EDITORIAL: Passaram vários meses após a última publicação e quando pensava fazer um número especial 50 anos. Uma queda no Algarve em que rompi dois tendões no ombro esquerdo limitaram-me. Ficou por fazer a viagem comemorativa a Liverpool que no entanto acabou por ser realizada pelo Luís Filipe Arriaga, que se deslocou propositadamente da Austrália para estas comemorações (nesse dia era eu operado). Com ele foi o José Couto e ainda o amigo Jorge Carnaxide (Rádio Mafra). O Luís quando se preparava para regressar à Austrália também teve uma queda no Algarve e rompeu os músculos ligamentos e tendões do quadrícipe da perna direita. Acabou por ter de ser operado e também só agora no início de fevereiro regressou à Austrália (isto da inveja é terrível).
É claro que é preciso disposição e ânimo para fazer este trabalho. Neste nº 98 falávamos dos Mutantes e temos portanto o percurso de Rita Lee. No Estudium os Fair Weather e claro que Amen Corner e Andy Fairweather não podiam ficar de fora. Também temos os Shocking Blues. Fomos ao CENÁRIO, as nossas notícias curtas, e daí aproveitámos as notícias sobre os Fairport Convention, os novos discos de Badaró e Luís Rego e o Juan Pardo. Sobre António Mourão, como já contámos a sua história na pagína 57 não o voltamos a fazer, apenas um cheirinho das suas canções. Também fomos ao Cenário buscar uma notícia da Tonicha para poder contar a sua história. Contamos a história do sul africano John Edmond que ainda continua a cantar. Não falamos da caixa sobre as Irmãs Muge que viriam a Lisboa gravar o primeiro disco porque vamos ter mais oportunidades. Entretanto faleceram Maria Guinot, Siegfried Sugg e Sequeira Costa que merecem uma homenagem da nossa parte pelo trabalho que desenvolveram na música portuguesa. Depois as habituais letras, hits, parada e concurso. Apresentamos Na Margem a inauguração da exposição do Rock em Almada e Falamos do Festival de música no cinema, MUVI que está a decorrer em Almada.
Nota: Como optámos por assinar todos os artigos , para não ferir susceptibilidades de outros companheiros que faziam parte da Onda Pop e que agora não colaboram e por vezes não se revêem em algumas posições, informo que todos os artigos não assinados são da minha autoria. O colaborador da Onda e que tem sido de inquestionável ajuda José Couto continuará a fazê-lo. A abertura aos meus antigos companheiros continua sempre aberta nesta nova e.onda pop.
É claro que é preciso disposição e ânimo para fazer este trabalho. Neste nº 98 falávamos dos Mutantes e temos portanto o percurso de Rita Lee. No Estudium os Fair Weather e claro que Amen Corner e Andy Fairweather não podiam ficar de fora. Também temos os Shocking Blues. Fomos ao CENÁRIO, as nossas notícias curtas, e daí aproveitámos as notícias sobre os Fairport Convention, os novos discos de Badaró e Luís Rego e o Juan Pardo. Sobre António Mourão, como já contámos a sua história na pagína 57 não o voltamos a fazer, apenas um cheirinho das suas canções. Também fomos ao Cenário buscar uma notícia da Tonicha para poder contar a sua história. Contamos a história do sul africano John Edmond que ainda continua a cantar. Não falamos da caixa sobre as Irmãs Muge que viriam a Lisboa gravar o primeiro disco porque vamos ter mais oportunidades. Entretanto faleceram Maria Guinot, Siegfried Sugg e Sequeira Costa que merecem uma homenagem da nossa parte pelo trabalho que desenvolveram na música portuguesa. Depois as habituais letras, hits, parada e concurso. Apresentamos Na Margem a inauguração da exposição do Rock em Almada e Falamos do Festival de música no cinema, MUVI que está a decorrer em Almada.
Nota: Como optámos por assinar todos os artigos , para não ferir susceptibilidades de outros companheiros que faziam parte da Onda Pop e que agora não colaboram e por vezes não se revêem em algumas posições, informo que todos os artigos não assinados são da minha autoria. O colaborador da Onda e que tem sido de inquestionável ajuda José Couto continuará a fazê-lo. A abertura aos meus antigos companheiros continua sempre aberta nesta nova e.onda pop.
Os Mutantes foram um trio que apareceu na época do "Tropicalismo". A sua vertente era mais para o Rock na área psicadélica. Em 1964 em S. Paulo os irmãos Dias Baptista tentavam fazer um grupo Rock alternativo Cláudio, Arnaldo e Sérgio, são os Wooden Faces. Rita Lee também formou o seu grupo com duas amigas, as Teenagers Singers. As influências musicais de todos eles passavam pelos Beatles, os Beach Boys, Jimi Hendrix e outros. Também tinham uma sensibilidade para os sons brasileiros que queriam modernizar. Em 1966 os manos Baptista falam com Rita e resolvem juntá-la ao grupo. Dos Wooden ainda faziam parte Raphael Vivaldi e Roberto Loyola. Com Rita passam a ser 6 e o grupo muda o nome para Six Sidex Rockers e mais tarde para O'Seis. Ainda gravam um disquinho, "Suicida" e "Apocalipse" que nem 200 cópias vende. Cláudio, o mais velho, quer sair para dedicar-se ao desenvolvimento de equipamento musical electrónico. Raphael e Roberto também saem. Assim ficam Arnaldo, Sérgio e Rita. O primeiro programa onde se apresentam foi "O Pequeno Mundo de Ronnie Von", o grande criador de "A Praça" (uma jóia musical brasileira), na TV Record. Agora o nome é Os Bruxos. A apresentação no programa de Ronnie Von em Outubro de 66 virou tudo, o êxito foi total. Ronnie não gostava do nome e num convite para sua casa, mostrou-lhes o livro "O Império dos Mutantes" de Stevan Wul que estava a ler. Quando discutiam a mudança de nome, Rita lembrou Os Mutantes e todos aceitaram. Ficam convidados regulares de todos os programas de Ronnie Von e chegam a participar nas gravações do álbum de Ronnie Von "Vol. 3".
Em 1967 as mudanças na Record levam-nos a sair e acabam a actuar na TV Bandeirantes pela mão do Maestro Chiquinho de Morais. É aí que conhecem um homem que vai ser fundamental na sua evolução, o Maestro Rogério Duprat. Duprat já está ligado ao "Tropicalismo" (OP nºs 87, 89, 94) e sugere o grupo a Gilberto Gil para apoiarem a gravação de "Bom Dia" por Nana Caymmi. Vão ao III Festival de Música Popular Brasileira na TV Record e ainda apoiam Gilberto Gil em "Domingo no Parque". "Domingo no Parque" ficou em 2º e Os Mutantes cresceram dentro no movimento Tropicalista. Em 1968 assinam com a Polydor e lançam o álbum "Os Mutantes" com arranjos de Duprat e participação de Jorge Ben (OP nº 92). A influência Beatles é notória. "Panis Et Circences" de Caetano e Gil, "Senhor F" (onde a mãe dos irmãos Baptista, Clarisse Leite toca piano) e "Trem Fantasma" ganham estatuto. O disco vende 10 mil cópias. Depois o grupo participa no disco "Tropicália ou Panis Et Circence". Depois participam em vários Festivais, sendo o momento mais crítico a apresentação da canção de Caetano Veloso "É Proibido Proibir" acompanhada pelos Mutantes.
Em 1969 fazem uma digressão por França e actuam no Midem, em Cannes e no Olympia de Paris. De regresso actuam na "boîte" Sucata com Caetano e Gil. O regime militar fascista alega que desrespeitaram uma Bandeira Nacional e que Caetano cantou o Hino Nacional com uma letra contra os militares. O artista plástico do Tropicalismo Hélio Oiticica pendurou uma bandeira com a inscrição "Seja Marginal, Seja Herói" e uma imagem do traficante Cara de Cavalo que tinha sido morto pela Polícia. Neste esquema a Polícia prende Caetano e Gil que mais tarde são enviados para o exílio em Londres. O "Tropicalismo" é bastante abalado. Tempo depois estreia o espectáculo "Planeta dos Mutantes". Em Março de 70 lançam o álbum "A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado" (canção apresentada em 69 no "IV Festival Internacional da Canção"). Aqui volta a haver uma viragem ao Rock. Agora têm também Liminha no baixo e Dinho na bateria. Voltam a França. Gravam umálbum em inglês para conquistar o mescado internacional mas a Polydor desiste de o comercializar (só virá a ser lançado em 2000 com o nome "Tecnicolor"). Em 1971 a Globo TV contrata-os para o programa "Som Livre Exportação". Lançam o álbum Jardim Eléctrico. A 30 de Dezembro Rita e Arnaldo que já se namoravam desde o início, casam. Depois da Lua de Mel o casal rasga a Certidão de Casamento no programa de TV de Hebe Camargo. Em Maio de 72 lançam "Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets", (era uma homenagem a Tim Maia que chamava Baurets aos cigarros de Maconha). O álbum teve canções censuradas e outras de grande sucesso. Neste álbum sentiu-se mais o Rock Progressivo tipo EL&P e YES.
Depois Rita deixa o grupo por mau relacionamento com Arnaldo ou talvez pelas trocas de parceiros que praticavam na comunidade Hippy onde viviam.
Depois Rita deixa o grupo por mau relacionamento com Arnaldo ou talvez pelas trocas de parceiros que praticavam na comunidade Hippy onde viviam.
Aparece um novo estúdio com 16 pistas de gravação e Os Mutantes tentam gravar um segundo álbum. A Polydor quer gravar um álbum a solo com Rita. Os Mutantes acabam por aceitar e tocam no primeiro álbum de Rita Lee, "Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida". Em 1973 Os Mutantes fazem o espectáculo "2000 Watts de Som" e gravam o álbum "O A e o Z" todo em Rock Progressivo e gravado e produzido sobre efeito de LSD. A Polydor não gostou e decidiu não editar o disco e cancelou o contrato. O disco só viria a ser lançado em 1992 pela Polygram. O grupo começou a desmoronar-se. Arnaldo estava em depressão por abuso de drogas e pelo fim do casamento passoiu a ter comportamentos patológicos e abandonou o grupo. Dinho também saíu e em 1974 Liminha fez o mesmo. Entraram Túlio e António. Em 1976 Sérgio demitiu-os e substituíu-os por Luciano Alves e Paulo de Castro. Em 77 lançam o álbum "Mutantes ao Vivo" gravado no MAM do Rio de Janeiro. Em 1978 Sérgio Dias decidiu terminar o grupo. Sérgio é um dos melhores viola solo brasileiro de todos os tempo, toca a guitarra de ouro desenvolvida por seu irmão Cláudio. Cláudio desde o início do grupo desenvolvia caixas de som pedais e misturadores, a viola baixo de Arnaldo também fôra desenvolvida por ele. Criou a sua marca, a CCDB.
Sérgio acabou tocando com Rita entre 1980 e 1992 e conseguiu convencer a Polygram a editar o álbum "O A e o Z". Em 1999 a editora Universal que detinha o catálogo da extinta Polydor decide editar "Tecnicolor" o álbum em inglês. A ilustração e redação do álbum é da autoria de Sean Lennon, o filho de John Lennon e Yoko Ono. Em 2005 a revista Mojo incluí o álbum nos "50 Most Out There Albuns Of All Times" na 12ª posição, à frente de Beatles, Pink Floyd ou Frank Zappa por exemplo. Também a revista inglesa Q Magazine os classifica na 12ª posição nos "40 Maiores Discos Psicodélicos de Todos os Tempos". Em 2012 a revista Rolling Stone classificou-os na 9ª posição entre "Os 10 Melhores Álbuns de Rock Latino de Todos os Tempos". Em 2006 Longres prestou uma homenagem a "Tropicália - A Revolution in Brazilian Culture". Rita não foi mas Arnaldo, Sérgio e Dinho foram. Levaram Zélia Duncan e alguns músicos da banda de Sérgio. Em Londres foi um êxito e depois seguiram para uma digressão nos Estados Unidos (Nova York, Los Angeles, São Francisco, Seattle, Denver e Chicago). Ainda em 2006 a Universal remasterizou todos os discos de 68 a 72.
Em Janeiro de 2007 voltam a apresentar-se no Brasil quase 30 anos depois. Quase 50 mil pessoas foram ao Museu do Ipiranga para os ouvir. Depois fizeram uma digressão pelo Brasil. Após este período, em Setembro Zélia sai porque quer prosseguir uma carreira a solo, Arnaldo sai porque quer escrever uma autobiografia e um livro. Lança depois dois álbuns com a Patrulha do Espaço (sua antiga banda) e faz exposições de pintura e escultura. Sérgio e Dinho continuam a banda com Bia Mendes na voz. Em 2008 lançam o álbum "Mutantes Depois" onde lançam a primeira canção inédita em três décadas. Também em 2008 Rita Lee veio a Portugal e actuou no Casino de Espinho. Numa das mesas perto do palco o Pop Luís Arriaga assistia deliciado. Talvez por isso Rita saíu do palco, vem junto do público e vai sentar-se sabem onde? Precisamente no colinho do Luís. Uau! Em 2013 lançam "Fool Metal Jack" em 2017 0 single "Black To Grey".
Em 2018 fazem parte do grupo Sérgio Dias, Vitor Trida (viola), Fabio Rocco (voz), Vinicius Junqueira (baixo), Henrique Peters (teclas) e Simone Soul (bateria).
Não é demais destacar a grande contribuição que o mano Cláudio deu para o desenvolvimento e inovações técnicas não só do grupo Com a Guitarra de Ouro e o baixo Regvius mas ainda com osamplificadores, caixas e mesas de efeitos. Cláudio dedicou-se à electrónica comercializando através da sua marca CCDB, Cláudio César Dias Baptista.
Em 2018 fazem parte do grupo Sérgio Dias, Vitor Trida (viola), Fabio Rocco (voz), Vinicius Junqueira (baixo), Henrique Peters (teclas) e Simone Soul (bateria).
