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DESTAQUE OS SHEIKS
Não podíamos deixar de aproveitar uma pequena informação das "Notícias Pop", em que se afirmava que "Os Sheiks" se iam desfazer, para podermos deles falar.
É claro que nesta época, 1969, já não eram os mesmos rapazes que os tinham formado, à excepção de Edmundo Silva ,e o espírito e música também não, mas é a nossa oportunidade para falar com os verdadeiros Sheiks "com cobertura". Luís Moutinho dizia-se cançado e farto, mas que iria formar um outro conjunto com um tipo de música diferente. Fernando Tordo prosseguiu uma carreira a solo e depois de muitas e lindas canções, desiludido com este nosso país, emigrou o ano passado para o Brasil. Luis Waddington também já anda há muito por Inglaterra. Jaime Queimado (ex-Gentlemen, que usualmente acompanhavam o Daniel Bacelar, ex-Telstars, ex-Fanatics) e que também já tinha tocado nos Deltons com Fernando Tordo e Luís Moutinho, foi o último membro a juntar-se ao grupo, mas por pouco tempo, pois o conjunto desfez-se.
Notaram que na composição final dos Sheiks estavam 3 músicos ex-Deltons, o que não é estranho se souberem que o agente de ambos os conjuntos era o mesmo - Rui Oliveira e Costa (hoje mais conhecido por ser comentador desportivo na televisão, defendendo as cores do Sporting).
"Os Sheiks" foram, na nossa opinião, o melhor conjunto português de Rock nos anos 60.
Na sua formação inicial, em 1963, faziam parte Carlos Mendes, Paulo de Carvalho, Fernando Chaby e Jorge Barreto. É assim que, em 1964, gravam o 1º disco, onde se destacava uma versão particular de "Summertime", uma fantástica criação de Gershwin, lançada e gravada pela primeira vez em 1935 por Abbie Mitchell, na ópera "Porgy and Bess", da autoria do próprio George Gershwin.
Em 1965, têm já a honra e responsabilidade de fazer as 1ªs partes dos espectáculos no Teatro Monumental do conjunto britânico The Searchers e do cantor francês Nino Ferrer.
Em 1965, têm já a honra e responsabilidade de fazer as 1ªs partes dos espectáculos no Teatro Monumental do conjunto britânico The Searchers e do cantor francês Nino Ferrer.
Ainda em 1965, Jorge Barreto deixa o grupo e dá lugar a Edmundo Silva, que vinha do Conjunto Mistério.
É com esta formação que os Sheiks se tornaram mais conhecidos, até apelidados de "Os Beatles Portugueses", e lançam logo no princípio de 1966 o seu 2º E.P., com dois temas de arrasar "Tell Me Bird" e "Missing You", ao nível do som que se fazia no Reino Unido.
"Missing You" é editado em Espanha, Inglaterra e França, onde alcança mesmo o 8º lugar de vendas no top de Paris.
É com esta formação que os Sheiks se tornaram mais conhecidos, até apelidados de "Os Beatles Portugueses", e lançam logo no princípio de 1966 o seu 2º E.P., com dois temas de arrasar "Tell Me Bird" e "Missing You", ao nível do som que se fazia no Reino Unido.
"Missing You" é editado em Espanha, Inglaterra e França, onde alcança mesmo o 8º lugar de vendas no top de Paris.
O caminho para o sucesso estava traçado, gravam mais 3 E.P.s -"Lonely Lost And Sad", "Yesterday Man" e "Tears Are Coming" e um single "Eusébio" de homenagem ao nosso maior símbolo do desporto nacional e à excelente campanha da nossa selecção nacional de futebol no Campeonato do Mundo em Inglaterra, em 1966.
Em Dezembro de 66 rumam a Paris, onde são contratados para substituir os já famosos Troggs no famoso clube de jazz Le Bilboquet, fundado em 1947, por onde passaram grandes nomes como Miles Davis ou Billie Holiday e que foi mais tarde (1968) o 1º clube onde os Pink Floyd tocaram em Paris.
São, mais do que uma vez, visitados e interpelados por vários empresários e depois de trocarem impressões com a relações públicas da casa, uma linda russa e bem alta (segundo o Edmundo), optam por falar com dois deles que, segundo ela, eram de confiança. É-lhes proposto um contrato por 2 anos a começar em Las Vegas. Claro que ficam muito entusiasmados. Todos aceitam, esta seria a grande oportunidade das suas vidas. Porém, às vezes o fácil é o mais difícil. Ainda em França chegam-lhes rumores que o regime não vê com bons olhos a estadia em França, pois aproxima-se a idade de servir nas forças armadas e isto pode ser uma tentativa para fugir e dar maus exemplos (por causa disto já alguns elementos dos Mistério tinham sido proíbidos de ir a Londres conhecer Os Shadows.
Regressados a Lisboa reunem-se em Janeiro 67 na casa do Edmundo em Campo de Ourique, e Carlos pede um interregno para acabar o 7º ano (hoje 12º) até Junho. "Eu tinha prometido ao meu pai que acabava o 7º e não queria falhar, só me faltavam 3 cadeiras", diz Carlos, e prossegue, "eu tinha 19 anos e os contratos internacionais não eram para o dia seguinte. Eles não aceitaram, e eu saí. O João Martins que estava presente é que maldosamente foi espalhar para os jornais que eu era o menino do papá e ele não deixava. Depois disso publicado como é que vais desmentir? Eles foram buscar o Tordo, então porque não assinaram os contratos?" termina questionando. Mas a entrevista com o Carlos Mendes sai só na próxima semana na rubrica ENCORE.
