DESTAQUE - OS NOSSOS FESTIVAIS
Nos anos sessenta havia vários Festivais da Canção onde artistas portugueses concorriam sempre. Era o Festival de Aranda Del Duero, o Festival Ibero-Americano da Canção, o Festival Internacional da Grécia e até o Festival da Figueira da Foz.
Em 1964 a RTP decidiu começar também com o seu Festival da Canção, onde viria a ser eleita a canção que representaria Portugal na Eurovisão. A Eurovisão já havia começado o seu Festival em 58. A ideia seguia o que Itália já fazia com o Festival de S. Remo. No 1º ano ainda eram só 6 Países e foi o único ano em que cada País apresentou duas canções. Realizou-se em Lugano na Suiça que foi o País vencedor.
Passam agora 50 anos e a RTP está duplamente de parabéns porque também hoje 7 de Março de 2015 faz 58 anos.
Neste artigo falávamos especialmente da forma como a Imprensa e outros meios de comunicação social tratavam a canção vencedora. Até a própria RTP não promovia a sua canção. É claro que a maioria das vezes a canção que ganha não é a que se gosta mais, mas os gostos não se discutem. É verdade, mas educam-se e mesmo quando assim acontece, as divergências são enormes. Quando as votações são feitas pelo público, a qualidade baixa muito e mais uma vez o grande capital vence com a sua inteligência popular. Fazes um telefonema e quantos mais fizeres melhor, "toma atenção não deixes que os outros votem por ti", dizia o locutor. Com chamadas de valor acrescentado, nos últimos anos isto tornou-se uma mina. Até se oferecem carros sem gastar um tostão, e ainda se ganha dinheiro para mais dois ou três. É claro que num país ainda com um baixo nível cultural, e que as televisões incentivam, em busca das audiências que o capital exige, é fácil o nível baixar ainda mais. Ainda para mais quando o ensino no país tem sido reduzido a lixo.
Portugal é um país de excelentes músicos e muito bons compositores e poetas, isto desde sempre. A nossa canção ligeira não fica a dever nada à de outros países, mas como em tudo que é bom, quando saltamos para as esferas do poder, parece que ficamos burros, incompetentes, sobe-nos não sei quê à cabeça e bloqueamos.
Na nossa opinião a RTP devia preocupar-se em fazer um grande Festival da Canção, como antigamente sem restrição de compositores, com um júri alargado de especialista de excelência e com um jurí final, que poderia ser como antes por distritos ou coisa semelhante, para engrandecimento da música portuguesa. A canção vencedora poderia ir ou não ao Festival da Eurovisão, pois essa era a parte menos importante.
Dos festivais dos anos 60 e 70 saíram canções lindíssimas, verdadeiras pérolas em qualquer parte do Mundo, com poemas fabulosos e boas orquestrações. Em 68 falávamos do "Verão". Era diferente, rompia harmonias, uns gostavam, outros não, mas tinha qualidade. Vamos escutá-la porque hoje quase ninguém a conhece.
Hoje as coisas são diferentes! De acordo, mas a inteligência está em manter o que é bom e melhorar o que não está bem, não o "Maria vai com as outras porque é mais fácil". O Festival deste ano teve o acerto de já voltar aos músicos ao vivo, embora não orquestra, e a oportunidade de serem os compositores a escolher uma canção e assim já temos na final duas das melhores das 12. Nenhuma se destacou especialmente, são medianas. Logo veremos o resultado. Seja qual fôr, mesmo que não gostemos, para a Eurovisão podem ter a certeza que vamos apoiar. Também não somos do FCP mas quando jogam lá fora somos todos do Porto.
Luís Arriaga e José Manuel Santos concorreram em 1979 com a canção "A Tua Imagem". Esta canção já tinha sido selecionada para o Festival Internacional da Grécia em 1970, mas à última hora foi proíbida de participar porque o Governo não podia autorizar uma canção por Portugal e outra por Moçambique, porque a Província fazia parte integrante de Portugal. Teria sido Berta Laurentino a interpretá-la. Diz o José Manuel Santos - "escrevi essa canção teria 18 ou 19 anos e o Luís 15 ou 16, foi em 67/68. O Fernando Albuquerque da "Arnaldo Trindade" é que a enviou ao Festival, e das 600/700 ser uma das 27 apuradas já foi muito bom. Guardo do Festival bons amigos como o Carlos Alberto Moniz e as canções que foram à final eram todas boas, "O Zé Brasileiro Português de Braga" com um grande poema do Vasco Lima Couto, o Tozé Brito com "O Novo Canto Português", o nosso amigo Gonzaga Coutinho a cantar "Tema Para Um Homem Só", etc. Sei que no fim fomos uns quantos com a Manuela comemorar a vitória do "Sobe, Sobe, Balão Sobe" para a discoteca "Whispers" na Fontes Pereira de Melo (essa também já "falecida")".
