EDITORIAL - Passados que são 45 anos depois do 25 de Abril, não quero deixar de o assinalar. Homenageio também o meu pai que no dia da Liberdade teria feito 100 anos. Aproveito ainda para parabenizar a RTP pelo excelente programa que trasmitiu "Retratos de Abril". Saudemos então agora o 1º de Maio, dia em que é publicada.
Este é o nº 99, o último antes do 2º aniversário da Onda. O original saíu a 24 de Agosto de 1970. Falávamos de dois festivais. Um na África do Sul, que presenciámos, o Open Air Festival e de Aix-En-Provence na França que teve característica sui generis. Aproveitámos o Encore para falar de Marisol (OP nº 64 concurso). Falamos de Percy Sledge que foi um verdadeiro fenómeno na África do Sul e também passou por Angola. Homenageamos Mário Piçarra, Scott Walker e Dina que nos deixaram recentemente. Aproveitámos ainda a notícia do "Cenário" sobre a estreia do filme português "O Cerco" que na época foi uma lufada de ar fresco que Cunha Teles nos deu e como a música é de uma figura que muito admiramos aproveitámos para também o homenagear, o Maestro António Victorino D' Almeida. Também o Quarteto 1111 entra mas dele já falámos nas páginas 64 e 92 (Tozé Brito). Também passam 100 anos do nascimento de um grande senhor que admiramos, Nat King Cole. Não falamos de Giorgio porque já falámos nas páginas 24, 71 e 83 e dos CSN&Y na página 56. No Cenário agradecíamos o envio da Revista "Mundo da Canção" nº 8 mas também já a apresentámos na nossa página nº 88. No fecho da página também partiu Dick Rivers que nos animou bastante com Les Chats Sauvages e também lhe deixamos a nossa homenagem.
Este é o nº 99, o último antes do 2º aniversário da Onda. O original saíu a 24 de Agosto de 1970. Falávamos de dois festivais. Um na África do Sul, que presenciámos, o Open Air Festival e de Aix-En-Provence na França que teve característica sui generis. Aproveitámos o Encore para falar de Marisol (OP nº 64 concurso). Falamos de Percy Sledge que foi um verdadeiro fenómeno na África do Sul e também passou por Angola. Homenageamos Mário Piçarra, Scott Walker e Dina que nos deixaram recentemente. Aproveitámos ainda a notícia do "Cenário" sobre a estreia do filme português "O Cerco" que na época foi uma lufada de ar fresco que Cunha Teles nos deu e como a música é de uma figura que muito admiramos aproveitámos para também o homenagear, o Maestro António Victorino D' Almeida. Também o Quarteto 1111 entra mas dele já falámos nas páginas 64 e 92 (Tozé Brito). Também passam 100 anos do nascimento de um grande senhor que admiramos, Nat King Cole. Não falamos de Giorgio porque já falámos nas páginas 24, 71 e 83 e dos CSN&Y na página 56. No Cenário agradecíamos o envio da Revista "Mundo da Canção" nº 8 mas também já a apresentámos na nossa página nº 88. No fecho da página também partiu Dick Rivers que nos animou bastante com Les Chats Sauvages e também lhe deixamos a nossa homenagem.
Obs: Todos os artigos não assinados em cada publcação
são de minha autoria. Outros autores assinarão os
artigos que façam.
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Em 1969 também a África do Sul começou com os grandes espectáculos ao ar livre. O primeiro foi no Greenpoint Stadium na Cidade do Cabo (Battle Of The Bands). Foi aí que se revelou o grupo rodesiano Otis Waygood Blues Band. Depois foi em Durban em Fevereiro de 70 no King Park Stadium e em Julho o Beat Music Festival que agregou 10 mil pessoas.
No dia 8 de Agosto de 1970 e perante mais de 5 mil jovens foi o festival no Out Of Town Club, o Spring Open Air Pop Music Festival. Foi o 2º Festival que o clube organizou nos arredores de Joanesburgo. Neste esteve presente o Pop Duarte Nuno. O nosso Pop estava muito impressionado com tudo o que via. Um consumo inositado de todo o tipo de drogas, trajes desconsertantes e crianças de tenra idade com os pais. Raparigas distribuião incenso para atenuar o cheiro das drogas.
Actuaram os Conglomeration, um grupo de 4 rapazes (idades entre os 15 e 17) de Joanesburgo, (mas que vão mudar o nome para Rabbitt e tornar-se o maior grupo sul africano). Os Buzzards, um trio (baixo ,bateria e viola solo) com composições Undergroud psicadélicas próprias. Salientou-se "Pictures Of a Tree" em ritmo bossa nova. Depois os Black Ice, conjunto de 5 elementos com os êxitos do momento como "Get Ready", "Love Like a Man" ou "I'm A Man". Colin Shamley um Folk Singer estilo Donovan foi o momento seguinte.
Seguiu-se Will-O-James um trio do bairro Hilbrow em Joanesburgo no género Country/Rock. "It,s All Over Now" estava muito bem interpretada. Depois veio a fina flor, Os Otis Waygood Blues Band, considerado na época o melhor conjunto na África do Sul.
No dia 8 de Agosto de 1970 e perante mais de 5 mil jovens foi o festival no Out Of Town Club, o Spring Open Air Pop Music Festival. Foi o 2º Festival que o clube organizou nos arredores de Joanesburgo. Neste esteve presente o Pop Duarte Nuno. O nosso Pop estava muito impressionado com tudo o que via. Um consumo inositado de todo o tipo de drogas, trajes desconsertantes e crianças de tenra idade com os pais. Raparigas distribuião incenso para atenuar o cheiro das drogas.
Actuaram os Conglomeration, um grupo de 4 rapazes (idades entre os 15 e 17) de Joanesburgo, (mas que vão mudar o nome para Rabbitt e tornar-se o maior grupo sul africano). Os Buzzards, um trio (baixo ,bateria e viola solo) com composições Undergroud psicadélicas próprias. Salientou-se "Pictures Of a Tree" em ritmo bossa nova. Depois os Black Ice, conjunto de 5 elementos com os êxitos do momento como "Get Ready", "Love Like a Man" ou "I'm A Man". Colin Shamley um Folk Singer estilo Donovan foi o momento seguinte.
Seguiu-se Will-O-James um trio do bairro Hilbrow em Joanesburgo no género Country/Rock. "It,s All Over Now" estava muito bem interpretada. Depois veio a fina flor, Os Otis Waygood Blues Band, considerado na época o melhor conjunto na África do Sul.
O 1º álbum que tinham lançado bateu o recorde de vendas que desde 1967 pertencia aos Flames um conjunto de Durban que tinha ido para os Estados Unidos e fôra depois escolhido pelos Beach Boys para fazer as primeiras partes dos seus espectáculos nas digressões que efectuavam nos States. O single "You're Late Miss Kate" foi um sucesso. Clive Calder de quem já falámos na Onda Pop nº 27, um dos gurus da música Rock sul africana é o produtor. No final houve uma passagem de modelos da Truworths. Depois do Festival Duarte Nuno visitou o Club Out Of Town com uma boîte enorme. Aí foi ver os Blind Lemon Jefferson que tinham estado no ano anterior no Festival. O seu estilo é Chicago. Os Hawk, também um dos melhores grupos sul africanos (tipo Santana e The Band). Também actuaram os Freedom Children considerado há vários anos no naipe dos melhores. A festa terminou com os The Pack, um grupo de Durban. Até final do ano houve mais 3 grandes festivais alguns com grupos europeus.
OTIS WAYGOOD BLUES BAND
Foi um grupo formado em Salisbúria na Rodésia do Sul (hoje Harare, Zimbabué. Alguns dos seus elementos eram de Bulawayo a 2ª cidade mas juntaram-se em 68 na Universidade em Salisbúria. Os manos Ziper, Alan e Rob já em 64 formavam os "Fenders and Footsteps" e tocavam Shadows. O grupo é formado em 68 com o nome Blue Cruzade e as suas influências são Johnny Lee Hooker, Muddy Waters e James Brown. O grupo era Robert Ziper (viola, sax, harmónica e voz), Alan Ziper (baixo), Ivor Rubinstein (bateria), Bennie Miller (viola) Leigh Sagar (solo), Angus McLean (piano).Tinham todos 16 anos. Depois entra Martin Jackson (flauta) e o nome passa a Otis Waygood Blues Band.
Em Novembro de 69 Rob, Alan, Ivor e Leigh decidem ir tirar umas férias musicais à África do Sul. Em Cape Town (Cidade do Cabo) são convidados a entrar no Festival Battle Of The Bands. Aí tocam "Fever" e outras músicas e alcançam grande êxito como a imprensa do dia seguinte noticia. São convidados a ir para Joanesburgo. Quando estão a chegar a carrinha onde se deslocam tem uma forte avaria. Conseguem contrato por uma semana no clube Electric Circus para ganharem para a despesa. É lá que Clive Calder os vai descobrir e faz de imediato um contrato com eles. Com a EMI avançam logo para um álbum que é gravado em 2 dias. Em algumas das canções é também Clive que toca piano. O álbum tem a capa toda negra e chama-se "Otis Waygood Blues Bands". Brincam com a situação porque na mesma altura saíra o White Album dos Beatles. Estamos em Março de 1970. Calder consegue umas digressões pelas cidades mais pequenas do interior para que o disco chegasse a todo o lado. Chegavam a ser escoltados com polícia motorizada à frente e atrás. Os seus longos cabelos causavam confusão nas zonas mais rurais. Pareciam extra terrestres, diziam.
Foi um grupo formado em Salisbúria na Rodésia do Sul (hoje Harare, Zimbabué. Alguns dos seus elementos eram de Bulawayo a 2ª cidade mas juntaram-se em 68 na Universidade em Salisbúria. Os manos Ziper, Alan e Rob já em 64 formavam os "Fenders and Footsteps" e tocavam Shadows. O grupo é formado em 68 com o nome Blue Cruzade e as suas influências são Johnny Lee Hooker, Muddy Waters e James Brown. O grupo era Robert Ziper (viola, sax, harmónica e voz), Alan Ziper (baixo), Ivor Rubinstein (bateria), Bennie Miller (viola) Leigh Sagar (solo), Angus McLean (piano).Tinham todos 16 anos. Depois entra Martin Jackson (flauta) e o nome passa a Otis Waygood Blues Band.
Em Novembro de 69 Rob, Alan, Ivor e Leigh decidem ir tirar umas férias musicais à África do Sul. Em Cape Town (Cidade do Cabo) são convidados a entrar no Festival Battle Of The Bands. Aí tocam "Fever" e outras músicas e alcançam grande êxito como a imprensa do dia seguinte noticia. São convidados a ir para Joanesburgo. Quando estão a chegar a carrinha onde se deslocam tem uma forte avaria. Conseguem contrato por uma semana no clube Electric Circus para ganharem para a despesa. É lá que Clive Calder os vai descobrir e faz de imediato um contrato com eles. Com a EMI avançam logo para um álbum que é gravado em 2 dias. Em algumas das canções é também Clive que toca piano. O álbum tem a capa toda negra e chama-se "Otis Waygood Blues Bands". Brincam com a situação porque na mesma altura saíra o White Album dos Beatles. Estamos em Março de 1970. Calder consegue umas digressões pelas cidades mais pequenas do interior para que o disco chegasse a todo o lado. Chegavam a ser escoltados com polícia motorizada à frente e atrás. Os seus longos cabelos causavam confusão nas zonas mais rurais. Pareciam extra terrestres, diziam.
