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Onda Pop

A primeira publicação periódica sobre música pop-rock em todo o Portugal (Continental, Insular e Ultramarino).

Semanalmente aos sábados no maior jornal de Moçambique - o "Notícias" de Lourenço Marques, desde 31 de Agosto de 1968.


Onda Pop
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                   JORGE MONTENEGRO 

​                         (aka ANTÓNIO MONTENEGRO)


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Dia 11 de Maio de 2015, recebemos pela voz ainda em choque de Carlos Melo a triste notícia de que o nosso querido amigo Jorge Montenegro nos deixara na Terra, mas sabemos que uma nova estrela ficará brilhando eternamente no Universo.


Jorge Montenegro foi um daqueles amigos eleitos que abrilhantou tantos dos nossos momentos de alegria e felicidade com a sua música e com o seu virtuosismo, que foi espalhando por Portugal, Moçambique, Rodésia, África do Sul, Reino Unido, Austrália, Dubai, Singapura, Hong-Kong, Taiwan e Brasil.
Há poucas semanas tinhamos lhe pedido que nos fizesse uma resanha da sua vida musical e, com a sua humildade, foi tentando evitar escrever sobre ele próprio, mas após tanta insistência nossa e o apoio do Carlos Melo (aka Carlos Nelson), seu companheiro e lider nos Inflexos, enviou esse solicitado resumo, a que chamou "A Antologia Musical de Jorge Montenegro", a qual vos apresentaremos durante as próximas três "Ondas Pop", já que a sua carreira teve onze fases diferentes e provàvelmente será uma das carreiras mais ricas internacionalmente de qualquer músico português. 
Não imaginávamos que a nossa estratégia para publicação já não seria acompanhada pelo Jorge, mas nada será mais completo e justo que a publicação na íntegra dessa sua histórica missiva, que publicaremos e a qual ele assina e dedica a todos os músicos e amigos e que aqui transcrevemos como uma sua última mensagem para todos nós:
"A todos os meus queridos amigos e músicos, mesmo aqueles que não  mencionei aqui pelo seu nome... vocês não foram de forma alguma Esquecidos. 
Foi um privilégio, tocar, trabalhar e colaborar com todos e cada um de vocês.
Sinceramente
Jorge Montenegro"

Fase 1 :
1- Portugal - O Essencial de Instrumentação: piano acordeão Scandalli / viola-baixo Eko / órgãos Vox Continental e Honher/ Guitarra acústica 
Grupos / Conjuntos : "Os Electrónicos",  "Os Siderais" e "Os Pacles"
 
"Com a idade de 14 anos, quando retorno de Moçambique para Portugal, queria prosseguir os meus estudos músicais de acordeão de teclas no Conservatório Nacional! Infelizmente o acordeão de teclas não tinha estatuto para fazer parte do reportório de Orquestra !
Não desisti mas infelizmente não aceitei a oferta para me dedicar ao estudo do Piano ( no que é que eu estava a pensar ?) . Mas decidi estudar o reportório clássico em regime particular com o Professor Maestro ("P" e "M" em maiúsculas) João Pedro! Era um especialista em transcrever o reportório clássico de piano para acordeão de teclas! Então, Vivaldi, Monti, etc, etc, tornaram-se-me familiares! 
Nesta altura, com 15 anos no colégio Salesianos no Estoril (onde estudava), conheci um grande guitarrista João Robalo, na altura uns anos mais velho que eu! 
Imediatamente começámos a tocar algumas músicas e ele apresentou-me à minha primeira banda, um "típico Conjunto de Baile", de que o João era membro, e fui então convidado para participar desse grupo. Depois desse começo pouco convencional, o João Robalo e eu, encontrámos o Victor "Carocha" Queiroz e com a adição de Mário Covas "Faraoh" para a bateria, resolvemos formar o conjunto: 'Os Electrónicos'".

