31.08.1968 -- 31.08.2018
EDITORIAL - Faz hoje, dia da publicação da ONDA POP nº96 on line, precisamente 50 anos que a 1ª edição Jornal era publicada. Estamos por isso de Parabéns e perdoem-nos a imodéstia mas muito orgulhosos do trabalho que temos feito e que está certamente a contribuir para a história da música ligeira não só em Moçambique mas também em Portugal, pois temos publicado artistas. até com discos gravados, que não se encontram publicados nem sequer no que chamam Encicliopédias sobre música publicada em Portugal.
Mas mais importante que isso, para nós, é a homenagem que temos feito a nomes importantes da nossa canção ligeira do pop do rock e até do fado e que tão esquecidos estavam ou que apenas eram conhecidos por 2 ou 3% da população portuguesa.
Assinalamos o novo lançamento da GET BACK RADIO on line da autoria do nosso Pop Sgt. Couto, que funciona como prenda para nós também. A única Rádio a nível mundial que passa música portuguesa, francesa, italiana, inglesa, americana, brasileira, alemã, sul africana, belga, holandesa, espanhola, australiana, argentina, mexicana, moçambicana e não só. Quantos portugueses já ouviram falar em Petrus Castrus, Banda do Casaco, Pop Five Music Incorporated e muitos outros? Apenas os tais 2 ou 3% que falámos antes.
Pois todos esses e muitos mais poderão ser escutados na GET BACK RADIO:
O link é https://www.radionomy.com/en/radio/getbackradio/index
Neste nº misturam-se dois sentimentos a nossa alegria pela passagem dos 50 anos do nosso começo e a perda de grandes nomes como Aretha Franklin, cujo funeral também é hoje, e do nosso companheiro e amigo Filipe Mendes, o extraordinário guitarrista, que também passou incógnito á maioria do povo português e que deveria ter sido condecorado pelo Governo português pelo apoio que deu à Arte que hoje é o Rock português. Sem querer diminuir o Zé Pedro que também nos deixou recentemente e que tal como Filipe era uma excelente pessoa, Filipe Mendes como músico estava muitos furos acima como o próprio Zé e todos os músicos reconhecem. Fundou Os Chinchilas (que deram o seu último concerto em 2015, OP nº 32). Por fim lembramos que dia 26 fez 30 anos que também desapareceu um grande letrista/compositor/intérprete da canção portuguesa, o jovem de 30 anos Carlos Paião, teria hoje 60.
Depois aparecem os temas da página, Miguel Rios o Rei do Rock espanhol, Louis Armstrong o 1º Rei do Jazz, Wilson Pickett um grande senhor do soul, Os Ten Years After e Alvin Lee. Joe Harris o belga que é um perfeito desconhecido para todos e do qual a Onda já falava em 1970. E do meio moçambicano a caixa informando que as Irmãs Muge vinham a Portugal gravar o 1º disco e a foto que os Staccatos e Wanda Arletti tinham tirado com os meninos da Onda Pop (foto que o grande fotógrafo do Jornal Notícias Ricardo Rangel nos tinha tirado). Depois as rubricas habituais e um erro que deixámos passar na letra de "Lay Down" que saíu "Lay Dowu". Na Parada da Onda os Blue Image e a sua interessante história.
Aproveito ainda para agradecer todas as mensagens que nos têm enviado ao longo destes 4 anos de publicações e os incentivos para continuar e congratulo-me por saber que a página tem servido como instrumento de trabalho áqueles que nas Universidades desenvolvem trabalhos de investigação. Hoje todo este trabalho se deve à minha carolice e do incansável José Couto a quem pùblicamente agradeço.
Mas mais importante que isso, para nós, é a homenagem que temos feito a nomes importantes da nossa canção ligeira do pop do rock e até do fado e que tão esquecidos estavam ou que apenas eram conhecidos por 2 ou 3% da população portuguesa.
Assinalamos o novo lançamento da GET BACK RADIO on line da autoria do nosso Pop Sgt. Couto, que funciona como prenda para nós também. A única Rádio a nível mundial que passa música portuguesa, francesa, italiana, inglesa, americana, brasileira, alemã, sul africana, belga, holandesa, espanhola, australiana, argentina, mexicana, moçambicana e não só. Quantos portugueses já ouviram falar em Petrus Castrus, Banda do Casaco, Pop Five Music Incorporated e muitos outros? Apenas os tais 2 ou 3% que falámos antes.
Pois todos esses e muitos mais poderão ser escutados na GET BACK RADIO:
O link é https://www.radionomy.com/en/radio/getbackradio/index
Neste nº misturam-se dois sentimentos a nossa alegria pela passagem dos 50 anos do nosso começo e a perda de grandes nomes como Aretha Franklin, cujo funeral também é hoje, e do nosso companheiro e amigo Filipe Mendes, o extraordinário guitarrista, que também passou incógnito á maioria do povo português e que deveria ter sido condecorado pelo Governo português pelo apoio que deu à Arte que hoje é o Rock português. Sem querer diminuir o Zé Pedro que também nos deixou recentemente e que tal como Filipe era uma excelente pessoa, Filipe Mendes como músico estava muitos furos acima como o próprio Zé e todos os músicos reconhecem. Fundou Os Chinchilas (que deram o seu último concerto em 2015, OP nº 32). Por fim lembramos que dia 26 fez 30 anos que também desapareceu um grande letrista/compositor/intérprete da canção portuguesa, o jovem de 30 anos Carlos Paião, teria hoje 60.
Depois aparecem os temas da página, Miguel Rios o Rei do Rock espanhol, Louis Armstrong o 1º Rei do Jazz, Wilson Pickett um grande senhor do soul, Os Ten Years After e Alvin Lee. Joe Harris o belga que é um perfeito desconhecido para todos e do qual a Onda já falava em 1970. E do meio moçambicano a caixa informando que as Irmãs Muge vinham a Portugal gravar o 1º disco e a foto que os Staccatos e Wanda Arletti tinham tirado com os meninos da Onda Pop (foto que o grande fotógrafo do Jornal Notícias Ricardo Rangel nos tinha tirado). Depois as rubricas habituais e um erro que deixámos passar na letra de "Lay Down" que saíu "Lay Dowu". Na Parada da Onda os Blue Image e a sua interessante história.
Aproveito ainda para agradecer todas as mensagens que nos têm enviado ao longo destes 4 anos de publicações e os incentivos para continuar e congratulo-me por saber que a página tem servido como instrumento de trabalho áqueles que nas Universidades desenvolvem trabalhos de investigação. Hoje todo este trabalho se deve à minha carolice e do incansável José Couto a quem pùblicamente agradeço.
"Let’s all take a moment to give thanks for the beautiful life of Aretha Franklin, the Queen of our souls, who inspired us all for many many years. She will be missed but the memory of her greatness as a musician and a fine human being will live with us forever. Love Paul".
"Vamos todos tirar um momento para agradecer a maravilhosa vida de Aretha Franklin, a Rainha das nossas almas, que nos inspirou por muitos e muitos anos. Sentiremos a sua falta, mas a memória da sua grandeza como artista musical e como um belo ser humano viverá conosco para sempre. Com Amor, Paul", foi esta a mensagem que o grande Paul McCartney deixou no seu twitter, e que define na perfeição o nosso sentimento.
"Vamos todos tirar um momento para agradecer a maravilhosa vida de Aretha Franklin, a Rainha das nossas almas, que nos inspirou por muitos e muitos anos. Sentiremos a sua falta, mas a memória da sua grandeza como artista musical e como um belo ser humano viverá conosco para sempre. Com Amor, Paul", foi esta a mensagem que o grande Paul McCartney deixou no seu twitter, e que define na perfeição o nosso sentimento.
Aretha Franklin estava com 76 anos, quando morreu na sua casa em Detroit, no passado dia 15 de Agosto, carregando o apelido de "Rainha da Soul" por mais de cinco décadas. Uma das artistas femininas mais bem cotadas de todos os tempos, uma das artistas que mais discos vendeu em todos os tempos, e a primeira mulher a entrar no " Rock & Roll Hall Of Fame".
Todos os que pensam que ela já estava decadente, sem a sua poderosa voz vinda da alma ou sem a sua sempre evidente energia quando interpretava as suas canções, estão enganados e basta ouvir o seu último trabalho, o álbum "A Brand New Me", gravado nos estúdios da Abbey Road com a Royal Philarmonic Orchestra ou os videos que vos apresentamos de uma das suas actuações ao vivo, a 23 de Março de 2017.
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A 17 de Outubro de 2014, com 72 anos, teve a coragem ou ousadia de gravar um L.P. "Aretha Franklin Sings The Great Diva Classics", no qual fez covers de divas, que foram os seus ídolos (Etta James e Dinah Washington), de divas que foram suas contemporâneas (Diana Ross, Barbra Streisand, Gladys Knight, Chaka Khan e Gloria Gaynor) e de divas mais recentes que sempre a tiveram como ídolo (Adele, Alicia Keys e Sinéad O'Connor).
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Fàcilmente se percebe porque é que ao longo de 6 décadas sempre foi a indiscutível "Queen Of Soul"... mas tudo tem um começo e depende de quando e onde se nasce e de quem se é filha.
Aretha Franklin nasceu a 25 de Março de 1942 e a música já estava entrelaçada no seu adn geracional.
Aretha Franklin nasceu a 25 de Março de 1942 e a música já estava entrelaçada no seu adn geracional.
A sua cidade natal - Memphis, Tennessee - era "apenas" uma das cidades mais importantes da história do Blues e do Rock.
O seu pai, C.L. Franklin, era um ministro da igreja baptista e cantor Gospel, conhecido nacionalmente como “O Homem da Voz de Um Milhão de Dólares”. A mãe de Aretha, Barbara Siggers Franklin, era uma dotada pianista e, segundo a grande cantora Mahalia Jackson, era uma das mais talentosas cantoras de Gospel. Em 1944, a família mudou-se para Detroit - outro foco musical. Aretha tinha apenas seis anos quando a sua mãe saíu de casa. Barbara veio a morrer quatro anos depois, deixando um enorme pesar e influência na vida e alma musical de Aretha Franklin. |
Nos meados da década de 1950, Aretha aprendeu a tocar piano e, junto com suas irmãs (Erma e Carolyn), cantava no coro da igreja do pai. Ela também percorreu o circuito do Gospel com C.L. Franklin durante esse período e familiarizou-se com pessoas como Clara Ward, Mahalia Jackson e Smokey Robinson, além de figuras de direitos civis como Martin Luther King Jr. e Jesse Jackson, que estavam entre os amigos intimos e notáveis da sua família.
As duas irmãs de Aretha Franklin, Erma (a mais velha) e Carolyn (a mais nova) também tiveram algum sucesso aproveitando as suas belas vozes.
Erma Franklin gravou 3 álbuns e obteve um óptimo sucesso com o single "Piece Of My Heart", que atingiu a 7ª posição no hit-parade do Reino Unido.
Carolyn Franklin editou 5 L.P.s, o último dos quais em 1976.
Erma Franklin gravou 3 álbuns e obteve um óptimo sucesso com o single "Piece Of My Heart", que atingiu a 7ª posição no hit-parade do Reino Unido.
Carolyn Franklin editou 5 L.P.s, o último dos quais em 1976.
Mas a vida começou a agitar-se ràpidamente para Aretha.
Em 1956, aos 14 anos, ela deu à luz o seu primeiro filho, Clarence, e lançou o seu primeiro álbum, uma gravação de gospels, que se chama "Songs of Faith". Dois anos depois ela deu à luz um segundo filho, Edward, e depois de ser cortejada por Sam Cooke para assinar com a RCA Records e por Berry Gordy com sua gravadora Motown, em 1960 ela assinou com a Columbia Records e mudou-se para Nova York para começar sua carreira. |
Trabalhando com o produtor John Hammond (que descobriu talentos como Count Basie e Billie Holiday, entre outros), nos próximos cinco anos, Aretha alcançaria um sucesso moderado, lançando nove álbuns e vários sucessos de R & B, mas apenas um entrou no Top 40, em 1961 "Rock-A-Bye Your Baby With A Dixie Melody", depois já ter alcançado o Top 100, com "Won't Be Long".
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Ela casou-se com um homem chamado Ted White, com quem ela teria seu terceiro filho, Teddy Jr.
Mas Aretha ainda tinha que alcançar o seu pleno potencial, e seria preciso uma mudança de gravadora e um novo produtor para permitir que ela aproveitasse completamente o seu talento e inaugurasse o melhor período da sua longa carreira.
Em 1966, Aretha encontrou a dupla mágica para a sua carreira e fama, o produtor Jerry Wexler e a editora Atlantic Records.
Em 1967, o álbum "I Never Loved A Man The Way I Love You" com Aretha Franklin apoiada pela secção "Rhythm Muscle Shoals" foi lançado com grande aceitação e com a faixa-título dando a Aretha o seu primeiro hit no Top 10.
Mas Aretha ainda tinha que alcançar o seu pleno potencial, e seria preciso uma mudança de gravadora e um novo produtor para permitir que ela aproveitasse completamente o seu talento e inaugurasse o melhor período da sua longa carreira.
Em 1966, Aretha encontrou a dupla mágica para a sua carreira e fama, o produtor Jerry Wexler e a editora Atlantic Records.
Em 1967, o álbum "I Never Loved A Man The Way I Love You" com Aretha Franklin apoiada pela secção "Rhythm Muscle Shoals" foi lançado com grande aceitação e com a faixa-título dando a Aretha o seu primeiro hit no Top 10.
