EDITORIAL Mais um nº que também deu muito e gostoso trabalho. O último do Ano 2017. Começamos então por vos desejar um FELIZ NATAL e um NOVO ANO 2018 cheio de Saúde, Paz, Música e Amor.
Nesta edição nº 91 de 20 de junho de 1970 falámos de Udo Jurgens e Dana, mas como deles já apresentámos as suas histórias nos nºs 65 (Udo) e 81 (Dana) não os voltamos a apresentar.
Felizmente conseguimos falar com todos os elementos do Conjunto vocal Intróito e saber das suas continuidades musicais ou não. O artigo tem o nome "Ecos do Festival T.V.P." ( Televisão Portuguesa). A TV em Portugal nasceu na Feira Popular de Lisboa em finais de 1956 mas só no início de 1960 chegou a todo o território continental. Chamava-se Radiotelevisão Portuguesa. Só em 2004 toma o nome actual de RTP. Julie Felix e Connie Francis eram grandes senhoras da canção de muito talento e muito diferentes. The Who eram dos nossos favoritos e a sua história ainda não terminou. Do conjunto sul africano Outlet pouco soubemos mas fazemos uma brincadeira com uma canção que editaram, "Lazy Life". Muita pena temos em não ter conseguido saber de qualquer paradeiro de Carlos Pires que era um excelente músico mas mesmo assim falamos dele.
Neste espaço de tempo entre a última publicação e esta mais alguns artistas nos deixaram. Um dos maiores a nível mundial foi sem dúvida Johnny Hallyday que aparece citado nas nossas páginas nºs 6, 10, 36, 51, 54 e 83. Das novas gerações anos 80 o fundador dos Xutos e Pontapés, Zé Pedro que conseguiu manter o seu grupo na crista da Onda portuguesa desde esses tempos, seria o Keith Richars dos Stones à portuguesa e Mário Gil que com grande humildade e simpatia nos soube levar pelos "Caminhos de Portugal" e já cansado, também de comboio a apitar. Finalmente descobrimos uma fantástica estória na Parada da Onda Pop... descubram quem era Mr. Bloe.
Nesta edição nº 91 de 20 de junho de 1970 falámos de Udo Jurgens e Dana, mas como deles já apresentámos as suas histórias nos nºs 65 (Udo) e 81 (Dana) não os voltamos a apresentar.
Felizmente conseguimos falar com todos os elementos do Conjunto vocal Intróito e saber das suas continuidades musicais ou não. O artigo tem o nome "Ecos do Festival T.V.P." ( Televisão Portuguesa). A TV em Portugal nasceu na Feira Popular de Lisboa em finais de 1956 mas só no início de 1960 chegou a todo o território continental. Chamava-se Radiotelevisão Portuguesa. Só em 2004 toma o nome actual de RTP. Julie Felix e Connie Francis eram grandes senhoras da canção de muito talento e muito diferentes. The Who eram dos nossos favoritos e a sua história ainda não terminou. Do conjunto sul africano Outlet pouco soubemos mas fazemos uma brincadeira com uma canção que editaram, "Lazy Life". Muita pena temos em não ter conseguido saber de qualquer paradeiro de Carlos Pires que era um excelente músico mas mesmo assim falamos dele.
Neste espaço de tempo entre a última publicação e esta mais alguns artistas nos deixaram. Um dos maiores a nível mundial foi sem dúvida Johnny Hallyday que aparece citado nas nossas páginas nºs 6, 10, 36, 51, 54 e 83. Das novas gerações anos 80 o fundador dos Xutos e Pontapés, Zé Pedro que conseguiu manter o seu grupo na crista da Onda portuguesa desde esses tempos, seria o Keith Richars dos Stones à portuguesa e Mário Gil que com grande humildade e simpatia nos soube levar pelos "Caminhos de Portugal" e já cansado, também de comboio a apitar. Finalmente descobrimos uma fantástica estória na Parada da Onda Pop... descubram quem era Mr. Bloe.
Faleceu dia 6 de Dezembro de 2017 o maior ícone da música Rock francesa do século XX e um dos maiores a nível mundial. Na nossa Onda Pop nº 10 já contámos a sua história e dele também falámos noutras páginas como as nºs 6 e 54. Nos últimos anos apresentava problemas de saúde que ia superando. Em Março deste ano anunciara ter cancro de pulmão e os tratamentos e a quimioterapia não o demoveram de continuar os concertos que ia fazendo com os seus amigos Jacques Dutronc e Eddy Mitchell, "Les Vieilles Canailles" sempre com salas esgotadas. A nossa amiga Lina, sua grande fã, fez questão de comemorar o seu aniversário num espectáculo desses e por isso deslocou-se à Suiça para assistir a esse show no dia 13 de Junho. Assim na Arena de Genebra assistiu a um grande espectáculo, mas comentou que Johnny já se apresentou com dificuldade e cantou poucas canções. Foi uma das suas últimas apresentações.
O seu funeral em França ultrapassou tudo aquilo que se podia imaginar, maior que um funeral de Estado. Fã incondicional de motos, particularmente a Harley Davison foi acompanhado por mais de 700 motards até à igreja de Madeleine onde o actual presidente francês e dois ex-presidentes franceses lhe prestaram homenagem, no entanto os seus restos mortais foram para a ilha de S. Barthelemie nas Caraíbas onde a família tem casa e ele gostava de viver. Johnny vendeu mais de 110 milhões de discos, gravou mais de mil canções recebeu discos de diamante, platina e ouro, é um dos 10 principais artistas do Top 10 mundial dos anos 60 e 70, segundo o estudo do Pop José Couto. Na Onda Pop nº 10 podem seguir a sua história e ver o lançamento do seu último álbum no artigo "Novos Discos de Velhos Conhecidos", na nº6 a reconciliação com a sua 1ª mulher, a cantora Sylvie Vartan de quem tem o seu filho David, na Onda nº 54 falamos de Jacques Dutronc e apresentámos uma canção com "Les Vieilles Canailles".
Julie Ann Felix nasceu a 14 de Junho de 1938 em Santa Barbara, Califórnia. Filha de pai mexicano e mãe americana de origem irlandesa. Ambos tinham sangue índio na família. Seu pai era um excelente músico e aos sete anos já ouvia as canções Marihachi que ele e os amigos tocavam. Aprendeu com a viola de seu pai e chegou a levá-la para a Escola para tocar a sua primeira composição. O pai ofereceu-lhe uma viola mexicana. Fez o Liceu em Santa Barbara assim como a Faculdade. Teenager, já cantava pelos bares para ganhar uns tostões. O seu estilo seguia o de Pete Seeger e o de Paul Simon. Era muito apreciada. Irritava-se com um jovem que por lá aparecia e no final sempre a interrogava e queria saber como eram os acordes. Esse jovem era David Crosby (CSN & Y - OP nº 56).
Fascinada com o livro de Jack Kerouac's "On The Road", decide sair de casa. Assim em 1962 decide ir de férias por 3 meses para as Ilhas Gregas, com mil dólares no bolso que tinha conseguido juntar. Mas decide ficar. Vai cantando em bares e vai fazendo dinheiro para sobrevier. Passa para Itália, França, Espanha (fica seis meses em Ibiza) e Alemanha. Em Setembro de 1964, decide ir para Inglaterra. Da sua vida privada pouco ou nada se sabe, apenas sabemos que partilhava a ideologia dos anos 60 - do amor livre.
Torna-se a 1ª artista de música Folk a assinar contrato com uma grande editora, a Decca.
É considerada a 1ª Folk Singer no Reino Unido.
Grava o seu 1º álbum "Julie Felix" e o seu 1ºsingle "Somebody Soon", mas o seu verdadeiro pulo para o sucesso surge quando parece na TV no "Eammon Andrews TV Show". Na semana seguinte teve de regressar a pedido do público.
Fascinada com o livro de Jack Kerouac's "On The Road", decide sair de casa. Assim em 1962 decide ir de férias por 3 meses para as Ilhas Gregas, com mil dólares no bolso que tinha conseguido juntar. Mas decide ficar. Vai cantando em bares e vai fazendo dinheiro para sobrevier. Passa para Itália, França, Espanha (fica seis meses em Ibiza) e Alemanha. Em Setembro de 1964, decide ir para Inglaterra. Da sua vida privada pouco ou nada se sabe, apenas sabemos que partilhava a ideologia dos anos 60 - do amor livre.
Torna-se a 1ª artista de música Folk a assinar contrato com uma grande editora, a Decca.
É considerada a 1ª Folk Singer no Reino Unido.
Grava o seu 1º álbum "Julie Felix" e o seu 1ºsingle "Somebody Soon", mas o seu verdadeiro pulo para o sucesso surge quando parece na TV no "Eammon Andrews TV Show". Na semana seguinte teve de regressar a pedido do público.
Trabalhou com Associações de carácter social como "Cristian Aid" e "Freedom From Hunger" e assim cantou no Líbano, Jordânia, Uganda e Kénia.
Em 1965 é uma amiga especial de Paul McCartney e encontram-se em segredo (Paul namorava a actriz Jane Asher). "Strawberry Fields" foi-lhe cantada antes de ser gravada. Brian Epstien convida-a para fazer um show em Londres com Georgie Fame, "Felix & Fame" no Saville Theatre. A 1ª parte era feita por um jovem talentoso e principiante de nome Cat Stevens. Também em 65 foi a 1ª Folk Singer a cantar e esgotar o Royal Albert Hall. Foi ainda a 1ª a cantar na Westminter Abbey nas comemorações dos seus 900 anos.
Em 1966 Torna-se a cantora residente do programa de TV "The Frost Report", programa de David Frost. Aparece nas televisões holandesa e alemã.
Em 1965 é uma amiga especial de Paul McCartney e encontram-se em segredo (Paul namorava a actriz Jane Asher). "Strawberry Fields" foi-lhe cantada antes de ser gravada. Brian Epstien convida-a para fazer um show em Londres com Georgie Fame, "Felix & Fame" no Saville Theatre. A 1ª parte era feita por um jovem talentoso e principiante de nome Cat Stevens. Também em 65 foi a 1ª Folk Singer a cantar e esgotar o Royal Albert Hall. Foi ainda a 1ª a cantar na Westminter Abbey nas comemorações dos seus 900 anos.
Em 1966 Torna-se a cantora residente do programa de TV "The Frost Report", programa de David Frost. Aparece nas televisões holandesa e alemã.
Em 1967 assina com a TV BBC 2 um contrato para 17 programas de nome "Once More With Felix". Os programas começam a 9 de Dezembro e sempre convindando artistas como The Kinks, Dusty Springfield, Donovan, Leonard Cohen ( com quem tem um affair), Richard Harris ou Jimmy Page dos Led Zeppelin que toca "White Summer" e "Black Montain".
Em 68 para além dos shows na TV entra no Internacional Essen Songs Days. Foi o 1º programa a cores da TV inglesa. No final de 68 grava o álbum "Going To The Zoo", um disco para crianças. Em 69 aparece no Festival da Ilha de Wight onde encontra Bob Dylan um dos seus artistas favoritos e com 3 dos Beatles a assistir (OP nº) .Em 1970 e com o produtor Mickie Most lança a canção que a trouxe então à Onda Pop, "If I Could (El Condor Pasa)" de Simon & Garfunkel. Foi o 1º Hit da Editora RAK de Mickie Most. O sucesso é tal que a BBC decide reeditar os programas de 68 com o nome de "The Julie Felix Show", mas agora na TV BBC 1.
Depois ainda lançou "Heaven is Here" uma composição dos Hot Chocolate, mas que não obtém grande sucesso.
