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A ONDA POP vai publicar pela primeira vez oficialmente a carta que recebeu do CLUBE DE FANS DOS BEATLES pedindo que fizessemos a divulgação do endereço desse clube, que era o único Clube de Fans dos Beatles português reconhecido pelo "The Official Beatles Fan Club" do Reino Unido, conforme documentamos através da publicação da Lista Completa das Secretárias do Clube de Fans que foi compilada pelas suas Secretárias Nacionais - Freda Kelly e Anne Collingham e que apareceu no Nº43 da revista oficial do Clube - "The Beatles Book", que saía mensalmente.
Publicamos também a carta dirigida ao Clube Oficial de Fans dos Beatles pela Nellie Abreu solicitando a sua nomeação como Secretária para Portugal (na Europa e nas diversas províncias ultramarinas). Sabemos ser um documento histórico para todos os Beatlemaníacos e como tal resolvemos publicar toda a documentação em nossa posse. |
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FALANDO DE NOVOS DISCOS
DESTAQUE DA SEMANA
Rádios Piratas
Rádios Piratas
Todos aqueles que são fans da música e da rádio dos anos 60, sabem a importância que as Rádios Piratas tiveram na divulgação da música pop-rock, que saía dos padrões de qualidade e educação musicais impostos pela B.B.C. (Broadcasting Bristish Corporation) desde o pós-guerra. Assim poucas músicas classificadas nos "hit-parades" eram tocadas pela B.B.C. nessa época.
A nova cultura musical dos jovens dos finais dos anos 50 e inícios de 60, com os seus ritmos trepidantes do rock, do twist e outros estilos revolucionários de dança e sons, não se encaixava nos padrões da B.B.C. e assim vivía-se com essas limitações sem grandes dramas ouvindo-se mais assíduamente as músicas escolhidas pela única Rádio do Reino Unido, em um monopólio estatal e de imposição cultural, que nem em Portugal existia tão acintosamente no tempo do "nacional cançonetismo". |
O problema foi quando, em 1964, os Beatles, os Stones, os Animals, etc, começaram a ser a referência musical da grande maioria dos jovens que, por a B.B.C. não pôr no ar esse género musical, começaram a ouvir uma rádio estrangeira que emitia do Luxemburgo - a Rádio Luxemburgo.
Mas a Rádio Luxemburgo não satisfazia os novos artistas e gravadoras, pois práticamente só tocava discos e artistas das grandes empresas de gravação, num sistema perto do famoso "payola" (pagamento extra aos D.J.s que tocassem as músicas desejadas pelas grandes gravadoras), o que as pequenas gravadoras e "managers" de artistas menos conhecidos não conseguiam acompanhar.
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Foi então que Ronan O'Rahilly, "manager" de Georgie Fame, viu uma oportunidade de difusão através de bases ou navios fora das águas territoriais, como já se fizera em 1958 na Dinamarca - Rádio Mercury ou na Suécia com as Rádio Syd e Rádio Nord e como desde 1960 fazia a Rádio Verónica para a Holanda (transmitindo até em língua inglesa).
Em poucos meses a Radio Caroline já tinha cerca de 9 milhões de ouvintes, o que entusiasmou as empresas e agências de publicidade a emitirem os seus anúncios através da Rádio Caroline para um nicho de mercado jovem, para além de que na época quase todos os jovens tinham um transistor, não incomodando os pais que continuavam sintonizados na B.B.C..
Esses factos ocasionaram duas situações:
-- Novas Rádios Piratas foram para o ar até 1966 (cronològicamente: Radio Atlanta, Rádio London - 10 milhões de ouvintes, Rádio Invicta, Radio 390, Rádio Sutch, Tower Radio, Rádio City, Rádio Essex, Radio Scotland, Radio 270, Swinging Radio England, Britain Radio e Radio England);
Esses factos ocasionaram duas situações:
-- Novas Rádios Piratas foram para o ar até 1966 (cronològicamente: Radio Atlanta, Rádio London - 10 milhões de ouvintes, Rádio Invicta, Radio 390, Rádio Sutch, Tower Radio, Rádio City, Rádio Essex, Radio Scotland, Radio 270, Swinging Radio England, Britain Radio e Radio England);
-- O governo britânico não gostava de estar a perder o control da situação económica, quer através da perda de anunciantes na B.B.C., quer na perda de impostos a cobrar às Rádios Piratas, só que estas não eram piratas pois emitiam de locais fora da área territorial britânica. Então democráticamente (quando toca a rendimentos que podem prejudicar qualquer dos partidos, estes tornam-se muito unidos... onde é que já vimos isto?) decidiu no Parlamento a aprovação de duas novas leis: uma que punia com multas altíssimas as empresas ou organizações britânicas que fizessem qualquer tipo de publicidade nas chamadas "Rádios Piratas" e outra que obrigava a polícia marítima a controlar e impedir o fornecimento de qualquer tipo de suprimentos ou mantimentos que se destinassem a essas mesmas estações de Rádio e que, por razões logísticas, era feito totalmente via marítima a partir do Reino Unido.
Estas duas leis mataram, a bem da população britânica e do monopólio estatal, a quase totalidade das Rádios Piratas, tendo até a Rádio London se despedido com a maravilhosa canção "A Day In The Life" dos Beatles.
No entanto a Rádio Caroline "desobedeceu" essas leis e continuou a emitir a Radio Caroline South e a Radio Caroline North, passando a ter anunciantes de fora do Reino Unido ou do Reino Unido, que tivessem aberto empresas fora do território britânico ou através dos seus representantes noutro país.