O que é certo é que essa oportunidade foi perdida e não ía voltar a acontecer, mas o grupo ainda edita, no início de 1967, um novo E.P. gravado em Paris , no "Le Bilboquet".
São, mais do que uma vez, visitados e interpelados por vários empresários e depois de trocarem impressões com a relações públicas da casa, uma linda russa e bem alta (segundo o Edmundo), optam por falar com dois deles que, segundo ela, eram de confiança. É-lhes proposto um contrato por 2 anos a começar em Las Vegas. Claro que ficam muito entusiasmados. Todos aceitam, esta seria a grande oportunidade das suas vidas. Porém, às vezes o fácil é o mais difícil. Ainda em França chegam-lhes rumores que o regime não vê com bons olhos a estadia em França, pois aproxima-se a idade de servir nas forças armadas e isto pode ser uma tentativa para fugir e dar maus exemplos (por causa disto já alguns elementos dos Mistério tinham sido proíbidos de ir a Londres conhecer Os Shadows.
Regressados a Lisboa reunem-se em Janeiro 67 na casa do Edmundo em Campo de Ourique, e Carlos pede um interregno para acabar o 7º ano (hoje 12º) até Junho. "Eu tinha prometido ao meu pai que acabava o 7º e não queria falhar, só me faltavam 3 cadeiras", diz Carlos, e prossegue, "eu tinha 19 anos e os contratos internacionais não eram para o dia seguinte. Eles não aceitaram, e eu saí. O João Martins que estava presente é que maldosamente foi espalhar para os jornais que eu era o menino do papá e ele não deixava. Depois disso publicado como é que vais desmentir? Eles foram buscar o Tordo, então porque não assinaram os contratos?" termina questionando. Mas a entrevista com o Carlos Mendes sai só na próxima semana na rubrica ENCORE.
O que é certo é que essa oportunidade foi perdida e não ía voltar a acontecer, mas o grupo ainda edita, no início de 1967, um novo E.P. gravado em Paris , no "Le Bilboquet".
É só com composições próprias, em que Edmundo Silva é o compositor sendo as letras todas em inglês, duas de Paulo de Carvalho e duas ainda de Carlos Mendes - "Lord, Let It Rain"/"Bad Girl"/"Baby Don´t Cry"/ "Why Baby".
Muitos consideram-no o seu melhor disco. Ouçamos então "Lord, Let It Rain" e continuemos a lamentar que não tenham podido seguir uma carreira internacional... de sucesso indiscutível. |
Como atrás se disse Carlos Mendes deixa o grupo e Fernando Tordo, que cantava nos Deltons, é convidado a entrar nos Sheiks, e claro quem poderia negar tal convite (eram como o Benfica da época, todos lá queriam tocar).
O último E.P. do grupo - "That's All" - é gravado em Junho 67, depois fazem o verão em Albufeira no Algarve . Quando voltam a Lisboa vão assinar um contrato para o Casino do Estoril até ao fim de 68.
Neste período entra para a bateria Luís Moutinho (ex-Deltons) para compensar a saída de Paulo de Carvalho, que passará a integrar o Thilo's Combo. Fernando Chaby também sai e é substituído por Luis Wadington (ex-viola solo do Conjunto Mistério) e também Fernando Tordo sai, pois resolve prosseguir uma carreira a solo e é substituído na viola ritmo por Jaime Queimado (ex-Gentlemen, que acompanhavam o Daniel Bacelar, ex-Telstars, ex-Fanatics, ex-Claves e ex-Deltons).
Nesta época os Sheiks já nada têm a ver com a primeira fase são outro conjunto, apenas Edmundo é o elo de ligação. Estamos em 69 e aqui terminava a segunda fase de um dos mais brilhantes grupos do Rock português.
Dez anos depois (1979) voltam a reunir-se, os 4 elementos mais representativos, por iniciativa de Fernando Chaby e editam o LP "Pintados de Fresco". Aí mostram uma grande maturidade e a par do "restyling" de algumas canções, o álbum tem muitos originais em português. Podemos mesmo dizer que foi um dos melhores álbuns do Rock português.
Uma das canções desse álbum é "O Rockinho Mandado", da autoria de Paulo de Carvalho, uma canção pouco conhecida e que é uma sátira muito bem feita e que se aplica 100% aos tempos de hoje.
O último E.P. do grupo - "That's All" - é gravado em Junho 67, depois fazem o verão em Albufeira no Algarve . Quando voltam a Lisboa vão assinar um contrato para o Casino do Estoril até ao fim de 68.
Neste período entra para a bateria Luís Moutinho (ex-Deltons) para compensar a saída de Paulo de Carvalho, que passará a integrar o Thilo's Combo. Fernando Chaby também sai e é substituído por Luis Wadington (ex-viola solo do Conjunto Mistério) e também Fernando Tordo sai, pois resolve prosseguir uma carreira a solo e é substituído na viola ritmo por Jaime Queimado (ex-Gentlemen, que acompanhavam o Daniel Bacelar, ex-Telstars, ex-Fanatics, ex-Claves e ex-Deltons).
Nesta época os Sheiks já nada têm a ver com a primeira fase são outro conjunto, apenas Edmundo é o elo de ligação. Estamos em 69 e aqui terminava a segunda fase de um dos mais brilhantes grupos do Rock português.