Em 68 para além dos shows na TV entra no Internacional Essen Songs Days. Foi o 1º programa a cores da TV inglesa. No final de 68 grava o álbum "Going To The Zoo", um disco para crianças. Em 69 aparece no Festival da Ilha de Wight onde encontra Bob Dylan um dos seus artistas favoritos e com 3 dos Beatles a assistir (OP nº) .Em 1970 e com o produtor Mickie Most lança a canção que a trouxe então à Onda Pop, "If I Could (El Condor Pasa)" de Simon & Garfunkel. Foi o 1º Hit da Editora RAK de Mickie Most. O sucesso é tal que a BBC decide reeditar os programas de 68 com o nome de "The Julie Felix Show", mas agora na TV BBC 1.
Depois ainda lançou "Heaven is Here" uma composição dos Hot Chocolate, mas que não obtém grande sucesso.
Em 71 canta na Nova Zelândia para 27 mil pessoas contra a guerra do Vietnam. Depois regressa a Londres. A 19 de Dezembro nasce a sua filha Tanit Alexandre Teresa Guadalupe, registada apenas em seu nome. Só no dia do nascimento é que comunica à mãe que é avó, pois nunca lhe havia dito que estava grávida. Em 74 muda-se para a EMI e vai em digressões pelo Japão, Austrália e Nova Zelândia.
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Nos últimos anos da década de 70 e tendo baixo a sua popularidade muda-se para a Noruega. Aí edita o álbum "Hot Chocolate" que vai a 1º no Top norueguês e sueco. Editou dois álbuns.
Em 80 decide voltar para os Estados Unidos e parar com a música. Vai para uma Escola de Artes aprender Yoga, Meditação e Healing. Grande lutadora pelos Direitos Humanos decide entrar numa marcha muito perigosa pela Paz na América Latina. A miséria que testemunha fá-la voiltar a Londres e recomeçar a sua carreira musical. Em 90 abre uma editora sua, a Remarkable Records, e após 10 anos sem gravar,volta a editar um álbum "Bright Shadows". Apesar da sua grande actividade neste período ainda funda o primeiro New Age Folk Club em Inglaterra, "The Magic Messenger" que lançou muitos poetas e músicos.
Em 80 decide voltar para os Estados Unidos e parar com a música. Vai para uma Escola de Artes aprender Yoga, Meditação e Healing. Grande lutadora pelos Direitos Humanos decide entrar numa marcha muito perigosa pela Paz na América Latina. A miséria que testemunha fá-la voiltar a Londres e recomeçar a sua carreira musical. Em 90 abre uma editora sua, a Remarkable Records, e após 10 anos sem gravar,volta a editar um álbum "Bright Shadows". Apesar da sua grande actividade neste período ainda funda o primeiro New Age Folk Club em Inglaterra, "The Magic Messenger" que lançou muitos poetas e músicos.
Nos anos 90 cria a companhia "Godness Tours" uma organização que considera a mulher como Deusa, pois o Planeta Terra é o verdadeiro Deus. A sua luta social e política contra as atrocidades cometidas no Terceiro Mundo e os desmandos cometidos contra o Planeta ocupam-na muito tempo. Quando vê a Princesa Diana em campos de minas em Angola, inicia uma grande campanha contra os campos de minas e chega a promover um concerto com velhos amigos em Manchester em Janeiro de 2002. A 15 de Fevereiro de 2003 participou na Grande Marcha pela Paz em Londres. Levou a viola mexicana e no final cantou "Masters of War" de Bob Dylan. Em 2004 a Trace Records lançou o álbum "The Rainbow Collection" que inclui "Wild Mountain Thyme" que Bob Dylan cantara na Ilha de Wight e que foi talvez a única vez que o fez.
Em 2005 mostra a sua admiração por Bob Dylan lançando um álbum duplo, na sua editora, "Starry Eyed and Laughing - Songs by Bob Dylan". Vários músicos contribuiram para o álbum como John Paul Jones, Danny Thompson e também Kiki Dee e Martin Carthy. Em 2007 a Remarkable Records lançou "Highway of Diamonds", um álbum dedicado a seu amigo Mickie Most.
Em 2005 mostra a sua admiração por Bob Dylan lançando um álbum duplo, na sua editora, "Starry Eyed and Laughing - Songs by Bob Dylan". Vários músicos contribuiram para o álbum como John Paul Jones, Danny Thompson e também Kiki Dee e Martin Carthy. Em 2007 a Remarkable Records lançou "Highway of Diamonds", um álbum dedicado a seu amigo Mickie Most.
Recentemente a Cherry Red Records publicou dois álbuns com as suas canções de 1964-1966, "Julie Felix First, Second, Third". Fez ainda uma reedição do álbum e singles da editora de Mickie Most, a Rak Records de 1970-1972, "Clotho's Web"
Em Junho de 2013 actuou no Leicester Square Theatre para celebrar os seus 75 anos.
Julie prepara-se para lançar este Natal o seu primeiro single, exclusivo Download, "Tiger Eyes". Também tem em agenda um novo álbum, "The Wings of Change" com John Cameron. A 3 de Dezembro de 2017 actuou no Wacthamstow Folk Club. A 17 de Junho de 2018 prepara-se para apresentar o seu "Julie's 80th Birthday Concert no Charing Cross Theatre
Em Junho de 2013 actuou no Leicester Square Theatre para celebrar os seus 75 anos.
Julie prepara-se para lançar este Natal o seu primeiro single, exclusivo Download, "Tiger Eyes". Também tem em agenda um novo álbum, "The Wings of Change" com John Cameron. A 3 de Dezembro de 2017 actuou no Wacthamstow Folk Club. A 17 de Junho de 2018 prepara-se para apresentar o seu "Julie's 80th Birthday Concert no Charing Cross Theatre
Os Intróito eram um conjunto vocal originário do Orfeão da Universidade Técnica de Lisboa, mas o nome só foi escolhido na segunda presença no Zip-Zip (OP nº69), o programa de Televisão de 1969 mais badalado até hoje. Todos pertenciam ao Coro do Orfeão Académico de Lisboa (OAL). O maestro Vasco Berderote tinha criado um grupo de Espirituais Negros e em 1969 os quatro membros do coro que o formavam eram, um soprano, Isabel Pires, um tenor, Nuno Gomes dos Santos, um contralto, Ana Pires e um baixo, Luís Pedro Faro. Todos estavam nas Faculdades de Lisboa. Diz-nos Nuno Gomes dos Santos, "eu tinha como colega na Faculdade de Letras o José Nuno Martins que era o responsável pela prospecção de jovens para cantarem no programa Zip-Zip. Assim fomos ao Zip-Zip pela primeira vez cantar Espirituais Negros. O êxito foi grande e fomos convidados para cantar uma segunda vez, se cantássemos em português. Aceitámos o desafio e depois de um encontro com o grande Maestro e Compositor Lopes Graça, lá voltámos para cantar Madrigais do Maestro sugeridos por ele próprio. Como fomos bem recebidos pelo público ainda lá voltámos uma terceira vez mas já com o nome de Intróito, porque todos perguntavam que grupo era aquele e tivemos que arranjar um nome. Antes éramos apresentados como o quarteto Ana, Isabel, Nuno e Pedro. Nesta época também o "Canto Livre" começa a ganhar expressão e começamos também a percorrer o País a dar espectáculos junto com outros artistas".
Fernando Poitier (música) e Fernando Vieira (letra) convidaram o Intróito para interpretar "Verdes Trigais" no Festival RTP da Canção de 1970. Ficam em 3º lugar. Os membros do Intróito fizeram também o coro da "Canção de Madrugar" (OP nº 90) que ficou em 2º interpretada por Hugo Maia de Loureiro (OP nº 89), numa opinião generalizada, uma das melhores de todos os Festivais. Gravam para além de "Verdes Trigais" (cujo video do Festival aparece mais abaixo com a letra) outra canção do Festival com a versão deles, "Corre Nina".
Em 71 voltam ao Festival da Canção com "Palavras Abertas" com música de Nuno Gomes dos Santos e letra de Ary dos Santos. No total gravaram sete discos entre singles e EPs.
Em 71 voltam ao Festival da Canção com "Palavras Abertas" com música de Nuno Gomes dos Santos e letra de Ary dos Santos. No total gravaram sete discos entre singles e EPs.
Mas o Intróito não actuou só percorrendo Portugal. Foram tocar a Dusseldorf e Frankfurt na Alemanha Federal, mas também actuaram na RDA (República Democrática Alemã). Foram actuar a Madrid , Bruxelas e Paris. Actuavam também em festas particulares.
NUNO GOMES DOS SANTOS
Francisco Nuno Rodrigues Gomes dos Santos nasceu a 10 de Janeiro de 1947 em Lisboa. Frequentou o Liceu D. João de Castro e aos 15 anos o avô materno ofereceu-lhe uma viola. Em 1967 com mais uns colegas lá do bairro formou, no Ginásio Clube de Caselas, o conjunto Os Tabus. "Tentávamos tocar Beatles, Bob Dylan, Manfred Mann, Donovan, Adamo, Chistophe e outros" diz-nos Nuno. Passados 45 anos voltámos a encontrar-nos e volta não volta lá vamos tocando, agora inclusivé algumas das minhas músicas também". "Em 68 entro para a Faculdade de Letras de Lisboa. Como tinha gosto em cantar fui para o Coro do Orfeão Académico de Lisboa. Depois o maestro tinha um grupo de Espirituais Negros e eu fui um dos escolhidos", conclui. Depois veio o Zip Zip e o Festival da Canção. Pelo país iam-se apresentando juntamente com cantores como o Adriano Correia de Oliveira , o Zeca Afonso, o Samuel e outros.
Francisco Nuno Rodrigues Gomes dos Santos nasceu a 10 de Janeiro de 1947 em Lisboa. Frequentou o Liceu D. João de Castro e aos 15 anos o avô materno ofereceu-lhe uma viola. Em 1967 com mais uns colegas lá do bairro formou, no Ginásio Clube de Caselas, o conjunto Os Tabus. "Tentávamos tocar Beatles, Bob Dylan, Manfred Mann, Donovan, Adamo, Chistophe e outros" diz-nos Nuno. Passados 45 anos voltámos a encontrar-nos e volta não volta lá vamos tocando, agora inclusivé algumas das minhas músicas também". "Em 68 entro para a Faculdade de Letras de Lisboa. Como tinha gosto em cantar fui para o Coro do Orfeão Académico de Lisboa. Depois o maestro tinha um grupo de Espirituais Negros e eu fui um dos escolhidos", conclui. Depois veio o Zip Zip e o Festival da Canção. Pelo país iam-se apresentando juntamente com cantores como o Adriano Correia de Oliveira , o Zeca Afonso, o Samuel e outros.
"Em 1971 o Intróito voltou a concorrer ao Festival com uma canção minha e do Ary e ficámos em 5º, mas como fazia parte do coro da Menina da Tonicha, que ganhou, acabei por ir a Dublin à Eurovisão". Com José Jorge Letria, Jan Van Dick, Maria Guinot, Nuno Nazareth Fernandes, Paco Bandeira, José Calvário, João Mota Oliveira e outros escreveu canções para o Festival da Canção da RTP que foram interpretadas por muita gente, como o grupo Aguarela, Pedro Miguéis, Paulo Brissos, Ana Alves, Samuel, Helena Isabel e outros. "Quem tem isso muito bem explicado é a página de Miguel Meira no facebook", diz. Podemos dizer talvez sem qualquer erro que foi o autor que mais vezes entrou no Festival da Canção da RTP. Para além dos Festivais da Canção escreveu canções com os mesmos autores e ainda Ary dos Santos, Pedro Osório, Carlos Mendes, Silvestre Fonseca, Arlindo de Carvalho e outros que foram interpretadas pelo Intróito, Carlos Alberto Moniz, Simone de Oliveira, Carlos Mendes, Coro de Santo Amaro de Oeiras, Samuel, Helena Isabel, Paco Bandeira, Luísa Basto, Fernando Tordo, Ana Alves, Alexandre Ribeiro, Isabel Campelo, Paulo de Carvalho, Manuel Loureiro, Pedro Migueis, Paulo Brissos, Mico da Câmara Pereira, Manuela Bravo, João Maria Tudela, Lília Kramer, Katia Guerreiro e outros.
