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DESTAQUE
TECHA NATÉRCIA BARRETO O nosso presente de Natal, porque a página 16 saíu a 21 de Dezembro de 1968 só poderia ser a mais famosa artista da época, a nossa amiga Techa. Na foto ao lado (que hoje é histórica) vemos 5 nomes sonantes na altura em Moçambique hoje já desaparecidos, apenas Techa, a mais nova, sobrevive. Tinha acabado de lançar mais um disco, por sinal aquele que tinha a música que se iria tornar o seu cartão de identidade, "Óculos de Sol" numa versão portuguesa de Al Rodrigo. |
Canção campeã do Ié Ié português. A prova é o facto de passadois 46 anos, ainda ser a única que se ouve todos os Verões, sendo portanto conhecida de todas as gerações. O caricato de tudo isto é ler hoje o que dizia a revista Plateia em Dezembro de 68. Que o disco de Natércia Barreto desiludira em Lisboa e que as canções eram más e muito comerciais (talvez não soubessem que o seu autor se chamava John D. Loudermilk, o mesmo do "Calhambeque". Este foi e ainda hoje é um problema de certa imprensa portuguesa, incompetência e servilismo (mas disso falaremos na O.P. nº 18).
Natércia começou a cantar desde muito cedo e foi no programa "Os Sobrinhos da Tia Zita" de Maria Adalgisa e António Fonseca (a quem prestámos homenagem na página nº 14) e depois na "Gente Nova ao Microfone" do mesmo duo Maria Adalgisa e António Fonseca, que evidenciou e trabalhou o seu enorme potencial. Entretanto em 1963 ainda fez parte do Conjunto Feminino (o primeiro a existir em todo o Portugal de então), passando no ano seguinte para os quadros do Rádio Clube de Moçambique. Cantava com a Orquestra de Variedades dirigida por Artur Fonseca e a Orquestra Típica dirigida por António Gavino. Cantava também, como todas as suas colegas no Coro Feminino que acompanhava a Orquestra. Nesse mesmo ano de 1965, vence o "Óscar Revelação", instituído pela Imprensa. Depois ganha também o titulo de "Rainha da Rádio" junto com Aníbal Coelho, como "Rei".
Em 1967 vai voltar a ganhar o prémio da Imprensa, mas já como consagrada.
Cantou em festas com outros grupos e foi gravando os seus discos sempre com grande sucesso-
Em 1967 vai voltar a ganhar o prémio da Imprensa, mas já como consagrada.
Cantou em festas com outros grupos e foi gravando os seus discos sempre com grande sucesso-
Onda Pop sempre buscando o inédito apresenta-vos hoje uma gravação no R.C.M. com a Orquestra de Variedades, em que Natércia canta uma composição do maestro Artur Fonseca, "Iô Iô".
Estávamos na época em que a "Coca-Cola" e a "Fanta" faziam pelo Mundo inteiro campeonatos de Iô Iô (fazíamos a Torre Eifel, passeando o cão, o baloiço, o salto mortal, etc).
Escutemos então Natércia Barreto e o seu "Iô Iô".
Estávamos na época em que a "Coca-Cola" e a "Fanta" faziam pelo Mundo inteiro campeonatos de Iô Iô (fazíamos a Torre Eifel, passeando o cão, o baloiço, o salto mortal, etc).
Escutemos então Natércia Barreto e o seu "Iô Iô".
Mas deixemos que seja a Techa a contar um pouco da sua história. "Em 1970 ganhei pela 2ª vez, juntamente com o Carlos Guilherme, o Concurso dos "Reis da Rádio". Casei nesse ano em Setembro e fui logo viver para a África do Sul. Entretanto tinha sido convidada pela Empresa Lopes de Almeida a participar numa "tournée" artística pelos Estados Unidos e Canadá, como cabeça de cartaz. Fui então já acompanhada pelo meu marido.
Percorremos as principais cidades dos Estados Unidos e também algumas do Canadá, como Toronto e Vancouver. Foram 45 dias em beleza. Em Nova York fomos ver a ópera rock "Hair", que achei maravilhosa". Um àparte nosso, em finais de 70, Techa já tinha vendido só nos Estados Unidos mais de 25000 discos.
