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DESTAQUE - T.V. FESTIVAL - 69
Em 1969 o Rádio Clube de Moçambique (RCM) transmitia pela primeira vez o Festival da Canção em directo, o que não deixava de ser um acontecimento. Sendo o RCM uma das estações mais potentes a nível africano e até europeu, inclusivé recebia equipamento americano logo que saíam novidades, pois servia para testar os aparelhos, não admira pois, que tivesse sido a 1ª estação portuguesa a transmitir em FM.
Este Festival teve a participação de nomes consagrados à época, como o Duo Ouro Negro, Teresa Paula Brito, Simone de Oliveira, Madalénia Iglésias, Artur Garcia e outros que, embora já vindo do início dos anos 60, não eram tão conhecidos como Valério Silva, Fernando Tordo e Maria da Fé, além de outros que começavam como Lili Thiumba.
Sem dúvida que a canção de Simone suplantou todas as outras. "Desfolhada" é de uma riqueza ímpar quer pelo poema, quer pela música, quer ainda pela interpretação ou pela orquestração. Foi talvez um dos, senão o único ano em que todo o Mundo esteve de acordo. A sua ida a Madrid levava a esperança de uma excelente classificação, mas estranhamente foi uma das piores de sempre, embora os críticos e conhecedores apostassem numa boa classificação. Ou politiquices da política, ou falta de Marketing, ou juízes quadrados para a música. Ninguém o saberá.
Sabemos apenas que Simone teve uma grande ovação e quando regressou de comboio a Lisboa uma das maiores recepções de que há memória. Quando mais à frente publicarmos o Festival da Eurovisão, deixemos que seja a própria Simone a contar-nos essa e outras experiências.
Simone entrou 3 vezes no Festival da Canção. A primeira há 50 anos com "Sol de Inverno" que venceu a segunda com esta
"Desfolhada" há 46 anos e a terceira este ano, "À Espera das Canções", mostrando grande dignidade e humildade, defendendo muito bem uma canção construída para as suas capacidades vocais de uma Diva de 77 primaveras (não é para qualquer um). Pelo menos mais um recorde conseguiu.
Escutemos agora a grande canção de Nuno Nazareth Fernandes e José Carlos Ary dos Santos, "Desfolhada", na voz da grande Simone de Oliveira.
Em 1969 o Rádio Clube de Moçambique (RCM) transmitia pela primeira vez o Festival da Canção em directo, o que não deixava de ser um acontecimento. Sendo o RCM uma das estações mais potentes a nível africano e até europeu, inclusivé recebia equipamento americano logo que saíam novidades, pois servia para testar os aparelhos, não admira pois, que tivesse sido a 1ª estação portuguesa a transmitir em FM.
Este Festival teve a participação de nomes consagrados à época, como o Duo Ouro Negro, Teresa Paula Brito, Simone de Oliveira, Madalénia Iglésias, Artur Garcia e outros que, embora já vindo do início dos anos 60, não eram tão conhecidos como Valério Silva, Fernando Tordo e Maria da Fé, além de outros que começavam como Lili Thiumba.
Sem dúvida que a canção de Simone suplantou todas as outras. "Desfolhada" é de uma riqueza ímpar quer pelo poema, quer pela música, quer ainda pela interpretação ou pela orquestração. Foi talvez um dos, senão o único ano em que todo o Mundo esteve de acordo. A sua ida a Madrid levava a esperança de uma excelente classificação, mas estranhamente foi uma das piores de sempre, embora os críticos e conhecedores apostassem numa boa classificação. Ou politiquices da política, ou falta de Marketing, ou juízes quadrados para a música. Ninguém o saberá.
Sabemos apenas que Simone teve uma grande ovação e quando regressou de comboio a Lisboa uma das maiores recepções de que há memória. Quando mais à frente publicarmos o Festival da Eurovisão, deixemos que seja a própria Simone a contar-nos essa e outras experiências.
Simone entrou 3 vezes no Festival da Canção. A primeira há 50 anos com "Sol de Inverno" que venceu a segunda com esta
"Desfolhada" há 46 anos e a terceira este ano, "À Espera das Canções", mostrando grande dignidade e humildade, defendendo muito bem uma canção construída para as suas capacidades vocais de uma Diva de 77 primaveras (não é para qualquer um). Pelo menos mais um recorde conseguiu.
