Francesc D'Asis Xavier Cugat Mingali De Bru I Deulote, nasceu em Girona, Catalunha, Espanha a 1 de Janeiro de 1900, foi dos primeiros do século vinte. Faleceu em Barcelona a 27 de Outubro de 1990.
As novas gerações talvez não o conheçam, mas ele foi um dos grandes divulgadores da música latina nos Estados Unidos. O seu pai, era republicano, foi preso político e por isso a família muda-se para Havana, Cuba quando ele tinha 5 anos. Num Natal um vizinho violinista ofereceu-lhe um violino e ele torna-se num menino prodígio tocando violino. Estuda violino e acaba a tocar na orquestra do Teatro Nacional de Havana (tinha 12 anos). Enrico Caruso que visitara Havana em digressão e cantou com a orquestra, fica encantado com ele e diz-lhe que gostaria que tocasse para ele. Em 1915 a família muda-se para Nova York e Xavier ( aqui ainda Francis Cugat) vai trabalhar com Caruso na Ópera de Nova York fazendo solos de violino. Em 1920 Cugat acaba por ir trabalhar para o Los Angeles Times como cartonista, área onde tinha imenso jeito e lhe tinha sido ensinada por Caruso. Acaba por formar a sua própria banda e à noite toca nas "boîtes e night clubs". Deixa o jornal e forma a "Latin American Band" para tocar no "Coconut grove". Faz música para comerciais, mas o grande sucesso vai obtê-lo quando vai para Nova York como banda residente do Hotel Waldrof Astoria onde vai permanecer durante 16 anos.
As novas gerações talvez não o conheçam, mas ele foi um dos grandes divulgadores da música latina nos Estados Unidos. O seu pai, era republicano, foi preso político e por isso a família muda-se para Havana, Cuba quando ele tinha 5 anos. Num Natal um vizinho violinista ofereceu-lhe um violino e ele torna-se num menino prodígio tocando violino. Estuda violino e acaba a tocar na orquestra do Teatro Nacional de Havana (tinha 12 anos). Enrico Caruso que visitara Havana em digressão e cantou com a orquestra, fica encantado com ele e diz-lhe que gostaria que tocasse para ele. Em 1915 a família muda-se para Nova York e Xavier ( aqui ainda Francis Cugat) vai trabalhar com Caruso na Ópera de Nova York fazendo solos de violino. Em 1920 Cugat acaba por ir trabalhar para o Los Angeles Times como cartonista, área onde tinha imenso jeito e lhe tinha sido ensinada por Caruso. Acaba por formar a sua própria banda e à noite toca nas "boîtes e night clubs". Deixa o jornal e forma a "Latin American Band" para tocar no "Coconut grove". Faz música para comerciais, mas o grande sucesso vai obtê-lo quando vai para Nova York como banda residente do Hotel Waldrof Astoria onde vai permanecer durante 16 anos.
Nos anos 30 e 40 era conhecido como o "Rei da Rumba". Foi ele quem primeiro divulgou a grande música latina, as rumbas, os mambos, o cha cha cha, o merengue e até boleros. Perfidia, Brasil, Amor Amor, Besame Mucho, Amapola, etc. Escreveu música, algumas cantadas por Frank Sinatra, ajudou a divulgar artistas como Dinah Shore, Miguelito Valdes, Lina Romay, Desi Arnaz e a sua mulher Abbe Lane que era actriz. Entrou em vários filmes nos anos 40. Dizia que tocava música para divertir as pessoas, que dançavam, sorriam e se sentiam bem. Os seus vários casamentos, divórcios e infidelidades faziam títulos nas revistas e jornais. Dizia que o seu interesse pelas mlheres vinha do seu tempeamento latino e que voltaria a casar com qualquer das mulheres com quem fora casado.
Apresentava-se muitas vezes a dirigir a orquestra com um Chiuaua na mão. Quando as orquestra de Benny Goodman e Glen Miller se tornaram grandes estrelas um conflito com a Sociedade de Direitos de Autores, limitou muito a actuação delas em vários locais públicos. Como as suas mais de 500 canções não eram abrangidas pela Sociedade de Autores, era muito solicitado. Colaborou com dois dos mais espectaculares maestros e suas orquestras como foram Percy Faith e Perez Prado. Apesar da quebra de popularidade da música latina nos anos 50 com o aparecimento de outras tendências como sejam o Rock, Xavier Cugat continuou a manter muita popularidade e sucesso. Xavier Cugat esteve várias vezes em em Portugal e esteve em Moçambique e Macau em 1954. No início de 70 sofreu um problema vascular que deixou paralisado parte do seu corpo. Embora tivesse recuperado decidiu retirar-se e voltou para Barcelona. Tito Puentes ficou a dirigir a orquestra. Nesta época era casado com a guitarrista e humorista espanhola Charro de quem se viria a divorciar em 1978.