Não é demais destacar a grande contribuição que o mano Cláudio deu para o desenvolvimento e inovações técnicas não só do grupo Com a Guitarra de Ouro e o baixo Regvius mas ainda com osamplificadores, caixas e mesas de efeitos. Cláudio dedicou-se à electrónica comercializando através da sua marca CCDB, Cláudio César Dias Baptista.
Rita Lee Jones nasceu a 31 de Dezembro de 1947 em S. Paulo. Acaba da completar 71 anos. Filha mais nova do dentista americano Dr. Charles Fenley Jones e de Romilda Palula Jones (D. Chesa) filha de italianos. O pai resolveu registar as três filhas com o nome Lee em homenagem ao general Robert E. Lee do exército confederado. É no bairro de Vila Marisi que reside até à sua maioridade. É lá no quintal que cuida de seus bichos (sejam cães, ratos ou cobras) e faz mil tropelias tornando-se uma jovem autónoma.
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Estudou no colégio françês e fala françês, inglês, italiano e espanhol. Começou o curso de Comunicação Social na Universidade de S. Paulo (foi colega de Regina Duarte). Quando criança estudou piano e queria ser veterenária devido à sua grande paixão pelos animais. Os seus ídolos musicais começaram por ser Elvis Presley, Paul Anka e Neil Sedaka. Depois vêm os Beatles, Rolling Stones e Peter,Paul & Mary. Dos brasileiros gostava de Ângela Maria (OP nº 96), Carmen Miranda, Dalva de Oliveira e João Gilberto. Em 1963 forma com mais duas amigas as Teenager Sisters. Já tinha pedido ao pai uma bateria e ele ofereceu-lhe uma coisa parecida com uma recomendação, "só tocas quando eu não estiver em casa". Depois conhece os irmãos Dias Baptista que tinham o trio Wooden Faces, depois formam os Six Sided Rockers que dará os O'Seis e que gravam um single e como já explicado nos Mutantes, ainda são Bruxos antes do nome final.
Rita gostava de Erasmos e Wanderleia (OP nº 92) e achava Roberto muito certinho mas mesmo assim tentaram entrar no programa Jovem Guarda. Roberto Carlos quando soube que eram dois rapazes e uma rapariga disse que isso não interessava porque já existia. Veio então a oportunidade Ronnie Von que não gostou do nome Bruxos e obriga-os a mudar para Mutantes. Depois uma feliz coincidência faz com que Gilberto Gil entre no camarin deles onde tinham a aparelhagem, que não sendo nada de especial. despertou a curiosidade de quem sabe. Ficou espantado com as pedaleiras e a guitarra avançada, tudo tecnologia "made by" Cláudio Baptista, ex-elemento, irmão de Arnaldo e Sérgio. É assim que são convidados paa acompanhar Gilberto Gil no Festival de Música Popular Brasileira. Eles ainda dizem, "mas nós somos do Rock não do samba", então são do Rock brasileiro, vocês são brasileiros, certo, disse Gil. Rita conta tudo na sua autobiografia (que é uma delícia) mas aqui temos de ser mais sucintos. O resto da história está no artigo dos Mutantes.
Nos Mutantes casou com Arnaldo que já namorava desde os O´Seis. Em 72 separou-se do marido e do grupo (o divórcio só saíu em 77). Arnaldo dizia que ela não tinha estofo para tocar Rock Progressivo e portanto tinha que sair. Entre 68 e 72 gravaram 6 álbuns e mudaram a música ligeira brasileira. "A Minha Menina", "Balada do Louco", "Dois Mil e Um" e o mais ouvido "Ando Meio Desligado" foram das mais faladas. Depois de 72 ainda grava dois discos acompanhada pelos Mutantes. Depois Rita forma com Lucia Turnbull um duo Rock/Folk. Tem pouca duração e dá lugar ao grupo Tutty-Frutty com Sergio Cartini e Lee Marcucci. Assinam com a Phillps que só aceita se o grupo se chamar Rita Lee e os Tutty Frutty. A primeira canção gravada é rejeitada por temerem vir a ter problemas com a censura. Gravam o EP "Atrás do Porto tem uma Cidade. Do disco fazem parte "Menino Bonito" que entra nos Hits nacionais e "Mamãe Natureza" e "Ando Jururu". Em 1975 lança o álbum "Fruto Proibido" cujo single "Agora Só Falta Você" atinge o 2º lugar no Top, depois "Esse Tal de Roque Enrow", "Luz Del Fogo" e "Dançar P'ra Não Dançar" atingem boas posições. "Fruto Proibido" foi considerado um dos melhores discos de Rock brasileiro. "Ovelha Negra" atinge o 1º lugar e foi a primeira canção a falar da saída dos filhos de casa dos pais o que teve grande reprecursão. Venderam-se mais de 700 mil cópias e foi dupla platina.
Depois veio "Estradas e Bandeiras" em 1976. O single "Coisas Da Vida" entra no Top 10, mas "Corista do Rock", "Com a Boca no Mundo" e "Bruxa Amarela" também gozam de grande êxito. O disco também atinge a dupla platina. Ainda em 76 conhece o músico Roberto de Carvalho e avança com uma parceria musical que rapidamente se torna amorosa até hoje e resultando em três filhos. Quando está grávida do 1º filho é presa por porte e consumo de maconha. A droga tinha sido colocada por um agente da polícia para que a Ditadura Militar a pudesse incrimar e prender. Fica um ano em prisão domiciliária. Compõe depois com Paulo Coelho "Arrombou A Festa" uma crítica ao estado em que se encontrava a MPB. O disco vendeu 200 mil cópias. Roberto faz agora parte dos Tutti Frutti. Depois faz uma digressão, grávida, com Gilbero Gil com o nome de "Refestança". Depois tud pára para Rita dar à luz. Nasce Beto Lee em 1977. Em 79 vai nascer João e em 81 Antonio. Em 1978 sai o álbum "Babilónia". Os singles "Jardins da Babilónia", "Agora É Moda" e " Eu e o Meu Gato" fazem grande sucesso. Mais ainda faz "Miss Brasil 2000". Hoje diz-se que "Babilónia" foi o último disco Rock de Rita Lee. Os Tutti Frutti acabam porque Cartini está irritado com a presença de Roberto e leva o nome criado por ele. Rita inventa "Os Cães e Gatos".
Depois de 79 Rita e Roberto fazem shows juntos. Sai "Mania de Você", "Doce Vampiro", "Papai Me Empresta o Carro" e "Corre Corre". Em 1980 sai o álbum que trás "Lança Perfume" e depois "Baila Comigo", "Nem Luxo Nem Lixo", "Orra Meu", "Bem-Me-Quer". "Lança Perfume" fica duas semanas no 1º do Top e faz sucesso na Europa e América Latina. Chega a 7º na Billboard Latina. Em 81 sai o álbum "Saúde". Os singles "Atlântida", "Banho de Espuma" e "Mutante" trepam nas vendas. Depois vem "Flagra", "Cor de Rosa Choque", "Só De Você", "On The Rocks", "Desculpe o Auê", "Pega Rapaz", etc, etc, etc. A década de 80 é a década de Ouro. Rita entra no especial da TV Globo "Mulher 80" que foi um grande sucesso. Em 1985 entra na 1ª edição do "Rock In Rio". Entra no Festival dos Festivais como júri. A sua credibilidade está no auge. Faz digressões pelo País que terminam na Europa e nos Estados Unidos em 1988. O álbum "Zona Zen" de 88 traz "Livre Outra Vez", "Independência e Vida", "Zona Zen" e "Nunca Fui Santa" que fazem bom êxito. Nestes anos ainda tem duas intervenções cirúrgicas, uma às cordas vocais e outra por acidente de automóvel. Está a criar 3 filhos (claro, com a ajuda da mãe).
Na década de 90 Rita e Roberto seguem carreiras a solo. Faz uma digressão acústica, só com voz e violão, "Bossa 'n' Roll". Estreia na MTV Brasil o programa "TVEEZÃO" e lança o álbum "Rita Lee" em 1993. Em 95 abriu o show dos Rolling Stones e na digressão do álbum "A Marca Da Zorra" Roberto de Carvalho volta a tocar com ela. Antes do show com os Rolling Stones teve de ir ao hospital por misturar calmantes com álcool. No ano seguinte cai da varanda de um 2º andar por excesso de barbitúricos. Deu cabo do maxilar e teve que colocar pinos de titânio. Embora tenha dito que iria largar drogas e álcool. Só o virá a fazer totamente em 2006.
Em Dezembro de 1996 (após 20 anos) é que se casa oficialmente com Roberto de Carvalho.
Em 1997 lança o álbum "Santa Rita de Sampa". "Dona Doida" virou tema da novela "Zázá". O disco foi um sucesso de vendas. "Obrigado Não" foi um grande êxito e "Homem Vinho" foi uma homenagem a Caetano Veloso. Em 98 lança o "Acústico MTV" que tem várias parcerias.
Em Dezembro de 1996 (após 20 anos) é que se casa oficialmente com Roberto de Carvalho.
Em 1997 lança o álbum "Santa Rita de Sampa". "Dona Doida" virou tema da novela "Zázá". O disco foi um sucesso de vendas. "Obrigado Não" foi um grande êxito e "Homem Vinho" foi uma homenagem a Caetano Veloso. Em 98 lança o "Acústico MTV" que tem várias parcerias.
Em 2000 sai o álbum "3001" com gramdes sucessos como "Erva Venenosa", "Pagu" e "O Amor em Pedaços". O show 3001 foi apresentado na festa de fim de ano da TV Bandeirantes. Caetano Veloso, Zélia Duncan, Paula Toller e Patp Fu participaram. O disco foi nomeado para melhor disco de Rock do Grammy Latino 2001. Em 2001 grava um CD só com temas dos Beatles. O título foi "Aqui, Ali em Qualquer Lugar". Faz uma digressão pelo Brasil com o nome de "Bossa 'n' Beatles". Depois faz uma digressão pela América do Sul com o nome "Yé Yé Yé de Bamba". Os temas mais apreciados foram "Minha Vida" (In My Life), "P'ra Você Eu Digo Sim" (If I Feel).
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Em 2010 diz que faz a sua última digressão. Percorre todo o Brasil e vai a Buenos Aires. A 22 de Janeiro de 2012 anuncia a sua retirada. Diz que sai dos Shows mas não da música. Em Fevereiro de 2012 desfila no Carnaval, na Escola Águias de Ouro cujo tema era a Tropicália. Também Caetano e Gil desfilaram e até Wanderleia, Cauby Peixoto e Ângela Maria. Ela homenageou a actriz Leila Diniz envergando um vestido de noiva que lhe pedira emprestado para um show dos Mutantes mas que nunca lhe devolveu.
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O seu último álbum com inéditos foi "Balacobaco" em 2003. Só em 2012 volta a lançar um álbum, "Reza", com inéditos. "Reza" o primeiro single acaba por ultrapassar "Ai Se Eu Te Pego" de Michel Teló no nº de downloads da itunes Brasil, batendo um novo recorde. Depois a novela da Rede Globo "Avenida Brasil" vai adoptá-la para trilha sonora. A 4 de Novembro de 2012 volta aos palcos no Festival Green More. Em 2013 deu uma entrevista à revista "Marie Claire em que diz "que para envelhecer com suavidade a mulher tem de ter dessapego. É muito complexo". Em 2014 deixou de pintar os cabelos e assumiu os seus grisalhos. "Quero ficar anónima", diz. Em 2014 foi homenageada com o musical de teatro "Rita Lee Mora ao Lado". A actriz Mel Lisboa que fez o seu papel desatou em choro quando a viu na plateia. Esse papel fê-la ganhar o prémio de melhor actriz de 2014. Em 2016 saíu uma caixa com 20 CDs da sua carreira, incluindo um com raridades. Apesar de retirada é das artistas que mais continua a vender. Também em 2016 lançou a sua "Autobiografia", um livro de muito agradável leitura, que recomendamos pois é totalmente despretencioso, cómico e autocrítico. Sobre o livro disse, "o maior luxo da vida é dar amor aos bichos e ter uma horta".
Rita Lee em Junho de 2018, aos 70 anos, lançou o livro "favoRita" onde conta histórias do seu amor pelos bichos e das perseguições que sofreu pela Ditadura Militar, bem como cenas de bastidores. Recebeu o prémio de melhor autora de 2016 pela APCA. Ao longo da sua carreira fez muitos espectáculos de Rádio e TV, participou em filmes, escreveu livros para crianças e lançou mais de 40 álbuns. Recebeu vários prémios incluindo um Grammy Latino por "3001".
Fair Weather foi um conjunto do País de Gales formado em 1970 pelo fundador dos Amen Corner, Andy Fairweather Low. Quando o saxofonista Allan Jones saíu dos Amen Corner para formar os Judas Jump, Andy continuou com todos os outros músicos, menos o outro sax Mike Smith. Assim ficaram Dennis Byron (bateria), Blue Weaver (órgão), Clive Taylor (baixo), Neil Jones (viola) e, claro Andy Fairweather (viola solo e voz). O primeiro single é "Natural Sinner" que logo sobe ao 6º lugar do Top britânico, e razão pela qual ele aparecia no nosso Estudium.
Gravam o álbum "Beginning From An End". Do álbum lançam 3 singles, "Lay It On Me", "Tutti Frutti" e "Poor Man's Burn A Run". Não mais subiram ao Top 20 e em 1971 o grupo desfaz-se com a saída de Dennis Byron para os Strawbs.
Andy Fairweather seguiu uma carreira a solo e passa a tocar regularmente com Eric Clapton, George Harrison e Roger Maters. Em 1975 consegue entrar no Top 10 com o seu disco "Wide Eyed And Legless". Depois ainda se juntou aos Strawbs e fez concertos com os Mott The Hoople, Pet Shop Boys e durante muitos anos com os Bee Gees onde Dennis Byron também estava a tocar.
