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Onda Pop

A primeira publicação periódica sobre música pop-rock em todo o Portugal (Continental, Insular e Ultramarino).

Semanalmente aos sábados no maior jornal de Moçambique - o "Notícias" de Lourenço Marques, desde 31 de Agosto de 1968.


Onda Pop
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           Z + 2M = ZM² 
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ZITO +  IRMÃS MUGE parecia há 46 anos uma brisa que penetrava os esquemas rígidos porque se regia o Fado abrindo uma brecha na fortaleza dos puristas. O projecto não teve continuidade. Balançou 6 meses, e os estudos das irmãs e a ida de Zito para a África do Sul desvaneceu a ideia. Foi uma experiência, uma brincadeira que deu muito gozo aos intervenientes.
A "Adega da Madragoa" era na época, um dos lugares mais pitorescos do Fado. Situava-se  na cave do Clube dos Lisboetas na Brito Camacho (hoje Patrice Lumumba) em Lourenço Marques (hoje Maputo) e a entrada era por umas escadinhas na rua lateral a que chamavam Escadinhas da Saudade. Era explorada pela fadista Eulália Duarte. A casa tinha arranjado grande prestígio e para lá ir convinha fazer a marcação ou não se encontrava lugar. O naipe de fadistas não variava muito porque também não os havia bons em quantidade. Mas ali sempre passaram os melhores. No entanto e em homenagem a Eulália Duarte, porque ela merece aqui fica uma recordação de um Fado de um dos seus   discos.

Fomos ter com os protagonistas da "heresia" de dar novas cores ao Fado.
ZITO: "Esta ideia surgiu da amizade que existe entre nós. E começou por acaso, eu cantei e elas começaram a fazer coros e a acompanhar com as violas. Gostámos do resultado e avançámos. Depois os ensaios decorriam em casa da família Muge. Eram tardes muito divertidas que recordo com muita ternura. Actuámos muitas vezes na Adega da Madragoa, fizémos dois espectáculos em Tete onde estreámos uma balada com música das Irmãs Muge e letra minha. Isto aconteceu aí em 69 e até ao fim do ano. Chegámos a gravar na Rádio Mocidade e iam passando na rádio todas as semanas".
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Eulália Duarte a cantar na sua Adega da Madragoa
Teresa Muge: "Aquela brincadeira de cantar Fados? Foi uma experiência que para mim ficou até hoje. Às vezes ouço fadistas cantarem em conjunto, em uníssono,  e eu vou cantando baixinho em paralelo com segundas vozes ou contra-cantos como intuitivamente fazíamos com o Zito".

Amélia Muge: "Ah! Isso foi apenas uma brincadeira. Já pouco me recordo, mas como actuávamos muitas vezes juntos, um dia o Zito começou a cantar (num intervalo) e fomos tocando e fazendo  coros. Achámos que ficava bem e então ensaiámos alguns fados do Zito. Mas isso durou pouco tempo."

Durou o tempo suficiente para que Onda Pop achasse que era uma ideia interessante e inovadora e que poderia trazer novas luzes e chamar mais juventude ao Fado. Ainda recentemente perguntámos a João Braga se por estas paragens também tinham surgido tentativas de modernizar o Fado e ele respondeu. " Nem pensar, até eu tive problemas com pequenas alterações, quanto mais se os puristas achassem isso um sacrilégio.Tenho impressão que até a Pide os vinha prender". Confirmámos assim que foi esta a primeira tentativa de alijeirar e modernizar o castiço Fado.
Apesar da gravação muito deficiente, este documento que apresentamos, não deve ser escamoteado. De nosso conhecimento, é único, e foi gravado na festa de aniversário dos 50 anos do pai do nosso popista João Pedro (pelo próprio) em que muitos artistas amigos foram convidados e tocaram e cantaram. Este tipo de Fado a que poderemos chamar Fado-balada tinha muita aceitação, basta ver como foram ovacionados no final, e o pessoal queria mais. Já na Onda Pop nº33 saíu uma caixa em que fazemos referência e onde dizemos que a junção de uma guitarra poderia melhorar o projecto. Lancemos agora um desafio às novas gerações, porque não, partindo deste esboço, desta ideia, criarem algo de novo. Hoje continuamos a acreditar que pode resultar muito bem.
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NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
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Brian Wilson um dos mais bem sucedidos e melhores compositores do século XX, membro fundador, lider ideólogo e criativo dos Beach Boys, músico, cantor e produtor, acaba de lançar o seu 11º álbum a solo, entitulado "No Pier Pressure".
Brian Wilson, a glória americana de The Beach Boys, que já foi vítima de colapso nervoso, que o levou ao isolamento e auto-afastamento dos Beach Boys por mais de 20 anos, seguindo-se a perda dos irmãos, fez um regresso à música em 1988, lançando o seu primeiro álbum a solo, mas só editando o 2º em 1995, a partir do qual entrou num ritmo de lançamento de novos trabalhos numa média de 2 em 2 anos, embora o seu último álbum já datasse de 2011.