Os álbuns seguintes "Aretha Arrives" (1967), "Lady Soul" (1968) e "Aretha Now" (1968) deram a conhecer ao mundo ofertas musicais tão lendárias como "Respect", "Think", "Chain Of Fools", "Baby, I Love You", "I Say A Little Prayer", "Since You've Been Gone", "Spanish Harlem" e "(You Make Me Feel Like) A Natural Woman", e fizeram com que Aretha Franklin tenha ganho vários prêmios Grammy, a capa da edição de Junho de 1968 da revista "Time" e o seu eterno apelido de "Queen Of Soul".
Nos anos 70, Aretha Franklin continuou com o seu toque de Midas, reformulando sucessos de outros artistas, como “Don't Play That Song” de Ben E. King e “Bridge Over Troubled Water” de Simon & Garfunkel, que ajudaram Aretha a vender mais milhões de discos do que qualquer outra mulher na história, até aquela data.
Para além disso, o seu álbum de 1972, "Amazing Grace", tornou-se no álbum de Gospel mais vendido de todos os tempos.
Ela também começou a trabalhar no estúdio com lendários produtores, como Curtis Mayfield e Quincy Jones, continuando assim a sua carreira de sucesso e conquistando o seu oitavo Grammy consecutivo com "Ain't Nothing Like The Real Thing", em 1975.
Para além disso, o seu álbum de 1972, "Amazing Grace", tornou-se no álbum de Gospel mais vendido de todos os tempos.
Ela também começou a trabalhar no estúdio com lendários produtores, como Curtis Mayfield e Quincy Jones, continuando assim a sua carreira de sucesso e conquistando o seu oitavo Grammy consecutivo com "Ain't Nothing Like The Real Thing", em 1975.
Não é estranho que no video, acima, em que Aretha Franklin interpreta "Amazing Grace", seja o ex-Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o apresentador de serviço, pois Aretha, nos anos 70, já transcendia a sua popularidade como cantora, tornando-se um símbolo de força para as mulheres quando o movimento feminista começou a ganhar força e também um símbolo de orgulho para os negros americanos no auge do Movimento dos Direitos Civis, seguindo o exemplo do seu pai, que era um dos amigos íntimos e de suporte dos ideais de Martin Luther King.
No final da década de 70, o sucesso de Aretha Franklin parecia estar a desvanecer com a loucura do Disco Sound, mas com a nova década, surgiram novos indícios para Aretha.
Em 1980, ela assinou um contrato com a Arista Records e conseguiu um retorno ao topo das paradas com "Jump to It" (1982), produzido por Luther Vandross, cuja faixa-título deu a Aretha o seu primeiro sucesso no Top 10 ao fim de cinco anos.
De volta à ribalta, ela aproveitou sua popularidade renovada, e trabalhando novamente com Vandross no álbum "Get It Right" em 1982 e, em 1985, com Narada Michael Walden no L.P. "Who's Zoomin 'Who", obteve o seu primeiro álbum de platina e produziu três singles de sucesso, incluindo um Grammy Award, com "Freeway of Love". |
Aretha Franklin tornou-se num(a) do(a)s raro(a)s artistas que entraram no hit-parade americano em 5 décadas consecutivas, ao ter conseguido alcançar o Top 40 em 1996 com "A Rose Is Still A Rose", já depois de ter sido nomeada para o "Rock & Roll Hall Of Fame", e ter recebido o "Grammy Lifetime Achievemnet" e o "Kennedy Center Honors" e no novo milénio conseguiu mais duas entradas no Top americano, extraídos do álbum "So Damm Happy" de 2003.
Em 1998, vinte minutos antes da transmissão ao vivo do Grammy Awards, a lenda da ópera Luciano Pavarotti viu-se obrigado a não cantar na cerimónia de atribuição a si próprio do prémio "Living Legend Award", devido a problemas na garganta.
Então, Aretha Franklin, que era uma das proponentes para a atribuição desse prémio, entrou em cena para fazer uma homenagem a Pavarotti, interpretando a canção referência de Pavarotti, "Nessuno Dorma".
A performance confirmou o que se tornou uma verdade universal: não importava o género, quando Aretha Franklin cantava uma música, ela transformava-a sempre com superior qualidade.
Alguns puristas da ópera supostamente desaprovaram a interpretação emotiva de Franklin, incluindo a sua mudança do italiano para o inglês no final, mas a reação da excelsa audiência ao seu desempenho foi principalmente: "Brava!".
Deixamos aqui essa sua interpretação para vossa apreciação:
Então, Aretha Franklin, que era uma das proponentes para a atribuição desse prémio, entrou em cena para fazer uma homenagem a Pavarotti, interpretando a canção referência de Pavarotti, "Nessuno Dorma".
A performance confirmou o que se tornou uma verdade universal: não importava o género, quando Aretha Franklin cantava uma música, ela transformava-a sempre com superior qualidade.
Alguns puristas da ópera supostamente desaprovaram a interpretação emotiva de Franklin, incluindo a sua mudança do italiano para o inglês no final, mas a reação da excelsa audiência ao seu desempenho foi principalmente: "Brava!".
Deixamos aqui essa sua interpretação para vossa apreciação:
Em 2005 foi galardoada com a Medalha Presidencial da Liberdade, pelo seu constante envolvimento nas manifestações e eventos por esta causa básica, essencial e imprescindível.
Dois anos depois Aretha Franklin terminou a sua ligação à gravadora "Arista" e criou a sua própria editora, a "Aretha Records", pela qual gravou o álbum "Aretha: A Woman Falling Out of Love".
Relembramos que em 2014 e 2017 gravou os dois álbuns já apresentados no início deste nosso artigo.
Relembramos que em 2014 e 2017 gravou os dois álbuns já apresentados no início deste nosso artigo.
Aretha Franklin, fazendo jus à sua qualificação como "Raínha do Soul", listou 112 singles nas paradas musicais da Billboard, incluindo 77 canções que entraram no Hot 100, 17 singles alcançaram o Top-10, 100 discos atingiram o Hit-Parade R&B da Billboard e 20 singles ascenderam ao 1º lugar dessa parada êxitos de R&B, tornando-se a artista feminina mais enumerada na história dos hit-parades americanos.
Em homenagem à sua carreira astronômica, o asteróide 249516 recebeu o nome de “Aretha”, como que antecipando esta sua eterna viagem.
Em homenagem à sua carreira astronômica, o asteróide 249516 recebeu o nome de “Aretha”, como que antecipando esta sua eterna viagem.
(Forever) Forever (and ever) and ever
(You'll stay in my heart and I will love you) (Forever) Forever (and ever) and ever (We never will part, oh, how I love you) (Together) together (together) together... I Say A Little Prayer For You!
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(Para sempre) para sempre (e sempre) e sempre
(Tu vais ficar no nosso coração e vamos te amar) (Para sempre) para sempre (e sempre) e sempre (Nós nunca nos separaremos, oh, como te amamos) (Juntos) juntos (juntos) juntos... Nós Fazemos Uma Oração Por Ti!
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TERMINARAM OS "PHILARETES" DE PHIL MENDRIX
"Philaretes" era o termo carinhoso com que os seus companheiros musicais de longa data se referiam aos célebres e extensos solos de guitarra com que Filipe Mendes, o maior guitarrista do Rock português, exprimia a sua paixão pela música.
Tudo começou quando o avô de Filipe Mendes lhe ofereceu uma guitarra eléctrica em Moçambique, quando Filipe tinha 14 anos e antes de ser mandado para um colégio interno, em Lisboa, regressando assim à cidade que o viu nascer, antes de ter partido para Moçambique, com 3 anos e meio. Essa paixão acompanhou-o pela vida inteira, conforme Filipe Mendes explica no excelente documentário do site "felicidario.encontrarse.pt" com o sugestivo e assertivo título:
"A Felicidade É Um Solo De Guitarra" - https://vimeo.com/127751714
"A Felicidade É Um Solo De Guitarra" - https://vimeo.com/127751714
Com 16 anos, Filipe decidiu que queria formar um conjunto musical e resolveu publicar um anúncio num jornal lisboeta, em 1964, oferecendo-se como guitarrista para uma banda Rock.
O anúncio foi lido por dois amigos que também sonhavam formar uma banda Rock, o Zé Machado (teclados) com 14 anos e o Vitor Mamede (baterista) com 13 anos. Encontraram-se em Caselas e formaram, com Alfredo José (viola-baixo), "Os Chinchilas" (de quem falaremos mais detalhadamente num próximo "Encore"). "Os Chinchilas" foram um dos primeiros grupos portugueses de Rock a ter sucesso, gravando, em 1967, o seu primeiro disco, um E.P. com um cover de "The Monkees" - "I'M A Believer" e 2 originais de Filipe Mendes: "Take That Train", "Crying" e, ainda, "Marry Me" de Vítor Mamede e Filipe Mendes.
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Tudo parecia estar a correr bem para o Filipe Mendes e "Os Chinchilas", depois de terem gravado este disco e sido apurados para a final do célebre Concurso Yé-Yé, organizado pelo Movimento Nacional Feminino, no Teatro Monumental, em Lisboa, mas estávamos no tempo da guerra colonial e Filipe Mendes estava com 19 anos e por isso ía ser incorporado brevemente. Como não queria ir para a guerra, Filipe vai para os Estados Unidos ainda antes da realização dessa tão almejada final.
Vai então para Chicago para estudar na "Chicago School Of Music" e testemunha o ambiente musical e social do célebre "Summer Of Love" e do movimento hippie.
É nessa altura que se sente influenciado pelo estilo de guitarristas como Eric Clapton (então nos Cream) e, principalmente, Jimi Hendrix, como poderemos compreender no video em que interpreta o êxito de Jimi Hendrix, "Hey Joe", com o F. Eddie Nelson Group.
Vai então para Chicago para estudar na "Chicago School Of Music" e testemunha o ambiente musical e social do célebre "Summer Of Love" e do movimento hippie.
É nessa altura que se sente influenciado pelo estilo de guitarristas como Eric Clapton (então nos Cream) e, principalmente, Jimi Hendrix, como poderemos compreender no video em que interpreta o êxito de Jimi Hendrix, "Hey Joe", com o F. Eddie Nelson Group.
A intenção de Filipe Mendes em viver e fazer carreira nos Estados Unidos caíu por terra, quando ao fim de seis meses necessitou de renovar a sua autorização para permanecer no território americano, o ambicionado "green card". Só que na época a guerra do Vietname estava no auge, e o governo americano obrigava a que todos os estrangeiros possuidores do "green card" se alistassem no exército americano e fossem para o Vietname. Perante ir para a guerra do Vietname ou ir para a guerra colonial portuguesa, Filipe Mendes optou por regressar a Portugal em 1968 e, seguidamente, "Os Chinchilas" gravaram o seu 2º disco, "Calmas São As Imagens" (Filipe Mendes)/"Don't Want You No More" (Spencer Davis), com Filipe Mendes, José Machado, Vitor Mamede e João Maló, substituindo o então baixista do grupo, Alfredo José.
Em 1969, dá-se o desmembramento do grupo, devido à sua saída para cumprir o serviço militar obrigatório, mas Filipe Mendes ainda grava um single a solo, com os temas "Ring Stones Eyes/ O Urso Ki", ambos da sua autoria e com todos os instrumentos a serem tocados pelo próprio.
Em 1969, dá-se o desmembramento do grupo, devido à sua saída para cumprir o serviço militar obrigatório, mas Filipe Mendes ainda grava um single a solo, com os temas "Ring Stones Eyes/ O Urso Ki", ambos da sua autoria e com todos os instrumentos a serem tocados pelo próprio.
Em 1970, embora a formação original "Os Chinchilas" já se tivesse desmembrado, Filipe Mendes, então com Luís Pedro Fonseca nos teclados, Guilherme Inês na bateria e Pedro Romeiro no baixo, gravou o terceiro disco de "Os Chinchilas, um single, que inclui a psicadélica “Barbarela” e "D. João", este com pinceladas de crítica social.
Filipe Mendes era um homem feliz sempre que tocava e por isso esteve envolvido na fundação de várias bandas, ou como músico convidado em muitas outras, principalmente quando estas gravavam um disco, aproveitando o seu talento e envolvimento emocional quando se tratava de música e de colaborar com toda a gente, mesmo que não houvesse compensações financeiras.
Esta foi sempre a sua índole, como ser humano e como artista, para quem o mais importante era ajudar os outros músicos e também ter a oportunidade de mostrar a sua própria arte.
Foi o que aconteceu, entre 1969 e 1970, quando fez parte do conjunto "Fluido", com Paulo de Carvalho, Edmundo Silva e Cristiano Semedo e colaborou com o "Grupo 5" de Sousa Pinto.
Filipe Mendes era um homem feliz sempre que tocava e por isso esteve envolvido na fundação de várias bandas, ou como músico convidado em muitas outras, principalmente quando estas gravavam um disco, aproveitando o seu talento e envolvimento emocional quando se tratava de música e de colaborar com toda a gente, mesmo que não houvesse compensações financeiras.
Esta foi sempre a sua índole, como ser humano e como artista, para quem o mais importante era ajudar os outros músicos e também ter a oportunidade de mostrar a sua própria arte.
Foi o que aconteceu, entre 1969 e 1970, quando fez parte do conjunto "Fluido", com Paulo de Carvalho, Edmundo Silva e Cristiano Semedo e colaborou com o "Grupo 5" de Sousa Pinto.
Em 1971 Filipe Mendes criou a "Heavy Band" com o vocalista Fernando Girão, Zé Nabo no baixo e João Heitor na bateria, que editou em Angola dois singles em 1972, "Beggar Man" e "Your New Motel", sendo este último um tema de rock progressivo, mas não deixando de, pelo meio, ressuscitar fugazmente "Os Chinchilas", para participarem (à borla) na célebre edição do festival de Vilar de Mouros, onde mìticamente também tocaram Elton John e "The Manfred Mann".