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Os Electrónicos, da esq. para a dir.: João Robalo (viola solo); Victor "Carocha" Queiroz (viola-ritmo); Mário Covas "Faraoh" (bateria) e Jorge Montenegro (viola-baixo), acompanhando o cantor Fernando Conde (ídolo da época)
O video que seguidamente apresentaremos foi gentilmente postado na net pelo Victor "Carocha" Queiroz (ex-membro de Os Electrónicos e de Os Siderais, e portanto colega e amigo do Montenegro) e nele aparece o Jorge Montenegro em diversas fotos da montagem dos mesmos. Uma óptima recordação!
"A febre do Cliff Richard e dos Shadows era evidente e de grande influência na formação típica dos conjuntos: uma guitarra-solo, uma guitarra-ritmo, uma viola-baixo e uma bateria. Nesta fase já estava à vontade com acordes e até um pouco de solo na guitarra, mas como não havia ninguém para tocar viola-baixo, avancei  e  depois de algum tempo e esforço aprendi a tocar viola-baixo, por mim próprio, pois não havia tempo disponível para qualquer outro processo de aprendizagem, entre os meus estudos académicos e as actividades do conjunto. Nesta altura Os Electrónicos estavam por todo o lado, actuando portanto com 0s mais populares da época, isto é Os Conchas, Daniel Bacelar, Victor Gomes e os Gatos Pretos, etc. Por isso tive a sorte de ouvir o Thilo's Combo, e conhecer o Thilo Krassmann  um alemão e lider da banda, que me influenciou na forma de tocar viola-baixo, o "grande (em todos os aspectos)" baterista Rueda e o soberbo guitarrista Carlos Meneses (que tocava no conjunto de Shegundo Galarza) e que foram uma autêntica inspiração para mim ao ouvi-los. Quero salientar também o privilégio de ter conhecido o grande guitarrista João Sintra, bem conhecido nos círculos musicais.
Com "Os Electrónicos" percorri Portugal inteiro, contratados pela distribuidora de filmes "Rivus", por causa do filme "Summer Holiday" de Cliff Richard e os Shadows, actuando antes ou após a exibição do filme nas diversas salas de cinema do país. Sentimos na época um pouco do sabor da adulação por parte dos fans... assinaturas de autógrafos, sessões de fotos, imprensa, etc. Assim fomos também à Ilha da Madeira e aqui, em colaboração com o Trio Odemira, fizemos parte do juri de um concurso de bandas no Funchal e elegemos como vencedores o Conjunto Académico de João Paulo, com o depois famosíssimo  vocalista Sérgio Borges. 
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Nesta foto o Victor Queiroz e o Jorge Montenegro dão os parabéns aos membros do Conjunto Académico de João Paulo e é de notar que em vez de Jorge Montenegro, aparece o nome de António Montenegro, que era o seu nome de guerra da época e que aparece mencionado em diversos livros sobre o Rock e o Ié-Ié em Portugal.
ImagemOs Siderais/Os Pacles (foto gentilmente cedida pelo Victor Queiroz ao Jorge Montenegro)

"Com os 'Electrónicos', eu e o Victor "Carocha" sentimo-nos estagnados e armadilhados dentro do conceito 'Shadows' ao mesmo tempo que estavam  a despontar conjuntos como The Beatles e The Searchers, que seguiam um novo conceito e se destacavam dos convencionais Shadows.
Então nós os dois resolvemos prosseguir a nossa carreira musical nessa nova direcção, com mais harmonias e vocais, e juntámo-nos a 'Os Siderais', onde fazíamos covers dos Searchers, dos Dave Clark 5, dos Beatles, etc... direcção essa que nos levou mais tarde a mudar o nome para 'Os Pacles'  (de PAC - Produções Arlindo Conde), com os mesmos membros

Notas da Onda Pop:
1 - Arlindo Conde (pai de Fernando Conde) foi um importante empresário e produtor no início dos anos 60, que organizava, todos os domingos de manhã, o passatempo PAC, que tinha lugar no cine-teatro Eden, em Lisboa;
2 - O video, que vos propomos é um video concebido por Victor Queiroz, com o audio inédito de uma gravação de Os Siderais, "Um Breve Olhar" (uma composição do viola-baixo, Fernando Maurício). 
Os Siderais que, embora tenham gravado discos E.P.s acompanhando o Daniel Bacelar - "Daniel Bacelar" (1966) e o Victor Gomes - "Juntos Outra Vez" (1967), nunca gravaram em seu nome próprio.
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"Só que é nesta altura que se dá o "Big Bang", um ponto de viragem na minha vida! Eric Burdon & The Animals, os Manfred Mann ou os Dave Clark 5, com os seus órgãos 'Vox Continental'... wow... eu tinha que ter um! E assim apressei-me a encomendar um ao próprio Gouveia Machado (dono de uma loja de instrumentos musicais, ) e fiquei orgulhoso ao saber que era o primeiro proprietário, fora do Reino Unido, de um 'Vox Continental'. Tinha ido ouvir em Cascais , o conjunto espanhol 'Los Brisks', que usavam um órgão 'Honher' em vez da utilização das convencionais 3 guitarras e fiquei totalmente obcecado pelo som de um órgão num conjunto. Daí surge o meu Vox
Só que as exigências se tornam cada vez maiores e tive que parar. A prioridade agora tinha de passar a ser os estudos académicos, pois tinha que fazer o exame do 5º ano do liceu, tendo transitado da Escola Técnica . Tempos difíceis sem a música!... mas daí em diante dar-se-ia o ponto de viragem da minha vida , ao deixar de viver em Portugal.
Fase 2:
Moçambique - Instrumentação principal: - órgão Vox/ órgão Farfisa compact duo/ órgão Yahmaha Electone 
Grupos/Conjuntos: "Os Corsarios"; "Os Inflexos"
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"Voltei a juntar-me à minha família, em Lourenço Marques, Moçambique, e voltei a encontrar o meu amigo e primeiro professor de música - Nelson Barbosa. Fui então convidado para me juntar ao conjunto dele - "Os Corsários", com Joe Mendes como vocalista, o Nelson Barbosa na viola-baixo, o Hélder Matias na viola-solo, o Alexandre Loureiro na viola-ritmo e o Carlos Alberto Silva na bateria. Era então uma das bandas com maior reputação em L.M.
Entretanto reparei num grupo novo ,diferente..."Os Inflexos", com uma nova estrutura sonora e e felizmente fui convidado para fazer parte desse novo projecto. 
Os Inflexos conduziam a música numa direcção  que achei atractiva. Tinham a visão e determinação para se distinguir dos outros através de muito trabalho, virado para as novas tendências, quer musicais, quer visuais. Esta era uma banda onde aprendi organização, disciplina, sistematização e logística, e quase tudo o que era preciso para manter e levar avante um verdadeiro conjunto musical. 

