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DESTAQUE DA SEMANA
BEATLES - OS REIS DE 1968
BEATLES - OS REIS DE 1968
Falar dos Beatles é fácil, pois são os melhores e mais criativos compositores do século XX, foram o grupo mais inovador em termos musicais, utilizando instrumentos que nunca tinham sido utilizados no rock e na pop music. Criaram novas técnicas de gravação, novos conceitos, novos estilos musicais e foram os percursores da "British Invasion", não só nos Estados Unidos, como em todo o mundo.
No entanto escrever interessantemente àcerca dos Beatles é muito difícil, pois certamente seremos repetitivos e analisaremos temas que já foram milhares de vezes abordados.
Mas falar do ano de 1968, é dissertar sobre um ano que se destacou entre todos os outros do século passado, porque jovens de todo o mundo lideraram protestos e descobriram novas formas de luta através da música.
No entanto escrever interessantemente àcerca dos Beatles é muito difícil, pois certamente seremos repetitivos e analisaremos temas que já foram milhares de vezes abordados.
Mas falar do ano de 1968, é dissertar sobre um ano que se destacou entre todos os outros do século passado, porque jovens de todo o mundo lideraram protestos e descobriram novas formas de luta através da música.
Têm sido muitas as formas de interpretar "1968" ao longo do tempo: ano revolucionário, enigmático, utópico, rebelde, mítico, profético ou simplesmente das ilusões perdidas.
Foi uma espécie de furacão humano, uma generalizada insatisfação juvenil, que varreu o mundo em todas as direções.
Tornou-se um ano mítico porque “1968” foi o ponto de partida para uma série de transformações políticas, éticas, sexuais e comportamentais, que afetaram as sociedades da época de uma maneira irreversível. Foi o marco histórico dos movimentos ecologistas, femininistas, dos defensores das minorias e dos direitos humanos.
"1968" foi a rejeição aos processos de manipulação da opinião pública por meio dos "mass-midia" que actuam como “aparelhos ideológicos”, incutindo os valores do capitalismo, mas simultâneamente, "1968" foi também o repúdio ao marxismo oficial, ortodoxo, vigente no leste Europeu, e em que os PCs europeus ocidentais, passaram a ser vistos como ultrapassados ideològicamente.
Além da indignação geral provocada pela Guerra Vietnamita e o fascínio pelas multidões juvenis da Revolução Cultural chinesa (estudantes, filhos de funcionários, de trabalhadores e de camponeses, na idade dos 14 aos 18 anos, agrupados nas Guardas Vermelhas, tomaram conta das ruas das grandes cidades num protesto-monstro contra os Zou Zi Pai (os elementos do partido comunista que tinham simpatias pelo capitalismo e pela burguesia e que se encontravam infiltrados nos aparatos do poder). Também pesou nesse vulcão de "1968" a morte de Che Guevara na Bolívia, ocorrida em Outubro de 1967 e a morte de Martin Luther King, um pacifista negro, que acreditava na total integração racial. As suas mortes pelas causas revolucionárias serviram para que muitos se inspirassem no seu sacrifício e outros se revoltassem.
O vulcão adormecido da postura pacifista explodiu numa lava crescente de crítica não só à intervenção militar, mas aos valores globais da sociedade americana e ocidental. Pregaram a desobediência civil e, em grandes manifestações públicas, queimavam as convocações para o serviço militar.
Foi uma espécie de furacão humano, uma generalizada insatisfação juvenil, que varreu o mundo em todas as direções.
Tornou-se um ano mítico porque “1968” foi o ponto de partida para uma série de transformações políticas, éticas, sexuais e comportamentais, que afetaram as sociedades da época de uma maneira irreversível. Foi o marco histórico dos movimentos ecologistas, femininistas, dos defensores das minorias e dos direitos humanos.
"1968" foi a rejeição aos processos de manipulação da opinião pública por meio dos "mass-midia" que actuam como “aparelhos ideológicos”, incutindo os valores do capitalismo, mas simultâneamente, "1968" foi também o repúdio ao marxismo oficial, ortodoxo, vigente no leste Europeu, e em que os PCs europeus ocidentais, passaram a ser vistos como ultrapassados ideològicamente.
Além da indignação geral provocada pela Guerra Vietnamita e o fascínio pelas multidões juvenis da Revolução Cultural chinesa (estudantes, filhos de funcionários, de trabalhadores e de camponeses, na idade dos 14 aos 18 anos, agrupados nas Guardas Vermelhas, tomaram conta das ruas das grandes cidades num protesto-monstro contra os Zou Zi Pai (os elementos do partido comunista que tinham simpatias pelo capitalismo e pela burguesia e que se encontravam infiltrados nos aparatos do poder). Também pesou nesse vulcão de "1968" a morte de Che Guevara na Bolívia, ocorrida em Outubro de 1967 e a morte de Martin Luther King, um pacifista negro, que acreditava na total integração racial. As suas mortes pelas causas revolucionárias serviram para que muitos se inspirassem no seu sacrifício e outros se revoltassem.
O vulcão adormecido da postura pacifista explodiu numa lava crescente de crítica não só à intervenção militar, mas aos valores globais da sociedade americana e ocidental. Pregaram a desobediência civil e, em grandes manifestações públicas, queimavam as convocações para o serviço militar.
