FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar as notícias de "Falando de Novos Discos" com as capas dos discos que mencionamos e que, conforme vos dissémos, raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar as notícias de "Falando de Novos Discos" com as capas dos discos que mencionamos e que, conforme vos dissémos, raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
O QUE VAI PELO PALCO
A rúbrica "O Que Vai Pelo Palco" merece hoje especial atenção porque estavam em digressão na África do Sul dois artistas menos conhecidos do grande público, mas de qualidade insofismável, que resolvemos relembrar.
A rúbrica "O Que Vai Pelo Palco" merece hoje especial atenção porque estavam em digressão na África do Sul dois artistas menos conhecidos do grande público, mas de qualidade insofismável, que resolvemos relembrar.
LANA CANTRELL Lana Eleanor Cantrell, nasceu a 7 de Agosto de 1943 em Sydney. Filha de um músico de Jazz, esta australiana começa a cantar por volta dos dez anos. Aos 15 já percorre as ruas de Sydney a cantar. Com a idade de 18 anos é já estrela da Televisão e, como queria ser actriz, aos 19 embarca para os Estados Unidos para seguir atrás dos seus sonhos. Começa a gravar em 1967 e em 68 grava dois albuns, "ACT III" e um outro com o seu nome como título "LANA". É nomeada para um Grammy. Lana tem 7 albuns gravados, é formada em Direito e em 2003 é lhe atribuído o grau de Membro da Ordem da Austrália por serviços prestados no âmbito da indústria de entretenimento. Do seu LP "LANA" poderemos escutar uma excelente versão de "A FOOL ON THE HILL" de Lennon e McCartney. |
THE SQUARE SET Os "SQUARE SET" foram uma excelente banda sul-africana que iniciou a sua actividade em 1967. Neville Whitmill o leader da banda e vocalista era também compositor. Depois de várias saídas e entradas acaba por entrar John E. Sharpe também um elemento que se virá a destacar na música sul africana. Ainda em 67 gravam duas excelentes canções - "Silence Is Golden" (não confundir com o êxito do mesmo nome dos "Tremeloes", também de 1967) e "Carol Corina". Em 1968 desfazem-se, mas pela mão de Neville voltam com uma nova formação em 1969 através de "That's What I Want", que é gravada em Londres. O New Musical Express tece-lhes uma excelente crítica e chega a comparar Neville com o vocalista dos Peddlers, Roy Phillips. O single chega a nº1 no Brasil, talvez por ter sido utilizado como tema de uma série televisiva brasileira. Gravaram 4 albuns e em 1972 terminaram. Fica "THAT'S WHAT I WANT" para vossa apreciação. |
DESTAQUE DA SEMANA
Entrevista com as Irmãs Muge
Entrevista com as Irmãs Muge
Pois é... são as Irmãs Muge em 1968, como cabeça de cartaz na festa de apresentação do conjunto H2O, ao lado do João Pedro Gouveia, que era o teclista desse conjunto e anfitrião da festa.
De 1968 a 2014 passou-se uma vida. Até 1972 as Irmãs Muge continuaram somando êxitos não só em Moçambique mas também na África do Sul, Suazilândia e Rodésia. Em final de 1970 gravam em Lisboa o seu único disco, por sinal um excelente EP com 4 lindas canções que ainda hoje são actuais e de muito agradável audição. Os arranjos foram de Pedro Osório e as canções são "Pastorela" de Luís Arriaga com poema de José Manuel Santos (que erradamente vem mencionada na contracapa, como sendo da autoria das Irmãs Muge), "Muianá" de Né Afonso (que também por lapso aparece mencionada como sendo um tema popular) e as outras duas "Menina dos Cabelos Loiros" e "Contraste" da autoria das Irmãs Muge.
De 1968 a 2014 passou-se uma vida. Até 1972 as Irmãs Muge continuaram somando êxitos não só em Moçambique mas também na África do Sul, Suazilândia e Rodésia. Em final de 1970 gravam em Lisboa o seu único disco, por sinal um excelente EP com 4 lindas canções que ainda hoje são actuais e de muito agradável audição. Os arranjos foram de Pedro Osório e as canções são "Pastorela" de Luís Arriaga com poema de José Manuel Santos (que erradamente vem mencionada na contracapa, como sendo da autoria das Irmãs Muge), "Muianá" de Né Afonso (que também por lapso aparece mencionada como sendo um tema popular) e as outras duas "Menina dos Cabelos Loiros" e "Contraste" da autoria das Irmãs Muge.
