EDITORIAL : Esta é verdadeira página 85 em que o artigo principal foi a entrevista ao sonorizador Ricardo Branco. Continuamos o "Encore" sobre os músicos de Angola. Aproveitamos para divulgar o excelente trabalho que fizeram e a grande qualidade e simpatia de mais alguns deles e que vêm referidos no excelente livro de Joaquim Correia que apresentámos na OP nº 83.
Uma vez que esta página é a que sai antes do Natal, queremos desejar a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano de 2017.
Uma vez que esta página é a que sai antes do Natal, queremos desejar a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano de 2017.
Armando António Capelo Diniz da Gama nasceu em Luanda a 1 de Abril de 1954. Aos 5 anos já tocava harmónica para a família. Aos 7 anos estuda acordeão e aos 14 já compôs a sua 1ª canção à viola. O seu 1ºgrupo foram os Love Birds em 1970. Era formado por Fernando Moura no ritmo, José Moura no solo, Betito na bateria e ele no baixo. Na Academia de Música de Luanda estuda piano e solfejo.
Em 71 forma o duo "Marinho e Gama" cantando também temas próprios. O êxito é tal que são convidados a gravar um disco. Com o apoio de Pedro Poitier na flauta ( acabará por juntar-se ao duo e formar um trio), Mário Bento no Baixo e o pai de Pedro Poitier no violino gravam o master com "Menino" e Spanish Garden", duas composições próprias. Infelizmente o disco acaba por não ser editado. Tocou muitas vezes na Rádio angolana. Felizmente Armando Gama conservou esse master e gentilmente deixou-nos digitalizá-lo para o podermos oferecer a todos vós. Assim em 1ª audição escutem "Menino" e "Spanish Garden".
Em 71 forma o duo "Marinho e Gama" cantando também temas próprios. O êxito é tal que são convidados a gravar um disco. Com o apoio de Pedro Poitier na flauta ( acabará por juntar-se ao duo e formar um trio), Mário Bento no Baixo e o pai de Pedro Poitier no violino gravam o master com "Menino" e Spanish Garden", duas composições próprias. Infelizmente o disco acaba por não ser editado. Tocou muitas vezes na Rádio angolana. Felizmente Armando Gama conservou esse master e gentilmente deixou-nos digitalizá-lo para o podermos oferecer a todos vós. Assim em 1ª audição escutem "Menino" e "Spanish Garden".
Em 1974 vem para Lisboa para entrar na Faculdade de Arquitectura. Porém com todas as confusões após o 25 de Abril o curso não começa e vai tocando aqui e ali. Acaba em 76 fazendo parte do projecto Tantra com Manuel Cardoso. Assim Manuel Cardoso é o viola solo e voz, Tozé Almeida o baterista, Américo Luís o viola baixo e Armando Gama no piano e voz. Grava o 1º single "Novos Tempos" de sua autoria e "Alquimia da Luz" também seu e de Manuel Cardoso e Chico. Os arranjos e orquestrações também são seus e de Manuel Cardoso. São das primeiras bandas de Rock Progressivo numa linha estilo Genesis e Yes. Ainda grava em 1977 o álbum "Mistérios e Maravilhas" mas depois sai para seguir outro projecto mais a solo.
Em 78 forma o Duo SaraBanda juntamente com Chris Kopke. A convite de Tozé Brito compõe música para 3 singles e um LP. "Coisas Simples", "Made in Portugal" e "Um Amor". O álbum ganha o nome de "Export" e tem letras de Chris Kopke e música de Armando Gama. Nesse álbum colaboram nomes como Mike Sergeant, Zé Nabo, Rui Veloso, Ramon Galarza, Dina e outros. A produçao do disco é praticamente toda de Armando Gama. Com "Made in Portugal" entra primeiro no Festival RTP da Canção em 80. Do álbum "Export" retirámos "You Make Me Feel (So Right)" uma homenagem que o Duo quiz fazer a John Lennon.
Em 80 começa como produtor e produz para Dina, Mário Mata, Dino Meire, Doce, Trio Odemira (Anel de Noivado), Nicolau Breyner (OP nºs 30 e 75), Ana Malhoa e outros. Canta todas as canções da série "Sport Billy" e o tema de "Bana & Flapi". Em 81 forma o grupo Os Canônes, junto com José Pino e lançam o single "Miúda Funki" (OP nº 84).
Em 82 assina com a Rádio Triunfo e grava o álbum "Quase Tudo" onde está incluída a canção "Esta Balada que te Dou". O álbum sofre um atraso e o editor decide atrasar ainda mais e levar 3 das canções ao Festival RTP da Canção. Em 83 "Esta Balada Que Te Dou" vence o Festival e no álbum é colado um autocolante dizendo Vencedor do Festival da Canção. A canção é editada em 17 países e vai ao Top na Bélgica. Em Portugal também chega ao Top e vende mais de 80 mil discos. Armando Gama cantou-a em Inglês com uma versão de Mike Sergent, "When Love Has Gone" ("Quando o Amor Foi Embora"), em Francês numa versão de Kris Kopke, "Ce Soir Je Chante" ("Canto Esta Noite") e em Alemão com versão de Jan van Dijck, "Dieses Lied Ist Mein Geschenk an Dich" ("Esta Canção é o Meu Presente Para Ti"), mas essas versões nunca foram escutadas em Portugal. Escutemo-las então. Na Suécia o cantor Stefan Borsch também a incluíu no seu álbum "I Sommar" com o nome de "Det Har Ar Balladen Till Dej" com versão de I. Forsman.
Em 82 assina com a Rádio Triunfo e grava o álbum "Quase Tudo" onde está incluída a canção "Esta Balada que te Dou". O álbum sofre um atraso e o editor decide atrasar ainda mais e levar 3 das canções ao Festival RTP da Canção. Em 83 "Esta Balada Que Te Dou" vence o Festival e no álbum é colado um autocolante dizendo Vencedor do Festival da Canção. A canção é editada em 17 países e vai ao Top na Bélgica. Em Portugal também chega ao Top e vende mais de 80 mil discos. Armando Gama cantou-a em Inglês com uma versão de Mike Sergent, "When Love Has Gone" ("Quando o Amor Foi Embora"), em Francês numa versão de Kris Kopke, "Ce Soir Je Chante" ("Canto Esta Noite") e em Alemão com versão de Jan van Dijck, "Dieses Lied Ist Mein Geschenk an Dich" ("Esta Canção é o Meu Presente Para Ti"), mas essas versões nunca foram escutadas em Portugal. Escutemo-las então. Na Suécia o cantor Stefan Borsch também a incluíu no seu álbum "I Sommar" com o nome de "Det Har Ar Balladen Till Dej" com versão de I. Forsman.
Depois casa com a apresentadora de televisão Valentina Torres, que já conhecia desde 82. Em 86 assina com a editora Discossete e grava dois singles, "No Teu Abraço" e "Adoro Chopin". Em 87 começa a fazer espectáculos com a mulher formando o duo Armando Gama & Valentina. O primeiro disco que gravam é o Maxi Single "Mona Lisa". Obtém um êxito assinalável e percorrem o País e vários programas de Rádio e Televisão. Depois gravam em 88 o single "O Violino da Carolina" (talvez uma homenagem à filha) que tem do lado B "Sonho de Natal" uma canção para crianças que cantam nas festas televisivas de Natal e que vem a calhar neste Natal.