Outra forma de contestação foi assumida pelo movimento hippie. Estes eram jovens dos mais diversos extractos sociais que ostensivamente vestiam-se de uma maneira chocante para o americano e o europeu médios. Deixavam crescer barbas e cabelos, vestiam túnicas e trajes de algodão colorido, decoravam-se com colares, pulseiras, e vários anéis. Passaram a viver em bairros separados ou em comunidades rurais. Rejeitando a sociedade de consumo industrial viviam do artesanato e, no campo, da horta. Não mantinham as regras esperadas de comportamento, higiene, nem de acasalamento: “Paz e Amor” ("Peace and Love") era o seu lema e defendiam, paralelo à revolução política, uma Revolução Sexual.
Propunham uma contracultura à sociedade tecnocrata, competitiva, individualista e consumista. Não formaram nenhum partido político nem desejavam disputar quaisquer eleições. Queriam simplesmente impressionar pelo comportamento, mudar os costumes dos que os cercavam para mudar-lhes a mentalidade.
Desenvolveram um universo próprio, um estilo de vida alternativo, que infelizmente não resistiu ao convívio com as drogas. Iniciados na marijuana terminaram por mergulhar em drogas mais fortes como o LSD e outras chamadas psicodélicas.
Chamaram-lhes "Nova Esquerda", mas não eram marxistas pois, tal como os "beatniks" defendiam que os agentes da transformação social seriam as minorias étnicas, os estudantes e os apolíticos intelectuais, visto que nas sociedades mais desenvolvidas do capitalismo, como a norte-americana, a alemã, a francesa ou a inglesa, o confronto capitalistas vs operários já não tinha sucesso, uma vez que estes já estavam acomodados, seduzidos pelo consumo e pelos bens materiais, como tal... não-contestatários.
Essa "Nova Esquerda" contestava as técnicas sofisticadas de repressão através dos "mass-mídia", com um policiamento através da manipulação e do controle de uma formatação mais eficiente sobre as mentes dos cidadãos, como afinal hoje ainda acontece, passados quase 50 anos, principalmente através dos canais generalistas ou informativos de televisão.
Essa "Nova Esquerda" seria constituída por Bruxos ou verdadeiros Revolucionários?
Propunham uma contracultura à sociedade tecnocrata, competitiva, individualista e consumista. Não formaram nenhum partido político nem desejavam disputar quaisquer eleições. Queriam simplesmente impressionar pelo comportamento, mudar os costumes dos que os cercavam para mudar-lhes a mentalidade.
Desenvolveram um universo próprio, um estilo de vida alternativo, que infelizmente não resistiu ao convívio com as drogas. Iniciados na marijuana terminaram por mergulhar em drogas mais fortes como o LSD e outras chamadas psicodélicas.
Chamaram-lhes "Nova Esquerda", mas não eram marxistas pois, tal como os "beatniks" defendiam que os agentes da transformação social seriam as minorias étnicas, os estudantes e os apolíticos intelectuais, visto que nas sociedades mais desenvolvidas do capitalismo, como a norte-americana, a alemã, a francesa ou a inglesa, o confronto capitalistas vs operários já não tinha sucesso, uma vez que estes já estavam acomodados, seduzidos pelo consumo e pelos bens materiais, como tal... não-contestatários.
Essa "Nova Esquerda" contestava as técnicas sofisticadas de repressão através dos "mass-mídia", com um policiamento através da manipulação e do controle de uma formatação mais eficiente sobre as mentes dos cidadãos, como afinal hoje ainda acontece, passados quase 50 anos, principalmente através dos canais generalistas ou informativos de televisão.
Essa "Nova Esquerda" seria constituída por Bruxos ou verdadeiros Revolucionários?
Em princípios de 1968, os estudantes franceses convidaram o psicanalista Wilhelm Reich para uma palestra, mas as autoridades vetaram-no. Em represália os estudantes ocuparam Nanterre a 22 de Março. Os seus colegas da Sorbone solidarizaram-se. No dia 3 de Maio a Universidade de Sorbone foi fechada pelas autoridades. O movimento cresceu e foram organizadas passeatas estudantis, que foram dissolvidas com violência cada vez maior pela policia. A maior dessas batalhas deu-se na “noite das barricadas”, a 10 de Maio. Nessa altura os estudantes conseguiram ganhar as simpatias de outros sectores sociais: sindicalistas, professores, funcionários públicos, empregados do comércio e bancários, que aderiram à causa estudantil e transformou-se numa contestação política ao regime gaulista.
De 18 de Maio a 7 de Junho, 9 milhões de franceses declararam-se em greve geral. No dia 13 de Maio um milhão e duzentos mil pessoas marcharam pelas ruas em protesto contra o governo. .
Enquanto isso delegados governamentais negociavam, em Grenelle, com os sindicatos uma série de melhorias para retirar os trabalhadores da greve e afastá-los dos jovens radicais. Os comunistas por sua vez negaram-se a associar-se a qualquer tentativa de assaltar o poder, o que fez Jean-Paul Sartre denunciá-los dizendo que “Os Comunistas temem a revolução”, mas na realidade o que eles temiam era este verdadeiro poder popular que estava nas ruas.
