
João Maria de Oliveira Pegado Bastos Carreira nasceu em Lourenço Marques, Moçambique em 27 de Agosto de 1929, filho de pais com família aristocrática. Os pais divorciam-se mas voltam a casar e ele acaba por ir buscar o apelido Tudella ao seu pai adoptivo e a quem ele na realidade chamava pai. Faz o ensino primário em Lourenço Marques indo depois continuar os estudos na África do Sul. Aos 13 anos volta para estudar no Liceu 5 de Outubro (depois Salazar, hoje Josina Machel). É aqui no Liceu que começa a cantar em algumas festas. Em 1944 vai estudar Direito para Coimbra mas mete-se nas Repúblicas e cantorias e o Fado de Coimbra deita abaixo o seu curso. A família obriga-o a regressar a Moçambique. Regressa em 1949 e dedica-se ao seu desporto favorito , o Ténis em que era um excelente jogador. Começa a cantar no RCM e a trabalhar na companhia de seguros Império. Quatro anos depois passa para a Shell onde vem a atingir uma excelente posição. Entretanto tinha-se tornado o "Menino D' Oiro" do Maestro Artur Fonseca. Começa a fazer digressões pela África do Sul, Rodésia do Norte (hoje Zâmbia) e Rodésia do Sul (hoje Zimbabué) e a gravar para a editora sul africana Gallotone. Entre 56 e 60 grava pelo menos 3 álbuns, vários EPs e singles. Os álbuns são "Uma Casa Portuguesa - Tudella canta música de Artur Fonseca" que foi o primeiro. Depois gravou "Pôr do Sol Em Lourenço Marques" e "Fado" os dois últimos com dois grandes músicos, Alves Martins à guitarra e António Fonseca à viola (irmão de Artur Fonseca e o ensaiador ao piano de "Gente Nova ao Microfone" - OP nº 14). Em ambos são gravados inéditos musicais da autoria de Alves Martins e Tudella também canta Fados de Coimbra. Amália Rodrigues disse-lhe " Tenho ouvido cantar o Fado de Coimbra muitas vezes e foi você o único que me deu emoção". Entretanto sai um EP com a mesma capa do LP e o maestro, Dan Hill (OP nº 57) e o seu quinteto onde canta "Uma Casa Portuguesa" original de Artur Fonseca para Sara Chaves (OP nº 13), mas no estilo original (mais cha cha cha). Ainda em 61 grava o álbum "Come and Dance with Tudella" o que faz dele em 61 o artista português com mais LPs. logo seguido de Eduardo Jaime.
A sua parceria com o maestro Artur Fonseca leva-o a lançar em 1959 o single "Kanimambo" com sabor mais africano e com letra de Reinaldo Ferreira e Vasco Matos Sequeira e música de Artur Fonseca. A canção tem êxito a nível mundial e vai obrigá-lo a digressões a nível mundial.
|
Em 1961, hesita em se tornar profissional, pois tinha uma excelente posição na Shell e um bom salário, mas acaba por ir para Lisboa. Parte para o Brasil e América, depois torna-se profissional. "Uma Casa Portuguesa" irá depois ser gravada por Amália Rodrigues mais estilo fado/canção. Diz Cristina Fonseca, filha do maestro " é uma das versões de que mais gosto desta linda e mundialmente famosa canção que o meu pai compôs. A voz cristalina do João Maria Tudella dá-lhe uma vivacidade própria do espírito do autor. A Amália Rodrigues quando a cantou e gravou é que deu o tom afadistado à canção".
"O Meu Chapéu" foi um dos seus maiores sucessos e o Pop João Pedro também a cantou na "Gente Nova ao Microfone (OP nº 14). |
Em Portugal são lançados a partir de 62 vários EPs pela Polydor. Nesse mesmo ano ganha o Prémio da Crítica "O Melhor da TV". A Tecla edita o álbum "Tudella Canta Moçambique" só com canções com música de Artur Fonseca que já haviam saído nos EPs. É certo que o título deveria ter sido "Tudella Canta Artur Fonseca" uma vez que a música não era moçambicana. Mas se agora ainda se cometem erros semelhantes porque não nos anos 60. Aliás a capa é um verdadeiro desastre.