Entraram no projecto "Mãe Querida" e foram criticados por isso. Mais uma vez os "intelectualóides" snobs do "País das Maravilhas" na sua ignorância musical (tal qual o tempo em que chamavam "Nacional Cançonetismo") vieram denegrir chamando de "Pimba" uma simples e simpática canção dedicada às mães (certamente que as mães de todos eles gostaram muito da homenagem). Este ano a Rádio Comercial lançou uma nova versão, com linguagem mais "foleira", ou actual se quizerem. Provavelmente os tais "ditos cujos" perguntarão o que é que a Ana Bacalhau, a Áurea e o Tim lá estão a fazer. Só pode ter sido uma homenagem à música, ou então inventavam outra. Está fixe meu! Mesmo com o ar de gozo parvo de alguns. Isto porque a música entra fácil, é comercial, o que, podem crer, é difícil fazer.
Em 89 sai o single "Maria Linda" e em 90 "A Festa da Braguesa". O êxito do duo teve altos e baixos e foi andando até aos primeiros anos do século XXI. Em 1992 volta a concorrer ao Festival da Canção com a canção "Se Eu Sonhar" mas sem fazer história. Em 93 sai o CD "Portugal Amor e Mar". EM 96 o duo lança um álbum CD que alcança algum êxito, "Cenas de um Casamento" e o último álbum editado sai em 98, "Tu Tens Outra". Será que estes nomes já previam a futura separação do casal? O casal afastou-se, para dar um tempo em 2008, mas embora continuem amigos verificaram que não havia mais volta. Dois anos depois uma jovem de nome Bárbara (22 anos) pede-lhe um autógrafo e como nos contos de fadas dá-se um clik que os leva à loucura. Hoje vivem juntos com o António uma encantadora criança já com 3 anos. Aliás, Barbara Barbosa também é uma simpatia e já lançou um livro infantil de nome "Do Avesso" com ilustrações de Armando Gama. Ele tem mais dois filhos do seu casamento de 26 anos com Valentina, Ana Carolina e António. Valentina que como sabem tinha engordado enormemente e entrou no "Reality Show" "A Primeira Companhia", voltou à sua elegância e beleza e sente-se muito bem no Porto onde leciona línguas e está a ponto de apresentar um programa seu num canal de Televisão.
A partir de 1999 começa a tocar no Casino do Estoril. Vai fazê-lo até 2010. Em 2005 lança o projecto "O 5º Beatle", homenagem aquele que sempre foi o seu grupo de eleição, com Zé Pino no solo, Tony Rato no baixo e Xiquinho na bateria (OP nº 84). Teve inclusivé o cuidado de criar uns fatos à Beatles, tipo Sgt. Peppers. Esse projecto ainda vai actuando sempre que é solicitado.
Em 89 sai o single "Maria Linda" e em 90 "A Festa da Braguesa". O êxito do duo teve altos e baixos e foi andando até aos primeiros anos do século XXI. Em 1992 volta a concorrer ao Festival da Canção com a canção "Se Eu Sonhar" mas sem fazer história. Em 93 sai o CD "Portugal Amor e Mar". EM 96 o duo lança um álbum CD que alcança algum êxito, "Cenas de um Casamento" e o último álbum editado sai em 98, "Tu Tens Outra". Será que estes nomes já previam a futura separação do casal? O casal afastou-se, para dar um tempo em 2008, mas embora continuem amigos verificaram que não havia mais volta. Dois anos depois uma jovem de nome Bárbara (22 anos) pede-lhe um autógrafo e como nos contos de fadas dá-se um clik que os leva à loucura. Hoje vivem juntos com o António uma encantadora criança já com 3 anos. Aliás, Barbara Barbosa também é uma simpatia e já lançou um livro infantil de nome "Do Avesso" com ilustrações de Armando Gama. Ele tem mais dois filhos do seu casamento de 26 anos com Valentina, Ana Carolina e António. Valentina que como sabem tinha engordado enormemente e entrou no "Reality Show" "A Primeira Companhia", voltou à sua elegância e beleza e sente-se muito bem no Porto onde leciona línguas e está a ponto de apresentar um programa seu num canal de Televisão.
A partir de 1999 começa a tocar no Casino do Estoril. Vai fazê-lo até 2010. Em 2005 lança o projecto "O 5º Beatle", homenagem aquele que sempre foi o seu grupo de eleição, com Zé Pino no solo, Tony Rato no baixo e Xiquinho na bateria (OP nº 84). Teve inclusivé o cuidado de criar uns fatos à Beatles, tipo Sgt. Peppers. Esse projecto ainda vai actuando sempre que é solicitado.
Depois de 2010 começa a tocar no Hotel Tivoli Seteais em Sintra onde se mantém e o podem escutar. Tal como apresentámos na OP anterior na entrevista a Zé Pino, os dois criam o Grupo Revival com Virgílio Marujo na Bateria e Nelson Oliveira no baixo que vai animando com grande êxito alguns sábados no Xafarix em Lisboa onde os fomos escutar (ver OP nº 84).
Uma curiosidade foi o facto do filho de Vittorio de Sicca (o cineasta italiano), Christian ter escutado a sua canção "Quase Tudo" e lhe ter pedido autorização para a gravar. Incluíu-a no seu álbum "Cara" de 84 com o nome "Per Lei" uma versão de A. Ciotti. Embora Christian tenha gravado vários álbuns, hoje dedica-se mais ao cinema.
Armando Gama compôs uma bonita Sinfonia para piano e orquestra e ultimamente tem-se dedicado a escrevê-la para os diversos instrumentos, para que um dia alguma orquestra a queira apresentar. O nome provável será "O Ermita" e pelo "cheirinho" que nos tocou da sua abertura e final podem acreditar que promete.
Uma curiosidade foi o facto do filho de Vittorio de Sicca (o cineasta italiano), Christian ter escutado a sua canção "Quase Tudo" e lhe ter pedido autorização para a gravar. Incluíu-a no seu álbum "Cara" de 84 com o nome "Per Lei" uma versão de A. Ciotti. Embora Christian tenha gravado vários álbuns, hoje dedica-se mais ao cinema.
Armando Gama compôs uma bonita Sinfonia para piano e orquestra e ultimamente tem-se dedicado a escrevê-la para os diversos instrumentos, para que um dia alguma orquestra a queira apresentar. O nome provável será "O Ermita" e pelo "cheirinho" que nos tocou da sua abertura e final podem acreditar que promete.
Ricardo Jorge Branco nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo) Moçambique a 7 de Fevereiro de 1945.
Frequentou a Escola Rebelo da Silva ( a mesma do João Pedro) o Liceu Salazar e a Escola Comercial. Ainda estudou piano na Escola de Música Eng. Pereira Leite (no Ferroviário), que nos diz que ainda continua essa actividade. Seu pai era um dos administradores do Rádio Clube de Moçambique. Aos 18 anos ingressa no RCM para a Central Técnica. É aí que faz um curso de acústica por correspondência. Nessa época o director da Técnica era Virgílio Rodrigues e o Borges Delgado na Manutenção. "Aprendi muito com homens como o António Fonseca,o Benjamim Correia e o Eduardo Pereira", diz-nos Ricardo, e continua, "em 1965 eu e o Victor Sequeira conseguimos colocar um Ampex de duas cabeças, com umas artimanhas (uns cruzamentos) que o Victor Sequeira fez, e gravar em stereo. A peça de teatro "Moisés" foi a primeira gravada em stereo a nível mundial. Só a montagem final (depois de todas as vozes gravadas) demorou 23 horas sem interrupção. A equipe era dirigida pelo Victor Sequeira com o Carlos Silva na sonorização, o José Gonçalves e eu nos efeitos sonoros e o Ribeiro da Silva encarregou-se do registo magnético".
