Luísa Maria Nobre nasceu a 12 de Junho de 1949 em Joanesburgo (África do Sul). Ainda em criança vai com os pais para Lourenço Marques (hoje Maputo), Moçambique. Frequenta o Liceu e brincava cantarolando os êxitos da época. Aos 13/14 anos na Associação dos Velhos Colonos brincando com a voz canta "My Boy Lollipop" com o Conjunto Night Stars que abrilhantava a tarde dançante.
O público aplaudiu imenso e a partir daí aparecia muitas vezes a cantar algumas canções com os Night Stars.
"Nunca me senti uma artista, como tal", comenta, "mas gostava da ideia de seguir os passos do meu pai Fernando Reinaldo Ferreira Nobre que fora cantor no RCM. Consideravam-no o Frank Sinatra português daqueles tempos. Gravou dois discos que guardo com muito carinho. Foi engraçado porque por coincidência começei a cantar na mesma época da Nancy Sinatra, giro...". A partir daqui passou a ser solicitada para tudo o que eram festas. É pena que desses tempos não tenha ficado nenhuma gravação quer em fita quer em cassette. Assim ilustramos com Millie Small no "My boy Lollipop" (1964) e Nancy Sinatra em "Like I Do" de 1961 (versão de "La Danza Della Ore" da Ópera "La Gioconda" de Amilcare Ponchielli levada a cena em 1876. Tornou-se mais conhecida quando Walt Disney a incorporou no filme "Fantasia" que todos vimos em criança) os primeiros êxitos destas duas meninas.
O público aplaudiu imenso e a partir daí aparecia muitas vezes a cantar algumas canções com os Night Stars.
"Nunca me senti uma artista, como tal", comenta, "mas gostava da ideia de seguir os passos do meu pai Fernando Reinaldo Ferreira Nobre que fora cantor no RCM. Consideravam-no o Frank Sinatra português daqueles tempos. Gravou dois discos que guardo com muito carinho. Foi engraçado porque por coincidência começei a cantar na mesma época da Nancy Sinatra, giro...". A partir daqui passou a ser solicitada para tudo o que eram festas. É pena que desses tempos não tenha ficado nenhuma gravação quer em fita quer em cassette. Assim ilustramos com Millie Small no "My boy Lollipop" (1964) e Nancy Sinatra em "Like I Do" de 1961 (versão de "La Danza Della Ore" da Ópera "La Gioconda" de Amilcare Ponchielli levada a cena em 1876. Tornou-se mais conhecida quando Walt Disney a incorporou no filme "Fantasia" que todos vimos em criança) os primeiros êxitos destas duas meninas.
Durante três anos foi cantando com os Night Stars (OP 24 e 25). Em 1968 é eleita a Rainha do Yé Yé. Também passou a ser a Vocalista do Conjunto Femenino substituindo Natércia Barreto (OP 16) que saíra para a sua carreira a solo. O Conjunto Femenino, (de quem um dia também falaremos) era constituído nessa época pela professora Ofélia, pelas manas Pestana, Juliana e Graça e pela Carlota. Foi o primeiro conjunto só de raparigas a existir em todo o Império Português. "Éramos convidadas para bailes, casamentos, baptizados, tardes dançantes, eu sei lá, mais tarde entrou a Fátima e a Zé (que passados 40 anos tive o prazer de reencontrar via Facebook)" conta-nos a Luísa. Faz digressões por todo Moçambique visitando Nampula, Quelimane, Tete, Beira com o António Calvário e outros artistas. Um sucesso. Além dos Night Stars, Luísa Nobre também actuou com o Conjunto de Renato Silva e durante 69 e 70 com os Strolling Bones (OP 35). Tornou-se uma presença quase residente no programa de "Music Hall" Foguetão do Teatro Avenida . No início de 70 ainda faz uma actuação com o conjunto da Onda Pop, o "H2O" no baile do finalista do Liceu António Enes, com Luís Arriaga (viola e coros) o Victor Coimbra (viola e coros) o Manuel Pedro (órgão) e Chico Furtado (bateria). Victor Coimbra diz que foi epectacular.
A tua carreira na música estava a chegar ao fim. Porquê? Inquirimos.