Dez anos depois (1979) voltam a reunir-se, os 4 elementos mais representativos, por iniciativa de Fernando Chaby e editam o LP "Pintados de Fresco". Aí mostram uma grande maturidade e a par do "restyling" de algumas canções, o álbum tem muitos originais em português. Podemos mesmo dizer que foi um dos melhores álbuns do Rock português.
Uma das canções desse álbum é "O Rockinho Mandado", da autoria de Paulo de Carvalho, uma canção pouco conhecida e que é uma sátira muito bem feita e que se aplica 100% aos tempos de hoje.
Após uma digressão pelo País voltam a separar-se.
Finalmente reunem-se mais uma vez em 2008 em uma espécie de peça teatral musicada para contar a história do grupo.
Tomemos um extrato desse espetáculo no S. Luís em Lisboa que um Blackbird nos fez chegar.
Finalmente reunem-se mais uma vez em 2008 em uma espécie de peça teatral musicada para contar a história do grupo.
Tomemos um extrato desse espetáculo no S. Luís em Lisboa que um Blackbird nos fez chegar.
Esperemos que se voltem a reunir e aproveitamos para deixar uma dica: Porque não fazer este ano um espectáculo chamado "Missing You" para comemorar os 50 anos dessa canção?
"We are Missing You!" diz a Onda Pop.
"We are Missing You!" diz a Onda Pop.
DESTAQUE EDMUNDO SILVA
Edmundo Silva nasce em 1939 e a música sempre o entusiasmou.
No liceu aí pelos anos 58/59 juntamente com os seus amigos Luis Waddington (solo), Gonçalo Lucena (voz), Francisco Deslandes (ritmo), Álvaro Nascimento (bateria) e ele próprio no baixo resolvem formar o Conjunto Nova Onda. Logo, Álvaro Nascimento, reconhece "eu não tinha muito jeito para a bateria", é substituído por Manuel Lucena. "Passei a ser o condutor da carrinha quando íamos tocar a qualquer lado" diz Álvaro. E se fosse ontem passava a ser o piloto do avião que os levava ao estrelato, dizemos nós.
A Nova Onda ainda grava um EP para a Alvorada em 63 com "Porque Não Vens Dançar" (Do You Wanna Dance), "Ao Ritmo do Madison" (Madison Time), o original tipo Shadows "Solidão" e uma versão Rock do fado-canção "Vendaval".
Edmundo Silva nasce em 1939 e a música sempre o entusiasmou.
No liceu aí pelos anos 58/59 juntamente com os seus amigos Luis Waddington (solo), Gonçalo Lucena (voz), Francisco Deslandes (ritmo), Álvaro Nascimento (bateria) e ele próprio no baixo resolvem formar o Conjunto Nova Onda. Logo, Álvaro Nascimento, reconhece "eu não tinha muito jeito para a bateria", é substituído por Manuel Lucena. "Passei a ser o condutor da carrinha quando íamos tocar a qualquer lado" diz Álvaro. E se fosse ontem passava a ser o piloto do avião que os levava ao estrelato, dizemos nós.
A Nova Onda ainda grava um EP para a Alvorada em 63 com "Porque Não Vens Dançar" (Do You Wanna Dance), "Ao Ritmo do Madison" (Madison Time), o original tipo Shadows "Solidão" e uma versão Rock do fado-canção "Vendaval".
Entretanto ainda em 63 o Conjunto muda o seu nome para Mascarilhas. Agora o viola ritmo é António Moniz Pereira. Em outubro vencem um concurso tipo Shadows mas já com Fernando Mendes no solo e João Martins na bateria. Colabora ainda Fernando Gaspar (dos Conchas) na voz. É feito um concurso no programa radiofónico 23ª hora para escolher um nome. Os nomes propostos eram tão maus que optaram pelo nome que ia desvendar o mistério. Apresentavam-se com mascarilhas e apuraram a música tipo Shadows. O prémio do concurso era uma ida a Londres conhecer Os Shadows. "Foi óptimo" diz Edmundo, "estivemos com o Hank Marvin, o Bruce Welch e Brian Locking (que poucos dias depois seria substituído por John Rostill). O Cliff estava a gravar um filme ("Wonderful Life") e o baterista Brian Bennett não esteve presente. Trocámos algumas impressões e pouco mais, mas eram os nossos ídolos e isso bastava. Estivemos lá uma semana e actuámos na BBC apresentados pelo Fernando Pessa e na Casa de Portugal. Depois ainda os voltei a encontrar aqui em Portugal".
O conjunto Mistério notabilizou-se por ter agarrado em músicas populares portuguesas e lhes dar uma dinâmica pop instrumental de qualidade. "Alecrim" é talvez a mais conhecida e tocada na Rádio, mas a Onda Pop já a publicou, por isso vamos então ouvir outra adaptação instrumental, "Chapéu Preto".
O conjunto Mistério notabilizou-se por ter agarrado em músicas populares portuguesas e lhes dar uma dinâmica pop instrumental de qualidade. "Alecrim" é talvez a mais conhecida e tocada na Rádio, mas a Onda Pop já a publicou, por isso vamos então ouvir outra adaptação instrumental, "Chapéu Preto".
Entretanto o Duo Ouro Negro começa a sua auspiciosa e brilhante carreira e o Conjunto Mistério é o escolhido para os acompanhar em muitas gravações e espectáculos.
Vamos para 1964. Edmundo é convidado para fazer parte dos Sheiks, sendo o único dos integrantes iniciais que fica até ao seu final no Casino do Estoril. Era esta a notícia que Onda Pop veiculava neste início de 69. O conjunto Sheiks vai-se desfazer. Luís Moutinho estava sem paciência (hoje é professor catedrático em Glasgow), Luis Waddington está em Londres onde teve um conjunto (e para quem não sabe ele é o pai de Jason Kay dos Jamiroquai), Jaime Queimado foi para Económicas e Financeiras e Edmundo teria que avançar como Engº Electrotécnico.