Andy Fairweather seguiu uma carreira a solo e passa a tocar regularmente com Eric Clapton, George Harrison e Roger Maters. Em 1975 consegue entrar no Top 10 com o seu disco "Wide Eyed And Legless". Depois ainda se juntou aos Strawbs e fez concertos com os Mott The Hoople, Pet Shop Boys e durante muitos anos com os Bee Gees onde Dennis Byron também estava a tocar.
AMEN CORNER
Os Amen Corner foram um grupo Rock/Blues formado em 1966 no País de Gales (Reino Unido). Primeiro começaram com Blues e Jazz mas a editora com quem assinam Quer mais música Pop e os primeiros singles da Deram á abordam esse estilo. Em 67 sai "Gin House Blues" e "The World of Broken Hearts". Em 68 começam a fazer mais sucesso com "Bend Me Shake Me" e "High In The Sky". Neste ano á são conhecidos a nível mundial. No fim de 68 mudam-se para a Immedate e lançam o single "(If Paradse Is) Half As Nice" que atinge o 1º posto no Top do Reino Unidos e em outras capitais europeias. Depois lançam "Hello Susie" que atinge o 5º lugar.É uma canção de Roy Wood dos Move. Gravam então o álbum "Farewell To Real Magnificent Seven" por serem 7 no grupo. O álbum incluia um cover dos Beatles,"Get Back". Antes de terminarem ainda entram num filme de terror, "Scream And Scream Again" tocando o tema do filme. O grupo era constituído por Andy Fairweather (viola solo e voz), Neil Jones (viola que faleceu a 8 de Junho de 2018), Allan Jones (sax), Mike Smith (sax), Clive Taylor (baixo), Blue Weaver (órgão) e Dennis Byron (bateria). Foi a saída de Allan Jones para formar os Judas Jump e Mike Smith que dexou de tocar que ditou o fim do grupo.
Os Amen Corner foram um grupo Rock/Blues formado em 1966 no País de Gales (Reino Unido). Primeiro começaram com Blues e Jazz mas a editora com quem assinam Quer mais música Pop e os primeiros singles da Deram á abordam esse estilo. Em 67 sai "Gin House Blues" e "The World of Broken Hearts". Em 68 começam a fazer mais sucesso com "Bend Me Shake Me" e "High In The Sky". Neste ano á são conhecidos a nível mundial. No fim de 68 mudam-se para a Immedate e lançam o single "(If Paradse Is) Half As Nice" que atinge o 1º posto no Top do Reino Unidos e em outras capitais europeias. Depois lançam "Hello Susie" que atinge o 5º lugar.É uma canção de Roy Wood dos Move. Gravam então o álbum "Farewell To Real Magnificent Seven" por serem 7 no grupo. O álbum incluia um cover dos Beatles,"Get Back". Antes de terminarem ainda entram num filme de terror, "Scream And Scream Again" tocando o tema do filme. O grupo era constituído por Andy Fairweather (viola solo e voz), Neil Jones (viola que faleceu a 8 de Junho de 2018), Allan Jones (sax), Mike Smith (sax), Clive Taylor (baixo), Blue Weaver (órgão) e Dennis Byron (bateria). Foi a saída de Allan Jones para formar os Judas Jump e Mike Smith que dexou de tocar que ditou o fim do grupo.
NEW AMEN CORNER
Estes músicos não têm nada a ver com o antigo grupo, mas recriaram o som dos sixties. São músicos experientes que queriam relançar o som dos sixties, mas não sabiam como descortinar um nome. Foi Allan Jones que os incentivou a utilizarem o nome Amen Corner que continuava a gozar de boa credibilidade no Reino Unido.
Como nenhum deles pertencera aos originais decidiram então acrescentar New ao nome. Assim em 2010 os New Amen Corner começam a aparecer no circuito dos sixties. A formação inicial foi Glen Leon (viola e voz), Jules Benjamin (órgão, voz), Dave Howson (baixo e voz), muitas vezes confundido com Andy Fairweather (pois hoje ambos são carecas e de óculos) e Jacko Howson (bateria). Mais tarde juntou-se Frogman Curtis (sax tenor). Como músicos, antes deste projecto, tocaram com nomes como Jeff Beck, Roy Wood, Alexis Korner, Robert Plant, Steve Ellis, Mike D'Abo, Cliff Bennet, Ruby Turner, Mike Oldfield, Alvin Stardust, Chip Hawkes, Jack Graham e Chris Farlow para citar apenas alguns.
Estes músicos não têm nada a ver com o antigo grupo, mas recriaram o som dos sixties. São músicos experientes que queriam relançar o som dos sixties, mas não sabiam como descortinar um nome. Foi Allan Jones que os incentivou a utilizarem o nome Amen Corner que continuava a gozar de boa credibilidade no Reino Unido.
Como nenhum deles pertencera aos originais decidiram então acrescentar New ao nome. Assim em 2010 os New Amen Corner começam a aparecer no circuito dos sixties. A formação inicial foi Glen Leon (viola e voz), Jules Benjamin (órgão, voz), Dave Howson (baixo e voz), muitas vezes confundido com Andy Fairweather (pois hoje ambos são carecas e de óculos) e Jacko Howson (bateria). Mais tarde juntou-se Frogman Curtis (sax tenor). Como músicos, antes deste projecto, tocaram com nomes como Jeff Beck, Roy Wood, Alexis Korner, Robert Plant, Steve Ellis, Mike D'Abo, Cliff Bennet, Ruby Turner, Mike Oldfield, Alvin Stardust, Chip Hawkes, Jack Graham e Chris Farlow para citar apenas alguns.
O respeito que ganharam entre os grupos originais foi tal que nos seus concertos vêm cantar ou tocar com eles. Nomes como Mike D'Abo (Manfred Mann), Steve Ellis (Love Affair), Chris Farlow, Chip Hawkes (Tremeloes), Tony Crane (Merseybeats). Por vezes tocam com eles a orquestra de seis elementos The Summer Love Orchestra para conseguirem sons mais psicadélicos. Os New Amen Corner fazem cerca de 220 concertos por ano e este ano já têm o primeiro trimestre fechado.
Manito Hedair Badaró nasceu a 23 de Abril de 1933 em S. Paulo no Brasil e faleceu a 1 de Novembro de 2008 em Lisboa.
Começou na Rádio em S. Paulo. O seu êxito chmou a atenção da gente do Teatro e em 1954 fez a sua estreia no Teatro das Bandeiras no Rio de Janeiro. Fez digressões pelo Brasil e actuou na TV do Rio e na TV TUPI Entrou em vários filmes como "A Baronesa Transviada", "Colégio de Brotos" e "Simão o Caolho". |
Em 1957 veio a Portugal com a Revista de comédia " Fogo no Pandeiro" e não mais regressou. A amizade com Raul Solnado muito o ajudou a ambientar-se. Fez a comédia "Empresta-me o Teu Apartamento" com a actriz Alina Vaz.
Depois começou a ecrever programas como "Badaroscopo", "Badaró 9/2", "É Fogo Novo" e a revista "Adão e Elas". No Porto fez "Sob a Luz dos Projectores" e "O Cantinho dos Magriços". Em 1980 já fizera o papel de chinês, o "Chinezinho Limpópó" no programa de Nicolau Breyner (OP nº 75) "Eu Show Nico". Em 82/83 faz um programa infantil para a TV, "O Jardim do Celestino". |
. Badaró actuou na Em 1985 apresentou na TV a série "Badarosíssimo" onde comediava a crise existente e que fez trazer o FMI até nós. Para além dele entraram Henriqueta Maia, Carlos Quintas, Fernanda Borsatti, Luís Mascarenhas e um miúdo magrito de nome Fernando Mendes. É aí que surge uma frase que passa a ser ouvida em todo o lado, "Ó Abreu dá cá o Meu". Faz também de "Maestro da Charanga". Em 1988 apresenta "O Grande Pagode", um programa para crianças apresentado por Ana Malhoa. Aqui fica a frase do chinezinho que dizia "Eu Inspirico, você só comprica".
Nos anos 90 andou fazendo espectáculos pelo País e gravou o single "A Barata". Em 97 gravou uma versão de Dragonball. Badaró fez programas para a Rádio, TV, Cinema, Revista, Teatro e fez digressões por Angola, Guiné e Moçambique. Visitou também os Açores e a Madeira.
Nos anos 90 andou fazendo espectáculos pelo País e gravou o single "A Barata". Em 97 gravou uma versão de Dragonball. Badaró fez programas para a Rádio, TV, Cinema, Revista, Teatro e fez digressões por Angola, Guiné e Moçambique. Visitou também os Açores e a Madeira.
A discografia de Badaró estendeu-se por 3 álbuns, "A Barata", "Dragonball" e "A Noita da Cowboiada" e 7 singles e EPs. "Meninas de Odivelas", "Badaroscope", "Como Espilico", "O Jardim do Celestino", "O Astronauta", "O Mundo Alegre de Badaró" e "Baile Mandado de Belém". Badaró faleceu em 2008 aos 75 anos vítima de um cancro no estômago. Nos anos anteriores já tivera varios problemas de saúde. Foi o seu filho quem deu a notícia da sua morte. O seu corpo foi entregue à ciência para estudo como era vontade do artista.
Alguns dos seus grandes amigos além de Solnado foram Hermínia Silva e Vasco Morgado.
Alguns dos seus grandes amigos além de Solnado foram Hermínia Silva e Vasco Morgado.
António Mourão Nasceu no Montijo e morreu em Lisboa a 19 de Outubro de 2013. Vivia na Casa do Artista e nos últimos anos tinha sido atingido por grandes depressões e não queria ver ninguém. Foi uma excelente voz que por nós passou. A sua história contámo-la na Onda Pop nº 57 quando o entrevistámos na sua ida a Moçambique. Mas a sua voz merece ser recordada mais uma vez.
Grupo Folk inglês nascido em 1967.
Foi formado por Richard Thompson (viola), Simon Nicol (viola), Ashley "Tyger" Hutchines (baixo) e Shaun Frater (bateria) depois substituído por Martin Lamble. Foram descobertos por Joe Boyd que logo assegurou um contrato com a Polydor Records. Para o 1º álbum gravado em 67 já tinham também Judy Byble e Ian Matthews como vocalistas. O álbum saíu em 68 com nome "Fairport Convention" com "covers" de Bob Dylan, Joni Mitchel e The Birds. Passam a ser conhecidos como os Jefferson Airplane ingleses. Acabam por apresentar-se com eles no 1º Festival da Ilha de Wight em 1968. O 1º disco foi um fiasco. Depois assinam com a Island Records. Judy sai e entra Sandy Denny. A nova voz traz mais intensidade à banda. Gravam os álbuns "What We Did On Our Holidays" e "Unhalfbricking". É aqui que se nota o seu crescimento já com originais. Entretanto na gravação do 2º álbum Ian Matthews sai em conflito com o produtor e vai formar os Matthews Southern Confort.
Foi formado por Richard Thompson (viola), Simon Nicol (viola), Ashley "Tyger" Hutchines (baixo) e Shaun Frater (bateria) depois substituído por Martin Lamble. Foram descobertos por Joe Boyd que logo assegurou um contrato com a Polydor Records. Para o 1º álbum gravado em 67 já tinham também Judy Byble e Ian Matthews como vocalistas. O álbum saíu em 68 com nome "Fairport Convention" com "covers" de Bob Dylan, Joni Mitchel e The Birds. Passam a ser conhecidos como os Jefferson Airplane ingleses. Acabam por apresentar-se com eles no 1º Festival da Ilha de Wight em 1968. O 1º disco foi um fiasco. Depois assinam com a Island Records. Judy sai e entra Sandy Denny. A nova voz traz mais intensidade à banda. Gravam os álbuns "What We Did On Our Holidays" e "Unhalfbricking". É aqui que se nota o seu crescimento já com originais. Entretanto na gravação do 2º álbum Ian Matthews sai em conflito com o produtor e vai formar os Matthews Southern Confort.
A gravação de "A Sailor's Life", um tradicional inglês que Denny já trazia do seu repertório a solo leva-os a explorar melhor a canção tradicional inglesa para o álbum seguinte. Entretanto eles acabam por obter grande êxito quando lançam o single "Si Tu Dois Partir", a versão francesa de "If You Gotta Go, Go Now" de Bob Dylan. A canção não chegou ao Top 20 mas fez muito sucesso no "Top Of The Pops" o principal programa de novos discos de TV da BBC.
A 12 de Maio de 1969 vindos de Birmingham a carrinha onde se transportam tem um brutal acidente na M1 e Martin Lamble (19 anos) e Jeannie (namorada de Thompson) morrem tendo os outros ficado feridos. A 1ª decisão é terminarem o grupo. Entretanto conhecem o baterista Dave Mattacks e decidem continuar. Gravam o 4º álbum "Liege & Lief" que acaba por ser considerado o melhor álbum do grupo. O álbum chega a 17º no Top e esteve na lista por 15 semanas.
A 12 de Maio de 1969 vindos de Birmingham a carrinha onde se transportam tem um brutal acidente na M1 e Martin Lamble (19 anos) e Jeannie (namorada de Thompson) morrem tendo os outros ficado feridos. A 1ª decisão é terminarem o grupo. Entretanto conhecem o baterista Dave Mattacks e decidem continuar. Gravam o 4º álbum "Liege & Lief" que acaba por ser considerado o melhor álbum do grupo. O álbum chega a 17º no Top e esteve na lista por 15 semanas.
Em 1970 e devido ao sucesso que estavam a alcançar levam os elementos a maiores exigências musicais. Ashley quer explorar a música tadicional e sai para formar dois grupos rivais, os Steeleye Span e a Albion Band. A vocalista Sandy Denny sai também para uma carreira a solo. Dave Pegg é quem substitui no baixo. Em 70 sai o álbum "Full House". Agora só com vozes masculinas o grupo parece estar melhor que antes, chegam a compará-lo ao The Band. O álbum vai a 13º lugar no Top inglês estando 11 semanas nas listas. Ainda lançam o single "Now Be Thankfull" e fazem uma digressão aos Estados Unidos com os Traffic e os Crosby, Steal, Nash & Young. Thompson sai para seguir carreira a solo.