"É, em 1971 ainda cantei muito tempo mas, bateu forte o amor e acabei por casar com o Gianfranco Franchi, um jovem italiano que era director das fábricas de caju em Lourenço Marques. Ainda em 71 fiquei em 3º lugar no Concurso dos Reis da Rádio. Como estava fora foi a minha mãe que recebeu o prémio. Já não me lembro quem ganhou" conta-nos Luísa. Esse ano foi ganho pela Maria Antonieta (recentemente falecida) e pelo Zito. "Depois o grupo do meu marido abriu mais uma fábrica de caju em António Enes e fomos para lá 73/74. Ainda cantei como convidada de honra em vários festejos da cidade e ensinei dança clássica no colégio S. João de Brito. Ainda apresentei dois espectáculos. Mas com a guerrilha e a confusão que depois se instalou o meu marido achou que eu estaria mais segura em LM. Pouco tempo depois ele também veio e voámos para Itália onde tínhamos casa".
A tua carreira na música estava a chegar ao fim. Porquê? Inquirimos.
"É, em 1971 ainda cantei muito tempo mas, bateu forte o amor e acabei por casar com o Gianfranco Franchi, um jovem italiano que era director das fábricas de caju em Lourenço Marques. Ainda em 71 fiquei em 3º lugar no Concurso dos Reis da Rádio. Como estava fora foi a minha mãe que recebeu o prémio. Já não me lembro quem ganhou" conta-nos Luísa. Esse ano foi ganho pela Maria Antonieta (recentemente falecida) e pelo Zito. "Depois o grupo do meu marido abriu mais uma fábrica de caju em António Enes e fomos para lá 73/74. Ainda cantei como convidada de honra em vários festejos da cidade e ensinei dança clássica no colégio S. João de Brito. Ainda apresentei dois espectáculos. Mas com a guerrilha e a confusão que depois se instalou o meu marido achou que eu estaria mais segura em LM. Pouco tempo depois ele também veio e voámos para Itália onde tínhamos casa".
"Em Itália ficámos pouco tempo. Aí nasceu a nossa primeira filha Maria Gabriella hoje com 39 anos e a viver na África do Sul. De seguida fomos dois anos para a Nigéria (Kaduna, Gombe). Fomos então para a África do Sul onde vivi mais 25 anos. Aí nasceram mais duas meninas, a Pamela ( hoje com 36 anos) e que vive também em Itália. A única que até agora me deu uma netinha, a Arianna que tem um aninho e é a minha perdição. Mas está longe, noutra cidade. Depois tenho a Elena com 33 anos e que vive na África do Sul".
Para ti que viveste para a família, agora não é fácil, atalhámos.
"Pois é, ando saudosa longe de tudo e de todos. Vivo numa pequena cidade perto de Roma e mesmo a minha filha e netinha vivem a muitos kms, mas ainda sonho ter um dia as filhas, a família e os grandes amigos bem perto de mim. Vou-me distraindo, tenho um estúdio de arte "Luiarte" e ensino a trabalhar o vidro "tiffany" e mosaico. Sempre foi um hobby e uma paixão. Vou descontraindo".
Para ti que viveste para a família, agora não é fácil, atalhámos.
"Pois é, ando saudosa longe de tudo e de todos. Vivo numa pequena cidade perto de Roma e mesmo a minha filha e netinha vivem a muitos kms, mas ainda sonho ter um dia as filhas, a família e os grandes amigos bem perto de mim. Vou-me distraindo, tenho um estúdio de arte "Luiarte" e ensino a trabalhar o vidro "tiffany" e mosaico. Sempre foi um hobby e uma paixão. Vou descontraindo".
Luísa continua uma encantadora senhora, de uma simpatia e afabilidade imensa. É tão orgulhosa dos seus três rebentos que não teve qualquer problemas em nos facilitar uma linda foto dessas três beldades e que nos fazem lembrar bem a sua juventude. Na entrevista que nos dava em 69 já se referia ao seu gosto pela decoração, pintura e arte das quais já era uma apaixonada. Deixamos dois desses trabalhos. Fazemos votos para que um dia bem breve consiga estar mais perto dos seus amores e desejamos-lhes as maiores felicidades para além dos 44 anos de casamento. Agradecemos ainda ao nosso comum amigo Rodolfo (OP 15) a ajuda para que esta entrevista chegasse na hora certa.