Em 1970, Edmundo Silva substitui José João Parracho (que dera o salto para a Holanda) na Filarmónica Fraude e, juntamente com Luis Waddington, tocou na gravação do 1º e raro L.P. de Fausto (que Abracadabra já tirou da cartola há algumas semanas). A Filarmónica Fraude fica a tocar no Casino do Estoril com Moutinho, Edmundo, Queimado, Waddington e o único membro da FF inicial, o compositor Lúis Linhares. Terminam ainda no mesmo ano. A par da sua actividade profissional, Edmundo faz parte do conjunto de Guitarras de Pedro Caldeira Cabral de que fazem também parte Fernando Alvim e António Luís Gomes. Até 73 ainda fazem vários programas para a Televisão acompanhando fadistas e gravam um LP na editora Tecla do maestro Jorge Costa Pinto.
Em 1977 integra o grupo "Os Amigos" e ganham o Festival da Canção, com "Portugal No Coração", e vão representar Portugal na Eurovisão. Neste grupo cantavam Ana Bola, Fernanda Piçarra, Fernando Tordo (autor da música), Luísa Bastos, Paulo de Carvalho e Edmundo Silva. O poema é da autoria de José Carlos Ary dos Santos, que afinal não representava nada mais que um sonho da época, mas que se transformou em utopia.
Vamos para 1964. Edmundo é convidado para fazer parte dos Sheiks, sendo o único dos integrantes iniciais que fica até ao seu final no Casino do Estoril. Era esta a notícia que Onda Pop veiculava neste início de 69. O conjunto Sheiks vai-se desfazer. Luís Moutinho estava sem paciência (hoje é professor catedrático em Glasgow), Luis Waddington está em Londres onde teve um conjunto (e para quem não sabe ele é o pai de Jason Kay dos Jamiroquai), Jaime Queimado foi para Económicas e Financeiras e Edmundo teria que avançar como Engº Electrotécnico.
Em 1970, Edmundo Silva substitui José João Parracho (que dera o salto para a Holanda) na Filarmónica Fraude e, juntamente com Luis Waddington, tocou na gravação do 1º e raro L.P. de Fausto (que Abracadabra já tirou da cartola há algumas semanas). A Filarmónica Fraude fica a tocar no Casino do Estoril com Moutinho, Edmundo, Queimado, Waddington e o único membro da FF inicial, o compositor Lúis Linhares. Terminam ainda no mesmo ano. A par da sua actividade profissional, Edmundo faz parte do conjunto de Guitarras de Pedro Caldeira Cabral de que fazem também parte Fernando Alvim e António Luís Gomes. Até 73 ainda fazem vários programas para a Televisão acompanhando fadistas e gravam um LP na editora Tecla do maestro Jorge Costa Pinto.
Em 1977 integra o grupo "Os Amigos" e ganham o Festival da Canção, com "Portugal No Coração", e vão representar Portugal na Eurovisão. Neste grupo cantavam Ana Bola, Fernanda Piçarra, Fernando Tordo (autor da música), Luísa Bastos, Paulo de Carvalho e Edmundo Silva. O poema é da autoria de José Carlos Ary dos Santos, que afinal não representava nada mais que um sonho da época, mas que se transformou em utopia.
Durante varios anos homenagearam o 25 de Abril e a Liberdade com o grupo JAU (José Afonso Utopia) com Luís Moutinho e Luís Waddington e ainda o fazem quando conseguem juntar-se nessa data.
Nos últimos anos tem colaborado com Francisco Naia e Ricardo Fonseca na Ronda Campaniça, conjunto de violas campaniças. Aqui vai uma "brincadeira" do espectáculo que deram na Academia Almadense no dia 7 de Fevereiro.
Nos últimos anos tem colaborado com Francisco Naia e Ricardo Fonseca na Ronda Campaniça, conjunto de violas campaniças. Aqui vai uma "brincadeira" do espectáculo que deram na Academia Almadense no dia 7 de Fevereiro.
Edmundo tem sido um divulgador da boa música portuguesa e quando lhe perguntámos para eleger alguns momentos ou elementos a destacar na música portuguesa, falou de grandes canções como "Cavalo À Solta" e de vozes como Dulce Pontes e Paulo de Carvalho.
E projectos ? - questionámos.
"Estou agora a produzir um álbum para crianças com letras do meu amigo José Nogueira Param, sendo o tema os insectos e músicas minhas. Surgiu-me essa ideia de um livro de Sidónio Muralha "Bichos Bichinhos Bicharocos" e desenhos de Júlio Pomar que o meu pai me ofereceu quando eu tinha 8 anos e que guardei religiosamente. A minha primeira ideia foi musicar esses versos e assim prestar homenagem a essas duas personalidades. Quando consegui, depois de muito esforço de busca, encontrar os descendentes de Muralha no Brasil e lhes pedir autorização recebi um redondo Não. O mesmo sucedeu da parte de Júlio Pomar para ilustrar a capa. Fiquei perplexo" - conta-nos Edmundo.
Achámos muita estranha essa atitude, pois só valorizava os visados. Descobrimos agora o porquê, embora achemos que não seria díficil explica-la. A obra de Muralha já foi alvo de um CD musicado pela musicóloga Francine Benoit e que pelos vistos já vai na 3ª edição (não sabemos quantos exemplares tem uma edição), mas que como sempe neste País à beira mar plantado não tem a divulgação nos "média" e circula apenas pelas elites ditas "intelectuais".