Em 1983, Xavier apradinha Anna Maria Agustin Flores nascida em 1966, que diz ter uma grande voz. Apresenta-a na sua Orquestra como Nina e consegue levá-la em 87 a ser apresentada no programa de TV "Un, Dos Tres...", e o seu êxito foi tal que a colocam como apresentadora e depois cantando em vários programas. Em 1989 é a representante da TVE no Festival da Eurovisão com a canção "Nacida Para Amar" de Juan Carlos Calderon que dirigiu a orquestra. Ficou em 6º lugar. Depois dedicou-se ao teatro,voltou depois à canção e foi professora e directora da Operação Triunfo.Teve grande êxito no musical "Mamma Mia", é grande admiradora de Juan Manuel Serrat a quem prestou homenagens musicais e em 2003 foi candidata municipal pela CIU embora não tenha sido eleita. Continua a apresentar programas na TV. Tem uma dúzia de álbuns gravados.
Tudo isto significa que Xavier Cugat sabia muito bem ver quando alguém tinha valor.
Tudo isto significa que Xavier Cugat sabia muito bem ver quando alguém tinha valor.
NUNO RODRIGUES
É
MÚSICA NOVARUM FAMILY FAIR - DAFNE BANDA DO CASACO E NÃO SÓ... Também "Cantigas de Embalar" e hoje ainda anda atarefado preparando o seu primeiro álbum a solo. Ele continua a batalhar para que a música portuguesa se possa afirmar pela sua real qualidade tanto pela música como pelo poema, tanto no clássico como no Fado, tanto no folclore como na música ligeira. A sua empresa a Companhia Nacional de Música, fundada em 2003 tem uma loja no Chiado que é hoje das mais antigas e das mais bem apetrechadas para a venda da boa música portuguesa e não só, funcionando também "on line". Ela edita, produz e distribui discos e videos, livros falados, partituras e manuais para o ensino de solfejo e iniciação musical. Adquiriu a Strass detentora do acervo da Sassetti e da Zip Zip, distribui as melhores editoras mundiais como a Opus Arte a Naxos, Wigmore, Arthaus, Soli Deo Gloria e muitas outras.
Nuno Rodrigues nasceu em Lisboa a 14 de Fevereiro de 1949 e os seus pais sempre o incentivaram na leitura, a arma mais mortal contra a ignorância, de tal forma que na sua adolescência já sabia pensar pela sua cabeça. A sua avó Florinda (maravilhosa como ele o diz) tinha o Conservatório, tocava bandolim, viola e piano, e foi quem lhe ofereceu a primeira viola. No seu livrinho "Semínimas da Vida de um Músico" que acompamha uma das caixas de toda a obra dos conjuntos do nosso título, saída em 2013, diz que nunca aprendeu música com ninguém, a sua ânsia de compôr era tanta que o tornou autodidacta. A leitura dos grandes escritores tanto portugueses como estrangeiros e o cinema dos grandes mestres como Bergman, Antonioni ou Fellini cimentavam uma cultura que era completada com pesquizas na área da música medieval. Isto levou-o à formação do Música Novarum que concorreu ao 1º Festival da Música Moderna da Costa do Sol que venceram.
"A gravação do disco foi o início da minha carreira musical". Depois seguiram-se as peripécias das crianças, casamento e tropa e o recomeço das canções com os Family Fair e a Dafne. Tudo isto até 73 e ao encontro com o António Pinho para o grande salto da Banda do Casaco.
É
MÚSICA NOVARUM FAMILY FAIR - DAFNE BANDA DO CASACO E NÃO SÓ... Também "Cantigas de Embalar" e hoje ainda anda atarefado preparando o seu primeiro álbum a solo. Ele continua a batalhar para que a música portuguesa se possa afirmar pela sua real qualidade tanto pela música como pelo poema, tanto no clássico como no Fado, tanto no folclore como na música ligeira. A sua empresa a Companhia Nacional de Música, fundada em 2003 tem uma loja no Chiado que é hoje das mais antigas e das mais bem apetrechadas para a venda da boa música portuguesa e não só, funcionando também "on line". Ela edita, produz e distribui discos e videos, livros falados, partituras e manuais para o ensino de solfejo e iniciação musical. Adquiriu a Strass detentora do acervo da Sassetti e da Zip Zip, distribui as melhores editoras mundiais como a Opus Arte a Naxos, Wigmore, Arthaus, Soli Deo Gloria e muitas outras.