Entretanto com a entrada para o ensino superior, Amélia para História e Teresa para Contabilidade e Gestão, a regularidade de apresentações públicas começa a baixar. Amélia ainda acaba de lançar um single de título "Natal" da etiqueta LM Discos (sp 124) e já agora por curiosidade podemos dizer-vos que o logotipo foi desenhado pelo pop João Pedro. "Natal" é um poema do grande poeta Reinaldo Ferreira (filho do grande jornalista Repórter X com música de Teresa Muge, e que se, a Amélia o lançasse novamente, seria êxito certamente. Do lado B outra canção lindíssima também de nome "Natal" da autoria do moçambicano Raul Baza que acompanha Amélia com o seu conjunto e coros.
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Em Setembro de 1973, Teresa vem para Lisboa estudar Educação de Infância, mas a paixão pela música nunca esteve ausente e, nas palavras de Teresa "Creio mesmo que o contrário seria impensável". No entanto, enquanto para a Teresa essa paixão continuou de forma mais privada, para a Amélia tornou-se mais pública e profissional. A Teresa dedicou-se profissionalmente à Educação de Infância e formação de professores e paralela e discretamente foi desenvolvendo projectos em áreas ligadas à educação. Assim também, nas suas palavras, "A música como instrumento de cultura e desenvolvimento pessoal e colectivo esteve presente ao longo de toda a minha vida em especial como educadora e formadora de professores".
Ela também esteve na formação do "Bando dos Gambuzinos" (hoje, uma Associação do Porto) e na gravação do respectivo LP. Também continua ligada ao grupo "à capela" MOÇOILAS que canta canções tradicionais (Serra do Caldeirão - Algarve e Alentejo) ao qual dedica o tempo possível há mais de 20 anos, criando ainda canções de inspiração na mesma linha, tentando o rigor profissional que o amadorismo deve ter. O grupo tem dois CDs que tiveram sempre a colaboração da Amélia e do seu braço direito, o Zé Martins. Continuando com as palavras da Teresa: "Foi sempre um trabalho apaixonante e que se impôs não só pela competência, irmandade e amizade, mas acima de tudo pela cumplicidade que se criou com o passar dos anos no trabalho com as comunidades do Algarve serrano".
Ela também esteve na formação do "Bando dos Gambuzinos" (hoje, uma Associação do Porto) e na gravação do respectivo LP. Também continua ligada ao grupo "à capela" MOÇOILAS que canta canções tradicionais (Serra do Caldeirão - Algarve e Alentejo) ao qual dedica o tempo possível há mais de 20 anos, criando ainda canções de inspiração na mesma linha, tentando o rigor profissional que o amadorismo deve ter. O grupo tem dois CDs que tiveram sempre a colaboração da Amélia e do seu braço direito, o Zé Martins. Continuando com as palavras da Teresa: "Foi sempre um trabalho apaixonante e que se impôs não só pela competência, irmandade e amizade, mas acima de tudo pela cumplicidade que se criou com o passar dos anos no trabalho com as comunidades do Algarve serrano".
Falem-nos das vossas perferências actuais, solicita a Onda Pop.
Diz a Teresa: "Imaginem um círculo. No centro estou eu, à minha volta gravitam vários géneros de música e diferentes músicos, compositores, instrumentistas, cantores... Alguns andam sempre junto a mim, Elis Regina, Zeca Afonso, Joni Mitchell, Maria Bethânia, Amália Rodrigues, Maria Callas, Sharon Jones e claro a Amélia. Outros orbitam mais perto ou mais longe conforme os contextos e então apetece-me ouvir Joan Baez, Chico Buarque, Caetano Veloso e por outro lado sigo atentamente o trabalho de Sérgio Godinho, José Mário Branco e Fausto... adquirindo os seus trabalhos e não faltando aos seus concertos, e não passo um dia sem ouvir um clássico. Também sou consumidora de música "jovem" ou seja aquela que resulta do estado de graça que é o possível de todas as juventudes. Penso que não há jovem que se preze que não se entregue com paixão e rebeldia e, simultaneamente que não busque as suas raízes para as conhecer, amar, respeitar e as transformar. Por muito estranhos e difíceis que sejam os tempos que estamos a passar há sempre gente muito atrevida, criativa , curiosa, muito trabalhadora e com muita vontade de aprender".