Mas como a Radio Caroline, para além de continuar a emitir driblando as leis governamentais, resolveu dar apoio ao partido da oposição nas eleições britãnicas, que em contrapartida se comprometia a defender a criação de uma lei que permitisse Rádios privadas nos territórios de Sua Majestade, o governo criou um poderoso posto de emissão com a mesma frequência da Rádio Caroline e que abafava as emissões desta estação.
A Rádio Caroline teve que fechar as suas emissões, mas o navio fundeou nos mares da Holanda e a rádio passou a chamar-se R.N.I. (Radio Northsea International) até 1983, data em que se instalou num navio maior e com um emissor de maior potência e voltou a chamar-se Radio Caroline, entusiasmando uma nova vaga de Rádios Piratas. Em 1989, chegaram a existir cerca de 600 Rádios Piratas (tais como a Radio Sunrise, a Rádio Centre Force ou a Rádio Fantasy).
Hoje existem, só no Reino Unido, cerca de 150 Rádios Piratas, só que a maioria delas deixou de emitir dentro dos padrões da rádio convencional e emitem num formato chamado "rave-on-the-air", onde a música que passam é destinada essencialmente para animar as festas "rave", hoje tão em voga, continuando a passar géneros musicais que não merecem a atenção das rádios convencionais, como a música caribenha ou a "urban music", conquistando jovens nichos de mercado que de outra forma não seriam ouvintes deste meio de comunicação, que tanto ajudou a divulgação e verdadeira democratização da música pop-rock.
Para celebrar a ousadia e a abnegação desses carolas, que viviam e trabalhavam dentro desses navios, para fazer a delícia dos jovens e também aproveitando para comemorar os 50 anos da Radio Caroline, apresentamos um video com uma colecção de jingles que passavam nessas Rádios e um outro em que podem visionar a Radio London e a Radio Caroline a serem emitidas nos anos 60.
Estas duas leis mataram, a bem da população britânica e do monopólio estatal, a quase totalidade das Rádios Piratas, tendo até a Rádio London se despedido com a maravilhosa canção "A Day In The Life" dos Beatles.
No entanto a Rádio Caroline "desobedeceu" essas leis e continuou a emitir a Radio Caroline South e a Radio Caroline North, passando a ter anunciantes de fora do Reino Unido ou do Reino Unido, que tivessem aberto empresas fora do território britânico ou através dos seus representantes noutro país.
Mas como a Radio Caroline, para além de continuar a emitir driblando as leis governamentais, resolveu dar apoio ao partido da oposição nas eleições britãnicas, que em contrapartida se comprometia a defender a criação de uma lei que permitisse Rádios privadas nos territórios de Sua Majestade, o governo criou um poderoso posto de emissão com a mesma frequência da Rádio Caroline e que abafava as emissões desta estação.
A Rádio Caroline teve que fechar as suas emissões, mas o navio fundeou nos mares da Holanda e a rádio passou a chamar-se R.N.I. (Radio Northsea International) até 1983, data em que se instalou num navio maior e com um emissor de maior potência e voltou a chamar-se Radio Caroline, entusiasmando uma nova vaga de Rádios Piratas. Em 1989, chegaram a existir cerca de 600 Rádios Piratas (tais como a Radio Sunrise, a Rádio Centre Force ou a Rádio Fantasy).
Hoje existem, só no Reino Unido, cerca de 150 Rádios Piratas, só que a maioria delas deixou de emitir dentro dos padrões da rádio convencional e emitem num formato chamado "rave-on-the-air", onde a música que passam é destinada essencialmente para animar as festas "rave", hoje tão em voga, continuando a passar géneros musicais que não merecem a atenção das rádios convencionais, como a música caribenha ou a "urban music", conquistando jovens nichos de mercado que de outra forma não seriam ouvintes deste meio de comunicação, que tanto ajudou a divulgação e verdadeira democratização da música pop-rock.
Para celebrar a ousadia e a abnegação desses carolas, que viviam e trabalhavam dentro desses navios, para fazer a delícia dos jovens e também aproveitando para comemorar os 50 anos da Radio Caroline, apresentamos um video com uma colecção de jingles que passavam nessas Rádios e um outro em que podem visionar a Radio London e a Radio Caroline a serem emitidas nos anos 60.
Parabéns à Radio Caroline pelo seu 50º aniversário e um muito obrigado a todas as Rádios Piratas que nos deram a conhecer músicas e artistas, que muito provávelmente nunca seriam conhecidos do grande público, mas infelizmente muitas das actuais rádios convencionais continuam sendo controladas... não pela censura do lápis vermelho, mas pelas "playlists" obrigatórias enviadas pelas organizações e direcções a que têm que se sujeitar, "obrigando" todos a ouvir e a re-ouvir variadas vezes as mesmas músicas, que esses dirigentes bem entendem divulgar ou que lhes é conveniente. É tão triste essa situação, que algumas dessas conceituadas rádios têm "playlists" com 3 ou 5 cinco mil músicas diferentes, quando a Onda Pop tem entre os seus membros mais de 200.000 diferentes músicas das suas colecções particulares de vinil e CD, sendo essencialmente músicas ou artistas dos anos 50, 60 e 70.
No comments!!! |
DESTAQUE 2
SARI
SARI era a designação que se dava aos "óscares" musicais sul-africanos, South Africa Record Industry. Assim em cada ano os que se distinguiam através de gravações, vendas, popularidade, concertos, tours eram sempre fortes candidatos a vencer um SARI, ou SARIE como por vezes aparece.