Os protestos que se alastraram por todo o planeta em 1968, eram em grande parte realizados por estudantes e trabalhadores.
Enquanto a oposição à Guerra do Vietname dominava os protestos (pelo menos nos Estados Unidos), protestava-se também por liberdades civis, contra o racismo, a favor do femininismo, e contra as armas nucleares e biológicas.
As Cidade do México, Berlim Ocidental, Roma e Londres assistiram a protestos contra as administrações universitárias. Em alguns países, como a Espanha, Polónia, Checoslováquia e o Brasil, os principais protestos eram contra os governos repressivos. Em França, na Itália e na Argentina, os sindicatos juntaram-se aos estudantes nas manifestações.
Foi também nesta época, a 20 de Agosto de 1968, que as tropas do Pacto de Varsóvia lideradas pelos tanques russos entraram em Praga e acabaram com a “Primavera de Praga”, sepultando naquele momento qualquer perspectiva de um socialismo extremista poder conviver com um regime de liberdade.
Cancelaram-se as reformas de Alexander Dubcek, mas elas lançaram a semente do que vinte anos depois seria adotado pela própria hierarquia soviética representada pela política da "glasnost" de Michail Gorbachov.
Como num toque pessoal e trágico, em protesto contra a supressão das liberdades recém-conquistadas, o jovem checo Jan Palach incinerou-se numa praça de Praga, a 16 de Janeiro de 1969.
Pode-se dizer que os confrontos generalizados que caracterizaram boa parte dos anos 70, (activados pelos grupos Brigate Rosse, Baader-Meinhoff, Black Panthers, Montoneros, Tupamaros, Var-Palmares, Exército Vermelho japonês, etc.) foram subproduto das esperanças e das energias despertadas pela frustração que se seguiu a 1968/69. Na América Latina o resultado foi mais trágico porque os movimentos estudantis não se depararam com regimes democráticos, mas sim com regimes militares, como no Chile e no Brasil.
Uma revolução que não se socorreu de tiros e bombas, mas sim de "graffitis", das reuniões de massa, dos autofalantes, de algumas pedradas e de muita irreverência, como quando 70.000 jovens se reuniram, a 21 de Outubro de 1967, em frente ao Pentágono, em Washington, fazendo-se acreditar que sentados e só com as suas forças mentais o poderiam fazer levitar, numa demonstração de protesto contra a guerra... e assustaram as autoridades americanas, pois foram dispersados com alguma violência pelas forças policiais.
De 18 de Maio a 7 de Junho, 9 milhões de franceses declararam-se em greve geral. No dia 13 de Maio um milhão e duzentos mil pessoas marcharam pelas ruas em protesto contra o governo. .
Enquanto isso delegados governamentais negociavam, em Grenelle, com os sindicatos uma série de melhorias para retirar os trabalhadores da greve e afastá-los dos jovens radicais. Os comunistas por sua vez negaram-se a associar-se a qualquer tentativa de assaltar o poder, o que fez Jean-Paul Sartre denunciá-los dizendo que “Os Comunistas temem a revolução”, mas na realidade o que eles temiam era este verdadeiro poder popular que estava nas ruas.
Os protestos que se alastraram por todo o planeta em 1968, eram em grande parte realizados por estudantes e trabalhadores.
Enquanto a oposição à Guerra do Vietname dominava os protestos (pelo menos nos Estados Unidos), protestava-se também por liberdades civis, contra o racismo, a favor do femininismo, e contra as armas nucleares e biológicas.
As Cidade do México, Berlim Ocidental, Roma e Londres assistiram a protestos contra as administrações universitárias. Em alguns países, como a Espanha, Polónia, Checoslováquia e o Brasil, os principais protestos eram contra os governos repressivos. Em França, na Itália e na Argentina, os sindicatos juntaram-se aos estudantes nas manifestações.
Foi também nesta época, a 20 de Agosto de 1968, que as tropas do Pacto de Varsóvia lideradas pelos tanques russos entraram em Praga e acabaram com a “Primavera de Praga”, sepultando naquele momento qualquer perspectiva de um socialismo extremista poder conviver com um regime de liberdade.
Cancelaram-se as reformas de Alexander Dubcek, mas elas lançaram a semente do que vinte anos depois seria adotado pela própria hierarquia soviética representada pela política da "glasnost" de Michail Gorbachov.
Como num toque pessoal e trágico, em protesto contra a supressão das liberdades recém-conquistadas, o jovem checo Jan Palach incinerou-se numa praça de Praga, a 16 de Janeiro de 1969.
Pode-se dizer que os confrontos generalizados que caracterizaram boa parte dos anos 70, (activados pelos grupos Brigate Rosse, Baader-Meinhoff, Black Panthers, Montoneros, Tupamaros, Var-Palmares, Exército Vermelho japonês, etc.) foram subproduto das esperanças e das energias despertadas pela frustração que se seguiu a 1968/69. Na América Latina o resultado foi mais trágico porque os movimentos estudantis não se depararam com regimes democráticos, mas sim com regimes militares, como no Chile e no Brasil.