Em 1966 vai para a tropa, primeiro Boane e ficou com a especialidade de Comunicações. Depois ainda fica em Boane como instrutor, indo depois para Nampula para a CHERET (Chefia de Transmissões). Em Nampula ainda faz na Rádio uns programas de sua produção, como o "Quatro Rodas", por exemplo e diz ainda," a locução era feita por um jovem, Jorge Dias Vicente, de quem nunca mais soube nada, mas que tinha uma voz cristalina, era fantástico".
Quando em Março de 70 sai do serviço militar volta ao RCM, agora para a sonorização. É logo de seguida, em Abril, que o fomos entrevistar. "Fazíamos coisas fantásticas, eu gostava imenso de fazer o "Teatro em sua Casa" da Sara Pinto Coelho, os efeitos que inventávamos eram espectaculares. Uma vez para fazermos o som de uma sucção, gravámos água a correr para um ralo, depois passámos a gravação ao contrário. Cheguei a pedir ao maestro António Gavino (o autor da famosa "Marcha Ribatejana") para escrever uma música para uma peça de teatro e com a Orquestra Típica do RCM, ficou muito bom".
Frequentou a Escola Rebelo da Silva ( a mesma do João Pedro) o Liceu Salazar e a Escola Comercial. Ainda estudou piano na Escola de Música Eng. Pereira Leite (no Ferroviário), que nos diz que ainda continua essa actividade. Seu pai era um dos administradores do Rádio Clube de Moçambique. Aos 18 anos ingressa no RCM para a Central Técnica. É aí que faz um curso de acústica por correspondência. Nessa época o director da Técnica era Virgílio Rodrigues e o Borges Delgado na Manutenção. "Aprendi muito com homens como o António Fonseca,o Benjamim Correia e o Eduardo Pereira", diz-nos Ricardo, e continua, "em 1965 eu e o Victor Sequeira conseguimos colocar um Ampex de duas cabeças, com umas artimanhas (uns cruzamentos) que o Victor Sequeira fez, e gravar em stereo. A peça de teatro "Moisés" foi a primeira gravada em stereo a nível mundial. Só a montagem final (depois de todas as vozes gravadas) demorou 23 horas sem interrupção. A equipe era dirigida pelo Victor Sequeira com o Carlos Silva na sonorização, o José Gonçalves e eu nos efeitos sonoros e o Ribeiro da Silva encarregou-se do registo magnético".
Em 1966 vai para a tropa, primeiro Boane e ficou com a especialidade de Comunicações. Depois ainda fica em Boane como instrutor, indo depois para Nampula para a CHERET (Chefia de Transmissões). Em Nampula ainda faz na Rádio uns programas de sua produção, como o "Quatro Rodas", por exemplo e diz ainda," a locução era feita por um jovem, Jorge Dias Vicente, de quem nunca mais soube nada, mas que tinha uma voz cristalina, era fantástico".
Quando em Março de 70 sai do serviço militar volta ao RCM, agora para a sonorização. É logo de seguida, em Abril, que o fomos entrevistar. "Fazíamos coisas fantásticas, eu gostava imenso de fazer o "Teatro em sua Casa" da Sara Pinto Coelho, os efeitos que inventávamos eram espectaculares. Uma vez para fazermos o som de uma sucção, gravámos água a correr para um ralo, depois passámos a gravação ao contrário. Cheguei a pedir ao maestro António Gavino (o autor da famosa "Marcha Ribatejana") para escrever uma música para uma peça de teatro e com a Orquestra Típica do RCM, ficou muito bom".
Até quando ficaste no RCM, perguntámos.
"Estive na sonorização até 1975. A minha mulher estava grávida e os ginecologistas tinham vindo para Portugal. Consegui falar com um dos únicos que lá ficou, o Dr. Torres (tinha sido jogador da Académica) que me disse que não podia segui-la porque já não tinha capacidade de ter mais clientes. Tirei férias, fui à África do Sul procurar apoio. Depois recebo uma carta do director da RM, Leite de Vasconcelos, a intimar-me para que me apresentasse ao serviço até dois dias depois ou seria alvo de um processo disciplinar. Claro que não podia ir e ainda estava no gozo legal da minha licença. Fui despedido à má fila, como costuma dizer-se. Há males que vêm por bem. Dois dias depois recebo um convite para entrar para a SABC (South Africa Broadcasting Corporation). Entrei como Production Assistance. Depois passei para o Estúdio de Música como produtor musical. Tínhamos bons equipamentos com sistemas de gravação até 32 canais".
"Estive na sonorização até 1975. A minha mulher estava grávida e os ginecologistas tinham vindo para Portugal. Consegui falar com um dos únicos que lá ficou, o Dr. Torres (tinha sido jogador da Académica) que me disse que não podia segui-la porque já não tinha capacidade de ter mais clientes. Tirei férias, fui à África do Sul procurar apoio. Depois recebo uma carta do director da RM, Leite de Vasconcelos, a intimar-me para que me apresentasse ao serviço até dois dias depois ou seria alvo de um processo disciplinar. Claro que não podia ir e ainda estava no gozo legal da minha licença. Fui despedido à má fila, como costuma dizer-se. Há males que vêm por bem. Dois dias depois recebo um convite para entrar para a SABC (South Africa Broadcasting Corporation). Entrei como Production Assistance. Depois passei para o Estúdio de Música como produtor musical. Tínhamos bons equipamentos com sistemas de gravação até 32 canais".
"Depois começei a fazer programas exteriores de várias modalidades desportivas, criquet, rugby, squash, ténis, todas muito diferentes. Tínhamos equipamentos muito bons. Em 1981 passo para a RSA e começo a fazer também de locutor/produtor. Entretanto o meu amigo Mário Crespo sai em 82 para vir para Lisboa e fico a substituí-lo no Departamento de Notícias em Português. Nos noticiários africanos tinha que preparar notícias sobre o Continente Africano provenientes quer da Europa, Ásia ou América. Desenvolvi um sistema com novas formas de captação de notícias e novas frequências. Depois fiquei como Chefe dos Serviços Africanos. Em 85 vou para os Serviços e Exportação Áudio e acabo por receber o prémio do melhor programa de Rádio pela cobertura em Moçambique do Acordo do Incomáti. Em 90 estou já a chefiar a Secção Portuguesa da RSA quando se dá a libertação de Nelson Mandela. Com Mike Roberts, dentro dos Serviços Áudio, fazemos o programa da libertação de Mandela que também recebe um prémio. Depois encarregam-me a fazer formação de pessoal para os noticiários. Viajo pelo País fazendo formação nos diversos serviços regionais incluindo Namíbia, Suazilândia, onde os preparo para a cerimónia de coroação do rei, Botwana e Lesotho".
Até 93 continua a chefiar a secção portuguesa. Aí pertendem mudar o nome da Rádio RSA dando-lhe mais autonomia. Por sugestão de Ricardo o nome passa a Canal África (uns anos depois a portuguesa RDP também atribuíu o nome de Canal África à sua transmissão africana e teve que mudar porque já existia uma). Também por sua ideia passam a ir fazer transmissões directas das Feiras de Bulawayo, Kenya e Facim em Maputo (Moçambique). Também convida a Rádio Moçambique e a Radio Angola para um pequeno programa de noticiário (5 minutos cada) que seriam apresentados em simultâneo nos 3 países. Uma ideia interessante. Mas o projecto não vingou.