Dada a sua grande importância fizemos deles notícia na Onda Pop. Os SARIs eram vários, pois distinguiam músicos, intérpretes, canções, orquestrações e produções de diversos géneros musicais. Em 1968 VIRGINIA LEE uma das mais importantes intérpretes da África do Sul ganhava mais uma vez a de melhor cantora. Até 1970 ela ganhará por seis vezes um SARI.
Com a independência da África do Sul e o evidente fim do "apartheid", os SARI passaram a chamar-se SAMA (South Africa Music Awards).
A SABC (South Africa Broadcast Corporation) apoiada na Rádio Springbok divulgava todos os artistas nomeados e a votação era feita pelo público.
Neste ano de 1968 alguns dos que ganharam em diversas categorias talvez não sejam vossos conhecidos, mas quando ouvirem algumas composições seguramente se lembrarão deles ou das canções:
SARI era a designação que se dava aos "óscares" musicais sul-africanos, South Africa Record Industry. Assim em cada ano os que se distinguiam através de gravações, vendas, popularidade, concertos, tours eram sempre fortes candidatos a vencer um SARI, ou SARIE como por vezes aparece.
Dada a sua grande importância fizemos deles notícia na Onda Pop. Os SARIs eram vários, pois distinguiam músicos, intérpretes, canções, orquestrações e produções de diversos géneros musicais. Em 1968 VIRGINIA LEE uma das mais importantes intérpretes da África do Sul ganhava mais uma vez a de melhor cantora. Até 1970 ela ganhará por seis vezes um SARI.
Com a independência da África do Sul e o evidente fim do "apartheid", os SARI passaram a chamar-se SAMA (South Africa Music Awards).
A SABC (South Africa Broadcast Corporation) apoiada na Rádio Springbok divulgava todos os artistas nomeados e a votação era feita pelo público.
Neste ano de 1968 alguns dos que ganharam em diversas categorias talvez não sejam vossos conhecidos, mas quando ouvirem algumas composições seguramente se lembrarão deles ou das canções:
Nico Carstens, músico, orquestrador e produtor de vários nomes da canção sul-africana e compositor de vários êxitos, como por exemplo "Zambezi", que em 1956 atingiu o 13º lugar do hit-parade do Reino Unido. No video que vos propomos é o próprio Nico Carstens, que ganhou o SARI de 1968, como melhor orquestra, interpretando o seu maior sucesso "Zambezi".
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Os "Four Jacks and a Jill" são um dos conjuntos com maior número de sucessos na África do Sul, desde 1966, e os quais entrevistaremos futuramente, venceu dois SARIs em 1968.
"Master Jack" foi o seu maior sucesso internacional (1º na África do Sul e no Canadá e 18º nos Estados Unidos e na Austrália) e recebeu o SARI em 1968, conforme vos damos conta no nosso artigo de então. |
VIRGINIA LEE
VIRGINIA LEE foi talvez o expoente máximo da canção ligeira sul-africana e ganhou dimensão internacional quando gravou o seu maior sucesso "Goodbye My Love" a primeira versão cantada de "IL Silenzio" de Nino Rosso. Em Inglaterra vendeu mais de cem mil discos, e este foi ainda o seu 1º Disco de Ouro.
Virginia nasceu em Port Elisabeth em 1927. A Rainha da Canção ou a Voz de Ouro, era assim que Virgínia era conhecida, começa a fazer sucesso ainda nos anos 50, mas a década de 60 foi o seu melhor período. Depois nos anos 70 ainda teve bastantes êxitos.
Gravou mais de 60 "Long-Plays e diversos EPs. A sua canção "Goodbye My Love" foi talvez o seu maior sucesso e deu-lhe o 1º SARI em 1967, mas a canção que vamos ouvir foi aquela com que ganhou o SARI de 68, "Darling It's Wonderful, não lhe fica atrás e com a qual conseguiu o seu 2º Disco de Ouro. Leiam a pequena entrevista que lhe fizemos nesta ocasião.
Faleceu em Janeiro de 1990.
VIRGINIA LEE foi talvez o expoente máximo da canção ligeira sul-africana e ganhou dimensão internacional quando gravou o seu maior sucesso "Goodbye My Love" a primeira versão cantada de "IL Silenzio" de Nino Rosso. Em Inglaterra vendeu mais de cem mil discos, e este foi ainda o seu 1º Disco de Ouro.
Virginia nasceu em Port Elisabeth em 1927. A Rainha da Canção ou a Voz de Ouro, era assim que Virgínia era conhecida, começa a fazer sucesso ainda nos anos 50, mas a década de 60 foi o seu melhor período. Depois nos anos 70 ainda teve bastantes êxitos.
Gravou mais de 60 "Long-Plays e diversos EPs. A sua canção "Goodbye My Love" foi talvez o seu maior sucesso e deu-lhe o 1º SARI em 1967, mas a canção que vamos ouvir foi aquela com que ganhou o SARI de 68, "Darling It's Wonderful, não lhe fica atrás e com a qual conseguiu o seu 2º Disco de Ouro. Leiam a pequena entrevista que lhe fizemos nesta ocasião.
Faleceu em Janeiro de 1990.
OS DISCOS MAIS VENDIDOS EM LISBOA
Nesta edição da "ONDA POP" tinhamos publicado "Os Discos Mais Vendidos em Lisboa" e em 1º lugar encontrava-se a nossa maior Diva, AMÁLIA RODRIGUES.
