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I Cinque Di Roma é o Conjunto contratado pelo Hotel Polana para no início dos anos 60 abrilhantar as suas muito badaladas noites. Os Conjuntos Renatino di Napoli e de Mário Simões tinham acabado as suas temporadas de seis meses, mas os 5 de Roma vão "eternizar-se" por lá. Nas suas férias eram substituídos por conjuntos como o Shegundo Galarza, Helder Martins ou Renato Silva, onde Carlos Fortuna era o baterista e vocalista. É em Junho de 69, quando o Conjunto deixa defenitivamente o Hotel Polana para cumprir vários contratos na África do Sul, onde era muito apreciado, que Fortuna é convidado a integrar o grupo, pois o vocalista Ettore casara com uma portuguesa e estava a acabar um curso na Universidade, pelo que decidiu retirar-se.
Carlos Fortuna aproveitou de imediato a oportunidade que lhe permitia um novo salto e "desembrulhar" as canções italianas que tanto prazer lhe davam.
Carlos Fortuna aproveitou de imediato a oportunidade que lhe permitia um novo salto e "desembrulhar" as canções italianas que tanto prazer lhe davam.
"I Cinque Di Roma" era formado por Franco (baixo), Gianni (viola) que depois foi substituído por Alfio Sartirana, Ettore (vocalista e flauta), Mario (bateria) e Tommaso (piano).
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O Conjunto de Renato Silva na foto actuando no Hotel Polana com Carlos Fortuna na bateria. Pormenor interessante é o facto do piano ter uns calços para ficar mais alto, isto porque o Tommaso o pianista dos 5 de Roma, tocava de pé e mandara calçar o piano para não dar cabo das costas. Mas o Renato que era baixo não se atrapalhava e resolvia os problemas.
Os 5 de Roma gravaram um LP na África do Sul com o Hotel Polana na capa. Desse LP foram feitos EPs com 4 músicas cada. O conjunto adquiriu grande fama quer em Moçambique, quer na África do Sul. Um tema que sempre obteve muito êxito, foi o arranjo que fizeram para "A Casa Da Mariquinhas", que aqui apresentamos gentilmente cedido por Carlos Fortuna. A foto para o video foi o próprio Tommaso, hoje com 95 anos , que lhe a cedeu. |
João Carlos Fortuna ainda não nos contou bem a sua história, mas não faltará oportunidade. Nasceu em 1942 e em 1961 começou a cantar na Beira (Moçambique), depois em Boane onde fez a "tropa" em 63 e onde também teve o seu conjunto. Com o Conjunto de Renato Silva dá o primeiro grande salto. Depois de Junho de 69 passa entáo a fazer parte dos '5 di Roma' e vai para a África do Sul. Mais tarde formará "The Profile" e nos oitenta os "New Profile", mas tudo isto são histórias para depois. Hoje continua a viver na África do Sul e para que façam uma pequena ideia, ainda canta assim.
Fez ontem dois anos que faleceu uma das musas da Onda Pop, a Lena Gouveia a grande companheira e única mulher que conseguiu domar durante mais de 40 anos o nosso rebelde popista João Pedro Gouveia.
A Onda Pop não quer deixar de recordar esta nossa querida AMIGA e de enviar um abraço fraterno ao João Pedro, aos filhos Rafaela e Nuno, aos pais da Lena, que resistem com saúde e lucidez nos seus noventas e tal anos, e claro ao Gui, netinho do JP, que comemorou também a semana passada o seu 1º aniversário.
Para o Gui e a para a Lena, a Onda Pop dedica uma música de um dos maiores ídolos dessa nossa musa, Cliff Richard.
A Onda Pop não quer deixar de recordar esta nossa querida AMIGA e de enviar um abraço fraterno ao João Pedro, aos filhos Rafaela e Nuno, aos pais da Lena, que resistem com saúde e lucidez nos seus noventas e tal anos, e claro ao Gui, netinho do JP, que comemorou também a semana passada o seu 1º aniversário.
Para o Gui e a para a Lena, a Onda Pop dedica uma música de um dos maiores ídolos dessa nossa musa, Cliff Richard.
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
"Do Meu Olhar Pra Fora" é o nome do novo disco de Elba Ramalho. Este álbum sai com 12 músicas inéditas e marca a estreia da cantora paraibana na gravadora Coqueiro Verde, de Erasmo Carlos.