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Os Apaches foram o primeiro conjunto Rock que nasceu na cidade da Beira em Moçambique. Edgar Cordeiro foi a grande aglutinador. Nasceram em 1960 e dele faziam parte Armando Claro, viola ritmo ( que já nos confirmara isto na OP nº 6), Cabrita bateria, Chico viola solo, Aristides contrabaixo e Edgar piano. Até 1964 eram os maiores até que Edgar tem de deixar o grupo para fazer o serviço militar. Sem Edgar o Chico não quer continuar. Armando Claro sai com Cabrita e vão formar Os Rebeldes. Seis meses depois Edgar regressa, pois volta para a Beira onde continua como militar e reagrupa os Apaches. Com Chico vai buscar o Alberto (Sapo) para a bateria e o Gonzaga Coutinho para a viola baixo. Rapidamente os Apaches voltam a estar na primeira linha. Agora os grandes grupos por aquelas bandas são os Rebeldes, Oliveira Muge e Apaches. Os outros dois grupos gravam discos e são mais conhecidos por toda Moçambique. mas os Apaches não desistem e no concurso Ié Ié de 1966 no Pavilhão do Ferroviário conseguem bater Os Rebeldes e voltarem a ser o nº 1 no Rock. Daí até 69 foram actuando por tudo o que eram festas e acontecimentos. Entretanto o Chico tem de sair e é substituido por Clemente Coutinho que já aparece na nossa entrevista embora a foto que a ilustre ainda era com o Chico. Pouco tempo depois o Alberto sai porque vai regressar a Portugal e Edgar também se vai dedicar em exclusivo à sua vida profissional de bancário. Isto dita o fim do grupo no final de 1969. Infelizmente nessa época as gravações não eram fáceis e também ninguém pensava em fazê-las para mais tarde recordar. No entanto alguma coisa sobrou e apesar da má qualidade Aristides Ferreira deu o seu melhor para salvar o que restava.
Edgar Cordeiro regressa ao Porto (Portugal) onde se dedica por inteiro à sua profissão de bancário. Foi aí que foi crescendo até se reformar como director. Nas festas e convívios sempre que era oportuno pegava no seu teclado e dava um ar da sua graça. Ainda o vai fazendo e por vezes ainda se juntam para desenterrar o machado da música e os Apaches brilharem. No facebook tem quase 200 fotos desses tempos que guarda na memória.
Alberto (Sapo) Vive na Figueira da Foz. Edgar foi muito simpático ao dar-nos os telefones dos seus velhos colegas, mas infelizmente todas as tentativas que fizemos para chegar à fala com ele foram infrutíferas. Esperamos que tudo esteja bem com ele.
Alberto (Sapo) Vive na Figueira da Foz. Edgar foi muito simpático ao dar-nos os telefones dos seus velhos colegas, mas infelizmente todas as tentativas que fizemos para chegar à fala com ele foram infrutíferas. Esperamos que tudo esteja bem com ele.
Clemente Coutinho nasceu em 1949. A mãe vivera na Rodésia (hoje Zimbabué) e tinha a escola inglesa que desde os dois anos cultivavam o ensino da música nas crianças. Assim a partir dos dois anos começa a aprender música e piano. Quando chega à adolescência chegam os Shadows e depois os Beatles e lá se vai o piano. Compra uma viola. Pelo caminho é aluno do Dr. José Afonso no Liceu Pero da Naia em 63/64 que muito o influenciou. No Liceu também é atleta do Clube Especial de Ginástica e vai a Angola percorrer o território no âmbito dos Jogos Luso Brasileiros. Depois vai ainda a Lisboa e Madrid ao Festival Internacional de Ginástica.