Todos os seus concertos começavam na abertura com "You're Late Miss Kate" um original de 1958 de Deefore/Hitzfield que Jimmy Dee lançou. Daí que também tenham lançado em single, a sua versão que fez grande sucesso. Os concertos vão-se sucedendo. Estão instalados numa casa comunitária onde existem mais de 20 Hippies e acabam também consumindo drogas. Toda esta vida agitada faz com que o flautista Martin Jackson entre em crise espiritual e abandona o grupo. Foi substituído pelo grego Harry Poulos uma sumidade nas teclas e que vinha dos Freedom Children que estavam a terminar. Harry tinha grande genialidade e foi muito importante para a gravação dos álbuns seguintes em 71, "Simply Otis Waygood" e "Ten Light Claps and a Scream". !970 foi realmente o ano do apogeu da banda. Já todos os tinham visto ao vivo, já todos tinham um álbum dos Otis, já tinham entrado em círculo. No início de 71 começaram a ser atacados por grupos extremistas de extrema-direita e o Partido Nacionalista acusa-os de minarem a juventude pois a música Rock é muito prejudicial. O Ministério em Março acusa-os de posse de drogas e vasculha-lhes a casa. Depois acusa-os de estarem fugidos do serviço militar na Rodésia, são constantemente ameaçados. Resolvem voltar para a Rodésia. O 1º ministro Ian Smith decide mantê-los como grupo musical. Nesta época as sanções contra a Rodésia bloqueavam os voos internacionais, mas havia um voo Paris/Joanesburgo que secretamente fazia uma escala em Salisbúria. Aproveitam uma oportunidade e regressam a Joanesburgo. Tocam nos subúrbios e festas de garagem. Acabam por ir para Amesterdão e depois para Londres onde se transformam numa banda Reggae. Frequentam os circuitos Underground mais para negros. Mudam o nome para Immigrant saem músicos entram outros e assim vão continuando, chegam a tocar no Rock Garden e Palladium até se desfazerem no final dos anos 70.
Hoje Leith Sagar é Solicitador em Londres, Rob Ziper Arquitecto, Alan Ziper tem um estúdio de gravação, Ivor Rubinstein voltou a Bulawaio e tem uma fábrica de chapéus, Harry Poulos afastou-se de tudo, Benny Miller um dos fundadores, mas que não seguiu na viagem ao Cabo, continua em Harare, ainda toca viola numa banda dos sixties e é produtor de música africana. Clive Calder, cuja história já abordámos na Onda nº35, tornou-se multi milionario e é o Presidente da Jive Records onde tinha artistas como Britney Spears e os Blackstreet Boys.
Hoje Leith Sagar é Solicitador em Londres, Rob Ziper Arquitecto, Alan Ziper tem um estúdio de gravação, Ivor Rubinstein voltou a Bulawaio e tem uma fábrica de chapéus, Harry Poulos afastou-se de tudo, Benny Miller um dos fundadores, mas que não seguiu na viagem ao Cabo, continua em Harare, ainda toca viola numa banda dos sixties e é produtor de música africana. Clive Calder, cuja história já abordámos na Onda nº35, tornou-se multi milionario e é o Presidente da Jive Records onde tinha artistas como Britney Spears e os Blackstreet Boys.
COLIN SHAMLEY foi e é um cantautor folk sul africano. A sua vida artística começara em 1967. Foi o cantor maldito. As suas letras de contestação ao regime estabelecido faziam com que a EMI, a Gallo ou a TEAL não aceitassem trabalhar com ele. A SABC não aceitava tocar as suas canções. Ben Segal assistia a muito boa música que alguns faziam e pensou que tinha que perservar essa música para futuro. Criou os estúdios 3rd Ear Music em Hillbrow para gravar todo esse património. O Trobadour, um bar em Doornfontein recebia muitas vezes Colin Shamley actuando em duo com Cornelia (OP nº 12) embora os seus sócios pedissem moderação a Colin para que a polícia não lhes fechasse a casa. Em Hillbrow ia ao Big Abe's Ninebeat e gravar ao 3rd Ear. Ben desde 68 que ia aos festivais para os gravar procurava pelos bares gente com valor para gravar. Só em 1970 a 3rd Ear Music Company Ltd. consegue a legalização. Colin percorria todos os bares desde Joanesburgo e na autoestrada que liga Heidelberg a Durban que tocavam música folk. Apesar de não ter gravações e tocar na Rádio Colin tinha sempre casas cheias pela divulgação boca a boca. As suas letras inteligentes e com muito humor nunca passavam despercebidas. Praticamente todas as gravações existentes de Colin são de Ben Segal. Só em 1980 a 3rd Ear lançou o duplo CD "Born Guilty" com canções de Colin de 1967 a 1979. Dave Marks que chefiava a editora nesta altura foi o produtor.
Que dizer de um cantautor que consegue manter uma vida profissional bem activa durante mais de 30 anos sem discos e sem qualquer música sua tocada por uma Rádio. As suas canções universais podendo ser aceites por qualquer grupo ou tribo e o seu estilo muito particular de tocar a viola. Durante algum tempo ele e os amigos compraram bicicletas e esconderam-se nas florestas, pescando nos rios para poder fugir à polícia que os perseguia e que já tinha prendido e deportado uma série deles. Depois arranjou outros músicos e tocou em várias cidades. Em 1980 vai para a Cidade do Cabo e Randy Speer liga-lhe dizendo para ir para Joanesburgo que finalmente ia gravar com a produção de Dave Marks (o homem de Master Jack). Continuou a tocar em festas e Festivais, mas uma das suas maiores audiências foi quando foi actuar ao Zimbabué na 1ªparte dos Mungo Jerry (OP nº 94). Depois passou por maus momentos com menos trabalho, tocou banjo durante muitos anos. Fez música para pequenis comerciais, foi professor, foi camionista, DJ e chegou a viver numa tenda junto ao rio. Acabou fazendo programas para viúvas de soldados em que entravam strippers e outros programas bem estranhos. Apesar do seu CD "Born Guilty" se ter vendido bem as Rádios nunca o tocaram. Apenas Alan Price & a Capital Radio, uma emissão em onda média, tocou uma canção em 1981. O álbum é duplo e tem 30 canções. Hoje Shamley continua a cantar e a compôr.
HAWK foi mais um dos grandes grupos que aparecem nos anos 70 e o seu estilo Afro Rock torna-os bastante populares, entrando na maioria dos Festivais que se realizavam nos anos 70. O grupo era formado por Dave Ornellas (voz, viola e percurssão), Mark "Spook" Kahn (solo), Richard Johnson ( baixo) que depois foi substituído por Les Goode, Brahm Malherbe (bateria), Peter Hunt (teclas) e Julian Laxton (viola só em 72/73). O primeiro álbum que lançaram em 70, "Hawk" teve a colaboração de outros músicos só na pecurssão. Em 71 lançam o álbum "African Day" donde sai o primeiro single em 71 e que foi o cover dos Beatles "Here Comes The Sun". Em 71 são eles que fazem a 1ª parte da digressão que The Troggs fazem à África do Sul.
Em 1972 lançam o álbum "Africa She Too Can Cry" mas agora já com Les Goode no baixo, Keith Hutchinson nas teclas e Ivor Back na bateria. Também Julian Bahula (tambor africano e voz), Billy Mashigo (percurssão e voz), Pete Kubheka ( percurssão e voz) e Audrey Motahung (voz), que já tinham gravado no 1º disco. É em 72 que decidem mudar-se para Londres e tentar a sua sorte. Mudam o seu nome para Joburg Hawk e em 73 lançam um álbum com o nome do grupo e as mesmas canções de "Africa She Too Can Cry" apresentadas com outra sequência. O seu ponto mais alto é quando se apresentam no Reading Festival. Depois problema na renovação dos vistos de permanência e alguns conflitos entre os membros do grupo que não estavam a atingir os seus objectivos, apressam o fim do grupo. A maioria dos elementos regressa à África do Sul. No Japão sai um "bootleg" do mesmo álbum e em 1998 com nova sequência e finalmente em 2003, mais uma vez com nova sequência um CD editado pela Fresh Music. Em 1976 Keith Hutchinson tentou reeditar o grupo mas Dave Ornellas estava mais virado para o Gospel tendo editado alguns discos.
CONGLOMERATION Formam-se em 68 e em 70 são os RABBITT
Trevor Rabin (viola e voz), Ronnie Robat (baixo), Allan Rosenber (viola), Neil Cloud (bateria) e depois Duncan Faure (voz, viola e teclas). Mas a história do grupo não começa aqui.
Em 1966 Ronnie (11 anos), Neil (10 anos) e Allan (10 anos) formam The League of Gentlemen. Trevor junta-se 2 anos depois e mudam o nome para Conglomeration uma banda que espantava pelo seu som e consistência. Foi precisamente no Festival Out of Town, na Halfway House situada nos arredores de Joanesburgo em 1970 qando os Conglomeration tocavam como banda de apoio dos Hawk que Patrick Van Blerk descobre o grupo e fica extasiado com o som dos putos.
Convida Trevor (n. 13 Jan 54) uma sessão e pede-lhe que toque uma versão de "Locomotive Breath" dos Jethro Tull. A gravação tinha Eroll Friedman (irmão de Ronnie na viola), Fransua Ros nas teclas (que fez o arranjo), Lou Rorer (baixo) e Cedrid Sanson (bateria). Incluía 2 dos Buzzards.
Patrick torna-se o Manager do grupo. A 1ª coisa que faz é mudar o nome do grupo. Em 1971 ganham o concurso The Battle of The Bands.
O single só saíu em 1972 e "Locomotive Breath" entra nos Tops (foi até Top 10 na LM Radio). Em 73 sai o single "Hallelujah Sunshine" na editora Jo'Burg mas tem menos êxito.
Trevor Rabin (viola e voz), Ronnie Robat (baixo), Allan Rosenber (viola), Neil Cloud (bateria) e depois Duncan Faure (voz, viola e teclas). Mas a história do grupo não começa aqui.
Em 1966 Ronnie (11 anos), Neil (10 anos) e Allan (10 anos) formam The League of Gentlemen. Trevor junta-se 2 anos depois e mudam o nome para Conglomeration uma banda que espantava pelo seu som e consistência. Foi precisamente no Festival Out of Town, na Halfway House situada nos arredores de Joanesburgo em 1970 qando os Conglomeration tocavam como banda de apoio dos Hawk que Patrick Van Blerk descobre o grupo e fica extasiado com o som dos putos.
Convida Trevor (n. 13 Jan 54) uma sessão e pede-lhe que toque uma versão de "Locomotive Breath" dos Jethro Tull. A gravação tinha Eroll Friedman (irmão de Ronnie na viola), Fransua Ros nas teclas (que fez o arranjo), Lou Rorer (baixo) e Cedrid Sanson (bateria). Incluía 2 dos Buzzards.
Patrick torna-se o Manager do grupo. A 1ª coisa que faz é mudar o nome do grupo. Em 1971 ganham o concurso The Battle of The Bands.