Escutemos agora a grande canção de Nuno Nazareth Fernandes e José Carlos Ary dos Santos, "Desfolhada", na voz da grande Simone de Oliveira.
DESTAQUE - IDÍLIO DA B.B. EM DISCO
Gigi Rizzi era um actor e empresário italiano, que criou a primeira discoteca de venda de discos em Itália, na cidade de Milano, mas ficou mundialmente famoso por ser um dos mais conhecidos playboys dos anos 60 e 70.
Gigi conheceu Brigitte Bardot, em Saint Tropez e apaixonaram-se, tendo um namoro de vários meses.
No final dos anos 70, a sua vida deu uma volta de 180 graus e foi viver para a Argentina, onde comprou uma quinta, casou e teve 3 filhos. Tudo parecia correr bem, quando retorna a Itália. A 24 de Junho de 2013, festeja os seus 69 anos em Saint Tropez e nesse mesmo dia à noite deixa um seu último bilhete no seu quarto.
Parece que, apesar de ter conhecido muitas mulheres lindas e famosas, nunca deixou de estar apaixonado pela bela B.B. e escolheu o local onde a conheceu como última homenagem a essa sua paixão.
O video que vos propomos é um tributo à dolce vita de Gigi Rizzi, que viveu uma vida de paixões a mil por cento, mas nenhuma se comparou à que teve por Brigitte, conforme o próprio Gigi Rizzi se expressa na canção "A Piedi Nudi" de Antonella Ruggiero, em que ele se mostra apaixonadíssimo por ela e relembra os momentos emocionates e amorosos vividos, de pés descalços na mini-praia privada em La Madrague (a vivenda que Brigitte Bardot comprou em Saint-Tropez, no ano de 1958, e em que fez festas famosas com Alan Delon, Jean-Paul Belmondo, Sacha Distel ou Manitas de la Plata e sobre a qual Gunther Sachs - outro famoso playboy - derramou de um helicóptero uma chuva de pétalas de rosas numa declaração de amor).
Brigitte Bardot em 1963, lançou um single que fazia alusão a essa sua propriedade e que se chama precisamente - "La Madrague".
Gigi conheceu Brigitte Bardot, em Saint Tropez e apaixonaram-se, tendo um namoro de vários meses.
No final dos anos 70, a sua vida deu uma volta de 180 graus e foi viver para a Argentina, onde comprou uma quinta, casou e teve 3 filhos. Tudo parecia correr bem, quando retorna a Itália. A 24 de Junho de 2013, festeja os seus 69 anos em Saint Tropez e nesse mesmo dia à noite deixa um seu último bilhete no seu quarto.
Parece que, apesar de ter conhecido muitas mulheres lindas e famosas, nunca deixou de estar apaixonado pela bela B.B. e escolheu o local onde a conheceu como última homenagem a essa sua paixão.
O video que vos propomos é um tributo à dolce vita de Gigi Rizzi, que viveu uma vida de paixões a mil por cento, mas nenhuma se comparou à que teve por Brigitte, conforme o próprio Gigi Rizzi se expressa na canção "A Piedi Nudi" de Antonella Ruggiero, em que ele se mostra apaixonadíssimo por ela e relembra os momentos emocionates e amorosos vividos, de pés descalços na mini-praia privada em La Madrague (a vivenda que Brigitte Bardot comprou em Saint-Tropez, no ano de 1958, e em que fez festas famosas com Alan Delon, Jean-Paul Belmondo, Sacha Distel ou Manitas de la Plata e sobre a qual Gunther Sachs - outro famoso playboy - derramou de um helicóptero uma chuva de pétalas de rosas numa declaração de amor).
Brigitte Bardot em 1963, lançou um single que fazia alusão a essa sua propriedade e que se chama precisamente - "La Madrague".
DESTAQUE
The Move era um dos melhores e mais controversos grupos dos anos 60. Mesmo que tivessem tido uma série de êxitos memoráveis, eles eram muito mais emocionates em palco com as suas actuações brutais e dinâmicas.
Os Move formaram-se durante uma imprevista jam session no legendário clube de Birmingham - Cedar Club, em Fevereiro de 1966.
