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Isilda Maria era uma rapariga alegre e divertida com uma excelente voz, embora irreverente era bastante sensata. Faleceu como já informámos na OP pág 12 num acidente de aviação quando o Cessna onde viajava embateu numas árvores junto ao campo de aterragem devido a uma tempestade e nevoeiro em Bula Atumba uma vila a 250 Km de Luanda no norte de Angola onde iam dar uns espetáculos. Tinha 20 anos. No acidente morreram ainda o piloto e a mulher e o rei da canção de Angola Licínio Carlos. Milagrosamente a cantora Maria Judite sobreviveu ,muito ferida, presa nos ramos de uma arvore. Voltaremos a falar dela em Agosto de 1969 quando dermos a notícia da sua morte.
Agora falámos com alguns amigos e todos foram unânimes em enaltecer o seu grande companheirismo. a sua alegria e a sua voz. Sara Chaves era a grande Senhora da canção angolana (OP nº13). "Uma Casa Portuguesa" do maestro Artur Fonseca, havia sido escrita para ela cantar em 1951. É ela que nos diz que Isilda era um amor de pequena, sempre jovial or vezes irónica, ao seu lado ninguém podia estar triste, e na canção muito exigente.
Luís N'Gambi (dos Rock´s) lembra-se de alguns espetáculos que faziam juntos, e da sua grande amiga Ondina. Eram uma simpatia, eram divertidas, muito cúmplices. E Ondina, a sua grande amiga ? Recorda esse tempo com muito carinho, conhecam-se da escola desde os 13 anos. A adolescência foi vivida de forma intensa, com as velhas desculpas de ir dormir a casa da amiga para poderem ir cantar ou smplesmente divertir-se em locais apropriados para o efeito. Claro que eram sempre descobertas, ou por vizinhos cocabichinhos ou porque a mentira tem perna curta. Representavam também num grupo de teatro amador e sempre com muito êxito.
Já tinham estado uma vez a cantar em Atula bula e não gostaram da forma como as autoridades do local as receberam. O público esse foi maravilhoso. Disseram que não voltariam, mas o destino é travesso. Isilda tinha muito medo de andar de avião, mas em Angola não havia outra opção, as distâncias são muito grandes. "Eu não fui porque tinha partido uma perna e estava engessada, disse-lhe para não ir. Mas ela disse que tinham insistido muito e que se morresse só queria que lhe levasse rosas vermelhas. Não sejas parva, e dei-lhe uma palmada. Na noite anterior foi ver uma peça de teatro que corria em Luanda " O Zé do Telhado".
Escutemos agora a canção com que ganhou o prémio de Interpretação do Festival da Canção de Luanda em 1967, "Velho Barco" uma canção da grande Helena Moreira Viana e de Manuel Vieira. Porquê a grande Helena Moreira Viana. Vocês talvez não saibam, mas esta senhora fazia músicas para as peças de teatro que eram cantadas pelo Grupo de Amadores do Teatro Gil Vicente em Cascais nos anos 40, e as canções com letras de Fernanda Santos ou Luís Barros eram cantadas pela futura mãe do João Pedro. Aliás Maria Marques, de nome artístico, foi cantora do RCM estre 1959 e 1967 e aí também cantou uma linda canção de nome "Canção de Moçambique" para um poema de João dos Santos Gouveia (pai do João Pedro) e música da Helena. Um dia chegará a oportunidade de a virdes a conhecer. Aliás Helena Moreira Viana no final dos anos 50 e início dos 60 percorria o País com diversos artistas acompanhando-os ao piano como nos contou Paula Ribas. Também Isilda Maria cantava muitas canções da Paula. Esta canção "Velho Barco" é extraída duma edição particular que os pais mandaram imprimir no vinil, na Valentim de Carvalho de Luanda em 1974, como forma de homenagear a filha.
Agora falámos com alguns amigos e todos foram unânimes em enaltecer o seu grande companheirismo. a sua alegria e a sua voz. Sara Chaves era a grande Senhora da canção angolana (OP nº13). "Uma Casa Portuguesa" do maestro Artur Fonseca, havia sido escrita para ela cantar em 1951. É ela que nos diz que Isilda era um amor de pequena, sempre jovial or vezes irónica, ao seu lado ninguém podia estar triste, e na canção muito exigente.
Luís N'Gambi (dos Rock´s) lembra-se de alguns espetáculos que faziam juntos, e da sua grande amiga Ondina. Eram uma simpatia, eram divertidas, muito cúmplices. E Ondina, a sua grande amiga ? Recorda esse tempo com muito carinho, conhecam-se da escola desde os 13 anos. A adolescência foi vivida de forma intensa, com as velhas desculpas de ir dormir a casa da amiga para poderem ir cantar ou smplesmente divertir-se em locais apropriados para o efeito. Claro que eram sempre descobertas, ou por vizinhos cocabichinhos ou porque a mentira tem perna curta. Representavam também num grupo de teatro amador e sempre com muito êxito.
Já tinham estado uma vez a cantar em Atula bula e não gostaram da forma como as autoridades do local as receberam. O público esse foi maravilhoso. Disseram que não voltariam, mas o destino é travesso. Isilda tinha muito medo de andar de avião, mas em Angola não havia outra opção, as distâncias são muito grandes. "Eu não fui porque tinha partido uma perna e estava engessada, disse-lhe para não ir. Mas ela disse que tinham insistido muito e que se morresse só queria que lhe levasse rosas vermelhas. Não sejas parva, e dei-lhe uma palmada. Na noite anterior foi ver uma peça de teatro que corria em Luanda " O Zé do Telhado".
Escutemos agora a canção com que ganhou o prémio de Interpretação do Festival da Canção de Luanda em 1967, "Velho Barco" uma canção da grande Helena Moreira Viana e de Manuel Vieira. Porquê a grande Helena Moreira Viana. Vocês talvez não saibam, mas esta senhora fazia músicas para as peças de teatro que eram cantadas pelo Grupo de Amadores do Teatro Gil Vicente em Cascais nos anos 40, e as canções com letras de Fernanda Santos ou Luís Barros eram cantadas pela futura mãe do João Pedro. Aliás Maria Marques, de nome artístico, foi cantora do RCM estre 1959 e 1967 e aí também cantou uma linda canção de nome "Canção de Moçambique" para um poema de João dos Santos Gouveia (pai do João Pedro) e música da Helena. Um dia chegará a oportunidade de a virdes a conhecer. Aliás Helena Moreira Viana no final dos anos 50 e início dos 60 percorria o País com diversos artistas acompanhando-os ao piano como nos contou Paula Ribas. Também Isilda Maria cantava muitas canções da Paula. Esta canção "Velho Barco" é extraída duma edição particular que os pais mandaram imprimir no vinil, na Valentim de Carvalho de Luanda em 1974, como forma de homenagear a filha.