E projectos ? - questionámos.
"Estou agora a produzir um álbum para crianças com letras do meu amigo José Nogueira Param, sendo o tema os insectos e músicas minhas. Surgiu-me essa ideia de um livro de Sidónio Muralha "Bichos Bichinhos Bicharocos" e desenhos de Júlio Pomar que o meu pai me ofereceu quando eu tinha 8 anos e que guardei religiosamente. A minha primeira ideia foi musicar esses versos e assim prestar homenagem a essas duas personalidades. Quando consegui, depois de muito esforço de busca, encontrar os descendentes de Muralha no Brasil e lhes pedir autorização recebi um redondo Não. O mesmo sucedeu da parte de Júlio Pomar para ilustrar a capa. Fiquei perplexo" - conta-nos Edmundo.
Achámos muita estranha essa atitude, pois só valorizava os visados. Descobrimos agora o porquê, embora achemos que não seria díficil explica-la. A obra de Muralha já foi alvo de um CD musicado pela musicóloga Francine Benoit e que pelos vistos já vai na 3ª edição (não sabemos quantos exemplares tem uma edição), mas que como sempe neste País à beira mar plantado não tem a divulgação nos "média" e circula apenas pelas elites ditas "intelectuais".
DESTAQUE RAPHAEL
Raphael é um cantor e actor espanhol aclamado no mundo inteiro, que editou 55 álbuns até aos dias de hoje, sendo considerado o pioneiro da nova música pop espanhola, abrindo as portas do reconhecimento e do sucesso internacional de cantores espanhóis como Júlio Iglésias, Camilo Sesto, Juan Manoel Serrat ou José Luís Perales.
Depois de ter atingido enorme sucesso internacional em 1966, com "Yo Soy Aquel", Raphael coleccionou tantos êxitos e fama, que foi convidado duas vezes em 1970 para actuar no importante e conceituado programa televisivo americano "Ed Sullivan Show".
Em 1975, criou o seu próprio show televisivo - "El Mundo de Raphael", no qual ele cantava com diversos artistas internacionais, que convidava.
A senda de sucessos continuou através das décadas seguintes e em 1991 atinge vários hit-parades internacionais, conseguindo até o 1º lugar no Japão, com a canção "Escándalo".
A sua carreira tem sido tão importante que já recebeu 95 prémios de Academias de Artes e Músicas e de diversos meios de comunicação social, dos quais destacamos o Prémio de Honra da Academia das Artes por quatro décadas de sucesso, o Quijote de Ouro da TVE, o Prémio de Honra da Indústria Fonográfica Espanhola e foi nomeado Comendador da Ordem de Isabel - a Católica, pelo seu contributo no crescimento internacional da indústria musical espanhola e foi nobilizado Marquês pela Ordem de Cisneros.
Vamos relembrar e homenagear Raphael vendo e ouvindo os seus 1º e último sucessos (até agora): "Yo Soy Aquel" e "Escándalo".
Raphael é um cantor e actor espanhol aclamado no mundo inteiro, que editou 55 álbuns até aos dias de hoje, sendo considerado o pioneiro da nova música pop espanhola, abrindo as portas do reconhecimento e do sucesso internacional de cantores espanhóis como Júlio Iglésias, Camilo Sesto, Juan Manoel Serrat ou José Luís Perales.
Depois de ter atingido enorme sucesso internacional em 1966, com "Yo Soy Aquel", Raphael coleccionou tantos êxitos e fama, que foi convidado duas vezes em 1970 para actuar no importante e conceituado programa televisivo americano "Ed Sullivan Show".
Em 1975, criou o seu próprio show televisivo - "El Mundo de Raphael", no qual ele cantava com diversos artistas internacionais, que convidava.
A senda de sucessos continuou através das décadas seguintes e em 1991 atinge vários hit-parades internacionais, conseguindo até o 1º lugar no Japão, com a canção "Escándalo".
A sua carreira tem sido tão importante que já recebeu 95 prémios de Academias de Artes e Músicas e de diversos meios de comunicação social, dos quais destacamos o Prémio de Honra da Academia das Artes por quatro décadas de sucesso, o Quijote de Ouro da TVE, o Prémio de Honra da Indústria Fonográfica Espanhola e foi nomeado Comendador da Ordem de Isabel - a Católica, pelo seu contributo no crescimento internacional da indústria musical espanhola e foi nobilizado Marquês pela Ordem de Cisneros.
Vamos relembrar e homenagear Raphael vendo e ouvindo os seus 1º e último sucessos (até agora): "Yo Soy Aquel" e "Escándalo".
NOTA DESTAQUE - CONJUNTO JOÃO PEDRO
Infelizmente até ao momento ainda não temos dados que permitam falar um pouco, neste caso homenagear o já falecido há muitos anos João Pedro Corte Real. Mas estamos tentando. Seu irmão o locutor Eugénio Corte Real, também já falecido e que homenageámos na pág 12 ,contribuiu para que descobríssemos algumas pistas.
Se formos bem sucedidos divulgaremos mal tenhamos a informação.
Infelizmente até ao momento ainda não temos dados que permitam falar um pouco, neste caso homenagear o já falecido há muitos anos João Pedro Corte Real. Mas estamos tentando. Seu irmão o locutor Eugénio Corte Real, também já falecido e que homenageámos na pág 12 ,contribuiu para que descobríssemos algumas pistas.