O líder, com toda essa competência, Carlos Melo, era um amigo, um gestor humano e um motivador ( poderia escrever um livro só àcerca das suas capacidades), cujos atributos deixou infelizmente de usar depois que terminou o projecto "Inflexos, fase 2".
Eu aprendi tanto e em tão curto espaço de tempo com 'Os Inflexos', que apliquei muita dessa metodologia também na  minha carreira de Arquitectura. (mais alguns detalhes deste conjunto "Os Inflexos" podem ser vistos em 'ondapop.pt' e também no 'Youtube')."
Ilustramos esta antologia do Jorge Montenegro com dois temas gravados, em gravador de bobine, pelo grande obreiro e lider de Os Inflexos, Carlos Melo, que, com a sua elogiada organização, fez aquilo que a quase totalidade dos conjuntos portugueses e moçambicanos nunca fez: gravar os seus espectáculos ou ensaios. Neste caso serão duas músicas tocadas ao vivo no auditório do Rádio Clube de Moçambique, até com a apresentação dos membros do conjunto. Um documento imperdível, só possível pela gentileza do Carlos.
Este conjunto percorreu vários estilos e objectivos musicais, devido à inevitável mudança de músicos que o compuseram.
Quando me integrei o grupo era constituído pelo seu líder e vocalista - Carlos Melo, por Carlos Saavedra na bateria, Zé Belchior na guitarra e "Xico" Pereira no baixo. Depois, devido ao serviço militar obrigatório o conjunto sofreu  uma primeira reforma, entrando para o grupo dois ex-membros de "Os Corsários" - o Hélder Matias (guitarra) e o Carlos Alberto Silva (bateria), que substituíram respectivamente o Zé Belchior e o Saavedra.
'Os Inflexos' ganharam vários prémios e menções, sendo a mais importante 'A Moçambicana', que lhes foi atribuído merecidamente pelo seu trabalho  e dedicação. 
Também surgiu um contrato de gravação com uma editora sul-africana.
 Mas uma vez mais o espectro musical mudou em1967  e iria influenciar-me  para o resto da minha vida: Procol Harum e a introdução em 'A Whiter Shade Of Pale" com o glorioso som do órgão 'Hammond'. Eu tinha que a aprender a tocar  e  o Carlos viu-se obrigado a emprestar-me o seu gravador de fita e ouvi todos os detalhes da composição até que conseguimos tocá-la!! Mas não me saía do cérebro aquele som majestoso do 'Hammond' e do 'Lesley', que a nossa limitada tecnologia nunca iria permitir...eu adormecia, sonhava e vivia aquele som. Até que comprei um órgão 'Yamaha Electone', como prémio de consolação, pois um 'Hammond' era para mim uma ilusão em Moçambique.
Nessa mesma época conheci o Luís Miguel Oliveira (capitão do exército), que era um óptimo compositor e colaborador de 'Os Inflexos', e que passava todo o seu tempo disponível no meu apartamento, à volta do meu órgão 'Yamaha', trocando ideias musicais comigo.

Tristemente para mim, tive que deixar 'Os Inflexos' por dois  motivos essenciais: 
- O primeiro foi dar ao Carlos Melo a oportunidade de ele ir numa nova direcção com o conjunto , conforme ele desejava: a segunda geração de 'Os Inflexos', com novas pistas musicais, com novo sangue  e com novos músicos, e que me agrada dizer teve também imenso sucesso; 
- O segundo motivo foi eu ter decidido  deixar Moçambique e ir para a Rodésia (Zimbabwe) para dar um passo decisivo no meu curso e carreira  de arquitectura. Doravante, Arquitectura e Música tornaram-se parte integrante da minha vida. A minha carreira de arquitectura levou-me a vários lugares à volta do mundo, ampliando assim a minha Palette Musical ao estar em contacto e ter trabalhado em colaboração com outros músicos na Europa, África, Austrália, América do Sul e Ásia.
Adeus Moçambique!  Olá Rodésia!".