"Quando voltei à África do Sul fui logo convidada por um empresário português, Morais Silva, que nessa altura começou a organizar espectáculos por toda a África do Sul e onde eu fui sempre cabeça de cartaz. Vieram também artistas portugueses do Continente como o Tony de Matos e o Alberto Ribeiro".
Interrompemos agora a Techa para que possam escutar uma das lindas composições que gravou. Esta é da autoria de Né Afonso, e chama-se "Chitato", com muito sabor africano.
Percorremos as principais cidades dos Estados Unidos e também algumas do Canadá, como Toronto e Vancouver. Foram 45 dias em beleza. Em Nova York fomos ver a ópera rock "Hair", que achei maravilhosa". Um àparte nosso, em finais de 70, Techa já tinha vendido só nos Estados Unidos mais de 25000 discos.
"Quando voltei à África do Sul fui logo convidada por um empresário português, Morais Silva, que nessa altura começou a organizar espectáculos por toda a África do Sul e onde eu fui sempre cabeça de cartaz. Vieram também artistas portugueses do Continente como o Tony de Matos e o Alberto Ribeiro".
Interrompemos agora a Techa para que possam escutar uma das lindas composições que gravou. Esta é da autoria de Né Afonso, e chama-se "Chitato", com muito sabor africano.
Entretanto voltemos à Techa:
"Ainda voltei ao Canadá a convite do mesmo empresário. Nessa altura fui acompanhada por um conjunto local, os "Símbolos de Esperança". Nessa viagem um agente artístico do Canadá, ouviu-me e queria que eu lá ficasse, mas recusei porque sempre preferi optar pela minha vida privada. Entre 71 e 73 gravei mais um E.P. para a EMI e só dez anos depois volto a gravar um single com canções do saudoso Al Rodrigo, "Fantasia" e " Passa o Tempo a Correr". Em 1975 ganhei juntamente com o Zito o concurso "Reis da Canção", organizado pela Russel's, uma companhia sul-africana. Até aos anos 2003/2005 estive sempre ocupada com espectáculos, festas em clubes e restaurantes portugueses. Nesses últimos anos (mais ou menos desde 95) cantei fado com o Zito e outros artistas da comunidade. Em 2008 fui surpreendida por um convite da RTP para vir actuar num programa dedicado aos anos 60. Adorei e não tinha ideia que os "Óculos de Sol" ainda hoje fossem cantados por aí." |
Nessa altura ainda conseguiu tempo para se encontrar com os amigos, e assim foi jantar à Casa de Fados da sua amiga Alexandra (Marizé), o "Marquês da Sé, em Alfama, onde o João Pedro foi ter com as amigas e onde com todo o entusiasmo Techa nos brindou com duas lindas canções e com a sua voz suave e melodiosa, "Coimbra" e "Uma Casa Portuguesa". Fiquemos com a actuação da Techa na RTP num memorial dos anos 60 muito bem conduzido pela Catarina Furtado e que o "Malhanga" soube pescar, como bom divulgador que é de Moçambique desses tempos.
Natércia veio fechar com chave de ouro uma carreira que foi aquilo que ela quiz que fosse. Uma rapariga simples que soube sempre buscar o que queria, nunca se deixando ofuscar pela fama e o dinheiro. Foi funcionária do Consulado Português em Joanesburgo, cuidou das suas filhas, hoje disfruta os seus netos. Tem uma vida harmoniosa, feliz e saudável. Outros grandes artistas portuguesas também o tinham feito, como Maria Clara, por exemplo. O saber está em procurarmos ser felizes sendo nós próprios e não o que os outros gostariam que fôssemos.
Neste novo projecto e-paper existem mais dois amigos desse tempo, o José Couto e Silva e o José Manuel Santos. Neste momento o trabalho é feito quase a 100% pelo João Pedro e pelo Zé Couto (agora via Brasil) com um apoio do Zé Manel e as críticas do Luís Arriaga da Austrália e do Duarte Nuno de Évora (quando conseguimos falar com ele).