Os grupos "SOPA DE PEDRA" e "A PRESENÇA DAS FORMIGAS" são exemplo disso, que ajudamos a divulgar, com os "Sopa de Pedra" a interpretarem "Meu Tear" da autoria da Amélia Muge e "A Presença das Formigas" canta "Mas Que Ricas Orelhinhas" de Manuel Maio.
Diz a Teresa: "Imaginem um círculo. No centro estou eu, à minha volta gravitam vários géneros de música e diferentes músicos, compositores, instrumentistas, cantores... Alguns andam sempre junto a mim, Elis Regina, Zeca Afonso, Joni Mitchell, Maria Bethânia, Amália Rodrigues, Maria Callas, Sharon Jones e claro a Amélia. Outros orbitam mais perto ou mais longe conforme os contextos e então apetece-me ouvir Joan Baez, Chico Buarque, Caetano Veloso e por outro lado sigo atentamente o trabalho de Sérgio Godinho, José Mário Branco e Fausto... adquirindo os seus trabalhos e não faltando aos seus concertos, e não passo um dia sem ouvir um clássico. Também sou consumidora de música "jovem" ou seja aquela que resulta do estado de graça que é o possível de todas as juventudes. Penso que não há jovem que se preze que não se entregue com paixão e rebeldia e, simultaneamente que não busque as suas raízes para as conhecer, amar, respeitar e as transformar. Por muito estranhos e difíceis que sejam os tempos que estamos a passar há sempre gente muito atrevida, criativa , curiosa, muito trabalhadora e com muita vontade de aprender".
Os grupos "SOPA DE PEDRA" e "A PRESENÇA DAS FORMIGAS" são exemplo disso, que ajudamos a divulgar, com os "Sopa de Pedra" a interpretarem "Meu Tear" da autoria da Amélia Muge e "A Presença das Formigas" canta "Mas Que Ricas Orelhinhas" de Manuel Maio.
A cooperação entre as duas irmãs, nunca deixou de existir e como diz a Teresa, "Irmãs quase gémeas que somos creio que os caminhos diferentes que traçamos não alteraram as nossas semelhanças e diferenças fundamentais. Ou seja, a música é para uma, uma brincadeira séria, e para a outra uma séria brincadeira. A quem se aplica uma ou outra é que não dizemos. É absolutamente privado".
Adorámos esta imagem que define tudo.
A Amélia dedicou-se à música e hoje continua a compôr para si e para outros . A Teresa por vezes colabora com a irmã, cantando como é o caso no "Passarinho" do CD "Todos os Dias" ou a Amélia canta composições da Teresa como é o caso de "Em Mértola" no CD "Múgica" ou "Havemos De Nos Ver Outra Vez" do CD "Taco A Taco". Ouçamos "Em Mértola", ilustrada com imagens da referida cidade alentejana.
Adorámos esta imagem que define tudo.
A Amélia dedicou-se à música e hoje continua a compôr para si e para outros . A Teresa por vezes colabora com a irmã, cantando como é o caso no "Passarinho" do CD "Todos os Dias" ou a Amélia canta composições da Teresa como é o caso de "Em Mértola" no CD "Múgica" ou "Havemos De Nos Ver Outra Vez" do CD "Taco A Taco". Ouçamos "Em Mértola", ilustrada com imagens da referida cidade alentejana.
Embora seja esta a sua actividade principal a Amélia também tem formação em Artes Plásticas e normalmente é ela que faz os desenhos e a composição gráfica, junto com a Cristiana Serejo, como é o excelente trabalho que apresentam no seu livro-CD "Amélia Muge - Uma Autora - 202 Canções". Mas também a Educação e Formação foram uma preocupação constante, prova-o por exemplo a peça de Teatro "O Dono do Nada" dirigida a crianças... e não só.