Mais uma extraordinária composição (letra e música de Alberto Janes), que vos oferecemos ao vivo na RTP.
Amália Rodrigues e... "Vou Dar De Beber À Dor".
Nesta edição da "ONDA POP" tinhamos publicado "Os Discos Mais Vendidos em Lisboa" e em 1º lugar encontrava-se a nossa maior Diva, AMÁLIA RODRIGUES.
Mais uma extraordinária composição (letra e música de Alberto Janes), que vos oferecemos ao vivo na RTP.
Amália Rodrigues e... "Vou Dar De Beber À Dor".
INSTANTÂNEO 1
A música portuguesa está em alta.
O "Canto Alentejano" acaba de ser declarado pela Unesco património imaterial da humanidade.
É uma honra que muito prestigia a cultura portuguesa bem como os alentejanos e todos os portugueses, tal como já acontecera três anos antes com o Fado.
Também na semana passada Carlos do Carmo recebeu o Grammy pela sua carreira, um dos mais prestigiantes prémios.
A música portuguesa está em alta.
O "Canto Alentejano" acaba de ser declarado pela Unesco património imaterial da humanidade.
É uma honra que muito prestigia a cultura portuguesa bem como os alentejanos e todos os portugueses, tal como já acontecera três anos antes com o Fado.
Também na semana passada Carlos do Carmo recebeu o Grammy pela sua carreira, um dos mais prestigiantes prémios.
INSTANTÂNEO 2
Realizou-se no passado sábado, dia 22 de Novembro, um almoço convívio de músicos moçambicanos, com mais de 50 presenças. Teve uma animação divertida e num pequeno palco houve música improvisada para os todos os gostos. Foi "maningue nice" ! Estiveram reunidos músicos de várias gerações e aqui destacamos o decano deles - Boni (vibrafonista do Conjunto de Renato Silva) e a esposa, que não deixaram de estar presentes. Na próxima semana abordaremos este tema com mais algumas imagens e surpresas. |
Armando Claro regressa à vida civil.
Começa a dar aulas e a trabalhar numa metalo-mecânica.
Quer formar um novo grupo e dois meses depois surgem "Os Outros", de que fazem parte Francisco Pires (v. solo), Francisco Ferreira (bateria), Gonzaga Coutinho (teclas e voz) e Armando Claro no baixo.
Tempos depois saem Pires e Gonzaga e entram dois primos de Francisco Pires, Félix Fernandes (solo) e Ferdinando Fernandes - o Fidu (teclas). Esta formação dura até 73, altura em que reentra para a bateria o Cabrita, que já saíra da tropa, substituindo o Francisco Ferreira. Este grupo mantém-se até Abril de 1974. Depois o Cabrita sai e é substituído pelo Ricardo Palma Pinto, "um baterista excepcional" diz Armando Claro, mas essa formação dura pouco tempo porque, antes do fim do ano, Palma Pinto desaparece para se juntar à Frelimo. É então a vez de Vitor Rousseau, um rapaz muito jovem (irmão do conhecido hoquista Miguel Rousseau do Desportivo de Lourenço Marques ) ser o responsável das baquetas.
Continuam a tocar até perto da Independência de Moçambique, altura em que alguém lhe arranja um "caldinho", mas Armando Claro, que passa um mau bocado, consegue sair de Moçambique rumo a Lisboa, onde não se consegue enquadrar e ruma ao Brasil, onde ficará durante 3 anos.
Começa a dar aulas e a trabalhar numa metalo-mecânica.
Quer formar um novo grupo e dois meses depois surgem "Os Outros", de que fazem parte Francisco Pires (v. solo), Francisco Ferreira (bateria), Gonzaga Coutinho (teclas e voz) e Armando Claro no baixo.
Tempos depois saem Pires e Gonzaga e entram dois primos de Francisco Pires, Félix Fernandes (solo) e Ferdinando Fernandes - o Fidu (teclas). Esta formação dura até 73, altura em que reentra para a bateria o Cabrita, que já saíra da tropa, substituindo o Francisco Ferreira. Este grupo mantém-se até Abril de 1974. Depois o Cabrita sai e é substituído pelo Ricardo Palma Pinto, "um baterista excepcional" diz Armando Claro, mas essa formação dura pouco tempo porque, antes do fim do ano, Palma Pinto desaparece para se juntar à Frelimo. É então a vez de Vitor Rousseau, um rapaz muito jovem (irmão do conhecido hoquista Miguel Rousseau do Desportivo de Lourenço Marques ) ser o responsável das baquetas.
Continuam a tocar até perto da Independência de Moçambique, altura em que alguém lhe arranja um "caldinho", mas Armando Claro, que passa um mau bocado, consegue sair de Moçambique rumo a Lisboa, onde não se consegue enquadrar e ruma ao Brasil, onde ficará durante 3 anos.
Durante esses anos música para ele era só assistir ao "sambão" aos fins de semana.
Trabalha então na empresa Montarte que vem a participar na construção da grande ferrovia da soja, sendo o responsável e projectista dos elevadores para o enchimento dos pilares de mais de 140 metros de altura dos viadutos. Regressa a Portugal em fins de 78, abre uma empresa metalo-mecânica para construir elevadores industriais e começa a dar aulas de Educação Tecnológica. |
Mas a música não podia parar e por isso volta a formar "Os Outros" com Vitor Saraiva (solo), Vitor Cunha (teclas), Sávio Paleta (voz - já falecido), Vitor Rousseau (bateria) e ele no baixo.