"Foi interessante ter participado", diz o Luis Arriaga, "nesse ano de 79 a orquestração foi feita por Pedro Osório. Penso que foi a primeira vez que uma canção não foi acompanhada por secção ritmica e de percurssão. Apresentou-se ao jeito de música clássica acompanhada por um quarteto de cordas liderado pelo violinista do Quarteto de Câmara da Gulbenkian, João Salsinha Murcho. Claro que a canção foi apreciada, talvez não entendida e não passou à fase seguinte. Nesse ano concorreram 27 canções divididas por 3 séries de 9 e foram escolhidas 3 de cada série para a final. Venceu "Sobe Sobe Balão Sobe" , que foi um justo vencedor embora a minha preferida fosse "Eu Só Quero" da Gabriela Schaff".
Luís gravou "A Tua Imagem" depois com outra roupagem no seu LP "De Corpo e Alma"... vamos escutá-la.
Luís Arriaga e José Manuel Santos concorreram em 1979 com a canção "A Tua Imagem". Esta canção já tinha sido selecionada para o Festival Internacional da Grécia em 1970, mas à última hora foi proíbida de participar porque o Governo não podia autorizar uma canção por Portugal e outra por Moçambique, porque a Província fazia parte integrante de Portugal. Teria sido Berta Laurentino a interpretá-la. Diz o José Manuel Santos - "escrevi essa canção teria 18 ou 19 anos e o Luís 15 ou 16, foi em 67/68. O Fernando Albuquerque da "Arnaldo Trindade" é que a enviou ao Festival, e das 600/700 ser uma das 27 apuradas já foi muito bom. Guardo do Festival bons amigos como o Carlos Alberto Moniz e as canções que foram à final eram todas boas, "O Zé Brasileiro Português de Braga" com um grande poema do Vasco Lima Couto, o Tozé Brito com "O Novo Canto Português", o nosso amigo Gonzaga Coutinho a cantar "Tema Para Um Homem Só", etc. Sei que no fim fomos uns quantos com a Manuela comemorar a vitória do "Sobe, Sobe, Balão Sobe" para a discoteca "Whispers" na Fontes Pereira de Melo (essa também já "falecida")".
"Foi interessante ter participado", diz o Luis Arriaga, "nesse ano de 79 a orquestração foi feita por Pedro Osório. Penso que foi a primeira vez que uma canção não foi acompanhada por secção ritmica e de percurssão. Apresentou-se ao jeito de música clássica acompanhada por um quarteto de cordas liderado pelo violinista do Quarteto de Câmara da Gulbenkian, João Salsinha Murcho. Claro que a canção foi apreciada, talvez não entendida e não passou à fase seguinte. Nesse ano concorreram 27 canções divididas por 3 séries de 9 e foram escolhidas 3 de cada série para a final. Venceu "Sobe Sobe Balão Sobe" , que foi um justo vencedor embora a minha preferida fosse "Eu Só Quero" da Gabriela Schaff".
Luís gravou "A Tua Imagem" depois com outra roupagem no seu LP "De Corpo e Alma"... vamos escutá-la.
A sugestão que gostariamos de dar é muito simples. Porque a RTP não sugere às suas congeneres dos outros Países de Língua Portuguesa a realização de um Festival da Lusofonia ou dos PALOP que vá rodando todos os anos por todos os Países.
Aqui na Onda Pop resolvemos fazer uma brincadeirinha. Pedimos aos 5 elementos que fizessem uma votação, de quais as melhores músicas nos cinquenta anos de Festival. As três melhores e depois das vencedoras, também as três melhores. Os resultados foram:
As 3 Melhores:
1º Canção de Madrugar - Nuno Nazareth Fernandes - José Carlos Ary dos Santos
2º Flor Sem Tempo - José Calvário - José de Sottomayor
3º Cavalo À Solta - Fernando Tordo - José Carlos Ary dos Santos
Das Vencedoras:
1º E Depois do Adeus - José Calvário - José Niza
2º Menina - Nuno Nazareth Fernandes - José Carlos Ary dos Santos
3º Verão - Pedro Osório - José Alberto Diogo
Aqui na Onda Pop resolvemos fazer uma brincadeirinha. Pedimos aos 5 elementos que fizessem uma votação, de quais as melhores músicas nos cinquenta anos de Festival. As três melhores e depois das vencedoras, também as três melhores. Os resultados foram:
As 3 Melhores:
1º Canção de Madrugar - Nuno Nazareth Fernandes - José Carlos Ary dos Santos
2º Flor Sem Tempo - José Calvário - José de Sottomayor
3º Cavalo À Solta - Fernando Tordo - José Carlos Ary dos Santos
Das Vencedoras:
1º E Depois do Adeus - José Calvário - José Niza
2º Menina - Nuno Nazareth Fernandes - José Carlos Ary dos Santos
3º Verão - Pedro Osório - José Alberto Diogo
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
"Partout La Musique Vient" é o nome do novíssimo álbum do cantor francês Julien Clerc, lançado em Dezembro de 2014.