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E depois? inquirimos. "Formo Os Revolution com o Óscar no piano, o Batista no baixo, o Virgílio na bateria (já falecido) e eu na viola solo", diz-nos Clemente, e continua, "nesse final de ano de 69 ainda vamos tocar na açucareira de Mefambisse na zona do Dondo. O grupo acaba em 72. O Gonzaga tinha formado Os Outros que se vai transformar e reactivar Os Rebeldes. Nos Rebeldes estão o Cabrita, o Gonzaga Coutinho vindos de Os Outros e eu vindo dos Revolution. Fomos fazer o fim do ano de 72/73 a Tete. Tocámos por todo o lado e nas boîtes Primavera, Campina, Jockey Club (que depois de 74 se passou a chamar "O Olho do Cuco") e ainda tocámos no Sheik na Ponta Geia. Em fevereiro de 73 fui para a tropa até dezembro de 74. Aí ainda tive um grupo com o Raposo no baixo, o Fedu nas teclas e o Chico Ferreira na bateria. Em 77 vim para Portugal"
"Qando chegei não tinha trabalho e ainda fiz um conjunto com o Cardoso no baixo, o Victor Cunha nas teclas e o Chico Ferreira na bateria. Durou poco tempo. Finalmente como Engenheiro Técnico consegui começar a dar aulas de Tecnologias. Depois entrei para o CEPRA (Centro de Formação Profissional de Reparação Atomóvel) para dar formação primeiro de Mecânica depois de Chapa e finalmente Informática. Agora estou reformado e vou-me divertindo numa ou noutra festa com os amigos, ou quando se juntam os velhos Apaches.
"Qando chegei não tinha trabalho e ainda fiz um conjunto com o Cardoso no baixo, o Victor Cunha nas teclas e o Chico Ferreira na bateria. Durou poco tempo. Finalmente como Engenheiro Técnico consegui começar a dar aulas de Tecnologias. Depois entrei para o CEPRA (Centro de Formação Profissional de Reparação Atomóvel) para dar formação primeiro de Mecânica depois de Chapa e finalmente Informática. Agora estou reformado e vou-me divertindo numa ou noutra festa com os amigos, ou quando se juntam os velhos Apaches.
Gonzaga Coutinho também nasceu em 1949 e começou nos Apaches. Depois quando estes acabam, vai integrar Os Outros com o Francisco Pires no solo, o Cabrita na bateria e ainda o Luís Gonzaga no sax, álem do Claro que formara o grupo no baixo. "Depois em 72 reeditámos Os Rebeldes. Depois em 75 arranjaram-nos um problema e somos presos eu e o Cabrita".
Em Janeiro de 76 veio para Lisboa. Constrói o Nocturno 76 com o Kaipas no baixo, o João Costa na bateria e Gonzaga Coutinho no piano. Este grupo acaba em 78.
"Em 79 concorro ao Festival da Canção e sou apurado para a final com a canção "Terra Para um Homem Só". Foi um ano forte, venceu "Sobe Sobe Balão Sobe" pela Manuela Bravo em 2º ficou "Eu Só Quero" pela Gabriela Schaff. Mas isto abriu-me muitas portas", diz e continua, "depois ainda fui assistente de produção na RTP, mas não gostei e saí. De 79 a 82 gravo 3 EPs para a Poligram".
Em Janeiro de 76 veio para Lisboa. Constrói o Nocturno 76 com o Kaipas no baixo, o João Costa na bateria e Gonzaga Coutinho no piano. Este grupo acaba em 78.
"Em 79 concorro ao Festival da Canção e sou apurado para a final com a canção "Terra Para um Homem Só". Foi um ano forte, venceu "Sobe Sobe Balão Sobe" pela Manuela Bravo em 2º ficou "Eu Só Quero" pela Gabriela Schaff. Mas isto abriu-me muitas portas", diz e continua, "depois ainda fui assistente de produção na RTP, mas não gostei e saí. De 79 a 82 gravo 3 EPs para a Poligram".
A partir daqui passaste a actuar a solo? perguntámos. "Não, entre 1984 e 2000 fiz um trio comigo ao piano, o Filú no baixo e o Victor Rousseau na bateria ( ambos já falecidos). Ainda em 98 abri um Bar no Estoril de nome Sinatra com música ao vivo, quer tocada por mim, quer por convidados como o Armando Gama, a Nucha ou a Teresa Mayuco por exemplo.Também facilitava a apresentação de novos valores. Tive o Bar até 2008".