Nos anos 60 actua por todo lado tanto em Portugal como no estrangeiro. Grava vários discos entre os quais salientamos Tudella "Amália Triste" com composições de Luís Miguel de Oliveira, o mesmo de "Lonely Lost and Sad" dos Sheiks (OP nº 22 e 23) e "Uma Velha foi à Feira" dos Inflexos (OP nº 8 e 9). Em 1966 concorre ao Festival da Canção da RTP com duas canções, "Outono" (4º) e "Ai Gracinha" (7º), Festival ganho por Madalena Iglésias com "Ele e Ela". Em 68 volta a concorrer com a canção "Ao Vento e ás Andorinhas" (5º). Em 69 concorre como compositor com Fernando Alvim e a canção "Tenho Amor Para Amar" defendida pelo Duo Ouro Negro. Ainda em 68 é proibido de actuar na TV depois de no "Natal dos Hospitais" ter interpretado em directo "Cama 4, Sala 5" da autoria de Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes. Uma crítica à saúde no País. O refrain rezava assim: Cantarei livremente / E direi ao meu povo / Que não caia doente / Que não morra de novo. Só o voltará a fazer depois do 25 de Abril.

Apesar de se dizer que teria abandonado a canção Tudella preparava o que viria a ser o seu melhor álbum. Com música do maestro Pedro Jordão e poemas de grandes poetas como Reinaldo Ferreira, Fernando Pessoa, José Gomes Ferreira, Manuel Alegre e outros grava o álbum de capa preta Tudella. Canções como "Fulizaram um Homem num Pais Distante", "Liberdade", "Quero um Cavalo de Várias Cores" e outras. Aliás ainda em 68 tinha dado um espectáculo no "Vilaret" onde interpretou essas canções. É precisamente no final de 69 que lhe fazemos a entrevista na sua casa na Av. de Roma e nos oferece o LP. Pouco tempo depois do disco vir "a lume" ainda toca em algumas Rádios mas é apreendido pela PIDE. Depois disto pràticamente deixou de cantar. Continuou a trabalhar na "Star" (agência de Turismo). Nas nossas conversas informais ainda nos contou que só casaria depois dos 60, e cumpriu.

Depois em 72/73 Tudella vira "Espião" e "Agente Secreto" ao serviço de Jorge Jardim que se preparava para uma independência multiracial em Moçambique. Chegou mesmo a libertar um ex- ministro deposto de um País africano de Londres para Paris. Jardim finalmente tinha conseguido o acordo com a Frelimo (movimento que lutava pela independência do País) e os governos da Zâmbia, Malawi e Tanzania. Os acordos foram assinados em Lusaka. Veio então a Lisboa negociar com Marcelo Caetano que lhe chamou doido e correu com ele. Admitindo que podia ser preso marcou viagem para Moçambique para 26 de Abril de 1974. Depos do 25 de Abril a Frelimo sentiu-se livre para não ter que partilhar a independência. Daí talvez a extrema pressa com que o Governo Português através de Mário Soares, Melo Antunes e Almeida Santos quizeram resolver atabalhoadamente o problema. Da História um dia se saberá.
Tudella voltará à Televisão dos anos 80. Depois de Mário Assis Ferreira (ex Quinteto Académico, OP nºs 18, 39 e 41) assumir a direcção do Casino do Estoril e começar a apresentar em 88 as "Noites de Gala" que vão ser transmitidas em directo pela RTP. Na noite de Natal de 88 a RTP também lhe entrega a produção do espectáculo, onde Raul Solnado tem uma excelente interpretação de "Um Conto de Natal"de sua autoria. É também nas Noites de Gala que se apaixona perdidamente por uma jovem assistente, Filomena Fonseca com quem vem a casar em 1990. O casamento gerou dois filhos, João Maria (1991) hoje fazendo trabalhos no "Backstage" e Maria Carlota (1994) que tirou o Conservatório de Dança e já esteve na final de um dos programas de dança da RTP. Já em 2003 Tudella diza a uma revista que a filha gostava de música e cantava.