Amélia sempre batalhou muito pela sua música e trabalhou com nomes como Júlio Pereira e José Mário Branco, mas só em 1991 lança o seu primeiro álbum "MÚGICA". Continuou a sua actividade colaborando com músicos Gregos, Búlgaros e de outros Países. A sua música sempre teve a intenção de ser solidária, de ajudar os outros. Cantou grandes poetas, compôs para grandes nomes como Ana Moura, Camané, Mafalda Arnauth, Mísia, Cristina Branco, Ana Lains, Pedro Moutinho e uns quantos mais. A qualidade da sua música e do seu trabalho é reconhecida pelos seus pares tanto aqui como no estrangeiro. A sua voz e sobretudo a alma com que canta é magnífica e a sua capacidade de interpretar o Fado, o Cancioneiro Popular, as Trovas Medievais ou mesmo a Balada e mesmo em outras línguas tornam-na como muitos dizem, e bem... interétnica.
Da sua discografia além de "MÚGICA" (1991), pode-se realçar "TODOS OS DIAS" (1994), "TACO A TACO" (1998), "A MONTE" (2002), "NÃO SOU DAQUI" (2006) e" UMA AUTORA - 202 CANÇÕES" (2009). Tem ainda "MAIO MADURO MAIO - Amélia Muge, José Mário Branco e João Afonso - Cantam ZECA AFONSO" (1995).
Amélia sempre batalhou muito pela sua música e trabalhou com nomes como Júlio Pereira e José Mário Branco, mas só em 1991 lança o seu primeiro álbum "MÚGICA". Continuou a sua actividade colaborando com músicos Gregos, Búlgaros e de outros Países. A sua música sempre teve a intenção de ser solidária, de ajudar os outros. Cantou grandes poetas, compôs para grandes nomes como Ana Moura, Camané, Mafalda Arnauth, Mísia, Cristina Branco, Ana Lains, Pedro Moutinho e uns quantos mais. A qualidade da sua música e do seu trabalho é reconhecida pelos seus pares tanto aqui como no estrangeiro. A sua voz e sobretudo a alma com que canta é magnífica e a sua capacidade de interpretar o Fado, o Cancioneiro Popular, as Trovas Medievais ou mesmo a Balada e mesmo em outras línguas tornam-na como muitos dizem, e bem... interétnica.
Da sua discografia além de "MÚGICA" (1991), pode-se realçar "TODOS OS DIAS" (1994), "TACO A TACO" (1998), "A MONTE" (2002), "NÃO SOU DAQUI" (2006) e" UMA AUTORA - 202 CANÇÕES" (2009). Tem ainda "MAIO MADURO MAIO - Amélia Muge, José Mário Branco e João Afonso - Cantam ZECA AFONSO" (1995).
ATENÇÃO:
Neste momento, a Amélia Muge está a terminar um desafio que lhe foi lançado pela Manuela de Freitas, que é a produção de um CD-Livro "AMÉLIA CANTA VERSOS DE AMÁLIA". A sua apresentação terá lugar na Culturgest dia 28 de Janeiro de 2015. As músicas são de Amélia, José Mário Branco e Michales Loukovikas, colaborações muito especiais e o inevitável José Martins nos co-arranjos e co-direcção musical com José Mário Branco.
Como diz a Teresa: "A Amélia rodeia-se sempre do seu pequeno exército de combatentes pela música, pelo que há sempre muitos outros contributos valiosos".
Para vos aguçar o apetite, propomo-vos um pequeno acepipe do que vai ser esse gostoso desafio:
Neste momento, a Amélia Muge está a terminar um desafio que lhe foi lançado pela Manuela de Freitas, que é a produção de um CD-Livro "AMÉLIA CANTA VERSOS DE AMÁLIA". A sua apresentação terá lugar na Culturgest dia 28 de Janeiro de 2015. As músicas são de Amélia, José Mário Branco e Michales Loukovikas, colaborações muito especiais e o inevitável José Martins nos co-arranjos e co-direcção musical com José Mário Branco.
Como diz a Teresa: "A Amélia rodeia-se sempre do seu pequeno exército de combatentes pela música, pelo que há sempre muitos outros contributos valiosos".
Para vos aguçar o apetite, propomo-vos um pequeno acepipe do que vai ser esse gostoso desafio:
JOAN BAEZ - A RAíNHA DA FOLKSONG...AINDA REINA
Desde o início da sua carreira, Joan Baez evitou ser vista como uma celebridade, com medo das pessoas pensarem que ela não seria suficientemente séria relativamente às coisas que fazia politicamente.
Mas cantar música era um assunto completamente diferente e a sua notável voz de soprano, juntamente com seu repertório incomum de baladas populares tradicionais, diferenciaram-na e chamou a atenção de toda uma geração.