Depois de 75 percorreu o País também a solo, tocou para a emigração e actuou em Paris, Bruxelas e Madrid. Ainda actuou em diversas cidades de Angola com o poeta Manuel Branco e com Samuel e Helena Isabel. "Cantava-se a Liberdade e a revolução", conclui. Em 71 foi ao Festival da Grécia com "Poema Pena", música de Nuno Nazareth Fernandes interpretado por Tonicha. A canção ficou em 5º mas Nuno venceu o prémio de melhor poema. Também fez um poema "Hino a Timor" musicado por Arlindo de Carvalho (OP nº) e cantado por Alexandra (OP nº), Lenita Gentil, Carlos Guilherme e o próprio Arlindo.
Depois de 75 percorreu o País também a solo, tocou para a emigração e actuou em Paris, Bruxelas e Madrid. Ainda actuou em diversas cidades de Angola com o poeta Manuel Branco e com Samuel e Helena Isabel. "Cantava-se a Liberdade e a revolução", conclui. Em 71 foi ao Festival da Grécia com "Poema Pena", música de Nuno Nazareth Fernandes interpretado por Tonicha. A canção ficou em 5º mas Nuno venceu o prémio de melhor poema. Também fez um poema "Hino a Timor" musicado por Arlindo de Carvalho (OP nº) e cantado por Alexandra (OP nº), Lenita Gentil, Carlos Guilherme e o próprio Arlindo.
Nuno torna-se escritor de livros e canções, para além de jornalista. Aos 19 anos já o "Diário de Lisboa" publicava poemas seus. Vai acabar trabalhando no "Diário de Lisboa", no "Diário Popular", na "Capital" e no "Musicalíssimo". Trabalhou em mais jornais e foi um dos fundadores do "Diário". Foi professor de Jornalismo e trabalhou como Técnico de Informação, durante 26 anos na Câmara Municipal de Almada.
Em Dezembro de 2016 no Teatro Municipal Joaquim Benites, em Almada houve um espectáculo chamado "Nuno Gomes dos Santos - 50 Anos de Cantigas, 25 Anos de Livros" que contou com as presenças de muitos dos seus amigos músicos e intérpretes. Conseguiu ainda que se reunissem os seus colegas do Intróito e interpretaram várias canções (em baixo um vídeo dessa actuação interpretando "Swing Low"). Também foi homenageado pelo Presidente da Câmara Municipal de Almada com a Medalha de Prata de Mérito Cultural. Como escritor de romance e livros de poemas lançou "A Terra e a Água", "Cristo Rei Há 30 Anos" e " O Musgo dos Dias" (prémio nacional de poesia Mário Viegas 2012). Um livro de crónicas, "Penso Logo Insisto" e vários romances como "Um Metro de Vida" (Prémio Almeida Firmino 2002) e "Adeus Faraó. "Nós Só Adoramos o Sol" (Prémio de Poesia e Ficção de Almada 2011). O seu último romance foi "Good Bye Mr. Cheng" com prefácio de Baptista Bastos numa edição "Página a Página" de 2015. Outros dos seus livros tiveram prefácios de Urbano Tavares Rodrigues, Maria Rosa Colaço, Mário Zambujal, José Fanha, José Jorge Letria, Romeu Correia, Pezarat Correia e Viriato Teles. Nuno continua a colaborar nas canções e continua a escrever. Este ano ainda comemorou os 50 anos do grupo Tabu com quem se iniciou nas lides musicais.
Em Dezembro de 2016 no Teatro Municipal Joaquim Benites, em Almada houve um espectáculo chamado "Nuno Gomes dos Santos - 50 Anos de Cantigas, 25 Anos de Livros" que contou com as presenças de muitos dos seus amigos músicos e intérpretes. Conseguiu ainda que se reunissem os seus colegas do Intróito e interpretaram várias canções (em baixo um vídeo dessa actuação interpretando "Swing Low"). Também foi homenageado pelo Presidente da Câmara Municipal de Almada com a Medalha de Prata de Mérito Cultural. Como escritor de romance e livros de poemas lançou "A Terra e a Água", "Cristo Rei Há 30 Anos" e " O Musgo dos Dias" (prémio nacional de poesia Mário Viegas 2012). Um livro de crónicas, "Penso Logo Insisto" e vários romances como "Um Metro de Vida" (Prémio Almeida Firmino 2002) e "Adeus Faraó. "Nós Só Adoramos o Sol" (Prémio de Poesia e Ficção de Almada 2011). O seu último romance foi "Good Bye Mr. Cheng" com prefácio de Baptista Bastos numa edição "Página a Página" de 2015. Outros dos seus livros tiveram prefácios de Urbano Tavares Rodrigues, Maria Rosa Colaço, Mário Zambujal, José Fanha, José Jorge Letria, Romeu Correia, Pezarat Correia e Viriato Teles. Nuno continua a colaborar nas canções e continua a escrever. Este ano ainda comemorou os 50 anos do grupo Tabu com quem se iniciou nas lides musicais.
LUÍS PEDRO FARO
Luís Pedro Carneiro de Souza e Faro nasceu a 5 de Abril de 1948 em Ribandar, ao lado de Pangim, Goa (Índia Portuguesa). Aí viveu até aos 13 anos, quando ao regressar da Escola a mãe lhe diz que têm de ir imediatamente para o aeroporto para partirem. Estávamos em 1961 e havia que contrariar as ordens do paranóico Salazar que na sua mesquinhez política queria ver todos mortos. Honra para Vassalo e Silva que soube contrariar as ordens do Ditador. Neruh foi sempre um político paciente e não queria matar ninguém nem destruir património. A falta de visão histórica sempre atrapalhou os políticos portugueses.
Vem para o Liceu Passos Manuel em Lisboa onde se começa a interessar pela música, começando a aprender acordes para tocar canções de Roberto Carlos e do Duo Ouro Negro. Depois passa para o Liceu João de Castro e no seu 7º ano (actual 11º, não existia 12º) começa a frequentar a Academia dos Amadores de Música onde aprende a tocar viola clássica. Quando entra para a Universidade, um colega do IST (Instituto Superior Técnico) convida-o para o Orfeão da Universidade Técnica. É aí que vai conhecer os seus futuros colegas do Conjunto vocal Intróito, na época apenas o Grupo de Espirituais Negros. "Depois fomos ao Zip Zip e fizemos muitos espectáculos pelo País. Acabei também fazendo parte dos Tabus do Nuno na música ligeira e Pop mais para os bailaricos. Era lá em Caselas que o Intróito também ensaiava.
Em Agosto de 70 fui ao Japão acompanhar Carlos Paredes porque Fernando Alvim não quiz ir por motivos profissionais. Logo a seguir em Setembro fui a Paris acompanhar o Zeca Afonso porque o Pato não podia ou não queria ir. Aí conheci o José Mário Branco e o Sérgio Godinho e as canções que estavam a fazer. O Zeca gostou bastante e mexeu os cordelinhos com a editora Sassetti para que eles pudessem gravar", conta-nos Luís Pedro Faro.
Luís Pedro Carneiro de Souza e Faro nasceu a 5 de Abril de 1948 em Ribandar, ao lado de Pangim, Goa (Índia Portuguesa). Aí viveu até aos 13 anos, quando ao regressar da Escola a mãe lhe diz que têm de ir imediatamente para o aeroporto para partirem. Estávamos em 1961 e havia que contrariar as ordens do paranóico Salazar que na sua mesquinhez política queria ver todos mortos. Honra para Vassalo e Silva que soube contrariar as ordens do Ditador. Neruh foi sempre um político paciente e não queria matar ninguém nem destruir património. A falta de visão histórica sempre atrapalhou os políticos portugueses.
Vem para o Liceu Passos Manuel em Lisboa onde se começa a interessar pela música, começando a aprender acordes para tocar canções de Roberto Carlos e do Duo Ouro Negro. Depois passa para o Liceu João de Castro e no seu 7º ano (actual 11º, não existia 12º) começa a frequentar a Academia dos Amadores de Música onde aprende a tocar viola clássica. Quando entra para a Universidade, um colega do IST (Instituto Superior Técnico) convida-o para o Orfeão da Universidade Técnica. É aí que vai conhecer os seus futuros colegas do Conjunto vocal Intróito, na época apenas o Grupo de Espirituais Negros. "Depois fomos ao Zip Zip e fizemos muitos espectáculos pelo País. Acabei também fazendo parte dos Tabus do Nuno na música ligeira e Pop mais para os bailaricos. Era lá em Caselas que o Intróito também ensaiava.
Em Agosto de 70 fui ao Japão acompanhar Carlos Paredes porque Fernando Alvim não quiz ir por motivos profissionais. Logo a seguir em Setembro fui a Paris acompanhar o Zeca Afonso porque o Pato não podia ou não queria ir. Aí conheci o José Mário Branco e o Sérgio Godinho e as canções que estavam a fazer. O Zeca gostou bastante e mexeu os cordelinhos com a editora Sassetti para que eles pudessem gravar", conta-nos Luís Pedro Faro.
Depois passa para o Centro de Estudos Gregorianos, fundado por Júlia de Almendra, onde estudou solfejo com um grande músico organista, Sibertin-Blanc. Com o maestro Frederico de Freitas estuda contraponto, fuga e composição. Formou-se em Mestre de Capela Gregoriana e Mestre de Música Polifónica. Depois ainda passou pelo Conservatório onde estudou percursão. Também aprendeu particularmente Flauta Transversal com o músico Carlos Franco, da Gulbenkian. Mas desde 70 que já chefiava vários Coros, como o da Incrível Almadense. Teve muitos contactos com o Maestro Lopes Graça e inclusivé em vários Festivais. Lopes Graça dirigia o Coro dos Amadores de Música.
"Ele era uma pessoa dura, com uma preocupação extrema pela perfeição, mas era também uma pessoa carinhosa. Nunca me disse nada, mas sempre me apoiou. Eu dirigia vários Coros e um dia após uma exibição de Coros no Teatro da Trindade entro num convívio e ele diz-me: Ó Faro quando é que vem aqui para o Coro? Respondi, ó maestro tenho a semana toda ocupada, só tenho a 2ª feira livre. Ele retorquiu logo. Então vem à 2ª feira, olhe que eu não duro sempre. Alguém tem de continuar isto".
Isso significa que ele confiava em ti, provavelmente já te considerava um "delfim", retorquimos.
"Sim, ele não era fácil de elogiar e comigo fê-lo várias vezes", confessa Luís Faro.
Quando começas então a dirigir o Coro dos Amadores de Música? - perguntamos.
"Na semana seguinte começo a ir às segundas e pouco tempo depois ele começa a dizer que tem que ir aqui e ali e dizia, ó Faro continue o ensaio até eu voltar. Passado uns tempos disse que já era muito pesado para ele e que queria que eu continuasse".
E depois da 'revolução' de 74?
