como saíu? Parece que fui bem!' - respondi-lhe que sim que foi muito bom. Uns tempos depois pedi-lhe que fosse comigo ao estúdio e disse-me logo, 'mas olhe que eu não quero gravar'. Pusemos a gravação e ele exclamou logo: 'Mas isto foi em Frankfurt! Afinal gravaram. Foi um bom concerto, mas sabe amigo, eu queria mudar aí umas coisinhas que não ficaram tão bem'. Impossível - contrapuz-lhe - agora já está tudo masterizado e está muito bom. O disco foi um sucesso tremendo", relata-nos António Pinho, com entusiasmo e satisfação.
Concorre ao Festival da Canção de 79 com "Eu Só Quero" com música de Nuno Rodrigues e a voz de Gabriela Schaaf. Ficam em 2º lugar. Gabriela tinha sido uma descoberta sua e de José Calvário e é a cantora convidada do álbum "Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos". Depois os dois compositores assinaram os outros trabalhos de Gabriela como a excelente "Põe os Teus Braços à Volta de Mim".
Nos anos 80 vai para a 'Poligram' onde produz artistas de grande sucesso na época, como os 'Taxi', 'Heróis Do Mar' ("Amor" chega a tocar 54 vezes na RTP), Dina, as 'Doce' e lança Carlos Alberto Vidal como o 'Avô Cantigas'.
- O mestre Carlos Paredes considerava-te o seu produtor e amigo e sabemos que te pedia sempre conselhos, não era? - perguntámos nós, afirmando.
"Sim éramos muito amigos e ele era um perfeccionista. Era difícil levá-lo para o estúdio. Um dia ele foi dar um Concerto à Ópera de Frankfurt. Decidimos levar o carro de exteriores. Foi também o Tó Zé Brito e o técnico José Fortes, para além do Carlos do Carmo e do Fernando Alvim. Preparámos tudo e fizémos a gravação sem que ele soubesse. No final veio ter comigo e perguntou : 'Então amigo como saíu? Parece que fui bem!' - respondi-lhe que sim que foi muito bom. Uns tempos depois pedi-lhe que fosse comigo ao estúdio e disse-me logo, 'mas olhe que eu não quero gravar'. Pusemos a gravação e ele exclamou logo: 'Mas isto foi em Frankfurt! Afinal gravaram. Foi um bom concerto, mas sabe amigo, eu queria mudar aí umas coisinhas que não ficaram tão bem'. Impossível - contrapuz-lhe - agora já está tudo masterizado e está muito bom. O disco foi um sucesso tremendo", relata-nos António Pinho, com entusiasmo e satisfação.
Nos anos 90, António Pinho lança a sua empresa "Companhia das Ideias" e começa a escrever programas para a TV e a produzir música. O "Vitaminas" é um programa da sua responsabilidade, para crianças apresentado pelo Carlos Alberto Vidal e a Sofia Sá da Bandeira. Cria o "TOP +" que produziu durante um ano e onde lança a Catarina Furtado.
Escreveu programas para o Camilo de Oliveira e a Marina Mota e, claro, as letras para as músicas do Avô Cantigas.
- Neste século XXI o que é tens feito? - desafia-mo-lo.
"Desde 2002 dedico-me a fazer aquilo que me dá exclusivamente prazer, e se der dinheiro tanto melhor. Estou feliz e tranquilo.", responde-nos com a confiança dos grandes vencedores.
Escreveu programas para o Camilo de Oliveira e a Marina Mota e, claro, as letras para as músicas do Avô Cantigas.
- Neste século XXI o que é tens feito? - desafia-mo-lo.
"Desde 2002 dedico-me a fazer aquilo que me dá exclusivamente prazer, e se der dinheiro tanto melhor. Estou feliz e tranquilo.", responde-nos com a confiança dos grandes vencedores.
A 'Filarmónica Fraude' ainda se juntou em 2009 para um espectáculo em Tomar com 'A Quinta do Bill' e em Janeiro de 2010, para comemorar os seus 40 anos, voltou a juntar-se para uma última apresentação, também no Cine Teatro Paraíso em Tomar, num espectáculo lotado e muito bem conseguido (foto superior).
Em 2014 foi lançado um livro com a história do grupo, com a oferta de um E.P., em formato CD, com 4 músicas inéditas muito boas ("Maldefunto", "Cantiga Tamanha", "Sem Fim" e "Google Não É Zoo"). |
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Há mais de quatro décadas, James Taylor apagou o fogo com a chuva, regando as pessoas com amor aquecido pelas caldeiras de milhões de corações, quando lançou o seu primeiro grande êxito "Fire And Rain".