O activismo de Joan Baez continuou sempre a ser exibido de diversas formas ao longo das décadas, quer se trate de gravar alguns versos de "We Shall Overcome" em Farsi, marchar contra a segregação em Alabama, acampar numa árvore pau-brasil, ou endossar o presidente Obama, mas Baez nunca se afastou da sua crença na não-violência.
A sua carreira começou em 1959, no Festival Folk de Newport e tem sido uma carreira de sucesso até aos dias de hoje, tendo editado 24 albuns de estúdio, o último dos quais em 2008 e que foi indigitado para os Grammys desse mesmo ano. Esse mais recente trabalho de Joan Baez intitula-se "Day After Tomorrow" e compreende composições dela própria e de outros conhecidos compositores como Tom Waits, Steve Earl ou Elvis Costello. Apreciem a sua voz e composições dessas de tão distantes épocas, que afinal se encontram no tempo e na razão da crítica social (infelizmente totalmente actual após mais de 50 anos de lutas sociais).
Desde o início da sua carreira, Joan Baez evitou ser vista como uma celebridade, com medo das pessoas pensarem que ela não seria suficientemente séria relativamente às coisas que fazia politicamente.
Mas cantar música era um assunto completamente diferente e a sua notável voz de soprano, juntamente com seu repertório incomum de baladas populares tradicionais, diferenciaram-na e chamou a atenção de toda uma geração.
O activismo de Joan Baez continuou sempre a ser exibido de diversas formas ao longo das décadas, quer se trate de gravar alguns versos de "We Shall Overcome" em Farsi, marchar contra a segregação em Alabama, acampar numa árvore pau-brasil, ou endossar o presidente Obama, mas Baez nunca se afastou da sua crença na não-violência.
A sua carreira começou em 1959, no Festival Folk de Newport e tem sido uma carreira de sucesso até aos dias de hoje, tendo editado 24 albuns de estúdio, o último dos quais em 2008 e que foi indigitado para os Grammys desse mesmo ano. Esse mais recente trabalho de Joan Baez intitula-se "Day After Tomorrow" e compreende composições dela própria e de outros conhecidos compositores como Tom Waits, Steve Earl ou Elvis Costello. Apreciem a sua voz e composições dessas de tão distantes épocas, que afinal se encontram no tempo e na razão da crítica social (infelizmente totalmente actual após mais de 50 anos de lutas sociais).
NOVOS LIVROS DE VELHOS CONHECIDOS
Se quiserem adquirir este livro podem fazê-lo para [email protected]
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Realizou-se no dia 25, pelas 16 horas, na discoteca "Sabotage" sita na Rua de S. Paulo em Lisboa, o lançamento do Livro da Biografia Autorizada de Victor Gomes "JUNTOS OUTRA VEZ" da autoria de Ondina Pires, que em tempos áureos dava as suas batidas (anos 84/86) nos "Pop Dell' Arte" como baterista e vocalista. Em 2009 editou um livro a partir da abordagem ao filme "Scorpio Rising - Trangressão Juvenil", baseada na sua tese de Mestrado em Estudos Americanos.
"JUNTOS OUTRA VEZ" é um livro interessante, cativante e estruturado para contar a envolvente estória do 1º grande Rocker Português : |
Como numa sequência de cenas cinematográficas vai-se desenvolvendo todo o cenário da sua vida.
Numa linguagem clara e simples com um ritmo tão frenético, como a energisante Ondina.
Uma excelente aposta da Groovie Records, que já no "Portugal Eléctrico" tinha inventariado o Rock dos anos
50/60 em Portugal.
Interessante ainda salientar que tendo Victor Gomes começado o seu sucesso em Moçambique, o seu padrinho de casamento tenha sido o mesmo do lançamento da Onda Pop, ou seja, o jornalista e escritor Guilherme de Melo.
Para além de ter sido o Rei do Rock em Angola e o Rei do Twist em Portugal Continental, Victor Gomes rodou ainda vários filmes, dos quais destacamos "A Canção da Saudade", e gravou o single "Juntos Outra Vez", que dá o nome a este livro.
Esta composição apareceu recentemente também nos discos de Vinil "Portuguese Nuggets" que a "Groovie Records " teve a ousadia de lançar.
Numa linguagem clara e simples com um ritmo tão frenético, como a energisante Ondina.