"Em 95 (mudam-se os tempos. mudam-se as vontades). Saio da SABC. Todos os lugares de chefia teriam de ser preenchidos por africanos. Todos foram muito correctos comigo, elogiosos, compensaram-me devidamente e queriam que eu continuasse. Decidi fazer a minha própria empresa de comunicação. Em 96 sou convidado para ir dar formação para Angola. Estive em Luanda um ano e contribuí para construir uma nova tabela de valores para a Publicidade. Fiz o estudo de custos até ao segundo. Queriam que eu lá continuasse mas o afastamento da família por tanto tempo (embora os fosse ver algumas vezes) para mim era muito doloroso. Em 97 sou convidado a tomar conta da Rádio da Comunidade Portuguesa. Depois começo a fazer African Development Comunication, interpretação simultânea e tradução para organizações internacionais, deslocando-me por todo o Mundo, e é isso que faço até hoje".
"Em 95 (mudam-se os tempos. mudam-se as vontades). Saio da SABC. Todos os lugares de chefia teriam de ser preenchidos por africanos. Todos foram muito correctos comigo, elogiosos, compensaram-me devidamente e queriam que eu continuasse. Decidi fazer a minha própria empresa de comunicação. Em 96 sou convidado para ir dar formação para Angola. Estive em Luanda um ano e contribuí para construir uma nova tabela de valores para a Publicidade. Fiz o estudo de custos até ao segundo. Queriam que eu lá continuasse mas o afastamento da família por tanto tempo (embora os fosse ver algumas vezes) para mim era muito doloroso. Em 97 sou convidado a tomar conta da Rádio da Comunidade Portuguesa. Depois começo a fazer African Development Comunication, interpretação simultânea e tradução para organizações internacionais, deslocando-me por todo o Mundo, e é isso que faço até hoje".
Talvez não saibam mas o símbolo universal que foi construído no Centro Técnico dos Emissores do RCM na Matola é da autoria do pai de Ricardo Branco, Mestre Branco, como o chamavam. "Lembro-me, era eu ainda miúdo, de ver o meu pai a trabalhar na sua criação. Trabalhava até altas horas da noite, gratuitamente. Aliás talvez não saibam que o RCM foi todo construído com o apoio da população. Ouve várias campanhas de angariação de fundos entre as quais a campanha da pedra. Atirava-se uma pedra com uma moeda de 10$00 (10 escudos seriam hoje 5 cêntimos) presa à pedra. O avô da minha esposa, o velho Artur Meirim, comprou num leilão os terrenos da Matola e doou-os ao RCM para aí construirem o Centro Emissor e o campo de antenas. Foi aí que ficou o Símbolo Universal desenhado por meu pai. Infelizmente hoje está deformado".
Mário Crespo e Ricardo Branco tornaram-se grandes amigos depois de Ricardo ter ido para a SABC onde Mário já estava desde Fevereiro de 1974. Achámos uma excelente oportunidade para trocar com ele algumas palavras, dado que também se tornou em Portugal como um dos nomes grandes da Comunicação Social. João Pedro conhecia Mário desde fins de 69 quando estava na Rádio Universidade, no edifício onde a AAM (Associação Académica de Moçambique tinha as suas instalações e |
no rés do chão se situava a cantina universitária, o famoso "self". Aí tinham grandes conversas e Mário tinha grande interesse em se tornar um membro da Rádio, a comunicação social já o apaixonava. Isso não aconteceu porque em 70 é incorporado no serviço militar. Nunca mais nos vimos até que um dia já nos anos 80 ele nos passou a entrar em casa lendo os noticiários na RTP. Esta era mais uma razão para irmos ter com ele e saber do seu percurso. Mas primeiro pedimos que nos falasse de Ricardo Branco. "Ricardo era um excelente profissional, um sonorizador muito pertendido. Quando havia trabalhos difíceis todos corriam atrás dele para resolver. Era muito meticuloso e buscava a perfeição. Tinha sempre grandes ideias e estava sempe pronto a ajudar. Não admira que todos o respeitassem e estimassem, isto no plano profissional. Como amigo é uma jóia de pessoa".
Mário Crespo nasceu em Coimbra a 13 de Abril de 1947, e ainda criança vai com os pais para Moçambique onde faz a primária e o liceu. A sua primeira paixão foi a vela que começa a praticar aos 10 anos na Mociddade Portuguesa. Em 67 vem para Lisboa e inscreve-se no IST para tirar Engenharia mas no fim do primeiro ano entende que não é essa a sua vocação. Regressa a Moçambique. Em 70 é incorporado no exército. Um belo dia, um Major chega ao pé dele e diz-lhe que lhe disseram que falava bem inglês. Em 72 é destacado para o Gabinete de Imprensa como tradutor e intérprete. Assiste a reuniões entre o General Kaúlza de Arriaga e o sul africano Pik Botha. Leva jornalistas estrangeiros a zonas de guerra. Tem reuniões com o Major Mário Tomé que virá a fazer parte do MFA e dos Capitães de Abril (ainda hoje continuam amigos). Em Fevereiro de 74 sai do seviço militar e já não acredita que haja solução para Moçambique. Vai para a África do Sul atrás da sua namorada Helen com quem vem a casar. Visitando alguns amigos da SABC que conhecera, é convidado para trabalhar na SABC. Fica amigo de Eduarda Lacueva familiar de Evelyn Martin e que também lá trabalhava (e que nos ajudou a fazer o artigo sobre ela na OP nº 71). Entra como estagiário e chega a chefe da redacção do noticiário. Em 82 separa-se da mulher e vai até Washington. Está abalado e quer mudar de País. Na Voz da América oferecem-lhe lugar mas não é o que quer e não aceita . Passa por Lisboa para ver a mãe e visita o amigo Carlos Pinto Coelho que lhe oferece um lugar na RTP. Volta a Joanesburgo e em 83 regressa a Portugal. Começa pela redacção da RTP. Nas suas funções nomeia João de Sousa (OP nº2) como correspondente da RTP em Moçambique. Em 86 apresenta o programa "Sumário". Também por essa altura acaba por casar com , uma amiga de Moçambique um tanto mais nova Maria Leonor Alfares Cardoso. O engraçado quando nos contou isso foi a coincidência, pois quando o João Pedro entrou para a Radio Universidade o Presidente da AAM era Lúis Alfaro Cardoso, hoje seu cunhado (informamos que saiu agora um excelente livro com a História da AAM de 64 a 75).
Em 89 apresenta na RTP 2 o "Jornal das Nove". Depois em 92 é destacado para Washington como correspondente da RTP. É o primeiro e único jornalista português a conseguir uma credencial permanente para a Casa Branca. Em 98 regressa a Portugal depois de vários desentendimentos com a RTP que o hostiliza. Em Janeiro de 2001 integra os quadros do novo canal SIC Notícias a convite de Ricardo Rangel. Conduz durante vários anos o programa "Mário Crespo Entrevista" que terá grande êxito na SIC e apresenta o "Jornal das 9" na SIC Notícias até 2009 e depois como moderador do programa "Plano Inclinado" com o Professor Medina Carreira até 2011. É precisamente em 2011 que começam os problemas que levam ao cancelamento do programa com Medina Carreira, que também se estava a tornar incómodo para o regime ( que parece que se dizia democrático).
Depois como acontece com todos os jornalistas que se querem (e deveriam) manter independentes e não aceitarem pressões políticas ou manobras pouco claras, começa a ter problemas quer com governantes e outros interesses económicos para a estação. Torna-se elemento incómodo por não ser "yes man" e começa a ser posto de lado. Em 2013, aos 66 anos, decide reformar-se.