Depois do encerramento do clube ao público, nessa noite estava presente no palco a nata das bandas da cidade, que resolveram se divertir tocando pela madrugada. Estavam presentes nesse momento: Bev Bevan, Carl Wayne e Chris "Ace" Kefford do conjunto Carl Wayne & The Vikings; Roy Wood dos "Nightriders" e Trevor Burton do grupo Danny King & The Mayfair Set. Gostaram tanto de tocar juntos que resolveram formar um novo conjunto - The Move.
Mas uma boa reputação em Birmingham não significava sucesso no resto da Grã-Bretanha e muito menos no resto do mundo. Foi então que apareceu Tony Secunda, responsável pela carreira dos "Moody Blues", e que, segundo Carl Wayne, lhes deu liderança e a orientação que a banda necessitava, já que sob o ponto de vista de criatividade, esta estava assegurada pelo génio musical de Roy Wood. Tony Secunda levou o grupo para Londres, conseguiu um contrato para tocarem no famoso "Marquee Club" (substituindo The Who), vestiu-os no estilo gangster americano e manipulou a imprensa ao assinar esse contrato nas costas nuas de uma modelo em topless. Tony Secunda ainda os orientou musicalmente, aconselhando-os a fazer uma viragem musical no estilo que então tocavam, ao sairem do estilo "Motown" (que então tocavam) para uma linha psicadélica, tipo música da West Coast americana, para além de encorajar Roy Wood a escrever as suas próprias músicas e deixarem de fazer covers.
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Se todas estas estratégias não chegassem para dar o devido valor à sua influência no sucesso dos "Move", as suas campanhas de marketing para lançamento de singles ficaram famosas, pois eram bastante avançadas para a época, como por exemplo quando do lançamento do single "Blackberry Way" (que apresentamos na rubrica "Cantem Com A Onda Pop", desta edição), em que distribuíu pelas lojas de discos tartes de amoras pretas (blackberries) com garrafas de champanhe ou quando fez uma sessão de fotos e autógrafos para a imprensa e fans no quartel de bombeiros de Birmingham, para o lançamento do single "Fire Brigade".
No entanto houve uma campanha de marketing, idealizada por Tony Secunda, que custou milhões de libras aos "Move", em royalties.
Foi a estratégia comercial para o lançamento, daquele que viria a ser, irònicamente, o maior êxito dos "Move" - "Flowers In The Rain".
Porquê?
Porque puseram a circular nos jornais, lojas, revistas, etc, postais promocionais de "Flowers In The Rain" pelos The Move, em que aparecia a caricatura do então primeiro-ministro Harold Wilson nu, na cama com a sua secretária Marcia Williams.
Harold Wilson pô-los em tribunal e foram obrigados a doar para sempre todos os direitos autorais dessa canção para obras de caridade e fundações indicadas pelo então primeiro-ministro.
No entanto, esta campanha desastrosa em termos financeiros deu origem ao "Harold Wilson Affair", que levou ao pedido de demissão de Harold Wilson do seu cargo político e à decisão dos membros dos Move de expulsar Tony Secunda de todos os negócios do grupo, pois só tomaram conhecimento dessa campanha, quando esta já estava executada.
Foi a estratégia comercial para o lançamento, daquele que viria a ser, irònicamente, o maior êxito dos "Move" - "Flowers In The Rain".
Porquê?
Porque puseram a circular nos jornais, lojas, revistas, etc, postais promocionais de "Flowers In The Rain" pelos The Move, em que aparecia a caricatura do então primeiro-ministro Harold Wilson nu, na cama com a sua secretária Marcia Williams.
Harold Wilson pô-los em tribunal e foram obrigados a doar para sempre todos os direitos autorais dessa canção para obras de caridade e fundações indicadas pelo então primeiro-ministro.
No entanto, esta campanha desastrosa em termos financeiros deu origem ao "Harold Wilson Affair", que levou ao pedido de demissão de Harold Wilson do seu cargo político e à decisão dos membros dos Move de expulsar Tony Secunda de todos os negócios do grupo, pois só tomaram conhecimento dessa campanha, quando esta já estava executada.
Mas essa situação também teve o seu preço dentro do grupo, pois ao perderem a liderança de Tony Secunda o conjunto entrou num espírito de anarquia sem liderança, que levou á saída de "Ace" e de Trevor.