Talvez isso já fosse suficiente para muitos, mas James Taylor ainda teria muito trabalho musical para fazer, como o prova este novo álbum de Taylor, "Before This World", que nos chega 13 anos após seu último álbum de estúdio de músicas originais. Aos 67 anos, James Taylor ainda mantem todas as suas habilidades para compôr e nos aquecer os corações. |
"Before This World" é o seu primeiro trbalho desde 2002, quando editou "October Road". Acerca de dois anos atrás, preocupado com a possibilidade de nunca mais lançar um outro álbum de novas canções, James Taylor decidiu que precisava de mudar a sua vida quotidiana e refugiou-se num apartamento à beira-mar em Newport, Rhode Island, levando consigo a sua guitarra, um notebook e pouco mais. Aí, as coisas começaram a acontecer e surgiu um lote de canções, que ele completou com uma gravação no início deste ano, num celeiro da sua propriedade a oeste de Massachusetts, com Steve Gadd na bateria e Jimmy Johnson no baixo.
O resultado é uma colecção de canções melodiosas, num estilo Folk que é uma reminiscência do seu trabalho nos princípios dos anos 1970, e que ele próprio apresenta neste vídeo:
O resultado é uma colecção de canções melodiosas, num estilo Folk que é uma reminiscência do seu trabalho nos princípios dos anos 1970, e que ele próprio apresenta neste vídeo:
A lista de canções apresentadas neste álbum são todas da autoria de James Taylor, excepto "Wild Mountain Thyme":
1. "Today Today Today" 3:09
2. "You and I Again" 3:52
3. "Angels of Fenway" 3:18
4. "Stretch of The Highway" 5:32
5. "Montana" 3:25
6. "Watchin' Over Me" 4:07
7. "SnowTime" 5:48
8. "Before This World / Jolly Springtime" (com Sting) 5:34
9. "Far Afghanistan" 4:04
10. "Wild Mountain Thyme" 2:56
Numa apreciação global, "Before This World" é uma coleção de lindas e inteligentes melodias, sublimemente compostas por James Taylor, que mostra que ele voltou com toda a sua veia criativa, como neste novo hino - "Before This World", que ele canta com Sting:
1. "Today Today Today" 3:09
2. "You and I Again" 3:52
3. "Angels of Fenway" 3:18
4. "Stretch of The Highway" 5:32
5. "Montana" 3:25
6. "Watchin' Over Me" 4:07
7. "SnowTime" 5:48
8. "Before This World / Jolly Springtime" (com Sting) 5:34
9. "Far Afghanistan" 4:04
10. "Wild Mountain Thyme" 2:56
Numa apreciação global, "Before This World" é uma coleção de lindas e inteligentes melodias, sublimemente compostas por James Taylor, que mostra que ele voltou com toda a sua veia criativa, como neste novo hino - "Before This World", que ele canta com Sting:
DESMOND DEKKER O cantor e compositor Desmond Dekker nasceu nos subúrbios de Kingston, na Jamaica, como Desmond Adolphus Dacres. A seguir à morte da sua mãe teve que ir à procura de trabalho, o qual consegue encontrar em Kingston, numa oficina de soldagem, onde trabalha ao lado de Bob Marley. Com interesses musicais comuns, Dekker começa a mostrar os seus talentos a Marley, que o encorajou a prosseguir uma carreira musical, particularmente no Ska e no Reggae, não esquecendo o Rock. Com 20 anos, Desmond consegue uma audição junto de uma gravadora na Jamaica, antes mesmo e Derrick Morgan, que se tornou a maior estrela da gravadora "Beverley". No entanto não conseguiu editar nenhum disco, senão dois anos mais tarde - "Honour Your Mother And Father", que se tornou o seu primeiro êxito e quando decidiu mudar o seu nome artístico para Desmond Dekker. |
Dekker atingiu a fama internacional ràpidamente, com o seu 4º disco, "King Of Ska", que o tornou numa das maiores estrelas musicais da Jamaica.
Logo a seguir Desmond Dekker decide contratar 4 músicos para seu suporte vocal, Clive Campbell, Barry Howard, Carl Howard and Patrick Howard, a quem deu o nome 'The Four Aces', que mais tarde abreviariam para 'The Aces' e com os quais editou os seus maiores êxitos.
Logo a seguir Desmond Dekker decide contratar 4 músicos para seu suporte vocal, Clive Campbell, Barry Howard, Carl Howard and Patrick Howard, a quem deu o nome 'The Four Aces', que mais tarde abreviariam para 'The Aces' e com os quais editou os seus maiores êxitos.
Em 1967, Dekker decide mudar o contexto da sua música, cantando àcerca da violência da sociedade, reinventando-se como um rebelde, e a edição de uma série de canções como "Rude Boy Train" e "Rudie Got Soul" fizeram de Mr. Dekker um insolente herói urbano da Jamaica, conforme escreveu o 'New York Times', em Maio de 2006, num editorial sobre o seu obituário.