Tivemos a sorte e a oportunidade de conhecer pessoalmente este homem afável, tímido e introvertido, génio da música, no lançamento, em São Paulo, do álbum "Smile" dos Beach Boys, que ficou por ser editado durante 37 anos, até 2004. Nessa altura agradecemo-lhe os inúmeros momentos de alegria e felicidade, que ele e os seus irmãos (Carl e Denis), o seu primo, Mike Love, e mais alguns amigos, como Bruce Johnson e Al Jardine (que colabora com Brian neste novo álbum), nos proporcionaram e continuam proporcionando. Tìmidamente, olhou-nos e disse: Deus te abençoe e agradeço as tuas doces palavras pelo trabalho que fizémos, mas essencialmente porque elas são mais um incentivo para eu ter a coragem de editar mais ideias e composições minhas.
Por tudo isto e porque a Onda Pop é sua fan incontestável, foi com muita curiosidade e prazer que ouvimos este seu novo álbum "No Pier Pressure".
Um grande momento do álbum é a canção "The Right Time", com a participação do companheiro 'Beach Boy', Al Jardine, que mantém a sua voz quase intacta após mais de 50 anos de canto, dando aos arranjos vocais uma beleza sonora cheia  de pop e de harmonias familiares aos 'Beach Boys'.
A não perder também "Guess You Had To Be There", em dueto com Kacey Musgraves (cantora do Country) ou "Our Special Love" cantada com o jovem Peter Hollens, conhecido pelo seu envolvimento com música a capella, desde 1999. Tudo isto sem esquecer o ambiente caribenho, com laivos de Bossa Nova, de "On The Island", com a participação da cantora de Folk/Jazz, Zooey Deschanel.
No entanto é possível ouvir e gostar de "No Pier Pressure" sem conhecer um único álbum dos The Beach Boys ou o trabalho a solo de Brian Wilson, pois o trunfo de "No Pier Pressure" é a sua conexão com o presente. Wilson não está a fim de lamúrias, apesar de reflectir sobre o tempo e a mortalidade lá para o fim do álbum, em momentos belos como nas quatro faixas que encerram os trabalhos, "Somewhere Quiet", "I'm Feeling Sad", "The Last Song" e o singelo instrumental "Half Moon Bay", esta com a participação do trompetista Mark Ishan. 
Para todos aqueles que conhecem a obra de Brian Wilson, no conjunto ou a solo, o prazer ainda será maior, uma vez que este álbum funciona como um bate-papo de boas notícias, com alguém de quem gostamos muito mas que ouvimos com menos frequência do que a que desejaríamos.
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- "ONDA POP" NA REVISTA "PLATEIA"

Como podem ver, aqui por Lisboa também acabou por ficar conhecida a ONDA POP. Embora a Plateia não se dedicasse apenas à música , mas a todo o tipo de espectáculos, é certo que a música tinha algum peso.
E teve o seu impacto, tanto quanto sabemos, uma vez que a quantidade de jornais, que eram enviados de Lourenço Marques todos os dias para Portugal e vendidos numa tabacaria no Rossio, aumentou para mais do dobro nas edições de Sábado. 
E também é certo que quando saíu o 1º número da revista Mundo da Canção (em Dezembro de 1969) os seus autores nos enviaram os primeiros nºs para saberem da nossa opinião, o que só por si fala da credibilidade que já havíamos conquistado.
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1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK 

Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).

Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".

Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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OS 100 MELHORES ÁLBUNS DE 1955 A 1975

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SMILEY SMILE -
THE BEACH BOYS
Capitol (1967)
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Em meados dos anos 60, Brian Wilson encontrava-se envolvido no desenvolvimento de novas técnicas de produção de discos. 
Tudo parecia correr bem para o lado dos 'Beach Boys', pois Brian Wilson tinha acabado de produzir em 1966 um dos álbuns mais revolucionários da música pop "Pet Sounds". 
Os ingredientes musicais do álbum seguinte, "Smile", eram extremamente promissores e The Beach Boys tinham-se tornado no melhor e mais conceituado conjunto americano.
Então, e quem eram os seus dignos concorrentes? 

Bem, havia os Beatles, e depois ... bem, realmente, eram só eles. Sempre os concorrentes difíceis, os Beatles eram o grupo que com "Rubber Soul", tinham em primeiro lugar inspirado Wilson na criação de "Pet Sounds". Ele respeitava e admirava-os, e sentiu que poderia ultrapassá-los, pois com "Smile" já preparado e definido para lançamento no final de '66, Wilson sentiu que tinha a corrida "no papo". 
Mas em Dezembro de 1966, as disputas e tensão dentro do grupo 'Beach Boys' tinham chegado a um nível tal que Wilson forçou a sua saída do grupo em termos de actuações ao vivo e resolveu retardar o projeto "Smile", após o lançamento do álbum "Revolver" pelos 'The Beatles' em Agosto de 1966. 
Entretanto para cumprir as obrigações contratuais, The Beach Boys gravaram "Smiley Smile" durante os três primeiros trimestres de 1967, só que em Junho de 1967 'The Beatles' lançam o fabuloso álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" e Brian Wilson entrou numa depressão louca e perdeu toda a auto-confiança, plenamente consciente de que com o projecto "Smile" ele nunca poderia ultrapassar a qualidade e produção de "Sgt. Pepper's". Então resolveu abortar o  
projecto "Smile", que só foi parcialmente recuperado em 2004.

Para os fãs dos 'Beach Boys' que esperavam algo dentro da linha de "Sgt. Pepper's", "Smiley Smile" foi uma grande decepção, mas ouvido fora de tais expectativas irrealistas, é um álbum suficientemente experimental e ao mesmo tempo massivamente comercial, pois inclui duas das obras-primas dos 'Beach Boys' e do seu líder e criativo produtor e compositor Brian Wilson: a mini-ópera "Heroes And Villains" e o seu maior sucesso comercial e experimental ao nível da produção e harmonias vocais, "Good Vibrations", incluindo ainda a maravilhosa "Wind Chimes" e a avant-garde pop "Vegetables" onde, o grande amigo e admirador de Brian Wilson, Paul McCartney contribui sonoramente roendo um aipo, após uma visita ao estúdio de gravação dos 'Beach Boys' durante a gravação deste álbum. 
Portanto "Smiley Smile", apesar de ter nascido aos trambulhões, tem todos os ingredientes para se ter tornado um dos álbuns mais importantes da década.