Muitos de vocês devem estar-se a questionar, mas quem é esse Julien Clerc e como é que ele é um velho conhecido, se nunca ouvi falar dele ou só o conheci musicalmemte há poucos anos. Pois é, Julien Clerc é e sempre foi pouco conhecido da maioria do público português, mas é desde os anos 60 um dos mais prestigiados e melhores cantores, pianistas e compositores da música pop/rock francesa. Começou a compôr ainda no liceu, onde conheceu dois parceiros que faziam poemas - Maurice Vallet e Étienne Roda-Gil, com os quais continuou compondo dezenas de canções, ao longo de toda a sua carreira. |
A editora Pathé-Marconi assinou um contrato com Julien Clerc, impressionada com as suas composições neo-sinfónicas, nas quais se encaixavam perfeitamente os poemas dos seus dois amigos, numa época em que a mudança musical era evidente com o Rock Progressivo e Psicadélico. Assim gravou o seu primeiro álbum em 1968 - "Yann Et Les Dauphins", com o qual ganhou logo o prémio "Charles Cros Academie" para o melhor álbum desse ano e sai em tournée com Adamo,
Desse seu 1º álbum, para além do single que dá o nome ao álbum, saíram mais três sucessos em single - "La Tarentelle", "La Cavalerie" e... "Ivanovitch", de que vos aconselhamos a audição.
Desse seu 1º álbum, para além do single que dá o nome ao álbum, saíram mais três sucessos em single - "La Tarentelle", "La Cavalerie" e... "Ivanovitch", de que vos aconselhamos a audição.
Em 1969, ganhou uma experiência de postura e à vontade no palco quando aceitou fazer parte do elenco da ópera-rock "Hair" e ao mesmo tempo lança mais um sucesso - "La Californie" e cria o seu próprio espectáculo, fazendo a primeira parte da tournée de Gilbert Bécaud.
A partir daí a sua carreira tem sido de tal forma criativa, que é considerado um dos monstros da canção francesa. Buscou raízes musicais no Brasil e em África, que se identificam em vários dos seus sucessos. Editou 36 álbuns e teve um conjunto enorme de êxitos, como "Ce N'Est Rien", "Niagara", "Si On Chantait", "This Melody", "Ma Préférence", "Femmes Je Vous Aime", "Coeur De Rocker", "Lili Voulait Aller Danser" ou "Melissa", entre tantos outros dos 65 singles que editou em todas as décadas até aos dias de hoje.
Antes de passarmos à apresentação do seu novo álbum e dos seus dois novos singles, ainda vos propomos: "Si On Chantait" e "Coeur de Rocker", especialmente o video deste último (com Serge Gainsbourg como actor), humorìsticamente bem representativo do ambiente familiar um pouco agreste, que os rockers sempre têm encarado ao longo dos anos, por serem a maior parte das vezes contra o status quo da sociedade onde vivemos e que teima em não evoluir social e polìticamente.
Antes de passarmos à apresentação do seu novo álbum e dos seus dois novos singles, ainda vos propomos: "Si On Chantait" e "Coeur de Rocker", especialmente o video deste último (com Serge Gainsbourg como actor), humorìsticamente bem representativo do ambiente familiar um pouco agreste, que os rockers sempre têm encarado ao longo dos anos, por serem a maior parte das vezes contra o status quo da sociedade onde vivemos e que teima em não evoluir social e polìticamente.
Julien Clerc, agora com 67 anos, decidiu voltar às suas origens musicais, ou seja aos Beatles e à música pop britânica dos anos 60. Foi com a sua família e músicos passar 3 meses em Londres para sentir toda essa frutificante atmosfera pop musical, enquanto ultimava e gravava as suas últimas criações que compõem o seu novo álbum "Partout La Musique Vient". Escolheu o produtor escocês Jimmy Hogarth, que tem sido um dos principais responsáveis pelo sucesso de estrelas como Amy Winehouse, James Blunt ou Suzanne Vega.
Julien Clerc, que passou os últimos 45 anos a compôr e cantar canções, diz que ainda sente uma necessidade enorme de se divertir, compondo ao piano, conforme confessa: "Cantor, foi a profissão que escolhi quando tinha 20 anos e o meu maior medo ainda é um dia não ter motivação ou capacidade para continuar a escrever músicas - é um pavor que eu compartilho com muitos outros artistas - mas que até hoje tenho conseguido ultrapassar, conservando uma alegria e frescura, enquanto componho. Confesso que ainda hoje eu me divirto imenso quando componho ao piano e isso tem sido importantíssimo para não viver sòmente a dôr do mundo onde hoje vivemos".
Deste seu divertimento, já nasceu mais um álbum e dois singles retirados desse álbum - "On Ne Se Méfie Jamais Assez" e "On Va, On Vient, On Rêve", cujo delicioso video vos aconselhamos, com o desejo que Julien Clerc continue a se divertir... compondo e cantando.