JOÃO PEDRO
Continuámos o conjunto H2O até 1969. A Onda Pop manteve-se no Jornal Notícias até Abril de 71, altura em que a PIDE/DGS deu ordem ao jornal para acabar com a página, informação também reconfirmada já aqui em Lisboa por Guilherme de Melo (um dos motivos foi a publicação de uma série de artigos sobre cada uma das drogas, apesar de explicadas de forma científica).
Antes estivera na Rádio Mocidade como produtor e locutor. Em 70 fui para a Rádio Universidade e em Agosto entrei para o Serviço Militar, mas como fiquei no Quartel-General em L.M. deu para continuar e até estudar.
Após o fim da Onda Pop no Notícias continuei em 71 e 72 na Voz de Moçambique (jornal da Associação dos Naturais de Moçambique). Aqui a Onda Pop já tinha outras características, falava de Jazz, fazia análise a LPs (como foi o caso de " Mudam-se Os Tempos Mudam-se As Vontades" do José Mário Branco).
Em 73 sou colocado em Nampula e passo a fazer a Onda Pop no jornal local "A Voz do Norte", além de outros artigos e reportagens.
Aí numa vivenda alugada por 4 "grandes malucos", eu, o Zé Manel Santos (o onda-popista, hoje anfitrião do blog "A Peida é um Regalo...do Nariz a Gente Trata"), o meu primo Tó Valentim (ex-fotógrafo do "Correio da Manhã" e irmão do Luís Filipe dos Rádio Macau) e o Zé Viana (eng. agrónomo). Fazíamos convívios diários com músicos, como o Sérgio Preto e o Carlos Bettencourt (ambos ex-Inflexos), música de intervenção com os irmãos Casimiro e outra malta universitária que havia sido privada dos seus cursos universitários e colocada de castigo, pela PIDE, em Nampula. Aí o problema era a quantidade de miúdas que queriam ir para lá... só para ouvir música, claro. Só que já não havia mais espaço.
Aí numa vivenda alugada por 4 "grandes malucos", eu, o Zé Manel Santos (o onda-popista, hoje anfitrião do blog "A Peida é um Regalo...do Nariz a Gente Trata"), o meu primo Tó Valentim (ex-fotógrafo do "Correio da Manhã" e irmão do Luís Filipe dos Rádio Macau) e o Zé Viana (eng. agrónomo). Fazíamos convívios diários com músicos, como o Sérgio Preto e o Carlos Bettencourt (ambos ex-Inflexos), música de intervenção com os irmãos Casimiro e outra malta universitária que havia sido privada dos seus cursos universitários e colocada de castigo, pela PIDE, em Nampula. Aí o problema era a quantidade de miúdas que queriam ir para lá... só para ouvir música, claro. Só que já não havia mais espaço.
Em Agosto de 73 deixo o Serviço Militar e vou dar aulas para o Liceu Salazar, enquanto prossigo o meu curso. De Janeiro a Março de 1974 sou convidado por 2 vezes a visitar a "Vila Algarve", uma linda vivenda com fantásticos azulejos mas que funcionava como "Casa dos Horrores" ou seja a sede da Pide/DGS. Em 21 de Abril de 74 sou chamado pelo Reitor após a 1ª aula da manhã, que me diz: "A partir deste momento o Sr. já não dá mais aulas. Está dispensado!". Acabo o dia de hoje?, pergunto. "Não. Sai já.",vocifera.
Porquê, fiz algo errado? "Não tenho mais explicações a dar-lhe, bom dia".
Quatro dias depois, a 25 de Abril nasciam novas esperanças.
Decido vir acabar o meu curso de Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico em final de Setembro de 74. Venho com a minha futura mulher que já tinha um lugar assegurado como professora e tento procurar um "part-time" de jornalista num diário. Percorri vários e então fico horrorizado com o nível de oportunismos, esquemas e jogadas que encontro naqueles que deveriam ser livres e independentes. Talvez por ser ingénuo, mas desisto. Inicio um projecto para uma revista tipo "Círculo de Leitores", mas com uma área de divulgação cultural, de nome "Bloco Cultural". Coordeno ,maquetizo e o meu primo Tó é então o fotógrafo de serviço.
O projecto dura 2 anos.
A partir daí termino o meu curso e começo a trabalhar numa metalo-mecânica. Em simultâneo vou lecionar na Escola Marquês de Pombal, à noite. Em 78 mudo para uma empresa de representações onde vou ser técnico-comercial na área de máquinas-ferramenta.