Ainda em 1968, ganhou o Festival da Canção da Jamaica e no ano seguinte lança o single "Israelites" (com o qual vos convidamos a dançar e a cantar com a Onda Pop), que chegou ao topo do Hit-Parade britânico e se tornou o maior sucesso da sua carreira.
Ainda em 1968, ganhou o Festival da Canção da Jamaica e no ano seguinte lança o single "Israelites" (com o qual vos convidamos a dançar e a cantar com a Onda Pop), que chegou ao topo do Hit-Parade britânico e se tornou o maior sucesso da sua carreira.
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Abracadabra decidiu ter uma experiência mágica e arriscada como caçador de cabeças e tentou receber a recompensa prometida no cartaz "Wanted Dead Or Alive (Bang Bang Push, Push, Push!)", pelo que foi ver se encontrava os procurados "The Joe Cuba Sextet", mas de caçadores passámos a caçados, pois a mistura de percussão quente latina, com as chamadas-e-respostas R&B ("Bi -bi ... hah! Bi -bi ... hah!") levou-nos à rendição pela sua música.
O êxito de 1966, "Bang Bang", um Boogaloo latino do congalero Joe Cuba tinha sido o motivo porque as autoridades os queriam encontrar mortos ou vivos, pois tinham com essa música estourado através da Rádio, como sendo a festa de rua mais extasiante de sempre, em New York.
O lider do grupo, Gilberto Calderon, foi um dos pioneiros do movimento Soul Latino dos anos 60, que incluía a loucura dançante dp Boogaloo, que mais tarde, nos anos 70, evoluíria para a Salsa. Era considerado um gigante da música latina no meio musical nova-iorquino.
Este álbum "Wanted Dead Or Alive", pouco conhecido na Europa, é no seu todo um pacote irresistível de música latino-cubana, mas são os terramotos estridentes de músicas como "Oh Yeah", "Sock It to Me" e "Push, Push, Push" que desencadearam uma explosão atômica musical, durante três anos, pois as audiências latinas, negras e brancas compraram mais de um milhão de cópias do single "Bang Bang", que se tornou um standard não só de outros músicos latino-americanos, mas de artistas de Jazz, como Les McCann ou David Sanborn.
Eis a lista dos crimes de que Joe Cuba e o seu sexteto são acusados no álbum "Wanted Dead Or Alive":
O êxito de 1966, "Bang Bang", um Boogaloo latino do congalero Joe Cuba tinha sido o motivo porque as autoridades os queriam encontrar mortos ou vivos, pois tinham com essa música estourado através da Rádio, como sendo a festa de rua mais extasiante de sempre, em New York.
O lider do grupo, Gilberto Calderon, foi um dos pioneiros do movimento Soul Latino dos anos 60, que incluía a loucura dançante dp Boogaloo, que mais tarde, nos anos 70, evoluíria para a Salsa. Era considerado um gigante da música latina no meio musical nova-iorquino.
Este álbum "Wanted Dead Or Alive", pouco conhecido na Europa, é no seu todo um pacote irresistível de música latino-cubana, mas são os terramotos estridentes de músicas como "Oh Yeah", "Sock It to Me" e "Push, Push, Push" que desencadearam uma explosão atômica musical, durante três anos, pois as audiências latinas, negras e brancas compraram mais de um milhão de cópias do single "Bang Bang", que se tornou um standard não só de outros músicos latino-americanos, mas de artistas de Jazz, como Les McCann ou David Sanborn.
Eis a lista dos crimes de que Joe Cuba e o seu sexteto são acusados no álbum "Wanted Dead Or Alive":
1. Bang! Bang!
2. Mujer Divina 3. Oh Yeah 4. La Malanga Brava 5. Que Son Uno 6. Sock It to Me 7. Asi Soy 8. Triste 9. Alafla 10. Push, Push, Push 11. Cocinando |
Após ouvirmos este álbum, não resistimos e entrámos para o bando... de seguidores dançantes de The Joe Cuba Sextet... e agora procurem-nos e levem-nos mortos ou vivos, se nos conseguirem apanhar neste ritmo enlouquecedor.
Nesta semana o destaque vai para o 8º lugar da nossa Parada, 'Think It All Over'' interpretada por Sandie Shaw e que foi o seu último êxito da década de 60 a entrar nas paradas internacionais e também a última canção que Chris Andrews compôs para ela.
'Think It All Over' obteve a sua melhor classificação nos hit-parades mundiais (4º lugar) na África do Sul.
Sandie Shaw só voltou a entrar no Top 40 da Grã-Bretanha, 15 anos depois com 'Hand In Glove'.
'Think It All Over' obteve a sua melhor classificação nos hit-parades mundiais (4º lugar) na África do Sul.
Sandie Shaw só voltou a entrar no Top 40 da Grã-Bretanha, 15 anos depois com 'Hand In Glove'.