"Bem, no início foi tudo muito lindo mas as 'partidarices' dividiram tudo. Gerou-se confusão na Incrivel Almadense com duas facções e acabei saindo no fim de 74. Com os que sairam formámos o Grupo de Canto Livre de Almada. Depois quiseram fazer o 1º Canto Livre no Porto em honra ao MFA. O Intróito foi convidado e eu recusei-me a entrar em Festivais a favor deste ou daquele, para mais eles apenas se tinham revoltado contra a decisão de Marcelo de comparar os milicianos aos oficiais do quadro. Eles foram e levaram o irmão do Nuno, Duarte Filipe. Aí o Intróito acabou para mim. Durante anos estivemos desavindos. Em 75 entrei para o GAC, Grupo de Acção Cultural. Já lá estavam o José Mário Branco, aliás foi ele que me convidou, e o Fausto. Passei então a ser o responsável pela Direcção Vocal e Coral e como Director Artístico a escolher os temas, e consegui boas polifonias. Apoiei todas as edições discográficas e tivemos um excelente técnico nas gravações que foi o Zé Fortes" (também já era essa a opinião da Filarmónica Fraude, OP nº 40 e da Banda do Casaco, OP nº 69). O GAC terminou em 1978. Na nossa opinião o GAC foi uma boa e valiosa contribuição para a proteção e desenvolvimento da música tradicional portuguesa.
"Ele era uma pessoa dura, com uma preocupação extrema pela perfeição, mas era também uma pessoa carinhosa. Nunca me disse nada, mas sempre me apoiou. Eu dirigia vários Coros e um dia após uma exibição de Coros no Teatro da Trindade entro num convívio e ele diz-me: Ó Faro quando é que vem aqui para o Coro? Respondi, ó maestro tenho a semana toda ocupada, só tenho a 2ª feira livre. Ele retorquiu logo. Então vem à 2ª feira, olhe que eu não duro sempre. Alguém tem de continuar isto".
Isso significa que ele confiava em ti, provavelmente já te considerava um "delfim", retorquimos.
"Sim, ele não era fácil de elogiar e comigo fê-lo várias vezes", confessa Luís Faro.
Quando começas então a dirigir o Coro dos Amadores de Música? - perguntamos.
"Na semana seguinte começo a ir às segundas e pouco tempo depois ele começa a dizer que tem que ir aqui e ali e dizia, ó Faro continue o ensaio até eu voltar. Passado uns tempos disse que já era muito pesado para ele e que queria que eu continuasse".
E depois da 'revolução' de 74?
"Bem, no início foi tudo muito lindo mas as 'partidarices' dividiram tudo. Gerou-se confusão na Incrivel Almadense com duas facções e acabei saindo no fim de 74. Com os que sairam formámos o Grupo de Canto Livre de Almada. Depois quiseram fazer o 1º Canto Livre no Porto em honra ao MFA. O Intróito foi convidado e eu recusei-me a entrar em Festivais a favor deste ou daquele, para mais eles apenas se tinham revoltado contra a decisão de Marcelo de comparar os milicianos aos oficiais do quadro. Eles foram e levaram o irmão do Nuno, Duarte Filipe. Aí o Intróito acabou para mim. Durante anos estivemos desavindos. Em 75 entrei para o GAC, Grupo de Acção Cultural. Já lá estavam o José Mário Branco, aliás foi ele que me convidou, e o Fausto. Passei então a ser o responsável pela Direcção Vocal e Coral e como Director Artístico a escolher os temas, e consegui boas polifonias. Apoiei todas as edições discográficas e tivemos um excelente técnico nas gravações que foi o Zé Fortes" (também já era essa a opinião da Filarmónica Fraude, OP nº 40 e da Banda do Casaco, OP nº 69). O GAC terminou em 1978. Na nossa opinião o GAC foi uma boa e valiosa contribuição para a proteção e desenvolvimento da música tradicional portuguesa.
Depois desta fase dedicou-se à composição, arranjos, orquestração, direcção coral, canto e técnica vocal. Compôs para grupos de teatro como a Barraca, A Comuna, O Bando, Teatro D. Maria II e outros. Dirigiu o Coro do Grupo Desportivo IBM (1978), o Coro Descante, o Coro BPSM, o Coro Novos Tempos, o Coro 6 de Maio, o Coro "Os Loureiros", alguns em simultâneo. O Coro de Lagos (de 83 a 90), o Coro de Portimão (84 a 90). Em 1991 vai dirigir o Coro Cramol até 2002. Em 2003 cria o Coro da freguesia de S. João em Lisboa, depois devido a alguns problemas vão para a Amadora ensaiar e posteriormente renomeia o grupo Consonante, quando vem para Oeiras. Em 2007 cria o grupo vocal e instrumental "À Quinta Voz". Hoje continua a dirigir o grupo Coral Consonante e a dar aulas de Canto e Técnica Vocal na Biblioteca Operária Oeirense.
Participou na Festa de Homenagem a Nuno Gomes dos Santos - "50 Anos de Canções..." e também na festa dos 50 anos dos Tabus no Caselas Futebol Clube (antes Ginásio Clube de Caselas).
Participou na Festa de Homenagem a Nuno Gomes dos Santos - "50 Anos de Canções..." e também na festa dos 50 anos dos Tabus no Caselas Futebol Clube (antes Ginásio Clube de Caselas).
ANA PIRES e ISABEL PIRES
Eram as duas irmãs que completavam o Intróito.
Ana Maria dos Santos Pires, a mais velha diz-nos que desde criança adorava cantar e dançar. Isabel diz-nos o mesmo. Assim quando crianças e adolescentes aproveitavam para cantar nos coros que nessa época quase que só havia nas igrejas. Quando entram para a Universidade (Ana licencia-se em Engenharia Química e Isabel em História) sabem da existência do Orfeão Académico e vão logo falar com o Maestro Vasco Berderote. Cantavam muitos clássicos e o maestro tinha um gosto particular pelos Espirituais Negros. Assim em 68/69 decide fazer um grupo de Espirituais Negros. "O Nuno Martins que era nosso colega pensou que era uma boa ideia irmos ao Zip Zip porque era diferente e ninguém cantava esses temas" diz-nos Isabel. "Foi uma experiência excelente e fomos muito acarinhados pelo público. Um dia, Fernando Poitier veio ter connosco e diz-nos que tinha uma canção para irmos cantar ao Festival da Canção. Dissemos que esse não era o nosso género, mas ele insistiu que a canção era a 'nossa cara' e a tinha feito a pensar em nós. Acabámos por aceitar", dizem-nos as duas. "Fomos e gostámos" diz-nos Ana. "Sim, e como não era a competição em si que nos interessava, tirámos sempre a parte positiva dos festivais", diz-nos Isabel.
Eram as duas irmãs que completavam o Intróito.
Ana Maria dos Santos Pires, a mais velha diz-nos que desde criança adorava cantar e dançar. Isabel diz-nos o mesmo. Assim quando crianças e adolescentes aproveitavam para cantar nos coros que nessa época quase que só havia nas igrejas. Quando entram para a Universidade (Ana licencia-se em Engenharia Química e Isabel em História) sabem da existência do Orfeão Académico e vão logo falar com o Maestro Vasco Berderote. Cantavam muitos clássicos e o maestro tinha um gosto particular pelos Espirituais Negros. Assim em 68/69 decide fazer um grupo de Espirituais Negros. "O Nuno Martins que era nosso colega pensou que era uma boa ideia irmos ao Zip Zip porque era diferente e ninguém cantava esses temas" diz-nos Isabel. "Foi uma experiência excelente e fomos muito acarinhados pelo público. Um dia, Fernando Poitier veio ter connosco e diz-nos que tinha uma canção para irmos cantar ao Festival da Canção. Dissemos que esse não era o nosso género, mas ele insistiu que a canção era a 'nossa cara' e a tinha feito a pensar em nós. Acabámos por aceitar", dizem-nos as duas. "Fomos e gostámos" diz-nos Ana. "Sim, e como não era a competição em si que nos interessava, tirámos sempre a parte positiva dos festivais", diz-nos Isabel.
O Intróito acabou em 75, Isabel havia casado com Nuno em 70 e tinham já duas filhas, além disso já estava a dar aulas. "Era tudo muito complicado e extenuante. Mas claro que foi uma experiência muito importante nas nossas vidas. Nunca quizemos seguir a música, era só um passatempo" - diz-nos.
E as actuações no estrangeiro? - perguntámos.
"Foram sempre muito boas. Fomos actuar várias vezes em Madrid e era fantástico estar com aqueles outros músicos que admirávamos, como os Aguaviva ou os Nuestro Pequeno Mundo, em casa de quem ficámos. Essas experiências foram-nos muito úteis na vida", diz Isabel. Deixaste de cantar? - inquirimos.
"Sim, ainda estive dois anos na escola de Canto Gregoriano a aprender solfejo. A fundadora, a Julia Almendra, era uma mulher fantástica, uma grande senhora e um fantástico ser humano. Mas depois as incompatibilidades com os meus horários fizeram-me desistir. Ainda tentei entrar para um Coro, mas veio logo a pergunta, se tinha disponibilidade para ensaiar todos os dias. É claro que não. Desisti. Também já nos tínhamos separado. Voltei a casar e tive mais uma filha. Não se pode fazer tudo e também adorei ser professora de História" conclui.
E agora reformada como é? - insistimos.
"Agora o tempo não dá para tudo, temos um grupo de amigos e as actividades culturais são muitas, digamos que agora vou gozando a reforma"
E as actuações no estrangeiro? - perguntámos.
"Foram sempre muito boas. Fomos actuar várias vezes em Madrid e era fantástico estar com aqueles outros músicos que admirávamos, como os Aguaviva ou os Nuestro Pequeno Mundo, em casa de quem ficámos. Essas experiências foram-nos muito úteis na vida", diz Isabel. Deixaste de cantar? - inquirimos.
"Sim, ainda estive dois anos na escola de Canto Gregoriano a aprender solfejo. A fundadora, a Julia Almendra, era uma mulher fantástica, uma grande senhora e um fantástico ser humano. Mas depois as incompatibilidades com os meus horários fizeram-me desistir. Ainda tentei entrar para um Coro, mas veio logo a pergunta, se tinha disponibilidade para ensaiar todos os dias. É claro que não. Desisti. Também já nos tínhamos separado. Voltei a casar e tive mais uma filha. Não se pode fazer tudo e também adorei ser professora de História" conclui.
E agora reformada como é? - insistimos.
"Agora o tempo não dá para tudo, temos um grupo de amigos e as actividades culturais são muitas, digamos que agora vou gozando a reforma"
"Sim, é como diz a minha irmã, agora é que podemos aproveitar" diz Ana.
Mas tu também não voltaste a cantar... - atalhámos.
"Não, eu também já estava casada, o meu nome ficou com mais santos, Santos e Silva. Também já tinha filhos e nos primeiros anos nem trabalhei, fiquei a tomar conta deles. Depois é que começei a dar aulas de Matemática. Andei por aqui e por ali até me efectivar. Foram muito anos e é um trabalho desgastante e que requer muito esforço para estarmos sempre actualizados buscando e inventando novos métodos para que os alunos aprendam o melhor possível, até porque as turmas são muito diferentes. Agora na reforma, como gosto muito de desporto, resolvi dedicar-me a um de que gostasse e pudesse continuar a praticar. Acabei escolhendo Golfe e é uma maravilha. E como sempre gostei de dançar, ando a aprender Flamengo".
Nem com amigos cantas? - provocamos.
"Não, o ano passado é que nos apresentámos na festa comemorativa do Nuno, e mal ensaiámos". "Programas culturais e viagens são uma boa terapia. Hoje viemos ter contigo aqui ao Inatel porque tínhamos uma aula de ginástica a seguir, mas já passou a hora".
Realmente ficámos a falar muito mais tempo do que estava programado, mas foi muito agradável.
Terminamos com um video que encontramos no 'youtube' da última apresentação em 2016 na festa de homenagem ao Nuno, "Swing Low".