Em 2004 gravou o CD "Índico", uma viagem a Goa. Em 2008 o CD "Tributo a Tom Jobim" onde teve a colaboração de Rui Veloso e Ivan Lins. Divulgou a música de raízes goesas e cantou com artistas goeses como por exemplo Sónia Shirsat.
Em 2004 gravou o CD "Índico", uma viagem a Goa. Em 2008 o CD "Tributo a Tom Jobim" onde teve a colaboração de Rui Veloso e Ivan Lins. Divulgou a música de raízes goesas e cantou com artistas goeses como por exemplo Sónia Shirsat.
Em 2011, gravou o CD Shangri-la um álbum bem conseguido e onde colaboram também vários artistas incluíndo Rao Kiao. "Todos estes anos tenho tocado por todo o lado, fui a Goa, colaborei com vários músicos e outros colaboraram comigo, fiz várias apresentações na televisão, lançei novos projectos para divulgar a música de raízes goesas, cantei com artistas goeses. Felizmente fiz toda a minha carreira só como músico. Hoje tenho um trio com o Rui Silva no baixo e contrabaixo e o Chico Ferreira na bateria. Até finais de Outubro estive a tocar aqui no Hotel Vila Galé no Estoril". Foi precisamente ali no Hotel Vila Galé que nos sentámos para esta pequena conversa. Para teminar um extrato de Shangri-la num dos melhores programas musicais que a RTP produziu.
Otis Redding nasceu a 9 de Setembro de 1941 no estado da Geórgia, Estados Unidos e faleceu num desastre com o seu avião, um Beechcraft H 18 que ele mesmo pilotava a dois ou três minutos do aeroporto de Madison, no lago Monoda. Corria o dia 10 de Dezembro de 1967. Consigo morreu também o conjunto Bar-kays que o acompanhava sempre. Salvou-se apenas Ben Cauley que acordou antes do embate e se libertou do cinto de segurança. Como não sabia nadar não podia socorrer ninguém e manteve-se nas águas geladas agarrado aos destroços.
Foi um talentoso cantor e compositor e produtor. Deixou a escola aos 15 anos para ajudar a família porque o pai estava tubercoloso. Trabalhou com o conjnto de Little Richard. Em 1958 junta-se ao grupo de Johnny Jenkin's e faz um "Tour" pelos Estados Unidos como motorista e músico. Numa sessão de apresentação naStax records ganha um contrato de gravação. Grava "TeseArms of Mine" em 1962. Dois anos depois sai o 1º álbum "Pain in my Heart".
Foi um talentoso cantor e compositor e produtor. Deixou a escola aos 15 anos para ajudar a família porque o pai estava tubercoloso. Trabalhou com o conjnto de Little Richard. Em 1958 junta-se ao grupo de Johnny Jenkin's e faz um "Tour" pelos Estados Unidos como motorista e músico. Numa sessão de apresentação naStax records ganha um contrato de gravação. Grava "TeseArms of Mine" em 1962. Dois anos depois sai o 1º álbum "Pain in my Heart".
A partir daqui o seu êxito subia de dia para dia, tentava inovar, escreveu "Respect" que Aretha Franklin tão bem divulgou. Fez uma viagem à Europa, actuou em Londres e Paris. Os seus primeiros tempos foram dificéis mas em 1965 já começava a afirmar-se como um dos melhores. Ben E. King, Bob Dylan eram seus admiradores. A editora não queria que escrevesse e gravasse com Arthur Conley. Foram para outra cidade e gravaram "Sweet Soul Music" baseada na canção de Sam Cooke "Yeah Man", que chega a 2º lugar na Billboard. Em 67 vai fechar o 2º dia do reconhecido Festival de Monterey e é aí que começa a ser mais conhecido das audiências brancas donde andava afastado. Ainda em 67 volta à Europa e actua no Olympia de Paris editando o álbum "Live in Europe". No início de Dezembro de 67 grava em estúdio o que virá a ser o seu maior êxito "Sittin' in the Dock of The Bay" editado postumamente. No dia anterior, à sua morte, 9 de Dezembro tinha dado um grande concerto em Cleverland.