Em 1973, os "Heavy Band" estiveram no Brasil, aonde fizeram as primeiras partes de vários shows, como os de Gilberto Gil, de "Os Mutantes" ou de Hermeto Pascoal, entre outros.
Em 1973, os "Heavy Band" estiveram no Brasil, aonde fizeram as primeiras partes de vários shows, como os de Gilberto Gil, de "Os Mutantes" ou de Hermeto Pascoal, entre outros.
Em meados dos anos 70, recupera um grupo dos anos 60, os "Psico", de Tony Moura, com quem grava o single "AI’s/Epitáfio", e funda depois com António Garcez, Zé Castro, José Aguiar e Abílio Queirós, os "Roxigénio", que lançam o seu disco de estreia em 1980 e com os quais regressa ao palco do festival Vilar de Mouros para actuar, em 1982, ao lado de grupos lendários, como os Echo & the Bunymen, The Stranglers ou U2.
Mas como a arte de Filipe Mendes era tão desejada por vários artistas, ele também gravou em 1980 um L.P. intitulado "Portrait", com Gordon Quinn nos vocais e guitarra ritmo, Ramon Galarza na bateria e percussão e Filipe Mendes na guitarra solo e no baixo e, em 1982, grava o single "Onde É Que Está O Capital?" / "Colar De Imitação" com António Garcez e os Transatlântico, antes de partir para o Brasil nesse mesmo ano e onde viveu até 1992, altura em que regressou a Portugal e fez renascer "Os Roxigénio".
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Nos anos 90, "Os Roxigénio" partilhariam os palcos com os "Ena Pá 2000" de Manuel João Vieira, durante vários concertos, até que Filipe é convidado a associar-se a Manuel João Vieira e aos restantes membros dos "Ena Pá 2000", dos "Irmãos Catita" e dos "Corações de Atum".
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Continuou a tocar assìduamente até aos dias de hoje com os "Ena Pá 2000" e com os "Irmãos Catita", mas também sempre presente em todas as ocasiões onde ele e a sua inseparável guitarra pudessem actuar, a solo, ou com "Os Chinchilas", ou com "Os Charruas" (outra banda dos anos 60) ou acompanhando qualquer outro artista, como sempre fazia nas "Galas Pop Rock Anos 60", organizadas pelo incansável António José Portela, como aconteceu em Maio deste ano, numa das suas últimas actuações, onde se encontrava já debilitado, mas com uma enorme vontade de ultrapassar essa maldita doença e de continuar com vários projectos, como o de lançar um novo CD com os seus eternos "Chinchilas" (José Machado, Vitor Mamede e João Maló), visto que já tinham feito a maior parte das gravações e só faltariam alguns pormenores e algumas mixagens, como então nos contou com todo o entusiasmo e alegria, como era seu apanágio.
Entretanto o António José Portela já nos confidenciou que, no próximo ano de 2019, vai organizar uma super-gala de homenagem a Filipe Mendes, com a autorização da Lurdes (a viúva de Phil) e dos seus 5 filhos.
Podem assistir a essa actuação de Filipe Mendes em Maio passado, o que só é possível pela gentileza e dedicação de António J. Oliveira, através dos seus videos publicados no youtube:
Entretanto o António José Portela já nos confidenciou que, no próximo ano de 2019, vai organizar uma super-gala de homenagem a Filipe Mendes, com a autorização da Lurdes (a viúva de Phil) e dos seus 5 filhos.
Podem assistir a essa actuação de Filipe Mendes em Maio passado, o que só é possível pela gentileza e dedicação de António J. Oliveira, através dos seus videos publicados no youtube:
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Alguns meses antes, em meados de 2017, Filipe Mendes tinha-nos presenteado a todos com um dos seus últimos trabalhos, desta vez com a "Lizard Band", lançando uma linda composição da sua autoria em parceria com a cantora do grupo, Milay Lagarto.
O título dessa bela canção é "Tudo O Que Foi De Nós".
O título dessa bela canção é "Tudo O Que Foi De Nós".
Como devem ter reparado nos créditos no final do vídeo acima, Filipe Mendes aparece identificado como "Phil Mendrix". Filipe Mendes sempre fora conhecido como o "Jimi Hendrix Português" e foi Manuel João Vieira que em um momento de verdadeira inspiração lhe deu o epíteto mais personalizado de "Phil Mendrix", com que ficará eternizado pelas gerações mais novas, pois para os mais antigos nunca será esquecido como sendo o Filipe Mendes, o guitarrista que atravessou o Rock Português durante mais de 50 anos, nunca tendo envelhecido ou empedernido a sua arte e a sua música, mas também nunca esquecendo ou rejeitando a música e os tantos companheiros dos velhos tempos... ele era e será intemporal, rebelde e contestatário à sua maneira, ou como ele dizia no seu jeito espontâneo e honesto: "Não me adapto muito à maneira de ser da maior parte dos cidadãos" (tal como quem vos escreve este artigo). Para comprovar esse seu estilo contestatário, propomos uma das suas últimas criações, o lindo tema "Algo Down", acompanhado de um vídeo bem ilustrativo, que ele próprio publicou no youtube, a 22 de Março de 2013, com o bem actual e sugestivo título "NÃO DEIXEM MORRER A CULTURA!":
Como deixar a nossa derradeira homenagem a um amigo e a um ídolo, que sempre nos presenteou com o seu riso, a sua simplicidade e a modéstia dos grandes artistas e dos verdadeiros Homens?
Certamente seria com uma cerimónia nacional, como é apanágio dos grandes momentos em que se homenageiam os grandes da cultura portuguesa... não no tal templo dos mediáticos heróis, mas no Panteão dos Simples e Verdadeiros, com o Hino Nacional ("A Portuguesa") a ser especialmente tocado pelo grande Filipe Mendes ("Phil Mendrix") na sua versão polémica e irreverente, tal como o seu herói Jimi Hendrix interpretara, em Woodstock, o hino nacional americano, mas, essencialmente, com a presença das muitas centenas de amigos, músicos e artistas que sempre o admiraram e se despediram dele, no passado dia 15 de Agosto de 2018, na Capela de Santa Maria do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Certamente seria com uma cerimónia nacional, como é apanágio dos grandes momentos em que se homenageiam os grandes da cultura portuguesa... não no tal templo dos mediáticos heróis, mas no Panteão dos Simples e Verdadeiros, com o Hino Nacional ("A Portuguesa") a ser especialmente tocado pelo grande Filipe Mendes ("Phil Mendrix") na sua versão polémica e irreverente, tal como o seu herói Jimi Hendrix interpretara, em Woodstock, o hino nacional americano, mas, essencialmente, com a presença das muitas centenas de amigos, músicos e artistas que sempre o admiraram e se despediram dele, no passado dia 15 de Agosto de 2018, na Capela de Santa Maria do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Como escreveu Fernando Pessoa no poema "Se eu pudesse trincar a terra toda":
"...E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre, E que o poente é belo e é bela a noite que fica... Assim é e assim seja..." ... a beleza que nos deixaste, pela janela aberta para o teu legado musical. OBRIGADO, PHIL! |
Carlos Manuel de Marques Paião nasceu em Coimbra a 1 de Novembro de 1957 e faleceu a 26 de Agosto de 1988 num estúpido acidente de automóvel perto de Rio Maior. Licenciou-se em Medicina mas acabou por se entregar completamente à música.
Os pais viviam em Ílhavo, onde também viveu até aos 6 anos, quando se mudam para o Concelho de Cascais. Desde jovem teve tendência para brincar com as palavras e uma vocação especial para a composição musical, talvez seguindo os passos do tio Manuel Paião.
Em 1978 já tinha mais de 200 canções escritas e é nesse ano que ganha o Festival da Canção do Iliabum Clube. Em 1980 concorre ao Festival RTP da Canção e não é classificado. Entretanto o seu nome já vai sendo badalado por canções como "Souvenir de Portugal" ou "Pó De Arroz". Em 1981 concorre novamente ao Festival da Canção RTP e vence-o com a canção "Playback" que leva ao Festival da Eurovisão em Dublin na Irlanda.
Os pais viviam em Ílhavo, onde também viveu até aos 6 anos, quando se mudam para o Concelho de Cascais. Desde jovem teve tendência para brincar com as palavras e uma vocação especial para a composição musical, talvez seguindo os passos do tio Manuel Paião.
Em 1978 já tinha mais de 200 canções escritas e é nesse ano que ganha o Festival da Canção do Iliabum Clube. Em 1980 concorre ao Festival RTP da Canção e não é classificado. Entretanto o seu nome já vai sendo badalado por canções como "Souvenir de Portugal" ou "Pó De Arroz". Em 1981 concorre novamente ao Festival da Canção RTP e vence-o com a canção "Playback" que leva ao Festival da Eurovisão em Dublin na Irlanda.
Em 1982 tem outro grande sucesso, "Marcha do Pião das Nicas", começa a escrever para outros artistas, como Herman José e "A Canção do Beijinho" ou "Serafim Saudade" e para Amália Rodrigues a peça monumental que é "O Senhor Extra Terrestre" (OP nº 45), que agora também foi gravada por Gisela João. Ainda em 82 lança o álbum "Algarismos" sem grande sucesso. Depois junto com António Sala e o Pop Luís Arriaga (OP nº 16) lançam o programa de TV "O Foguete" (nome que se dava ao comboio rápido Lisboa-Porto), o tal que não ia à lua nem lá queria chegar.Em 1983 concorre ao Festival da Canção RTP em duo com a também malograda Cândida Brancaflor e a canção "Vinho do Porto" e fica em 3º lugar. É nesse ano que conclui a sua Licenciatura em Medicina na Universidade de Lisboa. No programa de Televisão "Hermanias" é ele que compôe todas as canções. Em 85 concorre ao Festival da canção de Tóquio. Os espectáculos multiplicam-se tanto em Portugal como no estrangeiro. Acaba por ter que deixar a sua carreira de médico.
A 26 de Agosto de 1988 seguia dormindo estendido num furgão onde levavam o equipamento musical quando um brutal acidente frontal na zona de Rio Maior lhe tirou a vida. Paixão tinha mais de 300 canções produzidas e preparava-se ara editar o segundo álbum "Intervalo" que acabou por sair em Setembro. A canção do disco que mais sucesso fez foi "quando as Nuvens Chorarem" em que fez dueto com Dina. Acabou por ficar sepultado em S. Domingos de Rana, terra onde vivia. Em 2014 os pais tranladaram seu corpo para Ílhavo.
Em 2003 foi editada uma coletânea nos 15 anos da sua morte. Na passagem dos 20 anos, em 2008, vários artistas juntaram-se para cantar as suas canções num álbum a que chamaram "Tributo a Carlos Paião". Em Janeiro de 2016 a Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana também homenageou o artista com um espectáculo e uma exposição com o seu espólio.
Há 30 anos perdeu-se um dos mais sensacionais letrista/compositor que Portugal já teve e que enriqueceu a nossa música popular de forma inolvidável. A prová-lo estão canções que todo País conhece e canta como "Cinderela", "Pó de Arroz", "Playback", "Marcha do Pião das Nicas", "Versos de Amor", "Canção do Beijinho", "Serafim Saudade", "Bamos lá Cambada" ou "O Senhor Extra Terrestre. EM 2016 a grande Yolanda Soares editou "O Nosso Povo" canção que ele tinha feito para Amália mas que ela nunca chegou a editar.
Em 2003 foi editada uma coletânea nos 15 anos da sua morte. Na passagem dos 20 anos, em 2008, vários artistas juntaram-se para cantar as suas canções num álbum a que chamaram "Tributo a Carlos Paião". Em Janeiro de 2016 a Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana também homenageou o artista com um espectáculo e uma exposição com o seu espólio.
Há 30 anos perdeu-se um dos mais sensacionais letrista/compositor que Portugal já teve e que enriqueceu a nossa música popular de forma inolvidável. A prová-lo estão canções que todo País conhece e canta como "Cinderela", "Pó de Arroz", "Playback", "Marcha do Pião das Nicas", "Versos de Amor", "Canção do Beijinho", "Serafim Saudade", "Bamos lá Cambada" ou "O Senhor Extra Terrestre. EM 2016 a grande Yolanda Soares editou "O Nosso Povo" canção que ele tinha feito para Amália mas que ela nunca chegou a editar.
Como o Luís privou com o Carlos e se tornaram amigos, tendo sido ele um dos fundadores da Onda Pop nada mais natural do que pedir-lhe que falasse dele. O Luís era o benjamim da página, tinha acabado de fazer 16 anos a 29 de Agosto, mas hoje aos 66 enviamos-lhe os parabéns e verificamos que mantém a irreverência dos seus 16, o que é de elogiar. Ainda vai percorrer a Route 66.
"
Caríssimo Carlos
Olá! Bom, de vez em quando falamos, encontramo-nos, mas nem vou falar disso agora, senão baralho esta gente e já tenho tantas chatices que não pretendo adquirir mais nenhuma para a colecção. Tu sabes!
Imagina que me pediram para escrever umas palavras sobre ti, para um artigo a publicar na ONDA POP, na edição do seu 50° aniversário, e que será tornada pública aquando dos 30 anos sobre o teu desaparecimento físico. Aceitei e aqui vai em forma de carta -espero que não te importes!