Uma revolução que não se socorreu de tiros e bombas, mas sim de "graffitis", das reuniões de massa, dos autofalantes, de algumas pedradas e de muita irreverência, como quando 70.000 jovens se reuniram, a 21 de Outubro de 1967, em frente ao Pentágono, em Washington, fazendo-se acreditar que sentados e só com as suas forças mentais o poderiam fazer levitar, numa demonstração de protesto contra a guerra... e assustaram as autoridades americanas, pois foram dispersados com alguma violência pelas forças policiais.
Em Portugal, ainda se acreditou na Primavera Marcelista, quando Marcello Caetano a 27 de Setembro assume a governação, pois a economia estava então em franco crescimento, havia-se atingido a escolaridade obrigatória universal, e assim tinham aumentado consideràvelmente o número de estudantes nos liceus e nas universidades. Principalmente nas cidades, uma nova burguesia via em Caetano a esperança de abertura política do Estado Novo. Esta burguesia esperava de Caetano eleições livres e ainda maior liberalização da economia, mas Caetano veio-se a mostrar impotente para fazer valer verdadeiras reformas políticas, provocando a insatisfação da população, o que contribuíu para o golpe militar do 25 de Abril que o veio a derrubar.
O Marcelismo foi mais um dos Sebastianismos políticos em que Portugal tem vivido até aos dias de hoje (2015).
O Marcelismo foi mais um dos Sebastianismos políticos em que Portugal tem vivido até aos dias de hoje (2015).
De onde surgiu toda essa inspiração e energia para tanta movimentação revolucionária reunida num só ano?
A fonte principal de aglutinação, consciência e personalização da juventude veio principalmente da música da época, a partir de 1967.
Na Espanha, Patxi Andión, Juan Manoel Serrat, Manolo Diaz e os Aguaviva eram as voz da revolta, como em Portugal eram essencialmente José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Sérgio Godinho, José Cid e José Mário Branco. Em França, Léo Ferré, Jacques Brel, Serge Reggiani e George Brassens, entre outros davam voz à indignação social. No Brasil nasceu o movimento cultural de vanguarda - Tropicalismo ou Tropicália, liderado por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rogério Duprat, Os Mutantes, Tom Zé e Gal Costa, para além de outras vozes contestatárias, como as de Chico Buarque, Geraldo Vandré ou Raul Seixas, principalmente.
A fonte principal de aglutinação, consciência e personalização da juventude veio principalmente da música da época, a partir de 1967.
Na Espanha, Patxi Andión, Juan Manoel Serrat, Manolo Diaz e os Aguaviva eram as voz da revolta, como em Portugal eram essencialmente José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Sérgio Godinho, José Cid e José Mário Branco. Em França, Léo Ferré, Jacques Brel, Serge Reggiani e George Brassens, entre outros davam voz à indignação social. No Brasil nasceu o movimento cultural de vanguarda - Tropicalismo ou Tropicália, liderado por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rogério Duprat, Os Mutantes, Tom Zé e Gal Costa, para além de outras vozes contestatárias, como as de Chico Buarque, Geraldo Vandré ou Raul Seixas, principalmente.
Nesses mesmos países, mas essencialmente no resto mundo a grande força de explosão e consciência social, principalmente ao nível da juventude, veio do folk e do rock de contestação, como os Rolling Stones, Janis Joplin, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Bob Dylan, Johnny Cash e, claro... os Beatles.
Pois é, os Beatles foram essenciais para que todo este movimento explodisse, porque até terem lançado o importante álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" todos os artistas tinham muito pouca liberdade na escolha do repertório dos discos (muitas vezes escolhido ou "surgerido" pelas grandes empresas editoras) e com um limitadíssimo período de utilização dos estúdios de gravação, não lhes dando muita oportunidade para experimentar novos sons ou técnicas de gravação.
Ora, os Beatles tinham atingido um nível de importância na economia britânica e na "Parlophone" em particular, que lhes foi pela primeira vez posto à disposição o estúdio da "Abbey Road" pelo período de tempo que necessitassem. Então tiveram tempo e oportunidade de fazerem várias experimentações musicais, ao nível de novos instrumentos, colagens, técnicas de gravação ou de outras ideias loucas, que só os grandes artistas se dão ao luxo de poder ter.
Desta liberdade nasceram entre tantas preciosidades, para além do referido "Sgt. Pepper's", "Strawberry Fields Forever", "Penny Lane", Hello Goodbye", "Hey Jude", "I Am The Walrus", "Fool On The Hill", "Yellow Submarine", "Magical Mystery Tour", "Lady Madona" e "All You Need Is Love", que foi composta por encomenda da BBC para representar o Reino Unido no programa televisivo "Our World", que foi o primeiro programa global ao vivo feito para todo o mundo assistir em directo via satélite. Foi visto por 400 milhões de pessoas em 25 países, no dia 25 de Junho de 1967.
Para além da sua letra filosófica, "All You Need Is Love" encapsulava todo o conceito do "Summer Love" e dos hippies, com uma construção musical vanguardista de colagens de "La Marseillaise" - o hino nacional francês, do tema "Greensleeves", música de Bach, do êxito de 1958 "Chanson D'Amour", de "In The Mood" de Glen Miller e do seu próprio grande sucesso "She Loves You", tudo isto em cima de uma belíssima composição original de Lennon/McCartney, com um fundo musical de violinos, trompete, trombone, saxofones e de um coro de amigos como Mick Jagger e Keith Richards (dos Rolling Stones), Keith Moon (dos The Who), Graham Nash (dos Hollies), Marianne Faithful, Donovan, entre tantos outros.