Nuno Rodrigues nasceu em Lisboa a 14 de Fevereiro de 1949 e os seus pais sempre o incentivaram na leitura, a arma mais mortal contra a ignorância, de tal forma que na sua adolescência já sabia pensar pela sua cabeça. A sua avó Florinda (maravilhosa como ele o diz) tinha o Conservatório, tocava bandolim, viola e piano, e foi quem lhe ofereceu a primeira viola. No seu livrinho "Semínimas da Vida de um Músico" que acompamha uma das caixas de toda a obra dos conjuntos do nosso título, saída em 2013, diz que nunca aprendeu música com ninguém, a sua ânsia de compôr era tanta que o tornou autodidacta. A leitura dos grandes escritores tanto portugueses como estrangeiros e o cinema dos grandes mestres como Bergman, Antonioni ou Fellini cimentavam uma cultura que era completada com pesquizas na área da música medieval. Isto levou-o à formação do Música Novarum que concorreu ao 1º Festival da Música Moderna da Costa do Sol que venceram.
"A gravação do disco foi o início da minha carreira musical". Depois seguiram-se as peripécias das crianças, casamento e tropa e o recomeço das canções com os Family Fair e a Dafne. Tudo isto até 73 e ao encontro com o António Pinho para o grande salto da Banda do Casaco.
O Projecto "Banda do Casaco" leva à procura de músicos, mas finalmente decidem-se por velhos amigos. Assim Nuno traz Carlos Zíngaro, Celso de Carvalho, Dafne e Judy e Pinho Luís Linhares e o Nelson Portelinha. Conseguem a Philips para a gravação depois da recusa da Sassetti cujo responsável na época era o Pedro Osório que gostou muito das letras mas não das músicas. propondo ser ele a compôr. Lançam um 1º single ainda em 74, saindo o álbum "Dos Benefícios de um Vendido no Reino dos Bonifácios", ou seja um título 100% actual. A capa é desenhada por Carlos Zíngaro que é um verdadeiro artista também nestas artes da ilustração. Aliás as ilustrações nas novas caixas com toda a obra saídas em 2013 também são dele. O conhecimento público mais divulgado aparece com o 2º álbum "Coisas do Arco da Velha" que termina 76 como o melhor álbum do ano e o prémio da Imprensa.
Depois o Projecto ia alterando, cada álbum tinha novos músicos ou cantoras, só o Celso de Carvalho e o Nuno Rodrigues se mantiveram, os outros vinham completar o projecto. Como violinistas estiveram Paganini, Miguel Coelho, Mena Amaro e José Machado. Também Patrocínio (ex Filarmónica Fraude) e José Campos e Sousa ( ex- Plexus). Na voz também Cândida Soares (futura Cândida Brancaflor), Gabriela Schaaf, Concha, Né Ladeiras e Mila Ferreira. E ainda Jerry e Rick Marotta e Peter Harris e Tó Pinheiro da Silva, Jorge Gonçalves, Miguel Coelho, Carlos Barreto. Também Vitor Mamede, Zé Eduardo e para os últimos álbuns também Zé Nabo e Ramon Galarza, Moz Carrapa, Rao Kiao e Ti Chitas, a pastora de Penha Garcia. E sobretudo e sempre, desde o início José Fortes, o engenheiro de som responsável pela maioria das gravações e misturas e quem recuperou agora todo o som para as duas caixas saídas em 2013.
"Ti Chitas" foi o 8º e último álbum do Projecto "Banda do Casaco", corria o ano de 1984. Hoje a Banda do Casaco continua a ser um Projecto de Culto, com algumas das melhores coisas que se fez na música portuguesa. O problema é que existe tanta coisa boa na música portuguesa que se torna difícil enumerá-las. Talvez a maioria do povo não as conheça, e uns quantos já ouviram falar, para uma minoria que conhece alguma coisa, mas isto fica a dever-se, para além da falta de cultura na educação em casa, aos "medias" que temos desde as Rádios às Televisões, mas não vos preocupeis que isto da Cultura já vem do tempo da monarquia.