Das origens resta Simon. Dave Swarbrick torna-se o leader. O álbum de 1971 vai chamar-se "Angel Delight". Fazem nova digressão aos Estados Unidos. Depois desenvolvem um projecto de Opera Rock Folk baseado na vida de John Barbacombe, o homem que não podiam enforcar. O álbum chega a 195º na Billboard 200. Simon sai para se juntar à Albion Band. Depois sai Mattack. Ficaram Pegg e Swarbrick. Foi a chamada "Fairport Confusion" com músicos a entrar e a sair. Em 73 Mattacks volta ao grupo e dois membros da banda Fortheringay de Sandy Denny entram, o marido de Sandy, o australiano Trevor Lucas (viola e voz) e o americano Jerry Donahue (viola solo). Gravam o álbum de estúdio "Rosie" e em 74 "Nine". Cinco dos temas são da autoria de Trevor. Denny volta para o grupo em 74 e o álbum de 75 "Rising For the Moon" atinge o melhor lugar na Billboard 200. A posição 143º e a 52ª em Londres.
Mattacks entra em conflito com o produtor e sai. Depois Trevor e Donahue também o seguem. Em 76 Sandy segue o mesmo caminho. Sandy volta à carreira a solo mas em 1978 cai ao descer um lanço de escada, acaba com uma hemerrogia cerebral e morre. Tinha 31 anos. No grupo continuam Pegg Powland e Swarbrick para terminar o álbum "Gotte O'Geer" em 76 sob o nom Fairport. Depois de mais dois álbuns com músicos de estúdio o grupo termina.
O movimento Folk também tinha abrandado mas o grupo não termina de vez. As vendas baixavam e ninguém queria gravar. Dave e Christine Pegg fundam então a "Woodworm Records". Por vezes juntavam-se para tocar num ou noutro evento e anualmente no Festival Cropredy. Em 1982 gravam o concerto dado no Broughfon Castle e lançam o álbum "Moat On The Ledge". Os músicos iam colaborando com outros artistas. Dave Pegg toca depois com os Jetro Tull. Outros antigos membros colaboram quando disponíveis.
Finalmente em 1985 três dos antigos membros resolvem voltar e relançar a banda. De 86 a 97 vai haver grande estabilidade. Em 86 sai o álbum "Expletive Delight" e em 87 sai "In Real Time Life 87". As audiências vão subindo e convidam compositores para escrever novas canções. Lançam "Red & Gold" em 89, "The Five Seasons" em 90 e "Jewel In The Crown" em 95 talvez o melhor álbum dessa época. Entretanto Mattacks acaba por se afastar por excesso de trabalho que tem com outros projectos. Em 97 lançam "Who Knows Where The Time Goes". Em 98 Dave Mattacks vai para os Estados Unidos e é substituído por Gerry Cowvey. Em 2000 a Woodworm Record lança o álbum "The Wood and The Wine" e "XXXV" en 2002. Depois em 2004 "Over The Next Hill" é lançado ela mesma editora já com outro nome, Matty Grooves Records. Fazem grandes digressões pelo Reino Unido, Europa, Austrália, Ásia, Estados Unidos e Canadá.
Finalmente em 1985 três dos antigos membros resolvem voltar e relançar a banda. De 86 a 97 vai haver grande estabilidade. Em 86 sai o álbum "Expletive Delight" e em 87 sai "In Real Time Life 87". As audiências vão subindo e convidam compositores para escrever novas canções. Lançam "Red & Gold" em 89, "The Five Seasons" em 90 e "Jewel In The Crown" em 95 talvez o melhor álbum dessa época. Entretanto Mattacks acaba por se afastar por excesso de trabalho que tem com outros projectos. Em 97 lançam "Who Knows Where The Time Goes". Em 98 Dave Mattacks vai para os Estados Unidos e é substituído por Gerry Cowvey. Em 2000 a Woodworm Record lança o álbum "The Wood and The Wine" e "XXXV" en 2002. Depois em 2004 "Over The Next Hill" é lançado ela mesma editora já com outro nome, Matty Grooves Records. Fazem grandes digressões pelo Reino Unido, Europa, Austrália, Ásia, Estados Unidos e Canadá.
Fazem uma associação com o músico bretão Alan Simon e tocam na gravação de todas as suas óperas Rock incluindo Excalibur Trilogy (1998, 2007, 2010) e Anne de Bretagne (2008). Em 2007 no 40º aniversário da banda gravam o álbum "Sense of Occasion". Tocam todo o álbum "Liege & Lief" no Festival de Corpredy. Desde 2004 que são renomeados de Fairport's Cropredy Convention quando juntaram os seus membros de 1969 Dave Swarbrick, Ashley Hutching, Dave Mattacks, Simon Nicol e Richard Thompson. A vocalista era Chris While no lugar da malograda Sandy Dennis. O 1º video oficial da banda aparece no You Tube em Abril de 2008. Em 2011 lançam um novo álbum, "Festival Bell", o 25º, e o 1º em quatro anos. Em 2011 fazem o Tour Babbacombe Lee Live Again revisitando as canções do álbum de 1971 Em 2012 lançam este espectáculo num álbum. Em 2012 lançam o álbum "By Popular Request com as canções mais requisitadas pelo público. Em 2015 voltam aos originais com o álbum "Myths and Heroes".
O reconhecimento público é-lhes feito em 2002 quando recebem o prémio de "Lifetime Achievement Award" dado pela BBC Radio 2 Folk. Também nesse ano a Free Reed Records lança uma caixa de 4 CDs com material raro não gravado em 35 anos de carreira. O seu álbum "Liefe & Lief" recebe em 2006 o prémio de álbum que mais influeciou o Folk.
Em 2017 lançam o álbum "50, 50@, 50" para comemorarem os 50 anos da banda. Metade das canções são de estudo. outra metade são ao vivo. Os músicos agora são Simon Nicol, Dave Pegg, Chris Lesle, Ric Sanders e Gerry Conway. Entre os convidados para tocar no álbum esteve Robert Plant.
Em 2017 lançam o álbum "50, 50@, 50" para comemorarem os 50 anos da banda. Metade das canções são de estudo. outra metade são ao vivo. Os músicos agora são Simon Nicol, Dave Pegg, Chris Lesle, Ric Sanders e Gerry Conway. Entre os convidados para tocar no álbum esteve Robert Plant.
Juan Ignacio Pardo Suarez nasceu em Palma de Maioca a 11 de Novembro de 1942. Seu pai Carlos Pardo estava destacado como militar de Marinha na base militar de Soller. Sua mãe Aurelia Suarez era galega. No final dos anos 40 vão para Ferrol na Galíza. Seu pai acabará por chegar a Almirante. É aí que Juan faz todos os seus estudos no colégio Tirso de Molina antes de partir para Madrid nos anos 60. Não foi admitido na Marinha por um problema ocular e resolve seguir uma carreira na música. O seu primeiro conjunto foi Los Vandalos. Dois dos seus primos formaram Los Teleco e Juan passa a tocar e cantar com eles. Pouco tempo o fez porque logo de seguida é convidado a entrar para Los Pekenikes. Havia contrato com a Hispavox e foram gravar para estúdio, mas aí a Hispavox não gostou da sua voz e exigiu que fosse Junior (Antonio Morales) o vocalista que estava de saída a gravar porque a sua voz não dava. Esta recusa permite-lhe gravar a solo para a Fontana em 63 o EP "Juan Pardo y su Conjunto". Mas aqui a editora não gostou dos Teleco e contratou Los Relâmpagos. Junior acabou por sair definitivamente dos Pekenikes e Juan Pardo voltou. Desta vez já foi aceite pela gravadora e gravou "Da Do Ron Ron", "La Bamba", "Ella Te Quiere" (versão espanhola de "She Loves You" dos Beatles (primeira versão espanhola dos Beatles, anterior aos Los Mustang". Esteve com eles 1963 e 64. Junior também gravou a solo.
.A partir de 66 muda-se para Los Brincos onde para o final já havia dois vocalistas, ele e Junior. Em 1967 os dois saem e formam o Duo Juan Y Junior. Nesta época Juan namorava Rocio Durcal e Junior Marisol. Lançam o single "Anduriña" que obtem grande êxito, mas em 69 separam-se. Junior acabará por casar com Rocio Durcal. Começam carreiras a solos. Pardo começa a escrever para outros artistas como Rocio Jurado, Los Pecos, Camilo Sesto, Massiel, Andres de Barros, Pepa Flores (Marisol) com quem faz programas TV, Peret (El Burriquito) e outros.
No dia de Reis de 1970 deu um concerto na sua terra Ferrol acompanhado por excelentes músicos. Apesar de já ter estado nos primeiros lugares do Top ele considerava esta apresentação como a sua verdadeira validação. Um dos seus primeiros exitos é "La Charanga" single cantado em Galego e espanhol que atinge o 1º lugar nas vendas apesar de 5 minutos de duração e vende 150 mil exemplares em dois meses.
No dia de Reis de 1970 deu um concerto na sua terra Ferrol acompanhado por excelentes músicos. Apesar de já ter estado nos primeiros lugares do Top ele considerava esta apresentação como a sua verdadeira validação. Um dos seus primeiros exitos é "La Charanga" single cantado em Galego e espanhol que atinge o 1º lugar nas vendas apesar de 5 minutos de duração e vende 150 mil exemplares em dois meses.
Depois lança o álbum "Juan Pardo" e canções num estilo misto como "Toros en México / El Poeta" que atinge os primeiros lugares do Top. Entra no filme "45 Rotaciones por Minuto" de Pedro Lazaga, junto com Ivana, Formula V e Los Angeles. Em 71 lança o álbum "Soledades" donde saiem canções como "Cuando Te Enamoras", "A Maman", "Niña", "Leonor". Em 72 lança o álbum "Natural" que atinge o Top. Começa a produzir para nomes como Cristina (ex Los Stop) (OP nº57), La Pandilla, Camilo Sesto, Emilio Jose, Peret e nos anos 80 também para Los Pecos, Parchis e Rios. En 73 lança para a Ariola, "My Guitar" um disco em inglês, mais Pop e com algumas características próximas de Cat Stevans. Juan queria chegar ao mercado anglo saxónico. Também em 73 sai o single "Adiós A Mariquiña" um poema de Rosalia de Castro com música sua e cantado em castelhano e galego. Foi o seu maior êxito em 73. Em 74 lança "Conversations With Myself" em inglês mas sem êxito. No entanto "Conversaciones Conmigo Mismo" esteve 3 semanas no topo do Top espanhol.
O mercado inglês não funcionou e voltou-se novamente para o romântico lançando em 75 "Hotel Tobazo" com arranjos e teclados de Eduardo Leiva (habitual nos seus discos) e guitarras de Tony Obrador (outro ex Pekenike) e coros de Maria Luz Casal e Ana Oz. Em 76 sai "Calypso Joe" com as canções "Adios Jamaica" e "Agua", mais na área ska e reggae acompanhado de Los Comodines que já eram produzidos por ele. Juan Pardo produziu muitos artistas e até Los Mismos e Nuestro Pequeño Mundo. Em 76 lança o seu 1º álbum totalmente em Galego "Galicia, Miña Nai dos Dous Mares" musicando poemas de poetas galegos antigos e contemporâneos, onde incluíu o hino da Galiza. Também escreveu o Hino do Partido UCD de Adolfo Suarez que venceu as 1ªs eleições democráticas em Espanha. Também em 76 faz a música para a peça teatral musical "Madrid, Pecado Mortal" de António D. Olano. A peça era fraca assim como a música e letras mas os actores representavam nus pois tratava-se de uma denúncia da censura que acabava de ser abolida. Nos últimos anos da década de 70 deixou um pouco a interpretação para se dedicar mais à composição e à produção. Em 78 faz o último single para a Ariola, "Amor Mio".
Na década de 80 acaba por aceitar o namoro que a Hispavox lhe faz (os que antes diziam que não sabia cantar) e assina com eles. Lança o álbum "Juan, Mucho Más Juan" donde saem singles como No Me Hables/Amar Despues de Amar que lhe volta a dar o Top do Hit Parade espanhol e que atinge também os primeiros lugares em Portugal. Mas em 82 o álbum " Bravo Por La Musica" vende mais de 600 mil cópias, depois segue-se "Cavallo De Batalla" em 83 que vende 350 mil. Ambos atingem a 1ª posição de vendas. Canções como "Ahora Que No Estás", "Bravo Por La Música" ou "Hay Que Ver" e duetos com Rocio Jurado com quem colabora e nutre grande amizade até `sua morte. Durante anos fez os fins de ano na TVE. Depois em 84 grava com Fernando Arbex (com quem estivera anos de costas voltadas) em Londres o álbum "Un Sorbito de Champagne".A secção de cordas era dirigida por Gavin White e na bateria Charlie Morgan que depois se torna musico habitual de Elton John. Depois em 85 sai o duplo álbum ao vivo "Pardo Por La Música".Em 86 lança o álbum "Que Tienes En La Cama" com colaborações de Los Chunguitos e de Mari Trini. Depois vai fazendo outros trabalhos e as vendas de discos vão baixando de forma generalizada para todos. Ainda edita "Mirame De Frente" e volta a editar em 89 o álbum "Galo de Pelea" que teve um bom êxito. Em 90 edita "Uno Esta Solo" e em 91 "Mi Compré Unas Alas". Em 92 sai um álbum duplo recompilação de grandes êxitos "Sinceramente Juan" apenas com um inédito "Lo Nuestro Muere". Em 93 o álbum "La Niña y El Mar" é um trabalho de grande rigor em composição e arranjos. Ainda compôe e produz o álbum de Rocio Jurado "Palavra de Honor" com arranjos e direcção de Jose Antonio Quintano.