Percorrem o País tocando de lés a lés.
Nos anos 90 faz parte do conjunto privativo do Hotel Penta e tem "o privilégio de tocar com Renato Silva", segundo as suas palavras. O vocalista desse conjunto era Álvaro Correia Mendes, outro grande cantor de Lourenço Marques e que continua activo, cantando em vários cruzeiros.
Tocam às 3ªs, 6ªs e Sábados e o inacreditável aconteceu: no Hotel Penta cruzou-se com Ricardo Palma Pinto, seu antigo baterista que fugira para a Frelimo, que nessa altura era piloto da L.A.M..
O último conjunto em que toca é já no século XXI e com malta jovem (28-30 anos), um grupo de Fernão Ferro.
Tinha então 60 anos, e aos 64 decide descansar da música, mas continua ainda com a actividade industrial.
A sua empresa é de há muitos anos uma das principais fornecedoras de sistemas de elevação para palcos e cenários para teatros e espectáculos de televisão. Foi também o projectista e construtor do elevador que percorre a muralha exterior da nova barragem da E.D.P. no rio Sabor.
Percorrem o País tocando de lés a lés.
Nos anos 90 faz parte do conjunto privativo do Hotel Penta e tem "o privilégio de tocar com Renato Silva", segundo as suas palavras. O vocalista desse conjunto era Álvaro Correia Mendes, outro grande cantor de Lourenço Marques e que continua activo, cantando em vários cruzeiros.
Tocam às 3ªs, 6ªs e Sábados e o inacreditável aconteceu: no Hotel Penta cruzou-se com Ricardo Palma Pinto, seu antigo baterista que fugira para a Frelimo, que nessa altura era piloto da L.A.M..
O último conjunto em que toca é já no século XXI e com malta jovem (28-30 anos), um grupo de Fernão Ferro.
Tinha então 60 anos, e aos 64 decide descansar da música, mas continua ainda com a actividade industrial.
A sua empresa é de há muitos anos uma das principais fornecedoras de sistemas de elevação para palcos e cenários para teatros e espectáculos de televisão. Foi também o projectista e construtor do elevador que percorre a muralha exterior da nova barragem da E.D.P. no rio Sabor.
Jorge Cortez acabado o serviço Militar, acaba por vir para Lisboa em 1971.
Seguidamente vai para a Suiça onde faz a sua carreira musical durante 20 anos. Em 1991 regressa a Portugal e vai tocando em diversos locais até que por volta de 1995 começa a tocar em hoteis de Cascais do grupo Pestana.
Continuando neste grupo vai depois para o Algarve entre 2005 e 2010. Findo este período retira-se fazendo esporádicas aparições. |
Hoje um dos seus hobbies é colocar "covers" e montagens suas, algumas bem interessantes no "You Tube", que podem apreciar em https://www.youtube.com/playlist?list=PLA64589E41C225A6F
Juanito Bruges era mais novo e só vai para o serviço militar em 71. É colocado em Tete sem funções musicais.
Entretanto um dia fazem uma festa na messe de oficiais e Juanito acaba por tocar. O comandante da R.M.M. está presente e gosta tanto da sua actuação que o coloca como animador diário da messe de oficiais.
Sai da tropa em 75 e acaba por vir para Lisboa. Toca no Casino do Estoril, no Sheraton da Madeira
e no de Lisboa, bem como noutros hoteis, casas de espectáculos e restaurantes, como no antigo restaurante Mónaco, na marginal em Caxias.
Nos anos 80 acaba ainda por ir tocar para Luanda, acabando por regressar a Portugal. Vai em seguida para a Suiça onde toca nas principais cidades, bàsicamente em hotéis de cinco estrelas. Segue depois para Hong Kong, Singapura e regressa à Europa para tocar em Monte Carlo.
Entretanto um dia fazem uma festa na messe de oficiais e Juanito acaba por tocar. O comandante da R.M.M. está presente e gosta tanto da sua actuação que o coloca como animador diário da messe de oficiais.
Sai da tropa em 75 e acaba por vir para Lisboa. Toca no Casino do Estoril, no Sheraton da Madeira
e no de Lisboa, bem como noutros hoteis, casas de espectáculos e restaurantes, como no antigo restaurante Mónaco, na marginal em Caxias.
Nos anos 80 acaba ainda por ir tocar para Luanda, acabando por regressar a Portugal. Vai em seguida para a Suiça onde toca nas principais cidades, bàsicamente em hotéis de cinco estrelas. Segue depois para Hong Kong, Singapura e regressa à Europa para tocar em Monte Carlo.
Depois volta a Portugal, onde fica no Casino do Estoril de 93 a 98. Acaba ainda por participar no "Big Show SIC" (de 95 a 97). Toca ainda no final do século no "Piano Bar" em Lisboa, onde aparecia muitas vezes o Raul Solnado, que gostava muito de o ver tocar.
No início do século XXI vai para o Algarve onde ainda se encontra há 13 anos e actualmente toca no Hotel Paraíso, em Albufeira. |
Podem vê-lo na net https://www.youtube.com/watch?v=JJMlXvu1UME
António Afonso Cabrita após a sua vinda para Lisboa passa a tocar com vários músicos, mas acaba também por ir tocar para a Suiça com o Jorge Cortez. Regressa novamente a Portugal tocando em bares, pubs, hotéis e outras casa de entretenimento um pouco por todo o País. Na Madeira e Algarve chega a tocar com Juanito. Cabrita faleceu em Maio de 2004.