Tudella voltará à Televisão dos anos 80. Depois de Mário Assis Ferreira (ex Quinteto Académico, OP nºs 18, 39 e 41) assumir a direcção do Casino do Estoril e começar a apresentar em 88 as "Noites de Gala" que vão ser transmitidas em directo pela RTP. Na noite de Natal de 88 a RTP também lhe entrega a produção do espectáculo, onde Raul Solnado tem uma excelente interpretação de "Um Conto de Natal"de sua autoria. É também nas Noites de Gala que se apaixona perdidamente por uma jovem assistente, Filomena Fonseca com quem vem a casar em 1990. O casamento gerou dois filhos, João Maria (1991) hoje fazendo trabalhos no "Backstage" e Maria Carlota (1994) que tirou o Conservatório de Dança e já esteve na final de um dos programas de dança da RTP. Já em 2003 Tudella diza a uma revista que a filha gostava de música e cantava.
Nos anos 90 apresenta vários programas de Rádio e Televisão sempre com gande audiência.
Em 2011 enquanto passeava o seu cão (tinha um amor incondicional por cães. Em 1969 tinha um cão enorme de nome Chicuembo, nome africano que significa Deus. Chegou a ir comprar um bilhete de cinema para o cão ir com ele ver "Os 101 Dalmatas" ) nos jardim do Casino do Estoril, um AVC fulminante atirou-o ao chão. Faleceu dois dias depois. Tinha 81 anos.
Dos seus êxitos, "Kanimambo","Uma Casa Portuguesa" (uma das canções portuguesas com mais versões a nível mundial e que podem ver no excelente trabalho do blog "Portugal através do Mundo"), "Moçambique", "O Meu Chapéu", "Não Brinque Comigo", "Amália Triste" e outras, ainda hoje são escutadas com muito agrado.
Em 2011 enquanto passeava o seu cão (tinha um amor incondicional por cães. Em 1969 tinha um cão enorme de nome Chicuembo, nome africano que significa Deus. Chegou a ir comprar um bilhete de cinema para o cão ir com ele ver "Os 101 Dalmatas" ) nos jardim do Casino do Estoril, um AVC fulminante atirou-o ao chão. Faleceu dois dias depois. Tinha 81 anos.
Dos seus êxitos, "Kanimambo","Uma Casa Portuguesa" (uma das canções portuguesas com mais versões a nível mundial e que podem ver no excelente trabalho do blog "Portugal através do Mundo"), "Moçambique", "O Meu Chapéu", "Não Brinque Comigo", "Amália Triste" e outras, ainda hoje são escutadas com muito agrado.

Na Onda Pop nº5 entrevistámos o Zito, contámos a sua história. Depois na OP nº 37 voltámos a falar pelo projecto Z+2M com as Irmâs Muge (OP nº 3). uma nova abordagem evolutiva para o Fado (quem sabe a 1ª em todo Portugal). Interessante ligação à balada, quem sabe os jovens de agora não poderiam continuar a explorar.
Agora o Dicionário chamou-o de novo. Tentámos espremer mais um pouco, porque quando o bichinho existe não é facil eliminá-lo, para uns até que a voz lhes doa. E assim foi. Zito cantou no RCM e pelas casas de Fado de Lourenço Marques, começou na Adega da Madragoa e foi Eulália Duarte que teve "olho" para o seu "jeito fadista". Depois cantou na Tertúlia Festa Brava (no Alto Maé), no Ribatejano (Matola) e na Toca (que virou depois Música-Bar). Depois na África do Sul em restaurantes e festas das comunidades portuguesas. Gravou vários discos e editou outros. Fez a sua despedida oficial das canções no restaurante "A Canoa" com música ambiente acompanhado pelo Maestro Joge Brandão (entretanto falecido).