E mesmo que o single seguinte -"Curly" tenha atingido a #12 no hit-parade, o grupo nunca mais encontrava o seu caminho para sair da crise. Contrataram então um novo manager, Peter Walsh, que geria as carreiras de conjuntos de sucesso como "Marmalade" e "The Tremeloes", que tinham um estilo mais pop ligeiro que The Move. Peter Walsh fechou contratos para tocarem em vários cabarets e clubes sociais, o que ràpidamente cansou Roy Wood, pois esse não era ambiente desejável, e as relações no grupo voltaram a degradar-se e Carl Wayne saíu, sendo substituído por Jeff Lynne, que também era de Birmingham e igualmente tinha sido membro dos "Nightriders", que sob a sua liderança se transformaram em "The Idle Race", com um som similar aos "Move", mas em que se notava já a influência do som e criatividade musical de Jeff Lynne, que transformaria também a sonoridade dos "Move", e estes tornaram-se nos extraordinários E.L.O. (Electric Light Orchestra), ainda em 1970, quando Wood, Lynne e Bevan gravaram "10538 Overture", embora ainda gravassem como The Move mais um álbum - "Message From The Country", para cumprimento de contrato com a editora .
E mesmo que o single seguinte -"Curly" tenha atingido a #12 no hit-parade, o grupo nunca mais encontrava o seu caminho para sair da crise. Contrataram então um novo manager, Peter Walsh, que geria as carreiras de conjuntos de sucesso como "Marmalade" e "The Tremeloes", que tinham um estilo mais pop ligeiro que The Move. Peter Walsh fechou contratos para tocarem em vários cabarets e clubes sociais, o que ràpidamente cansou Roy Wood, pois esse não era ambiente desejável, e as relações no grupo voltaram a degradar-se e Carl Wayne saíu, sendo substituído por Jeff Lynne, que também era de Birmingham e igualmente tinha sido membro dos "Nightriders", que sob a sua liderança se transformaram em "The Idle Race", com um som similar aos "Move", mas em que se notava já a influência do som e criatividade musical de Jeff Lynne, que transformaria também a sonoridade dos "Move", e estes tornaram-se nos extraordinários E.L.O. (Electric Light Orchestra), ainda em 1970, quando Wood, Lynne e Bevan gravaram "10538 Overture", embora ainda gravassem como The Move mais um álbum - "Message From The Country", para cumprimento de contrato com a editora .
INSTANTÂNEO
ANTÓNIO CHAÍNHO NO CCB
Fomos ao CCB ver o espectáculo dos 50 anos de músico profissional de António Chaínho e não poderíamos ter ficado mais satisfeitos. Foi muito bom a todos os níveis. Na categoria dos músicos, na excelência dos convidados, na organização do concerto, no bom som que encheu a sala, nos jogos de luzes bem conseguidos, no ritmo que o espetáculo teve. Estão todos de parabéns.
Esta apresentação ao vivo do disco que é também hoje o Novo Disco de Velhos Conhecidos não podia ter sido mais feliz. No espetáculo colaboraram quase todos os artistas que gravaram no disco e demonstraram um grande carinho e estima por mestre Chaínho. Filipa Pais, Ana Vieira, Hélder Moutinho, Paulo de Carvalho, Ana Bacalhau, Pedro Abrunhosa, Sara Tavares (que apesar de um pequeno acidente teimou em aparecer, mesmo de muletas) e o angolano Paulo Flores.
Também, embora não apareça no disco, um jovem saxofonista de nome Cajó Soares, que deslumbrou. Ciro Bertini foi o produtor e é um excelente viola baixo. Tiago Oliveira que também ajudou na produção deu cartas na viola e tanto Ivo Costa na bateria como Ruca Rebordão não deixaram créditos por mãos alheias e no "Encore" fizeram um excelente show em diálogo, que recolheu os mais fortes aplausos. De salientar ainda as intervenções de Carlos Lopes no Acordeão e no Cavaquinho.
O nosso Pop José Manuel Vaz Santos estava deliciado, até porque ele já o conhecia desde 79/80 quando no Picadeiro em Cascais dizia poesia sua e não só, acompanhado da música de António Chaínho. No final houve uma sessão de autógrafos e os dois saudaram-se efusivamente.