Sabes bem que deixaste saudades. Eu até disse numa entrevista que deixaste as crianças deste país um pouco órfãs. É claro que falar de ti é complicado - tu sabes - não porque tivesses sido um tipo complicado, bem pelo contrário, mas porque fundamentalmente te envolveste de forma pública ou privada em muitas actividades. Eras um tipo multifacetado e atraíam-te as novidades. Eras verdadeiramente a personificação da criatividade. ·
Como é possível falar-se do teu infinito amor pelos teus pais? Da tua adoração pelas crianças, pelos animais, da mania que tinhas pelo Benfica, do gosto pelo futebol, do jeito que sempre manifestaste pelo desporto dito Rei? Como irei falar da tua queda pela condução automóvel e do quanto adoravas desafiar o destino, lendo A Bola enquanto conduzias. sabendo exactamente quando dev'ias ultrapassar e quando devias aguardar que em sentido contrário passasse o automóvel que vinha de lá e que se não via... só tu o pressentias'. Que dizer das capacidades mediúnicas que permanentemente manifestavas junto dos amigos mais chegados?
Tudo isto para não falar da medicina e do quanto te divertias com os diagnósticos que efectuavas com base nos conhecimentos de iridologia, numa altura em que,. entre nós ainda se não falava nisso, espantando toda a gente, como naquele caso em que olhando fixamente para um doente e lhe disseste que ele tinha hepatite, mesmo sem as respectivas análises, mesmo sem ele suspeitar que era um doente hepático, supondo que a coisa não passava de uma gripe a carecer de baixa médica. Lembras-te? Foi do caraças!
Evidentemente que não me vou pôr aqui a falar das canções que escreveste, dos êxitos que obtiveste, da admiração que granjeaste, do quanto a tua veia inspirada nos encantou!
Carlos, isso é por demais evidente, batido, isso é trigo limpo e farinha amparo - todos dizem, todos confirmam, todos sabem. Estás a ver o que não seria um livro assim... porra era uma seca!
O que esta malta não sabe é que tu eras um excelente publicitário e que poderias ter sido disputado corno copy de uma m ultinacional qualquer, criando slogans como aquele que trabalhámos juntos na Cinevoz, dos Cogumelos da Compal, em que o Manuel Luís Goucha era account, lembras-.te? "Cogumelos ... hmm ... que bom é cogumê-los!" O gajo acagaçou-se e não conseguiu que o cliente aprovasse a campanha. O gajo era frouxo, era frouxo, mas anos depois singrou na televisão! Ou aquela outra campanha das baterias Tudor, que os patetas não souberam reconhecer como campanha de génio, baseada no slogan "Ou Tudor... ou nada!"
Sabes que é dificil; constrangedor estar para aqui a escrever sobre ti. Eh pá, fazias tanta coisa, eras tão intenso no que dizias e escrevias, tão variado, que me fazes lembrar o Fernando Pessoa, que, como tu, também desenvolveu uma série de actividades, embora só muitos anos depois tenha sido reconhecido, pelo menos como poeta! Vá lá... not bad! No teu caso ·ainda te reconheceram méritos durante a tua breve passagem pelo
planeta. Bom... e no caso dele, pouco se fala da vertente mística, pouco se conhece da carreira de contabilista, de publicitário, etc. De ti, alguns ainda·se lembrarão de como eras fanático do Benfica - aí estava um ponto comum com o António Sala. De como detinhas o sentido premonitório relativamente aos grandes encontros. Quantas vezes acertavas nos resultados, com uma antecedência incrível, ao pormenor de referires quem marcava e aos quantos minutos. Possa... era mesmo do outro mundo! Sabes que a propósito de premonição, várias vezes veio à baila, a questão de, a algumas pessoas, te teres referido ao final da tua passagem por esta vida, tendo faltado indicar quando, em que circunstâncias e a que horas!
Como bem sabes, depois surgiram boatos incríveis a propósito da tua morte: que tu terias sido enterrado vivo, que tal se teria descoberto ao abrir a campa, enfim... poucos souberam que a pedra tumular da sepultura se partiu e foi por tal facto que a Zaida e a tua mãe decidiram e bem substituir a pedra, poucos sabem que foste autopsiado em Santarém e que a hipótese de teres sido enterrado vivo era absolutamente impossível! Mas lá que houve boatos...
Ainda a propósito de premonições e esoterismos, ainda um dia me hás-de explicar como é que, tantos anos antes, me diagnosticaste diabetes! Não é que agora sou diabético e até insulino-dependente? É verdade - essa terás de me explicar, tudo bem explicadinho, senão vais ter de contar na esquadra!
E as sessões de anedotas nos ensaios, com o Fernando Guerra, o Sala, o Pedro Osório! Era o fim'. Era só rir, rir e mais rir, até ficar a doer a barriga! Ouve cá: era o que tu querias, para depois tratares da saúde da malta!
Ainda a propósito da Diabetes, sabes que na Veja de 31 de Outubro de 2007, veio um artigo muito interessante sobre uma técnica ainda experimental no sentido de a esperança da Diabetes estar num bisturi - uns médicos brasileiros têm vindo a desenvolver uma nova tecnologia, de excelentes resultados e que passa por uma operação aos intestinos, mais propriamente ao intestino delgado, uma cirurgia relativamente simples de interposição do íleo e com base no papel crucial das incretinas. Eh pá, imagina, operação aos intestinos para resolver as diabetes!
O teu Benfica ... já não é o mesmo e tudo mudou, como sabes! Qualquer dia até a cor das camisolas passa a ser diferente !
O país também é outro! Mas não me vou pôr a falar de política, porque nunca apreciaste comentários políticos, nunca acreditaste em políticos, nunca viste com bons olhos esta minha tendência permanente para desmerecer na fantochada de quem supostamente nos dirige e por isso não te vou maçar com esta gajada que não vale um traque!
E a propósito ... lembras-te dos concursos de traques que fazíamos? Algumas vezes foste tu o campeão! A minha mulher (a actual) fica doida quando lhe falo disso. Porra, porque será que elas não acham graça às coisas que nos divertem?
Tu também tinhas as tuas pegas com a Zaida, não era? Ela, depois acabou por casar com um tipo parecidíssimo contigo, fisicamente e que até se chamava Carlos! Nunca mais a vi, nunca mais nos falámos, não sei que é feito dela, mas tu saberás concerteza! Um destes dias conta-me, pois já tenho saudades dela.
Caríssimo Carlos
Olá! Bom, de vez em quando falamos, encontramo-nos, mas nem vou falar disso agora, senão baralho esta gente e já tenho tantas chatices que não pretendo adquirir mais nenhuma para a colecção. Tu sabes!
Imagina que me pediram para escrever umas palavras sobre ti, para um artigo a publicar na ONDA POP, na edição do seu 50° aniversário, e que será tornada pública aquando dos 30 anos sobre o teu desaparecimento físico. Aceitei e aqui vai em forma de carta -espero que não te importes!
Sabes bem que deixaste saudades. Eu até disse numa entrevista que deixaste as crianças deste país um pouco órfãs. É claro que falar de ti é complicado - tu sabes - não porque tivesses sido um tipo complicado, bem pelo contrário, mas porque fundamentalmente te envolveste de forma pública ou privada em muitas actividades. Eras um tipo multifacetado e atraíam-te as novidades. Eras verdadeiramente a personificação da criatividade. ·
Como é possível falar-se do teu infinito amor pelos teus pais? Da tua adoração pelas crianças, pelos animais, da mania que tinhas pelo Benfica, do gosto pelo futebol, do jeito que sempre manifestaste pelo desporto dito Rei? Como irei falar da tua queda pela condução automóvel e do quanto adoravas desafiar o destino, lendo A Bola enquanto conduzias. sabendo exactamente quando dev'ias ultrapassar e quando devias aguardar que em sentido contrário passasse o automóvel que vinha de lá e que se não via... só tu o pressentias'. Que dizer das capacidades mediúnicas que permanentemente manifestavas junto dos amigos mais chegados?
Tudo isto para não falar da medicina e do quanto te divertias com os diagnósticos que efectuavas com base nos conhecimentos de iridologia, numa altura em que,. entre nós ainda se não falava nisso, espantando toda a gente, como naquele caso em que olhando fixamente para um doente e lhe disseste que ele tinha hepatite, mesmo sem as respectivas análises, mesmo sem ele suspeitar que era um doente hepático, supondo que a coisa não passava de uma gripe a carecer de baixa médica. Lembras-te? Foi do caraças!
Evidentemente que não me vou pôr aqui a falar das canções que escreveste, dos êxitos que obtiveste, da admiração que granjeaste, do quanto a tua veia inspirada nos encantou!
Carlos, isso é por demais evidente, batido, isso é trigo limpo e farinha amparo - todos dizem, todos confirmam, todos sabem. Estás a ver o que não seria um livro assim... porra era uma seca!
O que esta malta não sabe é que tu eras um excelente publicitário e que poderias ter sido disputado corno copy de uma m ultinacional qualquer, criando slogans como aquele que trabalhámos juntos na Cinevoz, dos Cogumelos da Compal, em que o Manuel Luís Goucha era account, lembras-.te? "Cogumelos ... hmm ... que bom é cogumê-los!" O gajo acagaçou-se e não conseguiu que o cliente aprovasse a campanha. O gajo era frouxo, era frouxo, mas anos depois singrou na televisão! Ou aquela outra campanha das baterias Tudor, que os patetas não souberam reconhecer como campanha de génio, baseada no slogan "Ou Tudor... ou nada!"
Sabes que é dificil; constrangedor estar para aqui a escrever sobre ti. Eh pá, fazias tanta coisa, eras tão intenso no que dizias e escrevias, tão variado, que me fazes lembrar o Fernando Pessoa, que, como tu, também desenvolveu uma série de actividades, embora só muitos anos depois tenha sido reconhecido, pelo menos como poeta! Vá lá... not bad! No teu caso ·ainda te reconheceram méritos durante a tua breve passagem pelo
planeta. Bom... e no caso dele, pouco se fala da vertente mística, pouco se conhece da carreira de contabilista, de publicitário, etc. De ti, alguns ainda·se lembrarão de como eras fanático do Benfica - aí estava um ponto comum com o António Sala. De como detinhas o sentido premonitório relativamente aos grandes encontros. Quantas vezes acertavas nos resultados, com uma antecedência incrível, ao pormenor de referires quem marcava e aos quantos minutos. Possa... era mesmo do outro mundo! Sabes que a propósito de premonição, várias vezes veio à baila, a questão de, a algumas pessoas, te teres referido ao final da tua passagem por esta vida, tendo faltado indicar quando, em que circunstâncias e a que horas!
Como bem sabes, depois surgiram boatos incríveis a propósito da tua morte: que tu terias sido enterrado vivo, que tal se teria descoberto ao abrir a campa, enfim... poucos souberam que a pedra tumular da sepultura se partiu e foi por tal facto que a Zaida e a tua mãe decidiram e bem substituir a pedra, poucos sabem que foste autopsiado em Santarém e que a hipótese de teres sido enterrado vivo era absolutamente impossível! Mas lá que houve boatos...
Ainda a propósito de premonições e esoterismos, ainda um dia me hás-de explicar como é que, tantos anos antes, me diagnosticaste diabetes! Não é que agora sou diabético e até insulino-dependente? É verdade - essa terás de me explicar, tudo bem explicadinho, senão vais ter de contar na esquadra!
E as sessões de anedotas nos ensaios, com o Fernando Guerra, o Sala, o Pedro Osório! Era o fim'. Era só rir, rir e mais rir, até ficar a doer a barriga! Ouve cá: era o que tu querias, para depois tratares da saúde da malta!
Ainda a propósito da Diabetes, sabes que na Veja de 31 de Outubro de 2007, veio um artigo muito interessante sobre uma técnica ainda experimental no sentido de a esperança da Diabetes estar num bisturi - uns médicos brasileiros têm vindo a desenvolver uma nova tecnologia, de excelentes resultados e que passa por uma operação aos intestinos, mais propriamente ao intestino delgado, uma cirurgia relativamente simples de interposição do íleo e com base no papel crucial das incretinas. Eh pá, imagina, operação aos intestinos para resolver as diabetes!
O teu Benfica ... já não é o mesmo e tudo mudou, como sabes! Qualquer dia até a cor das camisolas passa a ser diferente !
O país também é outro! Mas não me vou pôr a falar de política, porque nunca apreciaste comentários políticos, nunca acreditaste em políticos, nunca viste com bons olhos esta minha tendência permanente para desmerecer na fantochada de quem supostamente nos dirige e por isso não te vou maçar com esta gajada que não vale um traque!
E a propósito ... lembras-te dos concursos de traques que fazíamos? Algumas vezes foste tu o campeão! A minha mulher (a actual) fica doida quando lhe falo disso. Porra, porque será que elas não acham graça às coisas que nos divertem?
Tu também tinhas as tuas pegas com a Zaida, não era? Ela, depois acabou por casar com um tipo parecidíssimo contigo, fisicamente e que até se chamava Carlos! Nunca mais a vi, nunca mais nos falámos, não sei que é feito dela, mas tu saberás concerteza! Um destes dias conta-me, pois já tenho saudades dela.