O single só saíu em 1972 e "Locomotive Breath" entra nos Tops (foi até Top 10 na LM Radio). Em 73 sai o single "Hallelujah Sunshine" na editora Jo'Burg mas tem menos êxito.
Em fins de 1973 Allan sai e em 77 irá formar The Peach, um grupo feminino (tipo Clout).
O grupo prossegue e vão-se tornando mais irreverentes, pintando as caras, lançando cartazes, mais audazes em palco. Em 74 sai o single "Yesterday's Papers" com êxito relativo. Mas em 1976 vão tornar-se o melhor grupo sul africano quando lançam o álbum "Boys Will Be Boys" e o single "Charlie". É a loucura, a histeria colectiva, as raparigas dizem-se completamente apaixonadas por eles, os rapazes admiram-nos e querem ter as mesmas habilidades. A "Rabbitt rules OK" passa a ser a palavra passe. Os jornalistas de música e não só passam a ter motivos para escrever sobre eles. Nenhum outro grupo sul africano tinha tido tantas notícias e artigos nas Rádios e Jornais.
A Fama atravessa os Oceanos e os seus discos sao vendidos no Reino Unido, no Japão, no Canadá e Estados Unidos, na Austrália e Nova Zelândia. O sonho sul afrcano de poder ter um conjunto conhecido a nível mundial parece estar a acontecer, porém Trevor, que tinha o controle total do grupo, decide sair em finais de 77 para seguir uma carreira a solo. Em 77 sai o single "Getting Througt To You" e o álbum "A Croak And A Crunt In The Night". Entretanto em 1976 já tinha entrado para o grupo, Duncan Faure que é quem vai terminar a gravação de vozes no 2º álbum dos Rabbitt após a saída de Trevor. O álbum "Rock Rabbitt" sai no final de 77. Em 78 entra para o grupo um sul africano que vivia no Canadá, Aidan Maron (viola) mas no final desse ano o grupo termina. O sonho sul africano de ter um grupo conhecido a nível mundial desfaz-se. Neil faz um álbum a solo e depois vai para a América. Duncan vai juntar-se aos Bay City Rollers. Ronnie fica a trabalhar na editora Jo'burg e depois abandona os negócios da música. Trevor, Neil e Duncan fizeram grandes coisas no campo da música. Em 1977 o Rabbitt venceu o prémio SARIE para o melhor grupo. Trevor acabou por se juntar aos Yes e em 2017 entrou para o Rock & Roll Hall of Fame.
O grupo prossegue e vão-se tornando mais irreverentes, pintando as caras, lançando cartazes, mais audazes em palco. Em 74 sai o single "Yesterday's Papers" com êxito relativo. Mas em 1976 vão tornar-se o melhor grupo sul africano quando lançam o álbum "Boys Will Be Boys" e o single "Charlie". É a loucura, a histeria colectiva, as raparigas dizem-se completamente apaixonadas por eles, os rapazes admiram-nos e querem ter as mesmas habilidades. A "Rabbitt rules OK" passa a ser a palavra passe. Os jornalistas de música e não só passam a ter motivos para escrever sobre eles. Nenhum outro grupo sul africano tinha tido tantas notícias e artigos nas Rádios e Jornais.
A Fama atravessa os Oceanos e os seus discos sao vendidos no Reino Unido, no Japão, no Canadá e Estados Unidos, na Austrália e Nova Zelândia. O sonho sul afrcano de poder ter um conjunto conhecido a nível mundial parece estar a acontecer, porém Trevor, que tinha o controle total do grupo, decide sair em finais de 77 para seguir uma carreira a solo. Em 77 sai o single "Getting Througt To You" e o álbum "A Croak And A Crunt In The Night". Entretanto em 1976 já tinha entrado para o grupo, Duncan Faure que é quem vai terminar a gravação de vozes no 2º álbum dos Rabbitt após a saída de Trevor. O álbum "Rock Rabbitt" sai no final de 77. Em 78 entra para o grupo um sul africano que vivia no Canadá, Aidan Maron (viola) mas no final desse ano o grupo termina. O sonho sul africano de ter um grupo conhecido a nível mundial desfaz-se. Neil faz um álbum a solo e depois vai para a América. Duncan vai juntar-se aos Bay City Rollers. Ronnie fica a trabalhar na editora Jo'burg e depois abandona os negócios da música. Trevor, Neil e Duncan fizeram grandes coisas no campo da música. Em 1977 o Rabbitt venceu o prémio SARIE para o melhor grupo. Trevor acabou por se juntar aos Yes e em 2017 entrou para o Rock & Roll Hall of Fame.
THE BUZZARD o trio formado por Errol Friedman (solo) e irmão de Ronne Robot, Cedric Sanson (bateria) e Ralph "Gawksy" Madeira (baixo), vinham todos do grupo Fireflies que se estreara em 1965 no Piccadilly Cinema em Bellevue, Joanesburgo e do qual ainda fazia parte também Alan Goldstein (viola). O grupo viveu até 68 e ainda gravaram o single "Cathy Come Home" em 68. Os Buzzard começam em 68 e no seu estilo psicadélico e com canções próprias lançam o single "Sandy" em 70 e em 1971 o single "Blurry Visions". O grupo terminou em 1971 e Errol Friedman vai juntar -se aos Blackfish onde estavam músicos vindos da Inglaterra que tinham tocado com Eric Clapton e com Bob Anderson (bateria). Cedric também seguiu outros caminhos mas sempre na área do rock.
PEACH Allan Rosenberg saíra dos Rabbitt e em 1977 encontra m grupo de bonitas raparigas de Durban fãs incondicionais dos Rabbitt e que querem formar um conjunto. Allan decide escutá-las e vê que são muito fracas. Decide então formar um grupo com elas. Ensina-as a tocar viola e bateria e Neil Cloud dos Rabbitt vem ajudá-lo. Após 18 meses de intenso treino sente que estão prontos para arrancar. Em 1979 Angie Hazimarcu, Tini Time e Penny Borsis, Carol Wood Greene e Mo Eicenmann mais Allan começam a tocar. Têm grande êxito em Durban e chegam a ser convidadas para fazer a 1ª parte dos Bay City Rollers quando estes fazem o Tour sul africano em Dezembro de 79/80. A EMI assina com eles e sai o 1º single, "A Lot Of Things" que trepa os Tops até ao 1º. Angie (Peach) a vocalista torna-se uma das mais dinâmicas e irreverntes vocalistas em palco. Allan é o responsável por toda a produção musical, letras e músicas do grupo. O grupo tem também em Tini (ritmo), Penny (bateria) e Carol (baixo) o seu núcleo duro. O 2º single "Nightmare" vai também em 1981 ao 1º lugar do Top. Em 82 sai o álbum "On Loan For Evolution" mas no final do ano o grupo desfaz-se.
E agora quem temos aqui ?
Um simpático jovem que hoje ainda continua a tocar. Na 1ª foto estamos em 1970 e na 2ª estamos em 2009. Começou a tocar aos 15 anos. Tocou com John Mayal e Eric Clapton. Fez o seu grande grupo no final dos anos sessenta e no início dos anos 70 era dos grupos mais famosos. Depois enveredou pelas drogas deixou o grupo. Teve Esquizofrenia sofreu vários tratamentos, foi preso mas não em Albatroz, casou nos anos 80, voltou a formar vários grupos e a compôr e agora o grupo tem o seu nome e amigos. A Rolling Stones classificou-o como um dos 40 melhores guitarristas do Mundo. |
Percy Sledge nasceu a 25 de Novembro de 1940 e quando faleceu a 15 de Abril de 2015 prestámos-lhe homenagem na nossa Onda nº 27. Percy Sledge tinha uma fama extraordinária na África do Sul e os seus fãs eram tanto brancos como negros. Só que em 1970 o Aparteid não permitia que se realizassem produções de cantores negros para brancos. A pressão sobre o Governo foi tal que se viram obrigados a fazer alguns espectáculos. Percy Sledge fôra contratado por duas semanas e acabou ficando mais de 2 meses e meio. Gravou álbuns e entrou num pequeno filme. Vendeu discos como ninguém o tinha feito sendo o mais vendido o single "Come Softly To Me".
O 1º espectáculo foi no Luxurama Theatre no dia 29 de Maio de 1970 na Cidade do Cabo. Eram 1300 pessoas a gritar e a bater palmas assim que Percy Sledge pisou o palco. Das duas semanas previstas ficou 3. Aí foi gravado o álbum ao vivo "Percy Sledge In South Africa". Depois foi para o Three Arts Theatre também no Cabo onde esteve 4 semanas. Foi a 20 de Julho para o Empire Theatre em Joanesburgo.
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Em Joanesburg também gravou ao vivo no Empire e também ficou mais dias do que o contratado inicialmente.
Acabou também por ir à Suazilândia. Foi aí que Ashley Lazarus fez um filme, "Soul Fire" onde estão duas canções escritas por Jackie Avery, "Swazi Lady" e "Sister Soul" que Percy cantou. O filme nunca chegou a ser exibido mas alguns dos técnicos garantem que o filme ainda está nos Capricorn Studios em Mbabane, capital do País. No filme entram também Sidney Cain que canta "Lonely Girl", Candy, Vivian Kersley e Eddie Watts que faziam as 1ªs partes dos espectáculos. Saíu ainda o álbum "Soul Africa" como soundtrack do filme. Depois da saída de Percy Sledge da África do Sul, o reaiizador foi filmar no território Zulu, no deserto da Namíbia e em Botwana.
Acabou também por ir à Suazilândia. Foi aí que Ashley Lazarus fez um filme, "Soul Fire" onde estão duas canções escritas por Jackie Avery, "Swazi Lady" e "Sister Soul" que Percy cantou. O filme nunca chegou a ser exibido mas alguns dos técnicos garantem que o filme ainda está nos Capricorn Studios em Mbabane, capital do País. No filme entram também Sidney Cain que canta "Lonely Girl", Candy, Vivian Kersley e Eddie Watts que faziam as 1ªs partes dos espectáculos. Saíu ainda o álbum "Soul Africa" como soundtrack do filme. Depois da saída de Percy Sledge da África do Sul, o reaiizador foi filmar no território Zulu, no deserto da Namíbia e em Botwana.
Quando saíu da África do Sul no meio de Agosto poisou em Luanda, Angola, e aí deu dois espectáculos que esgotaram. O primeiro no Aviz (hoje Karl Mark) e o 2º no Ferroviário. Actuou também em Nova Lisboa (hoje Huambo). Por incrível que possa parecer não existe muita informação desta visita a Angola.
Percy voltou à África do Sul em 1984 para o seu SA Tour.
A 24/25 de Maio de 2013 Percy fez a sua última visita à África do Sul mas só actuou na Cidade do Cabo.
Percy Sledge esteve uma década sem gravar originais. Voltou a fazê-lo em 1994 com o álbum "Blue Night". Depois só em 2004 volta a lançar novo álbum, "Shining Throught The Rain". Em 2005 entru para o "Rock & Roll Hall of Fame. Morreu em Abril de 2015 (OP nº 27).
Percy voltou à África do Sul em 1984 para o seu SA Tour.
A 24/25 de Maio de 2013 Percy fez a sua última visita à África do Sul mas só actuou na Cidade do Cabo.