Agora o Dicionário chamou-o de novo. Tentámos espremer mais um pouco, porque quando o bichinho existe não é facil eliminá-lo, para uns até que a voz lhes doa. E assim foi. Zito cantou no RCM e pelas casas de Fado de Lourenço Marques, começou na Adega da Madragoa e foi Eulália Duarte que teve "olho" para o seu "jeito fadista". Depois cantou na Tertúlia Festa Brava (no Alto Maé), no Ribatejano (Matola) e na Toca (que virou depois Música-Bar). Depois na África do Sul em restaurantes e festas das comunidades portuguesas. Gravou vários discos e editou outros. Fez a sua despedida oficial das canções no restaurante "A Canoa" com música ambiente acompanhado pelo Maestro Joge Brandão (entretanto falecido).

Continuou a fazer o que antes já fazia. Tradutor oficial para a cadeia de TV Maximo Supersport. Hoje faz tradução e locução (em off) em programas de conteúdo desportivo.
Em Novembro de 2015, Zito juntamente com Techa (Natercia Barreto, OP nºs 16, 18, 54) quebraram "o jejum" e foram cantar ao Restaurante Alberton para uma homenagem ao conjunto Símbolos de Esperança (também já retirados desde 2001) e com quem tinham cantado e gravado. O conjunto animou um jantar dançante e os dois cantaram algumas canções. Os grandes obreiros desta reunião do conjunto foram os anfitriões Sandra e Vitor.
Em Novembro de 2015, Zito juntamente com Techa (Natercia Barreto, OP nºs 16, 18, 54) quebraram "o jejum" e foram cantar ao Restaurante Alberton para uma homenagem ao conjunto Símbolos de Esperança (também já retirados desde 2001) e com quem tinham cantado e gravado. O conjunto animou um jantar dançante e os dois cantaram algumas canções. Os grandes obreiros desta reunião do conjunto foram os anfitriões Sandra e Vitor.

E para terminar um vídeo muito interessante sobre as saudades da "Adega da Madragoa" na cave do Clube dos Lisboetas, na Travessa da Palha, e que nos permite homenagear a sua anfitriã já de seguida. Pedimos ao Zito que nos desse umas palavras sobre Eulália Duarte.
Foi a Eulália Duate que "Topou" o fado que haviaem mim e me atirou para a frente do touro na "Adega da Madragoa" em Lourenço Marques.Ainda bem que a conheci. Foi a maior fadista com carreira em Moçambique, na verdadeira acepção da palavra, voz, presença, perfil, garra, alma e profissionalismo. Foi vendo a Eulália a cantar, foi convivendo de perto com ela, que pude aperceber-me do mundo que existe na letra de "Tudo Isto é Fado" de aníbal Nazaré.
EULÁLIA DUARTE E A "ADEGA NA MADRAGOA"
Eulália Duarte nasceu em Lisboa e iniciou a sua carreira de fadista no "Café Luso", era considerada uma das novas esperanças da jovem geração fadista que nos anos 40 aparecia em Lisboa. Participou numas quantas revistas. Em 1947 vai a Moçambique integrada numa digressão e deixou-se cativar. O Fado ia desabrochar em terras africanas. Ela era a expressão do Fado. O seu primeiro êxito foi ainda em Lisboa, "Você Chega a Estas Horas" num disco Alvorada.
Eulália Duarte nasceu em Lisboa e iniciou a sua carreira de fadista no "Café Luso", era considerada uma das novas esperanças da jovem geração fadista que nos anos 40 aparecia em Lisboa. Participou numas quantas revistas. Em 1947 vai a Moçambique integrada numa digressão e deixou-se cativar. O Fado ia desabrochar em terras africanas. Ela era a expressão do Fado. O seu primeiro êxito foi ainda em Lisboa, "Você Chega a Estas Horas" num disco Alvorada.