Hoje Mário é uma pessoa em paz. Mário diz que tem 3 filhos maravilhosos, a Denise , o Ricardo e o Eduardo e uma mulher fantástica e portanto é uma pessoa feliz. Vive pacatamente, nada todas as manhãs, mantém a sua velha paixão de criança, a vela, sentindo-se como peixe na água e no seu pequeno e lindo barco de nome Nora passeia com os amigos e visita regularmente Washington onde gostou muito de viver. Mas sendo esta uma página de música não esqueçamos que também dá uns toques na viola cantando canções dos anos 60.
Hoje Mário é uma pessoa em paz. Mário diz que tem 3 filhos maravilhosos, a Denise , o Ricardo e o Eduardo e uma mulher fantástica e portanto é uma pessoa feliz. Vive pacatamente, nada todas as manhãs, mantém a sua velha paixão de criança, a vela, sentindo-se como peixe na água e no seu pequeno e lindo barco de nome Nora passeia com os amigos e visita regularmente Washington onde gostou muito de viver. Mas sendo esta uma página de música não esqueçamos que também dá uns toques na viola cantando canções dos anos 60.
Arlindo Duarte de Carvalho nasceu na Soalheira, Fundão, Castelo Branco, uma das mais lindas aldeias históricas de Portugal a 27 de Abril de 1930 e faleceu a 26 de Novembro de 2016.
Em Maio foi homenageado na sua terra Natal com um Monumento. Já em criança sentia vocação para a música e cantava as canções tradicionais dos trabalhadores rurais da Soalheira. Aí fez a Escola Primária depois foi para a Guarda, Castelo Branco e Coimbra onde fez o Curso do Magistério Primário em 1950. Foi professor no Porto e em Lisboa. Em 1949 começa a compôr música de raiz popular (etnográfica) da Beira Baixa. Em Lisboa estudou música na Academia de Amadres de Música e fez parte do Coro de Fernando Lopes Graça. Depois rumou a França onde estudou no Conservatório de Poitiers. Em 1960 a sua composição "Canção do Pastor" interpretada pelo tenor Guilherme Kjolner vence o 2º Festival da Canção Portuguesa, no Porto. Em 1965 foi para França e Inglaterra onde trabalhou em restaurantes e resolve cantar também. Em 66 gravou para uma editora francesa e acaba actuando em diversos Países europeus. Regressa em 1969. Ainda em 69 uma canção sua vai ao Festival da Canção Latina no México.
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"Tão Longe Daqui" cantada por uma das suas cantoras preferidas, Gina Maria. A orquestra foi dirigida por Frank Poucel. Em 1970 Lenita Gentil também lá vai com as canções "Hei-de Ser Tua" e "Ai ai Oledo". É o grande criador de sucessos populares conhecidos por todo o Povo. "Chapéu Preto", "Castelo Branco","Fadinho Serrano", "Hortelâ Mourisca", "Salta o Muro do Quintal", "Verde Limão", "Tremeliques, Liques, Liques", "A Minha Aldeia", "Vira de Sesimbra", "Bate o Fado Trigueirinha", que foram interpretadas pelos maiores nomes da canção portuguesa como Luís Piçarra, Gina Maria, Amália Rodrigues, Tristão da Silva, António Mourão, Maria de Fátima Bravo, Maria de Lourdes Resende, Madalena Iglésias, Corina, Fernanda Maria, Lenita Gentil, Alexandra, Rao Kiao, Júlio Pereira, Florência, Tonicha, Maria do Ceo, Mísia, Nuno da Câmara Pereira, Cândida Branca Flor, Carlos Guilherme, Cristina Branco, Mafalda Arnauth, Maria Ana Bobone, Rodrigo Costa Félix, Sete Saias e outros. Em Moçambique Maria Marques (OP nº 49) cantou no RCM muitas das suas canções acompanhada pela Orquestra de Variedades sob o batuta do Maestro Artur Fonseca (o criador de "Kanimambo" e "Uma Casa Portuguesa"). Como podem ouvir Gina Maria no YouTube aqui vos deixamos os inéditos de Maria Marques. O sueco Bjorn Ehrling (que também gravou Luís Cília) e o australiano Richard Winsborngh também cantaram as suas canções. Aliás, durante os anos 70 (76 e 79) o 1º Ministro sueco Olof Palme convidou-o para cantar nas suas campanhas eleitorais. Ficou muito conhecido na Suécia. Muitos grupos folclóricos cantam canções suas, assim como muitos grupos corais tanto portugueses como estrangeiros.
Em 98 fundou o Grupo Coral da Soalheira. Em 99 compôs com lettra de Nuno Gomes dos Santos "A Vida Não É Uma Prisão", uma homenagem a Timor-Leste. Em 2007 saíu o CD "Coimbra Dentro da Alma". Em 2009 foi convidado para um recital no Museu da Aquitânia em Bordéus para uma homenagem ao grande consul Aristides de Sousa Mendes. Em 2011 foi homenageado pela Câmara de Castelo Branco com um espectáculo dedicado à suqa obra e onde articiparam Luísa Bastos e o Grupo Coral da Soalheira. A Aula Magna também realizou um espectáculo em sua homenagem. A SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) atribuíu-lhe a Medfalha de Honra pela sua excelente e valiosa contribuição para a música de raiz popular.
Cantou até ao fim, a última uma semana da sua morte no restaurante típico "Guitarras de Lisboa", "Comboio da Beira Baixa"... e lá partiu rumo ao infinito.
Cantou até ao fim, a última uma semana da sua morte no restaurante típico "Guitarras de Lisboa", "Comboio da Beira Baixa"... e lá partiu rumo ao infinito.
GREG LAKE Pertenceu a um dos maiores grupos Rock a nível mundial, Emerson Lake & Palmer. Faleceu aos 69 anos vítima de cancro dia 7 de Dezembro. Foi um dos primeiros músicos do chamado Rock Progressivo e formou em 69 outro grupo famoso, os King Crimson sendo viola baixo e voz. Conheceu Keith Emerson que era teclista noutro grande grupo, os Nice. Emerson faleceu no início do ano, em Março, aos 71 anos de idade. Tornam-se muito amigos e decidem criar um novo grupo. Vão buscar um jovem muito virtuoso que dá pelo nome de Palmer . Em 1970 estão criados os Emerson,Lake & Palmer. Uma das composições que mais sucesso faz é "Lucky Man" que Emerson escrevera ainda muito jovem. Depois seguiram projectos próprios. Lake gravou vários álbuns a solo e compôs muita música. "I Believe in Father Christmas" e "It Hurts" são dois dos seus sucessos. Em Janeiro de 2016 o Conservatório de Nicolini em Piacenza, Itália distinguiu-o com uma Licenciatura Honoris Causa em composição musical. Dada a quadra que atravessamos deixamo-vos "I Believe in Father Christmas".
Michael Holm de seu verdadeiro nome Lothan Bernhard Walter é um alemão nascido a 29 de Julho de 1943 em Stettin, cidade que hoje pertence à Polónia e tem o nome de Szczecin. Quando atinge o reconhecimento internacional em 1969 já era bem conhecido no seu País. Holm começou no início dos anos 60. O seu primeiro single saíu em 1961, "Ich will Dich immer wieder Kos, "Lasen". Em 62 consegue o seu primeiro Hit, "Lauter schone Worte". Mas o reconhecimento internacional só em 1969 aparece com "Mendocino" uma versão do original de Sir Douglas Quintet. Vendeu mais dse 300 mil discos e foi um dos primeiros "Discos de Ouro" de 1970.