Percy Sledge esteve uma década sem gravar originais. Voltou a fazê-lo em 1994 com o álbum "Blue Night". Depois só em 2004 volta a lançar novo álbum, "Shining Throught The Rain". Em 2005 entru para o "Rock & Roll Hall of Fame. Morreu em Abril de 2015 (OP nº 27).
Para mim foi uma notícia bem triste. Não que qualquer um de nós não possa partir de repente. Faz parte da vida e as probabilidades vão crescendo conforme a idade avança. Mas porque não sabia onde encontrá-lo e com quem falava nada dele sabiam. O mundo é pequeno mas por vezes é grande. Vivíamos a menos de 5 Km e os lugares culturais que frequentávamos, embora perto eram diferentes. E isto porquê? Porque uma das baladas que mais gostei desde 69 tinha sido a sua "Borboleta Preta" e depois no 2º disco, "Calçada da Carriche" de António Gedeão. Nunca mais tinha ouvido "Borboleta Preta" e ainda hoje sabia a sua música e o primeiro verso. Pedi ao hoje meu amigo Callixto (grande colecionador) e ele enviou-me a canção. Finalmente voltei a escutá-la. Depois da sua morte descobri no FB que alguns dos meus amigos o conheciam e assim pude chegar à família. Esta é a minha homenagem a um homem que fez muito pela música portuguesa e a quem desprezaram valor. "Borboleta Preta" em Lisboa não teve muito êxito mas em Lourenço Marques fez um enorme sucesso. Foi tocada muitas vezes no RCM e outros dos seus grandes fãs eram os malogrados locutores Leite de Vasconcelos e Eugénio Corte Real (ver OP nº 74).
Mário Piçarra nasceu a 26 de Setembro de 1947 em Lisboa. Filho do grande tenor português Luís Piçarra (1917-1999) que faleceu uma semana antes de outra grande diva, Amália Rodrigues.
A vida de Luís Piçarra não era fácil sempre rodando de um País a outro, viveu no Brasil. Casou em 1941. Em 1947 vai ao Egipto e o Rei Faruk contrata-o por um ano. Quando volta traz o título de Bei (o equivalente a Conde). Em 1950 vai para França. Assim Mário e o irmão passam os seus primeiros anos em França. No fim dos anos 50 o pai constrói uma casa nos Lombos, Carcavelos com projecto seu (não esquecer que Luís tinha estudado os primeiros anos de arquitectura). A família fica a residir aí. Em 1968 quando o pai cumpre um contrato em Luanda a sua mãe morre de morte súbita. Masita, como carinhosamente o pai lhe chamava tinha 48 anos. Luís regressa mas pouco tempo depois volta para Luanda . Depois numa missão no mato quando vai cantar para as Forças Armadas caem numa emboscada e Piçarra perde a voz. O homem que teve a Europa e a América do Sul a seus pés como um dos melhores tenores do Mundo, deixou de cantar. Só volta a Lisboa depois de Abril de 74. Também a maioria não sabe que o mexicano Agustin Lara compôs a canção "Granada" justamente para Luís Piçarra que ele considerava o melhor tenor a nível mundial. Em França passou a ser conhecido como Lou Pizarra.
A vida de Luís Piçarra não era fácil sempre rodando de um País a outro, viveu no Brasil. Casou em 1941. Em 1947 vai ao Egipto e o Rei Faruk contrata-o por um ano. Quando volta traz o título de Bei (o equivalente a Conde). Em 1950 vai para França. Assim Mário e o irmão passam os seus primeiros anos em França. No fim dos anos 50 o pai constrói uma casa nos Lombos, Carcavelos com projecto seu (não esquecer que Luís tinha estudado os primeiros anos de arquitectura). A família fica a residir aí. Em 1968 quando o pai cumpre um contrato em Luanda a sua mãe morre de morte súbita. Masita, como carinhosamente o pai lhe chamava tinha 48 anos. Luís regressa mas pouco tempo depois volta para Luanda . Depois numa missão no mato quando vai cantar para as Forças Armadas caem numa emboscada e Piçarra perde a voz. O homem que teve a Europa e a América do Sul a seus pés como um dos melhores tenores do Mundo, deixou de cantar. Só volta a Lisboa depois de Abril de 74. Também a maioria não sabe que o mexicano Agustin Lara compôs a canção "Granada" justamente para Luís Piçarra que ele considerava o melhor tenor a nível mundial. Em França passou a ser conhecido como Lou Pizarra.
Aos 12 anos o pai ofereceu-lhe uma viola, mas o seu entusiasmo não era muito grande. Tentou começar sózinho a conhecer a viola. Os tempos do Rock começavam. Por volta dos 16 anos conhece Filipe Mendes (o nosso Phil Mendrix que faleceu o ano passado, OP nº 96) que queria formar um conjunto. É ele que lhe ensina uma série de truques para que o Rock soe melhor. Formam então "Os Chinchilas". Vai acabar também por entrar no grande Concurso Ié Ié que vai reunir mais de 100 bandas de todo o Império Português e que se estende no cinema Monumental de 1964 a 65. Acabam em 3º na sua eliminatória e são eliminados. O concurso foi ganho pelos Claves depois de alguns esquemas políticos. Ainda esteve algum tempo na banda mas depois sai para começar a tocar a solo composições suas e poemas de outros musicados por si enquanto prossegue os estudos. É assim que em 1969 consegue um contrato com a RCA para gravar 2 EPs. O 1º com dois temas musicados e dois originais. A direção musical é de José Cid e o Quarteto 1111 que fazem um excelente trabalho. Basta ouvir o tema "Borboleta Preta" para perceber (o tema mais escutado em Lisboa foi "Pastoral") Depois grava um 2º EP com o poema de Gedeão "Calçada de Carriche". Alguns temas começam a incomodar o Poder e a PIDE a apertar o cerco. Mário colabora ainda no Coro da Academia dos Amadores de Música dirigido pelo maestro Lopes Graça. Como também é contra a Guerra do Ultramar decide em 72 dar o salto para França. Daí que tivéssemos deixado de ouvir falar dele. Volta depois a 3 de Maio de 74. Em 1979 ainda lança o single "Minha Aldeia é Todo o Mundo" com poema de António Gedeão e acaba por formar junto com Ana Faria e Jaime Ferreira mais 10 companheiros o grupo de pesquiza de música popular portuguesa "Terra A Terra". Vão produzir 4 álbuns.
Falámos com Francisco Naia seu companheiro das primeiras lides e amigo para saber como surgiu uma gravação logo na RCA. "A minha prima Tonicha já gravava na RCA e foi ela que nos apresentou. Tìnhamos boas canções e a balada estava na berra. Assim eu o Zé Jorge Letria e o Mário gravámos os primeiros discos juntos. Depois ele foi para França e quando voltou voltámos a estar em contacto. Ele formou os Terra A Terra e ainda lhe cheguei a entregar algumas canções populares do Alentejo que eles gravaram. Depois o grupo acabou mas continuámos a colaborar. Trocávamos opiniões por mensagem sempre que tínhamos dúvidas num tema. Há uns 5 anos fiz a apresentação de um CD na FNAC, ele veio e ainda cantou duas canções a meu pedido. Era um tipo fixe, tinha terminado agora um novo CD que está muito bom. Ia fazer agora o seu lançamento. Por coincidência eu também estou a lançar o meu reunindo as canções dos primeiros 4 EPs que gravei em 1969 e 70. Mais um bom amigo que parte".
Falámos também com a sua companheira dos últimos 37 anos, Heloisa Monteiro, ela também uma virtuosa na viola clássica, que sempre executou após o curso tirado no Conservatório Superior de Música de Lisboa. Heloisa é filha do grande maestro e músico cabo verdiano Jorge Fernandes Monteiro mais conhecido por Jotamont. Hoje acompanha Luísa Amaro nos concertos sobre Carlos Paredes. Heloisa contou-nos que quando Mário, junto com Jaime Ferreira e Ana Faria fizeram os Terra A Terra andavam muito entusiasmados. A recolha que Lopes Graça e Giacometti haviam feito permita-lhes explorar e fazer arranjos na riqueza de lindas melodias do nosso folclore desconhecidas da maioria da população. O projecto foi indo bem mas tinha mais de 10 colaboradores que tinham outras profissões. Viver da música em Portugal não é fácil e com o aumento da actividade os patrões não podiam deixar sair consecutivamente os seus trabalhadores. Após o lançamento de 4 álbuns, um dos quais ganhou um disco de ouro o projecto terminou em 87. Mário teve muita pena. Fez um interregno musical e foi tirar o curso de História e depois ainda fez uma pós graduação em História Diplomática Comtemporânea. Voltou à música em 2006 entrando em várias tertúlias e acontecimentos pontuais de poesia ou música. Colaborou com o seu amigo e poeta Jorge de Castro em "100 Noites com Poesia" na biblioteca de S. Domingos de Rana. Depois decidiu voltar à canção e em 2016 começou a preparar um novo álbum que lhe levou imenso tempo uma vez que era um perfeccionista. Agora que o álbum estava pronto para sair deu-se esta fatalidade. A 4 de Março o Mário deixou-nos. Heloisa está agora a tratar do lançamento do CD "Claridades" com músicas e poemas de Mário e poemas de vários autores entre os quais Jorge de Castro, Eugénio de Andrade, João Nobre e Jotamont, o pai de Heloise.
Simpaticamente, antes de sairmos, Heloise cantou-nos uma linda canção que Mário não chegou a incluir no CD. Foi uma linda homenagem que muito agradecemos. O CD Mário decidiu dedicá-lo ao pai e também à filha Clara. Por isso cantou uma das canções do pai, "Guitarras da Mouraria".
Simpaticamente, antes de sairmos, Heloise cantou-nos uma linda canção que Mário não chegou a incluir no CD. Foi uma linda homenagem que muito agradecemos. O CD Mário decidiu dedicá-lo ao pai e também à filha Clara. Por isso cantou uma das canções do pai, "Guitarras da Mouraria".
Porque achámos a entrevista interessante pedimos autorização a JBS para esta Conversa C/ Arte.
O Festival de Aix-En-Provence tinha sido organizado pelo General Claude Clément para ser um autêntico modelo de planeamento e eficiência. Esperavam-se cerca de 100 mil jovens de toda a Europa. O General na reserva (herói da Indochina e Argélia) pediu a uns amigo uma quinta de 25 Ha em Saint-Pons a uns 10 Km de Aix-En-Provence. Montou uma maternidade e primeiros socorros, um supermercado onde se vendiam barracas, mantas e claro comidas e bebidas. Cerca de 200 casas de banho, farmácia, sala de imprensa e serviços de Telex e telefone. Mas esqueceu-se de um pormenor. Avisar o comissário de polícia local para patrulhar o local. O Presidente da Câmara, sr. Ciccolini dera as autorizações mas não estava a gostar que o seu território fosse invadido por tantos Hippies. O Festival durava 3 dias com a entrada a custar 55 francos. Como vingança o chefe da polícia cortou todas as entradas e pediu a identidade a todos os que chegavam. Esta atitude pôs muita gente em debandada e o Festival acabou por ser um fiasco financeiro, embora um êxito musical. No total estiveram no recinto cerca de 30 mil pessoas que se divertiram com a boa música que se tocou. The Flock, Colisseum, Wallace Collection, Johnny Winter, Mungo Jerry, Leonard Cohen, Rare Bird, Radna Krishna Temple e muitos outros. Embora não estivesse em cartaz actuou Catherine Ribeiro que cantou uma balada de José Afonso em português. A certa altura e com as altas temperaturas de Verão muita gente se despiu e dançou, e se banhou na lama. A LSD e outras drogas animaram os 3 dias do Festival.