Desculpem-nos o desabafo... Só Os Beatles!
Pois é, os Beatles foram essenciais para que todo este movimento explodisse, porque até terem lançado o importante álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" todos os artistas tinham muito pouca liberdade na escolha do repertório dos discos (muitas vezes escolhido ou "surgerido" pelas grandes empresas editoras) e com um limitadíssimo período de utilização dos estúdios de gravação, não lhes dando muita oportunidade para experimentar novos sons ou técnicas de gravação.
Ora, os Beatles tinham atingido um nível de importância na economia britânica e na "Parlophone" em particular, que lhes foi pela primeira vez posto à disposição o estúdio da "Abbey Road" pelo período de tempo que necessitassem. Então tiveram tempo e oportunidade de fazerem várias experimentações musicais, ao nível de novos instrumentos, colagens, técnicas de gravação ou de outras ideias loucas, que só os grandes artistas se dão ao luxo de poder ter.
Desta liberdade nasceram entre tantas preciosidades, para além do referido "Sgt. Pepper's", "Strawberry Fields Forever", "Penny Lane", Hello Goodbye", "Hey Jude", "I Am The Walrus", "Fool On The Hill", "Yellow Submarine", "Magical Mystery Tour", "Lady Madona" e "All You Need Is Love", que foi composta por encomenda da BBC para representar o Reino Unido no programa televisivo "Our World", que foi o primeiro programa global ao vivo feito para todo o mundo assistir em directo via satélite. Foi visto por 400 milhões de pessoas em 25 países, no dia 25 de Junho de 1967.
Para além da sua letra filosófica, "All You Need Is Love" encapsulava todo o conceito do "Summer Love" e dos hippies, com uma construção musical vanguardista de colagens de "La Marseillaise" - o hino nacional francês, do tema "Greensleeves", música de Bach, do êxito de 1958 "Chanson D'Amour", de "In The Mood" de Glen Miller e do seu próprio grande sucesso "She Loves You", tudo isto em cima de uma belíssima composição original de Lennon/McCartney, com um fundo musical de violinos, trompete, trombone, saxofones e de um coro de amigos como Mick Jagger e Keith Richards (dos Rolling Stones), Keith Moon (dos The Who), Graham Nash (dos Hollies), Marianne Faithful, Donovan, entre tantos outros.
Desculpem-nos o desabafo... Só Os Beatles!
Depois desta liberdade de construção musical, que ninguém tinha antes tido criatividade, coragem ou oportunidade de gravar, os estúdios abriram as suas disponibilidades criativas aos outros artistas já conceituados, como Rolling Stones, Hollies, Dave Clark 5, Manfred Mann, etc, que aproveitaram e libertaram as suas veias artísticas de criação. Apareceram então novos grupos a gravarem discos com uma criatividade e ousadia musical, que antes nunca teriam oportunidade de editar tais obras, como os Moody Blues, Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple, Doors, Status Quo, Crazy World of Arthur Brown, Steppenwolf, Herd, Amen Corner, Genesis, Cat Stevens, Donovan, Jimi Hendrix, Barclays James Harvest, Yes, Emerson, Lake and Palmer, etc, etc, etc., para além de autênticas obras-primas como as óperas-rock "Jesus Christ Superstar", "Hair" e "Tommy" ou "A Teenage Opera" de Mark Wirtz e Keith West, "Eloise" de Barry Ryan, "Let's Go To San Francisco" dos Flower Pot Men, "(Sittin') On The Dock Of The Bay" de Otis Redding, "Reflections Of My Life" dos Marmalade, "Balada Para El-Rei D. Sebastião" do Quarteto 1111, "Daydream" dos Wallace Collection, "Love Me, Please Love Me" de Michel Polnareff, "Je T'Aime... Moi Non Plus" de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, "Jesamine" dos Casuals, "Rock Machine" dos Bats, "Dear Heloise" dos Hollies, "I Can't Let Maggie Go" dos Honeybus, "I've Gotta Get A Message To You" ou "I Started A Joke" dos Bee Gees, "Crystal Blue Persuasion" de Tommy James and The Shondells, "We Love You" (com coros de John Lennon e Paul McCartney) ou "She's A Rainbow", ambas dos Rolling Stones, etc, etc, etc... etc, etc, et cetera...
Para além de toda esta importância na liberdade de criação musical de tantos e óptimos conjuntos e artistas, os Beatles em 1968 avançam para uma ligação espiritual e musical com o oriente (algo vanguardista na época) e vão para o País de Gales para iniciarem a Meditação Transcendental com Maharishi Mahesh Yogi, acompanhados de amigos como o Mick Jagger, Marianne Faithfull e Cilla Black e depois partem para Rishikesh, na Índia, para aprofundarem os seus conhecimentos espirituais. Com eles vão as namoradas e esposas, Donovan, Mike Love dos Beach Boys, a actriz Mia Farrow e a sua irmã Prudence, o flautista de jazz Paul Horn, entre outros. George Harrison entretanto completa a sua aprendizagem para tocar cítara com o mestre Ravi Shankar.