Desde os finais dos anos 60, Elba Ramalho construiu uma carreira vitoriosa como intérprete de forró, frevo, ciranda e outros ritmos nordestinos. A cantora paraibana, antes de levantar voo para a fama, participou na turnê 'A Feira', do Quinteto Violado e foi baterista do conjunto feminino 'As Brasas' nos anos 60. Desde então, vinha mantendo-se fiel a esse universo, mesmo que, em algumas ocasiões, tenha emprestado a sua voz a outros estilos musicais. |
Com produção do filho da cantora, Luã Mattar, e do pernambucano Yuri Queiroga, filho de do músico Lula Queiroga, "Do Meu Olhar Pra Fora" traz, para além de uma parceria inédita entre Dominguinhos (1941 – 2013) e Climério Ferreira, ‘Olhando o coração’, incursões de Elba Ramalho pelo Fado, pelo Samba, pela música francesa e até pelo Rock, através das seguintes faixas:
Olhando O Coração
Fazê O Quê
Só Pra Lembrar
É O Que Me Interessa
Nossa Senhora Da Paz
Contrato De Separação
Nos Ares De Lisboa/Um Passarinho Enganador
Árvore
Patchuli
La Noyée
Risoflora
Ser Livre
Como em produções anteriores, Elba deixou-se nortear pela liberdade na escolha do que cantar, com as intervenções sonoras de mestres instrumentistas, como o guitarrista Paulo Rafael, o baixista Ney Conceição, o flautista Dirceu Leite e a harpista Cristina Braga, com uma sonoridade pop contemporânea.
A sintonia entre a cantora e os produtores afinou um dos melhores e mais arrojados discos de Elba Ramalho.
Ouçamos o Fado, "Nos Ares De Lisboa/Um Passarinho Enganador", com música de mestre Dominguinhos e com a participação especial da consagrada fadista portuguesa Carminho, acompanhada à viola pelo seu marido o guitarrista português Diogo Clemente.
Olhando O Coração
Fazê O Quê
Só Pra Lembrar
É O Que Me Interessa
Nossa Senhora Da Paz
Contrato De Separação
Nos Ares De Lisboa/Um Passarinho Enganador
Árvore
Patchuli
La Noyée
Risoflora
Ser Livre
Como em produções anteriores, Elba deixou-se nortear pela liberdade na escolha do que cantar, com as intervenções sonoras de mestres instrumentistas, como o guitarrista Paulo Rafael, o baixista Ney Conceição, o flautista Dirceu Leite e a harpista Cristina Braga, com uma sonoridade pop contemporânea.
A sintonia entre a cantora e os produtores afinou um dos melhores e mais arrojados discos de Elba Ramalho.
Ouçamos o Fado, "Nos Ares De Lisboa/Um Passarinho Enganador", com música de mestre Dominguinhos e com a participação especial da consagrada fadista portuguesa Carminho, acompanhada à viola pelo seu marido o guitarrista português Diogo Clemente.
THE BEDROCKS 'The Bedrocks' era um sexteto de Leeds, formado em 1967 por elementos originários das Caraíbas. A grande oportunidade de sucesso deste grupo aconteceu em 1968 quando a EMI os convidou para gravarem um single, tendo como produtor o grande Norman Smith, que já tinha trabalhado com 'The Beatles' e que mais tarde faria também uma carreira de sucesso como cantor, utilizando o nome de Hurricane Smith. |
Depois de terem pedido emprestadas £25,00 para poderem alugar uma furgoneta para a viagem e levarem os seus instrumentos, gravaram num estilo pró-jamaicano de ska/reggae uma versão da canção dos 'Beatles', "Ob-La-Di, Ob-La-Da".
Quinze dias depois entraram no top 20 britânico, só que logo a seguir foram ultrapassados em termos de vendas e sucesso nas paradas mundiais pela versão da mesma canção interpretada pelo conjunto escocês - 'The Marmalade'.
Seguidamente ainda lançaram mais um single -"The Lovedene Girls", que a Onda Pop vos convida a cantar conosco na rubrica desta semana de "Cantem Com A Onda Pop".
Seguidamente ainda lançaram mais um single -"The Lovedene Girls", que a Onda Pop vos convida a cantar conosco na rubrica desta semana de "Cantem Com A Onda Pop".
'The Small Faces' foram uma dos conjuntos mais extraordinários e bem-sucedidos de meados dos anos 60, chegando a ser sérios competidores dos 'The Who' e potenciais rivais dos 'Rolling Stones'.
Os 'Small Faces' foram um conjunto londrino de rock criado em 1965 por Steve Marriott, Ronnie Lane, Kenney Jones e Jimmy Winston, embora em 1966 Winston fosse depois substituído por Ian McLagan, como tecladista do grupo. Este conjunto é lembrado como um dos grupos modernos mais aclamados e influentes da década de 1960, com memoráveis canções de sucesso como "Itchycoo Park", "Lazy Sunday", "All Or Nothing", "Tin Soldier", e pelo seu álbum conceitual "Ogdens' Nut Gone Flake", tornado-se em um dos grupos psicadélicas mais bem sucedidos do Reino Unido antes de se separar em 1969. Após a dissolução dos 'Small Faces', com Steve Marriott deixando-os para formar os 'Humble Pie' (conjuntamente com Peter Frampton dos 'Herd'), os restantes três membros acompanhados por Ronnie Wood como guitarrista, e Rod Stewart como vocalista (ambos do Jeff Beck Group), reformaram os 'Small Faces' e rebaptizam-nos como 'The Faces'. |
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Abracadabra entrou nos misteriosos domínios do Reino de Crimson, para tentar descobrir e divulgar aos nossos leitores o segredo do sucesso do conjunto musical "King Crimson" e descobriu que tudo começou na alegre insanidade dos irmãos Peter Giles e Michael Giles, ajudados pelo seu amigo Rober Fripp, com o seu álbum, de 1968, "The Cheerful Insanity Of Giles, Giles And Fripp".