Já podem reservar o vosso lugar na próxima tournée de Julien Clerc em 2015 ou no Palais des Sports, em Paris, de 17 a 21 deste mês de Março, no seu site oficial http://www.julienclerc.com
Julien Clerc, que passou os últimos 45 anos a compôr e cantar canções, diz que ainda sente uma necessidade enorme de se divertir, compondo ao piano, conforme confessa: "Cantor, foi a profissão que escolhi quando tinha 20 anos e o meu maior medo ainda é um dia não ter motivação ou capacidade para continuar a escrever músicas - é um pavor que eu compartilho com muitos outros artistas - mas que até hoje tenho conseguido ultrapassar, conservando uma alegria e frescura, enquanto componho. Confesso que ainda hoje eu me divirto imenso quando componho ao piano e isso tem sido importantíssimo para não viver sòmente a dôr do mundo onde hoje vivemos".
Deste seu divertimento, já nasceu mais um álbum e dois singles retirados desse álbum - "On Ne Se Méfie Jamais Assez" e "On Va, On Vient, On Rêve", cujo delicioso video vos aconselhamos, com o desejo que Julien Clerc continue a se divertir... compondo e cantando.
Já podem reservar o vosso lugar na próxima tournée de Julien Clerc em 2015 ou no Palais des Sports, em Paris, de 17 a 21 deste mês de Março, no seu site oficial http://www.julienclerc.com
DESTAQUE - JULIE DRISCOLL
Julie Driscoll nasceu a 8 de Janeiro de 1947 em Londres, e tornou-se conhecida quando em 1968 grava cancões de Bob Dylan e Donovan com uma sonoridade própria com arranjos tremendos no órgão do mago Brian Auger o lider dos Trinity. As suas experimentações vocais bem como os arranjos Psicadélicos de Brian levam-nos a serem conhecidos como uma banda de Rock Psicadélico. Embora tivessem começado em 67 só em 68 gravam "This Wheel's On Fire" de Dylan que vem a ser o seu maior sucesso. Depois aparece "Season of the Witch" de Donovan e finalmente "Road to Cairo" do qual falávamos.
Julie vem a casar em 1970 com o músico de Jazz Keith Trippett, continua a fazer as suas experimentações e passa a cantar com a banda de seu marido - "Centripede". Adopta o nome de Julie Trippett's. Em 1975 grava um LP a solo, "Sunset Glow", mas já antes fazia alguns concertos com nomes como Steve Windwood, Eric Burdon, Long Jonh Baldry e outros. É isso que também vai continuar a fazer, colaborar com muitos músicos e cantores e dar suporte vocal em estúdio nas gravações de muitos artistas. Gravou muitos discos com diversas bandas. Hoje aos 67 anos continua a cantar. Vamos escutar o seu primeiro grande êxito. A canção de Bob Dylan "This Wheel's On Fire" e a magia de Brian Auger.
Julie Driscoll nasceu a 8 de Janeiro de 1947 em Londres, e tornou-se conhecida quando em 1968 grava cancões de Bob Dylan e Donovan com uma sonoridade própria com arranjos tremendos no órgão do mago Brian Auger o lider dos Trinity. As suas experimentações vocais bem como os arranjos Psicadélicos de Brian levam-nos a serem conhecidos como uma banda de Rock Psicadélico. Embora tivessem começado em 67 só em 68 gravam "This Wheel's On Fire" de Dylan que vem a ser o seu maior sucesso. Depois aparece "Season of the Witch" de Donovan e finalmente "Road to Cairo" do qual falávamos.
Julie vem a casar em 1970 com o músico de Jazz Keith Trippett, continua a fazer as suas experimentações e passa a cantar com a banda de seu marido - "Centripede". Adopta o nome de Julie Trippett's. Em 1975 grava um LP a solo, "Sunset Glow", mas já antes fazia alguns concertos com nomes como Steve Windwood, Eric Burdon, Long Jonh Baldry e outros. É isso que também vai continuar a fazer, colaborar com muitos músicos e cantores e dar suporte vocal em estúdio nas gravações de muitos artistas. Gravou muitos discos com diversas bandas. Hoje aos 67 anos continua a cantar. Vamos escutar o seu primeiro grande êxito. A canção de Bob Dylan "This Wheel's On Fire" e a magia de Brian Auger.
REVELAÇÕES 68 - SOLOMON KING
Na semana passada falávamos das esperanças de 1968, e mencionámos três: Hilary, Solomon King e Status Quo. Neste novo artigo falaremos de cada um deles,e não só.Porque para a semana teremos mais.
Hoje falamos de Solomon King. Realmente o ano de 68 foi o seu grande lançamento. Depois o seu sucesso começou a baixar, mas este ano foi o suficiente para o lançar a sério na sua profissão.
Solomon king de seu verdadeiro nome Allen Levy, nasceu a 13 de agosto de 1930 em Lexington, Kentucky, EUA.
Nos anos 60 começa a sua carreira profissional como cantor com o nome de Randy Leeds. Detentor de uma excelente voz, foi o primeiro cantor branco a fazer a 1ª parte de um espetáculo da grande senhora do Jazz Billie Holiday. Uma das primeiras entrevistas que deu foi à jornalista canadiana Henny Lowy que viria a tornar-se sua mulher ainda em 60. Durante alguns anos fez parte do famoso grupo vocal The Jordanaires, que faziam os coros para Elvis Presley.