Foi mais uma pedrada no charco cultural e musical e em termos de criatividade nasceu o famoso duplo L.P. - "White Album" ou simplesmente "Beatles", donde brotam, para além da primeira composição de Ringo para os Beatles - "Don't Pass Me By", pérolas musicais como "Blackbird", "Back In The U.S.S.R.", "Martha My Dear", "Ob-La-Di, Ob-La-Da" ou "Helter Skelter" (considerada a primeira gravação de hard rock) de Paul McCartney ou "Revolution Nº1", o avant-garde "Revolution Nº9", "Happiness Is A Warm Gun", "Dear Prudence", "Julia" ou "Good Night" de John Lennon, "Piggies" ou "While My Guitar Gently Weeps"de George Harrison.
Foi mais uma pedrada no charco cultural e musical e em termos de criatividade nasceu o famoso duplo L.P. - "White Album" ou simplesmente "Beatles", donde brotam, para além da primeira composição de Ringo para os Beatles - "Don't Pass Me By", pérolas musicais como "Blackbird", "Back In The U.S.S.R.", "Martha My Dear", "Ob-La-Di, Ob-La-Da" ou "Helter Skelter" (considerada a primeira gravação de hard rock) de Paul McCartney ou "Revolution Nº1", o avant-garde "Revolution Nº9", "Happiness Is A Warm Gun", "Dear Prudence", "Julia" ou "Good Night" de John Lennon, "Piggies" ou "While My Guitar Gently Weeps"de George Harrison.
É preciso dizer mais alguma coisa para justificar o porquê do título: "BEATLES - Os Reis de 1968" ?
Ou não serão eles os incontestáveis "Reis da Música do Século XX" ?
Ou não serão eles os incontestáveis "Reis da Música do Século XX" ?
DESTAQUE
ONDA POP ELEGE:
OS MELHORES DE 1968 - OS 5 NACIONAIS
OS MELHORES DE 1968 - OS 5 NACIONAIS
As classificações obtidas são sempre subjectivas e refletem as vivências de quem as faz. Pretendia-se valorizar o trabalho dos artistas durante o ano, se bem que a maioria das vezes, e por incrível que possa parecer, a maior dificuldade em obter informação, não era nem de Espanha, nem de França, nem de Itália, mas sim de Portugal Continental, porque com Inglaterra e Estados Unidos estávamos muito adiante de Lisboa, via África do Sul e da Estação B do RCM. Depois nunca fomos sectários, não colocávamos artistas de lado porque faziam uma música que não nos agradasse muito ou por que não gostávamos do cantor ou grupo. Fazíamos de tudo para tentar obter informação em Lisboa, o problema é que nem os de Lisboa, muito menos do resto do País sabiam o que se fazia ou ouvia por lá. As canções que vamos passar, são menos conhecidas ou mesmo desconhecidas para 99,9% dos internautas e mesmo da população. Por outro lado, quase todos os outros qualificados vão ser entrevistados pela Onda Pop, começando já pelo Quinteto Académico + 2 na próxima semana.
Conjuntos - Aqui venceu o Conjunto Oliveira Muge que tinha lançado dois discos em 68 e que eram do nosso apreço. Nesta altura na cidade da Beira lideravam o Top com "Longe de Ti" um tema original de António Policarpo.
Conjuntos - Aqui venceu o Conjunto Oliveira Muge que tinha lançado dois discos em 68 e que eram do nosso apreço. Nesta altura na cidade da Beira lideravam o Top com "Longe de Ti" um tema original de António Policarpo.
Cantores - O ano foi ganho por António Mourão que tinha obtido grande destaque lançando mais algumas boas canções. Em 2º ficou o nosso preferido que era o Eduardo Jaime que também lançara um LP na África do Sul. Por ter uma linda voz e ser um cantor absolutamente desconhecido em Portugal Continental, vamos passar uma das suas primeiras canções, que por mais incrível que vos possa parecer, foi um disco que comprei em 1965 em Madrid, quando vim de férias à "Metrópole" com os meus pais e que nunca por Lisboa vi à venda, "Lua Azul". Já agora para quem não sabe o que é, a Lua Azul é a 2ª Lua Cheia que aparece num mesmo mês.
Cantoras - Era quase impossível que não fosse a Amália a ganhar pois o seu trabalho era de uma cadência muito grande e de excelente qualidade. Techa também tinha lançado dois discos que apreciávamos e Suzy Paula aparecia como uma nova voz fresca na moda Yé Yé. Simone e Madalena também tinham lançado bons trabalhos, e a sua classe não desiludia. Vamos ilustrar desta vez, não com a Amália que todos já conhecem mas com uma bonita canção da Techa, versão portuguesa de um grande êxito de Gigliola Cinquetti, Il Treno dell'amor, "O Comboio do Amor", que não conhecem.
FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Como um dos representantes maiores do movimento tropicalista, Gilberto Gil merece todo o nosso respeito. Quando Gilberto Gil e os outros tropicalistas começaram a usar as guitarras eléctricas estridentes, com orquestrações ousadas de Rogério Duprat, quer este, quer todos os tropicalistas não se esqueceram do primeiro movimento inovador da música brasileira - a Bossa Nova, e de João Gilberto o seu nome mais sonante no modo de a interpretar tocando o violão e cantando numa voz que parecia tímida de tanta sonoridade. |
Por exemplo, Caetano Veloso gosta tanto dele ainda hoje, que atingiu uma felicidade enorme ao produzir um disco para o seu ídolo (João Voz e Violão, 2000).