Estas fases seguintes da carreira descritas pelo próprio Jorge Montenegro serão publicadas nas próximas Ondas Pop, numa merecida homenagem, que encerramos por hoje com um agradecimento à colaboração do seu amigo Carlos Melo. Também em reacção à triste notícia,   outro extraordinário músico e organista, o João Maurílio, teve uma frase a que se associam através de nós o Carlos Melo, o Carlos Alberto Silva, o Hélder Matias, o Carlos Duarte e os membros da Onda Pop, especialmente este seu amigo Zé Couto:

"Que Deus o abençoe! E agradecemos a sua música e o bem-estar que ela proporcionou a tanta gente." - João Maurílio.


"A pedra angular da minha influência musical tem mais de 300 anos! J.S. Bach! Nenhum outro compositor explorou a escala cromática como ele o fez; os seus 'prelúdios' fornecem-me as ferramentas de inspiração " - Jorge Montenegro
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NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
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Neil Young acaba de anunciar o lançamento do seu novo álbum "Monsanto Years", no próximo dia 16 de Junho.


Neil Young lança esse novo álbum em parceria com os filhos do grande cantor Willie Nelson (Lukas e Micah) e com "Promise Of The Real", o conjunto de Lukas Nelson (guitarra) e que é constituído por Anthony LoGerfo (bateria), Tato Melgar (percursão) e Corey McCormick (baixo).
O álbum "Monsanto Years" inclui 9 novas composições de Neil Young denunciando a empresa "Monsanto", fabricante de agro-tóxicos e os seus parceiros como a famosa rede de cafés "Starbucks", merecendo até o título de uma das faixas do álbum - "Rock Starbucks". Outras canções deste álbum sempre focadas num apelo ao boicote à "Monsanto", são entre outras "Too Big To Fail", "Seeds" ou "Monsanto Years".
Neil Young faz parte do grupo de celebridades e cientistas que pede a suspensão de licenças ambientais para cultivo e venda de transgénicos, chamando a atenção para os prejuízos causados pelos OGMs (organismos genéticamente modificados) e que trazem graves consequências à saúde do ser humano e dos animais em geral, devido ao potencial de transferência horizontal de genes, que inclui a difusão de gêneses marcadores de resistência a antibióticos, a ponto de tornarem incuráveis algumas doenças infecciosas e promoverem a criação de novos vírus e bactérias causadores de doenças e mutações. 
Por isso, as actuais técnicas que exploram processos vivos não são consideradas confiáveis, mas sim "incontroláveis e imprevisíveis”, numa altura em que os governos de vários países desenvolvidos impõem através de leis a utilização expansiva de sementes transgénicas (que já está bem difundida nas culturas de beterraba, milho, tomate, laranja e de café) e recentemente esses governantes decidiram que não será necessário colocar nas fórmulas e composições expressas nas embalagens, se são transgénicos ou não, não dando assim oportunidade aos compradores mais avisados de poderem escolher com segurança produtos não-transgénicos. 
É precisamente sobre esta isenção de avisar a inclusão de transgénicos nas composições de diversos alimentos, que se debruça Neil Young neste seu novo álbum, denunciando a tirania que se instalou nas grandes culturas e na fabricação de produtos alimentares.
Porquê a "Monsanto"? 
Porque é a maior empresa do mundo fabricando sementes transgénicas e que começou esta sua ascendência com as "invenções" da sacarina e do aspartame, que tanta gente aderiu desavisadamente. 
Só por curiosidade informamos que o segundo e terceiro maiores fabricantes de transgénicos são a "DuPont Pioneer" e a "Syngenta", que em conjunto com a "Monsanto" representam mais de 53% do mercado mundial desses agro-tóxicos, com os apoios de diversos governos do mundo. 
Vale a pena votar nessas "nossas" queridas corjas de representantes legais!
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Durante o próximo mês de Julho, Neil Young com Lukas e Micah Nelson vão fazer 13 concertos divulgando o novo disco e denunciando mais um crime para a humanidade e a vida animal.
Para vos dar um aperitivo (sem agro-tóxicos) do que vai ser esse novo álbum de Neil Young, propomos a audição de uma gravação ao vivo de "Monsanto Years",  durante um concerto no passado dia 16 de Abril.
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        A FAMOSA MARIA
Imagem1968 - Maria sendo entrevistada por António Luis Rafael nos estúdios da SABC