Ondina Teixeira - Esta grande amiga e confidente de Isilda Maria só não coube nestas páginas porque não acompanhou a caravana "Angola Abraça Moçambique" naquela deslocação de 68, mas a sua carreira artística continuou em Angola até regressar a Lisboa. Ondina nasceu na Amadora e tinha 5 anos quando foi com seus pais e irmão para Angola, "a terra do macaco sem rabo", como dizia a estória que a mãe lhe contava (e as nossas mães a nós). O gosto pela música corria-lhe nas veias e o pai nao queria, dizia que já havia muitos músicos na família (os seus avós e bisavós eram músicos e maestros, até do Teatro S. Carlos). Aos 8 anos entra num concurso onde o seu irmão uns anitos mais velho também ia cantar, e acaba por vencer."Ele sim cantava muito bem" diz. Aqui também Luís N'Gambi (ex Rock's) me confessou que o Carlos Alberto (recentemente falecido) era um excelente cantor e que ficava extasiado ouvindo-o a cantar canções do Alberto Ribeiro. No colégio Ondina torna-se grande amiga de Isilda e a partir daí vão juntas para todo o lado. A Canção, o Teatro e a Revista passa a ser o seu "hobby" obrigatório. Terminados os estudos escolares,procuram um emprego. "Porque nesse tempo não se podia viver só da canção quer fosse Lisboa ou Luanda. Apenas os consagrados, penso, o poderiam fazer. Tanto eu como a Isilda tinhamos os nossos empregos, e quando era das deslocações tinhamos de ter autorização para faltar. Por vezes as ausências duravam uma semana".
Um dos programas de maior audiência em Angola era o "Chá das 6".
Aí com a presença de uma orquestra cantava-se em directo. É uma gravação desse programa que Ondina perservou e que potenciou para o You Tube com uma excelente sequência de fotos a ilustrá-lo, algumas delas com a sua amiga Isilda. Com todos os defeitos de gravação desde a bobine até ao digital, vamos escutar Ondina Teixeira em "Simplesmente Maria.
Um dos programas de maior audiência em Angola era o "Chá das 6".
Aí com a presença de uma orquestra cantava-se em directo. É uma gravação desse programa que Ondina perservou e que potenciou para o You Tube com uma excelente sequência de fotos a ilustrá-lo, algumas delas com a sua amiga Isilda. Com todos os defeitos de gravação desde a bobine até ao digital, vamos escutar Ondina Teixeira em "Simplesmente Maria.
Em Angola e até ao seu regresso em 75 continuou sempre cantando e fazendo teatro. Quando regressa a Lisboa tem de complementar o seu orçamento continuando a cantar. Em 76 faz um interregno para ser mãe e até 78 fica a cuidar de sua filha. Perante pedidos e insistências lá recomeça aos fins de semana a cantar aqui e ali, percorrendo todo o País. Em 94 o empresário César Mourão organiza os espetáculos Lisboa 94 onde participa. Tem ido à televisão falar sobre a sua vivência angolana e também se tem dedicado à poesia que faz e que diz. No You Tube podem ver diversos trabalhos que aí editou como estes que daí retirámos. Escutemos agora uma canção de raiz mais angolana, "Canção do Subúrbio". Depois já em 96 com País Marinheiro.
Até 2000 andou sempre de um lado para o outro. Até no inverno os compromissos musicais não paravam. Agora já mais liberta ainda o faz uma vez por outra. Mas prefere disfrutar os netos e apoiá-los no seu crescimento de adolescentes.

NICOLAU BREYNER
Tinha saído na nossa página 27, na rubrica "Notícias Pop a informação de que a Imprensa portuguesa distinguira o Actor/Cantor como o melhor intérprete de 68 e que Nicolau embora se sentisse honrado com tal distinção, não se achava merecedor de tal prémio, pois nesse ano outros artistas tinham produzido e apresentado muito melhores trabalhos, enquanto que ele se limitara à presença no Festival da Canção. Terminavamos valorizando a grande atitude cívica e de carácter que tinha apresentado, dizendo que era uma boa lição para cada um de nós.
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Não conseguimos o seu contacto atempadamente para que saísse na OP pág 27 mas conseguimo-lo agora, e atitudes como esta não queremos deixar passá-las em branco, muito menos nos tempos que correm.
Fomos encontrá-lo na sua NB Academia, uma escola só para actores, sejam eles de cinema ou de televisão.
Primeiro, Nicolau à distância de 46 anos já não se lembrava, mas pouco a pouco as recordações vinham ao de cima. Embora a sua carreira tivesse começado como cantor de ópera, rapidamente esta situação foi ultrapassada mal acabou os estudos no conservatório e ingressou no teatro. Estávamos nos anos de 1961 / 62. Um dos seus primeiros trabalhos foi um papel secundário no Monólogo do Vaqueiro interpretado por Rui de Carvalho. Depois veio "Leonor Teles" aí contracenando com Ribeirinho, Eunice Muñoz, Carmen Dolores e Rogério Paulo. "A música acontecia mais vezes na Revista. Em 68 fui convidado para apresentar uma bonita canção no Festival da Canção, e creio que me saí bem. Mas foi a única coisa que fiz durante o ano. Tony de Matos tinha lançado um excelente disco e feito muito mais durante o ano. E seguramente havia outros que tinham produzido muito mais e melhor. Agradeci, mas senti que era um bocado injusto, e não aceitei. Escutemos então a bonita canção e excelente interpretação de Nicolau nesse distante ano de 1968.
"Pouco Mais"
Fomos encontrá-lo na sua NB Academia, uma escola só para actores, sejam eles de cinema ou de televisão.
Primeiro, Nicolau à distância de 46 anos já não se lembrava, mas pouco a pouco as recordações vinham ao de cima. Embora a sua carreira tivesse começado como cantor de ópera, rapidamente esta situação foi ultrapassada mal acabou os estudos no conservatório e ingressou no teatro. Estávamos nos anos de 1961 / 62. Um dos seus primeiros trabalhos foi um papel secundário no Monólogo do Vaqueiro interpretado por Rui de Carvalho. Depois veio "Leonor Teles" aí contracenando com Ribeirinho, Eunice Muñoz, Carmen Dolores e Rogério Paulo. "A música acontecia mais vezes na Revista. Em 68 fui convidado para apresentar uma bonita canção no Festival da Canção, e creio que me saí bem. Mas foi a única coisa que fiz durante o ano. Tony de Matos tinha lançado um excelente disco e feito muito mais durante o ano. E seguramente havia outros que tinham produzido muito mais e melhor. Agradeci, mas senti que era um bocado injusto, e não aceitei. Escutemos então a bonita canção e excelente interpretação de Nicolau nesse distante ano de 1968.
"Pouco Mais"
Em jeito de homenagem é hoje este nosso Destaque a um homem que participou em mais de meia centena de filmes, dezenas de peças de teatro,de peças de revista, de telenovelas, que lançou Herman José no famoso Sr. Feliz e Sr. Contente em 1975 no "País das Maravilhas" e que a televisão poderia repetir de tão actualizado que está na sua crítica económico-social. Depois também nos deu altos momentos de TV no "Eu Show Nico".
Na música pouco mais fez apenas umas participações num disco de Baden Powell e outro de Vinicius de Moraes.
O seu primeiro filme foi " Raça" em 1961, da autoria de Augusto Fraga e foi ainda o 1º filme a cores feito em Portugal. Hoje para além da Academia que dirige, em novas instalações, é realizador de vários filmes.
Na música pouco mais fez apenas umas participações num disco de Baden Powell e outro de Vinicius de Moraes.
O seu primeiro filme foi " Raça" em 1961, da autoria de Augusto Fraga e foi ainda o 1º filme a cores feito em Portugal. Hoje para além da Academia que dirige, em novas instalações, é realizador de vários filmes.

OS ROCK'S
Foram o melhor grupo Pop Rock de Angola nos anos 60. Ganham o concurso Yé Yé em Luanda e veêm disputar a final a Lisboa em 66 tendo ficado em 2º lugar segundo o júri e em 1º segundo o público ( que não alinha em políticas). Mas como nasceram os Rock's.
Fomos falar com um dos irmãos Saraiva, hoje Luís N'Gambi.