Concetta Rosa Maria Franconero, artisticamente conhecida por Connie Francis, nasceu a 12 de Dezembro de 1938 perto de Newark, New Jersey (e como esta página sai nesta altura daqui lhe enviamos os parabéns pelas suas 79 primaveras). Filha de um casal com sangue italo-americano cresceu em Brooklin junto a uma comunidade judia italiana e rapidamente aprendeu a falar hebreu. Na sua biografia "Who's Sorry Now" editada em 1984, confessa que seu pai a encorajava em programas de descobertas de talentos. A sua primeira presença num programa de rádio acontece em 1948 no Kraft Music Hall num programa de Perry Como. No domimgo seguinte ia cantar no Carnegie Hall, mas apenas tinham sido vendidos 200 bilhetes. Após o programa a coisa mudou e no domingo o Carnegie estava esgotado.
Em 1951 iniciou um curso na Newark Art High School mas os pais mudaram-se em 52 para Belleville onde acaba por terminar o curso em 1955. Durante toda a sua formação sempre foi entrando em festivais para novos talentos com o nome de Connie Franconero.
Em 1956 Connie apaixonou-se por Bobby Darin e durante 4 meses escreveram cartas, mas o pai de Connie era perfeitamente contra porque isso ia contra a sua concentração na carreira que ele queria que ela seguisse. Chegou a ameaçar Darin com uma arma quando este a procurou em sua casa. Bobby Darin escreveu dezoito cartas de amor a Connie e recebeu as mesmas respostas. Após a sua morte em 1973, quem tomou o seu espólio foi o seu meio irmão Gary Waldon. Em 2010 decidiu vender o espólio do irmão. Connie soube por um amigo que as suas cartas para Bobby estavam à venda e quiz recuperá-las. Connie disse ao Dayly Mail.com que Bobby foi o seu verdadeiro amor. Sempre guardou as cartas que ele lhe escreveu e queria recordar as que lhe tinha escrito.
No final de 56 grava um dueto com Harvin Rainwater The Magesty of Love" e chega a 93º no Top 100 da Billboard. O disco acaba vendendo mais de um milhão de cópias. Faz um contrato com a MGM para a gravação de 10 discos que se salda em grande fracasso ao fim de 9 discos. Falta um disco e a MGM informa-a que o contrato não será renovado. Connie pensa então em seguir uma carreira de Medicina. Em Outubro de 57 não quer gravar a última canção do contrato, "Who's Sorry Now", uma canção de 1923 da autoria de Bert Kalmar e Harry Ruby. O pai insiste com ela de que com aquele novo arranjo iria ser um êxito. Acaba por gravá-la mesmo sem gostar dela. O disco leva o mesmo caminho dos anteriores mas em Janeiro de 1958 Dick Clark apresenta-o no programa de Rádio American Bandstande e o público adere. Então em 15 de Fevereiro Dick Clark convida-a para o "The Saturday Night Beechant Show" e o êxito é total. O disco começa a vender. Em Abril de 58 o disco atinge o 1º lugar do Top no Reino Unido e o 4º nos EUA. Acaba sendo votada a melhor voz femenina dos Estados Unidos ( o que se irá repetir durante 4 anos). Não admira que tenha escolhido esse título para a sua biografia.
A MGM apressa-se a renovar-lhe o contrato mas os discos seguintes voltam a ser um fracasso. Connie conhece então Neil Sedaka e Howard Greenfield que tinham escrito algumas baladas para ela. Não gosta de nenhuma. Howard mostra-lhe então uma canção que tinham escrito nessa manhã para as Sheperd Sisters. Neil protesta mas acaba tocando "Stupid Cupid". Connie diz logo que esse seria o seu próximo Hit. Chegou a 14º na Billboard e a 1º no Reino Unido ( em português foi feita uma versão no Brasil que Celly Campelo gravou e que obtém grande sucesso tanto em Portugal como no Brasil e fez também o lançamento de Celly Campelo. Celly apresentava-se à imagem de Connie como poderão ver no video abaixo). O final de 59 foi óptimo para ela, pois colocou na América "My Happyness" em 2º, "Among My Souvenirs" em 7º e ainda os dois lados do single "Lippstick on Your Collar" em 5º e o lado B "Frankie" em 9º.
Entre 1960 e 64 grava vários álbuns de "favorites" em alemão, hebreu, irlandês, espanhol e outros em italiano e noutras línguas. Foi esta insistência do pai para que gravasse canções mais para a faixa adulta que para a de jovens que a vai lançar a nível mundial sendo do agrado de todas as gerações. Continuou a gravar canções Pop/Rock e consegue durante dois anos que todos os seus discos alcanssem o Top 20 ( a maioria o Top 10). Connie entrou em vários filmes no final dos anos 50, algumas vezes apenas cantando o tema do filme mas em 61 o filme "Where The Boys Are" trouxe-lhe um grande êxito que perdurará por toda a sua carreira. Nos 50 anos do filme voltou a cantá-lo em Fort Lauderdale, onde o filme tinha sido rodado.
Entre 1960 e 64 grava vários álbuns de "favorites" em alemão, hebreu, irlandês, espanhol e outros em italiano e noutras línguas. Foi esta insistência do pai para que gravasse canções mais para a faixa adulta que para a de jovens que a vai lançar a nível mundial sendo do agrado de todas as gerações. Continuou a gravar canções Pop/Rock e consegue durante dois anos que todos os seus discos alcanssem o Top 20 ( a maioria o Top 10). Connie entrou em vários filmes no final dos anos 50, algumas vezes apenas cantando o tema do filme mas em 61 o filme "Where The Boys Are" trouxe-lhe um grande êxito que perdurará por toda a sua carreira. Nos 50 anos do filme voltou a cantá-lo em Fort Lauderdale, onde o filme tinha sido rodado.
No final de 59 voa para Londres onde o pai queria que ela gravasse um álbum de canções italianas. Nos estúdios da Abbey Road grava para a EMI "Connie Sings Italian Favorites". O álbum saíu em Novembro e atingiu o 4º lugar no Top britânico permanecendo 81 semanas no Top. "Mama" foi a canção retirada para single atingindo o 2º lugar no Reino Unido e o 8º nos Estados Unidos.
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Em 1965 é convidada para o Festival de San Remo onde canta o tema "Ho Bisogno de Vederti" com Gigliola Cinquetti e alcançam a 5ª posição. Saída do Festival vai directo para o Brasil onde tem uma recepção monumental. Foi recebida por Miss Brasil 64, a primeira Miss de cor no Brasil. Inaugurou o Teatro da República no Rio de Janeiro a 2 de Fevereiro. Depois actuou em S. Paulo. Connie não parava. Em 67 é novamente convidada para o Festival de San Remo e canta com Bobby Solo "Canta Ragazinna" mas não chegou à final. Gravou depois em inglês "Time Alone Will Fall", que era a versão da canção vencedora "Non Pensare a Me" de Iva Zannichi e Claudio Villa, mas só atingiu a 44ª posição no Top americano. Durante esta década chegou a ser a cantora Nº1 em dez Países e chegou a estar em quinze Tops em 1º. Em final de 69 o seu contrato com a MGM terminava e não o quiz renovar. Estava esgotada de 15 anos de correrias, gravações, espectáculos ao vivo, viagens, programas de TV e cinema. Se a década de 60 foi muito positiva, a de 70 já não foi bem oposta.
De 70 a 73 retira-se e só aparece quando é convidada. Em 73 volta gravando para a GSF uma canção para responder a "Tie a Yellow Ribbon Round The Old Oak Tree" de Tony Orlando & Dawn "(Should I) Tie a Yellow Ribbon Round The Old Oak Tree ?" O êxito é moderado. Começa então a gravar regularmente e a aparecer em festivais. A 8 de Novembro de 1974 depois de sair do Westbury Music Fair em Nova york, Connie é violada de forma brutal no quarto do hotel Jericho Turnpike Howard Johnson's Lodge, quase sendo sufocada até à morte. Connie processou o hotel por falta de segurança e veio a ser indemenizada em 2.5 milhões de dólares. Mas o trauma deixou-a profundamente traumatizada. Nos anos seguintes mal saía de casa, tomava 50 comprimidos Darvon por dia e esteve sempre em depressão. O violador nunca foi descoberto.
Em 1977 uma cirurgia nasal fê-la ficar sem voz e fez várias cirurgias depois até conseguir recuperar a voz. Voltou a ter aulas para aprender a cantar. Em 78 volta a gravar em várias línguas. Em 1981 o seu irmão ( de quem era muito chegada) é assassinado pela Máfia. Apesar disso voltou a gravar e voltou à cidade onde havia sido violada. Depois foi-lhe diagnosticada doença maníaco-depressiva. Passou por 17 hospitais e esteve parada mais 4 anos.
Em 1977 uma cirurgia nasal fê-la ficar sem voz e fez várias cirurgias depois até conseguir recuperar a voz. Voltou a ter aulas para aprender a cantar. Em 78 volta a gravar em várias línguas. Em 1981 o seu irmão ( de quem era muito chegada) é assassinado pela Máfia. Apesar disso voltou a gravar e voltou à cidade onde havia sido violada. Depois foi-lhe diagnosticada doença maníaco-depressiva. Passou por 17 hospitais e esteve parada mais 4 anos.
Em 1984 apresenta a sua autobiografia "Who's Sorry Now?" que se torna um "bestseller". Canções que tinham sido gravadas em 82 continuam à espera para sair. Grava em 89 um duplo álbum com o nome "Where The Hits Are", Em 92 grava em alemão o álbum "Jive Connie" com medleys e versões remisturadas. O disco vai aos primeiros lugares dos Tops e ela acaba vencendo o prémio de " O Melhor Regresso do Ano". Na sequência grava novo álbum com duetos com Peter Kraus com quem já havia gravado nos anos 60. Em 95 grava um álbum ao vivo "The Return Concert". Em 96 grava um álbum de homenagem a Buddy Holy e às suas canções, "With Love To Buddy". Este álbum tem tido várias edições pore várias editoras. A última foi em 2011 na sua própria editora a Concetta Records e contendo alguns inéditos dos seus arquivos.
Em 2004 aparece pela primeira vez em Las Vegas desde 89. Em 2007 esgota o Castro Theatre de San francisco tanto em Março como em Outubro. Em 2008 apresenta-se em Manila, Filipinas, no dia dos namorados. Em 2010 canta com Dionne Warwick no Las Vegas Hilton.
Em 2004 aparece pela primeira vez em Las Vegas desde 89. Em 2007 esgota o Castro Theatre de San francisco tanto em Março como em Outubro. Em 2008 apresenta-se em Manila, Filipinas, no dia dos namorados. Em 2010 canta com Dionne Warwick no Las Vegas Hilton.
Os The Who são um grupo Rock inglês nascido em 1964. Foi formado por Pete Townshend (viola ritmo), Roger Daltrey (voz), John Entwistle (viola baixo) e Keith Moon (bateria). Antes de se chamarem The Who começaram como um grupo de Blues e Country de nome Detours em que Roger Daltrey era o viola solo, Pete Townshend o viola ritmo, John Entwistle já era o baixo, o baterista era Doug Sandom e a voz era de Colin Dansom. Depois saíu Doug e entrou Keith Moon. É aqui que o nome muda para The Who.
Quando tocavam na Railway Tavern, Pete que quando tocava dava saltos, bateu no tecto e danificou a viola. O público ria-se e Pete furioso desfez a viola. Nos dias seguintes o público aumentou consideravelmente. Depois foi Keith que ouvindo os pedidos do público desfez um kit de bateria. A partir daqui em todos os shows ao vivo tinha que ser destruído algum instrumento, normalmente a viola de Pete. A 1ª canção a obter algum sucesso foi "I Can Explain" em 1965, mas a canção que os lançou foi "My Generation" que deu nome ao álbum que saíu em 1966. Seguiram-se "Substitute", "I'm a Boy", "Happy Jack" e "Picture of Lily".