Maria estava em Lourenço Marques para uma apresentação e uns programas no RCM .Tinha sido convidada pela dupla Carlos Sommer (já falecido) e António Luís Rafael. Aliás durante 1969 /70 e /71 estes dois senhores vão trazer a LM muitos e bons artistas sul-africanos. António Luís Rafael era um dos mais conceituados locutores da Rádio Clube de Moçambique. No fim do ano anterior já havia estado a entrevistá-la na SABC, a rádio sul-africana.
Falámos com ele,hoje nos seus belos 82, ainda com projectos. Maria partiu muito cedo,que recordações ainda pode ter de Maria.
"Muito poucas, era uma rapariga muito simpática, cantava muito bem, e . quando esteve em LM, era a primeira vez que  lá ia desde que  a deixara aos 2 anos. Gostou muito da cidade e das pessoas. já falámos de Maria na Onda Pop nº 20.Na entrevista que publicamos mais um pouco se fica a conhecer. Do António Luís Rafael vamos falar na  OPnº 77.
Para ilustrar este artigo escutemos Maria em "I'm On Fire".
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                              EUROVISÃO 69
     SIMONE DE OLIVEIRA
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Este foi um dos mais polémicos Festivais da Eurovisão. Realizou-se em Madrid no Teatro Real. O sistema de votação tinha sido alterado e no final estavam 4 países empatados com 18 pontos cada. Espanha com "Vivo Cantando", Reino Unido com "Boom, Bang A Bang", França com "Un Jour Un Enfant" e Holanda com "Troubador".
No final o júri atribuíu a vitória à Espanha.
Falámos com Simone sobre a surpresa que foi a "Desfolhada" ter ficado quase em último, quando os críticos lhe atribuiam uma boa classificação.
"Quando terminou a votação os artistas e jornalistas vieram ter comigo desculpando-se da votação dos respectivos países e que eu saiba eles não tinham culpa nenhuma. Quando chegámos ao hotel havia muita confusão e muita gente. Só depois percebi que era o Ministro, salvo erro da Cultura, que me esperava, também para se desculpar pelos  seus concidadãos. Salientou que estava ali, não como Ministro mas como cidadão".

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E quando chegou a Portugal teve uma recepção  nunca antes vista!
"Sim, tive uma das maiores recepções que um artista poderia esperar. Fiquei muito emocionada com o carinho que todos me dedicaram. Penso que tratando-se de uma canção de Liberdada ela também era uma pedrada na carcaça do regime". 
A Imprensa da época falava em mais de 20 mil pessoas.
consegui. Ao mesmo tempo mostrei que aos 77 anos não temos de nos envergonhar da idade que temos e talvez ajude a libertar muita 'minhoquice' e 'cinzentismos' deste País para com a 3ª idade". 
Só temos de lhe dar os parabéns pela sua coragem e pela lição que talvez ajude a muita gente. Esperamos que tenha ajudado aqueles que já cá andam há muitas décadas e se queiram sentir jovens.
"A idade está na nossa cabeça e só deixamos de ser jovens quando deixamos de acreditar. Ainda hoje continuo a dar espectáculos e sempre de viva voz, nunca em playback".

Pelo menos Simone conquistou um novo recorde. A artista com mais idade que entrou num Festival da Canção RTP. O desafio está lançado, quem a quer superar?
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Simone quantas vezes foi a Moçambique ?
"Estive em Loureço Marques em 66 e 67, quando ganhei o prémio da Imprensa, a "Moçambicana". 
(nota: ver foto na OP nº8 no art. Inflexos.)
A sua carreira foi muito forte e variada, mas foi precisa muita coragem para voltar ao Festival RTP ?
"Querido, quando me convidaram disse logo que não, que o tempo agora era para as novas gerações, mas as insistências continuaram e acabei por ceder. Também tanto a letra como a música me agradaram. Queria pelo menos passar a eliminatória, o que









​Como nas próximas páginas vão sair as letras das canções "Vivo Cantando" a grande vencedora e de "Boom Bang a Bang", nessa altura serão colocadas as músicas. Assim colocamos as outras duas que ficaram ex-aequo no 1º lugar na votação, a França e a Holanda. Também colocámos a canção do Luxemburgo, "Catherine" por Romualdo, por ter sido a preferida de um dos elementos da Onda Pop.
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INSTANTÂNEO                   B.B. KING
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B.B. King morreu na quinta-feira, aos 89 anos, em razão de complicações da sua saúde, que começou a fazer preocupar os seus fãs após um internamento hospitalar, em Abril, devido a uma desidratação. Ele tinha diabetes tipo 2 e recebia cuidados médicos em casa.