Miguel Rios nasceu a 7 de Junho de 1944 em Granada, Espanha. Era o mais novo de sete irmãos e fez os seus estudos nos Salesianos. Depois arranjou trabalho num armazém de discos. Aí aproxima-se mais da música Rock. Na Rádio Granada entra num programa de descoberta de talentos. Grava uma demo e vai para Madrid. Consegue um contrato com a editora Philips e lança o seu primeiro disco em 1962 com o nome de Mike Rios, "Popolitos". Depois "La Pecolita" e "Da Do Ron Ron" em 1963. Também canções de origem francesa e italiana ganham as suas versões em espanhol como. "El Ritmo de la Lluvia" e "Oh Mi Señor" ou "Yesterday" dos Beatles. Entretanto já mudára o seu nome para Miguel Rios e actuára em vários festivais. Em 1966 muda-se para a editora espanhola Sonoplay e lança originais nos quais também colabora. Em 68 muda-se mais uma vez para a Hispavox e obtém maiores êxitos com "El Rio" e "Vuelvo a Granada". Porém só em 1969 atinge o seu auge com a gravação do "Himno A La Alegria" baseado no quarto andamento da nona sinfonia de Beethoven adaptado pelo maestro Waldo de Los Rios. Mas mesmo a versão espanhola não é sucesso internacional. Só o vem a ser quando lança em 1970 a versão em inglês, "A Song Of Joy". Vende quase 7 milhões de discos (hoje mais de 10) e torna-se o nº1 em alguns Países e noutros atinge o Top 5 seja no Japão, Canadá, Alemanha, França, Suécia, Holanda, Áustria, Itália, Espanha, Portugal. Nos Estados Unidos chega a 18º em Junho de 70 e em julho atinge o 16º no Reino Unido. Em Agosto o argentino Waldo de Los Rios com o tema só com orquestra atinge o 5º lugar no Reino Unido. É ainda em 69 que lança o seu primeiro álbum que o consagra. Em 1972 faz uma nova digressão com os "Concertos de Rock e Amor" onde volta ao início de carreira com temas como "Tutti Fruti", "Hount Dog" ou o "Rock de la Cárcel". Depois volta aos originais com "Memorias de um Ser Humano" e "Huerta Atómica", uma das primeiras canções ecologistas conhecidas. Com "Al-Andalus" também já adivinha a fusão rock, música árabe.
Em 1978 desenha, dirige e produz "La Noche Roja" onde tem o patricínio de uma marca de "Blue Jeans". O material de som e luzes era do mais moderno, igual ao que se fazia no Reino Unido. Teve grande êxito. Em 79 lança o disco "Los Viejos Rockeros Nunca Mueren". O êxito continua em 80 com "Rocanrol Bumerang" que é disco de ouro. Depois em 82 vem o álbum "Rock & Rios" que vende mais de 400 mil cópias e faz com que o Rock espanhol seja conhecido internacionalmente. Em 83 chega "El Rock de Una Noche de Verano" com vocação anti-nuclear e que leva a uma digressão de 32 concertos em campos de futebol e praças de touros arrastando mais de 700 mil pessoas. Seguiu-se o álbum "La Encrucijada" totalmente gravado nos estúdios Moulin Rouge em Londres, um dos trabalhos que lhe deu maior satisfação.
Em 1986 organiza os primeiros "Encuentros de Rock Iberoamericano" durante 3 dias no Palácio De Los Deportes de Madrid. Os melhores grupos do México, Argentina, Chile, Brasil, Venezuela e Espanha mostram ao mundo que existe muito mais Rock para além do Reino Unido e Estados Unidos. Em 87 dá um concerto na Cidade do México que fica memorável. Ainda em 87 recebe a Medalha de Ouro da Cidade de Granada que assim homenageia um dos seus filhos. Também na TVE lança 27 programas com a Historia do Rock Espanhol de nome "Que Noche La De Quel Año". Recebe o prémio Ondas da Rádio e Televisão. Destes programas foram extraídos dois álbuns duplos com o mesmo nome apresentando os duetos de todos os seus convidados.
Em 1986 organiza os primeiros "Encuentros de Rock Iberoamericano" durante 3 dias no Palácio De Los Deportes de Madrid. Os melhores grupos do México, Argentina, Chile, Brasil, Venezuela e Espanha mostram ao mundo que existe muito mais Rock para além do Reino Unido e Estados Unidos. Em 87 dá um concerto na Cidade do México que fica memorável. Ainda em 87 recebe a Medalha de Ouro da Cidade de Granada que assim homenageia um dos seus filhos. Também na TVE lança 27 programas com a Historia do Rock Espanhol de nome "Que Noche La De Quel Año". Recebe o prémio Ondas da Rádio e Televisão. Destes programas foram extraídos dois álbuns duplos com o mesmo nome apresentando os duetos de todos os seus convidados.
Em 89 mais um álbum "Miguel Rios" e a nova década começa com o álbum "Directo Al Corazon" . Depois vêm programas de TV "Asi Que Pasen 30 Años" em 92 e "Fiebre de Sur" no Canal Sur TV em 93/94. Em 93 recebe mais um prémio Ondas da Radio & TV e a medalha de ouro de Mérito das Belas Artes. No Verão de 96 junta-se a seus amigos Ana Belén, Joan Manuel Serrat e Victor Manuel (OP nº 82) e fazem uma fantástica digressão por toda a Espanha batendo recordes de bilheteira. "El Gusto Es Nuestro" corre em 34 cidades em praças de touros ou grandes espaços. Mais de 500 mil pessoas assistem, gera um CD, um programa de TV e um livro, "Diario en Ruta" escrito por Victor Manuel. Ainda em 96 leva uma big band de Rock e faz um giro pela América Latina. Em 97 cumpre 35 anos de música e faz uma digressão por toda a Espamha com 6 músicos e sempre super lotada.
O ano seguinte começa com um "Tour" à América Latina com "El Gusto Es Nuestro". Durante 2 meses Ana, Victor, Joan e Miguel e um excelente conjunto de músicos e técnicos arrasam os Países da América do Sul. Em 98 consegue finalmente cumprir mais um sonho, ter a sua própria editora discográfica, a Rock & Rios Records. A sua defesa da Latinidade poderá agora ajudar muitos bons grupos. O primeiro lançamento foi "Bip...Bip...Aqui la Tierra" do conjunto Gran Jefe. Depois grava em directo no Teatro da Maestranza em Sevilha um duplo CD do seu espectáculo "Big Band Rios". Em 1999 o Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais, reconhecendo o seu trabalho atribuí-lhe a medalha de Ouro de Mérito. Ainda em 99 Ana Belén e Miguel gravam um CD, "Ana Belén y Miguel Rios Cantan a Kurt Weill", uma experiência arriscada trazida do concerto que deram em Granada no auditorio Manuel de Falla, cantando Kurt Weill e Berthod Brecht
O ano seguinte começa com um "Tour" à América Latina com "El Gusto Es Nuestro". Durante 2 meses Ana, Victor, Joan e Miguel e um excelente conjunto de músicos e técnicos arrasam os Países da América do Sul. Em 98 consegue finalmente cumprir mais um sonho, ter a sua própria editora discográfica, a Rock & Rios Records. A sua defesa da Latinidade poderá agora ajudar muitos bons grupos. O primeiro lançamento foi "Bip...Bip...Aqui la Tierra" do conjunto Gran Jefe. Depois grava em directo no Teatro da Maestranza em Sevilha um duplo CD do seu espectáculo "Big Band Rios". Em 1999 o Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais, reconhecendo o seu trabalho atribuí-lhe a medalha de Ouro de Mérito. Ainda em 99 Ana Belén e Miguel gravam um CD, "Ana Belén y Miguel Rios Cantan a Kurt Weill", uma experiência arriscada trazida do concerto que deram em Granada no auditorio Manuel de Falla, cantando Kurt Weill e Berthod Brecht
No início do século XXI, ele e Ana Belén são os solistas convidados da Orquestra Cidad de Granada dirigida por Josep Pons junto com Luis Vidal Trio para os festivais de Música Clássica realizados nos melhores auditórios espanhóis. Desenvolve a ideia de fazer um trabalho com o melhor do Rock cantado em espanhol. Assim "Miguel Rios e as Estrelas do Rock Latino" sai em 2001. Este disco deu-lhe o prémio da Academia de las Artes y Las Ciencias de la Musique como melhor Álbum de Rock e a melhor canção foi "Corren Tempos Perros". Foi nomeado para os Grammy como melhor Cantor Rock do ano. Também em 2001 faz um espectáculo que se crê foi o primeiro a nível mundial. Em directo com a sua banda vai actuando com outros que se apresentam em holograma pois estão noutras cidades ou Países. Em 2002 para comemorar 40 anos de discos faz uma digressão pelo México, Venezuela e América Central. Em Fevereiro recebe a medalha de Ouro de Analuzia. A 10 de Abril de 2003 recebe das mãos do Prémio Nobel José Saramago o prémio de Honra da Academia de Artes da Ciência da Música, pela sua trajectória. Volta a Granada onde no dia 6 de Junho dá um concerto a favor da Associação de Paralisia Cerebral. Em 2004 edita o CD "Miguel Rios 60mp3" na sua editora e no dia do seu 60º aniversário. Este disco foi considerado um dos mais importantes da sua carreira. É apoiado pelo guitarrista John Parsons e o poeta Luis Garcia Montero. Em 2005 o disco recebe o prémio da Academia como o Melhor Disco Rock do Ano. O disco foi galardoado por todos os meios incluindo Países Ibero-americanos. Recebe o 3º Prémio Ondas.
Em 2007 volta ao Canal Sur de Televisão apresenando "Buenas Noches, Bienvenidos" uma serie musical em 13 programas. Misturava cultura música arte e poesia. Uma novidade na TV pública andalusa. Em Novembro recebe a distinção de "Filho Predilecto de Granada". Em Dezembro edita "45 Canciones Esenciales, Antologia Audiovisual" em 3 CDs e 1 DVD. Em 2008 edita um álbum de estúdio "Solo o en Compañia de Otros", muito elogiado pela crítica. Em 2009 vai ao Festival da Natureza e faz uma digressão pelo País, "Memorias de la Carretera" com os músicos que gravaram o disco de estúdio. Em 2010 recebe a Medalha de Ouro da Cruz Vermelha por todo o apoio que sempre deu a causas beneméritas e recebe o Prémio Protagonistas entre outros. Clabora num disco de homenagem aos 50 anos dos Beatles. A 17 e 18 de Setembro de 2011 inicia uma digrassão em Granada a que chama "Bye Bye Rios, Rock Hasta el Final". Percorre Espanha e México sempre com outros artistas de várias gerações. A digressão terminou a 30 de Outubro na cidade de Guanajuato no México, mesmo quando fazia 50 anos de carreira. Em 2013 a Junta de Andaluzia distingui-o como "Filho Predilecto de Andaluzia" o que para ele foi das maiores honras que lhe podiam ter feito. Desde então tem intervido num sem número de concertois de beneficência e em 2016 a Universidade de Granada nomeia-o Doutor Honoris Causa. Convidado pelos seus amigos Ana Belén, Victor Manuel e Joan Manuel Serrat avançam numa digressão por Espanha e América Latina em 2016 e 2017 comemorando 20 anos do mega sucesso "El Gusto Es Nuestro". A 7 de Julho de 2017 pela primeira vez um roqueiro é convidado a actuar no Festival Internacional de Música e Dança de Granada, no Palácio Carlos V em Allambra. Miguel Rios e o seu conjunto , os Black Betty Boys, e a Orquestra Clássica de Granada dirigida pelo Maestro Josep Pons tocam das canções mais representativas da sua carreira. Resultou num CD e DVD de nome "Symphonic Rios" que demonstra bem que não se podem estabelecer regras nos diferentes géneros musicais. No dia 26 de Janeiro de 2018 Rios recebe mais uma graduação Doutor Honoris Causa, pela sua contribuição na difusão da cultura urbana representada pelo Rock. Desta vez foi a Universidade Miguel Hernandez em Elche que tem uma Catedra Institucional de Rock para além de larga experiência no ensino da música que mudou o século XX. Quando lhe foi entregue a Medalha de Ouro por Mérito das Belas Artes, o rei D. Juan Carlos terá dito "Miguel Rios é um artista fundamental que sempre soube manter a sua dignidade Artística e Social. Sem o Rock é impossível entender a nossa história e sem Miguel Rios é impossível entender o nosso Rock".
Nota: a maioria do artigo (bem como as fotos) foi feito seguindo o web site de Miguel Rios que nos pareceu muito bem conseguido. Perante um artista com tanto potencial e credibilidade, faz-nos confusão pensar como é praticamente desconhecido em Portugal, onde existem tantos festivais Rock muitas vezes com artistas bem mais fracos.
Quem o quizer ver pode fazê-lo no seu Gira Symphonic Rios, dia 22 de Setembro em Santander e dia 29 em Valência, dia 5 de Outubro em Salamanca e dia 20 em Valladolid ou dia 24 de Novembro em Sevilha ou no final do Tour a 1 de Dezembro em Bilbao.
Quem o quizer ver pode fazê-lo no seu Gira Symphonic Rios, dia 22 de Setembro em Santander e dia 29 em Valência, dia 5 de Outubro em Salamanca e dia 20 em Valladolid ou dia 24 de Novembro em Sevilha ou no final do Tour a 1 de Dezembro em Bilbao.
Se fosse vivo Satchmo teria agora 117 anos.
Louis Daniel Armstrong nasceu a 4 de Agosto de 1901 em Nova Orleans, Estados Unidos. Faleceu há 47 anos a 6 de Julho de 1971 em Nova York. Tinha 69 anos (a mesma do redator deste artigo). Destacou-se como trompetista e cantor. Lenda e rei dos Blues/Jazz.