Em 1965 a sua mulher é colocada em Londres, para onde vão, e é aí que muda o seu nome para Solomon King. Começa então uma carreira a solo pelos clubes londrinos. É aí que o empresário e grande descobridor de talentos, Gordon Mills, o mesmo de Tom Jones e Engelbert Humperdinck, o descobre. Em fins de 67 grava então "She Wears My Ring" com lírica em inglês de Boudeaux e Felice Bryant e com música do mexicano Narciso Saradell que, já havia sido gravada por Roy Orbison cinco anos antes. Foi o seu maior sucesso.
Na semana passada falávamos das esperanças de 1968, e mencionámos três: Hilary, Solomon King e Status Quo. Neste novo artigo falaremos de cada um deles,e não só.Porque para a semana teremos mais.
Hoje falamos de Solomon King. Realmente o ano de 68 foi o seu grande lançamento. Depois o seu sucesso começou a baixar, mas este ano foi o suficiente para o lançar a sério na sua profissão.
Solomon king de seu verdadeiro nome Allen Levy, nasceu a 13 de agosto de 1930 em Lexington, Kentucky, EUA.
Nos anos 60 começa a sua carreira profissional como cantor com o nome de Randy Leeds. Detentor de uma excelente voz, foi o primeiro cantor branco a fazer a 1ª parte de um espetáculo da grande senhora do Jazz Billie Holiday. Uma das primeiras entrevistas que deu foi à jornalista canadiana Henny Lowy que viria a tornar-se sua mulher ainda em 60. Durante alguns anos fez parte do famoso grupo vocal The Jordanaires, que faziam os coros para Elvis Presley.
Em 1965 a sua mulher é colocada em Londres, para onde vão, e é aí que muda o seu nome para Solomon King. Começa então uma carreira a solo pelos clubes londrinos. É aí que o empresário e grande descobridor de talentos, Gordon Mills, o mesmo de Tom Jones e Engelbert Humperdinck, o descobre. Em fins de 67 grava então "She Wears My Ring" com lírica em inglês de Boudeaux e Felice Bryant e com música do mexicano Narciso Saradell que, já havia sido gravada por Roy Orbison cinco anos antes. Foi o seu maior sucesso.
O video mais significativo que podemos apresentar é o de Elvis Presley com imagens do seu próprio casamento.
Mas agora vem o mais fabuloso desta canção:
"She Wears My Ring" é uma versão livre de "La Golondrina" (A Andorinha) canção composta em 1862 pelo compositor mexicano Narciso Sarradell Sevilla (1843 - 1910) depois de um conjunto de amigos músicos terem organizado um concurso a ver quem conseguia produzir a melhor música para o poema "La Golondrina" do escritor espanhol Nicero de Zamacois (1820 - 1885). No dia seguinte Narciso apresentou a composição aos seus amigos,que de tão encantados que ficaram,já não quizeram fazer outra.
Mas o mais extraordinário ainda,é que o poema é apenas uma tradução o mais fiel possível do árabe feito pelo último rei de Alpujalpas (Granada) Haben Humeya (1545 - 1569). Ele despedia-se da terra onde fora vencido com nostalgia e com a dedicatória final "ao objecto do meu amor sublime".
O texto foi descoberto casualmente por um investigador francês em Marrakech e chegaram a haver três traduções do mesmo,sendo o escritor espanhol Nicero de Zamacois quem mais fielmente o fez.
Esta tradução foi depois encontrada num monte de papéis e revistas velhas,estando impresso numa revista francesa. É este texto que chega às mãos dos músicos mexicanos. O poema em françês era usado por estes nas despedidas.. É ainda em 1862 que se dá a batalha de La Puebla, quando os franceses tentam conquistar o México. Narciso alista-se para os combater e é feito prisioneiro. Deportado com outros companheiros para França, é ao som desta canção que todos se despedem deles. Fica 3 meses na prisão de Clemont-Ferrant e é-lhe suspensa a pena. No entanto decide permanecer exilado em Paris por mais uns tempos onde vai dando aulas de música em espanhol. "La Golondrina" passa a ser a canção dos exilados mexicanos em todo o Mundo.
Tenta acabar os seus estudos em medicina e em 1865 regressa ao México. Começa a exercer medicina e continua dando aulas de música. O seu discipulo favorito é Ricardo Barcelata, pai de Lorenzo o compositor de "Maria Elena".
La Golondrina tornou-se o hino de todos os exilados mexicanos, e quando Maria Callas a cantou no Mexico em 1952 a ovação foi de tal ordem que Callas caíu de joelhos no palco a chorar,conforme relatava emocionado o locutor da rádio que transmitia o concerto em directo. Muitos grandes artistas já cantaram a canção, como por exemplo Caetano Veloso, canção que também aparece com o nome de "Las Golondrinas". Por ser muito representativo em imagens da Pátria amada passamos o video da soprano mexicana Olímpia Delgado e a versão audio da extraordinária Nana Mouskouri.