Decido que se tirei um curso na área de produção terei que trabalhar ou ter uma fábrica.
Em 84 invisto numa fábrica de injecção de plásticos e fabricação de moldes. Faço exportação para a Venezuela, Estados Unidos, Espanha e Inglaterra. Como uma fábrica de plásticos tem de trabalhar 24h por dia, para ser rentável, dou por mim tornado "escravo" com as faltas dos funcionários e os esquemas que arranjam, apesar de eu pagar acima da média. Decido vender.
Em 97 faço outra empresa, só na área das representações técnicas que nunca deixei de ter.
Após a reforma da minha mulher em 2009 que, apesar de ter tempo de serviço e idade, é muito penalizada pois não lhe é reconhecida doença nenhuma pela Junta Médica. A sua saúde começa a deteriorar-se ràpidamente e tenho que deixar tudo para tratar dela a 100%.
Aí sou confrontado com outra situação. Como empresário que fora não tinha direito a subsídio de desemprego. Apesar de 39 anos de descontos também não me podia reformar, porque estavam suspensas as reformas antecipadas (só para o Estado e Banca), ou só se tivesse subsídio de desemprego é que poderia reformar-me. Aqui pensei, bem feito!, não quizeste ser "chico-esperto", nem oportunista, nem "lambe-botas", aprende agora por que lutaste pela Democracia. Claro numa "Partidocracia", tinha ido para um Partido, bastava ser ignorante e incompetente para ser deputado e ter reforma ao fim de poucos anos, para além de grandes privilégios.
Com zero de responsabilidade, acabava ou até começava como muitos outros, ou seja especialista aos 25 anos ou presidente e administrador vá-se lá saber de quê. Ponto Final.
Lutei pela Democracia, mas saíu oportunismo partidário, fascismo económico, estrangulados pelo capitalismo selvagem e seus lacaios. Infelizmente a doença da minha mulher não tinha cura, pois nem a origem sabem. Faleceu há um ano e meio. Hoje este meu trabalho é também para homenageá-la, bem como a todos os músicos e artistas que muito deram à cultura e ao nosso prazer e tão mal tratados muitas vezes são.
Aqui vale a pena homenagear também a grande obra que foi a Casa do Artista na vontade férrea de dois grandes actores que foram Francisco Nicholson e Raul Solnado (e não o digo por ele ser meu primo).
Depois da morte de minha mulher voltei a tocar e a compôr, especialmente canções que lhe dedico.
Agora vou ensinar o meu neto a tocar e a saber ouvir música.
E aqui começa-se sempre pelos Clássicos.
Porquê, fiz algo errado? "Não tenho mais explicações a dar-lhe, bom dia".
Quatro dias depois, a 25 de Abril nasciam novas esperanças.
Decido vir acabar o meu curso de Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico em final de Setembro de 74. Venho com a minha futura mulher que já tinha um lugar assegurado como professora e tento procurar um "part-time" de jornalista num diário. Percorri vários e então fico horrorizado com o nível de oportunismos, esquemas e jogadas que encontro naqueles que deveriam ser livres e independentes. Talvez por ser ingénuo, mas desisto. Inicio um projecto para uma revista tipo "Círculo de Leitores", mas com uma área de divulgação cultural, de nome "Bloco Cultural". Coordeno ,maquetizo e o meu primo Tó é então o fotógrafo de serviço.
O projecto dura 2 anos.
A partir daí termino o meu curso e começo a trabalhar numa metalo-mecânica. Em simultâneo vou lecionar na Escola Marquês de Pombal, à noite. Em 78 mudo para uma empresa de representações onde vou ser técnico-comercial na área de máquinas-ferramenta.
Decido que se tirei um curso na área de produção terei que trabalhar ou ter uma fábrica.
Em 84 invisto numa fábrica de injecção de plásticos e fabricação de moldes. Faço exportação para a Venezuela, Estados Unidos, Espanha e Inglaterra. Como uma fábrica de plásticos tem de trabalhar 24h por dia, para ser rentável, dou por mim tornado "escravo" com as faltas dos funcionários e os esquemas que arranjam, apesar de eu pagar acima da média. Decido vender.