O som dos Who foi evoluindo graças ao génio de Pete Towshend. Já o álbum "The Who Sell Out" de 1967 tornou-se um álbum conceptual. Em 69 compõe a Ópera Rock "Tommy" apoiado por Meher Baba, um indiano que exerceu grande influência em Pete e na banda. Ainda em 69 entram no Festival de Woodstock e no da Ilha de Wight. Em 1970 lançam "Live at Leeds" que é considerado um dos seus melhores álbuns de Rock ao vivo. Nesta altura já eram considerados como um dos mais importantes grupos de Rock. Em 1971 "Who's Next" é considerado um grande disco pelos críticos. Os Who continuam a surpreender quando lançam "Quadrophonia" em 1973 que conta a estória de um adolescente e os a sua insegurança e busca por um lugar ao sol na sociedade.
Em 74 começam os trabalhos para um filme sobre "Tommy" realizado por Stigwood que sugeriu Ken Russel para Director e que Pete apreciava. Os membros da banda conseguiram convencer Roger Daltrey a fazer o papel de Tommy. Nos actores estavam Ann Margaret, Oliver Reed, Eric Clapton, Tina Turner, Elton John e Jack Nicholson. O filme foi estreado em 1976 e foi nomeado para o galardão da Academia, como melhor filme original. O filme entrou no Festival de Cannes sem ser em Concurso. Ganhou o prémio de Filme Rock do Ano e gerou mais de 2 milhões de dólares só no 1º mès. O álbum atingiu a ª posição to Top álbuns da Billboard. Em 74 o grupo quase não actua ao vivo, dando um concerto no Charlton Athelic em Valley nos Estados Unidos para 80 mil pessoas e no Madison Square Garden nos EUA em Junho. No final do ano saíu o álbum "Odds & Sods"
Em 74 começam os trabalhos para um filme sobre "Tommy" realizado por Stigwood que sugeriu Ken Russel para Director e que Pete apreciava. Os membros da banda conseguiram convencer Roger Daltrey a fazer o papel de Tommy. Nos actores estavam Ann Margaret, Oliver Reed, Eric Clapton, Tina Turner, Elton John e Jack Nicholson. O filme foi estreado em 1976 e foi nomeado para o galardão da Academia, como melhor filme original. O filme entrou no Festival de Cannes sem ser em Concurso. Ganhou o prémio de Filme Rock do Ano e gerou mais de 2 milhões de dólares só no 1º mès. O álbum atingiu a ª posição to Top álbuns da Billboard. Em 74 o grupo quase não actua ao vivo, dando um concerto no Charlton Athelic em Valley nos Estados Unidos para 80 mil pessoas e no Madison Square Garden nos EUA em Junho. No final do ano saíu o álbum "Odds & Sods"
Em 75 Roger diz mal de Pete no New Musical Express afirmando que ele não sabia tocar. O álbum seguinte foi "Who by Numbers" com canções mais introspectivas de Pete e que funcionou como uma resposta a Roger. Em 6 de Dezembro de 75 os Who batem o recorde um concerto dentro de portas ao juntarem 78 mil pessoas no Pontiac Silverdome nos Estados Unidos. Em 31 de Dezembro de 1976 em Valley (EUA) dão o concerto com o som mais alto alguma vez ouvido. Mais de 120 db como ficou registado no Guiness Book of Records. Depois disto decidem tirar férias e terminar com os concertos ao vivo. Só voltam a gravar em 1978. Estiveram 14 meses sem tocar e Keith Moon engordou bastante. O álbum "Who Are You" saíu em Agosto e vendeu bastante chegando a 6º no Reino Unido e 2º nos Estados Unidos. A 6 de Setembro foram convidados por Paul McCartney para um party homenageando o nascimento de Buddy Holly. Quando voltou ao hotel Keith Moon tomou demasiados comprimidos que lhe haviam sido prescritos para combater o alcolismo. Foi encontrado morto no dia seguinte.
Em 1979 realizam o filme "Quadrophenia". O papel do jovem Jimmy foi rodado por Phil Daniels e Sting fez o papel do seu amigo "mod". O filme teve algum impacto no Reino Unido. Também em 79 ficou completo um filme sobre os Who dirigido por Jeff Stein. O filme tem cenas dos festivais de Monterey, Woodstock e Pontiac. Em 3 de Dezembro de 79 aconteceu um desastre num Festival em Cincinnatti quando 11 pessoas morreram depois de uma multidão forçar a entrada no Riverfront Coliseum para veremo concerto que já estava esgotado. Os Who só souberam o que tinha acontecido no fim do concerto. Em 80 Roger Daltrey esteve a gravar o filme "McVicar" onde aparece no papel de John McVicar, um ladrão de Bancos. A música do filme é dele.
Para substituir Keith foi chamado o ex baterista dos Small Faces Kenny Jones. Em 1981 lançam o álbum "Face Dances" mas o som do grupo parece diferente. A batida de Kenny é mais ao estilo Pop.
Em 82 sai "It's Hard" que também não é muito bem aceite. Fazem uma digressão, que chamam de despedida após Pete ter anunciado que iria fazer um tratamento para se libertar do seu alcoolismo. Foi a digressão mais lucrativa dos Who.
Em 1979 realizam o filme "Quadrophenia". O papel do jovem Jimmy foi rodado por Phil Daniels e Sting fez o papel do seu amigo "mod". O filme teve algum impacto no Reino Unido. Também em 79 ficou completo um filme sobre os Who dirigido por Jeff Stein. O filme tem cenas dos festivais de Monterey, Woodstock e Pontiac. Em 3 de Dezembro de 79 aconteceu um desastre num Festival em Cincinnatti quando 11 pessoas morreram depois de uma multidão forçar a entrada no Riverfront Coliseum para veremo concerto que já estava esgotado. Os Who só souberam o que tinha acontecido no fim do concerto. Em 80 Roger Daltrey esteve a gravar o filme "McVicar" onde aparece no papel de John McVicar, um ladrão de Bancos. A música do filme é dele.
Para substituir Keith foi chamado o ex baterista dos Small Faces Kenny Jones. Em 1981 lançam o álbum "Face Dances" mas o som do grupo parece diferente. A batida de Kenny é mais ao estilo Pop.
Em 82 sai "It's Hard" que também não é muito bem aceite. Fazem uma digressão, que chamam de despedida após Pete ter anunciado que iria fazer um tratamento para se libertar do seu alcoolismo. Foi a digressão mais lucrativa dos Who.
Em 82 Towshend entra em depressão e não quer digressões, só trabalho de estúdio. John Entwistle por seu lado não quer estúdio mas só digressões e ameaça sair. Ninguém cede. Decidem fazer uma digressão de despedida pelos Estados Unidos e Canadá. A digressão termina a 17 de Dezembro em Toronto. Pete dedica-se então a escrever canções para o próximo álbum, para cumprir o acordo que têm com a editora Warner Bros. Porém não tem inspiração e acaba por ter de compensar a editora para garantir a libertação do contrato. A 16 de Dezembro de 1983 anuncia a sua saída do grupo. Towshend lança álbuns a solo. Em 85 "White City" e "A Novel", em 89 "The Iron Man", em que John e Roger colaboram em 2 canções, e "Psychoderelict" em 1993. Pete ainda teve a chance de tocar com o seu ídolo Hank Marvin, nas sessões "Rockestra" organizadas por Paul McCartney. Tocou tanbém com David Gilmour, John Bohnam e Ronnie Lane.
Em 1985 juntam-se para o festival "Live Aid" em Wembley e em 88 para os Brit Awards no Royal Albert Hall onde recebem o prémio de carreira.
Em 1989 fazem uma digressão para comemorar os 25 anos da banda, agora com Simon Phillips na bateria e Steve Bolton como 2º viola. Em menos de oito horas vendem 100 mil bilhetes para os concertos em Massachuetts. O "tour" tem como convidados Elton Jones, Phil Collins e Billy Idol.
Em 1990 entram para o Rock And Roll Hall of Fame.
Em 1985 juntam-se para o festival "Live Aid" em Wembley e em 88 para os Brit Awards no Royal Albert Hall onde recebem o prémio de carreira.
Em 1989 fazem uma digressão para comemorar os 25 anos da banda, agora com Simon Phillips na bateria e Steve Bolton como 2º viola. Em menos de oito horas vendem 100 mil bilhetes para os concertos em Massachuetts. O "tour" tem como convidados Elton Jones, Phil Collins e Billy Idol.
Em 1990 entram para o Rock And Roll Hall of Fame.
Em 1991 gravam a canção de Elton Jones "Saturday Night's Alright For Fighting" como tributo ao álbum "Two Rooms. CelebratingThe Songs of Elton Jones And Bernie Taupin". Em 94 Daltrey comemorou 50 anos no Carnegie Hall em Nova York e convidou Towshend e Entwistle.
Em 96 os Who fazem uma reedição de "Quadriphonia" no Hyde Park com Zak Starkey (o filho de Ringo Starr) na bateria. Em 96 e 97 fizeram uma digressão na Europa e nos Estados Unidos. O canal de Televisão VH1 classificoiu-os na 9ª posição dos "100 Great Artists of Rock and Roll.
Em 99 os Who actuam pela 1º vez como quinteto após 85 com Zak na bateria e Bundrick nas teclas.
Fizeram imensos concertos nos Estados Unidos e com grande êxito, de tal forma que a revista Rolling Stone os considerou melhores que em 1976 ainda com Keith Moon.
No ano 2000 voltam a fazer digressões no Reino Unido e nos Estados Unidos fazendo espectáculos de caridade. Em 2001 continuam este tipo de concertos e recebem o Grammy de Carreira. Depois em 2002 dão concertos no Reino Unido preparando o Tour aos Estados Unidos. No dia 27 de Junho, véspera do 1º concerto John Entwistle é encontrado morto no Hotel Hard Rock em Las Vegas. Tinha 57 anos e morreu de ataque cardíaco provavelmente por efeitos da cocaína. Chistophe, filho de Entwistle apoiou a decisão dos Who de continuarem. Assim conseguem o apoio do baixista Pino Palladino e dão o 1º concerto no Holliwood Bowl. Em 2004 lançam "Old Red Wine" e "Real Good Looking Boy". Pino gravou a 1ª e Greg Lake gravou a 2ª. O álbum "The Who Then And Now" é apresentado numa digressão pelo Japão, Austrália, Estados Unidos e Reino Unido. A revista Rolling Stones classifica-os como os 29º melhores entre os 100 melhores.
Em 96 os Who fazem uma reedição de "Quadriphonia" no Hyde Park com Zak Starkey (o filho de Ringo Starr) na bateria. Em 96 e 97 fizeram uma digressão na Europa e nos Estados Unidos. O canal de Televisão VH1 classificoiu-os na 9ª posição dos "100 Great Artists of Rock and Roll.
Em 99 os Who actuam pela 1º vez como quinteto após 85 com Zak na bateria e Bundrick nas teclas.
Fizeram imensos concertos nos Estados Unidos e com grande êxito, de tal forma que a revista Rolling Stone os considerou melhores que em 1976 ainda com Keith Moon.