"She Wears My Ring" é uma versão livre de "La Golondrina" (A Andorinha) canção composta em 1862 pelo compositor mexicano Narciso Sarradell Sevilla (1843 - 1910) depois de um conjunto de amigos músicos terem organizado um concurso a ver quem conseguia produzir a melhor música para o poema "La Golondrina" do escritor espanhol Nicero de Zamacois (1820 - 1885). No dia seguinte Narciso apresentou a composição aos seus amigos,que de tão encantados que ficaram,já não quizeram fazer outra.
Mas o mais extraordinário ainda,é que o poema é apenas uma tradução o mais fiel possível do árabe feito pelo último rei de Alpujalpas (Granada) Haben Humeya (1545 - 1569). Ele despedia-se da terra onde fora vencido com nostalgia e com a dedicatória final "ao objecto do meu amor sublime".
O texto foi descoberto casualmente por um investigador francês em Marrakech e chegaram a haver três traduções do mesmo,sendo o escritor espanhol Nicero de Zamacois quem mais fielmente o fez.
Esta tradução foi depois encontrada num monte de papéis e revistas velhas,estando impresso numa revista francesa. É este texto que chega às mãos dos músicos mexicanos. O poema em françês era usado por estes nas despedidas.. É ainda em 1862 que se dá a batalha de La Puebla, quando os franceses tentam conquistar o México. Narciso alista-se para os combater e é feito prisioneiro. Deportado com outros companheiros para França, é ao som desta canção que todos se despedem deles. Fica 3 meses na prisão de Clemont-Ferrant e é-lhe suspensa a pena. No entanto decide permanecer exilado em Paris por mais uns tempos onde vai dando aulas de música em espanhol. "La Golondrina" passa a ser a canção dos exilados mexicanos em todo o Mundo.
Tenta acabar os seus estudos em medicina e em 1865 regressa ao México. Começa a exercer medicina e continua dando aulas de música. O seu discipulo favorito é Ricardo Barcelata, pai de Lorenzo o compositor de "Maria Elena".
La Golondrina tornou-se o hino de todos os exilados mexicanos, e quando Maria Callas a cantou no Mexico em 1952 a ovação foi de tal ordem que Callas caíu de joelhos no palco a chorar,conforme relatava emocionado o locutor da rádio que transmitia o concerto em directo. Muitos grandes artistas já cantaram a canção, como por exemplo Caetano Veloso, canção que também aparece com o nome de "Las Golondrinas". Por ser muito representativo em imagens da Pátria amada passamos o video da soprano mexicana Olímpia Delgado e a versão audio da extraordinária Nana Mouskouri.
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK (parte 2)
OS ANOS DA MAIORIDADE MUSICAL DO ROCK/POP/COUNTRY/SOUL/ FOLK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
Foi nesse período de tempo que se deram as grandes inovações e revoluções em termos musicais, senão analisemos só a lista quase inacreditável do que aconteceu, em termos de criatividade e novidades, nesses anos.
OS ANOS DA MAIORIDADE MUSICAL DO ROCK/POP/COUNTRY/SOUL/ FOLK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
Foi nesse período de tempo que se deram as grandes inovações e revoluções em termos musicais, senão analisemos só a lista quase inacreditável do que aconteceu, em termos de criatividade e novidades, nesses anos.
- No ínicio dos anos 60, o produtor Phil Spector lança duas inovações na música de então, criando o famoso
Wall of Sound, no qual projectava o som original que obtinha no estúdio e recebia de volta um som mais forte e compacto, que gravava para ser editado em disco. Esse novo som enchia os novos discos de uma sonoridade de tal forma forte, que seria quase impossível não se ter vontade de sair dançando ao som desses novos discos.
- Paralelamente, Phil Spector lançou a moda musical das "Girls Groups", ou sejam grupos básicamente vocais e totalmente femininos, dando força a toda uma veia artística feminina, até então muito retraída e reprimida, e onde aparecem as Ronettes, as Shirelles, as Shangri-Las, as Chiffons, as Crystals, etc, para atingirem o auge com as famosas Supremes de Diana Ross.
Wall of Sound, no qual projectava o som original que obtinha no estúdio e recebia de volta um som mais forte e compacto, que gravava para ser editado em disco. Esse novo som enchia os novos discos de uma sonoridade de tal forma forte, que seria quase impossível não se ter vontade de sair dançando ao som desses novos discos.
- Paralelamente, Phil Spector lançou a moda musical das "Girls Groups", ou sejam grupos básicamente vocais e totalmente femininos, dando força a toda uma veia artística feminina, até então muito retraída e reprimida, e onde aparecem as Ronettes, as Shirelles, as Shangri-Las, as Chiffons, as Crystals, etc, para atingirem o auge com as famosas Supremes de Diana Ross.
- Por volta de 1962, os conjuntos da época quase todos bàsicamente instrumentalistas, como The Shadows, The Ventures ou os nossos Conjunto Mistério e Titãs, começam a sua evolução para a vocalização através de uma mistura instrumental de guitarras e bateria num ritmo mais acelerado, com vocalizações tipo doo-wop e criam assim a Surf Music, cujo expoente máximo são os famosos Beach Boys, mas também através de outros percursores como Dick Dale, Jan & Dean, The Trashmen, The Surfaris ou The Chantays.