ANTÓNIO CHAÍNHO NO CCB
Fomos ao CCB ver o espectáculo dos 50 anos de músico profissional de António Chaínho e não poderíamos ter ficado mais satisfeitos. Foi muito bom a todos os níveis. Na categoria dos músicos, na excelência dos convidados, na organização do concerto, no bom som que encheu a sala, nos jogos de luzes bem conseguidos, no ritmo que o espetáculo teve. Estão todos de parabéns.
Esta apresentação ao vivo do disco que é também hoje o Novo Disco de Velhos Conhecidos não podia ter sido mais feliz. No espetáculo colaboraram quase todos os artistas que gravaram no disco e demonstraram um grande carinho e estima por mestre Chaínho. Filipa Pais, Ana Vieira, Hélder Moutinho, Paulo de Carvalho, Ana Bacalhau, Pedro Abrunhosa, Sara Tavares (que apesar de um pequeno acidente teimou em aparecer, mesmo de muletas) e o angolano Paulo Flores.
Também, embora não apareça no disco, um jovem saxofonista de nome Cajó Soares, que deslumbrou. Ciro Bertini foi o produtor e é um excelente viola baixo. Tiago Oliveira que também ajudou na produção deu cartas na viola e tanto Ivo Costa na bateria como Ruca Rebordão não deixaram créditos por mãos alheias e no "Encore" fizeram um excelente show em diálogo, que recolheu os mais fortes aplausos. De salientar ainda as intervenções de Carlos Lopes no Acordeão e no Cavaquinho.
O nosso Pop José Manuel Vaz Santos estava deliciado, até porque ele já o conhecia desde 79/80 quando no Picadeiro em Cascais dizia poesia sua e não só, acompanhado da música de António Chaínho. No final houve uma sessão de autógrafos e os dois saudaram-se efusivamente.
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
O novo álbum de António Chainho chama-se "Cumplicidades" e assinala os 50 anos de carreira do guitarrista e compositor.
Nasceu em S. Francisco da Serra (no concelho de Santiago do Cacém, Beja) e veio para Lisboa, em finais do ano de 1965, para tocar no restaurante típico A Severa, no Bairro Alto. Anteriormente só tinha tocado no café de seu pai e só foi em 1960 que teve o seu primeiro contacto com o meio fadista, numa taberna na praça do Chile, em Lisboa. De 1961 a 1963, cumpriu o serviço militar em Moçambique, onde tocou para as tropas portuguesas, assim como nas emissoras locais. |
Depois de "A Severa", António Chaínho foi para Cascais, iniciar a casa O Picadeiro. Em Cascais abriu ainda uma outra casa, o Forte D. Rodrigo, com o fadista Rodrigo.
Nesta primeira fase da sua carreira, acompanhou Tony de Matos, Lucília do Carmo, Teresa Tarouca, António Mourão, Tristão da Silva, Ada de Castro, etc, entre tantas grandes vedetas do Fado.
Nesta primeira fase da sua carreira, acompanhou Tony de Matos, Lucília do Carmo, Teresa Tarouca, António Mourão, Tristão da Silva, Ada de Castro, etc, entre tantas grandes vedetas do Fado.
Depois concentrou-se mais na composição e reduziu os acompanhamentos, restringindo-se pràticamente ao Carlos do Carmo (o qual acompanhou durante mais de 20 anos), ao Frei Hermano da Câmara e, mais tarde, a Rão Kyao, com o qual gravou o álbum de eleição - "Fado Bailado", em 1983.
A carreira de António Chaínho, que é apontado como "um dos virtuosos da guitarra portuguesa", conta com sete álbuns editados em nome próprio e um DVD, “Ao vivo no CCB”.
"Cumplicidades" é um tributo pessoal a uma vida e uma carreira de 50 anos de grande actividade e qualidade. Seria cansativo e difícil enumerar todos os artistas ou discos em que António Chaínho deu a sua preciosa colaboração através da sua expressão máxima na música, que é a sua mestriar no dedilhar da Guitarra Portuguesa. Carlos do Carmos, José Afonso, António Pinto Basto, Rão Kyao, K.D.Lang, Gal Costa, Fafá de Belém, Saki Kubota, José Carreras, Adriana Calcanhoto são alguns desses famosos artistas com quem colaborou.