Todos moravam no Bairro Exposição Feira, em Luanda, hoje Bairro Miramar. O pai dos irmãos Saraiva tinha uma viola e lá em casa já havia música. Fernando o irmão mais velho já tinha acabado o curso industrial e trabalhava como desenhador na CML. Mas um belo dia quando ia na sua motorizada SIS-Sachs para o trabalho tem um acidente e parte uma perna. Ele também era um excelente ponta esquerda no Ferroviário de Luanda e acabou deixando o futebol (aliàs não é de admirar que o seu filho Madjer (João Vitor) seja o grande craque do futebol de praia que todos conhecem). Ficou muitos dias em casa de perna estendida, e então ia aprendendo e tocando na viola lá de casa. Luís e outros amigos incluindo o Eduardo Nascimento, que bastava saltar o muro do quintal para lá chegar, escutavam, tamborilavam e cantarolavam. Luís arranjou outra viola e ajudava na festa. Passados 15 dias já só falavam em formar um grupo Rock. Estavamos em 1961.
Assim nascem Os Rock's com Fernando na viola solo,Luís na viola ritmo, Tó Caseiro na bateria e Eduardo Nascimento na voz. O nome Rock's com apostrofo aparece porque em Luanda havia um grupo italiano de nome Rock e queriam que os entendessem como grupo mesmo de música Rock, o que os outros não eram. Na festa de Fim de Ano na AAE de Coimbra fazem o seu baptismo público. Em 1962 veêm de férias a Lisboa e através de amigos acabam a tocar em alternância com o Thilo's Combo na "boîte" Ronda do Monte Estoril durante um mês. Chegam a actuar na RTP. Regressados a Luanda começam a tocar na "boîte" Embaixador. Aí convidam Rui Chaves para viola baixo
(Rui anos mais tarde quando vai para Nova Lisboa na tropa, virá a integrar o novel conjunto Os Rebeldes onde está também o futuro Fausto Bordalo Dias). É também nesta altura que entra o 3º irmao Saraiva para a bateria.
Aqui dá-se uma cena caricata, pois Joni só tem 16 anos e quando acabava de tocar tinha que ir para o camarim porque as "boîtes" eram para maiores de 18. Isto ainda acontecia em 69/70 com os Casinos pois Techa quando veio cantar aos Casinos da Póvoa e da Figueira tinha de voltar para o camarim porque os Casinos eram para maiores de 21 anos. Pelo menos África era mais liberal. Rui também fica pouco tempo e é substituído por Filipe Andrade que pertencia ao grupo "Os Dois Rapazes" e estava de serviço no Ultramar. Quando este termina a comissão regressa a Lisboa. Vão então convidar Helder Martins que liderava o grupo rival, os Bossa Nova. Helder acaba por aceitar o desafio e torna-se o novo baixista dos Rock's. É com esta formação que ganham o concurso yé yé que os trás a Lisboa para a final em 66 no Cinema Monumental. Antes disso ainda fazem uma digressão no Carnaval acompanhando Paula Ribas. É aí que ela e Luís se vão apaixonar sem que ninguém saiba.
Assim nascem Os Rock's com Fernando na viola solo,Luís na viola ritmo, Tó Caseiro na bateria e Eduardo Nascimento na voz. O nome Rock's com apostrofo aparece porque em Luanda havia um grupo italiano de nome Rock e queriam que os entendessem como grupo mesmo de música Rock, o que os outros não eram. Na festa de Fim de Ano na AAE de Coimbra fazem o seu baptismo público. Em 1962 veêm de férias a Lisboa e através de amigos acabam a tocar em alternância com o Thilo's Combo na "boîte" Ronda do Monte Estoril durante um mês. Chegam a actuar na RTP. Regressados a Luanda começam a tocar na "boîte" Embaixador. Aí convidam Rui Chaves para viola baixo
(Rui anos mais tarde quando vai para Nova Lisboa na tropa, virá a integrar o novel conjunto Os Rebeldes onde está também o futuro Fausto Bordalo Dias). É também nesta altura que entra o 3º irmao Saraiva para a bateria.
Aqui dá-se uma cena caricata, pois Joni só tem 16 anos e quando acabava de tocar tinha que ir para o camarim porque as "boîtes" eram para maiores de 18. Isto ainda acontecia em 69/70 com os Casinos pois Techa quando veio cantar aos Casinos da Póvoa e da Figueira tinha de voltar para o camarim porque os Casinos eram para maiores de 21 anos. Pelo menos África era mais liberal. Rui também fica pouco tempo e é substituído por Filipe Andrade que pertencia ao grupo "Os Dois Rapazes" e estava de serviço no Ultramar. Quando este termina a comissão regressa a Lisboa. Vão então convidar Helder Martins que liderava o grupo rival, os Bossa Nova. Helder acaba por aceitar o desafio e torna-se o novo baixista dos Rock's. É com esta formação que ganham o concurso yé yé que os trás a Lisboa para a final em 66 no Cinema Monumental. Antes disso ainda fazem uma digressão no Carnaval acompanhando Paula Ribas. É aí que ela e Luís se vão apaixonar sem que ninguém saiba.

Em Lisboa são convidados a actuar no Porão da Nau, por coincidência, novamente em alternãncia com o Thilo's Combo. Gravam o seu primeiro disco com versões e um original de Luís Miguel de Oliveira "Wish I May". Pouco tempo depois voltam a ser convidados para a revista "Esta Lisboa que eu Amo" com Camilo de Oliveira, José Viana, Nicolau Breyner, Octávio de Matos, Aida Batista, Maria Dulce, Io Apoloni, Delfina Cruz e ainda Simone de Oliveira e António Calvário. Em final de Março de 68 vão inaugurar o novo edifício do Casino do Estoril, juntamente com outros artistas. Em Novembro de 68 saem do Porão e vão 2 meses para a Holanda.
Fazem Dezembro e Janeiro 69. Voltam de lá com mais um elemento, o organista Paul O'Conner um Steel Band man de Aruba (Suriname). Em Fevereiro voltam a Angola onde são recebidos de forma entusiástica e fazem uma digressão pelo País. Em Lisboa fazem a 1ª parte de artistas como Raphael, Sylvie Vartan, Nino Ferrer, Adamo, Sandie Shaw e outros.Em Março de 69 vão tocar para o Casino do Estoril. Gravam um 2º disco já com 3 originais. Em finais do ano Eduardo vai para Angola, Luis acabará por ir para o Brasil, onde a mulher, Paula Ribas já faz sucesso. Ainda passam pelo grupo Luís Moutinho e Luís Waddington e em 70 o grupo desfaz-se. Interessante, também Os Sheiks , a Filarmónica Fraude e Os Beatniks de Moçambique acabaram quando actuavam no Casino do Estoril. Será da Roleta ?
Fazem Dezembro e Janeiro 69. Voltam de lá com mais um elemento, o organista Paul O'Conner um Steel Band man de Aruba (Suriname). Em Fevereiro voltam a Angola onde são recebidos de forma entusiástica e fazem uma digressão pelo País. Em Lisboa fazem a 1ª parte de artistas como Raphael, Sylvie Vartan, Nino Ferrer, Adamo, Sandie Shaw e outros.Em Março de 69 vão tocar para o Casino do Estoril. Gravam um 2º disco já com 3 originais. Em finais do ano Eduardo vai para Angola, Luis acabará por ir para o Brasil, onde a mulher, Paula Ribas já faz sucesso. Ainda passam pelo grupo Luís Moutinho e Luís Waddington e em 70 o grupo desfaz-se. Interessante, também Os Sheiks , a Filarmónica Fraude e Os Beatniks de Moçambique acabaram quando actuavam no Casino do Estoril. Será da Roleta ?