No ano 2000 voltam a fazer digressões no Reino Unido e nos Estados Unidos fazendo espectáculos de caridade. Em 2001 continuam este tipo de concertos e recebem o Grammy de Carreira. Depois em 2002 dão concertos no Reino Unido preparando o Tour aos Estados Unidos. No dia 27 de Junho, véspera do 1º concerto John Entwistle é encontrado morto no Hotel Hard Rock em Las Vegas. Tinha 57 anos e morreu de ataque cardíaco provavelmente por efeitos da cocaína. Chistophe, filho de Entwistle apoiou a decisão dos Who de continuarem. Assim conseguem o apoio do baixista Pino Palladino e dão o 1º concerto no Holliwood Bowl. Em 2004 lançam "Old Red Wine" e "Real Good Looking Boy". Pino gravou a 1ª e Greg Lake gravou a 2ª. O álbum "The Who Then And Now" é apresentado numa digressão pelo Japão, Austrália, Estados Unidos e Reino Unido. A revista Rolling Stones classifica-os como os 29º melhores entre os 100 melhores.
Em 2005 trabalham no álbum que sairá em 2006 com o nome "Endless Wire. Desde 1982 que não lançavam um álbum de estúdio de inéditos. O álbum chegou a 7º nos EUA e a 9º na RU. Zak Starkey andou dividido entre tocar nos Oasis e nos Who. Em Novembro de 2007 sai o documentário "Amazing Journey. The Story of the Who" com cenas e material de diversos concertos não editados. Em 2007 estão no Glasfonbury Festival, continuam os 'tours' e em 2010 aparecem no Super Bowl XLIV, o maior evento desportivo americano seguido por mais de 100 milhões de pessoas. Ainda em 2010 voltam a tocar "Quadrophenia". Em 2012 tocam na cerimónia do fecho dos Jogos Olímpicos em Londres. Em Novembro iniciam em Ottawa, Canadá, a digressão "Quadriphonia and More". Agora com Daltrey e Townsend tocam os teclistas John Corey, Loren Gold e Frank Simes, sendo este último o Director Musical. Na bateria continua o filho de Ringo Starr, Zak que toca com eles desde 1994. Neste 'tour' Zak tem um prolema num tendão e foi substituído por Scott Devours. O 'tour' terminou em Julho de 2013 na Wembley Arena.
Em Outubro de 2013, Pete anunciou que os Who fariam o último 'Tour' em 2015 e que tocariam em cidades onde nunca o tinham feito. Roger disse que não podiam andar em 'tours' continuamente.
Esse seria o 'tour' dos 50 anos da banda.
Em Outubro de 2013, Pete anunciou que os Who fariam o último 'Tour' em 2015 e que tocariam em cidades onde nunca o tinham feito. Roger disse que não podiam andar em 'tours' continuamente.
Esse seria o 'tour' dos 50 anos da banda.
Em Junho de 2014 colaboram num 'show' de caridade a favor do tratamento ao cancro da próstata junto com Jeff Beck, os Procul Harum e outros grupos. Depois em Setembro lançam "Be Lucky" que fazia parte do novo álbum. Em Junho de 2015 tocam no Hyde Park e Townsend disse que seriam as últimas actuações destes septagenários em público. Foi editada uma compilação "The Who's Hits 50th" qe também foram reimpressos em vinil. Em Setembro um 'tour' nos Estados Unidos foi cancelado prque Daltrey apanhou uma meningite viral
Mais uma vez o bichinho da música não desarma. Pete diz que voltarão mais fortes.
Em Junho de 2016 aparece o "Back To The Who Tour 51". Neste 'tour' esteve incluída uma presença no Festival da Ilha de Wight. O 'tour' terminou em Outubro. Em Novembro anuncaram que dariam 5 concertos no Reino Unido com a apresentação de "Tommy". O 'Tour' ficou com o nome de "2017 Tommy and More". Foi a 1ª vez que Tommy foi tocada por inteiro desde 1989. Em 23 de Setembro de 2017 actuam pela 1ª vez no Brasil, no Rock in Rio e em S. Paulo.
Neste momento fazem parte do grupo ara além dos originais Roger Daltrey e Pete Townshend, Zak Starr (filho de Ringo Starr), Simon Townsend (irmão mais novo de Pete que é um fabuloso guitarrista), John Button na viola baixo e os teclistas Corey, Gold e Simes anteriormente citados. Os Who já venderam mais de 100 milhões de álbuns e para a prestigiada revista "Rolling Stone" tem 7 álbuns deles classificados nos melhores 500. Para 2018 apenas Roger tem alguns concertos programados em Março.
Mais uma vez o bichinho da música não desarma. Pete diz que voltarão mais fortes.
Em Junho de 2016 aparece o "Back To The Who Tour 51". Neste 'tour' esteve incluída uma presença no Festival da Ilha de Wight. O 'tour' terminou em Outubro. Em Novembro anuncaram que dariam 5 concertos no Reino Unido com a apresentação de "Tommy". O 'Tour' ficou com o nome de "2017 Tommy and More". Foi a 1ª vez que Tommy foi tocada por inteiro desde 1989. Em 23 de Setembro de 2017 actuam pela 1ª vez no Brasil, no Rock in Rio e em S. Paulo.
Neste momento fazem parte do grupo ara além dos originais Roger Daltrey e Pete Townshend, Zak Starr (filho de Ringo Starr), Simon Townsend (irmão mais novo de Pete que é um fabuloso guitarrista), John Button na viola baixo e os teclistas Corey, Gold e Simes anteriormente citados. Os Who já venderam mais de 100 milhões de álbuns e para a prestigiada revista "Rolling Stone" tem 7 álbuns deles classificados nos melhores 500. Para 2018 apenas Roger tem alguns concertos programados em Março.
O autor do projecto Outlet foi o músico produtor Clive Calder (OP nº 27) e também o cantor Peter Vee. Os Outlet foram considerados como um dos melhores conjuntos sulafricano de bublegum. O grupo começou com Clive Calder (viola e voz), Robert Schorder (teclas) Neil Herbert (viola e voz ), Greg Brown (baixo), Howie Jones e Peter Vee. Por vezes tocava Moose Forer no baixo e Ivor Back na bateria. Nesta altura, Clive já funcionava também como produtor. O 1º êxito do grupo foi "Backstreet" em 69 a que se seguiu "Workink On A Good Thing" que vai atingir o 2º lugar no Hit da Springbox Radio. Em 71 saíu "Set Me Free" e a última canção gravada foi "It's All Coming Back To Me" O 1º álbum foi "Backstreet" e o último uma compilação dos êxitos que estiveram na LM Radio. Clive veio a tornar-se um dos maiores milionários do Reino Unido quando vendeu a sua Zomba Records à BMG.
Uma das canções que gravaram foi "Lazy Life" que Quentin E. Kloopjaeger (Billy Forest, outro guru sul africano) já tinha gravado em 68 e que o H2O (nós, a Onda Pop) fez de seguida uma versão em português com letra do Pop Duarte Nuno. O original è de Gordon Haskell que tocava nos Les Fleurs de Lys e a deu a Billy Fury, mas a versão do duo australiano Heart & Soul em 1969 está muito bem conseguida e também é diferente da versão sul-africana. |
José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa a 13 de Setembro de 1956 e faleceu a 30 de Novembro de 2017. Foi um dos fundadores do conjunto Pop Rock Xutos e Pontapés . O grupo formou-se no final de 1978 e o 1º show foi nos Alunos de Apólo em Janeiro de 1978. O êxito começa a aparecer. Quando iniciaram eram Zé Pedro, Tim, Kalu e Zé Leonel na voz. Depois este saíu e entrou Francis e Tim passou a acumular o baixo e a voz. Em 82 gravam o 1º disco. Em 83 Francis sai e entra João Cabeleira. Em 85 gravam o nálbum "Cerco" que tem o "Homem do Leme". É em 1987 que disparam na popularidade com o álbum "Circo de Feras" onde estão os êxitos "Não Sou o Único" que Zé Pedro compôs, "Contentores", "N'América" e "A Minha Casinha". Depois o álbum "88" consolidou-lhe o percurso "À Minha Maneira", sua, deles. Entre reveses e sucessos foi sempre Zé Pedro quem polia as arestas e mantinha a coesão do grupo. Apelidado por vezes de o 'Keith Richard' dos Xutos ultrapassou bem o início dos anos 90 não deixando que a crise desfizesse a banda. Em 91 editam mais um álbum, "Dizer Não de Vez".Em 98 fazem a música para o filme de Joiaquim Leitão "Tentação". Zé Pedro é um dos actores. Em 99 fazem a digressão "XX Anos Ao Vivo" dando 80 concertos pelo País, o que para um ano, é obra.
Em 2004 recebem do Presidente Jorge Sampaio a Comenda de Ordem de Mérito.
Em2006 António Feio produz uma peça "Sexta Feira 13" só com música dos Xutos. Eles fazem um original com o mesmo nome para a referida peça. Em 2009, nos 30 anos da banda é reeditada toda a sua produção discográfica incluindo vinil. Neste ano levam 40 mil pessoas ao Restelo.
O último álbum lançado foi em 2014, "Puro" para comemorar 35 anos.
Em 2004 recebem do Presidente Jorge Sampaio a Comenda de Ordem de Mérito.
Em2006 António Feio produz uma peça "Sexta Feira 13" só com música dos Xutos. Eles fazem um original com o mesmo nome para a referida peça. Em 2009, nos 30 anos da banda é reeditada toda a sua produção discográfica incluindo vinil. Neste ano levam 40 mil pessoas ao Restelo.
O último álbum lançado foi em 2014, "Puro" para comemorar 35 anos.
Outro artista que nos deixou no dia 7 deste mês de Dezembro foi o simpático Mário Gil. Nascido no Brasil, em S. Paulo a 24 de Maio de 1941 tornou-se conhecido quando lançou "Pelos Caminhos de Portugal", canção brejeira que fez enorme sucesso e onde enaltecia todas as qualidades do Povo Português. Lançou mais canções sempre nessa onda actuando por tudo o que eram Feiras e Romarias no País. Ainda fez dupla com os Zimbro ligando outro grande êxito desse grupo com os seus caminhos, "Apita o Comboio". Cantor luso-brasileiro por excelência (pois seus pais eram portugueses) enalteceu as suas raízes continuamente. Por considerarmos muito bem feito não resistimos a colocar o video de Cândido Magalhães do You Tube.
Homem simples e humilde, Mário Gil chegou a compôr uma canção com o Pop Luís Arriaga. Daí que chamássemos a Austrália para o homenagear:
Mário Gil era um bom homem, um exemplar cristão e estava sempre pronto a ajudar quem quer que lhe pedisse uma ajuda. Brasileiro, era contudo mais português que muitos lusitanos e ainda por cima tinha ascendentes da zona de Viseu!
Discograficamente iniciou a sua carreira na Discossete, uma pequena mas aguerrida editora da Helena Cardinalli, sobrinha dos célebres circenses do Circo Cardinalli, uma mulher combativa e que não cedia facilmente a negas e a birras.
Após os "Caminhos de Portugal", o Mário necessitava de um sucesso que o voltasse a guindar aos lugares cimeiros de vendas em Portugal e o mercado discográfico mostrava-se algo renitente nos temas mais popularuchos...Esses já ele os tentara mas sem efeito visível!
Inspirado num conhecido Cartão editado pelas edições de S. Paulo sobre as marcas que Jesus deixa na areia da praia quando vai em socorro de alguém o Mário Gil compôs o tema "Pegadas na Areia" e veio ter comigo solicitando ajuda em dois sentidos. 1º melhorando a letra e dando um jeito à música; 2º pedindo-me que aceitasse dividir com ele a interpretação do tema, que se esperava viesse a ser êxito nas ondas da Rádio Renascença, onde, na altura, eu tinha um programa de Rádio, um programa matinal, entre as dez e o meio dia, com emissão logo após o célebre "Despertar" dos famosos Olga Cardoso e António Sala. Era o "Passeio da Fortuna" que também tinha o condão de ser um 'fabricante' de sucessos nacionais para além do seu "Jogo da Mala" e dos habituais jogos de antena que faziam dele o 2º mais popular da Rádio portuguesa. Ainda tentei convencê-lo a dividir a interpretação com o José Cid, bem mais famoso, mas a minha insistência foi redundante!