Uma excelente aposta da Groovie Records, que já no "Portugal Eléctrico" tinha inventariado o Rock dos anos
50/60 em Portugal.
Interessante ainda salientar que tendo Victor Gomes começado o seu sucesso em Moçambique, o seu padrinho de casamento tenha sido o mesmo do lançamento da Onda Pop, ou seja, o jornalista e escritor Guilherme de Melo.
Para além de ter sido o Rei do Rock em Angola e o Rei do Twist em Portugal Continental, Victor Gomes rodou ainda vários filmes, dos quais destacamos "A Canção da Saudade", e gravou o single "Juntos Outra Vez", que dá o nome a este livro.
Esta composição apareceu recentemente também nos discos de Vinil "Portuguese Nuggets" que a "Groovie Records " teve a ousadia de lançar.
A animação prolongou-se com a música dos HOLYGATORS compostos por João Medina (viola-baixo), João Barreiros (órgão), André Mota (bateria) e Norberto Oliveira (viola solo e voz), mas desta vez o cantor foi Victor Gomes.
Recordámos assim os bons velhos tempos com o Victor, que apesar dos desaires de saúde que sofreu recentemente, ainda mostra estar em boa forma.
Apesar deste nosso video não estar técnicamente perfeito, deixamo-vos um cheirinho de tão delicioso encontro, com uma Ondina também "à maneira".
Recordámos assim os bons velhos tempos com o Victor, que apesar dos desaires de saúde que sofreu recentemente, ainda mostra estar em boa forma.
Apesar deste nosso video não estar técnicamente perfeito, deixamo-vos um cheirinho de tão delicioso encontro, com uma Ondina também "à maneira".
INSTANTÂNEO
A "Blitz" celebra, no próximo dia 6 de Novembro, o seu 30º aniversário.
Já está nas bancas a sua "Edição Especial Para Coleccionar" e no dia 4/11/2014 faz a "Festa Blitz 30 Anos" no São Jorge, em Lisboa. Começou como um jornal semanal de música e transformar-se-ia em revista mensal em Junho de 2006. A "Blitz" é uma das publicações em termos de música pop/rock com maior longevidade na história da imprensa portuguesa e na Internet é o maior site de informação de música de Portugal. |
Afinal...O QUE É O ROCK ?
O ROCK tem as suas raízes profundamente ligadas às tradições musicais das comunidades rurais, como uma das suas únicas formas de expressão, quer fossem comunidades negras ou brancas.
Semanalmente a "ONDA POP" - vai apresentar, dismistificar, e documentar através do audio e do video, a evolução do ROCK até aos dias de hoje. |
Estávamos na explosão do Boogie-Woogie por todos os clubes dançantes americanos, quando ao mesmo tempo se estava a dar um fenómeno que ajudou a divulgar ainda mais o Boogie-Woogie: as rádios locais começam a ser aquiridas por grupos económicos que formam as grandes rádios regionais ou estatais. Assim numa primeira fase as boas rádios regionais estendem a sua influência e alguns dos melhores programas passam a ser emitidos a nível estatal, passando a passar estilos e ritmos de músicas até então desconhecidos nos grandes centros habitacionais. Desta forma o Boogie-Woogie começa a ser ouvido também pelos grandes orquestradores e solistas, e foi desta forma que Count Basie o estilizou, aperfeiçoou e adaptou à energia e habilidade das grandes orquestras e solistas. As grandes orquestras ou Big Bands, como eram chamadas, transformaram o Boogie-Woogie numa música desenfreada chamada "Swing".
Ouçamos e vejamos dois óptimos exemplos do que acaba de ser relatado: Count Basie com "Basie Boogie" e o um dos primeiros astros da era do "Swing" - o clarinetista branco de Chicago - Benny Goodman interpretando "Sing Sing Sing" acompanhado por Lionel Hampton no vibrafone, Harry James no trompete e Gene Krupa na bateria, o qual nos vai deliciar com vários solos... uma delícia numa sobremesa musical super-saborosa. Imperdível !!!
Ouçamos e vejamos dois óptimos exemplos do que acaba de ser relatado: Count Basie com "Basie Boogie" e o um dos primeiros astros da era do "Swing" - o clarinetista branco de Chicago - Benny Goodman interpretando "Sing Sing Sing" acompanhado por Lionel Hampton no vibrafone, Harry James no trompete e Gene Krupa na bateria, o qual nos vai deliciar com vários solos... uma delícia numa sobremesa musical super-saborosa. Imperdível !!!