Francisco Pires veio também para Lisboa e tocou em vários grupos.
Nos anos 80, acaba por formar um grupo que se torna residente do Restaurante Mónaco, na avenida Marginal em Caxias. Mas aqui passa a ser o viola baixo. Depois dos anos 90 acaba por ir para Londres onde ainda hoje se encontra.
Castelo casa ainda em Moçambique, mas vai directo para os Açores, de onde sua mulher era natural, fazendo a sua vida como bancário. Todavia o bichinho da música não o largava e assim tocava e cantava na Base Americana por diversas vezes. Chega mesmo a ganhar um concurso, que o traz a Lisboa para actuar na televisão. Hoje é um tranquilo bancário reformado.
Francisco Pires veio também para Lisboa e tocou em vários grupos.
Nos anos 80, acaba por formar um grupo que se torna residente do Restaurante Mónaco, na avenida Marginal em Caxias. Mas aqui passa a ser o viola baixo. Depois dos anos 90 acaba por ir para Londres onde ainda hoje se encontra.
Castelo casa ainda em Moçambique, mas vai directo para os Açores, de onde sua mulher era natural, fazendo a sua vida como bancário. Todavia o bichinho da música não o largava e assim tocava e cantava na Base Americana por diversas vezes. Chega mesmo a ganhar um concurso, que o traz a Lisboa para actuar na televisão. Hoje é um tranquilo bancário reformado.
Afinal...O QUE É O ROCK ?
O ROCK tem as suas raízes profundamente ligadas às tradições musicais das comunidades rurais, como uma das suas únicas formas de expressão, quer fossem comunidades negras ou brancas.
Semanalmente a "ONDA POP" - vai apresentar, dismistificar, e documentar através do audio e do video, a evolução do ROCK até aos dias de hoje. |
O "Gospel" nasceu nas igrejas negras e era o remédio para o desespero e frustação que era expresso pelos "blues". Era como um catalizador de sonhos de uma América negra melhor e igualitária, cantando espirituais negros num ritmo dinâmico acompanhado pelo bater das mãos e dos pés em júbilo, nos centro das igrejas, para fazer esquecer a adversidade do difícil quotidiano. No início dos anos 30, o antigo "bluesman" Thomas Dorsey e o bispo Charles Harrison Mason modernizaram esses cantos espirituais incorporando vários instrumentos, como piano, tamborim ou bateria, com fortes influências de "boogie-woogie" e conseguindo um ambiente de êxito e júbilo, pretendido pelos bispos e agradando aos fiéis, que ficavam com uma maior disposição e vontade de participar na coleta de dinheiro.
Entre os anos 30 e metade dos anos 40, Sister Rosetta Tharpe e Mahalia Jackson fizeram as primeiras gravações gospel. Apelidada de "a raínha do gospel", Mahalia gravou em 1945 "Move On Up A Little Higher", que se tornou um verdadeiro sucesso dentro e fora das igrejas.
A vitalidade e o fervor brutal do "gospel" trouxe novas intensidades aproveitadas pelo Rhythm & Blues, como Sister Rosetta Tharpe na sua gravação de "Pickin' The Cabbage", em que ela electrizava a multidão cantando "Rock Me!... Rock Me!", aproveitando o novo estilo dado à música por essa invenção da guitarra eléctrica, de que vos falaremos para a semana.
Até lá assistam aos videos de Sister Rosetta Tharpe em "Up Above My Head" e de Mahalia Jackson cantando "How I Got Over" no célebre dia 28 de Agosto de 1963, logo a seguir a Martin Luther King ter pronunciado o seu famoso discurso "I Have A Dream!".
Entre os anos 30 e metade dos anos 40, Sister Rosetta Tharpe e Mahalia Jackson fizeram as primeiras gravações gospel. Apelidada de "a raínha do gospel", Mahalia gravou em 1945 "Move On Up A Little Higher", que se tornou um verdadeiro sucesso dentro e fora das igrejas.
A vitalidade e o fervor brutal do "gospel" trouxe novas intensidades aproveitadas pelo Rhythm & Blues, como Sister Rosetta Tharpe na sua gravação de "Pickin' The Cabbage", em que ela electrizava a multidão cantando "Rock Me!... Rock Me!", aproveitando o novo estilo dado à música por essa invenção da guitarra eléctrica, de que vos falaremos para a semana.
Até lá assistam aos videos de Sister Rosetta Tharpe em "Up Above My Head" e de Mahalia Jackson cantando "How I Got Over" no célebre dia 28 de Agosto de 1963, logo a seguir a Martin Luther King ter pronunciado o seu famoso discurso "I Have A Dream!".
"HEY JUDE"
Hoje desafiámo-vos a cantar connosco o maior êxito dos Beatles e o maior êxito dos anos 50, 60 e 70.
"Hey Jude" teve um êxito estrondoso em todo o planeta atingindo o 1º lugar das paradas de sucessos nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, no Brasil, em Espanha, na Alemanha, na Holanda, na Bélgica, na Austrália, no Canadá, na África do Sul, no Japão, na Áustria, na Dinamarca, na Suécia, na Nova Zelândia, na Suiça, na Jugoslávia e o mais importante... 1º lugar na Onda Pop, conforme fomos apresentando nas semanas anteriores.