LUÍS N'GAMBI
N'Gambi ainda actuou com Lily Thiumba e o seu irmão Joni (ambos já falecidos). Entretanto Paula Ribas tinha ido ao Rio de Janeitro representar Portugal no Festival Internacional e já não a deixaram sair de lá. Os contratos para espetáculos e televisões sucediam-se. Luís acaba por ir para lá e por lá acabam ficando 18 anos.
Percorreram quase todos os Estados do Brasil, foram de Manaus a Pelotas. Ficaram muito tempo no restaurante "O Bigoe do meu Tio", também no "Lisboa à Noite" cantaram canções africanas, tocaram com Mário Simões (A Borracha do Lopes). Entretanto em 81 e 83 veêm a Portugal e fazem vários Casinos. No Brasil actuam com Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Elizeth Cardoso, Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, para só citar alguns. Passam pelas TVs, Globo, Record, Tupi e a SBT. Entretanto gravam 3 LPs, "Tudo Isto é Fado" - Paula Ribas, "Angola Folclore e Canções Tradicionais e "Fados Brasileiros" que foi o 1º com letras de escritores brasileiros . Em 88 regressam a Portugal. Continuaram tocando e cantando pelos Casinos e outros espetáculos. Desde 2013 integram um projecto muito interessante da Santa Casa, "Encontros Com a Vida" que juntamente com outros artistas levam a música aos lares da 3ª idade. Luís entretanto é considerado um dos melhores viola baixo do Fado e todas as 5ª feiras actua no Restaurante Nini em Lisboa. Dos discos gravados no Brasil escutemos duas canções que atestam a sua qualidade.
N'Gambi ainda actuou com Lily Thiumba e o seu irmão Joni (ambos já falecidos). Entretanto Paula Ribas tinha ido ao Rio de Janeitro representar Portugal no Festival Internacional e já não a deixaram sair de lá. Os contratos para espetáculos e televisões sucediam-se. Luís acaba por ir para lá e por lá acabam ficando 18 anos.
Percorreram quase todos os Estados do Brasil, foram de Manaus a Pelotas. Ficaram muito tempo no restaurante "O Bigoe do meu Tio", também no "Lisboa à Noite" cantaram canções africanas, tocaram com Mário Simões (A Borracha do Lopes). Entretanto em 81 e 83 veêm a Portugal e fazem vários Casinos. No Brasil actuam com Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Elizeth Cardoso, Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, para só citar alguns. Passam pelas TVs, Globo, Record, Tupi e a SBT. Entretanto gravam 3 LPs, "Tudo Isto é Fado" - Paula Ribas, "Angola Folclore e Canções Tradicionais e "Fados Brasileiros" que foi o 1º com letras de escritores brasileiros . Em 88 regressam a Portugal. Continuaram tocando e cantando pelos Casinos e outros espetáculos. Desde 2013 integram um projecto muito interessante da Santa Casa, "Encontros Com a Vida" que juntamente com outros artistas levam a música aos lares da 3ª idade. Luís entretanto é considerado um dos melhores viola baixo do Fado e todas as 5ª feiras actua no Restaurante Nini em Lisboa. Dos discos gravados no Brasil escutemos duas canções que atestam a sua qualidade.
BIG BROTHER AND THE HOLDING COMPANY
Os Big Brother And The Holding Co. serão sempre essencialmente lembrados como o grupo onde Janis Joplin se iniciou.
Não há como negar que ambos saíram beneficiados por essa união. Joplin foi de longe, a figura mais marcante de uma banda que a deixou assumir-se como a lider, e os Big Brother difìcilmente teriam tido um destaque tão significativo, se não tivessem tido a sorte de a ter recrutado para o seu grupo logo após a formação. Mas os Big Brother também ocupam um lugar significativo na história de San Francisco e do rock psicadélico, como uma das bandas que melhor capturaram as qualidades indulgentes e quase imprudentes dessa época através das mutações do blues e do folk-rock, que punham nas suas interpretações. |
Os Big Brother formaram-se em 1965, no bairro Haight-Ashbury, de São Francisco, com Sam Andrew e James Gurley na guitarra, Peter Albin no baixo e David Getz na bateria. Janis Joplin entra, posteriormente, em meados de 1966, por insistência de Chet Helms (aka Bill Graham), o mais importante promotor de rock de São Francisco.
Se de início houve alguma contrariedade por partes dos integrantes dos Big Brother And The Holding Co., em relação à entrada de Janis Joplin, logo depois aperceberam-se de que a intensidade e a alma que Janis impunha nas suas interpretações poderia fazer a diferença na sua música, essencialmente de raízes folk e de blues e que o som da guitarra distorcida se mesclava perfeitamente com a voz estridente e apaixonada de Janis Joplin.
Os Big Brothers catapultaram-se para o reconhecimento ao nível nacional e mundial, com a sua actuação no Festival Pop de Monterey, onde a interpretação galvanizante de "Ball And Chain" pela Janis Joplin ficou consagrada pelos media e pelo próprio filme do evento.
Seguidamente receberam uma proposta por parte da Columbia para gravação do seu 2º álbum "Cheap Thrills", em 1968, que os tornou em superstars, mas por pouco tempo, pois logo a seguir Janis Joplin decide seguir uma carreira a solo.
Se de início houve alguma contrariedade por partes dos integrantes dos Big Brother And The Holding Co., em relação à entrada de Janis Joplin, logo depois aperceberam-se de que a intensidade e a alma que Janis impunha nas suas interpretações poderia fazer a diferença na sua música, essencialmente de raízes folk e de blues e que o som da guitarra distorcida se mesclava perfeitamente com a voz estridente e apaixonada de Janis Joplin.
Os Big Brothers catapultaram-se para o reconhecimento ao nível nacional e mundial, com a sua actuação no Festival Pop de Monterey, onde a interpretação galvanizante de "Ball And Chain" pela Janis Joplin ficou consagrada pelos media e pelo próprio filme do evento.
Seguidamente receberam uma proposta por parte da Columbia para gravação do seu 2º álbum "Cheap Thrills", em 1968, que os tornou em superstars, mas por pouco tempo, pois logo a seguir Janis Joplin decide seguir uma carreira a solo.
Após a saída de Janis Joplin, saíram também dos Big Brother, David Getz e Peter Albin para se juntarem aos Country Joe & The Fish, outro dos conjuntos mais importantes da "West Coast".

O lendário trovador folk-rock-pop Donovan começou a sua carreira como cantor itenerante de folk, nos anos 60, mas será sempre lembrado como sendo um dos intervenientes musicais da revolução contra-cultural dos Hippies, como compositor e intérprete de duas odes musicais a esse movimento sócio-cultural: "Mellow Yellow" e "Sunshine Superman".
Donovan gravou a sua primeira 'demo' em 1964, contendo "Catch The Wind", que se tornou extremamente popular um ano mais tarde, quando foi editada em single e serviu quarenta e tal anos mais tarde para um video comercial sui-generis, publicitando a energia eólica.
A partir de 1965, Donovan explodiu na cena musical com outra canção folk, "Colors". Desde aí as suas composições passaram a levar um toque psicadélico e ajudaram a definir uma era.