Mestre António Chainho chamou pela primeira vez um grande número de artistas Portugueses para com ele colaborarem neste seu novo álbum e Rui Veloso, Pedro Abrunhosa, Paulo de Carvalho, Ana Bacalhau (dos Deolinda), Sara Tavares, Fernando Ribeiro (dos Moonspel), Hélder Moutinho, Paulo Flores, Kepa Junquera, Raul D’Oliveira, Grupo Etnográfico da Casa do Povo de Serpa e a cantora e compositora brasileira Vanessa da Mata responderam positivamente ao desafio de interpretarem com António Chainho novas composições do mestre.
"Cumplicidades" é um tributo pessoal a uma vida e uma carreira de 50 anos de grande actividade e qualidade. Seria cansativo e difícil enumerar todos os artistas ou discos em que António Chaínho deu a sua preciosa colaboração através da sua expressão máxima na música, que é a sua mestriar no dedilhar da Guitarra Portuguesa. Carlos do Carmos, José Afonso, António Pinto Basto, Rão Kyao, K.D.Lang, Gal Costa, Fafá de Belém, Saki Kubota, José Carreras, Adriana Calcanhoto são alguns desses famosos artistas com quem colaborou.
Mestre António Chainho chamou pela primeira vez um grande número de artistas Portugueses para com ele colaborarem neste seu novo álbum e Rui Veloso, Pedro Abrunhosa, Paulo de Carvalho, Ana Bacalhau (dos Deolinda), Sara Tavares, Fernando Ribeiro (dos Moonspel), Hélder Moutinho, Paulo Flores, Kepa Junquera, Raul D’Oliveira, Grupo Etnográfico da Casa do Povo de Serpa e a cantora e compositora brasileira Vanessa da Mata responderam positivamente ao desafio de interpretarem com António Chainho novas composições do mestre.
"Cumplicidades" é o nome do novo disco e também o do novo espectáculo de António Chainho, que servirá de comemoração dos seus 50 anos de carreira, o qual teve lugar no CCB, ontem dia 10 de Abril, em Lisboa, e hoje, dia 11, na Casa da Música, no Porto, para apresentar os
seus novos temas, acompanhado pela sua banda constituída por Ciro Bertini (baixo), Tiago Oliveira (viola), Ruca Rebordão (percussão) e ainda as cantoras que o acompanham, Ana Vieira e Filipa Pais, e que participam igualmente no referido álbum, bem como os cantores convidados: Ana Bacalhau, Hélder Moutinho, Paulo de Carvalho, Paulo Flores, Pedro Abrunhosa e Sara Tavares.
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DESTAQUE THE BATS
Tudo começou em 1964, quando The Bats, Eddie Eckstein, Paul Ditchfield, Jimmy Dunning e Barry Jarman, explodiram na cena musical sul-africana e decidiram tornar-se a resposta sul-africana aos Beatles.
Conseguiram auma sessão de audição por parte de Matt Mann, o homem forte da G.R.C. (que mais trade viria ser o dono da gravadora R.P.M.) e assinaram um contrato com CBS e editaram o primeiro single "All I Got" e álbum do mesmo nome.
Até 1966, gravaram mais dois álbuns "Shabby Little Hut" em 1965 e "That's How I Feel".
Nesse mesmo ano de 66, tentaram a sua sorte partindo para Inglaterra e, em Dezembro, gravaram para a Decca o single "Listen To My Heart/Stop Don't Do It". Em Fevereiro de 1967, lançam um segundo single pela Decca - "You Look Good Together/You Will Now, Won't You" e Maio do mesmo ano ainda editam um terceiro single - "Hard To Get Up In The Morning/Take Me As I Am". Estes dois singles só foram lançados no Reino Unido, pelo que são pouco conhecidos e a Onda Pop aproveita para os divulgar para a maioria dos nossos leitores.
Conseguiram auma sessão de audição por parte de Matt Mann, o homem forte da G.R.C. (que mais trade viria ser o dono da gravadora R.P.M.) e assinaram um contrato com CBS e editaram o primeiro single "All I Got" e álbum do mesmo nome.