"Hey Jude" é uma composição que Paul McCartney decidiu compor dedicada ao Julian Lennon (filho de John Lennon com a sua mulher Cynthia). John estava num processo de divórcio com Cynthia e Julian parecia bastante abalado, então Paul, que gostava imenso de Julian, resolveu deixar-lhe esta mensagem musical de alento e esperança. No entanto John Lennon declarou na época que achava que Paul tinha feito esta canção dedicada a ele (John), o que na nossa modesta opinião até faz mais sentido, analisando a letra que publicamos. Deixamos a resposta a essa dúvida à mercê das vossas sensibilidades e interpretações poéticas.
Mas "Hey Jude" tem outra estória curiosa, que vos passamos a relatar:
Hoje desafiámo-vos a cantar connosco o maior êxito dos Beatles e o maior êxito dos anos 50, 60 e 70.
"Hey Jude" teve um êxito estrondoso em todo o planeta atingindo o 1º lugar das paradas de sucessos nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França, no Brasil, em Espanha, na Alemanha, na Holanda, na Bélgica, na Austrália, no Canadá, na África do Sul, no Japão, na Áustria, na Dinamarca, na Suécia, na Nova Zelândia, na Suiça, na Jugoslávia e o mais importante... 1º lugar na Onda Pop, conforme fomos apresentando nas semanas anteriores.
"Hey Jude" é uma composição que Paul McCartney decidiu compor dedicada ao Julian Lennon (filho de John Lennon com a sua mulher Cynthia). John estava num processo de divórcio com Cynthia e Julian parecia bastante abalado, então Paul, que gostava imenso de Julian, resolveu deixar-lhe esta mensagem musical de alento e esperança. No entanto John Lennon declarou na época que achava que Paul tinha feito esta canção dedicada a ele (John), o que na nossa modesta opinião até faz mais sentido, analisando a letra que publicamos. Deixamos a resposta a essa dúvida à mercê das vossas sensibilidades e interpretações poéticas.
Mas "Hey Jude" tem outra estória curiosa, que vos passamos a relatar:
A loja que os Beatles tinham criado, a "Apple Boutique", encerrara definitivamente uma semana antes do lançamento oficial do single "Hey Jude/Revolution".
Para não haver muita confusão de curiosos no exterior, as montras da loja tinham sido totalmente pintadas de branco. Paul na noite anterior ao lançamento passou pela boutique com a sua namorada de então - Francie Schwartz e com o assistente pessoal dos Beatles - Alistair Taylor e resolveu pintar na montra principal as palavras "Hey Jude", porque isso seria concerteza badalado, pois na rua da boutique (Baker Street), passavam por dia centenas de milhar de pessoas a pé, de carro ou de transporte público. |
Só que aconteceu algo inacreditável na manhã seguinte. Um lojista judeu vizinho da boutique ligou para o Paul dizendo-lhe que aquilo que os Beatles tinham escrito na montra era um insulto anti-semítico e que ele ía enviar o filho para quebrar o vidro da loja e se alguém lá estivesse o filho espancaria também. O Paul não entendeu nada e perguntou-lhe o porquê dessa reacção e o judeu dono de uma loja de doces disse-lhe que "Jude" era um termo depreciativo que os nazis utilizavam escrevendo nas paredes e nas montras -"Jude" ou "Juden Raus (Judeus para a rua)".
Paul acalmou-o, desculpando-se de que era uma simples coincidência e que ele desconhecia esse termo nazi, pelo que não tinha intenção nenhuma anti-semítica, e que vários amigos (entre eles alguns judeus) já tinham ouvido a música e a letra e ninguém comentara tal facto. Sugeriu que o lojista ofendido ouvisse depois a letra, pois a mesma nada tinha a ver com algum suposto insulto contra os judeus.
O judeu dos doces parece que aceitou as justificações do Paul, porque nada aconteceu à boutique da Apple, nem a nenhum membro do "staff" dos Beatles.
Quaisquer que sejam as estórias sobre "Hey Jude", nenhuma vai destruir os factos que ficam para a história da música pop-rock e o sucesso que essa canção continua a ter em todo o lugar do planeta Terra, nem ninguém vai tirar o mérito ao inspirado compositor da mesma - Sir Paul McCartney, considerado um dos maiores, se não o maior compositor de música pop-rock do Século XX.
O judeu dos doces parece que aceitou as justificações do Paul, porque nada aconteceu à boutique da Apple, nem a nenhum membro do "staff" dos Beatles.
Quaisquer que sejam as estórias sobre "Hey Jude", nenhuma vai destruir os factos que ficam para a história da música pop-rock e o sucesso que essa canção continua a ter em todo o lugar do planeta Terra, nem ninguém vai tirar o mérito ao inspirado compositor da mesma - Sir Paul McCartney, considerado um dos maiores, se não o maior compositor de música pop-rock do Século XX.
É difícil imaginar o Mundo sem a música de Paul McCartney, como tal ouçam "Hope For The Future" a sua última composição, ainda não editada em disco, mas que sairá brevemente em single, feita para a banda sonora do jogo de computador "Destiny".
"Hope For The Future" é mais uma obra magistral de Sir Paul e foi gravada com uma orquestra de 120 músicos, dirigidos por Giles Martin (filho do grande produtor e orquestrador George Martin).
"Hope For The Future" é mais uma obra magistral de Sir Paul e foi gravada com uma orquestra de 120 músicos, dirigidos por Giles Martin (filho do grande produtor e orquestrador George Martin).
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
"THE ART OF McCARTNEY"
Por coincidência (ou talvez não) e reforçando a importância que Paul McCartney teve na música do Século XX e continua a ter na do Século XXI, acaba de ser lançado esta semana um CD duplo com 42 músicas de "covers" num tributo a McCartney, chamado "The Art of McCartney", no qual o creme da aristocracia musical decidiu homenagear Paul.