"Help Yourself" é uma versão da canção italiana "Gli Occhi Miei", composta por Carlo Donida com letra de Mogol, que foi originalmente gravada por Dino e pela Wilma Goich em 1968 para o festival de Sanremo. Jack Fishman escreveu a letra em inglês, que não tem relação com a letra original italiana.
Foi mundialmente conhecida pela interpretação do galês Sir Thomas Woodward, que o produtor Gordon Mills rebaptizou em 1963 como Tom Jones, explorando a popularidade do filme vencedor do óscar do melhor filme desse mesmo ano, estrelando Albert Finney, e cujo título era precisamente "Tom Jones". |
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Hoje os pózinhos de perlimpimpim fizeram aparecer JIMMY STEVENS, um cantor, músico e compositor que desde 1966 animava as noites de Liverpool (algumas vezes na célebre Cavern), onde foi descoberto, em 1971, por dois membros da equipa de olheiros do empresário dos Bee Gees, Robert Stigwood.
Em 1972, decidem gravar o L.P. - "Don't Freak Me Out" com a maioria das composições da sua autoria.
O L.P. foi produzido por Maurice Gibb (dos "Bee Gees") e nele tocaram músicos tão importantes como Peter Frampton (dos "Humble Pie" e dos "Herd"), John Bonham (baterista dos "Led Zeppelin"), Alan Kendall (viola dos "Bee Gees") e o próprio Maurice Gibb, entre outros.
Em 1972, decidem gravar o L.P. - "Don't Freak Me Out" com a maioria das composições da sua autoria.
O L.P. foi produzido por Maurice Gibb (dos "Bee Gees") e nele tocaram músicos tão importantes como Peter Frampton (dos "Humble Pie" e dos "Herd"), John Bonham (baterista dos "Led Zeppelin"), Alan Kendall (viola dos "Bee Gees") e o próprio Maurice Gibb, entre outros.
Tinha tudo para ter uma carreia de sucesso, mas Jimmy Stevens sempre foi um "freak" e passou ao lado de uma grande carreira, tendo inclusivé recusado ser agenciado por Brian Epstein no início da sua carreira.
Não passem também ao lado da possibilidade de ouvir a faixa "Paid My Dues", que deu o título a este mesmo album nos Estados Unidos. Ouçam esta pérola sonora de uma alma imensa e se gostarem visitem o site e o youtube do proprio Jimmy Stevens e vão descobrir outras pérolas como "Bye Bye Love" cantada por este Senhor (https://myspace.com/officialjimmystevens) |
Nesta semana em 1º lugar na Parada de Onda Pop estava "Do It Again" dos "Beach Boys".
Após os grandes sucessos musicalmente elaborados como "Good Vibrations" ou "God Only Knows", os "Beach Boys" voltam a uma maior simplicidade musical e à "surf music" com "Do It Again", num breve revivalismo explicado por Mike Love, que depois de ter passado um dia na praia com velhos amigos, passou em casa de Brian Wilson e contou-lhe o sentimento revivalista do surf que sentira naquele dia de praia. Aí o Brian senta-se ao piano e o Mike começa a entoar uns versos alusivos à vontade que teve de surfar novamente. Em 15 minutos compuseram um sucesso mundial - 1º lugar em U.K., 2º na Austrália, 4º na Alemanha, 5º na Holanda e Canadá, 7º na África do Sul e 20º lugar nos Estados Unidos. Quando se tem um super-talento...é simples !
Após os grandes sucessos musicalmente elaborados como "Good Vibrations" ou "God Only Knows", os "Beach Boys" voltam a uma maior simplicidade musical e à "surf music" com "Do It Again", num breve revivalismo explicado por Mike Love, que depois de ter passado um dia na praia com velhos amigos, passou em casa de Brian Wilson e contou-lhe o sentimento revivalista do surf que sentira naquele dia de praia. Aí o Brian senta-se ao piano e o Mike começa a entoar uns versos alusivos à vontade que teve de surfar novamente. Em 15 minutos compuseram um sucesso mundial - 1º lugar em U.K., 2º na Austrália, 4º na Alemanha, 5º na Holanda e Canadá, 7º na África do Sul e 20º lugar nos Estados Unidos. Quando se tem um super-talento...é simples !