Gilberto Gil também o quis homenagear, mas foi inteligente ao não o tentar copiar e não usando exclusivamente a fórmula mágica de João Gilberto (voz e violão).
Gilberto Gil rodeou-se de jovens, mas já consagrados músicos da nova vaga brasileira, gente como Domenico Lancellotti, Pedro Sá, Rodrigo Amarante, Bem Gil (filho de Gilberto) e Moreno Veloso (filho de Caetano).
Esse "batidinho" de gente nova misturada com Bossa Nova, fez com que o passado se tornasse presente.
A suculenta lista de "batidinhos" começa com “Aos Pés Da Cruz” e depois continua com “Eu Sambo Mesmo”, seguido da mundialmente conhecida “O Pato”.
Segue-se “Tim Tim Por Tim Tim”, e surge depois “Desde Que O Samba É Samba”, de Caetano Veloso.
É agora a vez da célebre composição “Desafinado”, de Tom Jobim, que vem seguida de uma composição de Dorival Caymmi - “Milagre”.
Aparece agora um instrumental, “Um Abraço No João”, que evoca a composição de João Gilberto “Um Abraço No Bonfá”.
Na sequência poderemos ouvir “Doralice” e “Você E Eu”.
Em "Gilbertos Samba" segue-se a conhecidíssima “Eu Vim Da Bahia” e termina com "Gilbertos" numa homenagem a ambos os baianos (João Gilberto e Gilberto Gil) e mostrando quase tudo o que os dois têm em comum, apesar das nítidas diferenças de estilos musicais e de percurso, que escolheram.
Mas como a genialidade também é comum a ambos, canta-se assim, em “Gilbertos Samba”:
“Aparece a cada cem anos um / E a cada vinte e cinco um aprendiz / Aparece a cada cem anos um mestre da canção no país/ ...", conforme poderão acompanhar no video que vos propomos.
Gilberto Gil também o quis homenagear, mas foi inteligente ao não o tentar copiar e não usando exclusivamente a fórmula mágica de João Gilberto (voz e violão).
Gilberto Gil rodeou-se de jovens, mas já consagrados músicos da nova vaga brasileira, gente como Domenico Lancellotti, Pedro Sá, Rodrigo Amarante, Bem Gil (filho de Gilberto) e Moreno Veloso (filho de Caetano).
Esse "batidinho" de gente nova misturada com Bossa Nova, fez com que o passado se tornasse presente.
A suculenta lista de "batidinhos" começa com “Aos Pés Da Cruz” e depois continua com “Eu Sambo Mesmo”, seguido da mundialmente conhecida “O Pato”.
Segue-se “Tim Tim Por Tim Tim”, e surge depois “Desde Que O Samba É Samba”, de Caetano Veloso.
É agora a vez da célebre composição “Desafinado”, de Tom Jobim, que vem seguida de uma composição de Dorival Caymmi - “Milagre”.
Aparece agora um instrumental, “Um Abraço No João”, que evoca a composição de João Gilberto “Um Abraço No Bonfá”.
Na sequência poderemos ouvir “Doralice” e “Você E Eu”.
Em "Gilbertos Samba" segue-se a conhecidíssima “Eu Vim Da Bahia” e termina com "Gilbertos" numa homenagem a ambos os baianos (João Gilberto e Gilberto Gil) e mostrando quase tudo o que os dois têm em comum, apesar das nítidas diferenças de estilos musicais e de percurso, que escolheram.
Mas como a genialidade também é comum a ambos, canta-se assim, em “Gilbertos Samba”:
“Aparece a cada cem anos um / E a cada vinte e cinco um aprendiz / Aparece a cada cem anos um mestre da canção no país/ ...", conforme poderão acompanhar no video que vos propomos.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
"A Banda Tropicalista Do Duprat" é um disco de 1968 que, antes de sair a sua edição em CD, era disputado nas feiras e nos alfarrabistas, tendo chegado a ser cotado por mais de US$3.000 entre coleccionadores.
Rogério Duprat possuía uma formação erudita, mas a partir da segunda metade da década de 60, aproximou-se da música popular, pois o maestro estava cansado de compôr obras que terminavam destinadas a uma pequena elite e passou a praticar a fundo todo seu conhecimento musical, numa fusão de diversos estilos.
Duprat foi o arranjador de diversas canções tropicalistas e de álbuns inteiros, inclusivé assina os carros-chefes do movimento: “Domingo no Parque” e “Alegria, Alegria” de Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente.
Além disso, o maestro e arranjador trabalhou em muitos dos discos dos Mutantes e ficou conhecido como o George Martin da Tropicália.
"A Banda Tropicalista do Duprat" é um daqueles discos bastante comentados no meio pseudo-cult-musical, mas pouco ouvido de verdade.
Rogério Duprat depois viria a afirmar que puseramo o nome de "A Banda Tropicalista Do Duprat" à sua revelia.