Se formos bem sucedidos divulgaremos mal tenhamos a informação.
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Ray Price, o cantor americano, compositor e guitarrista de country , faleceu em Dezembro de 2013, mas ainda nos deixou o seu último legado musical, dedicado à sua mulher - "Beauty Is...", que foi editado em 2014. Ray Price sempre foi considerado uma das melhores vozes masculinas da Country Music, tendo sido indigitado para o Country Music Hall of Fame, em 1996. |
Entre muitos dos seus êxitos destacamos "Crazy Arms", "Night Life", "You're The Best Thing That Ever Happened To Me", Heartaches By Number", "Release Me" (gravado em 1953 e que é o mesmo "Release Me" que foi sucesso na voz de Engelbert Humperdinck em 1967) e o seu maior sucesso "For The Good Times" (uma linda composição de Kris Kristofferson), com o qual recebeu da Academy of Country Music os prémios de melhor álbum e melhor single do ano em 1970, bem como o Grammy para a melhor interpretação masculina de country em 1971.
"Beauty Is..." é um álbum póstumo, que Ray Price gravou sabendo que seriam as suas últimas gravações e por isso o dedicou totalmente à sua companheira dos últimos 43 anos de vida, numa homenagem a uma vida de amor e que a Onda Pop aproveita para dedicar ao João Pedro, o único popista que viveu uma vida de amor com a sua recém falecida mulher (Lena) por quase 40 anos (39 anos e seis meses), enquanto os outros popistas nem aos calcanhares dele conseguiram chegar.
Então propomo-vos um video que apresenta as músicas desse último álbum de Ray Price, com comentários do seu amor, a quem ele dedicou o seu último trabalho.
Então propomo-vos um video que apresenta as músicas desse último álbum de Ray Price, com comentários do seu amor, a quem ele dedicou o seu último trabalho.
1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK (parte 3)
OS ANOS DA MAIORIDADE MUSICAL DO ROCK/POP/COUNTRY/SOUL/ FOLK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
Foi nesse período de tempo que se deram as grandes inovações e revoluções em termos musicais, senão analisemos só a lista quase inacreditável do que aconteceu, em termos de criatividade e novidades, nesses anos.
OS ANOS DA MAIORIDADE MUSICAL DO ROCK/POP/COUNTRY/SOUL/ FOLK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
Foi nesse período de tempo que se deram as grandes inovações e revoluções em termos musicais, senão analisemos só a lista quase inacreditável do que aconteceu, em termos de criatividade e novidades, nesses anos.
- É nos finais dos anos 60, que nascem as primeiras óperas rock (algumas delas em cartaz 50 anos depois), como "Jesus Christ Superstar", "Hair", "Tommy", "Cats" ou "Liztomania", entre tantas outras.
- É, igualmente, a partie de 1967, que se organizam os mega-festivais musicais com centenas de milhares de espectadores e com uma duração mínima de 3 dias (Monterey, Woodstock, Isle Of Wight, Vilar de Mouros, etc), fórmula ainda hoje de sucesso como o "Rock In Rio (Lisboa)" e outros festivais tão em voga no nosso país e não só.
- Mas uma das maiores revoluções em termos musicais é quando, nos meados dos anos 60, vários letristas deixam de escrever só sobre o amor e as relações sentimentais e passam a exprimir as suas consciências sociais e políticas (Bob Dylan, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ray Davies (Kinks), José Afonso, Jacques Brel, Léo Ferré, Serge Reggiani, Johnny Cash, etc), criando as raízes para um novo estilo musical a que se resolveu chamar Singer/Songwriters .
Este estilo atinge a sua plenitude no ínico dos anos 70 com canta-autores como Cat Stevens, James Taylor, Don McLean, Jackson Browne, Joni Mitchel, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Fausto, Patxi Andión, Juan Manoel Serrat, John Denver ou Paul Simon, entre tantos outros.
- É, igualmente, a partie de 1967, que se organizam os mega-festivais musicais com centenas de milhares de espectadores e com uma duração mínima de 3 dias (Monterey, Woodstock, Isle Of Wight, Vilar de Mouros, etc), fórmula ainda hoje de sucesso como o "Rock In Rio (Lisboa)" e outros festivais tão em voga no nosso país e não só.
- Mas uma das maiores revoluções em termos musicais é quando, nos meados dos anos 60, vários letristas deixam de escrever só sobre o amor e as relações sentimentais e passam a exprimir as suas consciências sociais e políticas (Bob Dylan, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ray Davies (Kinks), José Afonso, Jacques Brel, Léo Ferré, Serge Reggiani, Johnny Cash, etc), criando as raízes para um novo estilo musical a que se resolveu chamar Singer/Songwriters .
Este estilo atinge a sua plenitude no ínico dos anos 70 com canta-autores como Cat Stevens, James Taylor, Don McLean, Jackson Browne, Joni Mitchel, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Fausto, Patxi Andión, Juan Manoel Serrat, John Denver ou Paul Simon, entre tantos outros.
- No ínicio dos anos 70, o Hard-Rock evolui para certas variantes como o Heavy Metal (Black Sabbath, Iron Maiden, AC/DC), o Glam ou Glitter Rock (T.Rex, David Bowie, Gary Glitter, Slade, The Sweet, etc), e o Punk Rock (Motorhead).
- Nessa mesma época, o Country ou Outlaw Country e o Country-Rock atingiram a maturidade com artistas como Merle Haggard, Willie Nelson, Waylon Jennings e Kris Kristofferson no primeiro caso e grupos e cantores como os Eagles, os Crosby, Stills and Nash, o Neil Young, os Poco, os Flying Burrito Brothers, Linda Ronstadt ou Emmylou Harris no segundo caso.