Em 1995 sai "Año Nuevo" que termina a triologida com J.A. Quintano. Em 97 edita-se um CD duplo cujo título é "Alma Galega" totalmente em galego com Juan Pardo, Joan Manuel Serrat, Paloma San Basilio, Gwendal, Xil Rios, Ana Kiro (OP nº 58), Amancio Prada, a pintora de Ferrol Maria Manuela e outros. Vende mais de 125 mil cópias, o que é bastante para um País como Espanha uma vez que é todo cantado em Galego. A sua carreira como intérprete vai diminuindo. Em 2000 grava o álbum "Trigeneration" um recompilado das suas canções do tempo de Los Brincos, Juan & Junior e trabalho a solo. 2003 é homenageado pela Sociedade Geral de Autores e Editores (SGAE) como o compositor com mais direitos registados. Em 2004 lança o seu último álbum "Lua Chea".
Juan Pardo retira-se então da actividade artística e dedica-se mais a outra actividade para a qual tem outro talento e ao mesmo tempo também é arte, a pintura. Revela-se um excelente pintor. Juan no seu álbum "La Niña Y El Mar" faz uma homenagem a Portugal e Amália cantando a sua composição "Un Fado...Amália". Também a pintou de forma admirável.
Juan Pardo retira-se então da actividade artística e dedica-se mais a outra actividade para a qual tem outro talento e ao mesmo tempo também é arte, a pintura. Revela-se um excelente pintor. Juan no seu álbum "La Niña Y El Mar" faz uma homenagem a Portugal e Amália cantando a sua composição "Un Fado...Amália". Também a pintou de forma admirável.
Depois ainda nos últimos anos quase que foi obrigado a voltar à actividade pois a sua filha decidiu seguir as pisadas do pai e tornar-se cantora. Lançou-se com alguns sucessos do pai no álbum "De Família" que foi co produzido pelo pai. É ela que o vai obrigando a sair. Também a sua filha mais velha Teba cantou com a irmã e o pai em 2013. Em 2014 sai para ir ao funeral do seu amigo Junior. Em 2016 canta com a filha na TVE. Em 2017 é hospitalizado para ser intervencionado a uma angioplastia coronária. Tudo corre bem. Grava com a filha Lys "Something Stupid" em 2017.
LYS PARDO a filha mais nova de Juan lançou-se na música em 2009, gravando um álbum com o seu companheiro Fernando Calderon, um guitarrista. Formaram o grupo Wagon Folk e o 1º álbum que gravam chama-se "Wagon Folk" do qual a canção mais conhecida é "La Mejor Noche de mi Vida". Lys havia estado no Chile como professora de Inglês e regressara a Espanha já com a ideia de se lançar na música. Em 2013 sai o álbum "De Família" com canções de Los Brincos, Juan & Junior e de Juan Pardo a solo. Pai e filha fazem um dueto em "Andurinã. Em 2017 grava com o pai "Something Stupid".
Lys Prado já demonstrou que tem potencial para se apresentar sem estar sobre a asa do pai.
Os Blue Twisters foram um grupo nascido em Quelimane em 68/69 que acabou sendo conhecido por todo o território moçambicano. Dos primeiros tempos faziam parte o saudoso Né Afonso (OP nº 79) no piano e voz, Francisco (voz), Oscar Nogueira (viola ritmo e voz), Eduardo Couto (viola solo), Oscar (bateria) e Luciano Roncon (baixo). Também tinham uns rivais, Os Lordes que se formaram primeiro e onde foram buscar muitos dos músicos que iam integrando a banda, incluindo Né Afonso. Não discutindo quem seria melhor,pois ambos tinham bom nivel o que é certo é que em Moçambique eram mais conhecidos. Mas Os Lordes também merecem a nossa referência.
Manuel Gonçalves nasceu a 27 de Fevereiro de 1953. Ainda bébé foi para Quelimane. Muito cedo começa a dar toques na bateria e pelos 16 entra para Os Lordes. Ainda encontra Abel antes de este ir para a tropa. Entretanto em 70 Midó dos Blue Twisters vai para LM e ele vai substituí-lo. Fica nos Blue Twisters mais ou menos um ano. Em 71 os seus colegas que estavam em Nampula na tropa e tinham o grupo "1580 Portuguese Royal Band" chamam-no para substituir o Aquino. Foi para Nampula integrar o grupo e em Janeiro de 73 sai para entrar na recruta e começar o serviço militar. Em Dezembro de 74 sai e volta a Quelimane. Não consegue emprego e vai para Nacala onde entra na SONAP. Depois é colocado em Quelimane e de seguida na Beira. Aí fica sete anos, arranja uma banda e como têm dificuldade em arranjar instrumentos e material técnico o conjunto ganha o nome de Arranja Maneira. Num diálogo com um colega comentava, "lembras-te quando tocávamos "Uma Estrada Para a Minha Aldeia" e "Trovas do Vento Que Passa", bons tempos". Como não temos gravações desses tempos vamos ouvir o saudoso Adriano Correia de Oliveira. Em 1982 vem para Portugal.
Abel Franck veio a fazer parte do grupo em 1973 depois de deixar o serviço militar. Primeiro iniciou-se nos Lordes, como viola solo, onde Arnaldo Miranda estava ao piano, Biriba era o baixo e Armindo Amaral o baterista e voz. Depois vai para o serviço militar em Nampula. Aí junto com Aquino (ex. Inflexos) na bateria, Ivo Rocha na voz, Roncon no baixo e Miranda nas teclas formam os 1580 Royal Portuguese Band e tocam em festas na piscina do Ferroviário ou nos Festivais do Parque Felgueiras e Sousa. Em 73 quando sai do serviço mititar é que ingressa nos Blue Twisters, que também estavam sempre a mudar pela ida de elementos para a tropa. Aí lembra-se que Eduardo Couto era o viola solo, Midó o bateria e Biriba o viola baixo.
Quando veio para Portugal formou o grupo Capulanas que tocou durante muitos anos. Depois passaram a duo, até que nos últimos anos acabou por ficar sòzinho e passou também a cantar. No Algarve na "Lagosteira" (nas Açoteias) apresenta-se muitas vezes ora como viola de Fado quando Paulina canta ou como show man mostrando toda a sua capacidade vocal num repertório muito variado e agradável de escutar.
Quando veio para Portugal formou o grupo Capulanas que tocou durante muitos anos. Depois passaram a duo, até que nos últimos anos acabou por ficar sòzinho e passou também a cantar. No Algarve na "Lagosteira" (nas Açoteias) apresenta-se muitas vezes ora como viola de Fado quando Paulina canta ou como show man mostrando toda a sua capacidade vocal num repertório muito variado e agradável de escutar.
John Edmond nasceu a 18 de Novembro de 1936 em Luanshya na Rodésia do Norte (hoje Zâmbia). O seu pai era um Engenheiro Mecânico escocês que trabalhava nas minas de cobre Roan Antelope, no entanto a maior parte da sua infância foi em Edimburgo na Escócia. Aos 3 anos a sua avó ofereceu-lhe uma harmónica e durante meia hora não a largou. Na Escócia cantou no coro do colégio e andou nos escuteiros onde tocou bateria. Em 53 ganhou um concurso de jovens bateristas cuja final foi no estádio do Wembley. A sua mãe morre era ainda um adolescente. Em 57 volta para a Rodésia (Zâmbia) e oferece-se para entrar nas Forças Armadas da Rodésia Do Sul (hoje Zimbabué) onde em 1958 forma o seu primeiro conjunto, The Bush Cats que tocavam música skiffle, estilo Lonnie Donengan. Aqui escreveu muitas canções que editará muitos anos depois. Depois vai trabalhar para as minas da Roan Antelope. Enviam-no para Inglaterra para tirar um curso informático. Nesses anos acaba por visitar vários Países e fazer um duo com o holandês Rob De Nijs, que mais tarde se vem a tornar no Cliff Richard holandês. Tocavam nos pubs dos cais de Amesterdão. Nos anos 60 volta para a Roan Antelope e na Rodésia volta a reunir os Bush Cats. Durante vários anos fica como programador analista até que o grupo Greatermans, para quem trabalha, o muda para a África do Sul. Em 67 0s Bush Cats voltam a terminar. Em Joanesburgo começa a tocar a solo música folk no Troubadour, no Nite Beat e outros pubs.
Em 1968 forma o trio folk The New Trends com Stevie Van Kerken (voz, teclas, harmónica, bateria) e Alan Goodwin (viola-solo). Gravam um single com "Hey Mr. Gipsy Man" e "It's Me" e o álbum " New Trends".Vão à Suazilândia cantar para os Duques de Kent. Em final de 68 ainda gravam o álbum "Coloured Rain" mas no início de 69 o grupo desfaz-se. É aí que John Edmond começa a actuar a solo cantando as suas canções. Stevie vai para Inglaterra e passa a pertencer ao backing voices de Elton John. Também se torna produtor e arranjador e começa a entregar as suas canções a grupos como os 4 Jack and A Jill (OP nºs 75, 77, 78, 89), Pat Gregory (OP nº 60), Nik Taylor John Berks (locutor da LM Radio OP nº 50), Johnny Collini, The Silver Threads, Lilac Rose, The Greenstones, Kevin Hinds e outros. Ao longo do ano de 70 foi aparecendo em pequenas apresentações nos Estados Unidos, Brasil, Austrália, Europa e Médio Oriente.
Em 1970 concorreu ao Festival Internacional da Canção de Tóquio com a linda canção "Round And Around". Organizou o Tour de Vicky Leandros pela África do Sul em 1973 e fez o apoio aos Middle of The Road no seu Tour pela África do Sul.
Em 1970 concorreu ao Festival Internacional da Canção de Tóquio com a linda canção "Round And Around". Organizou o Tour de Vicky Leandros pela África do Sul em 1973 e fez o apoio aos Middle of The Road no seu Tour pela África do Sul.
John Edmond é uma pessoa simples e afável. Dízíamos ser o homem das multi-profissões, pois ele compunha, produzia, era compére, descobria talentos. Mas quando os New Trends acabaram e quiz seguir carreira a solo, não foi fácil. Foi rejeitado por varias editoras. Edmond estava a ouvir "Farewell Britannia", uma composição que escrevera, quando entrou no estúdio o compositor e produtor Terry Dempsey. Parou escutou e perguntou a John quem estava a cantar. Ele pensou que Terry estava a brincar, mas este insistiu e disse "quero gravar esta voz". John então disse-lhe que era ele mas que tinha feito a gravação com o cigarro na boca. "Então vou-te gravar com o cigarro na boca" concluiu Terry. É assim que Terry lhe escreve "Fairy Tales" que entra no Top 20 da Spring Box Radio. Depois vem "Round And Around" que se vai tornar o seu primeiro grande sucesso. É a partir daqui que se afirma como um grande solista. Quando voltam do Japão passam pela Austrália, daí traz duas canções para gravar, "Boom Sha La La Lo" que era para os Seekers e "Pasadena" que era para os Easy Beats. "Boom Sha La La Lo" grava em 71 e atinge a 10ª posição do Top da Springbox mantendo-se 10 semanas no Top. "Pasadena" em 72 atinge o 17º e apenas durante 5 semanas por lá fica. Entretanto deixa a empresa de computadores e passa a ter um cargo de chefia na Gallo Music Publishing, editora discográfica. Em 73 lança uma canção americana com produção de Terry Dempley. "Toy Story" vai ser o seu maior êxito atingindo a 6ª posição no Top e mantendo-se 17 semanas no Top. Lança vários álbuns com as canções que escrevera durante a sua permanência no exército rodesiano, " Troopie Songs", "The UDI Songs", "Zimsongs And Zimtracks". Em 1982 lança o livro "The Story of Troopie Songs and The Rhodesian Bush War".
John chegou a General Manager na Gallo Records e articipou 17 vezes no Festival MIDEM em Cannes (frança). John foi sempre um bom desportista e jogou no Roan Antelope Team. Depois praticou Karate onde chegou a terceiro Dan incentivad pelo seu ex colega dos new Trend Allan Goldwin que era cinturão negro. Abriu uma escola de Karate em Joanesburgo. John e Theresa têm 4 filhos e os dois rapazes seguiram as pisadas do pai como músicos. As filhas uma é desportista e chegou a campeã do Transval em Karate a outra é artista e desenhou algumas das capas dos álbuns.
John desligou-se da Gallo Music Publishing para se dedicar profissionalmente ao Karate e dirigir a sua companhia editora, a Roan Antelope Music. Theresa tem uma escola de Modelos e dança e é uma executiva da editora. Realizaram dois discos em Africander para crianças e dois em inglês que foram gravados em Inglaterra e distribuídos também nos Estados Unidos e Austrália. O seu disco "Portugal I Love You" foi gravado no Brasil. John comprou uma quinta na província do Limpopo e aí desenvolveu um lodge de nome "KunKuru" onde existem vários tipos de jogos. Aí construíu uma pequena pista para aviões ligeiros e em 1990 tirou o se "brevet". Em 1994 quando viajavam sobre o Lago Karibe o motor da aeronave explodiu e John conseguiu miracolosamente aterrar em Binga salvando a família. John escreveu uma autobiografia de 1936 a 1974, "Bushcat - Minstrel of the Wild". Os seus CDs abordam muitos temas como a aviação a vida selvagem o amor o pop e a country a Rodesiana e a Guerra dos Boers que fez muito sucesso na África do Sul, Reino Unido, Canada, Austrália e Nova Zelândia. Como alentoso compositor editou mais de 500 canções (mais de 100 cantadas por outros). Já gravou 50 álbuns. O último saíu agora dia 1 de Frvereiro de 2019 com o título de "Songs of Kruger Park" com a capa desenhando um elefante com guitarra como podem ver numa foto acima. Com os seus 82 anos John continua dando concertos uma vez por outra. Estas duas canções "Big Five Little Five" e "Love Is A Walk In The Park" são do novo álbum.