"THE ART OF McCARTNEY"
Por coincidência (ou talvez não) e reforçando a importância que Paul McCartney teve na música do Século XX e continua a ter na do Século XXI, acaba de ser lançado esta semana um CD duplo com 42 músicas de "covers" num tributo a McCartney, chamado "The Art of McCartney", no qual o creme da aristocracia musical decidiu homenagear Paul.
Gente tão impressionante como o genial Brian Wilson (Beach Boys), o lendário Barry Gibb (Bee Gees), o ícone musical Bob Dylan, um trio de compositores dos mais importantes da história da música dos anos 60, para além do homenageado.
Cantam ainda outros soberbos compositores e cantores como Billy Joel, o mestre musical da "Motown" Smokey Robinson, os Cure, a lenda do "country" Willie Nelson, o cantor-compositor humanista Cat Stevens (Yusuf Islam), Dr. John, Steve Miller, o imperador do "blues" B.B.King, Jeff Lynne (Move/Electric Light Orchestra/ Travelling Wilburys), o padrinho do "shock rock" Alice Cooper, a raínha do "rockabilly" Wanda Jackson, Roger Daltrey (Who) ou Booker T. Jones, para além de tantos outros. |
É uma merecidíssima homenagem em vida ao fabuloso compositor, letrista, músico e cantor que é Sir Paul McCartney, que pode ser adquirida em vários formatos (2 CDs, 3 L.P.s em vinil, boxes de singles em vinil ou CDs single, em mp3 e ainda em DVD).
É desse DVD, que vos passamos a apresentar os Cure com James McCartney (filho de Paul) interpretando "Hello Goodbye", durante a gravação do CD.
É desse DVD, que vos passamos a apresentar os Cure com James McCartney (filho de Paul) interpretando "Hello Goodbye", durante a gravação do CD.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
A Onda Pop esta semana foi surfar para a California e descobriu no meio de um espectacular tubo o melhor album que os Beach Boys nunca criaram. O álbum chama-se "A Midsummer's Day Dream" e foi lançado em 1969.
De qualquer forma, mesmo não sendo um álbum dos Beach Boys, nem nenhuma composição da autoria de Brian Wilson, aconselhamos todos os apreciadores da surf music a ouvi-lo, pois Mark Eric, um rapaz vivendo o sonho californiano de fazer surf de dia e escrever à noite canções sobre raparigas, compôs uma série de canções que misturam o som dos Beach Boys com o "sunshine pop" da época e criou um L.P. de grande qualidade e bom gosto.
Aos 16 anos já compunha e uma das suas composições "When School Is Out This Year" foi gravada pelos Four Freshmen.
Continuou compondo pensando na interpretação das suas canções por outros artistas, quando encontrou Vic Briggs (ex-guitarrista dos Animals), que fez os arranjos musicais de 12 das suas composições e o convenceu a ser o próprio Mark Eric a interpretá-las.
Embora todo este L.P. seja de indiscutível harmonia e melodia, o disco não teve qualquer sucesso comercial, pois estava desenquadrado com os gostos musicais em voga em 1969 e Mark Eric seguiu então uma carreira profissional como actor em Hollywood, em séries de TV e comerciais, assim como ainda teve uma composição sua - "Fly Me A Place For The Summer", gravada pelos Mike Curb Congregation.
De qualquer forma, mesmo não sendo um álbum dos Beach Boys, nem nenhuma composição da autoria de Brian Wilson, aconselhamos todos os apreciadores da surf music a ouvi-lo, pois Mark Eric, um rapaz vivendo o sonho californiano de fazer surf de dia e escrever à noite canções sobre raparigas, compôs uma série de canções que misturam o som dos Beach Boys com o "sunshine pop" da época e criou um L.P. de grande qualidade e bom gosto.
Aos 16 anos já compunha e uma das suas composições "When School Is Out This Year" foi gravada pelos Four Freshmen.
Continuou compondo pensando na interpretação das suas canções por outros artistas, quando encontrou Vic Briggs (ex-guitarrista dos Animals), que fez os arranjos musicais de 12 das suas composições e o convenceu a ser o próprio Mark Eric a interpretá-las.
Embora todo este L.P. seja de indiscutível harmonia e melodia, o disco não teve qualquer sucesso comercial, pois estava desenquadrado com os gostos musicais em voga em 1969 e Mark Eric seguiu então uma carreira profissional como actor em Hollywood, em séries de TV e comerciais, assim como ainda teve uma composição sua - "Fly Me A Place For The Summer", gravada pelos Mike Curb Congregation.
Assim nasceu esta pérola tão sub-estimada da "surf music", pelo que vos propomos para virem connosco surfar com "California Home".
Nesta semana em 1º lugar na Parada de Onda Pop estava "Those Were The Days" interpretada pela Mary Hopkin, mas porque numa das próximas semanas vamos cantar a letra desta canção com a Onda Pop, decidimos oferecer-vos, para ilustrar esta Parada de Onda Pop, o êxito classificado no 3º lugar - "Red Balloon", pelos Dave Clark 5.
"Red Balloon" foi composta pelo cantor e compositor inglês Raymond Froggatt, que também compôs "Big Ship" que foi êxito em 1969 por Cliff Richard.
"Red Balloon" foi composta pelo cantor e compositor inglês Raymond Froggatt, que também compôs "Big Ship" que foi êxito em 1969 por Cliff Richard.