O palco estava muito bem organizado e com grande capacidade o que permitia a instalação de 3 bandas em simultâneo de modo que enquanto um grupo actuava, o anterior estava a recolher o material e o seguinte preparava a próxima actuação. Não houve pontos mortos e os DJs Michel Lancelot e Jacques Bal souberam manter o ritmo.
Na Onda Pop anterior falámos de Juan Pardo e que Marisol havia cantado com ele. Para mim esta é uma feliz oportunidade para falar do meu primeiro grande ídolo da meninice (junto com Joselito), mas também porque Marisol fez uma digressão a Moçambique que eu acompanhei à exaustão e a quem pedi autógrafos de fotos de jornais que eu colava em cartões.
Josefa Flores González, ou Pepa Flores nasceu em Málaga a 4 de Fevereiro de 1948. Foi uma actriz e cantora espanhola que aos 11 anos recebeu o nome de Marisol. Pepita como lhe chamavam, cantava no Coro e Danças de Málaga num programa da TVE. O produtor Manuel Jose Goyanes ficou encantado com a sua presença e voz e conseguiu que os pais a deixassem ir para Madrid sendo ele o seu tutor. Pepita integrava um grupo de outras rapariguinhas que se apresentavam num coro.
Há alguns anos ela revelou que as meninas do coro e danças eram despidas para serem admiradas por gente importante do regime de Franco em jantares que aconteciam em alguns palácios. Os abusos culminavam mesmo com o fotógrafo a despi-las e a acariciá-las.
Devido aos seus olhos azuis, muito bonita e descontraída é Pepita que é escolhida para fazer um filme em 1960, "Un Rayo De Luz" com o nome de Marisol. O êxito foi fantástico, ultrapassou todas as expectativas. Avançou-se logo para uma trilogia com "Ha Llegado Un Angel" em 1961 e o 3º filme "Tombola" em 1962. Marisol ficou-lhe colada à pele. O grande ídolo de então Joselito acaba por ficar um pouco ofuscado. O regime franquista embandeirava em arco. Marisol é muitas vezes convidada para lanchar com as netas de Franco. Marisol é requisitada para todo o Mundo. Em Abril de 61 está no ED Sullivan Show e em Junho de 62 está lá outra vez. Depois França, Itália, Holanda, Portugal, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil, México e Argentina clamam por ela. É em 1963 que vai a Moçambique apresentar o seu 4º filme "Marisol Rumo ao Rio" rodado no Rio de Janeiro em que faz o papel de duas irmãs gémeas separadas, uma que vive no Rio com o pai e outra que vive na Europa com a mãe e que vem passar uns tempos com o pai e conhecer a irmã (um tema semelhante ao de Hayley Mills).
Há alguns anos ela revelou que as meninas do coro e danças eram despidas para serem admiradas por gente importante do regime de Franco em jantares que aconteciam em alguns palácios. Os abusos culminavam mesmo com o fotógrafo a despi-las e a acariciá-las.
Devido aos seus olhos azuis, muito bonita e descontraída é Pepita que é escolhida para fazer um filme em 1960, "Un Rayo De Luz" com o nome de Marisol. O êxito foi fantástico, ultrapassou todas as expectativas. Avançou-se logo para uma trilogia com "Ha Llegado Un Angel" em 1961 e o 3º filme "Tombola" em 1962. Marisol ficou-lhe colada à pele. O grande ídolo de então Joselito acaba por ficar um pouco ofuscado. O regime franquista embandeirava em arco. Marisol é muitas vezes convidada para lanchar com as netas de Franco. Marisol é requisitada para todo o Mundo. Em Abril de 61 está no ED Sullivan Show e em Junho de 62 está lá outra vez. Depois França, Itália, Holanda, Portugal, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil, México e Argentina clamam por ela. É em 1963 que vai a Moçambique apresentar o seu 4º filme "Marisol Rumo ao Rio" rodado no Rio de Janeiro em que faz o papel de duas irmãs gémeas separadas, uma que vive no Rio com o pai e outra que vive na Europa com a mãe e que vem passar uns tempos com o pai e conhecer a irmã (um tema semelhante ao de Hayley Mills).
Em Lourenço Marques Marisol ficou hospedada no Hotel Polana. Centenas de Jovens esperavam sempre na entrada do Hotel a sua aparição para a verem ao vivo e lhe pedirem autógrafos. A maluquice era tanta que o Jornal Notícias publicou uma foto à saída de Marisol escoltada pela Polícia em que o fã em primeiro plano que se vê sou eu. Marisol teria 14 anos e eu 12. O filme foi apresentado no cinema Manuel Rodrigues (se a memória não me falha) e depois cantou ao vivo. Para mim e todos os outros foi um delírio como devem calcular. Em cima está um dos cartões que produzi para que ela o assinasse. Foram 4 diferentes que fiz com colagens de recortes dos jornais. Como também podem ver na época (1962) já se usavam os cortes de cabelo como hoje é moda. |
Depois em 1964 chega a Nova Cinderela, "La Nueva Cenicienta". Em 65 surge "Cabriola" (mas deste já não me recordo. Agora fervilhavam os Beatles, os Stones, os Animals, Spencer Davis Group, etc. Marisol andava numa roda vida desde 61 ( a sua infância e adolescência estavam perdidas). Ela gravou em Japonês, Alemão, Francês, Italiano e Inglês, percorreu o Mundo todo e ficou afónica. Em 67 "Las Quatro Bodas de Marisol" sofreu um adiamento nas gravações até que ela recuperasse a voz. Em 68 já com 20 anos, roda "Solo Los Dos" e "Carola de Dia, Carola de Noche". Já não quer ser Marisol mas sim Pepa Flores. Em 69 roda "El Taxi De Los Conflitos". Aqui terminam os filmes para o público infantil e adolescente. Marisol, Pepa Flores já é maior (a maioridade só se atingia aos 21 anos). Em 69 depois de ter namorado con Junior ( o colega de Juan Pardo que depois casou com Rocio Durcal), acabou casando com Carlos Goyanes, filho do seu empresário.
Teve vários abortos. Descobriu-se que tinha uma má formação do útero. Em 72 operou-se para poder recuperar a capacidade de gerar filhos mas também se separou de Goyares. Ainda em 72 foi representar Espanha no Festival da OTI e obtém o 3º lugar com a canção "Niña". O seu 1º filme para adultos também sai em 72, "La Corruption De Chris Miller" dirigida por Juan Antonio Barden. Corta com Goyares e o seu novo manager passa a ser Paco Gordillo que termina o seu apoio a Raphael. Em 73 junta-se ao bailarino cubano Antonio Gades e roda "La Chica Del Molino Rojo" dirigido por Eugenio Martin. Em 75 "El Poder Del Deseo" dirigido também por Barden e recebe muita contestação durante as filmagens porque Gades não quer que a mulher apareça nua. Em 76 farta e irritada de continuar como Marisol resolve num repente posar nua para a revista Interviú (de 16 se Setembro). Ela é Pepa Flores não Marisol. A revista escandaliza os mais conservadores e é aí que conta as cenas de que foi vítima em criança. A revista vende 1 milhão de exemplares. Entre 77 e 84 roda mais 4 filmes e algumas mini series de TV. 1977, "Los Dias Del Passado" em 77 e "Las Bodas de Sangre" em 81, dirigidos por Carlos Saura ( o mesmo de "Fado" de 2007). "Carmen" em 83 e "Processo de Mariana Pineda" em 84. Desde os anos 70 que Pepa Flores já demonstrava uma grande consciência social e política e foi-se aproximando da esquerda tendo sido grande simpatizante do Partido Comunista Espanhol. Em 1982 deslocou-se a Cuba e casou com Antonio Gades (de forma informal não jurídica ) e o seu testemunha foi Fidel Castro. Em 85 roda o seu último filme "Caso Cerrado". Diz-se que Roman Polansky lhe pediu para fazer um filme e recusou. Fizeram-lhe ofertas milionária para mais filmes, para ir para Nova York e para Los Angeles. A tudo recusou. O seu contrato discográfico já terminara em 1983 e não mais o quiz renovar.
Estava triste e desgostosa com a sua vida e de não conseguir separar-se de Marisol. Pepa Flores deslocou-se para a sua terra natal, Málaga, abdicou de tudo e aí passou a viver com as suas três filhas. Em 86 separou-se de Gades e segue como uma cidadã comum que se passeia por Málaga sem que a incomodem. Acabou conhecendo um jovem italiano, Massimo, mais joven que se tornou o seu companheiro actual. Com Antonio Gades teve 3 filhas, Maria Estebe nascida na Argentina em 1974 e que hoje é actriz, Tamara Gades nascida em 1976 e Celia Flores que é cantora como a mãe nascida em 1981.
Noel Scott Engel nasceu a 9 de Janeiro de 1943 em Hamilton, Ohio, Estados Unidos da América. Embora tendo nascido nos Estados Unidos tornou-se um cantor inglês. Foi compositor e produtor. Scott foi reconhecido pela sua excelente voz de barítono e pela sua carreira que se estendeu até ao último ano. Deixou-nos a 22 de Março de 2019
É criança de brincar a cantar e a representar. Entra num programa de TV de Eddie Fisher onde canta algumas canções. Depois os pais vão para Los Angeles. Como adolescente começa a ligar mais ao Jazz Progressivo de Stan Kenton e Bill Evans. Gosta de Cinema Europeu, Ingmar Bergman, Fellini e de poetas como Brel ou Ferré. Em 1961 canta com The Routers. Conhece John Maus que usa o nome artístico de John Walker. Forma os Judy And The Gents com Walker e a irmã de John. Depois mudam o nome para The Surfaris. Finalmente em 1964 formam os dois os Walker Brothers a que se junta Garry Leeds ainda em 64. Decidem que o Reino Unido poderá ser um bom começo e aquisição de conhecimentos. Será o pai de Garry a financiar essa 1ª viagem em 1965. Antes de irem para Londres ainda aparecem na Televisão em Hollywood A Go Go. Garry já tinha estado no Reino Unido como baterista de P. J. Proby e incentivou-os a visitarem terras de Sua Magestade. O 1º single "Pretty Girls Everywhere" atinge um modesto lugar no Top. No 2º "Love Her" já é Scott o vocalista principal e conseguem melhor lugar no top. O 3º é uma balada de David/ Bacarach, "Make It Easy on Yourself" e atinge o 1º lugar no Top da BBC (16º nos EUA) em Agosto de 65. Depois sai "My Ship Is Coming Up" que alcança o 3º lugar.
É no início de 1966 que sai "The Sun Ain't Gonna Shine Anymore" que salta logo para o 1º lugar (16º nos Estados Unidos). Nesta época o fãs clube dos Walker Brothers era mais importante que o dos Beatles. A dificuldade em arranjarem canções adequadas ao estilo fê-los abrandar. O 3º álbum "Images" só sai em 67 e atinge o 6º lugar. As canções que Scott compõe não agradam muito aos outros. A distância entre eles aumenta, ainda fazem um Tour no Reino Unido com Jimi Hendrix, Cat Stevans e Engelbert. Antes de se separarem ainda fazem um Tour ao Japão.