John desligou-se da Gallo Music Publishing para se dedicar profissionalmente ao Karate e dirigir a sua companhia editora, a Roan Antelope Music. Theresa tem uma escola de Modelos e dança e é uma executiva da editora. Realizaram dois discos em Africander para crianças e dois em inglês que foram gravados em Inglaterra e distribuídos também nos Estados Unidos e Austrália. O seu disco "Portugal I Love You" foi gravado no Brasil. John comprou uma quinta na província do Limpopo e aí desenvolveu um lodge de nome "KunKuru" onde existem vários tipos de jogos. Aí construíu uma pequena pista para aviões ligeiros e em 1990 tirou o se "brevet". Em 1994 quando viajavam sobre o Lago Karibe o motor da aeronave explodiu e John conseguiu miracolosamente aterrar em Binga salvando a família. John escreveu uma autobiografia de 1936 a 1974, "Bushcat - Minstrel of the Wild". Os seus CDs abordam muitos temas como a aviação a vida selvagem o amor o pop e a country a Rodesiana e a Guerra dos Boers que fez muito sucesso na África do Sul, Reino Unido, Canada, Austrália e Nova Zelândia. Como alentoso compositor editou mais de 500 canções (mais de 100 cantadas por outros). Já gravou 50 álbuns. O último saíu agora dia 1 de Frvereiro de 2019 com o título de "Songs of Kruger Park" com a capa desenhando um elefante com guitarra como podem ver numa foto acima. Com os seus 82 anos John continua dando concertos uma vez por outra. Estas duas canções "Big Five Little Five" e "Love Is A Walk In The Park" são do novo álbum.
Veio para Portugal como responsável do fabricante de harmónicas e acordeons Honner. A maioria dos portugueses nunca ouviu falar dele, mas podem acreditar que teve muita importância no desenvolvimento da música portuguesa. Este alemão mal chegou começou a preparar uma escola. Thilo Krassman (OP nº 35), um grande amigo seu vem em 1957 fazer-lhe uma visita. Não mais saíu e os dois começam a colaborar e formar conjuntos e a gravar discos. De muitos miúdos que ensinou a tocar harmónica podemos salientar o Trio Harmonia que se viria a consagrar Campeão do Mundo. Falámos com José Peralta que fez parte do Quinteto Harmonia e até hoje continuava a ser um dos seus amigos. Pedimos-lhe que nos contasse um pouco da história deste maestro.
Siegfried Sugg nasceu na Alemanha e fez os seus estudos no Conservatório de Trossingen (na Floresta Negra) e ingressou aos 17 anos na Orquestra Sinfónica de Acordeões Hohner, onde também fez parte de um Trio de Harmónicas, com os seus colegas Walter Stephan e Rolf Glass que, nos Concertos da Orquestra faziam um "intermezzo", ou seja uma pequena actuação.
A Orquestra nas suas digressões internacionais visitou visitou Portugal algumas vezes nas décadas de 50 e 60, ficando memorável o êxito das suas actuações, como no Coliseu dos Recreios em Lisboa e noutras cidades.
Em 1954 a fábrica de instrumentos (como músico da sua Orquestra, era seu empregado) fez-lhe um convite propondo-lhe escolher entre três Países europeus em qual gostaria de se radicar para promover e ensinar o acordeão e harmónica, tendo ele escolhido Portugal e Lisboa.
Siegfried Sugg nasceu na Alemanha e fez os seus estudos no Conservatório de Trossingen (na Floresta Negra) e ingressou aos 17 anos na Orquestra Sinfónica de Acordeões Hohner, onde também fez parte de um Trio de Harmónicas, com os seus colegas Walter Stephan e Rolf Glass que, nos Concertos da Orquestra faziam um "intermezzo", ou seja uma pequena actuação.
A Orquestra nas suas digressões internacionais visitou visitou Portugal algumas vezes nas décadas de 50 e 60, ficando memorável o êxito das suas actuações, como no Coliseu dos Recreios em Lisboa e noutras cidades.
Em 1954 a fábrica de instrumentos (como músico da sua Orquestra, era seu empregado) fez-lhe um convite propondo-lhe escolher entre três Países europeus em qual gostaria de se radicar para promover e ensinar o acordeão e harmónica, tendo ele escolhido Portugal e Lisboa.
Dada a sua simpatia e afabilidade facilmente foi acolhido no meio musical lisboeta da época, tendo logo integrado o popular dueto Manos Alexandres e sido professor de uma Orquestra Escolar de Harmónicas ( sediada na então Escola Comercial Veiga Beirão, no Largo do Carmo, em Lisboa) e da Orquestra de Acordeões de Vila Franca de Xira. Também o Quinteto Potruguês e o Trio Harmonia foram apoiados e incentivados por ele a entrar em vários certames internacionais onde conquistaram vários primeiros e outros prémios.
Mercê dos seus conhecimentos musicais colaborou nas actuações e gravações de disco com as várias Orquestras e artistas como Maria de Fátima Bravo, Mariete Pessanha, Dulce Guimarães, Carlos do Carmo, Max, entre outros e o próprio Conjunto.
EEm 1956 e perante o excesso de de trabalho como músico e professor falou com o seu grande amigo Thilo Karassmam e tendo o seu assentimento pediu à Hohner que viabilidade a sua vinda para Lisboa. Thilo logo começou a lecionar e a colaborar com o Conjunto Helder Martins e com os Manos Alexandres tendo gravado um EP com eles e outro em dueto de acordeões com Siegfried Sugg com arranjos modernos da música portuguesa, e mais tarde formado também o seu conjunto os Thilo's Combo.
Siegfried fez várias digressões com artistas portugueses ao estrangeiro e colaborou em bastantes discos. Há mais de 30 anos que era o maestro arranjanjador da Tuna do Banco de Portugal.
Há dois anos tinha sido operado no Hospital de Santa Cruz. Na 2ª feira dia 4 de Fevereiro quando se preparava para ir dirigir mais um ensaio um ataque cardíaco decidiu a sua vida. Tinha 86 anos.
Mercê dos seus conhecimentos musicais colaborou nas actuações e gravações de disco com as várias Orquestras e artistas como Maria de Fátima Bravo, Mariete Pessanha, Dulce Guimarães, Carlos do Carmo, Max, entre outros e o próprio Conjunto.
EEm 1956 e perante o excesso de de trabalho como músico e professor falou com o seu grande amigo Thilo Karassmam e tendo o seu assentimento pediu à Hohner que viabilidade a sua vinda para Lisboa. Thilo logo começou a lecionar e a colaborar com o Conjunto Helder Martins e com os Manos Alexandres tendo gravado um EP com eles e outro em dueto de acordeões com Siegfried Sugg com arranjos modernos da música portuguesa, e mais tarde formado também o seu conjunto os Thilo's Combo.
Siegfried fez várias digressões com artistas portugueses ao estrangeiro e colaborou em bastantes discos. Há mais de 30 anos que era o maestro arranjanjador da Tuna do Banco de Portugal.
Há dois anos tinha sido operado no Hospital de Santa Cruz. Na 2ª feira dia 4 de Fevereiro quando se preparava para ir dirigir mais um ensaio um ataque cardíaco decidiu a sua vida. Tinha 86 anos.
MARIA GUINOT
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Maria Adelaide Fernandes Guinot Moreno nasceu a 20 de Junho de 1945. Vive a infância na zona de Almada e Barreiro e aos 4 anos já tem lições de piano. Vai acabar por fazer o curso no Conservatório Naconal de Lisboa cursando Piano, Harmonia e Arte de Dizer. Aos 20 anos entra para o Coro Gulbenkian. Obtém uma bolsa de estudo para Paris pelo seu trabalho "Debussy Et Son Ouvre". Nos respectivos Institutos aperfeiçoa as línguas Francês, Italiana, Alemã e Inglesa Em 68 entra num concurso para novos valores e é convidada a gravar um disco.
Ainda em 1968 grava o 1º disco, um EP para a etiqueta Alvorada com o nome Maria. As canções "Criança Loura", "A Canção Que Eu Canto", "La Mére Sans Enfant" e "Toi, Mon Ami", tudo composições de sua autoria. Seguia a linha dos baladeiros da época contestando injustiças. O 2º EP lançado em 69,"Balada do Negro Só", "Silêncios do Luar", "Escuta Menino" e "Poema do Silêncio". Como nesta época não era fácil viver da música e embora a Rádio a tocasse nao era suficiente para viver, tem de ter outra actividade e foi hospedeira da TAP durante vários anos. Assim afastou-se dos meios musicais. O bichinho da música não a largava e em 1980 volta as canções. Em 81 concorre ao Festival RTP da Canção com um lindo poema para a sua música " Um Adeus, Um Recomeço" Classifica-se em 3º lugar. Ganha o prémio para "A melhor música".
Ainda em 1968 grava o 1º disco, um EP para a etiqueta Alvorada com o nome Maria. As canções "Criança Loura", "A Canção Que Eu Canto", "La Mére Sans Enfant" e "Toi, Mon Ami", tudo composições de sua autoria. Seguia a linha dos baladeiros da época contestando injustiças. O 2º EP lançado em 69,"Balada do Negro Só", "Silêncios do Luar", "Escuta Menino" e "Poema do Silêncio". Como nesta época não era fácil viver da música e embora a Rádio a tocasse nao era suficiente para viver, tem de ter outra actividade e foi hospedeira da TAP durante vários anos. Assim afastou-se dos meios musicais. O bichinho da música não a largava e em 1980 volta as canções. Em 81 concorre ao Festival RTP da Canção com um lindo poema para a sua música " Um Adeus, Um Recomeço" Classifica-se em 3º lugar. Ganha o prémio para "A melhor música".
Maria Guinot concorre também ao Festival da canção da Rádio Comercial com a canção "Falar Por Falar", tendo-a gravado em single. Em 1984 volta ao Festival RTP da Canção com a canção "Silêncio e Tanta Gente" e vence o Festival. Torna-se a primeira mulher a vencer os 3 prémios, autora, compositora e intérprete. Na Eurovisão fica na 11ª posição. É aqui que ganha uma maior visibilidade nacional. Neste Festival a RTP quer apresentar as canções em Play-back e Guinot que tinha a orquestração de Pedro Osório, solidariza-se com os músicos, prescinde do playback e apresenta-se só com piano. A revista Mulheres atribúi-lhe o prémio para a música ligeira. Vai a Hamburgo participar no festival do Dia Internacional da Mulher. Mantém sempre a sua qualidade nunca se vergando ao comercial. Faz digressões por França, Inglaterra, Holanda, Suiça, Alemanha, Moçambique, S. Tomé, Zaire, Macau, Austrália, Venezuela, Canadá e Estados Unidos. Em 84 e 85 tem actividade jornalística publicando crónicas sob pseudónimos. Em 1986 a CGTP lança o duplo álbum "Cem Anos de Maio". Maria Guinot participa com a sua canção "Homenagem às Mães da Praça de Maio". Na RTP participa no progama "Deixem Passar a Música". A orquestra é dirigida por José Mário Branco e ela canta várias canções de sua autoria. Em 1987 lançou o livro e o álbum "Esta Palavra Mulher" com dez canões de sua autoria orquestrações de Pedro Osório. Colaboraram como artistas convidados Fernando Tordo e Paulo de Carvaho. Também participou no Festival RTP da Canção com a canção em "Imaginem Só" de Nuno Gomes dos Santos (OP nº 91) música sua e orquestração de Carlos Alberto Moniz e interpretada por Ana Alves. Colaborou no disco de José Mário Branco "Correspondências". Em 1991 o álbum "Maria Guinot" foi editado pela UPAV e teve produção de José Mário Branco. Em 1999 ao Ediclube editou o livro "Histórias do Fado" escrito por Ruben de Carvalho, José Manuel Osório e Maria Guinot com o tema "Um Século de Fado".
Em 2004 lança o livro "Memórias de um Espermatozóide Irrequieto" e o CD de inéditos "Tudo Passa". A partir de 2010 deixa de tocar depois de ter sido vítima de 3 AVC. Faleceu de infecção respiratória 3 de Novembro de 2018.
No seu livro de poemas "Esta Palavra Mulher" a contra capa é escrita por Natália Correia que diz: "A canção voa nas asas dos momentos breves. Reter-lhe o voo será a intenção dos autores cançonetistas que endereçam à retenção da leitura as suas letras. Até que ponto a especificidade do literário suporta esta transposição do fazer ouvir para o fazer ler? Maria Guinot lança esse desafio. O repto não é inédito mas sendo raro constitui ainda uma originalidade face à questão da fronteira entre a cultura de massas e a cultura de elites"... e termina..."Maria Guinot vai mais longe. Nas duas faces do seu emprazamento ela espalha o mesmo olhar feminino sobre as coisas. A palavra mulher é a bomba que ela coloca na fronteira entre a cultura de massas e a cultura de elites para a fazer explodir. E na verdade consegue-o. Porque, abatida a fronteira, o que fica a pairar deste livro é um manifesto da força da mulher".
No seu livro de poemas "Esta Palavra Mulher" a contra capa é escrita por Natália Correia que diz: "A canção voa nas asas dos momentos breves. Reter-lhe o voo será a intenção dos autores cançonetistas que endereçam à retenção da leitura as suas letras. Até que ponto a especificidade do literário suporta esta transposição do fazer ouvir para o fazer ler? Maria Guinot lança esse desafio. O repto não é inédito mas sendo raro constitui ainda uma originalidade face à questão da fronteira entre a cultura de massas e a cultura de elites"... e termina..."Maria Guinot vai mais longe. Nas duas faces do seu emprazamento ela espalha o mesmo olhar feminino sobre as coisas. A palavra mulher é a bomba que ela coloca na fronteira entre a cultura de massas e a cultura de elites para a fazer explodir. E na verdade consegue-o. Porque, abatida a fronteira, o que fica a pairar deste livro é um manifesto da força da mulher".