Passou a fazer parte dos quadros de artistas do RCM e procurou montar uma Casa de Fados. Vai aprecer primeiro "A Tendinha". Depois desta é que vai aparecer a "Adega da Madragoa" nas novas instalações do Clube dos Lisboetas ( na foto desenho do arquitecto). Na foto real as instalações agora pintada de vermelho e onde está instalada (2015) uma operadora de TV privada´a TIM. No antigo e grande salão é um restaurante indiano. A entrada da Adega era por umas escadinhas na rua lateral logo no final do cubo vermelho. Ao fundo, o edif+icio branco era o Hotel Aviz.
Na foto acima pode ver-se como estava decorada parte da sala com os fadistas ao fundo, cantava na altura Eulália Duarte. A seguir a foto das instalações neste momento. Na primeira estamos no final do salão olhando para a porta. Neste momento as instalações servem uma operadora de TV privada. A cave é o armazém (agradecemos ao responsável que nos autorizou tirar as fotos).
Em Moçambique Eulália é eleita Rainha do Fado em 1972 (o Rei foi Carlos Macedo, um jovem que tinha ido fazer a tropa e ficara por lá. Cantava e tocava guitarra muito bem, também na Adega da Madragoa. Depois veio para Lisboa e fez uma grande carreira no Fado onde continua activo. Em 2014 ganhou o prémio Amália) e entra no filme de Courinha Ramos "O Explicador de Matematica".
Em Moçambique Eulália é eleita Rainha do Fado em 1972 (o Rei foi Carlos Macedo, um jovem que tinha ido fazer a tropa e ficara por lá. Cantava e tocava guitarra muito bem, também na Adega da Madragoa. Depois veio para Lisboa e fez uma grande carreira no Fado onde continua activo. Em 2014 ganhou o prémio Amália) e entra no filme de Courinha Ramos "O Explicador de Matematica".
Na foto abaixo é o início das escadas que levavam à entrada (escadas em Z) que se apresenta na foto actual. As escadas tinham o nome de "Escadinhas da Saudade" e nela estão da esq. para a dir. José António, Natércia Barreto, Zito, Eulália Duarte e Alves Salgado. Entretanto Eulália deixou depois a gestão da Adega que foi dirigida pelos Cabeleireiros Ferrer e Medeiros. Quando regressou a Lisboa, Eulália ainda cantou durante uns tempos nas Casas de Fado, até que há uns 35 anos se retirou para Ereira ( na zona do Cartaxo). Continuou a colaborar e a cantar de quando em vez, até que a doença a atormentou. Agora nos seus oitenta e muitos vai descansando e recordando com os amigos. Esperamos que a doença não lhe dê sofrimento e enviamos-lhe um beijinho.
Elis Regina Carvalho Costa nasceu a 17 de Março de 1945 em Porto Alegre. Faleceu a 19 de Janeiro de 1982 em São Paulo aos 36 anos. Hoje é quase unânime que ela foi e é a maior cantora brasileira. Elis começou aos 11 anos num programa de Rádio para crianças "O Clube do Guri" da Rádio Farropilha. Aos 15 anos algém a viu cantar e sugeriu à Continental apostar nela. Grava o 1º LP aos 16 anos,"Viva a Botolândia". Nos anos 60 não pára com espectáculos distribuídos por Rio e S. Paulo. Faz contratos com a TV. Os seus ídolos são Edith Piaf, Ângela Maria e Bette Davis. Trabalha com Ronaldo Bôscoli, com quem vem a casar em 1969. Em 70 tem o seu primeiro filho João Marcelo. "Fino de Bossa" com Jair Rodrigues foi um sensacional programa de TV que se manteve no ar de 64 a 67. Desses espectáculos saíram 3 discos, um deles "Dois na Bossa". Foi o primeiro disco brasileiro a vender mais de 1 milhão de discos.
Recentemente foi recuperado um filme feito num bar, no início da sua carreira ondecanta um poema que Adorinan Barbosa fez para sua namorada, Iracema, que moreu atropelada uma semana antes de casarem. Outro poeta que ela promoveu. |
A sua forma de estar em palco é única, o público ficava a seus pés. Em 1968 faz uma viagem à Europa onde o seu sucesso é absoluto. No Olympia de Paris acaba por actuar uma segunda vez.