Scott segue a sua carreira a solo com composições maioritariamente próprias. Ainda em 67 lançou o álbum "Scott" e em 68 "Scott 2" e em 69 "Scott 3" e depois "Scott Sing Songs From His TV Scenes". Todos os álbuns vendem muito bem e "Scott 2" chegou mesmo a 1º no Top de álbuns. O seu estilo de baladas e clássicos da Brodway e covers de Jacques Brel (com traduções de Mort Shuman). Em 68 também se tornou produtor e produziu o single de John Walker "Woman". Isola-se depois para aprender composição clássica, comtemporânea e coros gregorianos.
Scott segue a sua carreira a solo com composições maioritariamente próprias. Ainda em 67 lançou o álbum "Scott" e em 68 "Scott 2" e em 69 "Scott 3" e depois "Scott Sing Songs From His TV Scenes". Todos os álbuns vendem muito bem e "Scott 2" chegou mesmo a 1º no Top de álbuns. O seu estilo de baladas e clássicos da Brodway e covers de Jacques Brel (com traduções de Mort Shuman). Em 68 também se tornou produtor e produziu o single de John Walker "Woman". Isola-se depois para aprender composição clássica, comtemporânea e coros gregorianos.
No pico da sua fama em 1969 tem o seu próprio programa de TV na BBC. Scott pensa que tem de alterar o estilo das suas canções embora o seu manager Maurice King o queira num estilo Andy Williams ou Frank Sinatra. Em 69 sai o seu 5º álbum "Scott 4" só com composições próprias. O álbum foi um falhanço. Ainda sai o 6º álbum "Til The Band Comes In".Também em 70 adquire a nacionalidade britânica. Depois fica 5 anos sem gravar. Em 1975 os Walker Brothers voltam a reunir-se. O 1º single que sai é "No Regrets" e atinge a 7ª posição do Top. O 1º álbum gravado é "No Regrets". Depois gravam o álbum "Lines" donde sai o single "Lines" (que Scott considera ser o melhor que o grupo fez) e "We're All Alone". O 3º álbum é de originais, "Nite Flighsts" e é 78. Cada um cantou as canções que escreveu. As 4 primeiras eram de Scott, as 4 últimas de John e as 2 do meio de Garry.
Depois fizeram um Tor baseado nas vehas canções e de seguida voltaram a seguir novos caminhos.
Depois até 81 voltou a estar parado. De seguida assinou com a Virgin. Em 84 grava um álbum a solo. Tinham passado 10 anos desde o último, "Climate of Hunter". Volta a ficar parado. Só nos anos 90 volta a actuar. São editados em CD os seus 4 primeiros álbuns e "The Best of Scott Walker and The Walker Brothers 1965-1976". Atingiu o 4º lugar no Top. Embora não produzindo álbuns ele foi fazendo sempre música para cinema e séries de TV. Em 2000 aparece no Festival de Verão Meltdown. No ano seguinte produz o álbum dos Pulp's "We Love Life". Em 2004 assina com a 4AD e em 2006 sai o álbum "The Drift". A Mojo e a Q atribuem-lhe o prémio de carreira. Em 2006 sai um documentário "Scott Walker: 30 Century Man" com entrevistas a Bowie, Sting, Radiohead e outros.
Em 2008 é homenageado com um Concerto Tributo. Em 2011 morre o seu parceiro John Walker. O seu último álbum é editado em 2012, "Bish Bosch" e dois anos depois colabora em "Soused" dos Sunn O. Mais recentemente tinha feito a música para o filme "The Childhood of a Leader" e "Vox Lux". Em 2017 a BBC tinha dado um concerto no Royal Albert Hall de tributo à sua música. Thom Yorke dos Radiohead disse sentir-se muito triste porque ele foi uma grande influência para ele e para a banda e quando o conheceu ficou encantado com a sua bondade como ser humano.
Depois fizeram um Tor baseado nas vehas canções e de seguida voltaram a seguir novos caminhos.
Depois até 81 voltou a estar parado. De seguida assinou com a Virgin. Em 84 grava um álbum a solo. Tinham passado 10 anos desde o último, "Climate of Hunter". Volta a ficar parado. Só nos anos 90 volta a actuar. São editados em CD os seus 4 primeiros álbuns e "The Best of Scott Walker and The Walker Brothers 1965-1976". Atingiu o 4º lugar no Top. Embora não produzindo álbuns ele foi fazendo sempre música para cinema e séries de TV. Em 2000 aparece no Festival de Verão Meltdown. No ano seguinte produz o álbum dos Pulp's "We Love Life". Em 2004 assina com a 4AD e em 2006 sai o álbum "The Drift". A Mojo e a Q atribuem-lhe o prémio de carreira. Em 2006 sai um documentário "Scott Walker: 30 Century Man" com entrevistas a Bowie, Sting, Radiohead e outros.
Em 2008 é homenageado com um Concerto Tributo. Em 2011 morre o seu parceiro John Walker. O seu último álbum é editado em 2012, "Bish Bosch" e dois anos depois colabora em "Soused" dos Sunn O. Mais recentemente tinha feito a música para o filme "The Childhood of a Leader" e "Vox Lux". Em 2017 a BBC tinha dado um concerto no Royal Albert Hall de tributo à sua música. Thom Yorke dos Radiohead disse sentir-se muito triste porque ele foi uma grande influência para ele e para a banda e quando o conheceu ficou encantado com a sua bondade como ser humano.
Ondina Maria Farias Veloso nasceu a 18 de Junho de 1956 em Carregal do Sal (Viseu), Portugal. Desde muito jovem manifesta interesse para as artes especialmente o teatro e a canção que pratica no colégio que frequenta. "Rain And Tears" dos Aphodite's Childs foi a canção que a fez seguir o caminho da música. Depois de 1974 começa a escrever as suas próprias canções e em 1975 entra para o Quinteto Angola onde canta os seus primeiros originais. Ainda chega a gravar dois EPs para a editora Rádio Triunfo até 77.
Em 1980 entra no Festival RTP da Canção com a sua canção "Guardado Em Mim" com letra de Eduardo Nobre e fica no 8º lugar mas ganha o prémio Revelação. Ainda em 80 lança o single "Pássaro Doido" mas é em 81 quando lança "Há Sempre Música Entre Nós" que a sua carreira dispara. Em 82 volta a concorrer ao Festival da RTP com as canções "Em Segredo" e "Gosto Do Teu Gosto". Alcança o 6º lugar. Depois é dela a voz do tema que a 1ª telenovela portuguesa "Vila Faia"(de Rosa Lobato Faria e Victor Mamede) apresenta.
Em 1980 entra no Festival RTP da Canção com a sua canção "Guardado Em Mim" com letra de Eduardo Nobre e fica no 8º lugar mas ganha o prémio Revelação. Ainda em 80 lança o single "Pássaro Doido" mas é em 81 quando lança "Há Sempre Música Entre Nós" que a sua carreira dispara. Em 82 volta a concorrer ao Festival da RTP com as canções "Em Segredo" e "Gosto Do Teu Gosto". Alcança o 6º lugar. Depois é dela a voz do tema que a 1ª telenovela portuguesa "Vila Faia"(de Rosa Lobato Faria e Victor Mamede) apresenta.
Colabora com Carlos Paião em "Quando as nuvens chorarem".
Em 1990 conhece Luís de Oliveira que passa a ser o seu produtor. Em 91 lança o álbum "Aqui e Agora" e colabora com Rosa Lobato Faria.
Em 1992 volta ao Festival RTP da Canção que vence com a canção "Amor de Água Fresca" (poema de Rosa Lobato Faria). Vai á Eurovisão na Suécia mas fica na 17ª posição.
EEm 1993 lança o àlbum "Guardado Em Mim" com os seus antigos êxitos e dois inéditos. Faz um concerto no Teatro Trindade cara assinalar 15 anos de carreira. Em 98 sai o álbum"Sentidos" de inéditos e com colaboração de Rosa Lobato Faria. Em 98 a telenovela "Os Lobos" inclúi dois temas seus, "Aguarela de Junho" e "Vitorina". Em 2001 compôe para a novela "Filha Do Mar" um tema em colaboração com Ana Zanatti. Em 2002 também para a novela "Sonhos Traídos" compôe alguns temas. A convite de Manuel Monteiro compôe o Hino do Partido Político CDS.
Em 1990 conhece Luís de Oliveira que passa a ser o seu produtor. Em 91 lança o álbum "Aqui e Agora" e colabora com Rosa Lobato Faria.
Em 1992 volta ao Festival RTP da Canção que vence com a canção "Amor de Água Fresca" (poema de Rosa Lobato Faria). Vai á Eurovisão na Suécia mas fica na 17ª posição.
EEm 1993 lança o àlbum "Guardado Em Mim" com os seus antigos êxitos e dois inéditos. Faz um concerto no Teatro Trindade cara assinalar 15 anos de carreira. Em 98 sai o álbum"Sentidos" de inéditos e com colaboração de Rosa Lobato Faria. Em 98 a telenovela "Os Lobos" inclúi dois temas seus, "Aguarela de Junho" e "Vitorina". Em 2001 compôe para a novela "Filha Do Mar" um tema em colaboração com Ana Zanatti. Em 2002 também para a novela "Sonhos Traídos" compôe alguns temas. A convite de Manuel Monteiro compôe o Hino do Partido Político CDS.
Em 2008 lança mais um Best Of, "Da Cor Da Vida" com 18 êxitos e dois inéditos. Em 2009 para comemorar 30 anos de carreira dá um concerto no Jardim de Inverno do Teatro S. Luís em Lisboa.
Desde 2006 que se encontrava doente, padecendo de uma fibrose pulmonar. A hipotética resolução do problema seria o transplante de um pulmão compatível, uma hipótese que nunca chegou. Nos dias mais húmidos sentia como se estivesse dentro de um colete de forças. A fatalidade de ter perdido dois irmãos em curto espaço de tempo em 2006 também não ajudou nada. Em 2012 já mal conseguia cantar, perdeu a irmã. Em Setembro actuou no Casino e conseguiu terminar o show. No dia seguinte estava prostrada. Ainda cantou, sempre com um sorriso, até 2016. O seu sofrer acabou no dia 12 de Abril de 2019. Mais uma voz de água fresca que não vamos esquecer.
Desde 2006 que se encontrava doente, padecendo de uma fibrose pulmonar. A hipotética resolução do problema seria o transplante de um pulmão compatível, uma hipótese que nunca chegou. Nos dias mais húmidos sentia como se estivesse dentro de um colete de forças. A fatalidade de ter perdido dois irmãos em curto espaço de tempo em 2006 também não ajudou nada. Em 2012 já mal conseguia cantar, perdeu a irmã. Em Setembro actuou no Casino e conseguiu terminar o show. No dia seguinte estava prostrada. Ainda cantou, sempre com um sorriso, até 2016. O seu sofrer acabou no dia 12 de Abril de 2019. Mais uma voz de água fresca que não vamos esquecer.