Na Onda Pop nº 53 já apresentámos a história de Les Problems, depois Les Charlots e finalmente a de Luís Rego na sua continuação a solo. Aqui trazemos mais algumas notas e canções ou sketches dele após Les Charlots.
Luis Rego nasceu em Lisboa em 30 de Maio de 1943. Filho de pais antifascistas, depois dos seus estudos liceais decide dar o salto para fora do País por não concordar coma guerra em África e portanto não a querer fazer. Assim aos 17 anos consegue ir para Paris Aí acaba por ter de se amanhar a trabalhar no que aparece para sobreviver. Trabalhou numa fábrica depois foi ajudante de cozinha. Já dava uns toques na viola e também queria fazer as suas músicas. Conheceu Gérard Rinardi que queria fazer um grupo e assim surge a ideia que dá luz aos Les Problems. A editora que conseguem e o manager são os mesmos de Antoine e isso leva-os a tornarem-se a banda que acompanha Antoine para todo o lado. Quando vêem a Portugal a convite do Monumental, Luís Rego é preso na fronteira como refratário. O grupo toca em Lisboa sem ele. Só dois meses depois e por grandes pressões da Embaixada Francesa consegue que o libertem na fronteira. Daí que os seus colegas lhe tenham escrito uma lindíssima balada "Ballade a Luís Rego Prisioner Politique" (OP nº 53). Agora ele vinha ao Cenário pelo seu primeiro disco a solo "Amor Novo" (OP nº 53). Oferecemos agora o lado B do single "Quadras Soltas" e dois videos já de trabalhos a solo na Televisão francesa.
Luis Rego nasceu em Lisboa em 30 de Maio de 1943. Filho de pais antifascistas, depois dos seus estudos liceais decide dar o salto para fora do País por não concordar coma guerra em África e portanto não a querer fazer. Assim aos 17 anos consegue ir para Paris Aí acaba por ter de se amanhar a trabalhar no que aparece para sobreviver. Trabalhou numa fábrica depois foi ajudante de cozinha. Já dava uns toques na viola e também queria fazer as suas músicas. Conheceu Gérard Rinardi que queria fazer um grupo e assim surge a ideia que dá luz aos Les Problems. A editora que conseguem e o manager são os mesmos de Antoine e isso leva-os a tornarem-se a banda que acompanha Antoine para todo o lado. Quando vêem a Portugal a convite do Monumental, Luís Rego é preso na fronteira como refratário. O grupo toca em Lisboa sem ele. Só dois meses depois e por grandes pressões da Embaixada Francesa consegue que o libertem na fronteira. Daí que os seus colegas lhe tenham escrito uma lindíssima balada "Ballade a Luís Rego Prisioner Politique" (OP nº 53). Agora ele vinha ao Cenário pelo seu primeiro disco a solo "Amor Novo" (OP nº 53). Oferecemos agora o lado B do single "Quadras Soltas" e dois videos já de trabalhos a solo na Televisão francesa.
Em 66 tinham mudado o nome do grupo para Les Charlot porque apresentam vários números na TV vestidos de pantomineiros e com canções jocosas e brincadeiras com títulos de outros autores. Como acompanharam também muito Johnny Halliday brincam com os seus temas. Fazem o mesmo com "Satisfation" dos Rolling Stones, até que numa apresentação com os Stones Mike Jagger lhes diz que vai fazer o mesmo com o tema deles "Paulette La Reine des Paupiettes". Com "Je T'Aime Moi non Plus" de Serge Gainsbourg também brincam (OP nº 53). Na TV "La Grand Java" e "Les Bidasses En Folie" obtém um grande sucesso. Entra em vários filmes. Depois em 1971 sai do grupo para se dedicar mais ao cinema e se tornar mais actor e comediante. Tocou a solo nos filmes "Os Bronzeados"(78). "Os Homens Perferem as Gordas" (80), "A Vingança da Serpente com Penas" (84). Continuou a sua vida no Teatro, na Rádio e no Cinema. A série de Radio"Le Tribunal Des Flagrant Délires" com Desproges teve êxito durante anos e o sketche "Je Suis Faciste" na presença do convidado J. Marie Le Pen foi sublime.
Só em 1981 foi amnistado para poder voltar a Portugal a partir de Janeiro de 82.
Decide realizar uma longa metragem, "Poules E Frites" que não obtém muito sucesso. Participa em filmes com alguns dos melhores realizadores franceses. Considerado como um bom comediante mas também bom actor dramático, Rego nos últimos 30 anos passou a ter uma participação mais a nível de actor. Os últimos filmes onde entrou foram "San Antonio" em 2005, "Aprés Lui" em 2007, "Copacabana" em 2010, "Attilla Marcel" em 2013, "Ouf" em 2013, "Fleurs De Sang" em 2015 e "Nocturama" em 2016. Na Televisão os últimos trabalhos foram A curta metragem de Gilles Botineau "La Ballade D'Un Homme Heureux" em 2013 contando a sua própria história, "On Va S'Aimer Un Peux, Beaucoup" em 2017 (em 6 episódios) e "Scenes de Menage, Au Bulot" em 2018. A última peça de teatro onde entrou foi em 2013, "Occupe Toi D'Amélie" que fez digressão no País. Entrou em mais de 40 filmes, 25 programas de televisão, 20 peças de teatro, fez dobragens, gravou discos a solo. Mas é talvez o único português que pediu a nacionalidade francesa e lhe foi recusada.
Só em 1981 foi amnistado para poder voltar a Portugal a partir de Janeiro de 82.
Decide realizar uma longa metragem, "Poules E Frites" que não obtém muito sucesso. Participa em filmes com alguns dos melhores realizadores franceses. Considerado como um bom comediante mas também bom actor dramático, Rego nos últimos 30 anos passou a ter uma participação mais a nível de actor. Os últimos filmes onde entrou foram "San Antonio" em 2005, "Aprés Lui" em 2007, "Copacabana" em 2010, "Attilla Marcel" em 2013, "Ouf" em 2013, "Fleurs De Sang" em 2015 e "Nocturama" em 2016. Na Televisão os últimos trabalhos foram A curta metragem de Gilles Botineau "La Ballade D'Un Homme Heureux" em 2013 contando a sua própria história, "On Va S'Aimer Un Peux, Beaucoup" em 2017 (em 6 episódios) e "Scenes de Menage, Au Bulot" em 2018. A última peça de teatro onde entrou foi em 2013, "Occupe Toi D'Amélie" que fez digressão no País. Entrou em mais de 40 filmes, 25 programas de televisão, 20 peças de teatro, fez dobragens, gravou discos a solo. Mas é talvez o único português que pediu a nacionalidade francesa e lhe foi recusada.
Sequeira Costa nasceu em Angola a 18 de Julho de 1929. Aos dois anos vai para Moçambique. Dado o seu talento acima da média a tocar piano, os pais enviam-no para Lisboa para estudar com o professor, Maestro José Vianna da Motta que tinha sido discípulo de Franz Liszt. Quandoi Vianna faleceu em 1948, Costa foi para Inglaterra continuar estudos com Mark Hambourg que também fôra aluno de Liszt. Depois foi para Paris onde trabalhou com Marguerite Long e Jacques Février e de seguida para Lucerna na Suiça onde trabalhou com Edwin Fischer. Sequeira Costa teve assim uma aprendizagem tanto da escola alemâ como da francesa na linguagem pianística. No entanto ele soube desenvolver o seu estilo próprio.
Aos 22 anos ele vence o seu primeiro prémio Internacional na competição do galardão Marguerite Long. Depois Vence a Medalha Beethoven de Harriet Cohen em Londres. Em 57 também ele funda o grande prémio internacional Vianna da Motta em Lisboa. Em 58 Dimitri Shostakovich convida-o para fazer parte do Júri no Concurso Internacional de Piano Tchaikovsky em Moscovo. Ele será convidado mais umas 6 vezes. Ele foi a todos os grandes festivais pelo Mundo inteiro. Desde a Europa à Ásia, Estados Unidos à América do Sul , África à China não existe nenhum lugar onde não tivesse sido chamado. Tocou nas maiores casas de concertos a nível mundial e com as melhores orquestras e maestros. Seria fastidioso enumerá-las todas. Por exemplo fez a temporada 79/80 como solista no Alice Tully Hall em Nova York. No verão de 80 faz também uma digressão como solista com a Orquestra Gulbenkian.
Aos 22 anos ele vence o seu primeiro prémio Internacional na competição do galardão Marguerite Long. Depois Vence a Medalha Beethoven de Harriet Cohen em Londres. Em 57 também ele funda o grande prémio internacional Vianna da Motta em Lisboa. Em 58 Dimitri Shostakovich convida-o para fazer parte do Júri no Concurso Internacional de Piano Tchaikovsky em Moscovo. Ele será convidado mais umas 6 vezes. Ele foi a todos os grandes festivais pelo Mundo inteiro. Desde a Europa à Ásia, Estados Unidos à América do Sul , África à China não existe nenhum lugar onde não tivesse sido chamado. Tocou nas maiores casas de concertos a nível mundial e com as melhores orquestras e maestros. Seria fastidioso enumerá-las todas. Por exemplo fez a temporada 79/80 como solista no Alice Tully Hall em Nova York. No verão de 80 faz também uma digressão como solista com a Orquestra Gulbenkian.
Sequeira Costa Era professor credenciado da Universidade de Kansas nos Estados Unidos desde 1976. Formou muitos alunos que ganharam prémios mundiais e alguns deles são hoje também grandes solistas. A sua carreira desenvolveu-se por seis décadas e a sua discografia percorre compositores como Ravel, Frédéric Chopin, Robert Schumann, José Vianna da Motta, Rachmaninov, Albeniz, Bach-Busoni, e outros. Em 2006 completou a gravação das sonatas para piano de Ludwig Van Beethoven.
António Calvário estava em Moçambique em Agosto de 1970 de férias e apresentando também o seu filme "O Diabo Era Outro". Estas notícias vinham no nosso "Cenário". Ele fez este mês 80 anos e esta é a homenagem que ainda não lhe prestámos. Será a nossa prenda.
Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas nasceu no Dia internacional da Mulher, a 8 de Março de 1946. Filha de uma família de músicos já muito nova se interessava pelo canto, cantava em casa com os outros 3 irmãos e depois já adolescente na "Capricho", uma colectividade cultural e de recreio. Aos 16 anos vem para o Barreiro para casa de um seu tio-avô que era Chefe de Estação dos Caminhos de Ferro. Ainda com essa idade vai prestar provas na Emissora Nacional (hoje RDP) mas só aos 18 anos é que é admitida. Vai recebendo lições de canto de Corina Freire uma cantora internacional já nos anos 50 e dos maestros Tavares Belo e António Melo. Aos 19 anos já entra na gravação do EP da editora Estúdio "Canções de Natal" onde também entra a já consagrada Gina Maria. Em 1965 recebe a sua Carteira Profissional (na época ninguém podia cantar profissionalmente sem ela) e grava o primeiro disco a solo com o nome de Antónia Tonicha para a RCA. Em 1966 ganha o Festival da Figueira da Foz com a canção de José Gouveia "Boca de Amora" e entra no filme de Constantino Esteves "Sarilho de Fraldas" com Nicolau Breyner (OP nº 75), António Calvário (OP nº 97) e Madalena Iglésias (OP nºs 80 e 82). Nesta altura já Tonicha começava a ser conhecida e apreciada. Em 1967 volta a ganhar o Festival da Figueira da Foz, desta vez com "A Tua Canção Avozinha". Ganha também o Microfone de Ouro do Rádio Clube Português, vence o Prémio de Imprensa e o Clube Das Donas de Casa considera-a a "Mulher Portuguesa do Ano".
Entra pela primeira vez no Festival da Canção RTP em 1968 com duas canções e conquista o 2º lugar com a canção "Fui Ter Com a Madrugada". A outra canção "Calendário" ficou em 7º lugar.
Faz uma parceria com José Cid editando dois discos EPs com canções dele. No primeiro canta em françês "La Mansarde" e o 2º em português "Caminheiro Donde Vens" e "Amanhã". O marido de Tonicha, o etnólogo João Viegas foi quem a encentivou a gravar folclore. "Vira dos Malmequeres" foi a sua primeira experiência e por sugestão de Zeca Afonso gravou "Resineiro" que se tornou num dos seus maiores êxitos. Quando lançou D. Pedro (que volta da pinga) foi também a produção de José Cid que a ajudou. Por mão de Nuno Nazareth Fernandes conhece Ary dos Santos e em 1971 vence o Festival da Canção RTP com a espectacular "Menina" com um fabuloso poema de Ary dos Santos e uma não menos excelente música de Nuno Nazareth Fernandes. Infelizmente nao bem entendida na Europa ficando na 9ª posição.
Faz uma parceria com José Cid editando dois discos EPs com canções dele. No primeiro canta em françês "La Mansarde" e o 2º em português "Caminheiro Donde Vens" e "Amanhã". O marido de Tonicha, o etnólogo João Viegas foi quem a encentivou a gravar folclore. "Vira dos Malmequeres" foi a sua primeira experiência e por sugestão de Zeca Afonso gravou "Resineiro" que se tornou num dos seus maiores êxitos. Quando lançou D. Pedro (que volta da pinga) foi também a produção de José Cid que a ajudou. Por mão de Nuno Nazareth Fernandes conhece Ary dos Santos e em 1971 vence o Festival da Canção RTP com a espectacular "Menina" com um fabuloso poema de Ary dos Santos e uma não menos excelente música de Nuno Nazareth Fernandes. Infelizmente nao bem entendida na Europa ficando na 9ª posição.