- Ainda no ínicio dos anos 70, o Blues evoluiu para o Blues Rock através das ousadias musicais de Eric Clapton, ZZ Top, Steve Miller Band, George Thorogood ou Dr. Feelgood e a Soul Music misturou-se com o Jazz e o Rhythm & Blues e evoluiu para o Funk (George Clinton and The Parliament, Sly & The Family Stone, Ohio Players, Frank Zappa, War, Herbie Hancock, Kool and The Gang, Earth,Wind and Fire ou Funkadelic), antes de se chegar ao Disco Sound.
- É também no início dos anos 70, que o Reggae sai da Jamaica e torna-se música universal até aos dias de hoje, divulgado por Bob Marley & The Wailers, Toots & The Maytals, Peter Tosh ou Jimmy Cliff.
- Contrabalançando todos estes movimentos inovadores, o Rock mais tradicional transforma-se no Soft Rock com os conhecidos sucessos de vendas de astros como Elton John, Bread, Billy Joel, América, Leo Sayer ou Rod Stewart, por exemplo e o Pop continua atingindo milhões de vendas com os Abba, a Diana Ross, o Michael Jackson, os Carpenters, os Jackson 5, a Cher ou o Neil Diamond.
São estes os testemunhos principais que suportam a nossa convicção de que os vinte e um anos decorrentes entre 1955 e 1975, foram os mais importantes de sempre para a música pop/rock/soul/jazz/country e folk.
Estão assim definidos os critérios temporais, de várias listas que apresentaremos sobre os artistas, compositores, músicas e álbuns de maior sucesso e importância na música dessa época, que se tornaram sementes e raízes essenciais para as árvores musiológicas das décadas vindouras.
Na próxima semana começaremos a apresentar a lista dos melhores álbuns desta época de ouro.
Lista essa elaborada a partir de classificações feitas por artistas, músicos, compositores, críticos, jornalistas, etc, de revistas e meios de comunicação tão conceituados e com nichos de públicos tão diversos como "Rolling Stone", "Q", "Mojo", "New Musical Express", "Billboard" ou "Rate Your Music".
Até para a semana!
Estão assim definidos os critérios temporais, de várias listas que apresentaremos sobre os artistas, compositores, músicas e álbuns de maior sucesso e importância na música dessa época, que se tornaram sementes e raízes essenciais para as árvores musiológicas das décadas vindouras.
Na próxima semana começaremos a apresentar a lista dos melhores álbuns desta época de ouro.
Lista essa elaborada a partir de classificações feitas por artistas, músicos, compositores, críticos, jornalistas, etc, de revistas e meios de comunicação tão conceituados e com nichos de públicos tão diversos como "Rolling Stone", "Q", "Mojo", "New Musical Express", "Billboard" ou "Rate Your Music".
Até para a semana!
FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Esta semana, "Abracadabra" faz renascer uma lenda do rock - os "T2" e o seu mítico álbum "It'll All Work Out In Boomland".
Os "T2" foram um trio de rock que tentou levar o som de Jimi Hendrix Experience ou dos Cream um pouco mais longe, o que foi muito possivelmente a coisa mais inteligente que podiam fazer em 1970.
Apesar da sua relativa juventude, o vocalista/baterista Peter Dunton, o baixista Bernard Jinks e o prodígio da guitarra Keith Cross(17 anos) trouxeram para os "T2" um pouco da suas experiências como ex-integrantes de uma variedade de bandas de rock psicadélico, ("Please", "Gun" e "Bulldog Breed").
Baseando o seu som em blues/jazz, os "T2" são considerados como tendo sido umas das grandes influencias para o hard rock com as sua improvisações de guitarra e os vocais melancólicos de Dunton, acompanhados por fortes orquestrações.
Os "T2" criaram um álbum que é único nos anais do rock progressivo e... em seguida, desapareceram!
Quando eles lançaram "It'll All Work Out In Boomland" (o álbum no qual se baseia a lenda dos T2) tudo parecia estar a correr bem, pois assinaram contrato com a importante gravadora Decca Records e conseguiram uma forte reputação ao tocarem ao vivo, no festival de Isle Of Wight, ao lado de Hendrix.
Embora tivessem assinado um contrato de valor elevadíssimo para época (recebendo até £10.000,00 de avanço) a Decca não só imprimiu pouquíssimas cópias, como não publicitou o álbum convenientemente e daí o álbum tornou-se muito difícil de se encontrar, pelo que nos anos 90 já valia cerca de Euros 400,00 para qualquer coleccionador e ainda hoje vale cerca de Euros 1.000,00, após terem saído em etiquetas obscuras pelo menos três edições em CD, mas que não são fiéis ao alinhamento do álbum.
Infelizmente, após o lançamento deste álbum, tensões internas levaram à saída de Cross, deixando um segundo álbum inacabado nos cofres. Depois de inicialmente tentarem continuar com o guitarrista Mike Foster, o grupo separou-se em 1972. Nesse mesmo ano Cross ainda lança "Bored Civillians", um álbum que ele gravou com um Peter Ross como Cross & Ross, mas de que pouco se ouviu falar.
No início dos anos 90, os "T2" voltaram a reunir-se.
Assim, Dunton, Jinks e Moore (infelizmente Cross não estava presente) gravaram "Second Bite" em 1992, seguindo-se "Waiting For The Band" (1993) e "On The Frontline" ( 1994), mas já não tiveram nenhum impacto digno de realce.