É uma honra falar neste grande senhor da canção. Foi também uma das minhas primeiras audições. Meus pais eram seus fãs e os seus discos rodavam lá por casa. Canções como "Ansiedad", "Ay Cosita Linda", "Perfídia", "Cachito", "Quizás, Quizás, Quizás", "Maria Elena", "Não Tenho Lágrimas", "Andorinha Preta" e outras como "Mona Lisa", "Fascination" ou "Smile" uma grande canção de Charlie Chaplin o famoso Charlot. Homem de uma grande capacidade vocal, conhecedor musical e interpretação preciosa. É assim que o vejo. Nasceu em 1919, morreu em 1965 mas Cole hoje continua vivo.
Nathaniel Adams Coles nasceu a 17 de Março de 1919 em Montgomery, Alabama, Estados Unidos da América. Embora a sua família fosse pobre, tinha uma grande queda para a música. Seu pai Edward Cole era talnante e diácono. Sua mãe Perlina Adams era pianista na igreja. Em 1923 a família muda-se para Chicago. Com 4 anos já aprendia com a mãe e com 12 anos já tocava na Igreja onde o pai pregava. Porém aos 15 anos desiste de estudar, para acompanhar o seu irmão Eddie que tocava contrabaixo nos bares de jazz de Chicago. Earl Hines era um dos dos melhores pianistas de Jazz e Nat era seu fã. Ele influenciou-o bastante. Ainda chega a gravar com o irmão mas em 1937 decide formar o seu própro grupo. Casa com Nadine Robinson que também tocava com o irmão. Muda-se para Los Angeles e forma o King Cole Trio com o guitarrista Oscar Moore e o contrabaixista Wesley Prince. Ficam como músicos residentes do Swanne Inn em Hollywwod. Foi um dos primeiros grupos Jazz que se apresentava sem bateria. Um dia chega-lhe um bilhete para cantar uma canção. Nat explica que eles só tocam, não cantam. Explicam-lhe que o homem que pediu é um cliente habitual e deixa sempre boas gorgetas. Nat acedeu mas como não sabia a canção, cantou "Sweet Louraine" que ele conhecia. Todos ficaram siderados com aquela extraordinária voz e pediram mais canções. A partir daqui tudo mudou.
Nat não mais deixou de cantar. A sua voz de Barítono, doce, forte, bem colocada e sentida na interpretação fê-lo afastar-se do Jazz e do piano. Em 1940 grava "Sweet Louraine" que vem a ser o seu 1º Top. Em 1943 dá-se a grande viragem quando Nat grava "Straighten Up And Fly Right" com letra e música baseada num dos discursos do pai na sua Igreja e que chegar ao topo dos Tops. No mesmo ano volta a chegar aos Tops com "That Ain't Right" e "All For You". O trio deixou de existir, a orquestra é agora o seu acompanhamento, todos querem oferecer-lhe canções. Faz contrato com a Capitol e para entrar no Jazz at The Philharmonic utiliza o nome de Shortly Nadine, um conjunto da mulher. Em 1946 vem "(Get Tour Kicks On) Route 66" e sobretudo "(I Love You) For Sentimental Reasons" que chega ao Top dos Tops. Em 48 separa-se de Nadide e seis dias depois casa-se com Maria Ellington. Nat é agora chamado para todo o lado, começam a aparecer os grandes problemas de racismo quando vai, sobretudo, fazer espectáculos ao sul do País. Em 1950 nasce a sua filha Natalie. "The Chistmas Song" obtém também um grande êxito. Quando lança "Mona Lisa" no ínício dos anos 50 já é um dos maiores cantores americanos, um rival de Frank Sinatra que canta para plateias ou só de brancos ou só de negros. Foi o primeiro negro a ter um programa de Rádio e um programa de TV.
No início dos anos 50 era quem mais discos vendia na América. A sua fama começa a ser conhecida em todo o Mundo, percorre vários Países, aprende a cantar bossa nova e canções clássicas em espanhol com um sotaque muito aceitável sem nunca ter falado espanhol ou poruguês. Lança álbuns em espanhol e português que alcançam um êxito nunca esperado. No início dos anos 50 a sua casa foi penhorada mas também ganhou muito dinheiro . Já tinha vendido muitos milhões de discos. Em Novembro de 1956 tem um programa na TV NBC com 15 minutos que no final em Dezembro de 57 já levava meia hora. Acabou porque apesar do êxito nunca conseguiram o apoio publicitário já que as empresas tinham medo que os brancos boicotassem os seus produtos. Num País profundamente racista nos anos 50, Nat acaba por ser um grande lutador pelos Direitos Civis. Os seus êxitos continuam, "Smile", "Pretend", "A Blossom Fell", com várias orquestras no seu apoio. De uma, Nelson Ridell, já falámos na OP nº 2 quando atingiu o Top americano com a nossa canção "Lisboa Antiga" de Raul Portela (1937). Os Álbuns atingem todos excelentes classificações nos Top, mas apenas "Love is The Thing" atinge o 1º lugar em Abril de 57. Em 1958 desloca-se a Havana em Cuba e grava o álbum "Cole Español". Em 1959 recebe um Grammy pela melhor prestação dos seus álbuns no Top 40. Também em 59 e devido ao grande êxito grava o álbum "Mis Amigos". Diz-se que o grande edifício redondo que a Capitol Records construíu é "The House That Nat Built".
Nos anos 60 as coisas começam a mudar. O Rock começa a tomar conta das Rádios e nomes como Frank Sinatra, Dean Martin, Perry Como, Ella Fitzgerald, Nat King Cole começam a ter de rever os seus repertórios. Um dos seus e últimos grandes hits foi "Those-Lazy-Hazy-Crazy Days of Summer" que ainda chegou ao 6º lugar do top em 1963. A sua última aparição na TV foi em 1964 no The Jack Benny Program onde cantou "When I Fall In Love" que fazia parte do último filme onde entrara, "Cat Ballou". Este filme só foi exibido em 1965 já depois da sua morte. Ao longo da sua carreira Nat entrou em mais de 50 filmes desde 1941. Trabalhou em mais de 20 programas de Televisão, teve vários programas na Rádio, mais de 50 álbuns e 150 singles. Vendeu mais e 60 milhões de discos. Foi atacado várias vezes quando ia tocar aos Estados do Sul. Quando em 1948 comprou casa num bairro de brancos, Hancock Park perto de Los Angeles, os Ku Klux Klan colocaram uma cruz queimada frente ao terreno de sua casa. Em Birmingham, Alabama foi atacado e apareceram fotos suas acompanhado de mulheres brancas todos com chapéus em fogo. Apesar de todos os actos de racismo que surgiam a cada passo ou em qualquer lugar sempre cantou para plateias brancas ou negras. Certos movimentos negros (igualmente racistas) criticavam-no por cantar para brancos e não aderir a esses movimentos. Diziam que era um insulto à sua raça cantar para brancos. Nat sempre lutou pelos direitos humanos. Em 1956 cantou na convenção do Partido Republicamo apoiando o Presidente Eisenhower e em 1960 na convenção do Partido Democrático apoiando o Presidente Kennedy.
Em Setembro de 1964 após uma actuação no Sands em Los Angeles tem um colapso e é levado ao hospital onde lhe dagnosticam um tumor no pulmão já em estado muito avançado. Todo o ano de 64 é certo que tinha perdido muito peso e se cansava. Fumava 3 maços por dia. Fez tratamento de cobalto, foi-lhe retirado um pulmão. No início de Dezembro grava o seu último álbum "L-O-V-E". Volta a ser internado. Dia 1 de Fevereiro o seu pai morre de ataque cardíaco. Dia 15 de Fevereiro termina a sua vida. Tinha 45 anos. Nos últimos meses faz as pazes com a sua mulher Maria, mãe dos seus filhos. Ao seu funeral compareceram milhares de pessoas. Robert Kennedy, Frank Sinatra, Dean Martin, Count Basie, Sammy Davis Jr., Johnny Mathis, Frankie Laine e sem número de outros artistas. O seu álbum póstumo "L-O-V-E" atinge o 4º lugar do Top. Em 1968 sai um Best Of que é disco de ouro. Em 1987 no Reino Unido o single "When I Fall In Love" de 57 atinge o 4º lugar no Top. Em 1983 são descobertas na Alemanha gravações nunca editadas incluindo uma em japonês e outra em espanhol, "Tu Eres Tan Amable". Sai o álbum "Unreleased". Em 1991 a Capitol lança "The Complete Capitol Records Recordings of The Nat King Cole Trio", uma compilação de 349 canções em 18 CDs ou 27 LPs. Em 1991 a sua filha Natalie gravou um dueto com o pai, usando a sua canção de 1951 "Unforgetable" com a gravação estéreo de 1961. Venceu 7 prémios Grammy em 92, melhor álbum e melhor canção. Em 90 venceu o Grammy de Carreira, Está no Alabama Music Hall Of Fame, Alabama Jazz Hall Of Fame, Down Beat Jazz Hall Of Fame (97), Rock And Roll Hall of Fame (2000), Hit Parade Hall of Fame (2007) e Latin Songwriters Hall of Fame (2013). Em 1994 foi editado um selo com a sua figura. "The Chistmas Song" todos os anos atinge o Top 40 da Billboard.
FILME "O CERCO" DE ANTÓNIO DA CUNHA TELES
MÚSICA : MAESTRO ANTÓNIO VITORINO D' ALMEIDA E QUARTETO 1111
No CENÁRIO dávamos a notícia que se estreava em Agosto de 1970 o filme "O CERCO" que vinha trazer ao cinema nacional uma lufada de ar fresco. Em Lisboa a esreia foi só em Outubro. O filme foi muito apreciado em França na quinzena de realizadores do Festival de Cannes. Em Lourenço Marques, Moçambique, teve um enorme êxito. O argumento era de Cunha Teles (o realizador). Gisela da Conceição, Carlos Rodrigues e Vasco Pulido Valente que era casado com a actriz principal, Maria Cabral. Dos artistas principais faziam parte Rui de Carvalho e Miguel Franco. Mas também aparecem nomes como Lia Gama, Armando Cortez, Manuela Maria, Zita Duarte e até Ana Maria Lucas. O filme recebeu vários prémios e Maria Cabral vários prémios de melhor actriz. No Video apresentamos o trailer duma sequência na boîte com a música do Quarteto 1111.
MÚSICA : MAESTRO ANTÓNIO VITORINO D' ALMEIDA E QUARTETO 1111
No CENÁRIO dávamos a notícia que se estreava em Agosto de 1970 o filme "O CERCO" que vinha trazer ao cinema nacional uma lufada de ar fresco. Em Lisboa a esreia foi só em Outubro. O filme foi muito apreciado em França na quinzena de realizadores do Festival de Cannes. Em Lourenço Marques, Moçambique, teve um enorme êxito. O argumento era de Cunha Teles (o realizador). Gisela da Conceição, Carlos Rodrigues e Vasco Pulido Valente que era casado com a actriz principal, Maria Cabral. Dos artistas principais faziam parte Rui de Carvalho e Miguel Franco. Mas também aparecem nomes como Lia Gama, Armando Cortez, Manuela Maria, Zita Duarte e até Ana Maria Lucas. O filme recebeu vários prémios e Maria Cabral vários prémios de melhor actriz. No Video apresentamos o trailer duma sequência na boîte com a música do Quarteto 1111.
Maria Cabral também merece a nossa homenagem. Ela faleceu em Tarbes a 15 de Janeiro de 2017, aos 75 anos.
