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Desta vez Mário Assis Ferreira conseguiu encontrar alguma disponibilidade de tempo para nos receber, ao final do dia, com grande afabilidade e simpatia
Foi um reencontro connosco e com o nosso colaborador na época da entrevista, Rui Carvalho, após 46 anos de interregno, e cujo contacto teve enorme influência na ida do Quinteto Académico + 2 a Moçambique, pois o Rui Carvalho apresentou ao Mário Assis o Tenente-Coronel Alfredo Neves, que como empresário deu todo o suporte necessário para o Quinteto se apresentar e ficar a tocar durante cerca de seis meses no Hotel Polana, em Lourenço Marques.
No seu gabinete no Casino do Estoril, Assis Ferreira falou-nos francamente do seu Quinteto Académico:
"Inicialmente e como jovens adolescentes também queríamos formar uma banda. Só o Daniel e o Zé Manel sabiam música e eu nem tocar sabia. Enchi-me de brio e treinei até poder fazer boa figura, pois queria impressionar uma certa pessoa (coisas dos 16 anos). A 1ª apresentação foi em Arganil e correu muito bem. Os contratos começaram a aparecer e acabámos por gravar um disco. Mas eu não tinha muito jeito para músico e preferia a negociação de contratos, a agenciação do grupo. Dei lugar a outro e passei a ter apenas essa tarefa no seio do grupo", começou por confessar-nos Mário Assis.
Foi um reencontro connosco e com o nosso colaborador na época da entrevista, Rui Carvalho, após 46 anos de interregno, e cujo contacto teve enorme influência na ida do Quinteto Académico + 2 a Moçambique, pois o Rui Carvalho apresentou ao Mário Assis o Tenente-Coronel Alfredo Neves, que como empresário deu todo o suporte necessário para o Quinteto se apresentar e ficar a tocar durante cerca de seis meses no Hotel Polana, em Lourenço Marques.
No seu gabinete no Casino do Estoril, Assis Ferreira falou-nos francamente do seu Quinteto Académico:
"Inicialmente e como jovens adolescentes também queríamos formar uma banda. Só o Daniel e o Zé Manel sabiam música e eu nem tocar sabia. Enchi-me de brio e treinei até poder fazer boa figura, pois queria impressionar uma certa pessoa (coisas dos 16 anos). A 1ª apresentação foi em Arganil e correu muito bem. Os contratos começaram a aparecer e acabámos por gravar um disco. Mas eu não tinha muito jeito para músico e preferia a negociação de contratos, a agenciação do grupo. Dei lugar a outro e passei a ter apenas essa tarefa no seio do grupo", começou por confessar-nos Mário Assis.
"O grupo começou por ser formado pelos ainda hoje meus amigos Daniel Gouveia no piano, José Manuel Fonseca nas maracas e depois no sax, Artur Pinto na bateria, José Augusto Duarte no baixo e eu na viola", recorda, como se fosse hoje, Mário Assis Ferreira.
Na época em que foi gravado o 1º E.P. do Quinteto, o Artur Pinto e o Augusto Duarte já tinham cedido o seu lugar ao Fernando Mendes (bateria) e ao Alexandre Barreto (baixo). Mário Assis continua a sua exposição sobre as transformações, que ele próprio fomentava, no grupo: "A partir daqui o grupo foi crescendo, conseguiamos contratos por todo o País, chegámos a ir a Angola e Moçambique em 65, depois vários músicos foram saindo e outros entrando. Pedro Osório fez também parte do Conjunto. Nessa altura eu já tinha terminado o curso e estava a trabalhar. |
Para modernizar o grupo e atender à excelência que eu desejava, fui à Bélgica e mais tarde aos Estados Unidos e a Inglaterra para contratar músicos. Como passaram a ser 7 , mudámos o nome para "Quinteto Académico + 2". Consegui contratar Mike Carr, então considerado pela "Melody Maker" o segundo melhor organista do mundo e o vocalista Earl Jordan da Big Band da Rádio Caroline, que se juntaram ao talentoso baterista belga de Jazz, Adrien Ransy, ao excelente guitarrista português, Carlos Carvalho, ao baixista Tom Fox (ex-"Hedgehoppers Anonymous", dos célebres êxitos "It's Good News" e "Hey"), ao sempre presente José Manuel Fonseca (no sax e clarinete) e ao trompetista sul-africano, Lawry Brown.
No total passaram pelo grupo 32 músicos".