- O Folk Revival atinge um nível de popularização nunca imaginado, através de artistas inovadores como Bob Dylan, Joan Baez, Judy Collins, Arlo Guthrie ou Peter, Paul and Mary.
- O Folk Revival atinge um nível de popularização nunca imaginado, através de artistas inovadores como Bob Dylan, Joan Baez, Judy Collins, Arlo Guthrie ou Peter, Paul and Mary.
- Os selos "Atlantic" e "Stax/Volt" fazem a sua aposta nos artistas afro-americanos, como Otis Redding, Booker T and The MGs, Isaac Hayes, Aretha Franklin, Sam & Dave, Wilson Pickett ou Bar-Kays e fazem a divulgação para o mundo da chamada Soul Music, à qual a "Tamla Motown" deu uma batida mais pop e criou uma novo som, que se passou a chamar o som "Motown", com artistas como Stevie Wonder, The Supremes, Smokey Robinson & The Miracles, Marvin Gaye, The Four Tops ou The Jacksons 5, onde despontava a super-estrela Michael Jackson.
Este som "Motown" veio dar origem no finais dos anos 70, ao dançante Disco Sound de Donna Summer, Gloria Gaynor, Village People ou Ritchie Family.
Este som "Motown" veio dar origem no finais dos anos 70, ao dançante Disco Sound de Donna Summer, Gloria Gaynor, Village People ou Ritchie Family.
- A partir de 1964, os Beatles deram o toque de mestria a toda a música Pop e Rock, não só dos anos 60, mas de toda a música ligeira que se fez e faz a partir de então.
Começaram por ser os lideres da invasão da música britânica no mercado americano e no resto do mundo, seguidos pelos Rolling Stones, Hollies, Kinks, Herman's Hermits, Dave Clark 5, Manfred Mann, etc, etc, levando um entusiasmo e uma nova onda de rock, que fez emergirem nos Estados Unidos diversos grupos de garage ("Seeds", "Count Five", "Shadows Of Knight", "Electric Prunes", "Beau Brummels" ou os "? and The Mysterians", entre centenas de outros), numa explosão de novas criatividades musicais, na tentativa de os imitarem e até os Byrds inspirados por esse momento de magia e ecletismo musical iniciam a fusão da Folk Music com o Rock e tornam-se nos fundadores de um novo género musical o Folk-Rock (tal como os Fairport Convention, Pentangle, Lindisfarne, Renaissance,etc).
Começaram por ser os lideres da invasão da música britânica no mercado americano e no resto do mundo, seguidos pelos Rolling Stones, Hollies, Kinks, Herman's Hermits, Dave Clark 5, Manfred Mann, etc, etc, levando um entusiasmo e uma nova onda de rock, que fez emergirem nos Estados Unidos diversos grupos de garage ("Seeds", "Count Five", "Shadows Of Knight", "Electric Prunes", "Beau Brummels" ou os "? and The Mysterians", entre centenas de outros), numa explosão de novas criatividades musicais, na tentativa de os imitarem e até os Byrds inspirados por esse momento de magia e ecletismo musical iniciam a fusão da Folk Music com o Rock e tornam-se nos fundadores de um novo género musical o Folk-Rock (tal como os Fairport Convention, Pentangle, Lindisfarne, Renaissance,etc).
- Depois veio a irreverência e a criatividade musical dos Beatles, através de novos instrumentos, novos sons, novas técnicas de gravação e de edição musical, que vieram a dar origem à parafernália criativa do psicadelismo musical (Pink Floyd, Love, Traffic, 13th Floor Elevators, Donovan, Strawberry Alarm Clock, Jefferson Airplane, Grateful Dead, o movimento da Tropicália no Brasil, etc), atingindo o climax em 1967/68/69, os 3 anos mais criativos da música em toda a existência humana até ao Século XXI.
- Os Beatles são percursores da inclusão da música oriental no ambiente pop/rock e são considerados os criadores da primeira música considerada Hard-Rock ("Helter Skelter"), que viria a dar origem à criação de grupos como os Led Zeppelin, Deep Purple, Ten Years After, Steppenwolf, Cream, etc.
- Os Beatles são percursores da inclusão da música oriental no ambiente pop/rock e são considerados os criadores da primeira música considerada Hard-Rock ("Helter Skelter"), que viria a dar origem à criação de grupos como os Led Zeppelin, Deep Purple, Ten Years After, Steppenwolf, Cream, etc.
- Com o lançamento do álbum "Sgt. Peppers' Lonely Hearts Club Band", criou-se uma nova fórmula musical - o álbum conceitual, com um tema central sobre o qual se vão desenrolando e interligando os temas e letras das canções que compõem cada álbum ("Days Of The Future Passed" dos Moody Blues, "Dark Side Of The Moon" dos Pink Floyd, "Pet Sounds" ou "Smile" dos Beach Boys, "Odessa" dos Bee Gees, "In The Court Of Crimson King" dos King Crimson, "Selling England By The Pound" dos Genesis, "The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders Of Mars" de David Bowie, "Eldorado" dos Electric Light Orchestra, "Berlin" de Lou Reed, "Close To The Edge" dos Yes, "The Six Wives Of Henri VIII" ou "The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table" de Rick Wakeman, entre tantos outros) e que fez com que a partir de então as vendas de LPs aumentassem exponencialmente e de tal forma que a partir de meados dos anos 70 e até aos dias de hoje a venda de álbuns (LPs e CDs) tornou-se muito mais importante que a venda de singles.