Até 1966, gravaram mais dois álbuns "Shabby Little Hut" em 1965 e "That's How I Feel".
Nesse mesmo ano de 66, tentaram a sua sorte partindo para Inglaterra e, em Dezembro, gravaram para a Decca o single "Listen To My Heart/Stop Don't Do It". Em Fevereiro de 1967, lançam um segundo single pela Decca - "You Look Good Together/You Will Now, Won't You" e Maio do mesmo ano ainda editam um terceiro single - "Hard To Get Up In The Morning/Take Me As I Am". Estes dois singles só foram lançados no Reino Unido, pelo que são pouco conhecidos e a Onda Pop aproveita para os divulgar para a maioria dos nossos leitores.
Em Junho de 1967, The Bats aparecem na TV, no programa Dee Time, mas decidem regressar à África do Sul. No entanto, em Dezembro, Jimmy Dunning decide deixar a África do Sul e regressar a Inglaterra, sendo substituído na viola-solo por Pete Clifford.
No ínicio da década de 70, ganharam o Sarie (Óscar sul-africano) para a melhor canção do ano - "Who's That Girl" e por essa altura, juntaram-se com um outro conjunto sul-africano, The Sounds Of Brass (que incluía o vocalista e percursionista Neville Whitmill, Pete Hibner (sopros e teclas) e Denny Loren (voz e bateria) e formaram um nova banda chamada "Impi" e gravaram um álbum, com a intenção de conquistarem o mercado americano com um novo som, mas não receberam os apoios financeiros necessários e desistiram de ir avante, regressando ao projecto The Bats, agora com a inclusão de Gerald Stockton (baixo e trombone).
Fizeram tournées, local e internacionalmente, satisfazendo audiências na Grã-Bretanha, na Alemanha, em Moçambique ou no Zimbabwe (ex-Rodésia) com a sua música brilhante e o seu espírito de comediantes, o que fez deles uma banda de topo durante 16 anos, um acontecimento de louvar qualquer banda, em qualquer parte do mundo.
Barry Jarman faleceu há alguns anos, mas o grupo ainda hoje toca e faz espectáculos com Paul, Eddie, Pete Clifford e Derek Gordon. Merecem um Óscar ou um Sarie, pela sua longevidade e qualidade musical, como tal façamos a nossa homenagem ouvindo "Who's That Girl", com a qual ganharam o Sarie, em 1970.
No ínicio da década de 70, ganharam o Sarie (Óscar sul-africano) para a melhor canção do ano - "Who's That Girl" e por essa altura, juntaram-se com um outro conjunto sul-africano, The Sounds Of Brass (que incluía o vocalista e percursionista Neville Whitmill, Pete Hibner (sopros e teclas) e Denny Loren (voz e bateria) e formaram um nova banda chamada "Impi" e gravaram um álbum, com a intenção de conquistarem o mercado americano com um novo som, mas não receberam os apoios financeiros necessários e desistiram de ir avante, regressando ao projecto The Bats, agora com a inclusão de Gerald Stockton (baixo e trombone).
Fizeram tournées, local e internacionalmente, satisfazendo audiências na Grã-Bretanha, na Alemanha, em Moçambique ou no Zimbabwe (ex-Rodésia) com a sua música brilhante e o seu espírito de comediantes, o que fez deles uma banda de topo durante 16 anos, um acontecimento de louvar qualquer banda, em qualquer parte do mundo.
Barry Jarman faleceu há alguns anos, mas o grupo ainda hoje toca e faz espectáculos com Paul, Eddie, Pete Clifford e Derek Gordon. Merecem um Óscar ou um Sarie, pela sua longevidade e qualidade musical, como tal façamos a nossa homenagem ouvindo "Who's That Girl", com a qual ganharam o Sarie, em 1970.
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
92 -
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91 -
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90 - ex Aequo
FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
"Abracadabra" apresenta esta semana um truque de ilusionismo óptico, baseado nas leis da Refração, de Gauss e de Snell-Descartes: "The Light Is Dark Enough" dos físicos do grupo inglês Spectrum.