Entre todos estes músicos que passaram pelo Quinteto Académico (+2) a 'Onda Pop' realça, Mike Sergeant (que tocou com o 'Quarteto 1111' e os 'Gemini' , entre outros), o Dany Silva (ex-Charruas, e que depois seguiu para uma conhecidíssima carreira a solo - OP nº 18)" e o Jean Sarbib (excelente viola-baixo, de formação no Jazz, por onde prosseguiu depois a sua carreira internacional), álem de Pedro Osório ´já nomeado.
- Essa é uma pergunta que lhe queríamos fazer. Como conseguia contratar músicos tão bons, que em Inglaterra ganhariam certamente mais, considerando ainda o desnível económico e musical entre Portugal e Inglaterra?
No total passaram pelo grupo 32 músicos".
Entre todos estes músicos que passaram pelo Quinteto Académico (+2) a 'Onda Pop' realça, Mike Sergeant (que tocou com o 'Quarteto 1111' e os 'Gemini' , entre outros), o Dany Silva (ex-Charruas, e que depois seguiu para uma conhecidíssima carreira a solo - OP nº 18)" e o Jean Sarbib (excelente viola-baixo, de formação no Jazz, por onde prosseguiu depois a sua carreira internacional), álem de Pedro Osório ´já nomeado.
- Essa é uma pergunta que lhe queríamos fazer. Como conseguia contratar músicos tão bons, que em Inglaterra ganhariam certamente mais, considerando ainda o desnível económico e musical entre Portugal e Inglaterra?
"Bom, deve-se também à minha boa capacidade de persuasão e ao mesmo tempo a ter de correr o risco como empresário do grupo, em que me tinha transformado, depois de ter desistido de ser músico. Oferecia-lhes um ordenado semelhante ao rendimento que tinham, mais percentagens sobre os lucros do grupo. O risco era calculado, o conjunto era na época o mais bem pago em Portugal e contratos não faltavam, pelo que sempre acreditei que iria conseguir. O que é certo é que ganharam sempre mais do que o mínimo contratado. Por vezes chegavam a tirar o dobro. E os lucros foram sempre repartidos de forma igual pelos oito, ou seja 7+1, pois a minha parte sempre foi igual aos restantes membros".
- Mas sendo assim porque é que o grupo termina quando regressa de Moçambique ?
"Sempre achei que o melhor momento para acabar é quando se está por cima. Eu trabalhava no Ministério das Finanças e já era incompatível gerir o grupo ao mesmo tempo. Quando regressaram de Moçambique expus-lhes as minhas razões e dei-lhes como alternativas arranjarem outro empresário ou terminarem em beleza seguindo cada um os seus interesses musicais. Foi isso que decidiram fazer e cada um seguiu o seu caminho".
- Ainda tem contactos com eles ?
"Sim, de certa forma, hoje mais espaçados, mas cheguei a ir vê-los a tocar em Nova York, onde o Jean Sarbib se dedicou ao Jazz, o Earl cantou em várias bandas e o Mike estava em Los Angeles. Quando ia para aqueles lados ia ter com eles, mas vou mantendo regularmente contacto com todos através da net".
- Mas sendo assim porque é que o grupo termina quando regressa de Moçambique ?
"Sempre achei que o melhor momento para acabar é quando se está por cima. Eu trabalhava no Ministério das Finanças e já era incompatível gerir o grupo ao mesmo tempo. Quando regressaram de Moçambique expus-lhes as minhas razões e dei-lhes como alternativas arranjarem outro empresário ou terminarem em beleza seguindo cada um os seus interesses musicais. Foi isso que decidiram fazer e cada um seguiu o seu caminho".
- Ainda tem contactos com eles ?
"Sim, de certa forma, hoje mais espaçados, mas cheguei a ir vê-los a tocar em Nova York, onde o Jean Sarbib se dedicou ao Jazz, o Earl cantou em várias bandas e o Mike estava em Los Angeles. Quando ia para aqueles lados ia ter com eles, mas vou mantendo regularmente contacto com todos através da net".
Mário Assis seguiu em 1975 para o Brasil e acabou indo trabalhar para uma empresa de cafés. Conseguiu expandi-la pelo Mundo e colocá-la em 36 países. Acabou por chegar á vice-presidência do grupo. Em 83 decide voltar para Portugal apesar dos muitos pedidos de Rui Barreto (o dono e presidente desse grupo) para que ficasse, mas achava que a sua vida tinha de ser em Portugal.
- E no Brasil não esteve ligado à música ?