Nascido numa família muito pobre e destruturada, o pai logo de seguida abandona a mãe e ele vai viver com uns tios e uma avó até aos 5 anos, quando a mãe o vem buscar. Aos 6 anos entra para a Fisk School for Boys, escola que ajudava famílias em dificuldades. Aí o primeiro contacto com a música. Desenrrasca-se em algumas tarefas vendendo jornais ou fazendo de sapateiro ambulante. Faz entrar algum dinheiro em casa, mas a mãe continua a viver da prostituição. À noite visitava bares à sucapa só para ouvir músicos e cantores. Fechava os olhos e sentia-se a tocar trompete. Os Karmofskys (uma família de imigrantes russo judaica) que cuidavam dele sempre que a mãe ia trabalhar emprestam-lhe dinheiro para que ele compre um trompete. A gratidão por eles foi tanta que usou sempre uma estrela de David até ao fim da vida. Aos 11 anos sai da escola e arranja um quarteto. O cornetista Bunk Johnson ensina-o a tocar no Dago Tony's Tonk mas ele aprende também com Oliver, outro músico. Devido ao que chamam deliquência Juvenil é preso e o professor Peter David que dá apoio a jovens delinquentes apercebe-se do seu jeito musical programa-lhe disciplina e educação musical, acabando por o tornar leader da banda, New Orleans Home Colored Waifs.
Louis desenvolveu uma forma própria de tocar e aos 13 anos já chamava a atenção de outros músicos. Aos 14 anos vai viver com o pai (coisa de poucos meses) e de seguida volta a viver com a mãe. Aos 15 consegue tocar à noite no Henry Ponce's Bar e Black Benny fica seu tutor e protector. De dia trabalhava numa fábrica a queimar carvão. Louis sempre que actuava observava e fazia por aprender com os mais velhos. Trabalhou nos barcos que subiam e desciam o Mississipi, tocando com Fate Marable. Disse depois que tocar com Marable era como se tivesse ido fazer a Universidade.
Louis Daniel Armstrong nasceu a 4 de Agosto de 1901 em Nova Orleans, Estados Unidos. Faleceu há 47 anos a 6 de Julho de 1971 em Nova York. Tinha 69 anos (a mesma do redator deste artigo). Destacou-se como trompetista e cantor. Lenda e rei dos Blues/Jazz.
Nascido numa família muito pobre e destruturada, o pai logo de seguida abandona a mãe e ele vai viver com uns tios e uma avó até aos 5 anos, quando a mãe o vem buscar. Aos 6 anos entra para a Fisk School for Boys, escola que ajudava famílias em dificuldades. Aí o primeiro contacto com a música. Desenrrasca-se em algumas tarefas vendendo jornais ou fazendo de sapateiro ambulante. Faz entrar algum dinheiro em casa, mas a mãe continua a viver da prostituição. À noite visitava bares à sucapa só para ouvir músicos e cantores. Fechava os olhos e sentia-se a tocar trompete. Os Karmofskys (uma família de imigrantes russo judaica) que cuidavam dele sempre que a mãe ia trabalhar emprestam-lhe dinheiro para que ele compre um trompete. A gratidão por eles foi tanta que usou sempre uma estrela de David até ao fim da vida. Aos 11 anos sai da escola e arranja um quarteto. O cornetista Bunk Johnson ensina-o a tocar no Dago Tony's Tonk mas ele aprende também com Oliver, outro músico. Devido ao que chamam deliquência Juvenil é preso e o professor Peter David que dá apoio a jovens delinquentes apercebe-se do seu jeito musical programa-lhe disciplina e educação musical, acabando por o tornar leader da banda, New Orleans Home Colored Waifs.
Louis desenvolveu uma forma própria de tocar e aos 13 anos já chamava a atenção de outros músicos. Aos 14 anos vai viver com o pai (coisa de poucos meses) e de seguida volta a viver com a mãe. Aos 15 consegue tocar à noite no Henry Ponce's Bar e Black Benny fica seu tutor e protector. De dia trabalhava numa fábrica a queimar carvão. Louis sempre que actuava observava e fazia por aprender com os mais velhos. Trabalhou nos barcos que subiam e desciam o Mississipi, tocando com Fate Marable. Disse depois que tocar com Marable era como se tivesse ido fazer a Universidade.
Em 19 de Março de 1918 casa com Daisy Parker e adopta uma criança com 3 anos, Clarence Armstrong (filha de uma prima de Louis e que morrera no parto), uma criança doente mental devido a uma queda dada em bebé.. Pouco tempo depois divorciou-se de Daisy. Louis tomou conta da filha a vida inteira. Nos River Boats do Mississipi ele aprendeu muito, lia partituras e fazia grandes solos de Trompete ao seu estilo, um dos primeiros Jazzman a fazê-lo. Em 1922 é convidado por Joe "King" Oliver a ir para Chicago tocar na "Crole Jazz Band". Passou a ganhar o suficiente para viver. Pela primeira vez na vida tem um apartamento com casa de banho. Aí ficou vários anos sempre crescendo enquanto o Jazz se implantava cada vez mais. Faz as primeiras gravações e até 1923 é o 2º trompete da orquestra de Oliver.
Casa com Lil Hardin Armstrong, uma pianista que consegue convencer Louis a desenvolver o seu estilo e a afastar-se de Oliver. Consegue que ele toque música clássica na Igreja e faça solos sem a banda. Lil consegue que Oliver melhore os salários, pois este ficava com valores que deviam ser distribuídos pela banda. Em 1924 a banda desfez-se e Louis é convidado a ir para Nova York tocar na Fletcher Henderson Orchestra, um grupo afro-americano de grande sucesso. Rapidamente se adapta ao estilo da orquestra e desenvolve a sua sensabilidade. Em Nova York faz algumas gravações com a banda William Blue Five e acompanha Bessie Smith e outros grandes nomes.
Em 1925 volta a Chicago porque a mulher queria que ele progredisse. Louis admitiu que a orquestra Henderson era muito limitada. Aí começa a gravar com os seus Hot Five e Hot Seven músicas como "Potato Head Blues", "West End Blues" ou "Muggles" (referência à Marijuana que sempre fumou). Os músicos são Kid Ory (trombone), Johnny Dodds (clarinete), Johnny St. Cyr (banjo) e Lil, a mulher (piano). Cyr dizia que com Louis todos gostavam de tocar e ele fazia sobresair o valor de cada músico. Aqui começam as grandes influências que a História do Jazz hoje classifica. O seu estilo está lançado, grava com a "Erskine Tate's Little Symphony que tocavam para filmes mudos e onde desenvolve os sons jazzísticos mais avançados. Separa-se de Lil e vai tocar para o café Sunset. Depois vai para a Carrol Dickerson Orchestra com Earl Hines no piano. O nome da orquestra muda para Louis Armstrong Stompe e dirige pela primeira vez uma orquestra. Em 1929 volta a Nova York, toca com a Hot Chocolate Orquestra grava "Stardust" um dos seus maiores sucessos.
A grande depressão de 1929/30, destrói tudo, orquestras acabam, músicos dedicam-se a outras profissões. Sydney Beckett (que virá a ser o grande compositor de "Petite Fleur) passa a ser alfaiate e mais tarde parte para Paris. Kid Ory volta a Nova Orleans e vai criar galinhas. Louis foi para Los Angeles e consegue tocar no New Cotton Club. Em 1931 entra num filme. Viajou por todo o País e em Dezembro voltou a Chicago onde toca com diversoa grupos. Em Março de 1934 volta a Nova Orleans e é recebido como um ídolo. Patrocina uma equipe de Basebol e uma fábrica de cigarros dá o seu nome a um tipo de cigarros. Mas o País continua em depressão. Vira-se para a Europa.
Em 1936 já está de volta. Particpa em filmes e vários programas de Rádio Em 38 divorcia-se de Lil de quem já se havia separado 10 anos antes. Casa com Alpha. Faz várias digressões pelo País e em 1943 fixa-se em Nova York no bairro de Queens. Já se tinha separado de Alpha e agora casa-se coim Lucille. Os anos 40 e 50 e 60 foram passados em grandes exibições com várias bandas, no crescimento do Jazz com cada vez mais experts e sempre acarinhando-os. Entrou em vários filmes. Formou os All Stars, banda só com estrelas, Earl "Fatha" Hines (piano), Cozy Cole (bateria), Edmond Wail (clarinete), Arvel Shaw (contrabaixo), Big Sid Catllet (bateria), Bily Kyle (piano), Edy Shu (sax e voz ), Trummy Young (trombone),Danny Barcelona (percurssão), e muitos mais. Em Fevereiro de 1949 a Revista Time chama-lhe o rei e faz a sua capa. Em Janeiro de 50 estava em Monte Carlo e ouve "C'Est Ci Bon". Apaixona-se pela música e grava-a em inglês. Nos anos 50 aparecem muitos bns músicos de Jazz como Charlie Parker, Miles Davis ou Sonny Rollins. Dizem que a sua música é de entretenimento e estilo de músico vaudeville. Aparece o termo Be Bop. Na Austrália em 54 quando lhe pedem que toque Be Bop ele diz que não sabe o que isso é. Ele toca música. Quem toca isso deve passear-se pelas ruas com os instrumentos debaixo do braço. Em 59 num Tour por Itália sofre um ataque de coração e é obrigado a descansar vários meses- Nos anos 50 e 60 Satchmo dava cerca de 300 espectáculos por ano.
Em 1964 bate o recorde do artista com mais idade a chegar ao Top da Billboard destronando os Beatles (que há 14 semanas estavam no Top) com "Hello Dolly" de Jerry Herman, (o original tinha sido cantado por Carol Channing). Em 67 grava "What a Wonderful World" que volta a ser um êxito mundial. Em 68 foi ao Festival de Sanremo com "Mi Va de Cantaro". Foi criticado pelos movimentos cívicos negros por não ter dado apoio directo aos protestos, mas ele apoiava Martin Luther King e ajudava os negros contra o racismo. O seu último álbum é de 68, "Disney Songs The Satchmo Way". Louis Armstrong morreu a 6 de Janeiro de 1971 em sua casa vítima de ataque cardíaco. O seu último solo fora quase um ano antes na sala imperial do Hotel Waldorf-Astoria. Dizia que apesar de tudo tinha tido uma vida feliz, teve o seu trompete, uma família, uma vida linda e por isso sentia-se completo. A sua casa permaneceu igual e em 2003 ali se abriu o Louis Armstrong House Museum.
Em 1964 bate o recorde do artista com mais idade a chegar ao Top da Billboard destronando os Beatles (que há 14 semanas estavam no Top) com "Hello Dolly" de Jerry Herman, (o original tinha sido cantado por Carol Channing). Em 67 grava "What a Wonderful World" que volta a ser um êxito mundial. Em 68 foi ao Festival de Sanremo com "Mi Va de Cantaro". Foi criticado pelos movimentos cívicos negros por não ter dado apoio directo aos protestos, mas ele apoiava Martin Luther King e ajudava os negros contra o racismo. O seu último álbum é de 68, "Disney Songs The Satchmo Way". Louis Armstrong morreu a 6 de Janeiro de 1971 em sua casa vítima de ataque cardíaco. O seu último solo fora quase um ano antes na sala imperial do Hotel Waldorf-Astoria. Dizia que apesar de tudo tinha tido uma vida feliz, teve o seu trompete, uma família, uma vida linda e por isso sentia-se completo. A sua casa permaneceu igual e em 2003 ali se abriu o Louis Armstrong House Museum.
Os Ten Years After foram um grupo inglês de Rock/Blues renomeado em 1966 pela mão de Alvin Lee, um excelente guitarrista, fã de Elvis que aparecera dez anos antes. Mas a história do grupo nao começa aqui.
No início dos nos 60 Ivan Jay em Notthingam forma os Ivan Jay and the Jaybirds que em 62 passam a Ivan Jay and the Jaymen, Alvin Lee e Leo Lyons. Em 1965 junta-se Ric Lee que substituiu Dave Quickmire. Em 1966 mudam-se para Londres para apoiar o grupo vocal Ivy League. Entra para o grupo Chick Churchill. Ainda em 66 mudam o nome para Blues Trip para apoiarem os Bongo Dog Doh-Dah Band. Entretanto Jay (Ivan Joseph Harrison,1944-2009) sai e o nome muda para Ten Years After.
Começam por tocar no Marquee. Em 67 vão ao Windsor Jazz Festival e um responsável da Deram (uma etiqueta da Decca) resolve contratá-los (o que acontecia pela primeira vez, pois normalmente só contratavam grupos que já tivessem editado um disco). Ainda em 67 editam o seu primeiro ábum "Ten Years After". O grupo era então formado por Alvin Lee, guitarra (1944-2013), Leo Lyons, baixo (1944), Ric Lee, bateria (1945) e Chick Churchill, teclas (1949). O álbum não tem sucesso. Mesmo assim fazem uma digressão pelos países escandinávios e pelos Estados Unidos. Em 68 editam o 2º álbum ao vivo "Undead". "I'm Going Home" um blue de 6 min. que atinge os Tops nos Estados Unidos e no Reino unido. Em 69 lançam o álbum "Stonehendge" que chega ao Top 10 britânico. "Here me Calling" é uma das canções do álbum que sai em single (e que Slade fará um cover em 1972). Em Julho vão a Newport Jazz Festival e em Agosto são um dos grupos que tocam em Woodstock e aí "I'm Going Home" vai ter mais de 9 minutos. Aqui atingem o estrelato das Big Bands. Ainda em 69 lançam o álbum "Ssssh" que vai a 4º no Top do Reino Unido.
No início dos nos 60 Ivan Jay em Notthingam forma os Ivan Jay and the Jaybirds que em 62 passam a Ivan Jay and the Jaymen, Alvin Lee e Leo Lyons. Em 1965 junta-se Ric Lee que substituiu Dave Quickmire. Em 1966 mudam-se para Londres para apoiar o grupo vocal Ivy League. Entra para o grupo Chick Churchill. Ainda em 66 mudam o nome para Blues Trip para apoiarem os Bongo Dog Doh-Dah Band. Entretanto Jay (Ivan Joseph Harrison,1944-2009) sai e o nome muda para Ten Years After.