Com "Hurdy Gurdy Man", "Season Of The Witch" e "Mellow Yellow", Donovan cimentou a sua reputação de um cantor-compositor capaz de fazer grandes êxitos, levando as mensagens da contra-cultura para o seio do grande público. Essa sua nova direcção musical teve imenso êxito devido ao facto de que Donovan começou |
a trabalhar como produtor de grande sucesso, Mickie Most, que se evidencia logo no primeiro título em que este colaborou e que se tornou numa das primeiras composições psicadélicas - "Sunshine Superman", símbolo e ignição da revolução da contra-cultura musical. O álbum consequente, com o mesmo nome contém "Season Of The Witch", outra canção que se tornou clássica, já tendo sido interpretada por dezenas que grandes intérpretes de diversas correntes musicais.
Em 1966, Donovan edita um novo single, "Mellow Yellow, com arranjo musical de John Paul Jones dos Led Zeppelin e que se tornou o bilhete de identidade de Donovan.
Em 1966, Donovan edita um novo single, "Mellow Yellow, com arranjo musical de John Paul Jones dos Led Zeppelin e que se tornou o bilhete de identidade de Donovan.
Donovan só não esteve presente no Festival Pop de Monterey, porque em 1966, tornou-se no primeiro superstar a ser preso por posse de marijuana e esse facto fez com que as autoridades americanas não lhe concedessem o visto para estar presente no refrido Festival.
Nessa altura, Donovan já tinha feito fortes amizades com gente famosa como Paul McCartney e George Harrison, motivo porque foi o artista mais vezes convidado para colaborar com os Beatles, como por exemplo fazer parte do filme que Paul idealizara fazer durante a sessão orquestral de "A Day In The Life", que fecha o mítico álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", para um programa especial de TV, que nunca chegou a acontecer, mas de que se aproveitaram vários pedaços desse filme para o clip promocional de "A Day In The Life". Depois foi um dos convidados para a sessão mundial da primeira emissão via satélite, em que os Beatles interpretaram em directo "All You Need Is Love", com Donovan, Mick Jagger, Keith Richards, Marianne Faithful, entre outros famosos a dançarem e cantarem os coros finais. Mas Donovan também contribuíu com a frase "sky of blue and sea of green" nos versos de "Yellow Submarine", que Paul compôs.
Essas suas ligações fortes com os Beatles levaram-no a conhecer a modelo Jennifer Boyd, irmã de Pattie Boyd (casada com George Harrison) e lhe dedicar a canção "Jennifer Juniper", que se tornou em mais um dos seus sucessos.
Nessa altura, Donovan já tinha feito fortes amizades com gente famosa como Paul McCartney e George Harrison, motivo porque foi o artista mais vezes convidado para colaborar com os Beatles, como por exemplo fazer parte do filme que Paul idealizara fazer durante a sessão orquestral de "A Day In The Life", que fecha o mítico álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", para um programa especial de TV, que nunca chegou a acontecer, mas de que se aproveitaram vários pedaços desse filme para o clip promocional de "A Day In The Life". Depois foi um dos convidados para a sessão mundial da primeira emissão via satélite, em que os Beatles interpretaram em directo "All You Need Is Love", com Donovan, Mick Jagger, Keith Richards, Marianne Faithful, entre outros famosos a dançarem e cantarem os coros finais. Mas Donovan também contribuíu com a frase "sky of blue and sea of green" nos versos de "Yellow Submarine", que Paul compôs.
Essas suas ligações fortes com os Beatles levaram-no a conhecer a modelo Jennifer Boyd, irmã de Pattie Boyd (casada com George Harrison) e lhe dedicar a canção "Jennifer Juniper", que se tornou em mais um dos seus sucessos.
A senda de sucessos continuou com "Hurdy Gurdy Man", "Lalena", "Atlantis" e "Barabajal" e partir de 1970 continuou a sua profícua carreiar de cantor-compositor lançando 18 álbuns ao longo de todas as décadas, tendo o seu último até agora, "Shadows Of Blue" sido lançado em 2013.
Donovam também teve a sua carreira ligada ao cinema, quer como actor ("If It's Tuesday, This Must Be Belgium", "The Pied Piper" e "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band"), quer como compositor de bandas sonoras, como em "The Pied Piper" e "Brother Sun, Sister Moon", um filme dentro do espírito Hippie, de Franco Zeffirelli, sobre a vida de S.Francisco de Assis.
Em 2012, foi indigitado para o "Rock 'N' Roll Hall Of Fame".
Donovam também teve a sua carreira ligada ao cinema, quer como actor ("If It's Tuesday, This Must Be Belgium", "The Pied Piper" e "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band"), quer como compositor de bandas sonoras, como em "The Pied Piper" e "Brother Sun, Sister Moon", um filme dentro do espírito Hippie, de Franco Zeffirelli, sobre a vida de S.Francisco de Assis.
Em 2012, foi indigitado para o "Rock 'N' Roll Hall Of Fame".
O "Sunshine Superman" continua activo e com o mesmo espírito, inspiração e sensibilidade, que o notabilizaram nos anos 60, como tal, no final deste ano vai iniciar uma tournée pela Europa e com shows no Reino Unido, que se iniciam em Glasgow, na Escócia, a 3 de Outubro, para celebração dos 50 anos da sua maravilhosa carreira, que já legou para a posteridade dezenas de lindas composições.
Esperemos ter a sorte de Portugal fazer parte do seu itinerário artístico e até lá juntemo-nos aos justos festejos do 50º aniversário da sua carreira, homenageando-o com "Sunshine Superman". |

Peter Sarstedt nasceu em Dehli, na Índia, bem como os seus dois outros irmãos Richard e Clive.
Em 1954, a família Sarstedt mudou-se para a Grã- Bretanha e os três irmãos com mais dois amigos formaram um conjunto de Skiffle (o grande ritmo da moda na época, em U.K.): "The Fabulous 5".
O lider desse conjunto era o seu irmão mais velho, Richard, que entrou num concurso em Chelsea (Londres) e ganhou um contrato para gravar um jingle para os chocolates "Cadbury" e depois foi-lhe oferecido um contrato para a Decca Records e mudou o nome artístico para Eden Kane. Gravou "Well I Ask You" em 1961 e chegou ao topo do hit-parade britânico, Depois até 1964 teve mais 4 singles no top 10 britânico e um deles "Forget Me Not" chegou ao 3º lugar. Depois foi viver para os Estados Unidos e tornou-se produtor discográfico e actor de cinema, entrando em vários filmes da série "Star Trek".
Peter Sarstedt lançou o seu primeiro disco em 1967, "In The Day Of My Youth", com o nome fantasia de Peter Lincoln, mas já com todos os ingredientes de composição e construção musical, que o tornariam conhecido em 1968, com "I Am A Cathedral" e que definitivamente o levavam ao estrelato em 1969, com "Where Do You Go To, My Lovely" (1º lugar em 14 hit-parades mundiais), seguido de outro top 10, em 1969, a exótica "Frozen Orange Juice". Destes dois sucessos trataremos em próximas Ondas Pop, hoje propomos a audição do seu 1º disco e de uma outra canção de 1969, cujo video vos apresentamos pela curiosidade de poderem assistir a um curioso strip-tease - "Take Off Your Clothes".

Peter Sarstedt continuou a compôr e a cantar até aos dias de hoje e lançou 15 singles e 14 álbuns, sendo o último deles em 2014 - "Restless Heart", que vos apresentamos esta semana na rubrica semanal "Novos Discos de Velhos Conhecidos".
Entre os álbuns que lançou, Peter Sarstedt tem um, lançado em 1973, "Worlds Apart Together" que gravou com os seus dois irmãos e por isso editou-o em nome de "Sarstedt Brothers" e igualmente foi lançado um single - "Chinese Restaurant", que vos damos a conhecer.