"Apenas como consumidor, embora tivesse estado varias vezes em casa de Tom Jobim, com Nara Leão e outros em maravilhosas sessões musicais".
No regresso a Portugal ainda trabalhou na Abel Pereira da Fonseca, foi convidado pelo Governo para participar na preparação do 1º lançamento de "obrigações" que teve lugar após o 25 de Abril e mais tarde é convidado a entrar para o grupo de Stanley Ho. Hoje é o Presidente não executivo do Conselho de Administração do Casino do Estoril. Foi e é o responsável pela edição da revista "Egoísta", que já tem 15 anos de vida e é das revistas mais galardoadas internacionalmente.
Mário Assis diz considerar-se ainda em forma e não dispensa todos os anos um almoço com os seus velhos amigos do Quinteto Académico com quem vai trocando mails diàriamente.
- E no Brasil não esteve ligado à música ?
"Apenas como consumidor, embora tivesse estado varias vezes em casa de Tom Jobim, com Nara Leão e outros em maravilhosas sessões musicais".
No regresso a Portugal ainda trabalhou na Abel Pereira da Fonseca, foi convidado pelo Governo para participar na preparação do 1º lançamento de "obrigações" que teve lugar após o 25 de Abril e mais tarde é convidado a entrar para o grupo de Stanley Ho. Hoje é o Presidente não executivo do Conselho de Administração do Casino do Estoril. Foi e é o responsável pela edição da revista "Egoísta", que já tem 15 anos de vida e é das revistas mais galardoadas internacionalmente.
Mário Assis diz considerar-se ainda em forma e não dispensa todos os anos um almoço com os seus velhos amigos do Quinteto Académico com quem vai trocando mails diàriamente.
No término da nossa conversa confessou-nos, " a melhor experiência de gestão e recursos humanos foi-me dada por esses tempos de manager do Quinteto Académico, a qual me foi crucial para a minha carreira e, isso foi mais importante que todas as formações universitárias e profissionais que cursei na vida".
Obrigado Mário Assis Ferreira pela sua disponibilidade, simpatia e respeito pelo trabalho que fizémos nos anos 60 e pelo entusiasmo deste reavivar memórias que a "Onda Pop" vem fazendo nesta nossa missão informativa através deste novel meio de comunicação que é a INTERNET.
Obrigado Mário Assis Ferreira pela sua disponibilidade, simpatia e respeito pelo trabalho que fizémos nos anos 60 e pelo entusiasmo deste reavivar memórias que a "Onda Pop" vem fazendo nesta nossa missão informativa através deste novel meio de comunicação que é a INTERNET.
Nota à Parte: No final da entrevista em que estiveram presentes o João Pedro, o Zé Couto e o Rui Carvalho, fomos acompanhados à saída pela simpática secretária de Mário Assis, Elsa que no caminho comentou " boas recordações da música", quando explicávamos que se tratava de uma publicação em Moçambique, disse "eu também sou de Moçambique e a minha mãe tocava violino no RCM". Aí fez-se luz na cabeça do Rui que disse, "vocês moravam em...(tal sítio) e a Elsa tinha uma irmã"? Perante a afirmativa concluíu que Elsa tinha sido a sua vizinha do andar de baixo. Infelizmente em 1976, a violinista Deolinda Bastos foi bàrbaramente assassinada durante um assalto à sua casa. A mãe do João Pedro cantava no RCM e também a conhecia, "era uma excelente e simpática senhora, era o único músico feminino da orquestra", disse-nos Maria Marques. Queremos deixar esta nota como singela homenagem à violinista Deolinda Bastos e agradecemos à Elsa Bastos o seu oportuno comentário que demonstrou mais uma vez como o mundo "é uma aldeia". Para ela um grande beijo.
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Aos 60 anos, 41 anos depois de ter editado o seu 1º álbum "Return To Forever" com Chick Corea e Stanley Clarke, Al Di Meola acaba de lançar o seu mais novo trabalho entitulado "Elysium", que veio promover em Portugal, com um concerto realizado na passada 5ª feira no Centro Cultural de Belém.
Al Di Meola é senhor de uma técnica magistral e de uma velocidade de execução insuperável, que na sua carreira a solo já colecciona 23 discos de estúdio, para além de ser parte essencial do álbum de referência do Jazz Fusion, "Friday Night In S. Francisco", que foi gravado ao vivo em 1981, com os seus magistrais parceiros, Paco de Lucia e John McLaughlin. |
Neste seu novo álbum, "Elysium", Al Di Meola impregna na sua guitarra clássica elementos de Jazz e World Music, com muitas influências latinas de Bossa Nova, Tango e, especialmente, de Flamengo.