- A interligação da música clássica com o pop/rock através de imponentes orquestrações em músicas como "Yesterday", "All You Need Is Love", "Strawberry Fields Forever" ou "A Day In The Life" foram a semente para o importante movimento do chamado Rock Progressivo (Moody Blues, Procol Harum, Genesis, Yes ou Emerson, Lake and Palmer, etc), que continua em voga até aos dias de hoje.
- A interligação da música clássica com o pop/rock através de imponentes orquestrações em músicas como "Yesterday", "All You Need Is Love", "Strawberry Fields Forever" ou "A Day In The Life" foram a semente para o importante movimento do chamado Rock Progressivo (Moody Blues, Procol Harum, Genesis, Yes ou Emerson, Lake and Palmer, etc), que continua em voga até aos dias de hoje.
- O processo de colagens, hoje tão em voga na construção musical do século XXI e finais do século XX, teve início naquela que é considerada a mãe de todas as colagens da música Rock - "Tomorrow Never Knows" do álbum "Revolver" dos Beatles, em 1966.
- É ainda nos anos 60, que a Televisão passou a ser uma peça importante para a divulgação do rock, ao mesmo tempo que o pop/rock era vital para as televisões captarem audiências jovens, pelo que ainda hoje é reconhecida a importância para a música rock de programas e shows televisivos como o "American Bandstand", o "Ed Sullivan Show", "Shindig", "Hullaballoo" ,"Beat","Top Of The Pops", "Dick Clark Show" ou "Beat Club".
- Os Beatles tornam-se os percursores dos videos-clips, tão em voga ainda nos dias de hoje após o lançamento da MTV em 1981, ao fazerem uma filmagem para promover o lançamento de "Can't Buy Me Love" em 1964 e cujo director desse filme - Richard Lester - foi homenageado recentemente pelo canal de televisão MTV com um prémio especial por ter inventado o conceito do video-clip.
- Os Beatles tornam-se os percursores dos videos-clips, tão em voga ainda nos dias de hoje após o lançamento da MTV em 1981, ao fazerem uma filmagem para promover o lançamento de "Can't Buy Me Love" em 1964 e cujo director desse filme - Richard Lester - foi homenageado recentemente pelo canal de televisão MTV com um prémio especial por ter inventado o conceito do video-clip.
São estes os testemunhos principais dos princípios dos anos 60 que suportam a nossa convicção de que os vinte e um anos decorrentes entre 1955 e 1975, foram os mais importantes de sempre para a música pop/rock/soul/jazz/country e folk.
Na próxima semana terminaremos esta selecção dos principais factos que modificaram a música para sempre com o que ocorreu desde os meados dos anos 60 até 1975.
Na próxima semana terminaremos esta selecção dos principais factos que modificaram a música para sempre com o que ocorreu desde os meados dos anos 60 até 1975.
FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
"The Huge World Of Emily Small" é um daqueles álbuns que apenas parece ter passado despercebido na maioria dos radares de coleccionadores do pop-psicadélico dos anos 60.
A banda - The Picadilly Line - é essencialmente um duo liderado por Rod Edwards e Roger Hand (que depois viria a gravar como Edwards Hand), que floresceu brevemente no final dos anos 60 lançando este álbum.
The Picadilly Line ainda conseguiu uma aparição no clube Middle Earth em Londres, o centro santificado da cena psicadélica inglesa.
"The Huge World Of Emily Small" é um álbum alegre pós-Sgt. Pepper's, pop-psicadélico com uma orquestração vibrante e letras evocativas de um lunatismo, próprio da época, e repleto de harmonias vocais de sonho enlevadas por um misto de elaborados arranjos eléctricos e acústicos.
"The Huge World Of Emily Small" é uma verdadeira viagem no mundo do Flower Power britânico composta pelas seguintes músicas:
1. Emily Small (The Huge World Thereof) - 2:28
2. Silver Paper Dress - 2:42
3. At The Third Stroke - 2:56
4. Can You See Me? - 2:08
5. Your Dog Won't Bark - 2:55
6. How Could You Say You're Leaving Me? - 2:37
7. Gone, Gone, Gone - 2:17
8. Twiggs - 3:44
9. Tumble Down World - 2:50
10.Visions Of Johanna - 6:08
11.Come And Sing A Song - 2:57
12.Her Name Is Easy - 3:25
Vamos então conhecer o mundo enorme da pequena Emilly e dos Picadilly Line.
Esta semana apresentamos Solomon King, que atingiu o 8º lugar da "Parada da Onda Pop" com "Goodbye, My Old Gal" e foi uma das nossas revelações 68 .