Tonicha passa a participar em vários Festivais e no da Grécia em Atenas ganha o prémio de interpretação com "Poema Pena" que fica em 4º lugar (OP nº 91) de Nuno Gomes dos Santos. No Festival de Brasov na Roménia fica em 3º. "Manhã Clara" é a canção no Festival do VI Rio de Janeiro e que ganha o prémio da crítica.No Festival de Spitz (na ex- Jugoslávia) ganha o 1º prémio de interpretação com "Rosa de Barro". entra
Em 72 e a convite de José Niza participa na gravação da opereta basesda no livro de António Gedeão, "Fala do Homem Nascido". Colaboram além de Tonicha, Duarte Mendes, Carlos Mendes e Samuel. Este disco já aparece com a chancela da Movieplay. Depois grava "Paroles Paroles" com João Perry numa versão de Ary dos Santos. Grava 4 versões em português de canções de Patxi Andíon. Em 73 volta a entrar no Festival RTP da Canção mas "A Rapariga e o Poeta" ficando nos últimos lugares. Ainda grava mais um disco de Folclore para a Movieplay. Em 74 são editados vários discos da editora ZIP ZIP como "Canções de Abril. Entra na Revista "Uma no Cravo, Outra na Ditadura" com texto de Ary dos Santos e música de Fernando Tordo. Ary Tonicha e o marido João Viegas fundam a editora Discófilo que lança alguns discos mas dura pouco tempo. Em 1976 lança o álbum "Cantigas Populares" da Arnaldo Trindade/Orfeu com arranjos de Jorge Palma. Muda-se para a Polygram.
Em 72 e a convite de José Niza participa na gravação da opereta basesda no livro de António Gedeão, "Fala do Homem Nascido". Colaboram além de Tonicha, Duarte Mendes, Carlos Mendes e Samuel. Este disco já aparece com a chancela da Movieplay. Depois grava "Paroles Paroles" com João Perry numa versão de Ary dos Santos. Grava 4 versões em português de canções de Patxi Andíon. Em 73 volta a entrar no Festival RTP da Canção mas "A Rapariga e o Poeta" ficando nos últimos lugares. Ainda grava mais um disco de Folclore para a Movieplay. Em 74 são editados vários discos da editora ZIP ZIP como "Canções de Abril. Entra na Revista "Uma no Cravo, Outra na Ditadura" com texto de Ary dos Santos e música de Fernando Tordo. Ary Tonicha e o marido João Viegas fundam a editora Discófilo que lança alguns discos mas dura pouco tempo. Em 1976 lança o álbum "Cantigas Populares" da Arnaldo Trindade/Orfeu com arranjos de Jorge Palma. Muda-se para a Polygram.
Grava o single "Menino" e "Tu és o Zé que fumas". Em 78 entra no Festival da Canção com 4 canções e a melhor fica em 4º com a "Canção da Amizade. Ainda em 78 lança um dos seus maiores sucessos "Zumba Na Caneca". Em 79 grava outro grtande êxito, "Saricotalho, Bacalhau Azeite e Alho"". Depois vem outro popular "Chico Pinguinhas". Em 80 o álbum "Ele e Ela" vem carregado de canções de Carlos Mendes e Joaquim Pessoa com arranjos de Pedro Osório. Depois em 83 sai "Foliada Portuguesa" um álbum que inclui canções como "Todos me querem" e O Mar Enrola na Areia". Em 1985 integra uma delegação que vai a Moçambique e onde vão também o Pop Luís Filipe e Carlos Guilherme, Abraço a Moçambique. Depois grava "Esta Festa Portuguesa" e em 87 "Fátima, Altar do Mundo". Depois retira-se durante alguns anos e só em 1993 regressa com um CD de nome "Regresso". Em 95 lança o CD "Canções d'Águém e d'Além-Tejo". Em 97 vai busgar grandes poetas e reconhecidos compositores para editar "Mulher", As suas presenças em palco vão sendo cada vez mais raras.
Em 2003 interpreta "Ave Maria" de Schubert num programa de Herman José. Em 2005 sai uma compilação do período 71/77. Em 2007 sai a compilação 77/97. Finalmente em 2008 a Universal lança o CD "Canções Para Os Meus Netos...De Qualquer Idade". Também em 2008 a Farol lança a compilação "Cantos Da Vida" onde existem 3 inéditos. Em 2010 aceita um desafio de Tiago Torres da Silva para ser actriz num musical etnográfico apesar de ainda estar em recuperação de problemas de saúde. No musical além da sua música tem também a de Carlos Mendes, Filipa Pais, Lourdes Norberto Cecília Guimarães e Joana Negrão. É ainda lançada uma biografia em livro. Em 2013 vai a Toronto no Canadá dar um espectáculo onde obtém enorme êxito. É também em 2013 que perde o marido o que a deixa desanimada. Volta não volta ainda aparece num programa de Televisão. Em 2010 a Câmara Municipal de Beja atribuíu-lhe a Medalha de Mérito Artístico e Cultural. Ao longo do tempo até praticamente se ter retirado lançou quase 20 álbum e mais de 40 EPs e Singles.
Os Shocking Blues foram um grupo holandês de Hague que conseguiram a 1ª posição na Billboard nos Estados Unidos com "Venus".
Formaram-se em 1967 pela mão de Robbie Van Leewen (guitarra). Os outros membros eram Fred De Wilde, Klasje Vau Der Wat e Cor Van Der Beck. Em 68 tiveram um êxito caseiro "Lucy Brown Is Back In Town". Em 68 Fred sai para o serviço militar. Mariska Veras cantava noutra banda num clube. Robbie conhece-a e convida-a para o grupo. Em Outubro de 69 conseguem alcançar o 3º lugar do Hit holandês com "Venus". O disco é lançado pela editora nos Estados Unidos e no Reino Unido e em Fevereiro de 1970 alcança o Top da Billboard. As vendas disparam, mais de um milhão nos Estados Unidos, 350 mil na Alemanha só no primeiro mês de vendas. Recebem o 1º disco de ouro. É o 1º Top holandês na América. No final de 70 as vendas já ultrapassavam os 5 milhões. |
Ainda em 70 lançam "Mighty Joe" e vindo de 69 relançam "Never Married A Railroad Man" e cada um vende 1 milhão de discos.
Fazem várias digressões mundiais. As canções seguintes são "Hello Darkness", "Shocking You", Blossom Lady", "Out of Side, Out of Mind", todas em 71. Ainda em 71 e depois de uma digressão ao Japão, Kaaje Van Der Wal, sai. Em 72 gravam"Inkpot", "Rock in the See" e "Eve And The Apple". Em 73 lançam "Oh Lord" que faz êxito na Europa e América Latina, mas não entra nem nos Top ingleses nem americanos.
Em 1974 Robbie sai e meses depois também Mariska e o grupo termina.
EM 1975 Mariska começa uma carreira a solo com "Tell It Like It Is" um "cover" de Dusty Springfield. Em 76 lança "Little By Little" e "Too Young" em 78. Fez carreira até 1982.
Fazem várias digressões mundiais. As canções seguintes são "Hello Darkness", "Shocking You", Blossom Lady", "Out of Side, Out of Mind", todas em 71. Ainda em 71 e depois de uma digressão ao Japão, Kaaje Van Der Wal, sai. Em 72 gravam"Inkpot", "Rock in the See" e "Eve And The Apple". Em 73 lançam "Oh Lord" que faz êxito na Europa e América Latina, mas não entra nem nos Top ingleses nem americanos.
Em 1974 Robbie sai e meses depois também Mariska e o grupo termina.
EM 1975 Mariska começa uma carreira a solo com "Tell It Like It Is" um "cover" de Dusty Springfield. Em 76 lança "Little By Little" e "Too Young" em 78. Fez carreira até 1982.
Mariska Veres nasceu em Hague na Holanda a 1 de Outubro de 1947. O seu ai era um violinista húngaro e sua mãe nascera na Alemanha, filha de pais francesa e russo. Muitas vezes acompanhava o pai ao piano. Em 1963 começou a sua carreira com o conjunto Les Mysteres. Em 64 gravam um EP (só se fizeram 10 cópias) com Summertime (a solo) e Someone em dueto. Em 2010 o Club Platenclub Ultrecht reeditou o disco. Em 1965 passa para os Bumble Bees e depois para os Blue Fighters depois Danny and His Favourites e ainda General Four. No fnal de 66 está nos Motowns onde também toca órgão. É em 68 que é convidada para os Shocking Blues para substituir o vocalista Fred de Wilde que fôra para a tropa. E em 1969 que "Venus" estoira com as tabelas de êxitos e os transporta à fama. Quando o grupo terminou em Junho de 74 ela avançou com uma carreira a solo. Em 75 lança "Take Me High" e em 76 "Loving You". Depois nos anos seguintes "Little By Little" e "Too Young" mas o êxito não mais voltou. O último single foi em 82 "Wake Up City". Em 1984 os Shocking Blues reagrupam-se. No entanto ao fim de algum tempo Robbie Van Leeuwen retira-se em parte porque fôra colocado no Luxemburgo mas também porque as Bananarama estavam a fazer êxito com "Venus". Em 1993 Mariska forma os Shocking Jazz Quintet e gravam o álbum "Shocking You" com canções dos anos 60 e 70 mas em versão jazz. Até à sua morte em 2006 Mariska tentou o renascimento dos Shocking Blues. Regravou as canções "Angel" e "Body And Soul" ambas produzidas por Leeuwen. Em 2003 gravou com Andrei Serban o álbum "Gipsy Heart" voltando às suas raízes românicas. Mariska viveu muitos anos com o guitarrista Andre Van Geldorp sem nunca ter casado ou ter tido filhos. Gravou 4 vezes "Venus" uma das quais com os Formula Diablos em espanhol e inglês em 1997 e outra numa versão longa com Dolf De Vries em 2005.
Mariska Veres faleceu a 2 de Dezembro de 2006 após lhe ter sido detectado um cancro na vesícula no início de Novembro. Em 2007 saíu uma versão póstuma de "Venus" de Veres com o pianista Dolf De Vries no seu álbum "Another Touch".
Mariska Veres faleceu a 2 de Dezembro de 2006 após lhe ter sido detectado um cancro na vesícula no início de Novembro. Em 2007 saíu uma versão póstuma de "Venus" de Veres com o pianista Dolf De Vries no seu álbum "Another Touch".
NA MARGEM UMA HISTÓRIA DO ROCK
No Museu da cidade de Almada está a decorrer até 13 de Setembro uma exposição sobre as bandas que se formaram desde os anos 60 até hoje ( foram mais de 500) na Margem sul do Tejo contribuindo assim para o fenómeno Rock em Portugal. A exposição vai desde as imagens, objectos, discos, instrumentos, letras, músicas, filmes e testemunhos de nuitos dos principais protagnistas. Os Gatos Negros com Victor Gomes, Manuel Ribeiro o cérebro dos UHF e que deram show na abertura, Tim dos Chutos e Pontapés e Carlão são alguns dos que partiram desta Margem à conquista de Portugal. A exposição está aberta de Terça a Sábado das 10 às 13h e das 14 ás 18 e fechada ás Segundas, Domingos e Feriados. Acreditem que vale a pena. Na inauguração eram mais de 250 pessoas e depois das apresentações e discurso da Presidente da Câmara actuaram os UHF. Assim oferecemo-vos um cheirinho da actuação com uma versão mais actual dos "Cavalos de Corrida" e de "Vejam Bem" em homenagem a José Afonso bem escolhida por António Manuel Ribeiro. Depois duas passagens rápidas pela exposição para vos abrir o apetite. Periodos 61/77, 78/89, 90/2004 e 2005 actualidade completam o ciclo Rock. O preço é o menos importante, 0.62 €. Mas se tiveres mais de 65 ou entre 12 e 30, pagas metade
No Museu da cidade de Almada está a decorrer até 13 de Setembro uma exposição sobre as bandas que se formaram desde os anos 60 até hoje ( foram mais de 500) na Margem sul do Tejo contribuindo assim para o fenómeno Rock em Portugal. A exposição vai desde as imagens, objectos, discos, instrumentos, letras, músicas, filmes e testemunhos de nuitos dos principais protagnistas. Os Gatos Negros com Victor Gomes, Manuel Ribeiro o cérebro dos UHF e que deram show na abertura, Tim dos Chutos e Pontapés e Carlão são alguns dos que partiram desta Margem à conquista de Portugal. A exposição está aberta de Terça a Sábado das 10 às 13h e das 14 ás 18 e fechada ás Segundas, Domingos e Feriados. Acreditem que vale a pena. Na inauguração eram mais de 250 pessoas e depois das apresentações e discurso da Presidente da Câmara actuaram os UHF. Assim oferecemo-vos um cheirinho da actuação com uma versão mais actual dos "Cavalos de Corrida" e de "Vejam Bem" em homenagem a José Afonso bem escolhida por António Manuel Ribeiro. Depois duas passagens rápidas pela exposição para vos abrir o apetite. Periodos 61/77, 78/89, 90/2004 e 2005 actualidade completam o ciclo Rock. O preço é o menos importante, 0.62 €. Mas se tiveres mais de 65 ou entre 12 e 30, pagas metade
MUVI
Também em Almada no Forum Municipal Romeu Correia está a decorrer o Festival Internacional de Música no Cinema. Começou dia 21 de Fevereiro e prolonga-se ate 3 de Março.
Tem uma vasta programação diária que podem consultar em MUVI.PT mas também podemos destacar no dia 27 uma homenagem a Phil Mendrix (70 min.) e dia 2 de Março "Meu Caro Amigo Chico" (110 min), sobre Chico Buarque. No dia 24 o Rei foi "Peret, Yo Soy La Rumba" numa excelente realização de Paloma Zapata.
Também em Almada no Forum Municipal Romeu Correia está a decorrer o Festival Internacional de Música no Cinema. Começou dia 21 de Fevereiro e prolonga-se ate 3 de Março.
Tem uma vasta programação diária que podem consultar em MUVI.PT mas também podemos destacar no dia 27 uma homenagem a Phil Mendrix (70 min.) e dia 2 de Março "Meu Caro Amigo Chico" (110 min), sobre Chico Buarque. No dia 24 o Rei foi "Peret, Yo Soy La Rumba" numa excelente realização de Paloma Zapata.