Holm lançava assim o género "Shalleger" (música alemã tipo romântica, tipo Marco Paulo, aliás onde Marco foi buscar a maioria dos seus sucessos com versões em Português). Holm iniciou os seus estudos em Erlanger na Baviera e mais tarde especializou-se em Geologia. Quando começou a obter êxito, deixou a sua carreira para se dedicar à Música. Nesta altura já tinha mais de 50 canções gravadas em singles e vendido mais de 2,5 milhões de discos.
Holm lançava assim o género "Shalleger" (música alemã tipo romântica, tipo Marco Paulo, aliás onde Marco foi buscar a maioria dos seus sucessos com versões em Português). Holm iniciou os seus estudos em Erlanger na Baviera e mais tarde especializou-se em Geologia. Quando começou a obter êxito, deixou a sua carreira para se dedicar à Música. Nesta altura já tinha mais de 50 canções gravadas em singles e vendido mais de 2,5 milhões de discos.
"Aos 16 anos compôs "Desert Island" que até hoje já conheceu 32 versões. Esta canção ocupou durante várias semanas o 1º lugar do Top Japonês e foi bastante vendida por toda a Ásia. Michael domina perfeitamente o piano e a viola e toca em todas as suas actuações". Isto foi uma transcrição do artigo "EM FOCO" que hoje publicamos. Também dizíamos que o lado B de "Mendocino", "Cutey Girl", produzido por Giorgio Moroder (OP nº 83) era a melhor canção e tinha a assinatura de Holm tanto na letra como na música. Os seus artistas perferidos,à época, eram Petula Clark, Udo Jurgens, France Gall e os Beatles.
Em 70 ainda grava "BarfuB im Regen" e "Tragen Lugen Nitch" que virá a gravar em inglês em 74 como "When a Child is Born". Em 77 tem outro êxito, "Musst Du Jetzt gerade gehen, Lucille".
Também compôs a música para filme "Mark of the Devil" em 1970. Em 72 entre no Top da Rádio Springbox com "I Will Return" (dos Springwater) "Du Weints um Mich" e em 76 volta a entrar com "I'll Return","Wart Auf Mich" uma versão da lindíssima canção dos I Santo California, "Tornero".
Michael Holm nunca parou de gravar. Tem mais de uma centena de discos entre singles, álbuns e CDs. Fora da Alemanha começou a ser mais conhecido por pertencer ao grupo Cusco juntamente com Kristian Schultze. Também colaborou muito com Giorgio Moroder (OP nº 83) tendo editado canções em duo e o álbum "Spinach and Spinach". Continua a cantar como neste medley de 2014.
Também compôs a música para filme "Mark of the Devil" em 1970. Em 72 entre no Top da Rádio Springbox com "I Will Return" (dos Springwater) "Du Weints um Mich" e em 76 volta a entrar com "I'll Return","Wart Auf Mich" uma versão da lindíssima canção dos I Santo California, "Tornero".
Michael Holm nunca parou de gravar. Tem mais de uma centena de discos entre singles, álbuns e CDs. Fora da Alemanha começou a ser mais conhecido por pertencer ao grupo Cusco juntamente com Kristian Schultze. Também colaborou muito com Giorgio Moroder (OP nº 83) tendo editado canções em duo e o álbum "Spinach and Spinach". Continua a cantar como neste medley de 2014.
Em 1979 Michael e Kristian Schultze (1945 - 2011) lançam o projecto Cusco que surge do nome da capital do Império Inca e a nova música que desenvolvem baseia-se na utilização da flauta sul americana com influências clássicas e de Rock mas com características étnicas do Mundo. Fazem mais de 20 álbuns e vendem milhões de discos, especialmente no Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. A base musical são as teclas de Kristian, mas a guitarra, a flauta, os sintetizadores e bateria também estão presentes. Pelo projecto passam músicos como Johan Daansen, Pete Blera, Grain Chaquiso, Ottmar Liebert, Curt Cresi, Hans Stroer e muitos outros. A música de "Desert Island" que Michal escrevera quando adolescente passa a ser o indicativo do programa Top Ten "Die Aufsteiger Der Woche".
Kristian Wladimir Schultze nasceu a 21 de Janeiro em Hamburgo e aí cresceu, depois foi para o Rio de Janeiro e regressou para Berlin onde estudou música no Conservatório. Em 68 mudou-se para Munique trabalhando como compositor, arranjador e produtor para música de cinema, TV e teatro. Aos 23 anos ganhou protagonismo com a música do filme "Go For It, Baby". Em 70 esteve na banda Jazz/Rock "The Bridge" e chegou a criar em 72 The Kristian Schultze. Em 73 junta-se ao grupo de fundo musical Passport. Gravam 4 discos entre 73 e 77 e fazem digressões pela Ásia, Estados Unidos e Europa. Em 78 gravam mais um álbum . A partir de 79 foi sobretudo o compositor, teclista e produtor do Cusco. Foi membro fundador dos Band Jazz Passeport. Do projecto fazem parte músicas como "Andes", "Kilimanjaro", "Galapagos", Penguin Dance", Flying Condor", "Atahualpa The Last Inca", "White Buffalo", "Montezuma", "Inca Dance", "Island of Dreams" e muitas outras muito agradáveis de escutar. Em 85 Kristian e a mulher Brigid foram viver para Bad Tolz onde ele construiu um estúdio. Aí compôs, fez arranjos e recebeu muitos artistas nacionais e estrangeiros que lá iam gravar. Por três vezes estiveram nomeados para os Grammy. Também fez álbuns a solo e desde 2006 fez Tours com a banda "Passport Classic". Morreu de ataque cardíaco na 22 de Novembro de 2011, razão porque termina aí o projecto Cusco.
Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire nasceu a 25 de Abril de 1942 (imaginem como se deve ter sentido quando soube do 25 de Abril. O João Pedro tem ideia pois o seu pai também nasceu a 25 de Abril) em Vagos, perto de Aveiro. Fez os seus estudos em Vagos e Aveiro e ainda cursou Engenharia em Coimbra e no Porto, mas não terminou. O pai tinha-lhe comprado uma viola e é com ela que começa a aprender a tocar. Assim em Coimbra tocava nas festas académicas. Fez parte de vários organismos culturais. Um dia Luís Miguel de Oliveira ouve-o a cantar as suas canções e fala ao maestro Jorge Costa Pinto que liderava a editora Tecla. Este convida-o para gravar um disco. Em 68 sai o primeiro disco é um EP com as canções "Livre", "Eles", "Pedro Soldado" e "Dedicatória" que tem boa recepção do público.
Em 69 grava o segundo disco, outro EP com as canções "Trova","Lutaremos Meu Amor", "Trova do Emigrante" e "O Sangue Não Dá Flor", esta dedicada ao seu irmão Aníbal Freire, militar que virá a fazer parte da Junta de Salvação Nacional e do Conselho da Revolução. No dia do seu aniversário a 25 de Abril de 1974 seu irmão telefonou-lhe e disse-lhe sòmente, "então, gostaste da prenda", e desligou. Este segundo disco é apreendido pela censura.