PIPER AT THE GATES OF DAWN -
PINK FLOYD
Columbia (1967)          
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O título do álbum de estreia dos 'Pink Floyd' é retirado de um capítulo do livro favorito de Syd Barrett no seu tempo de criança, The Wind In The Willows, e o imaginário lírico de "The Piper At The Gates Of Dawn" é realmente cheio de colorido infantil e distintamente britânico, embora filtrado através da lente perceptiva do LSD. 
As cativantes e melódicas canções de acid pop de Barrett são equilibradas com peças mais longas, mais experimentais mostrando instrumentais loucos e psicadélicos do grupo, muitas vezes usando temas de viagens espaciais como metáforas para experiências alucinógenas, como nas canções "Astronomy Domine" e "Interstellar Overdrive", que são algumas das primeiras incursões no Rock progressivo espacial.
As letras e as melodias de Barrett são principalmente brincalhonas e bem-humoradas, mas a música da banda nem sempre confirma esses sentimentos, pois para além do trabalho de Rick Wright no seu misterioso órgão com dissonâncias, os cromatismos, os barulhos estranhos e efeitos sonoros vocais são todos empregados em várias instâncias das gravações, dando a impressão de um caos e confusão à espreita de pularem para uma qualquer organizada composição brilhante e melodiosa. 
"The Piper At The Gates Of Dawn" é aquele disco onde realmente começou tudo para os Pink Floyd, quando o baixista Roger Waters, o teclista Richard Wright e o baterista Nick Mason foram conduzidos pelo gênio do vocalista e guitarrista Syd Barrett. O rock psicadélico dificilmente obteve muito mais do que em "Piper," numa coleção totalmente louca de avant-garde e space rock, canções sobre gnomos e espantalhos, com efeitos de produção e de som e performances soberbas por um conjunto britânico de art-rock, que estava destinado a se tornar uma das maiores lendas do Rock, editando álbuns que se tornariam clássicos , como "Dark Side Of The Moon", "Wish You Were Here", "Animals' ou "The Wall".
Infelizmente, e tràgicamente, logo após o lançamento de "The Piper At The Gates Of Dawn" as experimentações de Syd Barrett com drogas psicodélicas destruíram-no, e ele acabou sendo foi expulso da banda. Roger Waters mais ou menos assumiu-se como o líder do grupo, e o lugar desocupado de Barrett foi preenchido pelo guitarrista David Gilmour. 
Barrett, apesar de seu estado viciado em drogas, gravaria ainda um par de álbuns a solo antes de ir viver silenciosamente aos cuidados dos seus famíliares até à sua morte em 2006.
"The Piper At The Gates Of Dawn" capta com sucesso ambos os lados da experimentação psicadélica - os prazeres da expansão da mente e da percepção, e uma ameaça subjacente de transtorno mental; essa dualidade torna este álbum ainda mais atraente e leva-o a ser classificado como um dos melhores álbuns psicadélicos de todos os tempos.

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LOVE SUPREME -
JOHN COLTRANE
Impulse! Records (1965)
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"Love Supreme" de John Coltrane é fàcilmente reconhecido como um dos mais importantes álbuns já editados. É o pináculo das suas gravações, numa compilação de todas as suas inovações do seu passado, que fala da sua profunda espiritualidade e também dá um vislumbre aos próximos dois anos e meio de trabalho (que, infelizmente, seriam também os seus últimos anos de vida).
Gravado no final de 1964, com o seu quarteto clássico constituído, para além dele, por de Elvin Jones, McCoy Tyner, e Jimmy Garrison. 
Este quarteto no estúdio, criou um dos álbuns mais instigantes, concisos, tècnicamente agradáveis e num ambiente emocionalmente variado com o grupo em perfeita sintonia com a vibração espiritual de Coltrane, ​​tornando este disco no best-seller  de John Coltrane até à data.
"Love Supreme" é um disco composto de quatro partes, cada uma tendo uma progressão temática que leva a uma compreensão da espiritualidade através da meditação. 
Inicia-se com "Acknowledgement", o despertar das sortes e conhecimentos espirituais; depois passa para "Resolution", uma peça incrivelmente bela sobre a fúria da dedicação a um novo caminho de compreensão; seguindo-se, quase que naturalmente, "Persuance", uma busca por esse entendimento, e termina com "Psalm", a iluminação espiritual.


Tão difícil quanto imaginar um mundo sem "A Love Supreme", é imaginar qualquer colecção de jazz sem este disco de John Coltrane.

FIVE LEAVES LEFT  -
NICK DRAKE
Island (1969)                   
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Nick Drake é certamente um dos personagens mais intrigantes da história da música popular. 
Um artista genial e obscuro que construiu a sua carreira entre 1969 e 1974 (quando faleceu), através de uma maravilhosa discografia de apenas três discos, e nada mais, sendo este "Five Leaves Left" o seu primeiro álbum.
Nick era uma pessoa inteligentíssima e literada, mas extremamente introvertido, de tal forma que após o lançamento do seu 2º álbum, o seu produtor Joe Boyd fez uma tentativa no sentido de tornar a carreira de Nick mais popular e ofereceu os dois álbuns já editados por Nick Drake à famosa cantora e compositora francesa, Françoise Hardy, que os adorou e mostrou interesse em que Drake escrevesse canções para ela. Boyd ficou entusiasmadíssimo e levou Nick Drake até Paris para ele se encontrar com Françoise Hardy, no apartamento desta. "Foi uma experiência doloroso e torturante" confessou Joe Boyd, pois Nick sentou-se a beber chá e não disse uma palavra durante todo o tempo, mesmo quando Françoise Hardy lhe pediu para ele escrever algumas canções para ela interpretar (o que nunca veio a acontecer!).
"Five Leaves Left" é um álbum de canções de fortes sentimentos, onde Drake com a sua grande técnica na viola, apresenta composições profundas, atingindo de forma certeira a alma dos ouvintes… Poética marcante ao máximo e de uma beleza musical extrema, é um álbum perfeito de arranjos misteriosos, de tristes acordes de violão e de uma forte e sentimental vocalização… enfim, tudo o necessário para uma obra artística irretocável.