Em 1969 grava na Suécia com o belga Toots Thielemans (o mago da harmónica) "Aguarela do Brasil", um excelente disco, que no entanto só é lançado no Brasil em 1978 por causa da ditadura. Em 17 de Junho de 70 nasce o seu primeiro filho João Marcelo. Elis sempre foi muito senhora do seu nariz. Não tinha papas na língua e "brigava" quando não estava de acordo. Foi uma das fundadoras e a primeiro presidente da ASSIM (Associação dos Intérpretes e músicos). .Trabalhou com muitos compositores desconhecidos na época e que ela ajudou a lançar, como Milton Nascimento, Yvan Lins, Tim Maia, joão Bosco, Gilberto Gil e outros. Milton vai chamá-la de musa inspiradora e dedica-lhe várias canções.
O que falta hoje à música brasileira ?
|

Nos anos 70 atinge o auge, a sua voz e a sua técnica, a sua capacidade interpretativa e domínio vocal, transformam-na "Rainha" da música brasileira.
Em 75 forma a empresa "Trama" com o irmão Rogério e com o marido César C. Mariano para dirigir, produzir e lançar espectáculos musicais. Nesse ano, em Abril, nasce o seu 2º filho, Pedro. Mas poucos meses depois já está a ensaiar o show "Falso Brilhante". O espectáculo tem a sua estreia a 17 de Dezembro no Teatro Bandeirantes em S. Paulo e estará em cena 14 meses com uma média de 1500 pessoas por noite. O espectáculo tem o prémio da crítica como o melhor show do ano. Cerca de 300 mil pessoas viram o show. Mais espectáculos são apresentados, mais programas de TV, mais shows e a 9 de Setembro de 77 nasce Maria Rita. Mas em 17 de Novembro já estreia em Porto Alegre, sua terra natal, no Teatro Leopoldina, o show "Transversal no Tempo" que ela vai levar à Europa em 1978. As TVs fazem programas com ela e outros artistas como Rita Leeque escreve uma canção para ela. Finalmente no início de 79 "Transversal no Tempo" termina e Elis pode gozar umas férias. Depois voltará para preparar "Saudades do Brasil" que estreia em 20 de Março de 80. Entram 13 músicos e 11 bailarinos. Vai ser considerado pela crítica o nelhor que a Companhia fez. Aqui canta "Alô Alô Marciano", "Conversando no Bar", "Aguarela do Brasil" e muitas outras. A 9 de Julho cancela o show e participa nas homenagens póstumas a Vinicius de Morais que morrera nesse dia. O espectáculo termina em Agosto no Canecão do Rio de Janeiro. Em 81 vai a Los Angeles, Chile e a muitos programas de TV, incluindo o de Gal Costa que a convida. Em 22 de Julho estreia "Trem Azul". Embora César C. Mariano tenha feito os arranjos musicais já não participa no show pois está separado de Elis. "Trem Azul" é apresentado em várias cidades até Dezembro. No meio de tudo isto vai gravando álbuns para a WEA com quem assinara em Fevereiro de 79. O seu último espectáculo para TV é um especial fim de ano, da 31 de Dezembro para a TV Record. A 19 de Janeiro de 1982 morre às 11,45h na sua casa em S. Paulo. Causa: Overdose de Cocaína e álcool etílico. Será que a separação deitou abaixo esta frágil mas bem forte mulher.