Lançado em 1970, o álbum "The Light Is Dark Enough" oferece uma mescla de singles anteriormente editados e de novo material de estúdio, interagindo entre o psicadélico e o mais puro pop e inclui músicas que fizeram sucesso noutros países, mas não em Inglaterra, como é o caso de"Headin' For A Heatwave", que atingiu o topo da parada espanhola, ou a sua versão de Ob-La-Di, Ob-La-Da (dos Beatles), que entrou no Top 20 da Alemanha e que não deixaremos de passar aqui para os inúmeros Beatlemaníacos.
Lançado em 1970, o álbum "The Light Is Dark Enough" oferece uma mescla de singles anteriormente editados e de novo material de estúdio, interagindo entre o psicadélico e o mais puro pop e inclui músicas que fizeram sucesso noutros países, mas não em Inglaterra, como é o caso de"Headin' For A Heatwave", que atingiu o topo da parada espanhola, ou a sua versão de Ob-La-Di, Ob-La-Da (dos Beatles), que entrou no Top 20 da Alemanha e que não deixaremos de passar aqui para os inúmeros Beatlemaníacos.
Este grupo de físicos (sob a óptica musical), entitulado Spectrum, foi criado em 1967 para ser uma versão britânica dos Monkees, tendo sido formada inicialmente para série televisiva Captain Scarlet , sendo um conjunto de músicos de estúdio liderado por Colin Forsey (vocalista) e que era complementado por Keith Forsey (seu irmão) na bateria, o guitarrista Tony Atkins, o teclista Bill Chambers e o baixista Tony Judd.
O projecto tipo "Monkees" não teve sucesso, mas o grupo continuou até 1970, desfazendo-se depois de editado este álbum que tirámos da mesa de ensaios, esta semana.
Nesse entretempo, lançaram 9 singles com sucessos em vários países do mundo, como os que já relatámos, ou ainda o single que vos apresentamos na "Parada de Onda Pop" e a deliciosa "Samantha's Mine", um tema sunshine-pop de 1967.
O projecto tipo "Monkees" não teve sucesso, mas o grupo continuou até 1970, desfazendo-se depois de editado este álbum que tirámos da mesa de ensaios, esta semana.
Nesse entretempo, lançaram 9 singles com sucessos em vários países do mundo, como os que já relatámos, ou ainda o single que vos apresentamos na "Parada de Onda Pop" e a deliciosa "Samantha's Mine", um tema sunshine-pop de 1967.
Os Spectrum provaram que "The Light Is Dark Enough", ou seja que "A Luz É Suficientemente Escura", pois apesar de todo o seu talento e criatividade musical não saíram da obscuridade, visto que não conseguiram ganhar a atenção do seu mercado natal e muito menos do americano.
Mais do mesmo... nesta época eram tantos e com tanta qualidade, que muitos ficaram na sombra do sucesso, mas a Onda Pop não os deixou passar despercebidos na época e agora não os esqueceu.
Mais do mesmo... nesta época eram tantos e com tanta qualidade, que muitos ficaram na sombra do sucesso, mas a Onda Pop não os deixou passar despercebidos na época e agora não os esqueceu.
A Parada da Onda Pop desta semana apresenta no #8 lugar um conjunto e uma música - "Little Red Boat By The River", que não fizeram sucesso no Reino Unido, nem nos Estados Unidos, mas que pela sua excelente qualidade chegaram a esta posição na nossa Parada (vão ainda chegar a #4) e a #14 na África do Sul.
Na nossa rubrica "Abracadabra" já hoje falámos deste conjunto, da sua qualidade e do seu eclestismo musical, mas gostaríamos ainda de realçar as facetas de compositor de Keith Forsey, que co-escreveu "Flashdance (What a Feeling)" e a banda sonora do filme "Bad Cat", e de produtor como no êxito de Billy Idol - "Rebel Yell" ou dos The Psychedelic Furs em "Mirror Moves". Quem sabe, não esquece!
Na nossa rubrica "Abracadabra" já hoje falámos deste conjunto, da sua qualidade e do seu eclestismo musical, mas gostaríamos ainda de realçar as facetas de compositor de Keith Forsey, que co-escreveu "Flashdance (What a Feeling)" e a banda sonora do filme "Bad Cat", e de produtor como no êxito de Billy Idol - "Rebel Yell" ou dos The Psychedelic Furs em "Mirror Moves". Quem sabe, não esquece!