Prestamos também uma homeaqgem ao conjunto Bar-Kays que pereceram no mesmo acidente. Um excelente conjunto de R&B que em Abril de 1967 tinha lançado a sensacional canção "Soul Finger". A canção foi escrita pelo grupo mas a ideia dos gritos Soul Finger partiu de um dos autores da Stax, Issac Hayes. Contrataram um grupo de crianças para gritar e recompensaram-nas com Coca-Colas.
Bob Dylan foi a grande atracção do II Festival da Ilha de Wight no Reino Unido. Os Beatles , grandes admiradores de Dylan, apresentaram-se na assistência com as suas mulheres. Mais de 150 mil pessoas estiveram presentes nos trêsw dias que durou a festa, um número àquem do que era esperado. Esta era a primeira aparição de Dylan após o seu acidente de moto em 1966. Dylan tinha dúvidas em aceitar fazer a primeira aparição numa ilha que desconhecia. Levaram-lhe um filme da ilha e lá o convenceram. Dias antes já lá estava a adaptar-se e é visitado or George Harrison. O Festival realizou-se de 29 a 31 de Agosto de 69 (no 1º aniversário da Onda Pop) e esteve recheado de estrelas. Os Beatles, Keith Richard, Charlie Watts, Eric Clapton, Elton Jones, Syd Barret, Françoise Hardy, os actores Elisabeth Taylor, Jane Fonda, Richard Burton, Roger Vadim e muitas outras personalidades que se sentaram na zona reservada aos Vip. Dylan encantou mas teve uma retirada infeliz, quando o público pedia um "encore" ele disse que já se tinha divertido o suficiente.
O almoço dos músicos moçambicanos anos 60/70 decorreu no passado dia 22 de Novembro no restaurante Camponês em Fernão Ferro, ali a caminho de Sezimbra. Foi animado e divertido. Estiveram músicos do Renato Silva, Night Stars, Corsários, Cartolas, Inflexos, Apaches, Rebeldes, Impacto, AEC 68, Diabólicos, Banda Diplomática, Strolling Bones, Opus 79, Melting Pot, Flingtones, Storm, Jaguares, LM 67 e ainda músicos que gostam da animação ao estilo moçambicano e tocaram com nomes como Shegundo Galarza, Correia Martins ou Gonçalo Lucena. No final foram tocando nos instrumentos disponíveis. Infelizmente os vdeos que fizemos perderam-se e ainda não percebemos como. Provavelmente alguma falha nossa na gravação. Ficam algumas imagens. Para o próximo ano já se disponibilizou Orlando Levezinho (baterista e professor de música) para organizar a festa lá para a Figueira da Foz. Atenção gente do Norte.
Felizmente temos amigos e desta vez foi o Victor Ribeiro (Corsários) que nos fez chegar este pequeno video que ilustra a festa, bem como a primeira foto. |
GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Bill Deal & The Rhondells foram um grupo formado em 1959 em Virginia Beach. Bill Deal nasceu em 8 de Junho de 1944 e morreu em 10 de dezembro de 2003. O seu estilo era uma mistura de blues com surf e tendências soul muito característica. Só em 1969 atingem o sucesso a nível mundial, primeiro com "I've Been Hurt" que chegou a 35º na Billboard e esta composição que atingiu o 23º lugar. Os Hits foram muito bons na Argentina, Espanha, México e África do Sul. O grupo desfez-se em 1975 mas voltou a reformar-se. Pela banda passaram mais de 20 músicos até à morte de Bill Deal. O Grupo refez-se e ainda hoje os Rhondells andam por aí.
"What Kind of Fool Do You Think I Am" é no entanto um original de 1964 escrito por Ray Whitley ( I've Been Hurt também) para o grupo The Tams, e nesta altura atingiu o 1º lugar no Cash Box do R&B e 9º na Billboard. Ainda foi gravado por Del Shannon que saíu no seu álbum póstumo.
"What Kind of Fool Do You Think I Am" é no entanto um original de 1964 escrito por Ray Whitley ( I've Been Hurt também) para o grupo The Tams, e nesta altura atingiu o 1º lugar no Cash Box do R&B e 9º na Billboard. Ainda foi gravado por Del Shannon que saíu no seu álbum póstumo.