Quer no álbum, quer no single, que referimos. para além de Peter e de Richard (Eden Kane), canta e toca com eles o irmão mais novo Clive, que em 1976 teve um êxito em 1976, com "My Resistance Is Low", que chegou ao 3º lugar no Reino Unido, utilizando como nome comercial Robin Sarstedt, o qual também vos damos a conhecer, completando assim o trio de irmãos Sarstedt, quer em conjunto, quer individualmente.
Entre os álbuns que lançou, Peter Sarstedt tem um, lançado em 1973, "Worlds Apart Together" que gravou com os seus dois irmãos e por isso editou-o em nome de "Sarstedt Brothers" e igualmente foi lançado um single - "Chinese Restaurant", que vos damos a conhecer.
Quer no álbum, quer no single, que referimos. para além de Peter e de Richard (Eden Kane), canta e toca com eles o irmão mais novo Clive, que em 1976 teve um êxito em 1976, com "My Resistance Is Low", que chegou ao 3º lugar no Reino Unido, utilizando como nome comercial Robin Sarstedt, o qual também vos damos a conhecer, completando assim o trio de irmãos Sarstedt, quer em conjunto, quer individualmente.

Quando a nascente Rolling Stones começou a pingar, tocando em clubes no dia 12 de Julho de 1962, no Marquee Club, em Londres, com uma formação de 6 elementos: Brian Jones, Bill Wyman, Charlie Watts, Ian Stewart e, claro, Keith Richards e Mick Jagger (conforme a foto ao lado e da esquerda para a direita), tinha-se a noção que uma banda de Rock 'N' Roll duraria uns três anos, e seríamos considerados insanos se falássemos no absurdo de que passados 53 anos essa banda se tornaria num oceano de Rock que, no próximo dia 24 de Maio, inicia em San Diego uma nova tournée, por 15 cidades americanas, chamada "Zip Code 15", em homenagem ao relançamento do álbum dos Rolling Stones de 1971, "Sticky Fingers", cuja capa é uma calça jeans com fecho éclair (ou zip).
É isso, 53 anos depois, e sempre em constante actividade musical, The Rolling Stones vão iniciar um novo tour e em grande forma, conforme poderemos prever pelo video de apresentação do tour.
Na realidade quem tocou naquela primeira noite foram Brian Jones, Keith Richards, Mick Jagger, Ian Stewart, Dick Taylor (baixo) e Tony Chapman (bateria), pois Bill Wyman e Charlie Watts (que substituíriam respectivamente os dois últimos) só se juntaram ao grupo em Janeiro de 1963 e, além disso, também nessa noite não foram divulgados e apresentados como Rolling Stones, mas sim como Rollin' Stones.
A longevidade desta fantástica banda de Rock deve-se essencialmente ao facto de que, desde os primórdios do grupo, os Rolling Stones raramente se afastaram do Rock e do Rhythm & Blues, não entrando muito em modismos musicais, o que contribuíu imenso para a manutenção quase inalterada do núcleo duro grupo durante estes 53 anos de existência.
É preciso relembrarmos que Mick Jagger, Keith Richards, Ian Stewart, Brian Jones e Charlie Watts, se juntavam ou conheceram, tocando com ou fazendo parte do conjunto "The Blues Incorporated" do grande pai do Blues Britânico, Alexis Korner.
Entre 1962 e 1963 e enquanto tocavam em pubs e clubes e antes da tal noite no Marquee Club e da entrada de Bill Wyman e Charlie Watts, tocaram com eles Dick Taylor (baixo - futuro membro dos The Pretty Things), Mick Avory (bateria - que viria ser um dos membros essenciais dos The Kinks), Tony Chapman (bateria - que formou The Herd, com Peter Frampton e Andy Bown ), Ricky Fenson (guitarra - futuramente com Brian Auger & The Trinity e com os Steampacket), Carlo Little (bateria, que tocou com nos Cyril Davies Allstars e fundou o conjunto de Screaming Lord Sutch, The Savages) e Colin Goldwin (baixo).
Ian Stewart deixa o grupo em Maio de 1963, embora tenha sempre tocado com os Rolling Stones na gravação de discos em estúdio e até 1985, data em que faleceu.
A longevidade desta fantástica banda de Rock deve-se essencialmente ao facto de que, desde os primórdios do grupo, os Rolling Stones raramente se afastaram do Rock e do Rhythm & Blues, não entrando muito em modismos musicais, o que contribuíu imenso para a manutenção quase inalterada do núcleo duro grupo durante estes 53 anos de existência.
É preciso relembrarmos que Mick Jagger, Keith Richards, Ian Stewart, Brian Jones e Charlie Watts, se juntavam ou conheceram, tocando com ou fazendo parte do conjunto "The Blues Incorporated" do grande pai do Blues Britânico, Alexis Korner.
Entre 1962 e 1963 e enquanto tocavam em pubs e clubes e antes da tal noite no Marquee Club e da entrada de Bill Wyman e Charlie Watts, tocaram com eles Dick Taylor (baixo - futuro membro dos The Pretty Things), Mick Avory (bateria - que viria ser um dos membros essenciais dos The Kinks), Tony Chapman (bateria - que formou The Herd, com Peter Frampton e Andy Bown ), Ricky Fenson (guitarra - futuramente com Brian Auger & The Trinity e com os Steampacket), Carlo Little (bateria, que tocou com nos Cyril Davies Allstars e fundou o conjunto de Screaming Lord Sutch, The Savages) e Colin Goldwin (baixo).
Ian Stewart deixa o grupo em Maio de 1963, embora tenha sempre tocado com os Rolling Stones na gravação de discos em estúdio e até 1985, data em que faleceu.
O conjunto a partir daí mantém-se coeso até à morte de Brian Jones, em 1969, com:
MICK JAGGER
Mick Jagger foi e ainda é reconhecidamente o
melhor cantor e lider no palco, quer seja cantando rock, blues ou qualquer
outro tipo de música, durante toda a sua carreira de 50 anos.
Aliás os Rolling Stones são o conjunto ou artista que se apresentou ao vivo em frente ao maior número de pessoas, quer em um concerto, quer no total de todos os concertos ao vivo. Mick Jagger definiu e define continuamente o padrão a que aspiram os outros cantores, mas que raramente conseguem alcançar. Em parceria com o seu amigo e colega de banda, Keith Richards, e incentivado pelo manager do grupo, Andrew Loog Oldham, e por John Lennon e Paul McCartney, Mick Jagger escreveu alguns dos hinos do rock mais conhecidas dos últimos 50 anos e que foram executadas por quase todo o mundo. Para além dos Rolling Stones, Mick Jagger satisfez outra das suas paixões: o cinema. Mick iniciou essa sua faceta em 1968, estrelando num filme cult - "Performance" e depois participou num filme de ficção científica, "Freejack", em 1992, bem como em "The Man From Elysian Fields" em 1997 ou em "Enigma", um drama sobre a 2ª Guerra Mundial, que ele próprio co-produziu em 2001, no mesmo ano em que a sua empresa cinematográfica Jagged Films produziu "Being Mick", um documentário sobre a vida do próprio Mick Jagger. Mick Jagger também tentou projectos musicais a solo, lançando 15 singles e 5 álbuns a solo e 2011 juntamente com Joss Stone, Dave Stewart, A. R. Rahman e Damian Marley formou o supergrupo, SuperHeavy, num desejo de pessoal de ver o resultado de se juntarem artistas de géneros musicais tão diferentes como o Reggae, Rock ou Soft Jazz, num álbum editado com o mesmo nome desse supergrupo. Não existe, nem existiu, nenhum cantor de Rock que tivesse tanto carisma como Mick Jagger, tanta paixão em palco, tanta resistência para ser capaz de se expôr numa vibrante energia durante mais de duas horas de espectáculo e a capacidade de ter sempre a audiência na palma das sua mãos. Mas impossível mesmo é imaginarmos o que seria a cultura musical em geral e do Rock em particular, nos últimos 50 anos, sem Mick Jagger. IMPOSSÍVEL! CHARLIE WATTS
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KEITH RICHARDS
Keith Richards é, simplesmente, o guitarrista por excelência; aquele que é reconhecido como tendo criado a sua própria forma original de arte.