Um dos últimos remanescentes do time de “lendas do blues”, King seguiu firme na estrada, no palco e nos estúdios enquanto a saúde permitiu.
Em 2007, quando os diabetes e um problema nos joelhos passaram a restringir a sua permanência em pé, prometeu “tocar até a morte”. Reduziu o número de shows, mas ainda fazia quase cem apresentações por ano já octogenário.
Na sua trajetória de mais de 60 anos, King, com a sua voz potente e as suas performances vigorosas, fez pelo blues algo parecido ao que Louis Armstrong (1901 – 1971) fizera pelo jazz: transcendeu o gênero para se firmar como um ícone da cultura pop. King percorria um espectro musical abraçado tanto por puristas do blues quanto por jovens roqueiros. Abraçou diferentes gerações subindo ao palco com Jimi Hendrix, Rolling Stones, Eric Clapton, U2 e até com o nosso Rui Veloso, entre outros nomes.

A infância de Riley Ben King, nascido em 16 de setembro de 1925 no Mississippi, foi parecida com a de centenas de milhar de meninos negros que trabalhavam nas plantações de algodão do sul dos Estados Unidos. O jovem King, órfão, teve a sorte de contar durante a adolescência com o apoio protetor de Bukka White, seu primo. Este guitarrista, muito renomado na região, deu as primeiras aulas de guitarra ao futuro génio e levou-o a descobrir a grande cidade da música, Memphis, para onde se mudou em 1947.


A partir daí B.B. King passou a conviver com nomes como Sonny Boy Williamson e tocava regularmente na Beale Street, conhecida como a Broadway da música negra nos EUA, onde mais tarde abriria um clube com o seu nome. A sua carreira ganhou fôlego em 1949 ao ser contratado como DJ de uma rádio e ganhar o apelido que o eternizou, Blues Boy (B.B.). Com apoio de Ike Turner, King estreou-se com Three O’Clock Blues, seu primeiro hit, em 1951 e decidiu seguir carreira na música.
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Ao longo dos anos, B.B. King desenvolveu um dos estilos de guitarra mais fàcilmente identificáveis do mundo. Ele absorveu esse estilo de Blind Lemon Jefferson, T-Bone Walker e outros, integrando as suas vocalizações precisas e complexas com o seu vibrato da mão esquerda e ambas tornaram-se componentes indispensáveis do vocabulário de qualquer guitarrista de rock. 
Foi um modelo para milhares de artistas, de Eric Clapton e George Harrison a Jeff Beck. 
B.B. King misturou o blues tradicional, jazz, swing, pop e criou um som único. 


Além das qualidades musicais, B.B. King, foi condecorado, em 2006, com a “medalha presidencial da liberdade”, a principal distinção civil dos EUA e sempre fez questão de passar uma imagem positiva do músico de blues, sem problemas com drogas e violência que, infelizmente, marcaram muitos contemporâneos seus.
Ficou famoso por canções como 'The Thrill Is Gone' e 'How Blue Can You Get'.


O músico B.B. King, considerado o "Rei do Blues" é integrante do "Rock and Roll Hall Of Fame", desde 1987.

“The blues was bleeding the same blood as me.”, costumava afirmar B.B. King para justificar o seu sucesso no blues e nós afirmamos: O sangue que sangra do Blues  é o mesmo que era o teu e que é o nosso - é o sangue da alma musical.
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1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK 

Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).

Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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OS 100 MELHORES ÁLBUNS DE 1955 A 1975

80 - 
79 - 
BLOOD SWEAT AND TEARS - 
BLOOD SWEAT AND TEARS 
Columbia (1969)
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No início de 1969, o movimento psicadélico estava em fase de enfraquecimento. A turbulência social do ano anterior já provara que nem tudo estava bem na sociedade. E enquanto alguns conjunto tomaram o rumo e o seu tempo para lidar com a agitação social, outros preocuparam-se mais em continuar a experimentação musical típico da época. 
"Blood, Sweat & Tears" foi uma dessas bandas.

Depois de dispensarem Al Kooper, que tinha sido pràticamente o único fundador da banda, os membros restantes recrutaram o vocalista David Clayton-Thomas, e então foi dada uma dinâmica totalmente diferente para o seu segundo álbum com o título epónimo de "Blood Sweat And Tears".
Desta vez, a secção de sopro é usada quase ao nível do que uma guitarra era usada num grupo de rock convencional, na época.

E o manancial de composições que eles usaram é alucinante, pois não tiveram medo de o descobrir nas fontes mais incomuns. Os Blood Sweat & Tears foram recuperar "Smiling Phases" dos Traffic, "God Bless The Child" de Billie Holliday, "And When I Die" de Laura Nyro  ou "You Make Me So Very Happy" de Brenda Holloway e transformar os originais de tal forma, que estes são reconhecidos como produto dos Blood Sweat & Tears e foram esquecidas as gravações originais. 
Al Kooper pode não ter concordado com o novo estilo de música que estava sendo feito por esta banda, mas o som do órgão dele está onipresente em "God Bless The Child", pelo que é injusto esquecer o nome de Al Kooper quando se fala dos BS&T. 
O álbum "Blood, Sweat & Tears" foi pràticamente a banda sonora de 1969, atingindo o topo das paradas por semanas a fio, gerando três 2ºs lugares nos singles e conseguindo o disco de platina, ainda antes de platina ser uma designação oficial para esse nível de vendas.