Durante esse período ainda forma a Imavoz com António Pinho e vão depois para produtores da Valentim de Carvalho, onde produz UHF, Trovante, António Variações, Grupo de Baile, Nuno da Câmara Pereira, Lena D'Água, Lara Li, Gabriela Schaaf e muitos outros. Aliàs consideramos que o duo Pinho/Rodrigues compôs algumas das mais bonitas canções de toda a música portuguesa, como por exemplo este para Gabriela Schaaf, "Pôe os Teus Braços à Volta de Mim". Depois sai e adquire a Transmédia, empresa onde edita o último LP de José Afonso "Galinhas do Mato", Fernando Tordo, Go Graal Blues Band, Luís Cília, António Emiliano, Né Ladeiras, Peste e Sida, Tarântula e muitos outros. Divulga também nomes estrangeiros como os Smith, Bauhaus, Dead Can Dance, White Stripes e muitos outros, bem como nomes já creditados como Frank Zappa, Metallica, Prodigy e muitos mais. Em 2001 lança "Cantigas de Embalar" um disco com canções para a infância abordadas de uma forma mais séria com músicas e letras suas e onde colaboraram nomes como Sara Chaves, Janita Salomé, Rui Veloso, João Afonso, Amélia Muge, Júlio Pereira, Jorge Palma, Mariana Abrunheira e Toninho Afonso. Nuno tem sempre um projecto pendente. Neste momento prepara o lançamento do seu primeiro álbum a solo a sair brevemente. Pelo caminho ficam 46 anos de gravações (1º Música Novarum - OP nº 48), 42 anos como produtor musical, 31 anos como Editor, Produtor Fonográfico e Distribuidor e ainda 31 também como "Publisher".
As suas grandes colaborações foram com António Pinho (OP nº 40 e 67) Celso de Carvalho e Carlos Zíngaro (OP nº 64) e o inquestionável José Fortes.
As suas grandes colaborações foram com António Pinho (OP nº 40 e 67) Celso de Carvalho e Carlos Zíngaro (OP nº 64) e o inquestionável José Fortes.
"Sounds Nice" , disse Paul McCartney.
Tony Hall representante da A&M estava a passar férias no sul de França e assistiu ao Festival Les Antibes em que Jane Birkin e Serge Gainsbourg cantam "Je T'aime Moi Non Plus". De imediato pensou que aquela música daria um excelente número instrumental. De volta a Londres fala com o seu amigo organista Tim Mycroft que já tinha estado nos Third Ear Band e nos Gun. Entretanto a BBC decide proibir o disco de Jane & Serge e aqui aparece mais uma razão para que a gravação saísse rápido. Tim já tocava com Paul Buchmaster baterista e gravaram com apoio de outros músicos uma fita com "Love At First Sight" (nome dado a Je T'aime moi non plus) que Tony levou a Paul McCartney. Ao ouvi-la Paul disse "sounds nice". Tony tinha acabado de encontrar o nome para o duo. "Love at First Sight" chegou a 18º no Top da BBC. O grupo nunca mais colocou qualquer canção no top. Tim continuou a compôr. Paul e o produtor Gus Dodgeon que produzia para David Bowie, Locomotive e Bonzo Doo-Dah Band foram depois dois dos responsáveis de grande parte do sucesso de Elton Jones. |
No nosso Gira-Discos, onde normalmente apresentamos as capas dos discos que saíam na época, destacámos desta vez Duarte & Ciríaco para vos apresentar um duo de canções tradicionais portuguesas, normalmente açoreanas, de onde eram nativos, e de quem muito gostávamos. Duarte Brás tinha sido antigo viola ritmo dos Álamos (um dos primeirs grupos Rock de Coimbra formados só por alunos da Universidade) e que gravaram um disco em 1966. Em finais de 1967 Duarte Brás forma com Ciríaco Martins (falecido em 1982) o grupo Folk, os Folkers (estávamos no tempo da balada folk Bob Dylan, Donavan, Pter Paul and Mary, etc.), mas em 69 alteram o nome para Duarte & Ciríaco e lançam o EP "Nós" com canções populares açoreanas como "Naufragio". Logo de Seguida surge este EP "Duarte & Ciríaco" com os temas também do folclore açoreano, "Chária" e " Bravos". Ainda editam um single com "Este Parte, Aquele Parte" com poema da galega Rosalia de Castro e música de José Niza que Adriano de Oliveira também cantou.