No passado dia 9 de Julho, Al Di Meola veio a Lisboa fazer a promoção deste álbum através de um concerto no CCB e a 'Onda Pop' não podia deixar de estar presente.
Acabado de chegar, poucas horas antes, de New York, Al Di Meola deu um show do seu virtuosismo durante 1h40m, em que empolgou a plateia ao percorrer temas do seu novo álbum, ou não se chamasse esta tournê "Al Di Meola Elysium Unplugged 2015 Tour", mas ainda compartilhou com todos nós temas dos seus dois ídolos musicais, Astor Piazzola e 'The Beatles', pelo que aproveitou para levar a assistência ao rubro interpretando versões musicais de 4 temas dos eternos 'Beatles', com as suas variações de guitarra, mas nunca perdendo a essencial melodia das composições de Lennon e McCartney, conforme poderão apreciar no seu álbum de homenagem aos Fab 4, entitulado "All Your Life", gravado nos estúdios da "Abbey Road", em 2013.
No passado dia 9 de Julho, Al Di Meola veio a Lisboa fazer a promoção deste álbum através de um concerto no CCB e a 'Onda Pop' não podia deixar de estar presente.
Acabado de chegar, poucas horas antes, de New York, Al Di Meola deu um show do seu virtuosismo durante 1h40m, em que empolgou a plateia ao percorrer temas do seu novo álbum, ou não se chamasse esta tournê "Al Di Meola Elysium Unplugged 2015 Tour", mas ainda compartilhou com todos nós temas dos seus dois ídolos musicais, Astor Piazzola e 'The Beatles', pelo que aproveitou para levar a assistência ao rubro interpretando versões musicais de 4 temas dos eternos 'Beatles', com as suas variações de guitarra, mas nunca perdendo a essencial melodia das composições de Lennon e McCartney, conforme poderão apreciar no seu álbum de homenagem aos Fab 4, entitulado "All Your Life", gravado nos estúdios da "Abbey Road", em 2013.
Os "Status Quo" são um dos grupos de Rock ingleses com mais anos no activo e continuando através de mais de 40 anos a gravar e a dar concertos.
As origens dos "Status Quo" começam em Londres onde começaram por se chamar "The Spectres" formado por Francis Rossi (vocais e guitarra) e Alan Lancaster (baixo) aos quais se juntaram o baterista John Coughlan e o organista Roy Lynes. "The Spectres" gravaram 3 singles sem grande sucesso antes de se virarem para o psicadelismo e mudarem o nome para "Traffic Jam" e editarem um single sem sucessoi "Almost But Not Quite There", após o qual adicionaram à sua formação Rick Parfitt (guitarra e vocais), em Agosto de 1967, e mudaram novamente de nome para "Status Quo". O primeiro single, "Pictures Of Matchstick Men," chega ao 7º lugar no hit-parade britânico, em 1968; chegando a 12º nos Estados Unidos. Lançaram logo a seguir ,"Black Veils Of Melancholy", que não obteve grande sucesso, mas o o single seguinte "Ice In The Sun", escrito pelo cantor pop britânico Marty Wilde chegou ao Top 10 do Reino Unido.
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Nos anos 60, ainda tiveram mais um êxito no Top 20 britânico, "Down The Dustpipe", que atingiu a 12ª posição. Continuaram pelos anos 70 e continuaram com uma série de êxitos no Top 10 da Grã-Bretanha: "Piledriver", "Hello", "Caroline" , já depois do organista Andy Bown(ex-Herd) se juntar ao grupo. Ainda durante os anos 70, todos os álbuns editados pelos "Status Quo" entraram no Top 5, enquanto os singles entraram sempre no Top 10, incluindo "Down Down" (1º lugar em 1974), "Roll Over Lay Down" (1975), "Rain" (1976), "Wild Side Of Life" (1976) e "Rockin' All Over The World" (1977).
Durante os anos 80, 90 e já no século XXI, continuam a editar álbuns e singles com algum sucesso, como "Jam Side Down" em 2002, ou "In The Army Now", em 1986. Numa das próximas 'Ondas Pop' analisaremos o seu novo álbum, lançado este ano - "Aquostic"... Não param!

1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.

DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |

Abracadabra desta vez tentou aprender magias cósmicas e passou uma semana na Biblioteca Nacional da República Dominicana lendo as novelas de ficção de Julian Jay Savarin e foi teleportado para a magia cósmica de "A Time Before This", mais uma pérola musical esquecida e obscura do psicadelismo e do Rock Progressivo, interpretada pelo grupo 'Julian's Treatment', em 1970.
Julian Jay Savarin escreveu, compôs e dirigiu este álbum conceitual raro, que é mais uma preciosidade para os apreciadores do rock progressivo.
Savarin nasceu em Dominica e emigrou com a sua família para a Grã-Bretanha em 1962.
Escritor de novelas de ficção científica e músico, em 1969 imaginou uma ópera-rock á volta da civilização perdida da Atlântida, onde o último homem terrestre é levado para o planeta Alkon, one prevalecia uma civilização matriarcal. A sua ideia inicial era o lançamento de uma trilogia de álbuns, baseada nas suas novelas "Lemmus Trilogy", cujo primeiro tomo já tinha sido lançado nas livrarias inglesas.
Formou então um conjunto - 'The Julian's Treatment', composto por Julian Jay Savarin (vocais e teclas), John Dover (baixo), Del Watkins (guitarra), Jackie Drummond (bateria) e Cathy Pruden (vocais) e lançou este primeiro e único álbum "A Time Before This", à base de uns teclados dramáticos e cósmicos acompanhados pelos vocais semi-falados da australiana Cathy Pruden.
Esta novela musical desenvolve-se durante os doze capítulos seguintes:
A1 - First Chapter: First Prophecy / "First Oracle"
A2 - Second Chapter / "The Coming Of The Mule"
A3 -Third Chapter / "Phantom City"
A4 - Fourth Chapter / "The Black Tower"
A5 - Fifth Chapter / "Alda, Dark Lady Of The Outer Worlds"
A6 - Sixth Chapter / "Altarra, Princess Of The Blue Woman"
B1 - Seventh Chapter: Second Prophecy / "Second Oracle"
B2 - Eight Chapter / Part One: "Twin Sun Of Centauri"
B3 - Ninth Chapter / "The Terran"
B4 - Tenth Chapter / "Fourth From The Sun"
B5 - Eleventh Chapter / "Strange Things"
B6 - Twelfth Chapter: Epilogue / "A Time Before This"
Julian Jay Savarin escreveu, compôs e dirigiu este álbum conceitual raro, que é mais uma preciosidade para os apreciadores do rock progressivo.
Savarin nasceu em Dominica e emigrou com a sua família para a Grã-Bretanha em 1962.
Escritor de novelas de ficção científica e músico, em 1969 imaginou uma ópera-rock á volta da civilização perdida da Atlântida, onde o último homem terrestre é levado para o planeta Alkon, one prevalecia uma civilização matriarcal. A sua ideia inicial era o lançamento de uma trilogia de álbuns, baseada nas suas novelas "Lemmus Trilogy", cujo primeiro tomo já tinha sido lançado nas livrarias inglesas.
Formou então um conjunto - 'The Julian's Treatment', composto por Julian Jay Savarin (vocais e teclas), John Dover (baixo), Del Watkins (guitarra), Jackie Drummond (bateria) e Cathy Pruden (vocais) e lançou este primeiro e único álbum "A Time Before This", à base de uns teclados dramáticos e cósmicos acompanhados pelos vocais semi-falados da australiana Cathy Pruden.
Esta novela musical desenvolve-se durante os doze capítulos seguintes:
A1 - First Chapter: First Prophecy / "First Oracle"
A2 - Second Chapter / "The Coming Of The Mule"
A3 -Third Chapter / "Phantom City"
A4 - Fourth Chapter / "The Black Tower"
A5 - Fifth Chapter / "Alda, Dark Lady Of The Outer Worlds"
A6 - Sixth Chapter / "Altarra, Princess Of The Blue Woman"
B1 - Seventh Chapter: Second Prophecy / "Second Oracle"
B2 - Eight Chapter / Part One: "Twin Sun Of Centauri"
B3 - Ninth Chapter / "The Terran"
B4 - Tenth Chapter / "Fourth From The Sun"
B5 - Eleventh Chapter / "Strange Things"
B6 - Twelfth Chapter: Epilogue / "A Time Before This"
Contudo, nos finais de 1970, os 'Julian's Treatment' desfizeram-se e a segunda parte da trilogia aparecerá num álbum "Waiters On The Dance", sòmente creditado a Julian Jay Savarin, que foi editado em 1973 e no qual colaboraram o único sobrevivente dos 'Julian's Treatment', o baixista John Dover, e a cantora Jo Meek.