Mas ele é muito mais do que apenas o "riff humano" ou um dos muitos epítetos que tem sido apodado ao longo dos anos. Ele é um compositor, actor e o artista da personificação viva do estilo de vida Rock and Roll. Para alguns ele é um fora da lei, para outros um deus do Rock, mas para o próprio Keith tudo isso é música e a música é o mais importante na vida. Quando Keith e Mick Jagger se conheceram na escola primária e voltaram um dia a encontrar-se furtuitamente na estação de combóio de Dartford, mal sabiam eles que essa seria a coincidência cósmica que criaria uma das parcerias mais criativas e duradouras da música moderna. Quando se encontraram na plataforma da estação, Mick estava carregando uma colecção de discos de R&B, que tinha importado dos Estados Unidos, e entre esses discos estava o álbum "One Dozen Berries" de Chuck Berry, que iria ter uma influência extraordinária no futuro do Rock. O avô de Keith Richards tocava num grupo de Jazz e a mãe de Keith comprou-lhe a sua primeira guitarra, coma qual ele acompanhava os discos de Blues , que se tornou a base musical da maior parte do prodigioso trabalho dos Rolling Stones. O amor de Keith pelo blues e pela música em geral é profunda, bem como o seu interesse pelos outros músicos, cujo talento ele aprecia, levou-o a colaborar com uma vasta gama de músicos, tanto em estúdio, como em concerto, tais como Aretha Franklin, Sheryl Crow, AC/DC, Alexis Korner, Aaron Neville, Billy Preston, Bo Diddley, Jerry Lee Lewis, Bobby Womack, George Jones, Chuck Berry, John Lee Hooker, John Phillips, Les Paul, Marianne Faithful, Peter Tosh, Rod Stewart, Tom Waits, The Chieftains, Toot & The Mayalls ou Willie Nelson, entre tantos outros. Keith Richards também participou em filmes como nos "Piratas das Caraíbas", contracenando com Johnny Depp. Tem 4 álbuns a solo, datando o último deles de 2010 - "Vintage Winos" em que ele se apresenta com um conjunto de amigos a que chamou "X-Pensive Winos". Todo e qualquer guitarrista de qualquer grupo de Rock 'N' Roll foi certamente influenciado por Keith Richards. BILL WYMAN
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BRIAN JONES
A paixão de Brian Jones pelo Blues, foi a fagulha bastante para acender a fogueira musical que incendiou a formação de os Rolling Stones.
A paixão imperiosa de Brian era a música. Ao ouvir pela primeira vez um disco de Charlie Parker, ainda com a idade de 15 anos, Brian convenceu os seus pais a comprarem-lhe um saxofone. Após já dominar o saxofone, ele recebeu uma guitarra acústica no seu aniversário de dezessete anos. Decidiu não ir para a universidade, e foi aceitando vários trabalhos até ao dia em que foi ver o conjunto de Chris Barber tocar num concerto no Cheltenham Town Hall, em 1961. Durante o show de Chris Barber, Alexis Korner como convidado especial tocou uma série de Blues e Brian ficou tão obcecado com o Blues, que não parou de praticar slide guitar , enquanto ouvia discos de Elmore James e Robert Johnson. Decidiu ir à boleia para Londres, onde no Ealing Blues Club, às vezes começou a tocar com a banda de Alexis Korner, The Blues Incorporated. Uma noite no clube, Mick Jagger e Keith Richard viram Brian Jones tocar slide guitar e ficaram impressionados com sua interpretação de "Dust My Broom" de Elmore James. Pouco tempo depois, Brian, Ian Stewart, Mick e Keith formaram uma banda, e começaram a ensaiar no pub "Bricklayers Arms", no Soho. Mesmo se o talento musical de Brian Jones nunca o levou a compôr a sua versatilidade instrumental foi fundamental em muitos dos êxitos dos Stones, quer tocando slide guitar em "Little Red Rooster", quer cítara em "Street Fighting Man" e "Paint It Black", quer órgão em "Let's Spend The Night Together", ou ainda cravo e harpa em "Lady Jane", saxofone e oboé em "Dandelion", mellotron na belíssima "She's A Rainbow" e até harmónica em "Not Fade Away". O crescente descontentamento com a direcção musical que o conjunto estava a seguir após 1967, fê-lo sentir-se infeliz e afastar-se do grupo que ele ajudara a criar. Em 1969, decidiu deixar os Rolling Stones para seguir uma nova direcção musical, que não nos chegou a legar, pois no dia 3 de Julho desse mesmo ano, foi encontrado afogado na piscina da sua casa. Brian era a diferença musical, o talento do pormenor, o exotismo q.b. para fazer de uma gravação um êxito enorme. Brian era o detalhe do grande artista. IAN STEWART
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Quase todo o mundo considera Charlie Watts um dos artistas de maior qualidade do rock, mas ele sentir-se-ia mais feliz se tivesse sido considerado un dos artistas de melhor qualidade do jazz.
Trazendo as sensibilidades de um baterista de jazz à música rock tem sido sempre o motivo que tem feito de Charlie Watts um dos músicos mais respeitados do mundo. Em 1960, entrou para a Harrow School Of Art e conseguiu um emprego como artista gráfico num agência de publicidade. À noite, depois de sair da agência de publicidade, Charlie tocava bateria com vários conjuntos, incluindo The Blues Incorporated de Alexis Korner, onde Mick Jagger chegou a cantar algumas vezes. Quando os Rolling Stones começaram os seus ensaios com a intenção de formarem um conjunto, tentaram persuadir Charlie para ser o seu baterista, mas só o conseguiram em Janeiro de 1963. À parte os Rolling Stones, Charlie sempre encontrou um tempinho para continuar a tocar jazz, que ele considera ser a sua principal recreação - com variados grupos, incluindo uma banda de 32 elementos - a Orquestra Charlie Watts, além de trabalhar com Ian Stewart na banda de Rocket 88 durante os anos 1980. Na década de 90 o Charlie Watts Quintet lançou vários álbuns, incluindo um tributo a Charlie Parker. Em 2004, o quinteto é ampliado para se tornar, Charlie Watts Tentet gravando e tocando ao vivo. Todo mundo o respeita por sua abordagem tranquila e educada, apesar de ser um membro de um dos conjuntos de maior sucesso na história da música. Como um jazzman ele entende o poder da colaboração, não procurando a ribalta, mas sim o equilíbrio e fornecendo sempre aos Rolling Stones a base sólida do ritmo do Rock. MICK TAYLOR
Após a morte de Brian Jones, entrou Mick Taylor que trouxe aos Rolling Stones algo de novo, assumindo a sua guitarra solo não como um simples acompanhamento de Mick Jagger, mas como um constante desafio às nuances vocais de Jagger e não é por acaso que durante os anos em que esteve com os Rolling Stones (1969-1974), estes obtiveram os seus maiores sucessos e reconhecimento com álbuns como "Let It Bleed", "Get Yer Ya-Ya’s Out", "Sticky Fingers", "Exile On Main St." e "Goats Head Soup".