Vamos ficar então com a faixa que dá o título a esse álbum lendário - "It'll All Work Out In Boomland".
Os "T2" foram um trio de rock que tentou levar o som de Jimi Hendrix Experience ou dos Cream um pouco mais longe, o que foi muito possivelmente a coisa mais inteligente que podiam fazer em 1970.
Apesar da sua relativa juventude, o vocalista/baterista Peter Dunton, o baixista Bernard Jinks e o prodígio da guitarra Keith Cross(17 anos) trouxeram para os "T2" um pouco da suas experiências como ex-integrantes de uma variedade de bandas de rock psicadélico, ("Please", "Gun" e "Bulldog Breed").
Baseando o seu som em blues/jazz, os "T2" são considerados como tendo sido umas das grandes influencias para o hard rock com as sua improvisações de guitarra e os vocais melancólicos de Dunton, acompanhados por fortes orquestrações.
Os "T2" criaram um álbum que é único nos anais do rock progressivo e... em seguida, desapareceram!
Quando eles lançaram "It'll All Work Out In Boomland" (o álbum no qual se baseia a lenda dos T2) tudo parecia estar a correr bem, pois assinaram contrato com a importante gravadora Decca Records e conseguiram uma forte reputação ao tocarem ao vivo, no festival de Isle Of Wight, ao lado de Hendrix.
Embora tivessem assinado um contrato de valor elevadíssimo para época (recebendo até £10.000,00 de avanço) a Decca não só imprimiu pouquíssimas cópias, como não publicitou o álbum convenientemente e daí o álbum tornou-se muito difícil de se encontrar, pelo que nos anos 90 já valia cerca de Euros 400,00 para qualquer coleccionador e ainda hoje vale cerca de Euros 1.000,00, após terem saído em etiquetas obscuras pelo menos três edições em CD, mas que não são fiéis ao alinhamento do álbum.
Infelizmente, após o lançamento deste álbum, tensões internas levaram à saída de Cross, deixando um segundo álbum inacabado nos cofres. Depois de inicialmente tentarem continuar com o guitarrista Mike Foster, o grupo separou-se em 1972. Nesse mesmo ano Cross ainda lança "Bored Civillians", um álbum que ele gravou com um Peter Ross como Cross & Ross, mas de que pouco se ouviu falar.
No início dos anos 90, os "T2" voltaram a reunir-se.
Assim, Dunton, Jinks e Moore (infelizmente Cross não estava presente) gravaram "Second Bite" em 1992, seguindo-se "Waiting For The Band" (1993) e "On The Frontline" ( 1994), mas já não tiveram nenhum impacto digno de realce.
Vamos ficar então com a faixa que dá o título a esse álbum lendário - "It'll All Work Out In Boomland".
O 3º lugar desta semana é dos The Casuals (os mesmos da linda balada "Jesamine") com "Toy", uma composição de Chris Andrews, que ficou conhecido pelo seu sucesso de 1965 - "Yesterday Man", que também foi gravado pelos portuguezíssimos Sheiks.
The Casuals formaram-se em 1961 e em 1965 gravaram o seu 1º single "If You Walk Out" que não obteve qualquer relevância e terminaram o contrato com a editora "Fontana". Em 1966, assinaram com a "CBS" italiana, um contrato sui generis, pois era uma contrato para gravarem em italiano sucessos ingleses de outros artistas e obtiveram sucesso na sua versão de "Massachusetts', originalmente dos Bee Gees.
Em 1968, ainda em Itália, assinam um novo contrato, desta vez com a "Decca", que resolveu editar o single "Jesamine", uma composição de Marty Wilde (pai da cantora Kim Wilde e do cantor Ricky Wilde), que foi um cliente habitual do hit-parade britânico entre 1958 e 1962, como cantor e compositor ("Endless Sleep", "Donna", " A Teenager In Love", "Sea Of Love", "Bad Boy" ou "Rubber Ball", entre outros êxitos).
"Jesamine" chegou ao 2º lugar no Reino Unido, pelo que regressaram à Grã-Bretanha para promoção do disco e consequentes actuações, mas "Toy" foi o seu último sucesso embora mantivessem o conjunto até 1976, altura em que The Casuals, casualmente desfizeram o seu brinquedo.
The Casuals formaram-se em 1961 e em 1965 gravaram o seu 1º single "If You Walk Out" que não obteve qualquer relevância e terminaram o contrato com a editora "Fontana". Em 1966, assinaram com a "CBS" italiana, um contrato sui generis, pois era uma contrato para gravarem em italiano sucessos ingleses de outros artistas e obtiveram sucesso na sua versão de "Massachusetts', originalmente dos Bee Gees.
Em 1968, ainda em Itália, assinam um novo contrato, desta vez com a "Decca", que resolveu editar o single "Jesamine", uma composição de Marty Wilde (pai da cantora Kim Wilde e do cantor Ricky Wilde), que foi um cliente habitual do hit-parade britânico entre 1958 e 1962, como cantor e compositor ("Endless Sleep", "Donna", " A Teenager In Love", "Sea Of Love", "Bad Boy" ou "Rubber Ball", entre outros êxitos).
"Jesamine" chegou ao 2º lugar no Reino Unido, pelo que regressaram à Grã-Bretanha para promoção do disco e consequentes actuações, mas "Toy" foi o seu último sucesso embora mantivessem o conjunto até 1976, altura em que The Casuals, casualmente desfizeram o seu brinquedo.