A NIGHT AT THE OPERA - 
QUEEN
EMI (1975)          
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Estávamos em 1975 e os "Queen" já tinham editado 3 álbuns, que variavam entre o bom e o espantoso. Eles já tinham feito tudo na música - Rock clássico, Hard Rock, Metal, Punk, Ragtime, Música caribenha, pop, opereta, baladas e tudo a um nível altamente experimental em termos de sons, resultando sempre maravilhosamente. Então até onde é que os "Queen" poderiam chegar com este novo álbum?
Certamente a algum resultado muito bom... e foi o que aconteceu.
Onde é que os "Queen" encontraram tanta creatividade, provàvelmente nunca o saberemos, mas Freddie Mercury era realmente um génio musical, quando se sentava ao piano e começava a escrever canções.
A magnitude da sua voz poderia ser qualificada como a melhor voz de sempre do rock, pois ele poderia cantar qualquer tipo de canção, como o prova neste álbum "A Night At The Opera".
Mas claro que, normalmente, existe sempre um problema quando um grupo tem um super-poderoso como Freddie Mercury, pois qualquer outro membro do conjunto dificilmente sairá da sombra dessa sua super-estrela. Mas não era o caso dos Queen, onde Brian May também sobressaía com a sua guitarra e com os seus riffs. John Deacon muitas vezes aparece em evidência com o seu baixo e também era um considerável compositor e Roger Taylor era a cola que fazia a ligação de todo o grupo através da sua bateria, para além de cantar algumas canções.

"A Night At The Opera" será lembrado pela sua produção bombástica e meticulosa e pela variedade de composições, desde a deslumbrante "You're My Best Friend" e a McCartnesca "39", passando pelo estilo music-hall de "Lazing On A Sunday Afternoon", até aos metal-rock "Death On Two Legs" e "I'M In Love With My Car".
"A Night At The Opera" é o álbum essencial dos "Queen".

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78 - 
77 - 
CLOSE TO THE EDGE - YES
Atlantic (1972)
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43 anos atrás esta criação musical foi revelada para o mundo e, consequentemente, demoliu as barreiras da expressão artística do rock.
A música, as letras, a arte da capa e a produção deste álbum são um paradigma de perfeição. 
"Close To The Edge" representa tudo o que a música clássica pode representar para o rock e vice-versa. A faixa-título é uma obra musical que consiste em quatro movimentos ricamente construídos contendo vários elementos musicais, magistralmente misturados formando uma sinfonia épica.
Você sente que a música o está a transportar através de um "vácuo musical" virtual, para posteriormente levá-lo para outra dimensão.... e, acredite ou não, você não tem que alterar o seu estado de espírito com produtos químicos para experimentar essa sensação. A única exigência é tocar este álbum com o volume no máximo.
Se o primeiro e segundo movimentos - "The Solid Time Of Change" e "Total Mass Retain" formam uma introdução cataclismicamente explosiva, o terceiro movimento - "I Get Up, I Get Down" apresenta uma instrumentação celestial de Rick Wakeman num órgão de tubos, com o superior intercâmbio vocal e harmonizações entre Steve Howe, Chris Squire, e Jon Anderson. A parte de sintetizadores do quarto movimento apocalíptico "Seasons of Man" é exosférica.
"Seasons" é um movimento requintadamente inundando de mudanças do tempo e pelo solo de órgão de Rick Wakeman.
"And You And I" é uma peça fenomenal que mostra a perspicácia musical de Steve Howe e a musicalidade de todos os cinco membros dos "Yes".
É isso mesmo, "Close To The Edge" é uma obra-prima magistral de proporções monolíticas.

BAND ON THE RUN - THE WINGS     
Apple (1973)                   
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Muitos fans e críticos dividem-se quanto à opinião de qual será o melhor álbum de Paul McCartney, se "Venus & Mars" de 1975 ou "Band On The Run" de 1973. Mas por mais estranho que possa parecer e mesmo sendo este último álbum largamente subestimado, tal como o é "Abbey Road" no universo discográfico dos Beatles, é o único álbum de Paul a aparecer classificado pelos especialistas nesta lista dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975.
"Band On The Run" é um dos melhores álbuns de sempre de música pop e abre com o excelente título que dá o nome ao álbum, seguido pelo roqueiro "Jet", dando logo a abrir uma consistência sonora com todos os ingredientes que fizeram o estrondoso e eterno sucesso dos "Fab 4" - as intricadas melodias, com uma imaginação poética ao nível das letras, completada pela musicalidade e harmonias de multi-pistas de vocais e guitarras, num acompanhamento glorioso de cordas e sopros e tudo isso em cada música.