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FALANDO DE NOVOS DISCOS

Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
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CANTEM com a ONDA POP !!!
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DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS

A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK.
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Abracadabra queria conhecer os segredos e magias dos goblins, dwarfs elfos e gnomos e resolveu ir até uma das 790 ilhas escocesas, que fazem parte da Grã-Bretanha, aonde eles aparecem algumas vezes e se exibem para vários escritores britânicos, como Tolkien ou George MacDonald.
Metemo-nos ao caminho através das Highlands e encontrámos uma família de camponeses, Vashti Bunyan, o seu companheiro Robert, o seu cachorro, 'Blue' e o seu cavalo, 'Bess', que puxava um vagão-casa. Vashti e os seus companheiros tinham ido com idêntico destino, procurando uma comuna artística, supostamente criada pelo famoso cantor e compositor Donovan. Estavam nesse périplo há um ano e meio e voltavam a casa. 
Durante essa sua viagem Vashti Bunyan tinha composto uma colecção de 14 canções, três delas com a ajuda do seu companheiro Robert Lewis.
Apercebemo-nos imediatamente que estavamos num momento mágico, quando nos disseram que íam até Londres, falar com o editor Joe Boyd, para lhe entregar essas composições com a intenção de editarem um álbum, "Just Another Diamond Day", em nome de Vashti Bunyan.
Este álbum teve as preciosas colaborações de Simon Nicol (banjo) e Dave Swarbrick (violino, bandolim), ambos dos 'Fairport Convention' e de Robin Williamson (violino e harpa), dos 'Incredible String Band'.
"Just Another Diamond Day" foi editado em 1970, mas não chamou muito a atenção e Vashti decidiu abandonar a música e dedicar-se à vida campesil e à completa obscuridade, até ao final dos anos 90, quando os coleccionadores de discos dos anos 60, descobriram esta preciosidade campestre do folk/rock britânico, tornando-se num álbum de culto, com as tais 14 canções:


  1. "Diamond Day" 
  2. "Glow Worms" 
  3. "Lily Pond" 
  4. "Timothy Grub"
  5. "Where I Like to Stand" 
  6. "Swallow Song"
  7. "Window Over the Bay"
  8. "Rose Hip November"
  9. "Come Wind Come Rain"
  10. "Hebridean Sun"
  11. "Rainbow River"
  12. "Trawlerman's Song" 
  13. "Jog Along Bess"
  14. "Iris's Song for Us"
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O décimo posto desta semana na Parada de Onda Pop é ocupado pelos 'Ohio Express', um conjunto de estúdio criado só para gravações de discos e formado, em 1967, pelas 'Super K Productions' de Jerry Kasenetz e de Jeffrey Katz, onde se destacava o cantor/compositor Joey Levine.
"Mercy" foi o último êxito dos 'Ohio Express', entrando para o top 40 dos Estados Unidos, Canadá e Austrália e para o importantíssimo top 10 da Parada de Onda Pop.

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NOTA:
A capa que publicamos é a edição espanhola do single, mas tem uma estranha particularidade, visto que nuestros hermanos, que sempre traduzem tudo, traduziram "Mercy" por "Gracias", certamente fazendo confusão com a forma francesa de agradecimento, Merci, quando na realidade a tradução correcta seria Misericórdia ou Compaixão, a qual a Onda Pop não teve ao apresentar pùblicamente este erro de tradução.
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