Em 75 forma a empresa "Trama" com o irmão Rogério e com o marido César C. Mariano para dirigir, produzir e lançar espectáculos musicais. Nesse ano, em Abril, nasce o seu 2º filho, Pedro. Mas poucos meses depois já está a ensaiar o show "Falso Brilhante". O espectáculo tem a sua estreia a 17 de Dezembro no Teatro Bandeirantes em S. Paulo e estará em cena 14 meses com uma média de 1500 pessoas por noite. O espectáculo tem o prémio da crítica como o melhor show do ano. Cerca de 300 mil pessoas viram o show. Mais espectáculos são apresentados, mais programas de TV, mais shows e a 9 de Setembro de 77 nasce Maria Rita. Mas em 17 de Novembro já estreia em Porto Alegre, sua terra natal, no Teatro Leopoldina, o show "Transversal no Tempo" que ela vai levar à Europa em 1978. As TVs fazem programas com ela e outros artistas como Rita Leeque escreve uma canção para ela. Finalmente no início de 79 "Transversal no Tempo" termina e Elis pode gozar umas férias. Depois voltará para preparar "Saudades do Brasil" que estreia em 20 de Março de 80. Entram 13 músicos e 11 bailarinos. Vai ser considerado pela crítica o nelhor que a Companhia fez. Aqui canta "Alô Alô Marciano", "Conversando no Bar", "Aguarela do Brasil" e muitas outras. A 9 de Julho cancela o show e participa nas homenagens póstumas a Vinicius de Morais que morrera nesse dia. O espectáculo termina em Agosto no Canecão do Rio de Janeiro. Em 81 vai a Los Angeles, Chile e a muitos programas de TV, incluindo o de Gal Costa que a convida. Em 22 de Julho estreia "Trem Azul". Embora César C. Mariano tenha feito os arranjos musicais já não participa no show pois está separado de Elis. "Trem Azul" é apresentado em várias cidades até Dezembro. No meio de tudo isto vai gravando álbuns para a WEA com quem assinara em Fevereiro de 79. O seu último espectáculo para TV é um especial fim de ano, da 31 de Dezembro para a TV Record. A 19 de Janeiro de 1982 morre às 11,45h na sua casa em S. Paulo. Causa: Overdose de Cocaína e álcool etílico. Será que a separação deitou abaixo esta frágil mas bem forte mulher.
No seu funeral estiveram mais de 3 mil pessoas, as homenagens póstumas estenderam-se por todo o País e no estrangeiro. Todos os anos se fazem festas de homenagem com grandes espectáculos para lembrar quem nunca foi esquecido. A foto acima mostra os seus dois filhos João Marcelo e Maria Rita, ainda muito jovens, numa dessas homenagens. Em 2005 o seu acervo foi colocado na Casa da Cultura Mário Quintana em Porto Alegre. São objectos, discos, e escritos que foram dados por fãs, jornalistas e amigos da cantora.

Na Onda Pop nº 27 já contámos a história de Tom Jones, portanto falaremos agora um pouco de Sir Thomas James. Tom e Linda eram amigos de escola desde os 12 anos. Desde essa idade apaixonaram-se loucamente . Casaram ambos aos 16 anos e um mês depois nasceu-lhe o primeiro filho. Como veêm já aceleravam desde os quinze. Tom deixou de estudar e empregou-se numa fábrica de luvas e mais tarde foi para a construção civil. Formou uma banda com amigos e um dia Gordon que viria a ser o seu empresário descobriu-o por acaso a cantar e não mais o quiz largar. Tinha 22 anos e um filho de sete. No entanto disse a Gordon que era solteiro. Durante alguns anos ninguém soube do seu filho e casamento. Linda que o adorava ansiava sempre pela sua chegada e mantinha-se discretamente invisível. Mesmo depois de todo o mundo saber ela fazia a sua pacata vida em casa e raramente era vista com ele, nem ia a qualquer espectáculo. Tudo isto aparece agora na sua autobiografia, saída no final de 2015.
Depois comprou a mansão de Dean Martin em Beverley Hills para onde se mudaram. Tom ia vários meses para Londres ou outros locais e Linda nunca o quiz acompanhar.É claro que no meio de tudo isto os "affairs iam acontecendo, ora com uma das Supremes ora com uma ex- miss mundo, etc. Linda passava por cima de tudo isto e esperava que retornasse a casa. Também é certo que não tiveram mais filhos.

Calcula-se que em 50 anos estiveram juntos cerca de 10 anos.