E assim foi, combinou-se uma data, e numa bela noite de Outono com a ajuda orquestral de um dos músicos do grupo do Tito Paris o Mário e eu lá gravámos a 1ª edição de "Pegadas na Areia". Refiro a 1ª edição porque tenho conhecimento que se lhe seguiram posteriores edições, contudo sem a minha participação.
Discograficamente iniciou a sua carreira na Discossete, uma pequena mas aguerrida editora da Helena Cardinalli, sobrinha dos célebres circenses do Circo Cardinalli, uma mulher combativa e que não cedia facilmente a negas e a birras.
Após os "Caminhos de Portugal", o Mário necessitava de um sucesso que o voltasse a guindar aos lugares cimeiros de vendas em Portugal e o mercado discográfico mostrava-se algo renitente nos temas mais popularuchos...Esses já ele os tentara mas sem efeito visível!
Inspirado num conhecido Cartão editado pelas edições de S. Paulo sobre as marcas que Jesus deixa na areia da praia quando vai em socorro de alguém o Mário Gil compôs o tema "Pegadas na Areia" e veio ter comigo solicitando ajuda em dois sentidos. 1º melhorando a letra e dando um jeito à música; 2º pedindo-me que aceitasse dividir com ele a interpretação do tema, que se esperava viesse a ser êxito nas ondas da Rádio Renascença, onde, na altura, eu tinha um programa de Rádio, um programa matinal, entre as dez e o meio dia, com emissão logo após o célebre "Despertar" dos famosos Olga Cardoso e António Sala. Era o "Passeio da Fortuna" que também tinha o condão de ser um 'fabricante' de sucessos nacionais para além do seu "Jogo da Mala" e dos habituais jogos de antena que faziam dele o 2º mais popular da Rádio portuguesa. Ainda tentei convencê-lo a dividir a interpretação com o José Cid, bem mais famoso, mas a minha insistência foi redundante!
E assim foi, combinou-se uma data, e numa bela noite de Outono com a ajuda orquestral de um dos músicos do grupo do Tito Paris o Mário e eu lá gravámos a 1ª edição de "Pegadas na Areia". Refiro a 1ª edição porque tenho conhecimento que se lhe seguiram posteriores edições, contudo sem a minha participação.
O disco foi um tremendo sucesso e acabou por alavancar a carreira do Mário Gil que prosseguiu a bom ritmo e com muitos espectáculos de Norte a Sul, de Leste a Oeste e sempre com enorme adesão popular. E ainda bem, era o justo troco que o público português devolvia a quem tanto trabalhou para isso e a quem devotou tanto do seu carinho, esforço e inspiração ao longo de décadas de carreira.
O disco obteve o prémio de Disco de Platina. Contudo a respectiva Associação Discográfica nunca conferiu o título e muito menos premiou a edição com o merecido galardão.
LUÍS ARRIAGA
BRISBANE Dezembro de 2017
O disco obteve o prémio de Disco de Platina. Contudo a respectiva Associação Discográfica nunca conferiu o título e muito menos premiou a edição com o merecido galardão.
LUÍS ARRIAGA
BRISBANE Dezembro de 2017
Apesar de nada sabermos de Carlos Pires, se é vivo ou morto, queremos mesmo assim prestar-lhe uma homenagem, trazendo-o ao conhecimento público. Excelente executante de guitarra clássica era também um músico que dava gosto ouvi-lo tocar órgão.
Carlos Pires nasceu em Miranda do Douro e em criança imaginava grandes orquestras e dirigia-as sem nunca ter visto nenhuma. Aos 12 anos o pai ofereceu-lhe um acordeão e estudou solfejo e teoria musical com um maestro militar. O pai, que também tinha conhecimentos musicais, viu as suas aptidões e mandou-o para Évora, onde tinha um tio director de uma escola que tinha uma secção de música, porque em Miranda tal não existia. Aprendeu tudo pelos livros. Chegou a dar concertos em Évora. Aos 15 anos foi com os pais para Moçambique.
Concluíu que aquilo que queria fazer era música. O acórdeão já não chegava e voltou-se para o piano. Os livros eram os seus professores. Aprendeu harmonia, contraponto e modelação.
Entretanto, sentia-se mais atraído pela viola clássica e passou a estudá-la. Depois ensinou teoria musical e solfejo ao seu irmão mais novo e aos 22 anos já fazia um duo de violas com ele. O 1º concerto que deram foi no Núcleo de Arte. Tendo os livros como professores, quando tinha dúvidas escrevia ao grande músico português de guitarra clássica, José Duarte Costa e ele de Lisboa tirava-lhe as dúvidas. Para ele, que se sentia um principiante os melhores eram John Williams, Narciso Yepps, Andre Segovia, Sebastiao Maroto, José Duarte Costa e Nik Mandlof.
Carlos Pires nasceu em Miranda do Douro e em criança imaginava grandes orquestras e dirigia-as sem nunca ter visto nenhuma. Aos 12 anos o pai ofereceu-lhe um acordeão e estudou solfejo e teoria musical com um maestro militar. O pai, que também tinha conhecimentos musicais, viu as suas aptidões e mandou-o para Évora, onde tinha um tio director de uma escola que tinha uma secção de música, porque em Miranda tal não existia. Aprendeu tudo pelos livros. Chegou a dar concertos em Évora. Aos 15 anos foi com os pais para Moçambique.
Concluíu que aquilo que queria fazer era música. O acórdeão já não chegava e voltou-se para o piano. Os livros eram os seus professores. Aprendeu harmonia, contraponto e modelação.
Entretanto, sentia-se mais atraído pela viola clássica e passou a estudá-la. Depois ensinou teoria musical e solfejo ao seu irmão mais novo e aos 22 anos já fazia um duo de violas com ele. O 1º concerto que deram foi no Núcleo de Arte. Tendo os livros como professores, quando tinha dúvidas escrevia ao grande músico português de guitarra clássica, José Duarte Costa e ele de Lisboa tirava-lhe as dúvidas. Para ele, que se sentia um principiante os melhores eram John Williams, Narciso Yepps, Andre Segovia, Sebastiao Maroto, José Duarte Costa e Nik Mandlof.
Quando o inquirimos sobre o ambiente musical em Moçambique considerou-o muito pobre e lamentou a falta de uma verdadeira escola de música e salientou Carlos Guilherme como um cantor de grande potencial. Dava aulas no Núcleo de Arte e na Associação Académica de Moçambique, e tocava no Ritz num Yamaha de dois teclados. Tinha 26 anos e foi lá que o fomos entrevistar. Como homenagem apresentamos videos de três daqueles que considerava os melhores.
GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
- "Groovin' with Mr. Bloe" tem uma história interessante e como entrou directo para 9º lugar, é ela que hoje apresentamos na nossa Parada. Em Maio de 1970 atinge o 2º lugar no Top do Reino Unido. Esta música tinha sido editada nos Estados Unidos pela Life Records como sendo o Lado B de "Make Believe" uma canção que os músicos de estúdio que tinham feito um Tour em 1969 com Tony Orlando gravaram com o nome de Wind. Não tendo nada para o lado B, Bo Gentry, Paul Naumann e Kenny Laguna inventaram "Grooving With Mr. Bloe". O disco é enviado para o Reino Unido e o DJ Jimmy Saville divulga o lado B. Um amigo telefona de Londres para Laguna dizendo-lhe que ele estava no Top com uma música bem tocada. Laguna pensou em "Make Believe". Quando o outro lhe disse que era "Grooving with Mr. Bloe" ele não sabia o que era pois nem se lembrava que música estava no lado B. Nos Estados Unidos Dick Clark que já lançara Connie Francis (ver o artigo de Connie Francis), estava a produzir na TV americana o show "Dick Clark's American Bandstand e passou a usar este tema na abertura durante vários anos. Estávamos na época do Bubblegum. A música foi tocada numa harmónica diatónica. No entanto a versão que chegou aos Tops do Hit Parade do Reino Unido foi a versão tocada por Mr. Bloe.
Mas ainda mais interressante é saber quem é Mr Bloe.
O verdadeiro nome de Mr Bloe é Harry Pitch que faleceu em 2015 com 90 anos.
Harry Pitch aos 14 anos deixou a escola e com o 1º salário comprou uma harmónica. Tornou-se um virtuoso desse instrumento, depois aprendeu música, trumpete e trombone, participou em diversas bandas e ganhou o concurso de solistas do famoso jornal Melody Maker. Nos anos 50 forma o seu próprio conjunto de música de dança, onde gradualmente vai introduzindo a harmónica, lançando vários cantores debutantes como por exemplo Matt Monro. Nos anos 60 o conhecimento com o maestro Ron Goodwin abriu-lhe as portas para a Televisão e Cinema. Ficou conhecido pela sua interpretação do tema do filme "A Ponte do Rio Kway". Tal sucesso fez com que a EMI o contratasse como músico de estúdio. Foi ele quem tocou na canção de Frank Ifield, "I Remember You" que alcançou o 1º lugar no Top do Reino Unido em Julho de 1962 permanecendo 28 semanas no Top 40. Vários cantores e músicos da EMI pediram-lhe que os ensinasse a tocar como por exemplo Cliff Richard. Certo dia no estúdio da Abbey Road, dois jovens procuram-no pedindo explicação para que conseguissem tirar determinadas sonoridades das suas harmónicas. Esses jovens eram nada mais nada menos que Paul McCartney e John Lennon. Com esses ensinamentos técnicos John Lennon produziu a obra prima "Love Me Do". A entrevista que reproduzimos abaixo é bem elucidativa da importância que Pitch teve no meio musical.
O verdadeiro nome de Mr Bloe é Harry Pitch que faleceu em 2015 com 90 anos.
Harry Pitch aos 14 anos deixou a escola e com o 1º salário comprou uma harmónica. Tornou-se um virtuoso desse instrumento, depois aprendeu música, trumpete e trombone, participou em diversas bandas e ganhou o concurso de solistas do famoso jornal Melody Maker. Nos anos 50 forma o seu próprio conjunto de música de dança, onde gradualmente vai introduzindo a harmónica, lançando vários cantores debutantes como por exemplo Matt Monro. Nos anos 60 o conhecimento com o maestro Ron Goodwin abriu-lhe as portas para a Televisão e Cinema. Ficou conhecido pela sua interpretação do tema do filme "A Ponte do Rio Kway". Tal sucesso fez com que a EMI o contratasse como músico de estúdio. Foi ele quem tocou na canção de Frank Ifield, "I Remember You" que alcançou o 1º lugar no Top do Reino Unido em Julho de 1962 permanecendo 28 semanas no Top 40. Vários cantores e músicos da EMI pediram-lhe que os ensinasse a tocar como por exemplo Cliff Richard. Certo dia no estúdio da Abbey Road, dois jovens procuram-no pedindo explicação para que conseguissem tirar determinadas sonoridades das suas harmónicas. Esses jovens eram nada mais nada menos que Paul McCartney e John Lennon. Com esses ensinamentos técnicos John Lennon produziu a obra prima "Love Me Do". A entrevista que reproduzimos abaixo é bem elucidativa da importância que Pitch teve no meio musical.
Nos anos 80 foi-lhe pedido que tocasse na sonorização dos filmes mudosde Buster Keaton. Forma também uma nova banda de jazz e toca em várias óperas. Gravou seis álbuns a solo e nos últimos anos de vida ainda participava nos nos festivais nacionais de harmónica.