Em 1974, decide deixar o grupo e nunca teve nenhuma contribuição musical de realce, mas merece pertencer ao selecto panteão dos guitarristas dos rebeldes e roqueiros "Rolling Stones". |
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Depois de um período de transição após a entrada de Ronnie Wood, finalmente reencontram o caminho do sucesso em 1978, com o álbum "Some Girls", seguido de "Tattoo You" (1981), "Dirty Work" (1986) e "Steel Wheels" (1989).
Após a edição deste último álbum decidem voltar a actuar ao vivo e fazerem tours pelo mundo inteiro, lançando novos álbuns de estúdio como "Voodoo Lounge"(1994), "Bridges |
To Babylon" (1997) e "A Bigger Bang" (2006) e voltando a atingir estrondoso sucesso, que se mantém até aos dias de hoje, como a série de concertos, em 2015, que vos anunciámos no início deste artigo... e ainda pedem para os ajudar dando-lhes um arranquezinho: "Start Me Up".
É preciso ter lata!
É preciso ter lata!
Peter Sarstedt lançou no ano passado o seu 14º álbum - "Restless Heart".
"Restless Heart" é uma colecção de 13 canções originais, cuja origem percorre a sua carreira do início até aos dias de hoje e em que a grande maioria nunca tinha sido editada. São na sua maioria canções de amor, umas alegres, outras pungentes, mas todas reflectivas, como em todas as suas líricas, pelo que em 1969, se dizia no meio musical londrino: "Quando as líricas de Peter Sarstedt aparecem, parece que todas as outras desaparecem". |
A poesia de Sarstedt, com a sua guitarra e voz foram muito bem balanceadas com o acompanhamento vocal de Ana Silvera e pelos arranjos orquestrais do produtor Ray Singer.
Todas as canções deste álbum parecem ser reminiscências de "Where Do You Go My Lovely", pelo seu exotismo musical, meio folk, meio pop e onde é difícil destacar uma canção pela extrema qualidade de todas elas:
VALENTINE
CASTLES IN SPAIN
RESTLESS HEART
MULBERRY DAWN
WARM WOMEN
DON'T GO TO INDIA
I LOST MY HEART DOWN THE ROAD
ANNA
WE WERE NEVER HAPPIER
BIRD IN A GILDED CAGE
NO ONE BREAKS THIS HEART
EMPTY PAGES
(SEEMS LIKE WE ONLY MET) TO SAY GOODBYE
Escolhemos "Valentine" e "Mulberry Dawn", porque vos podemos apresentar os videos oficias dos seus lançamentos, mas vale a pena ouvi-las todas, porque voltamos a poder ouvir Peter Sarstedt em grande forma.
Todas as canções deste álbum parecem ser reminiscências de "Where Do You Go My Lovely", pelo seu exotismo musical, meio folk, meio pop e onde é difícil destacar uma canção pela extrema qualidade de todas elas:
VALENTINE
CASTLES IN SPAIN
RESTLESS HEART
MULBERRY DAWN
WARM WOMEN
DON'T GO TO INDIA
I LOST MY HEART DOWN THE ROAD
ANNA
WE WERE NEVER HAPPIER
BIRD IN A GILDED CAGE
NO ONE BREAKS THIS HEART
EMPTY PAGES
(SEEMS LIKE WE ONLY MET) TO SAY GOODBYE
Escolhemos "Valentine" e "Mulberry Dawn", porque vos podemos apresentar os videos oficias dos seus lançamentos, mas vale a pena ouvi-las todas, porque voltamos a poder ouvir Peter Sarstedt em grande forma.
FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.

Nota:
Este video dos Rolling Stones, "Jumping Jack Flash", é apresentado de uma forma peculiar por John Lennon.
Este video dos Rolling Stones, "Jumping Jack Flash", é apresentado de uma forma peculiar por John Lennon.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |

"Abracadabra" esta semana entrou nas terras dos bretões e de Astérix, em Armórica, e encontrou o velho druida Panoramix, que com uma poção mágica fez-nos descobrir Brigitte Fontaine, uma cantora avant-garde francesa.
Mas Óbelix com os seus ciúmes por causa de Brigitte Fontaine, disse-nos que quem saberia de música avant-garde era o bardo Assurancetourix (hoje mais conhecido por Cacofonix), que realmente nos informou que o álbum "Comme À La Radio" nasceu de uma colaboração entre Brigitte Fontaine e Areski, seu parceiro de composições.
"Comme À La Radio" é um disco pop vanguardista, estranho, mas altamente gratificante pela sua inovação.
Usando uma parceria com o grupo "Art Ensemble de Chicago", Brigitte Fontaine mostra-nos neste disco aquilo que é o pop/rock e o que ele poderá ser, com arranjos estranhos misturando a percursão em primeiro plano, com os instrumentos de sopro ao fundo comprimidos de tal forma soam como flautas de encantadores de serpentes.
Malachi Favors, no baixo e Areski na percursão misturam-se em harmonias contrastantes dos bouzoukis, clarinetes, trompetes e saxofones de Joseph Jarman, Leo Smith, Roscoe Mitchell e Lester Bowie, num efeito estranho e arrepiante, mas assustadoramente sedutor, criando um cenário misterioso e etéreo perfeito para as explorações vocais de Brigitte Fontaine.
As 10 faixas que compõem este álbum desafiam todas e quaisquer convenções musicais e resultam no álbum mais provocador de 1969, o que, digamos, não é pouca coisa numa época tão criativa.
Desejando que o céu não caia sobre as nossas cabeças, comentamos este disco bradando aos céus: Estes Bretões São Loucos!
O 5º lugar desta semana apresenta "Dizzy", um enorme sucesso de Tommy Roe, que chegou, em 1969, ao topo das paradas em U.K. e U.S.A., onde Tommy Roe só chegara em 1962 com o seu primeiro êxito "Sheila".
Aliás foi precisamente após esse seu primeiro grande sucesso que Tommy Roe vai fazer uma digressão, em 1963, pelo Reino Unido e quem lhe fez a primeira parte do seu espectáculo foram nada mais, nada menos que The Beatles, que estavam no início da sua estrondosa carreira. A vida é uma montanha russa e, em 1964, é o Tommy Roe que fez a primeira parte dos espectáculos dos Beatles, durante a primeira digressão destes aos Estados Unidos, então já como estrelas. |
Tommy Roe começou a sua carreira como cantor e compositor de Rock 'N' Roll, mas com a explosão do novo Rock da "British Invasion", Tommy foi perdendo o seu brilho de estrela até finais dos anos 60, quando envereda pelo movimento de música pop, Bubblegum, e volta aos lugares cimeiros dos hit-parades com "Sweet Pea" e "Dizzy".
Nos anos 60, Tommy Roe teve 40 músicas que chegaram a entrar no Top 100 da Billboard, mas a Onda Pop tem,
unânimemente, um especial encantamento por uma sua canção que nunca foi editada em single, excepto na África do Sul, como lado "B" de "Sweet Pea". Partilhamos aqui então convosco essa pérola preciosa, "Much More Love".
Nos anos 60, Tommy Roe teve 40 músicas que chegaram a entrar no Top 100 da Billboard, mas a Onda Pop tem,
unânimemente, um especial encantamento por uma sua canção que nunca foi editada em single, excepto na África do Sul, como lado "B" de "Sweet Pea". Partilhamos aqui então convosco essa pérola preciosa, "Much More Love".