Começam por tocar no Marquee. Em 67 vão ao Windsor Jazz Festival e um responsável da Deram (uma etiqueta da Decca) resolve contratá-los (o que acontecia pela primeira vez, pois normalmente só contratavam grupos que já tivessem editado um disco). Ainda em 67 editam o seu primeiro ábum "Ten Years After". O grupo era então formado por Alvin Lee, guitarra (1944-2013), Leo Lyons, baixo (1944), Ric Lee, bateria (1945) e Chick Churchill, teclas (1949). O álbum não tem sucesso. Mesmo assim fazem uma digressão pelos países escandinávios e pelos Estados Unidos. Em 68 editam o 2º álbum ao vivo "Undead". "I'm Going Home" um blue de 6 min. que atinge os Tops nos Estados Unidos e no Reino unido. Em 69 lançam o álbum "Stonehendge" que chega ao Top 10 britânico. "Here me Calling" é uma das canções do álbum que sai em single (e que Slade fará um cover em 1972). Em Julho vão a Newport Jazz Festival e em Agosto são um dos grupos que tocam em Woodstock e aí "I'm Going Home" vai ter mais de 9 minutos. Aqui atingem o estrelato das Big Bands. Ainda em 69 lançam o álbum "Ssssh" que vai a 4º no Top do Reino Unido.
Em 1970 lançam o álbum "Cricklewood Green" que atingeo 4º posto no Top de álbuns. Daí sai o single "Love Like a Man" que os leva ao 10º lugar do Top do Reino Unido em Junho de 70. Em Agosto tocam no Festival da lha de Wight. Ainda gravam mais um álbum com a Decca, "Watt", antes de se mudarem para a Columbia Records. Em 71 gravam o álbum "A Space In Time" com um estilo mais pop e conseguem um disco de ouro. A canção extraída para single apenas atinge o Top 40 nos Estados Unidos, é "I'd Love To Change The World". Em 1973 gravam o álbum "Positive Vibrations" mas terminam antes da sua saída que só acontece em 74. Alvin não aceitava o rumo que a música estava a levar.
Reunem-se em 1983 para tocarem no Reading Festival e a actuação foi gravada e deu origem ao CD "The Friday Rock Show Sessions". Voltam a reunir-se em 1988 e fazem um Tour pela Europa e voltam a gravar um álbum, "About Time" em 89 antes de terminarem. Em 2003 Ric Lee preparava um catálogo do grupo quando descobriu as fitas magnéticas do Festival de Filmore em 1970. Aproxima-se de Alvin e propôe-lhe voltarem a reunir a banda. Alvin rejeita mas o resto do grupo concorda. Chamam o guitarrista Joe Gooch. Decidem fazer um Tour com o novo material e dar a volta ao mundo. Em 2004 sai o álbum "Now", um duplo CD ao vivo. Em 2005 sai o álbum "Roadworks". Entretanto em 2010 Leo Lyons e Joe Gooch entram num projecto paralelo formando os "Hundred Seventy Split" um trio de Blues/Rock de alta energia. Gravam vários álbuns que atingem excelentes lugares nos Tops. Como o projecto foi crescendo e já não havia datas compatíveis , em 2013 têm de deixar os Ten Years After. Hoje continuam em grande.
Alvin Lee morre a 6 de Março de 2013 em Espanha na sequência de uma intervenção cirúrgica. Os Ten Years After continuam em digressões e têm de admitir dois novos elementos, Marcus Bonfanti, guitarra e voz e Colin Hodekinson, baixo que substituiram Joe e Leo.
Em 2017 gravam o 1º álbum de estúdio, "A Sting In The Tale". Hoje continuam os seus Tour com espectáculos sempre muito concorridos.
ALVIN LEE
Nasceu Graham Anthony Barnes em Dezembro de 1944. Começou a tocar guitarra aos 13 anos. Foi influenciado pela colecção de discos de Jazz e Blues dos pais, mas foi o início do Rock que o entusiasmou. Chamavam-lhe o guitarrista mais rápido do Oeste. Em 73 após deixar os Ten Years After porque a editora queria que seguissem uma linha mais Pop ele junta-se a George Harrison Mylon Lefebre, Steve Winwood, Ronnie Wood e Mick Fleetwood e gravam o álbum "On The Road To Freedom". |
O álbum foi muito aplaudido pela crítica. Ainda em 73 colabora no álbum de Jerry Lee Lewis. "The Session" gravado em Londres com músicos como Albert Lee, Peter Framptom e Rory Gallacher. Em 1974 forma o grupo Alvin & Company para tocarem no Rainbow de Londres e realiza o duplo álbum ao vivo "In Flight". Gravam ainda os álbuns "Pump Iron" e "Let It Rock". Em 75 toca em canções de Bo Didley para o álbum "The 20th Anniversary of Rock and Roll". No final dos anos 70 grava álbum "Ten Years Later" bem como "Rocket Full" em 78 e "Ride On" em 79. Depois faz um "Tour" por toda a Europa e Estados Unidos. Em 1980 segue noutra direcção em dois albuns co Steve Could dos Rare Bird´s, John Mayall e Mick Taylor dos Rolling Stones. Em 1987 volta a gravar, desta vez nos Estados Unidos o álbum "Detroit Diesel" e em 89 "About Time" gravado em Menphis, ambos com o produtor Terry Manning e em 90 "Zoom" e "Nineteen Four" que nos Estados Unidos teve o nome de "Hear You Rockin'" com artistas convidados como George Harrison. Em 2004 gravou "In Teennessee". O seu último álbum foi em 2012 "Still In The Road To Freedom". Alvin gravou mais de 20 álbuns.
A 6 de Março em Marella, Espanha após uma operação para corrigir uma arritmia aterial, complicações pós operatórias levaram-no à morte.
A 6 de Março em Marella, Espanha após uma operação para corrigir uma arritmia aterial, complicações pós operatórias levaram-no à morte.
Falámos de Wilson Pickett na nossa página nº 61 por ocasião da sua ida ao Festival de San Remo em 1969 e apenas colocámos a canção que aí defendeu.
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O seu sucesso faz com Wexler diga à Atlantic para o contratar à Double L. Nomeiam-lhe um produtor e compositores mas o disco em dueto com a cantora Tami Lynn "Come Home Baby" falha o Top. Em 1965 compôe "In The Midnight Hour" que grava nos estúdios da Stax Records para a Atlantic. O disco atinge o 1º lugar do Top R&B, chega a 21º no Top 100 da Billboard e 12º no Reino Unido. Vende mais de 1 milhão de discos e é disco de ouro. Os músicos que o tucaram em estúdio foram Steve Cropper e Al Jackson, músicos de estúdio da Stax e ainda Donald "Duck" Dunn e Booker T. Jones. Estes músicos formam depois os Booker T. and M.G.'s. A voz foi colocada depois. Ainda na Stax, grava "Don't Fight It" acompanhado por Isaac Hayes. tinge o 4º no R&B. Depois grava "634-5789" e atinge o 1º no R&B e o 13º no Hot 100. Todas estas canções eram de Pickett e Eddie Floyd ou Steve Cropper.
Em 1966 vai para os Fame Studios em Alabama e gravam "Land of a 1000 Dances" que vai atingir o 1º no R&B e o 6º no Top 100. Vende um milhão de cópias e é disco de ouro. Consegue mais dois Hits com "Mustang Sally" e "Funky Broadway". Em 67 e 68 grava vários singles ,alguns deles assinados por Wormack. Depois faz um cover de "Stagger Lee". Grava "Hey Jude" dos Beatles (16º no Top) e "Hey Joe" de Jimmy Hendrix. Em 69 "You Keep Me Hanging On" das Supremes e "Sugar Sugar" dos Archies e um original seu "She Said Yes". Em 70 grava o álbum "Wilson Pickett in Philadelphia" e edita os singles "Engine nº9" e "Don't Let The Green Grass Fool You". Vende mais de 1 milhão e em 71 lança "Don't Knock My Love. PT1" que atinge o 1º do R&B vendendo outro milhão. Em 71 ainda grava mais dois singles- Em 72 os resultados nos Tops vão descebdo e ele deixa a Atlantic. Porém com outras editoras não vai conseguindo melhores resultados e depois de 74 nem entra nos Tops. Pickett foi gravando sempre, mais esporádicamente à medida que os anos iam passando e fazendo Tour e espectáculos. Em 1991 tem um problema de trânsito em que fere um peão por estar alcoolizado. Resolve o problema com um concerto de beneficência. Mas depois bate na namorada. Depois em 93 atropela um peão de 86 anos que acaba por morrer. Fica preso. Apesar dos seus problemas é distinguido em 1993 pela Rhythm and Blues Foundation.
Muitas das suas canções foram gravadas por grandes nomes como os Led Zeppellin, Rolling Stones, Grateful Dead, Aerosmith, Genesis, Creedence Clearwater Revival, Booker T and MGs, Los Lobos, Bruce Springteen, Blues Brother e muitos outros. Durante o tempo da sua prisão recebeu muitas homenagens e prémios. Depois de liberto colaborou no flme Blues Brother 2000 feito em 1998.
Até 2004 deu imensos espectáculos até a saúde o limitar. Ainda quis voltar às raízes e tencionava gravar um disco Gospel mas a saúde já não o permitiu. Morreu de ataque cardíaco a 19 de Janeiro de 2006 na Vírgia, Estados Unidos.
Até 2004 deu imensos espectáculos até a saúde o limitar. Ainda quis voltar às raízes e tencionava gravar um disco Gospel mas a saúde já não o permitiu. Morreu de ataque cardíaco a 19 de Janeiro de 2006 na Vírgia, Estados Unidos.
Georges Lisabeth se seu verdadeiro nome nasceu em Bruges na Bélgica a 25 de Dezembro de 1943. Joe veio a falecer a 1 de Junho de 2003. O pai tinha um pequeno super mercado e um café. No café havia uma Jukebox com os êxitos americanos mais recentes. Joske, como lhe chamavam, passava o tempo a ouvir música. Ele também gostava de música clássica que ouvia em casa. A aria "La Dona é Mobile" era das suas favoritas. Ele queria ser cantor e o pai era seu fã. Levava-o a concursos para jovens antores. Aos 12 anos (1955) grava um 78 RPM, "My Mother Is An Angel". Cantava várias vezes em Hakendover com a orquestra da terra. Um dia a orquestra ficou sem cantor e convidaram-no. Passou a ser o cantor oficial. Ia e vinha de comboio desde a sua terra. A família resolveu mudar-se para Hakendover. O pai vendeu o mercadito e o café e partiu. Na nova cidade montou uma unidade de produção de gallnhas. Levou a sua adolescência cantando com a orquestra. Entra no serviço militar e é nesta fase que seu pai morre de ataque cardíaco. Vê-se perante a situação de continuar o negócio do pai ou insistir na sua carreira. É o que faz. Em 1963 grava um disco com a orquestra His Music Makers. A partir de 1965. ele que até aqui tinha sido sempre um self made man trabalha com o produtor Louis Van Rijmenant e passa a chamar-se Joske Harris.
Em 68 arranja um novo conjunto a que chama Pink Umbrellas e passa a chamar-se Joe Harris. Ele é o primeiro artista flamengo a ter o mesmo estatuto dos conjuntos britânicos tipo Searchers ou Gerry and The Pacemakers. Um dos seus primeiros Hits é "Cara Mia" que ele ouvira dos Jay and The Americans. |
Representou a Bélgica em vários Festivais, com o de Spliz e Sopot em 1969 e ainda com Rita Deneve e os Wallace Collection no Festival "Singing Europe 69" em Scheveningen. É nesta época que está no auge. Em Agosto de 70 estávamos a dar-lhe relevo. Em 71 entra no Festival Canzoníssima, onde é escolhida a canção belga para o Festival da Eurovisão e fica em 4º com "Alles Become Orange". Também em 71 entra no Festival Knokke Cup, no Knokke Casino terminando em 2º. Joe cantava só em inglês. O produtor Bart Van Der Lear é quem o convence a cantar em Flamengo. A primeira canção que grava é o sucesso dos Middle of The Road "Chirpy Chirpy Cheep Cheep" que ele tinha trazido de Itália. Sai no mercado belga antes do original e atinge o 5º posto no BRT Top Thirty (o Hit belga) em Março. Os Middle of the Road vão atingir o 1º lugar em Outubro. Para o mercado alemão grava "Erst Seh'n" e para o mercado françês "Un African À Paris" mas sem grande sucesso. Em Abril de 72 chega à 4ª posição do BRT com "You". Também alcança o 4º lugar com "Jessamina" em 73. Em 74 vai a 3º com "Sing Sing Violetta", depois ouve a canção de Udo Jurgens (OP nº ) "Griesischen Wein" e resolve gravá-la em flamengo. Consegue estar em 1º durante 7 semanas. Em 3 meses consegue vender mais de 130 mil exemplares e vence um disco de ouro. O disco também esteve no Hit holandês e no BRT Top 30.