Manuel Freire foi dos primeiros "informáticos" em Portugal. "Nessa época ainda não existiam esses termos", diz-nos. Trabalhava numa das maiores empresas em Portugal, a F. Ramada em Ovar. Tinham adquirido um dos primeiros computadores comerciais Bull que existiam em Portugal (segundo ele apenas existia um Bull na Força Aérea onde foram fazer formação, para os mais novos informamos que nesta época um computador ocupava uma grande sala inteira com bobines de fita com mais de 60 cm de diâmetro, provavelmente com uma capacidade de 1MB e a linguagem comercial normalmente era o COBOL). No serviço militar consegue ficar em 1º e escolhe ficar na OTA o que evitou ir para o Ultramar. Ia fazendo espectáculos aos fins de semana. Em 69 é convidado a actuar no programa "ZIP ZIP" onde estreou "Pedra Filosofal". O êxito é total. O poema de António Gedeão é fabuloso e sobressai na sua voz cristalina e expressiva. É convidado para o ZIP ZIP final. Por estas razões Manuel Freire estava "EM FOCO". Depois em 73 consegue uma folga e faz uma deslocação a Angola. É entrevistado na Rádio Iclésias no programa Sintonia de Sansão Coelho.
Manuel Freire foi dos primeiros "informáticos" em Portugal. "Nessa época ainda não existiam esses termos", diz-nos. Trabalhava numa das maiores empresas em Portugal, a F. Ramada em Ovar. Tinham adquirido um dos primeiros computadores comerciais Bull que existiam em Portugal (segundo ele apenas existia um Bull na Força Aérea onde foram fazer formação, para os mais novos informamos que nesta época um computador ocupava uma grande sala inteira com bobines de fita com mais de 60 cm de diâmetro, provavelmente com uma capacidade de 1MB e a linguagem comercial normalmente era o COBOL). No serviço militar consegue ficar em 1º e escolhe ficar na OTA o que evitou ir para o Ultramar. Ia fazendo espectáculos aos fins de semana. Em 69 é convidado a actuar no programa "ZIP ZIP" onde estreou "Pedra Filosofal". O êxito é total. O poema de António Gedeão é fabuloso e sobressai na sua voz cristalina e expressiva. É convidado para o ZIP ZIP final. Por estas razões Manuel Freire estava "EM FOCO". Depois em 73 consegue uma folga e faz uma deslocação a Angola. É entrevistado na Rádio Iclésias no programa Sintonia de Sansão Coelho.
Em 71 lança mais um EP, "Dulcineia" e o album "Manuel Freire" com músicas suas e poemas de José Gomes Ferreira, Sidónio Muralha, Fernando Assis Pacheco, Eduardo Olímpo, José Saramago e António Gedeão (Rómulo de Carvalho de seu verdadeiro nome, e pelo seu livro de exercícios de Matemática todas estas gerações estudavam). Depois do 25 de Abril é muito solicitado para tocar em todo o lado e tem de fazer grande ginástica para também não falhar com o emprego.
Depois do 25 de Abril de 74, é convidado para fazer muitos espectáculos pelo País fora. Tem de conciliar uma boa vontade patronal com um entusiasmo grande em passar a mensagem. A frequência de apresentações ao longo do tempo foi diminuindo, pois a música era um "hobby" não uma profissão. Ainda vai gravar mais alguns discos nesses anos. Em 79/80 grava um disco com Luís Cília, "Manuel Freire Canta Luís Cília". Já o tinha conhecido e cantado com ele nos anos 60 em Paris. Em 81 volta a ir a Angola, agora já um novo País. Durante os anos 80. Depois do 25 de Abril de 74 e durante os anos 70 ainda esteve como Vereador na Câmara Municipal de Ovar. Conciliar várias actividades , não era fácil e depois nos anos 80 e 90 teve que abrandar as actuações e gravações. Mesmo assim em 79/80 ainda gravou um álbum com Luís Cília. Também em 79 escreveu a música para o filme de Alfredo Tropa "Bárbara" que estreou no cinema Apolo 70 em Setembro de 80. Contava a história do luso americano Joe Valente (Artur Semedo) que voltava a Aveiro e queria transformar a apanha artesanal do moliço numa indústria, o que iria levar à miséria os apanhadores e pescadores (António Feio). O filme tinha mais de 20 actores e foi filmado na zona da Murtosa com produção da RTP, que ficaria de apresentá-lo na TV numa série de 5 episódios. Não sabemos se alguma vez o fez. A letra das canções são de Fernando Assis Pacheco e a interpretação também de Manuel Freire, que teve a amabilidade de nos facultar uma delas. Em 95 também actua na Festa do Avante e em homenagens a Adriano Correia de Oliveira. Em 99 também sai o EP "As canções Possíveis" com poemas de José Saramago comemorando 25 anos do 25 de Abril. Em 2003 fica Presidente da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), cargo que mantém até 2010. Em 2004 cantou com Luís Cília "Dia Não" um poema de Saramago e música de Cília, que também está no disco. Um verdadeiro Dia Sim. Também em 2010 sai o EP com poemas de Vitorino Nemésio. Em 2014 foi a Roma acompanhando Luís de Matos e acaba também fazendo um espectáculo. Agora quando nos recebeu confirmou-nos estar a recuperar de uma cirurgia e por isso esteve um pouco mais parado em 2016. Felicidades para 2017.
A Highveld Records era uma nova editora discográfica que aparecia na África do Sul, mas que acabou não tendo os meios para singrar e colapsou. Zito (OP nº 5) disse-nos: "Nem cheguei a gravar um disco e estive lá pouco tempo, nem aquela apresentação que dizem na notícia que se ia fazer, na Feira do Rand, se fez, apenas cantei eu e foi no restaurante Campino, dentro do recinto da Feira. Depois por dificuldades financeiras fechou". Dos artistas da foto, nada se sabe de Leone Lauren. Johnny Gibson gravou alguns discos noutra companhia onde era sócio. Foi ele o produtor dos 3 álbuns "Festa" que Zito coordenou. Também tocou viola nos discos.
Johnny Gibson nasceu em Inglaterra, era conhecido pelo seu grupo Johnny Gibson e os Gamblers nos anos 60. Depois seguiu uma carreira a solo. O seu 1º single foi "Yes Sir, That's My Baby" em 64 para a Continental. Grava 4 singles, depois em 66, para a CBS, entre os quais, "Big Fat Mama" e "All I See is You". Em 67 acorda com a Parlophone e grava 6 singles. É em 68 que atinge o 6º lugar do Top da Springbox Radio com "Silver and Blue".
Johnny Gibson nasceu em Inglaterra, era conhecido pelo seu grupo Johnny Gibson e os Gamblers nos anos 60. Depois seguiu uma carreira a solo. O seu 1º single foi "Yes Sir, That's My Baby" em 64 para a Continental. Grava 4 singles, depois em 66, para a CBS, entre os quais, "Big Fat Mama" e "All I See is You". Em 67 acorda com a Parlophone e grava 6 singles. É em 68 que atinge o 6º lugar do Top da Springbox Radio com "Silver and Blue".
É em 70 que Gibson assina com a Highveld e começa uma carreira a solo. Ficou até fim de 71 e gravou um álbum e 3 singles. Depois sai para a Brigadiers e em 73 muda-se para a Zodiac, que de seguida é comprada pelo EMI. É em 73 que volta ao Top da Springbox Radio e consegue duas entradas com "Lovely Lisa" e "Rock and Roll Man" que atinge o 3º lugar. O seu último single é de 79, "Your Love" e vem com o selo da Bullet. Depois no início de 80 criou a Creative Sound Recording Company que manteve até à sua morte. No total gravou 6 álbuns, 5 a solo e o 1º com os Gamblers. Na Creative Sound também a locutora da estação B (LM Radio) do RCM, Evelyn Martin (OP nº 71) gravou o single " My Message to the World".