Eis a lista das canções que fazem parte deste disco:
1. Judy in Disguise (Bernard, John Fred, Wessle)
2. Honey (Bob Russel) / Summer Rain (J. Hendricks)
3. Canção para Inglês Ver (Lamartine Babo) / Chiquita Bacana (Alberto Ribeiro, João de Barro), com "Os Mutantes"
4. Flying (Lennon, McCartney)
5. The Rain, The Park And Other Things (Duboff, Kornfeld), com "Os Mutantes"
6. Canto Chorado (Billy Blanco) / Bom Tempo (Chico Buarque) / Lapinha (Baden Powell, Paulo César Pinheiro)
7. Chega de Saudade (Tom Jobim, Vinícius de Moraes)
8. Baby (Caetano Veloso)
9. Cinderella Rockfella (M. Williams)
10. Ele Falava Nisso Todo Dia (Gilberto Gil) / Bat Macumba (Caetano Veloso, Gilberto Gil) / Frevo Rasgado (Bruno Ferreira, Gilberto Gil)
11. Lady Madonna (Lennon, McCartney), com "Os Mutantes"
12. Quem Será (Evaldo Gouveia, Jair Amorim)
Como vemos, "Os Mutantes" participam em três músicas, sendo uma delas "Canção Para Inglês Ver/Chiquita Banana", um óptimo exemplo das arrojadas orquestrações de Duprat, aproveitando músicas tradicionais brasileiras.
Rogério Duprat possuía uma formação erudita, mas a partir da segunda metade da década de 60, aproximou-se da música popular, pois o maestro estava cansado de compôr obras que terminavam destinadas a uma pequena elite e passou a praticar a fundo todo seu conhecimento musical, numa fusão de diversos estilos.
Duprat foi o arranjador de diversas canções tropicalistas e de álbuns inteiros, inclusivé assina os carros-chefes do movimento: “Domingo no Parque” e “Alegria, Alegria” de Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente.
Além disso, o maestro e arranjador trabalhou em muitos dos discos dos Mutantes e ficou conhecido como o George Martin da Tropicália.
"A Banda Tropicalista do Duprat" é um daqueles discos bastante comentados no meio pseudo-cult-musical, mas pouco ouvido de verdade.
Rogério Duprat depois viria a afirmar que puseramo o nome de "A Banda Tropicalista Do Duprat" à sua revelia.
Eis a lista das canções que fazem parte deste disco:
1. Judy in Disguise (Bernard, John Fred, Wessle)
2. Honey (Bob Russel) / Summer Rain (J. Hendricks)
3. Canção para Inglês Ver (Lamartine Babo) / Chiquita Bacana (Alberto Ribeiro, João de Barro), com "Os Mutantes"
4. Flying (Lennon, McCartney)
5. The Rain, The Park And Other Things (Duboff, Kornfeld), com "Os Mutantes"
6. Canto Chorado (Billy Blanco) / Bom Tempo (Chico Buarque) / Lapinha (Baden Powell, Paulo César Pinheiro)
7. Chega de Saudade (Tom Jobim, Vinícius de Moraes)
8. Baby (Caetano Veloso)
9. Cinderella Rockfella (M. Williams)
10. Ele Falava Nisso Todo Dia (Gilberto Gil) / Bat Macumba (Caetano Veloso, Gilberto Gil) / Frevo Rasgado (Bruno Ferreira, Gilberto Gil)
11. Lady Madonna (Lennon, McCartney), com "Os Mutantes"
12. Quem Será (Evaldo Gouveia, Jair Amorim)
Como vemos, "Os Mutantes" participam em três músicas, sendo uma delas "Canção Para Inglês Ver/Chiquita Banana", um óptimo exemplo das arrojadas orquestrações de Duprat, aproveitando músicas tradicionais brasileiras.
Esta semana o 3º lugar é da cantora escocesa Lulu que, com a sua mini-saia, parecia uma tal tigreza, que até Maurice Gibb (um dos irmãos dos Bee Gees) tentou ser o seu domador, mas não se deu muito bem, pois o casamento de ambos só durou 4 anos.
Lulu incorporou um ar felino e conseguiu imenso sucesso com a canção "I'M A Tiger", por isso ninguém a pode acusar de não ter avisado Maurice, ainda antes do casamento, visto que só se casaram em 1969.
No entanto, esta brincadeira com "I'M A Tiger" não é verdade, pois ela não queria gravar esta canção por a achar muito imbecil e até chorou quando a editora a "obrigou" a gravar, ficando durante algum tempo, com a imagem de uma cantora de música festivaleira, e de tal forma essa imagem prevaleceu que, em 1969, Lulu foi a escolhida para defender o Reino Unido no Festival da Eurovisão, com "Boom Bang A Bang".
Lulu incorporou um ar felino e conseguiu imenso sucesso com a canção "I'M A Tiger", por isso ninguém a pode acusar de não ter avisado Maurice, ainda antes do casamento, visto que só se casaram em 1969.
No entanto, esta brincadeira com "I'M A Tiger" não é verdade, pois ela não queria gravar esta canção por a achar muito imbecil e até chorou quando a editora a "obrigou" a gravar, ficando durante algum tempo, com a imagem de uma cantora de música festivaleira, e de tal forma essa imagem prevaleceu que, em 1969, Lulu foi a escolhida para defender o Reino Unido no Festival da Eurovisão, com "Boom Bang A Bang".