Quando Tom está em casa é Linda quem decide o que faz, mas nunca quer sair para almoçar fora ou ir a qualquer espectáculo. O dia para ela é como de milhões de pessoas, passados a ver televisão, fumando e bebendo champanhe. è claro que hojetem um monte de problemas e seguramente uma grande depressão.
Tom Jones continua senhor de uma grande voz e aos 75 anos continua a cantar, tendo já o ano de 2016 cheio de concertos por todo o mundo. Ainda em 1969 já tinha shows de televisão tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. Convidou dezenas de grandes artistas e mesmo aqui na Onda Pop podem vê-lo na OP nº 60 num "medley" com Esther Ofarim e Cher e na OP nº 66 num dueto com Mireille Mathieu.
Muitos dos espectáculo que hoje faz teêm fãs dos 15 aos 85 e continua a fazer duetos com muitos artistas. Hoje nos videos acima apresentamo-lo a cantar o seu 1º êxito em 2013, "It´s Not Unusual" numa entrevista onde o entrevistador o pôe a tocar viola e em 2015 na entrega dos Grammy em "You've Lost your Loving Feeling em dueto com Jessie J.
Quando Tom está em casa é Linda quem decide o que faz, mas nunca quer sair para almoçar fora ou ir a qualquer espectáculo. O dia para ela é como de milhões de pessoas, passados a ver televisão, fumando e bebendo champanhe. è claro que hojetem um monte de problemas e seguramente uma grande depressão.
Tom Jones continua senhor de uma grande voz e aos 75 anos continua a cantar, tendo já o ano de 2016 cheio de concertos por todo o mundo. Ainda em 1969 já tinha shows de televisão tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. Convidou dezenas de grandes artistas e mesmo aqui na Onda Pop podem vê-lo na OP nº 60 num "medley" com Esther Ofarim e Cher e na OP nº 66 num dueto com Mireille Mathieu.
Muitos dos espectáculo que hoje faz teêm fãs dos 15 aos 85 e continua a fazer duetos com muitos artistas. Hoje nos videos acima apresentamo-lo a cantar o seu 1º êxito em 2013, "It´s Not Unusual" numa entrevista onde o entrevistador o pôe a tocar viola e em 2015 na entrega dos Grammy em "You've Lost your Loving Feeling em dueto com Jessie J.
Alves Martins nasceu em Portugal e desde cedo se dedicou a aprender guitarra. Tocando todo o tipo de música. Mas queria mais e então inovava e criava as suas próprias composições. Foi para África e lá passou a tocar no RCM e a acompanhar Tudela nos seus Fados de Coimbra. è assim que nos álbuns "Pôr do Sol em Lourenço Marques" e "Fados" aparece a acompanhá-lo juntamente com o seu inseparável amigo António Fonseca à viola e grava meia dúzia de composições de sua autoria. Eram o principal duo para acompanhar os melhores fadistas e não só. Depois de 74 veio para Lisboa onde actuou em várias casa de fados. Tocou quase até ao final de sua vida, já pelos 90 anos. Etas poucas linhas apenas pertendem ser uma forma de homenagear um grande senhor que vivia música dentro de si. |

GIRA-DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Gira-Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.

Sir Tom Jones não pára. Em 2016 e até Agosto já não tem praticamente datas disponíveis. Mesmo agora os fãs acabam de conseguir que ele disponha de mais um dia para um espectáculo extra no Palace Festival em Hampton Court, pois as datas marcadas para 15 e 16 de junho já estao esgotadas. Assim Tom lá conseguiu o dia 8 de Junho para o tal show extra. Mas no dia 10 tem outro concerto em Bedgebury Pinerum (em Kent) e dia 19 no Westtonbirk Arboreturn. Agora acabou de darmais alguns shows, mas já partiu para outros. Em Abril vai estar em Seul na Coreia do Sul . Em Agosto no Forest Live Festival e em Julho também pelo Reino Unido. O seu último álbum "Spirit in the Room" continua a vender. Tom recebeu o grau de Cavaleiro da sua Rainha em 2006.