A sua irmã Marie Gibson também se dedicou à canção, tendo em 76 obtido um assinalável êxito com "Whatever I Say Means I Love You". Em 69 também Eddie Calvert, o trompetista de "Zambezi" gravou para a Highveld uma composição de Terry Dempsey, "African Midnight" acompanhado pelo excelente grupo Tidal Wave.
A sua irmã Marie Gibson também se dedicou à canção, tendo em 76 obtido um assinalável êxito com "Whatever I Say Means I Love You". Em 69 também Eddie Calvert, o trompetista de "Zambezi" gravou para a Highveld uma composição de Terry Dempsey, "African Midnight" acompanhado pelo excelente grupo Tidal Wave.
Dennis John já havia estado em LM com os Bats num espectáculo no cinema S. Miguel onde também a Banda Diplomática (ex-Diabólicos) fizeram a sua reaparição.
Veio do País de Gales para a África do Sul para jogar futebol no Corintihians e depois passou para o Highlands Park. Enquanto por lá andava começou a cantar em Pubs e o público gostou. Decide então tornar-se cantor profissional. Gravou alguns discos na Highveld e acabou por se tornar Director da Highveld Records. Mas em 68 já havia gravado para a Parlophone "I'm On My Way" onde inclúi "Joanna", "Help Yourself" e outras lindas canções. Também gravou em 69 o álbum " This Old House is a Country House". |
Só no final de 1969 começa na Highveld onde grava "Portrait of Joan" e em 70 "My World Flew Into Space" onde inclúi canções como "He Ain´t Heavy...Is My Brother", My Cherie Amour", "Fly me to the Moon" ou "I´ll Be There canção composta por Johnny Gibson. Ainda em 70 grava os singles "Leonora" e "A Man Alone". O seu último single é de 71 e chama-se "He Will Understand". No 3º Festival da Canção de Atenas de 70 cantou em representação da África do Sul, "My World Flew Into Space". Tem duas canções no filme de Jamie Uys, "Dirkle". Em 69 ainda recebeu o prémio de melhor vocalista do Festival Sampo. Depois dizem que rumou à Austrália onde se dedicou a cantar e a produzir. Não conseguimos saber mais nada dele. Agradecemos a colaboração de Marq Vas'.
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Neste número na rubrica "CENÁRIO" dizíamos que Maria José Valério fazia a 6 de Maio 37 primaveras. Isto é quanto basta para irmos procurar falar com ela. Apanhámo-la com uma grande gripe ( nós pensamos que é reflexo das ventanias e tempestades que veêm lá dos lados de Alvadade nestes tempos bem negros). Maria José Valério nasceu a 6 de Maio de 1933 na Amadora. Em 1950 começou a cantar no Liceu. Frequentou o Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional (hoje RDP) e estreou-se em 1951. Sobrinha do Maestro Frederico Valério, um dos "monstros" da nossa canção ligeira, canta algumas das suas músicas. As primeiras eram ainda gravadas em discos de 78 RPM. Entrou no 1º Festival da Canção em 1958 com uma canção de seu tio. Em 1961 tem o seu primeiro grande êxito "A Menina dos Telefones". Em 62 grava o Hino Oficial do Sporting da dupla Eduardo Damas e Manuel Paião. Foi escolhida para cantá-la por ser uma sportinguista ferrenha. Depois de voltar a regravá-la nos anos 80, opta por fazer uma mancha verde no cabelo, que passa a ser a sua imagem de marca. O seu casamento com o toureiro José Trincheira, outro ídolo das multidões, nos Jerónimos fez parar Lisboa inteira . A RTP tranmitiu-o. Viveu com o marido no início da década de 60 um ano em Angola. Quando voltou recomeçou os espectáculos e gravações. Fez várias digressões pelo estrangeiro e actuou muito em Espanha.
Como a notícia que dá origem a este artigo é o dia do seu aniversario, optámos também por uma homenagem que lhe fizeram no seu dia de aniversário provavelmente mais 37 anos depois.
Como a notícia que dá origem a este artigo é o dia do seu aniversario, optámos também por uma homenagem que lhe fizeram no seu dia de aniversário provavelmente mais 37 anos depois.
Uma coisa que sempre a espantou, foi ter sido Rainha da Rádio em Goa (Índia Portuguesa) em 1959 sem nunca lá ter ido ( no ano anterior tinha sido a portista Maria Amélia Canossa). Interessante notar os nomes que nessa época eram ouvidos em Goa, Damão e Dio. Depois ficaram Madalena Iglésias, Hermínia Silva, Maria Clara, Anita Guerreiro, Maria de Fátima Bravo, Amália Rodrigues e Helena Tavares. Também entrou nas Revistas do Parque Mayer onde cantou um dos seus grandes êxitos, "As Carvoeiras" também de Frederico Valério. No cinema entrou no filme "O Homem do Dia" com o grande ciclista Alves Barbosa. Aparecia muitas vezes em programas da RTP e no "Serão Para Trabalhadores". Em 73 grava um álbum com músicas de seu tio, porém o disco só vê a luz do dia depois da morte de Frederico Valério em Maio de1982. Durante muitos anos participou no programa solidário "Natal dos Hospitais". Das suas canções mais emblemáticas destacam-se para além de "As Carvoeiras", "A Menina dos Telefones" e o"Hino do Sporting" , temos o "Passedoble Trincheira" (em homenagem ao marido), "Polícia Sinaleiro", "Marcha do Estoril" e "Rapariga de Lisboa". Em 2004 recebeu a Medalha de Lisboa por bons serviços prestados. Zézinha, como afectuosamente é chamada, hoje nos seus 83 lindos anos continua a cantar e o restaurante Nini é sempre uma boa opção. Com o desejo de melhoras da sua gripe, desejamos-lhe um bom Natal e que Jesus se porte bem.
Em 1969 Norman Greenbaum lançou o álbum "Spirit In the Sky" e o 1º sigle saído desse álbum foi "Spirit in yhe Sky". Rapidamente o disco chega aos Tops de todo o Mundo, sendo 3º nos Estados Unidos (na OP também será) mas 1º no Reino Unido, Alemanha, Irlanda e Austrália e nos restantes países atingiu sempre o Top 5. Vendeu mais de 2 milhões de discos. Greenbaum tinha sido membro de uma banda Psicadélica e queria fazer uma carreira a solo. Vendo na TV um grupo Gospel, disse " eu também consigo fazer ua canção assim". Em 15 minutos escreveu "Spirit in the Sky" Apesar de ser judeu praticante fazia referências a Jesus, seu amigo, e à vida para lá da morte.
Norman nasceu a 20 de Novembro de 1942 no estado de Massachusetts, Estados Unidos da América e formou-se em música pela Universidade de Boston. Este foi o seu único grande êxito, depois nunca mais entrou no Top 20.
Em 1986 o grupo Doctor and Medics também gravou uma versão da música e atingiu o Top no Reino Unido. O mesmo aconteceu a Gareth Gates e os The Kumars em 2003. Muitos filmes, séries de TV e jogos video utilizaram esta canção.
Norman nasceu a 20 de Novembro de 1942 no estado de Massachusetts, Estados Unidos da América e formou-se em música pela Universidade de Boston. Este foi o seu único grande êxito, depois nunca mais entrou no Top 20.
Em 1986 o grupo Doctor and Medics também gravou uma versão da música e atingiu o Top no Reino Unido. O mesmo aconteceu a Gareth Gates e os The Kumars em 2003. Muitos filmes, séries de TV e jogos video utilizaram esta canção.