Estilisticamente Paul McCartney cria aqui uma fusão de pop melódico com rock & roll emocionante, e sempre com elaborados elementos sinfônicos, por vezes com toques de blues, jazz, music-hall, e folk hàbilmente misturados para um perfeito colorido musical. Por exemplo, "Bluebird" é descontraído e jazzy; "Let Me Roll" é uma homenagem ao distinto estilo pós-Beatles de John Lennon e assim vai transformando uma coleção de canções brilhantes em um todo monumental.

Em "Band On The Run" experimentamos uma vez mais Paul McCartney no seu melhor, mas é mais do que um álbum... é a expressão de génio do melhor compositor do século XX, acompanhado pelo conjunto "The Wings".

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FALANDO DE NOVOS DISCOS

Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
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CANTEM com a ONDA POP !!!
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A Onda Pop sempre preferiu a versão da Maria de "My Teardrops Fall Like Raindrops", mas a versão da grande cantora sul-africana, Virginia Lee, foi a escolhida pelo público sul-africano, e porque infelizmente esta versão da Maria, é um dos discos que não temos no nosso espólio, resolvemos deixar para vossa audição a versão da Virgínia Lee.
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INSTANTÂNEO - OS CHINCHILAS
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Hoje dia 16 de Maio, no Teatro Armando Cortez, em Lisboa, o famoso conjunto "Os Chinchilas" dá um concerto especial para comemorar os 50 anos da sua carreira.
A Onda Pop anuncia esse acontecimento, e associa-se também a essa merecida homenagem por tão longa e extraordinária carreira do Filipe Mendes (o lendário Phil Mendrix), do João Maló, do Zé Machado e do Vitor Mamede, propondo-vos a audição de um dos seus maiores êxitos, o clássico - "D. João".
PARABÉNS CHINCHILAS ! 
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DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS

A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK.
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"Abracadabra" desta vez foi a terras Aztecas para apreender truques psicadélicos com os seus ticitls (médicos feiticeiros). 
Os ticitls imediatamente nos transportaram para a cena musical mexicana dos anos 60’s e 70’s, e mais particularmente para este disco imperdível de "La Revolución De Emiliano Zapata".

Formados em Guadalajara, em 1969, sob a influência de conjuntos como Quicksilver Messenger Service, Creedence Clearwater Revival, Who, Rolling Stones etc., “La Revolución de Emiliano Zapata” ganhou um concurso de talentos que existia na televisião de Guadalajara.

Em 1970 depois de ganhar o concurso, assinam contrato com a editora Polydor, aonde gravaram os seus maiores éxitos, como“Nasty Sex” que tem uma forte influência de “Born On The Bayou” dos Credence ou Cridens (como chamam aos Creedence Clearwater Revival no México) e  de “Honky Tonk Women” dos Rolling Stones. Outro êxito foi “Shit City” que se baseava num som mais perto dos Quicksilver Messenger Service. Este disco teve muita popularidade na Europa.

En 1971, gravam e lançam o seu primeiro longa duração, sob o mesmo nome do conjunto “La Revolución De Emiliano Zapata”, e que contém 9 faixas originais cantadas em inglês (como era costume nessa época), das quais se destaca:
- "Nasty Sex", que fala sobre o que pensavam os adultos no momento em que uma garota namorava um roqueiro, e que apresenta uns excelentes solos psicadélicos por parte de Javier Martín del Campo;
- "Melynda", um rock ao estilo dos The Who, cheia de fuzz e muita energía;
- “I Wanna Know”, uma excelente balada folk semi-acústica com harmónica.
“If You Want It”, “Shit City” (com um início meio surf), “A King’s Talk” e “Still Don’t (Not Yet)” são cancões de rock ácido ao mais puro estilo da Costa Oeste dos Estados Unidos, tipo Quicksilver Messenger Service, Grateful Dead ou Jefferson Airplane.
"At The Foot Of The Mountain” e “Under Heavens” são cancões de acid-folk também no estilo de São Francisco.

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A canção "Electric Stories" dos The Four Seasons e que esta semana a Parada da Onda Pop classificou em 10º lugar, faz parte do álbum "Jersey Beat - The Music of Frankie Valli and the Four Seasons". 
The Four Seasons teve 18 êxitos no top 20 americano, antes de "Electric Stories", foi considerado o conjunto rock mais popular antes dos Beatles e entrou para o Rock 'N' Roll Hall Of Fame, em 1990.
Formaram-se em 1960, na cidade de New Jersey, nos Estados Unidos e tornaram-se tão famosos, que em 2005 foi inaugurado um espectáculo musical na Broadway sobre a sua história, que se chamou "Jersey Boys". Em 2014, esse musical foi adaptado para o cinema, com o mesmo nome, num filme dirigido por Clint Eastwood.

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