"Waiters On The Dance" é um enorme salto para a frente de um tempo antes do tempo, onde cada faixa é extremamente divertida, num enredo de ficção científica. Se quisermos analisar musicalmente este álbum, diremos que é um misto entre o órgão-pesado dos 'Deep Purple' e o Space -Rock dos 'Eloy', só que com vocais femininos, tornando-se mais um pérola perdida... desta vez no espaço cósmico.
"Waiters On The Dance" é um enorme salto para a frente de um tempo antes do tempo, onde cada faixa é extremamente divertida, num enredo de ficção científica. Se quisermos analisar musicalmente este álbum, diremos que é um misto entre o órgão-pesado dos 'Deep Purple' e o Space -Rock dos 'Eloy', só que com vocais femininos, tornando-se mais um pérola perdida... desta vez no espaço cósmico.
Savarin retirou-se do mundo da música para se concentrar na sua carreira de escritor de ficção e poeta, tendo
editado dezenas de livros, os últimos dos quais, até agora, saíram do prelo em
2006, "The Other Side of Eden" e "Sunset and the Major".
Nesta semana realçamos o 1º lugar da nossa Parada, "Flor de Laranjeira" interpretada pela Filarmónica Fraude.
A estória da gravação deste 1º disco da Filarmónica Fraude, começa com o facto da mulher do António Pinho (um dos membros do grupo, que escreveu as letras da grande maioria das composições da Filarmónica Fraude) ser amiga da filha de um dos donos da Torralta e assim através dela conseguiram um contrato para tocar durante o mês de Agosto de 1968, no Alvor. Tocavam à noite e durante o dia descansavam e compunham as canções, pelo que foram introduzindo no seu repertório essas novas composições, tais como "Os Animais de Estimação" e a "Flor de Laranjeira".
Fernando Assis Pacheco, repórter do "Diário de Lisboa", escreveu um artigo sobre o grupo intitulado "Uma Fraude nas Noites Brancas do Alvor", que criou curiosidade no meio musical português e fez com que o Duo Ouro Negro passasse pelo Alvor para os ouvir.
Os membros do Duo Ouro Negro ficaram encantados e levaram uma cassete com alguns temas à editora Valentim de Carvalho, que chega a agendar a contratação do grupo. No entanto, o grupo acaba por assinar com a Philips num episódio rocambolesco de espionagem à portuguesa.
As suas letras continham uma crítica social bem humorada e as composições apresentavam uma nova sonoridade, com as influências da música popular portuguesa a serem misturadas com o Pop inglês, nomeadamente dos 'Beatles'.
A canção "Flor de Laranjeira” era mais do que um espelho real da sociedade portuguesa carregada de pretensão, cinismo e falso moralismo. pois ela dava-nos também uma esperança de liberdade.
E agora escutem-na bem´porque para a semana há mais surpresas.
A estória da gravação deste 1º disco da Filarmónica Fraude, começa com o facto da mulher do António Pinho (um dos membros do grupo, que escreveu as letras da grande maioria das composições da Filarmónica Fraude) ser amiga da filha de um dos donos da Torralta e assim através dela conseguiram um contrato para tocar durante o mês de Agosto de 1968, no Alvor. Tocavam à noite e durante o dia descansavam e compunham as canções, pelo que foram introduzindo no seu repertório essas novas composições, tais como "Os Animais de Estimação" e a "Flor de Laranjeira".
Fernando Assis Pacheco, repórter do "Diário de Lisboa", escreveu um artigo sobre o grupo intitulado "Uma Fraude nas Noites Brancas do Alvor", que criou curiosidade no meio musical português e fez com que o Duo Ouro Negro passasse pelo Alvor para os ouvir.
Os membros do Duo Ouro Negro ficaram encantados e levaram uma cassete com alguns temas à editora Valentim de Carvalho, que chega a agendar a contratação do grupo. No entanto, o grupo acaba por assinar com a Philips num episódio rocambolesco de espionagem à portuguesa.
As suas letras continham uma crítica social bem humorada e as composições apresentavam uma nova sonoridade, com as influências da música popular portuguesa a serem misturadas com o Pop inglês, nomeadamente dos 'Beatles'.
A canção "Flor de Laranjeira” era mais do que um espelho real da sociedade portuguesa carregada de pretensão, cinismo e falso moralismo. pois ela dava-nos também uma esperança de liberdade.
E agora escutem-na bem´porque para a semana há mais surpresas.