Na semana passada apresentámos os Melhores do Ano em Moçambique, mas na então chamada Metrópole ou seja, Portugal Continental, podemos considerar que o feito mais espectacular foi a apresentação do programa de televisão ZIP ZIP que se iniciou em 24 de Maio na RTP e terminou no dia 29 de Dezembro.
Com ideias e produção de Raul Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz, o programa desde a sua estreia fez o País parar. Começou com uma entrevista ao grande Almada Negreiros, mal amado do regime, e foi por aí fora abrindo buracos por onde se começava a respirar melhor. António Vitorino de Almeida deu lição de piano e as caricaturas de Solnado ferravam o regime a rir e criticavam tudo, até o excesso da juventude na proliferação de pseudo baladeiros oportunistas sem qualquer qualidade ou objectivos culturais. Foram lançados excelentes grupos musicais cujos músicos ainda hoje se afirmam na boa cultura do País.
Com ideias e produção de Raul Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz, o programa desde a sua estreia fez o País parar. Começou com uma entrevista ao grande Almada Negreiros, mal amado do regime, e foi por aí fora abrindo buracos por onde se começava a respirar melhor. António Vitorino de Almeida deu lição de piano e as caricaturas de Solnado ferravam o regime a rir e criticavam tudo, até o excesso da juventude na proliferação de pseudo baladeiros oportunistas sem qualquer qualidade ou objectivos culturais. Foram lançados excelentes grupos musicais cujos músicos ainda hoje se afirmam na boa cultura do País.
O tema do genérico do programa "Zipofonia" foi composto pelo Quarteto 1111 (OP nºs 32, 46 e 64) que foi quem tocou com o apoio de Zé Manel e Lauwin do Quinteto Académico + 2 (OP nºs 18, 39 e 41). O conjubto do Zip era organizado por Thilo Krassman (OP nº 36).
´O nome ZIP ZIP surgiu a Raul Solnado quando viajava de Lisboa para o Porto e toda a gente concordou. O boneco foi elaborado por Manuel Pires um funcionário da RTP e era distribuído a todos os entrevistados do programa. O programa veio abalar as estruturas Marcelistas que começaram a ver a sua Primavera virar Inverno. A PIDE e a Censura não largavam a sua porta, mas a imaginação e cultura iam vencendo os obstáculos.
Infelizmente o espírito crítico tem-se ido perdendo, passando as pessoas a encolherem os ombros perante todos os atropelos que são feitos pelos novos governantes quer sejam da chamada direita ou da chamada esquerda em nome de interesses que nada teêm que ver com o npovo português ou a sua cultura, que diga-se em abono da verdade, por vezes também parece não estar nteressado em a defender e fazer evoluir.
Em setembro de 69 a Zip edita um disco com muitos dos artistas que mais tarde se veêm a afirmar no panorama musical, como António Vitorino de Almeida, Intróito, Padre Fanhais, José Barata Moura, Rui Mngas e outros.
Infelizmente o espírito crítico tem-se ido perdendo, passando as pessoas a encolherem os ombros perante todos os atropelos que são feitos pelos novos governantes quer sejam da chamada direita ou da chamada esquerda em nome de interesses que nada teêm que ver com o npovo português ou a sua cultura, que diga-se em abono da verdade, por vezes também parece não estar nteressado em a defender e fazer evoluir.
Em setembro de 69 a Zip edita um disco com muitos dos artistas que mais tarde se veêm a afirmar no panorama musical, como António Vitorino de Almeida, Intróito, Padre Fanhais, José Barata Moura, Rui Mngas e outros.
Berta Laurentino, a rapariga a quem os Deuses abandonaram. Era uma jóia de pessoa, tinha uma linda voz, mas todas as vezes que tentou gravar um disco, até com contratos pràticamente assinados, alguma coisa falhava. Ao longo do tempo ainda muito dela falaremos. Depois de 74 vem para Lisboa e deixa de cantar. Casada com um também nosso grande amigo e excelente rapaz, faziam um par amoroso e muito amigo. Tiveram dois filhos. Infelizmente um dia ao sair de casa tem um ataque de coração fulminante. Seu marido pouco tempo depois tem também um acidente de saúde que o levou. Os seus filhos eram ainda adolescentes. Temos tentado falar com Cláudia, a filha, mas ela não quer
|
Aqui apresentamos uma foto da artista sulafrcana Cornelia (OP nº 12) quando visitou Moçambique, juntamente com as duas grandes estrelas moçambicanas do "Yé Yé" Techa (OP nº 17) e Berta (OP nº 13).
GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Os Steam foram inventados para a gravação do disco e pescados para apresentações em público depois do grande sucesso em finais de 1969 de Na Na Hey Hey Kiss Him Goodbye.
Mas vamos à história. A canção foi escrita por Dale Frashuer e Garry DeCarlo com letra de Paul Leka.
Os 3 eram amigos quando cantavam no coro Glenwoods em Bridgeport, Connecticut onda Leka também tocava piano. Paul vem depois para Nova York onde trabalha como letristra para a Circle Eve Productions em 1967. É ele que compôe e produz o grande êxito dos Lemon Pipers "Green Tambourine". Em 69 está na Mercury e propôe que se grave uma canção dos seus amigos DeCarlo e Frashuer com letra sua de nome "Kiss Him Godbye".
Inventam o nome "Steam" e agravação é feita com Paul nas teclas, Garry a cantar e percurssão, Dale nos coros e David Chester, músico de estúdio na viola.
Na Georgia um DJ começa a tocá-la constantemente dizendo sempre "Na Na Na Na Hey Hey..." O público e outras rádios locais pedem a música. A Mercury assim que sabe manda comprar 100 mil discos no mercado e coloca-a no Hit da Billboard. O disco começa a entrar nas listas de "airplay" de todas as Rádios e atinge o 1º lugar do Top por duas semanas em Dezembro de 69. O investimento de 50 mil dólares tinha valido a pena. Depois à pressa inventou-se um conjunto para apresentação em público, mas o vocaçista continuava Garry DeCarlo. O fenómeno acabou durante o ano seguinte, 1970. No Reino Unido a canção atingiu o 9º lugar no Top no final de Janeiro de 70.
Paul Leka tornou-se compositor de sucesso e foi isso que fez toda a sua vida até à sua morte em 2011.
Garry DeCarlo seguiu outra vida e só em 2012 voltou às canções. Em 2014 lançou o álbum "Long Time Comin´" que inclúi o seu grande Hit "Na Na Hey Hey Kiss Him Goodbye (video abaixo).
Durante o mundial de futebol de 1970 no México, no estádio Aztec, na final Brasil/Itália mais de cem mil pessoas cantavam "Ale Ma Nia Hey Hey Goodbye". A Alemanha ficara em 3º e foi aí que pela primeira vez nasceu a agora famosa "Onda Mexicana".
Mas vamos à história. A canção foi escrita por Dale Frashuer e Garry DeCarlo com letra de Paul Leka.
Os 3 eram amigos quando cantavam no coro Glenwoods em Bridgeport, Connecticut onda Leka também tocava piano. Paul vem depois para Nova York onde trabalha como letristra para a Circle Eve Productions em 1967. É ele que compôe e produz o grande êxito dos Lemon Pipers "Green Tambourine". Em 69 está na Mercury e propôe que se grave uma canção dos seus amigos DeCarlo e Frashuer com letra sua de nome "Kiss Him Godbye".
Inventam o nome "Steam" e agravação é feita com Paul nas teclas, Garry a cantar e percurssão, Dale nos coros e David Chester, músico de estúdio na viola.
Na Georgia um DJ começa a tocá-la constantemente dizendo sempre "Na Na Na Na Hey Hey..." O público e outras rádios locais pedem a música. A Mercury assim que sabe manda comprar 100 mil discos no mercado e coloca-a no Hit da Billboard. O disco começa a entrar nas listas de "airplay" de todas as Rádios e atinge o 1º lugar do Top por duas semanas em Dezembro de 69. O investimento de 50 mil dólares tinha valido a pena. Depois à pressa inventou-se um conjunto para apresentação em público, mas o vocaçista continuava Garry DeCarlo. O fenómeno acabou durante o ano seguinte, 1970. No Reino Unido a canção atingiu o 9º lugar no Top no final de Janeiro de 70.
Paul Leka tornou-se compositor de sucesso e foi isso que fez toda a sua vida até à sua morte em 2011.
Garry DeCarlo seguiu outra vida e só em 2012 voltou às canções. Em 2014 lançou o álbum "Long Time Comin´" que inclúi o seu grande Hit "Na Na Hey Hey Kiss Him Goodbye (video abaixo).
Durante o mundial de futebol de 1970 no México, no estádio Aztec, na final Brasil/Itália mais de cem mil pessoas cantavam "Ale Ma Nia Hey Hey Goodbye". A Alemanha ficara em 3º e foi aí que pela primeira vez nasceu a agora famosa "Onda Mexicana".