Junto com Mike Verdrengh funda a agência King e torna-se num dos artistas flamengos mais populares. Em 1976 grava "Maria Magdalena" que vai ao Top e em 77 "Rio Blanco" vai atingir o topo em Abril. Em 79 graças ao seu amigo Johnny Hoes, especialista em escolher covers grava "Perdona Me" e no mesmo ano outro Hit, "I Want To Be a Botton In Your Blouse". Quando o cantor alemão Roland Kaiser vai à Flandres e canta "Santa Maria" que logo atinge o 1º lugar no Top, Joe não hesita e grava a canção em holandês com versão de Johnny Hoes. A 14 de Dezembro de 1980 celebra 25 anos de carreira no Centro Cultural de Hassett. Sabendo que os seus fans são já da 2ª e 3ª idades decide comprar um bar, a "T Seyenhof", uma taberna que explora até à falência em 1992. Em 84 Joe casa com a cantora Chrissy (Christel Decraef) que já tinha feito coros em gravações suas desde 79. Juntos chegam a gravar vários discos como "Blue Haway" em 85 e "Love is The Most Beautiful" em 87. Em 1993 lança um cover de "Butterfly" de Daniel Gerard.
Joe divorcia-se de Chrissy e começa um relacionamento com Linda Verhaeghen, uma fã desde 1968 quando tinha 15 anos e Joe estava com os Pink Umbrellas. Era uma fã muito fiel e seguia-o para todo o lado. Quando ele está em baixo após o relacionamento falhado, ela consola-o. Finalmente, 26 anos depois, o seu sonho torna-se realidade. Ele é o seu primeiro marido e ela a segunda esposa. Joe tem 51 e ela 44. Quando vivem o melhor do relacionamento, num check-up de rotina em 1999 é-lhe diagnosticado um tumor no esófago. Depois de uma difícil luta e uma operação, Joe volta a ter coragem de actuar. Vai fazê-lo para seniores e em lares. Está animado e diz que vai fazê-lo até aos 65 anos. Ainda faz cerca de 100 actuações por ano.
Muitos ficam surpreendidos quando sabem da sua morte, aparentemente sem se saber a causa. Nos jornais vem a notícia de que domingo dia 1 de Junho de 2003 a polícia encontrou pelas 19h o seu corpo no Ghent-Ostend, um canal perto de Bruges. Suspeita-se que Joe aos 59 anos tenha cometido suicídio. Era conhecido como um bom vivant e uma excelente pessoa. Em 2003 na 4ª edição do "Hall Of Fame" no Concertgebouw de Bruges prestam-lhe uma homenagem.
Em Março de 2009 foi editado um CD com os seus 18 maiores êxitos, "See And Believe First". Em 2010 a editora Telstar ança um duplo CD "His Biggest Hits" com 40 canões.
Em Maio de 2017 no "C C Casthuiskapel" em Aarschot no "Golden Life Time Award" (os Grammy da canção flamenga) foi-lhe atribuído o prémio de carreira a título póstumo. Linda e a filha foram recebê-lo.
Muitos ficam surpreendidos quando sabem da sua morte, aparentemente sem se saber a causa. Nos jornais vem a notícia de que domingo dia 1 de Junho de 2003 a polícia encontrou pelas 19h o seu corpo no Ghent-Ostend, um canal perto de Bruges. Suspeita-se que Joe aos 59 anos tenha cometido suicídio. Era conhecido como um bom vivant e uma excelente pessoa. Em 2003 na 4ª edição do "Hall Of Fame" no Concertgebouw de Bruges prestam-lhe uma homenagem.
Em Março de 2009 foi editado um CD com os seus 18 maiores êxitos, "See And Believe First". Em 2010 a editora Telstar ança um duplo CD "His Biggest Hits" com 40 canões.
Em Maio de 2017 no "C C Casthuiskapel" em Aarschot no "Golden Life Time Award" (os Grammy da canção flamenga) foi-lhe atribuído o prémio de carreira a título póstumo. Linda e a filha foram recebê-lo.
Aqui apresentávamos a foto que tirámos com todos os componentes da banda que visitára Lourenço Marques. A foto é de Ricardo Rangel um grande fotógrafo do Jornal Notícias destacado para o evento
A "GET BACK RADIO" é a primeira Rádio mundial a tocar todos os êxitos dos anos 50, 60 e 70, que entraram nos Hit-Parades de Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Brasil, França, Itália, África do Sul, Espanha, Austrália, Canadá, Alemanha, Holanda, Bélgica e Moçambique ("Onda Pop" e "LM Radio", a célebre Estação "B" do Rádio Clube de Moçambique).
Nesta primeira fase até final de Setembro estará à experiência, com cerca de 1000 músicas diferentes a irem para o Ar todas as semanas, mas a partir de Outubro serão mais de 3.000 músicas diferentes, o que significa que não será repetida qualquer música semanalmente, e cada 3 horas de emissão será uma mescla de cerca de 10 a 12 músicas portuguesas, 4 brasileiras, 6 a 8 latinas (em língua francesa, italiana ou espanhola) e, em inglês, serão 30 a 32 sucessos dos Fifties, Sixties ou Seventies e 2 êxitos sul-africanos da "LM Radio" ou da "Springbok", para além 1 ou 2 músicas de artistas e conjuntos moçambicanos dessas épocas.
Chamamos a atenção para o facto de que 2 a 3 vezes por hora, ouvirão uns intermezzos musicais de cerca de 1 minuto ("jamendo"), que na versão final serão os espaços temporais para os blocos publicitários.
A "GET BACK RADIO" pretende também reavivar e dar a conhecer ao mundo a música portuguesa dos anos 50, 60 e 70, como o já tinha feito na sua primeira versão internauta, em que mereceu as melhores opiniões e críticas de ouvintes tão díspares, como finlandeses, sul-coreanos, israelitas, eslovacos, americanos ou holandeses, entre tantos outros, que desconheciam a nossa música e artistas.
A "GET BACK RADIO", a partir de Outubro, apresentará todos os sábados e domingos, duas vezes por dia, os sucessos semanais da "Parada da Onda Pop" de 31 de Agosto de 1968 até 18 de Abril de 1971, bem como o Top 20 da "LM RADIO", que só é possível reproduzir devido à carolice e amor pela música pop/rock do nosso popista João Pedro Gouveia que, desde 1965 e até 1970, apontava semanalmente em cadernos e blocos todos os sucessos que desfilavam no "LM Hit-Parade", aos domingos das 20h30m às 21h30m, tal como quase todos nós que também ouvíamos, em Moçambique, na África do Sul, na Suazilândia, no Malawi ou no Zimbabwe (então Rodésia do Sul), essa que foi considerada a 3ª melhor estação de Rádio do mundo, bem como o seu conceituado hit-parade, que amiúde aparecia explanado no mais famoso jornal americano de música - "Billboard".
Gostaríamos sempre de receber as vossas sugestões, comentários ou críticas sobre a nossa programação, principalmente, nesta fase experimental, pelo que solicitamos que enviem as vossas opiniões para o email da "Onda Pop" e nos ajudem a melhorar aquela que pretende ser a Vossa Rádio.
A "GET BACK RADIO" apresenta as belas memórias musicais, que servirão para vos acompanhar num futuro feliz, por isso entre nos links abaixo, para nos ouvir on-line ou, no site, carregue no botão "Listen to this Radio in your media player" e ouçam a "GET BACK RADIO", através do vosso leitor musical já instalado ("windows media player", "VLC media player", "winamp", etc) nos vossos computadores, ou nos vossos ipads ou tablets ou mesmo nos vossos iphones ou telefones portáteis, sempre que vos apetecer estar acompanhados pela óptima música dos anos de ouro.
Liguem agora a "GET BACK RADIO" através dos links abaixo e divirtam-se, revivendo os bons e eternos temas musicais, que vos apresentamos:
Nesta primeira fase até final de Setembro estará à experiência, com cerca de 1000 músicas diferentes a irem para o Ar todas as semanas, mas a partir de Outubro serão mais de 3.000 músicas diferentes, o que significa que não será repetida qualquer música semanalmente, e cada 3 horas de emissão será uma mescla de cerca de 10 a 12 músicas portuguesas, 4 brasileiras, 6 a 8 latinas (em língua francesa, italiana ou espanhola) e, em inglês, serão 30 a 32 sucessos dos Fifties, Sixties ou Seventies e 2 êxitos sul-africanos da "LM Radio" ou da "Springbok", para além 1 ou 2 músicas de artistas e conjuntos moçambicanos dessas épocas.
Chamamos a atenção para o facto de que 2 a 3 vezes por hora, ouvirão uns intermezzos musicais de cerca de 1 minuto ("jamendo"), que na versão final serão os espaços temporais para os blocos publicitários.
A "GET BACK RADIO" pretende também reavivar e dar a conhecer ao mundo a música portuguesa dos anos 50, 60 e 70, como o já tinha feito na sua primeira versão internauta, em que mereceu as melhores opiniões e críticas de ouvintes tão díspares, como finlandeses, sul-coreanos, israelitas, eslovacos, americanos ou holandeses, entre tantos outros, que desconheciam a nossa música e artistas.
A "GET BACK RADIO", a partir de Outubro, apresentará todos os sábados e domingos, duas vezes por dia, os sucessos semanais da "Parada da Onda Pop" de 31 de Agosto de 1968 até 18 de Abril de 1971, bem como o Top 20 da "LM RADIO", que só é possível reproduzir devido à carolice e amor pela música pop/rock do nosso popista João Pedro Gouveia que, desde 1965 e até 1970, apontava semanalmente em cadernos e blocos todos os sucessos que desfilavam no "LM Hit-Parade", aos domingos das 20h30m às 21h30m, tal como quase todos nós que também ouvíamos, em Moçambique, na África do Sul, na Suazilândia, no Malawi ou no Zimbabwe (então Rodésia do Sul), essa que foi considerada a 3ª melhor estação de Rádio do mundo, bem como o seu conceituado hit-parade, que amiúde aparecia explanado no mais famoso jornal americano de música - "Billboard".
Gostaríamos sempre de receber as vossas sugestões, comentários ou críticas sobre a nossa programação, principalmente, nesta fase experimental, pelo que solicitamos que enviem as vossas opiniões para o email da "Onda Pop" e nos ajudem a melhorar aquela que pretende ser a Vossa Rádio.
A "GET BACK RADIO" apresenta as belas memórias musicais, que servirão para vos acompanhar num futuro feliz, por isso entre nos links abaixo, para nos ouvir on-line ou, no site, carregue no botão "Listen to this Radio in your media player" e ouçam a "GET BACK RADIO", através do vosso leitor musical já instalado ("windows media player", "VLC media player", "winamp", etc) nos vossos computadores, ou nos vossos ipads ou tablets ou mesmo nos vossos iphones ou telefones portáteis, sempre que vos apetecer estar acompanhados pela óptima música dos anos de ouro.
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GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Os Blue Image foram uma grande banda psicadélica que nunca conseguiu grande reconhecimento. Formados em Tampa na Flórida, Estados Unidos no ano de 1966. O seu lider Mike Pinera vivia modestamente perto da sala onde se davam os grandes concertos em Tampa onde ele conseguia ouvir Elvis Presley ou James Brown. Pinera nascera em 1948 e aos 18 anos era um bom solista de guitarra e com Manuel "Manny" Bertematti na bateria, Joe Lala como voz e percurssão, Emílio Garcia nas teclas e Malcolm Jones no baixo forma os Blue Image. Em 67 Garcia sai para seguir a profissão de piloto e entra Frank "Skip" Konte. Em 68 mudam-se para Miami e ajudam uns investidores a montarem a sala de concertos Three Image. A maioria das vezes são eles a abrir os concertos das grandes estrelas como, Jimi Hendrix, Doors ou Grateful Dead. Em 69 mudam-se para Los Angeles onde os patrões vão abrir um novo Three Image. Aí lançam o 1º álbum "Open" que inclui "Ride Capitain Ride". Esta canção foi composta por Pinera e Konte baseada no número de teclas do Piano Rhodes de Pinera, 73 (73 men sailed up from the San Francisco Bay) foi o mote para desenvolver o tema. A canção é depois lançada em single e alcança a 4ª posição do Top e é disco de ouro. No entanto e como muito jovem tinham feito maus negócios tanto com a Three Image como a editora e não conseguem ganhar dinheiro comeando a haver grandes desentendimentos. Sendo excelentes músicos, Pinera recebe um convite irrecusável dos Iron Butterfly que tinham perdido o viola solo. O grupo não lhe perdoa e substitui-o pelo cantor Denny Corell e o guitarrista Kent Henry.Ainda em 70 gravam o álbum "Red White & Blue Images", mas o grupo termina antes do disco sair.
Lala vai trabalhar com os CSN&Y, Manassas com os Bee Gees e Whitney Houstan. O baixista Jones desenvolve a Gold Hill Music e vai acabar por publicar quase todo o trabalho de Stephen Stills. Konte torna-se produtor de música gospel e Bertematti torna-se um executivo da Texaco.
Pinera irá depois trabalhar com Alice Cooper e depois seguir uma carreira a solo, sempre com a ideia de juntar os Blue Image. Lala aceita a ideia e ainda trabalha com ele, mas morre de cancro em 2014. Pinera fica abalado mas ainda tem esperança que os outros o contactem. Pinera diz que os fãs continuam a pedir-lhe para tocar não só "Ride Capitain Ride" mas muitas outras canções que eram tão boas ou melhores.
Lala vai trabalhar com os CSN&Y, Manassas com os Bee Gees e Whitney Houstan. O baixista Jones desenvolve a Gold Hill Music e vai acabar por publicar quase todo o trabalho de Stephen Stills. Konte torna-se produtor de música gospel e Bertematti torna-se um executivo da Texaco.
Pinera irá depois trabalhar com Alice Cooper e depois seguir uma carreira a solo, sempre com a ideia de juntar os Blue Image. Lala aceita a ideia e ainda trabalha com ele, mas morre de cancro em 2014. Pinera fica abalado mas ainda tem esperança que os outros o contactem. Pinera diz que os fãs continuam a pedir-lhe para tocar não só "Ride Capitain Ride" mas muitas outras canções que eram tão boas ou melhores.