E essa parece ser a principal razão por que esta obra não caiu ainda mais na obscuridade.
Então afinal o que é este álbum?
Ele é histórico, porque se encaixa no mesmo período do rock psicadélico/pré-rock progressivo, o que o coloca ao lado de álbuns estreia como os dos Pink Floyd, dos The Nice e dos The Soft Machine.
Mas é um pouco diferente. Primeiro, ele soa muito melhor, o que é atribuível à grande produção e ao alto nível de musicalidade. Além disso, a direção musical e o humor são significativamente diferentes. O humor britânico foi sempre uma parte importante do movimento psicadélico, especialmente em grupos como os Pink Floyd e The Soft Machine, mas aqui o humor britânico sai luxuoso e muito menos suburbano.
O conjunto que mais parece tê-los influenciado nessa crítica e humor foi certamente The Kinks, com os retratos evocativos de Ray Davies caricaturizando a sociedade média e média alta.
A música em si é um jazz-psicadélico, através de diversos efeitos sonoros e texturas psicadélicas, apelando mais a uma mistura música pop com insinuações do futuro som do rock-progressivo, que nos contamina durante as 13 faixas que compõem este álbum, de Giles, Giles & Fripp ,que só recomendamos a quem não quiser preservar a sua saúde mental:
E essa parece ser a principal razão por que esta obra não caiu ainda mais na obscuridade.
Então afinal o que é este álbum?
Ele é histórico, porque se encaixa no mesmo período do rock psicadélico/pré-rock progressivo, o que o coloca ao lado de álbuns estreia como os dos Pink Floyd, dos The Nice e dos The Soft Machine.
Mas é um pouco diferente. Primeiro, ele soa muito melhor, o que é atribuível à grande produção e ao alto nível de musicalidade. Além disso, a direção musical e o humor são significativamente diferentes. O humor britânico foi sempre uma parte importante do movimento psicadélico, especialmente em grupos como os Pink Floyd e The Soft Machine, mas aqui o humor britânico sai luxuoso e muito menos suburbano.
O conjunto que mais parece tê-los influenciado nessa crítica e humor foi certamente The Kinks, com os retratos evocativos de Ray Davies caricaturizando a sociedade média e média alta.
A música em si é um jazz-psicadélico, através de diversos efeitos sonoros e texturas psicadélicas, apelando mais a uma mistura música pop com insinuações do futuro som do rock-progressivo, que nos contamina durante as 13 faixas que compõem este álbum, de Giles, Giles & Fripp ,que só recomendamos a quem não quiser preservar a sua saúde mental:
The Saga of Rodney Toady
1. North Meadow (2:29) 2. Newly-Weds (2:07) 3. One in a Million (2:25) 4. Call Tomorrow (2:31) 5. Digging My Lawn (1:50) 6. Little Children (2:48) 7. The Crukster (1:35) 8. Thursday Morning (2:50) Just George 9. How Do They Know (2:14) 10. Elephant Song (3:15) 11. The Sun Is Shining (3:06) 12. Suite No. 1 (5:33) 13. Erudite Eyes (5:05) |
Depois da gravação deste álbum, Peter Giles é substituído neste sanatório musical por Greg Lake e, tomando conta do reino do Rock Progressivo, auto-intitulam-se "The King Crimson" e partem para um reinado histórico na música Rock.
Esta semana realçamos o 5º lugar da nossa Parada, 'Melody Fayre' interpretada por Quentin E. Klopjaeger (um dos heterónimos do cantor e produtor sul-africano, Billy Forrest).
Só que o original dessa canção foi composto e interpretado por John Bromley, acompanhado pelo conjunto inglês "Fleur De Lys".
E porque é que Billy Forrest a gravou na África do Sul? Porque Billy Forrest era o produtor de uma cantora sul-africana chamada Sharon Tandy, que, nos meados dos anos 60, tinha feito bastante sucesso na cena psicadélica inglesa, gravando discos com o acompanhamento do conjunto "Fleur De Lys" e que deu a conhecer esta música a Billy Forrest, que então resolveu gravá-la sob o pseudónimo que ele usava nessa época do psicadelismo, Quentin E. Klopjaeger.
Só que o original dessa canção foi composto e interpretado por John Bromley, acompanhado pelo conjunto inglês "Fleur De Lys".
E porque é que Billy Forrest a gravou na África do Sul? Porque Billy Forrest era o produtor de uma cantora sul-africana chamada Sharon Tandy, que, nos meados dos anos 60, tinha feito bastante sucesso na cena psicadélica inglesa, gravando discos com o acompanhamento do conjunto "Fleur De Lys" e que deu a conhecer esta música a Billy Forrest, que então resolveu gravá-la sob o pseudónimo que ele usava nessa época do psicadelismo, Quentin E. Klopjaeger.