Maria da Conceição Gomes Cabral nasceu em Lisboa, mas viveu parte da sua infância e adolescência em Luanda (Angola) onde o pai era adido militar comercial. Estudou na África do Sul onde esteve internada num colégio. Regressada a Lisboa terminou o seu curso de música no Conservatório Nacional e estudou Filosofia na Universidade de Letras. Em 1964 casou com Vasco Pulido Valente de quem teve uma filha, Patrícia Cabral nascida a 11 de Maio de 65, que hoje é crítica literária sorboriana. Actuou pela primeira vez como actriz no filme "O Cerco" tendo tido um excelente desempenho. Diz-se inclusivé que Jean Luc Godart ficou bastante interessado nela. Foi a primeira portuguesa a aparecer na capa da revista francesa "ELLE". Em 72 entra no filme "O Recado" de José Fonseca e Costa. Em 74 separa-se de Pulido Valente. Vai viver para Paris com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a eslola Actor´s Studio. Fica a viver em Paris e entra em várias peças de teatro. Ainda nos anos 70 converte-se ao Budismo. Em Paris tem um segundo filho em Junho de 1980, Matias Gomes Cabral. Em 84 volta a colaborar com Cunha Teles no filme "Vidas" e em 1986 em "Um Adeus Português" de João Botelho. Em 85 o filme "No Man's Land" de Alan Tanner mostra toda a sua capacidade fotogénica ao público francês. Durante o seu retiro budista retirou-se para as altas montanhas dos Pirineus em Lannemezan. Depois do último filme viveu nas montanhas rodeadas de livros e música tocando vários instrumentos. A longa doença de que foi vítima e que lhe ia deixando bastantes efeitos colaterais nao lhe tirou a força de que necessitava para a suportar. Morreu aos 75 anos em Tarbes perto de Lannemezan.
Maria da Conceição Gomes Cabral nasceu em Lisboa, mas viveu parte da sua infância e adolescência em Luanda (Angola) onde o pai era adido militar comercial. Estudou na África do Sul onde esteve internada num colégio. Regressada a Lisboa terminou o seu curso de música no Conservatório Nacional e estudou Filosofia na Universidade de Letras. Em 1964 casou com Vasco Pulido Valente de quem teve uma filha, Patrícia Cabral nascida a 11 de Maio de 65, que hoje é crítica literária sorboriana. Actuou pela primeira vez como actriz no filme "O Cerco" tendo tido um excelente desempenho. Diz-se inclusivé que Jean Luc Godart ficou bastante interessado nela. Foi a primeira portuguesa a aparecer na capa da revista francesa "ELLE". Em 72 entra no filme "O Recado" de José Fonseca e Costa. Em 74 separa-se de Pulido Valente. Vai viver para Paris com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para a eslola Actor´s Studio. Fica a viver em Paris e entra em várias peças de teatro. Ainda nos anos 70 converte-se ao Budismo. Em Paris tem um segundo filho em Junho de 1980, Matias Gomes Cabral. Em 84 volta a colaborar com Cunha Teles no filme "Vidas" e em 1986 em "Um Adeus Português" de João Botelho. Em 85 o filme "No Man's Land" de Alan Tanner mostra toda a sua capacidade fotogénica ao público francês. Durante o seu retiro budista retirou-se para as altas montanhas dos Pirineus em Lannemezan. Depois do último filme viveu nas montanhas rodeadas de livros e música tocando vários instrumentos. A longa doença de que foi vítima e que lhe ia deixando bastantes efeitos colaterais nao lhe tirou a força de que necessitava para a suportar. Morreu aos 75 anos em Tarbes perto de Lannemezan.
ANTÓNIO VITORINO D'ALMEIDA é compositor, maestro, pianista, escritor e apresentador de Rádio e Televisão. António Victorino Goulartt de Medeiros e Almeida nasceu a 21 de Maio de 1940 em Lisboa. Filho único de uma família da alta burguesia e aristocrática açoriana cedo foi incentivado a se dedicar á música e à leitura. Seu avô paterno era músico amador, poeta e encenador. Casou com Maria Armanda, filha de Odette Saint Maurice, escritora e radialista que é avó de Maria de Medeiros (actriz, realizadora e cantora) e de Inês de Medeiros (actriz e política, actual Presidente da Câmara Municipal de Almada pelo PS).
António Vitorino começou muito cedo a tocar e a revelar o seu talento. Com 5 anos compôs a 1ª obra e aos 7 fez a 1ª apresentação com temas de Mozart, Beethoven e duas peças suas. O século Ilustrado (revista da época) inaltecia o seu grande talento interpretativo. Quase aos 15 anos dá o seu 1º concerto no Conservatório Nacional e os jornais da época dão a notícia. Fez o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional terminando com 19 valores. Obteve uma Bolsa do Instituto de Alta Cultura para estudar composição em Viena de Áustria na Academia de Música. Termina com a mais alta distinção a sua pós graduação e unanimidade de todo o júri e por isso recebe um prémio especial do Ministério da Cultura da Áustria. Fica a viver em Viena,durante duas décadas tendo aí nascidoas suas duas filhas. Casou uma segunda vez com Sylvine Hadré de quem tem uma filha, Anne (nascia em 78) que seguiu a carreira do pai, sedo hoje uma excelente violinista. Entre 1974 e 1981 é o Adido Cultural da Embaixada Portuguesa na Áustria. Pelo seu excelente trabalho o Presidente da Áustria atribui-lhe uma condecoração. Vitorino D'Almeida residiu em Viena 27 anos e considera essa a sua cidade. em 1989 concorre ao Parlamento Europeu pelo Partido MES mas não é eleito. As suas preocupaçoes de cidadania sempre foram conhecidas. Diz-se inclusivé que nos anos 60 em sinal de contestação e provocação passeou um pequeno corcodilo pela trela na avenida de Roma em Lisboa.
António Victorino Tem uma frase como resposta a uma pergunta que um dia lhe fizeram que eu partilho a 100% e não me acanho de lançar o alerta. Quando lhe perguntaram se concordava com a política do Ministro da Cultura respondeu, que o seu problema não era esse mas saber primeiro qual a cultura do Ministro da Cultura. Isso sim, um homem ou mulher com um muito bom nível cultural seguramente saberá distribuir as verbas de forma inteligente sempre com o objectivo de levantar o nível geral do Povo.
António Vitorino é um excelente comunicador, um homem de grande cultura e sabedor. Os programas de TV que apresentou ao longo dos anos tinham sempre um caractér pedagógico. "Pedro e o Lobo" é um bom exemplo disso. Mesmo o primeiro programa onde entrou, o célebre ZIP ZIP fez uma apresentação excepcional. É talvez hoje o maior compositor português do século XXI. Lecionou musiocologia no Porto e em Tavira. Trabalhou com todas as orquestras em Portugal, publicou uma dezena de livros, editou duas dezenas de discos, fez mais de 150 programas de Televisão, música para filmes e para teatro. Embora não muito divulgados os seus concertos esgotaram sempre. Na Áustria com outros músicos fez mais de 700 concertos. Em 2005 foi condecorado, no dia de Portugal com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em Março de 2015 foi estreado em Macau um filme documentário do realizador Miguel Costa sobre a vida e obra do Maestro Vitorino D'Almeida e que também teve a colaboração de Sara Lobo Pimentel em "A Poética de Antonio Victorino D'Almeida. Os portugueses continuam a conhecer muito pouco ou nada dos seus grandes compositores o que é uma pena, mas também uma realidade com vários séculos. "O Cerco" foi a grande oportunidade que Onda Pop teve para homenagear hoje este grande senhor.
Dick Rivers foi um dos pioneiros do Rock francês, junto com Johnny Haliday e Eddy Micthell. Terminou a sua caminhada entre nós precisamente 74 anos depois de ter nascido. De seu nome próprio Hervé Forneri, filho de um talhante de Nice, nasceu a 24 de Abril de 1945 em Nice e faleceu a 24 de Abril de 2019 em Paris. Fã incondicional de Elvis Presley decidiu avançar com o nome Dick Rivers depois de ver o filme de Elvis Presley "Loving You" do cineasta Hal Kanterem de 1957. Elvis fazia o papel de Deke Rivers.
Em 1960 fundou aquele que ia ser o grupo Rock francês mais famoso, Les Chats Sauvages. Canções como "Twist à Saint Tropez","Est Que Tu Le Sais" (versão de "What did I Say" de Ray Charles) ou "Derniers Baissers". Em 1963 deixa o grupo para seguir uma carreira a solo sendo substituido por Mike Shannon.
Em 1960 fundou aquele que ia ser o grupo Rock francês mais famoso, Les Chats Sauvages. Canções como "Twist à Saint Tropez","Est Que Tu Le Sais" (versão de "What did I Say" de Ray Charles) ou "Derniers Baissers". Em 1963 deixa o grupo para seguir uma carreira a solo sendo substituido por Mike Shannon.
Quando começa a carreira a solo acaba também por se encontrar com alguns dos seus ídolos quando visitam a França e ele faz a 1ª parte dos espectáculos. Foi o caso dos Beach Boys em 66. Depois numa visita a Los Angeles em 69 tem um encontro com o seu maior ídolo, Elvis Presley.
Nos anos 70 colabora mais com Alan Bashund e aproxima-se mais do Country e Blues. Nos anos 80 os Les Chats Sauvages voltam a reunir-se e Dick participa. Pouco tempo depois desiludido com os caminhos que a música está a tomar, decide retirar-se. Está 19 anos fora do circuito e escreve dois livros "Complit" em 89 e "Texas Blue" em 2001. Participou também em filmes e peças de teatro.
Voltou ás lides musicais e o seu último álbum "Rivers" saíu em 2014. A doença começa a dificultar as suas aparições. A última foi em 2018 num espectáculo revival dedicado aos cantores dos anos 60 e 70. Estava internado no Hospital Americano de Paris minado por um cancro que não lhe deu qualquer chance.
Nos anos 70 colabora mais com Alan Bashund e aproxima-se mais do Country e Blues. Nos anos 80 os Les Chats Sauvages voltam a reunir-se e Dick participa. Pouco tempo depois desiludido com os caminhos que a música está a tomar, decide retirar-se. Está 19 anos fora do circuito e escreve dois livros "Complit" em 89 e "Texas Blue" em 2001. Participou também em filmes e peças de teatro.
Voltou ás lides musicais e o seu último álbum "Rivers" saíu em 2014. A doença começa a dificultar as suas aparições. A última foi em 2018 num espectáculo revival dedicado aos cantores dos anos 60 e 70. Estava internado no Hospital Americano de Paris minado por um cancro que não lhe deu qualquer chance.
PACIFIC GAS & ELECTRIC
Era um grupo multiracial de Los Angeles que se dedicava a canções de carácter religioso com coros gospel. Foi constituído em 1967 por Tom Marshall, ritmo, Brent Block, baixo, Charlie Allen, voz e, Glenn Schwartz, solo e Frank Cook bateria. Em 68 gravam o álbum "Get It On" que não teve sucesso. Depois vão ao Miami Pop Festival e assinam com a Columbia e em 69 sai o álbum "Pacific Gas & Electric. Em 70 gravam o álbum "Are You Ready". Depois de gravado Cook tem um acidente e é substituído por Ron Woods. O single "Are you ready" consegue uma melhor aceitação. |