Em 97 faço outra empresa, só na área das representações técnicas que nunca deixei de ter.
Após a reforma da minha mulher em 2009 que, apesar de ter tempo de serviço e idade, é muito penalizada pois não lhe é reconhecida doença nenhuma pela Junta Médica. A sua saúde começa a deteriorar-se ràpidamente e tenho que deixar tudo para tratar dela a 100%.
Aí sou confrontado com outra situação. Como empresário que fora não tinha direito a subsídio de desemprego. Apesar de 39 anos de descontos também não me podia reformar, porque estavam suspensas as reformas antecipadas (só para o Estado e Banca), ou só se tivesse subsídio de desemprego é que poderia reformar-me. Aqui pensei, bem feito!, não quizeste ser "chico-esperto", nem oportunista, nem "lambe-botas", aprende agora por que lutaste pela Democracia. Claro numa "Partidocracia", tinha ido para um Partido, bastava ser ignorante e incompetente para ser deputado e ter reforma ao fim de poucos anos, para além de grandes privilégios.
Com zero de responsabilidade, acabava ou até começava como muitos outros, ou seja especialista aos 25 anos ou presidente e administrador vá-se lá saber de quê. Ponto Final.
Lutei pela Democracia, mas saíu oportunismo partidário, fascismo económico, estrangulados pelo capitalismo selvagem e seus lacaios. Infelizmente a doença da minha mulher não tinha cura, pois nem a origem sabem. Faleceu há um ano e meio. Hoje este meu trabalho é também para homenageá-la, bem como a todos os músicos e artistas que muito deram à cultura e ao nosso prazer e tão mal tratados muitas vezes são.
Aqui vale a pena homenagear também a grande obra que foi a Casa do Artista na vontade férrea de dois grandes actores que foram Francisco Nicholson e Raul Solnado (e não o digo por ele ser meu primo).
Depois da morte de minha mulher voltei a tocar e a compôr, especialmente canções que lhe dedico.
Agora vou ensinar o meu neto a tocar e a saber ouvir música.
E aqui começa-se sempre pelos Clássicos.
DUARTE NUNO
O Duarte Nuno continuou também na Onda Pop até ao fim. Como já estava no 3º ano de Medicina já tinha um conhecimento técnico das drogas e avançou com esse excelente trabalho.
Depois de terminada a O.P., ainda continuou no Notícias com um artigo Onda Pop integrado na página de cultura "Nova Geração" de Roberto Cordeiro.
Era também o agente da revista "Cine Disco" e da Poligram. Em 75 vem para Lisboa já com o curso terminado e especializa-se em Urologia. Durante os últimos 35 anos foi médico no Hospital de Évora até à sua reforma.
É interessante que já há 20 anos me dizia, que se continuassem a formar médicos como sempre o foram fazendo, quando chegasse o tempo da geração dele passar à reforma, iriam faltar médicos. Posso garantir-vos que ele não é bruxo .
O Duarte Nuno continuou também na Onda Pop até ao fim. Como já estava no 3º ano de Medicina já tinha um conhecimento técnico das drogas e avançou com esse excelente trabalho.
Depois de terminada a O.P., ainda continuou no Notícias com um artigo Onda Pop integrado na página de cultura "Nova Geração" de Roberto Cordeiro.
Era também o agente da revista "Cine Disco" e da Poligram. Em 75 vem para Lisboa já com o curso terminado e especializa-se em Urologia. Durante os últimos 35 anos foi médico no Hospital de Évora até à sua reforma.
É interessante que já há 20 anos me dizia, que se continuassem a formar médicos como sempre o foram fazendo, quando chegasse o tempo da geração dele passar à reforma, iriam faltar médicos. Posso garantir-vos que ele não é bruxo .
Em 22 de Novembro de 1998 reunimo-nos em sua casa para comemorar os seus 50 anos. Foi talvez a última vez que tocámos juntos. Desde cedo, tornou-se um grande colecionador de discos. Entre 1955 e 1975 não há canção que lhe falte do Top 40 americano ou inglês. É normal cada trimestre ir a Londres, a Paris ou New York procurar raridades que ainda lhe faltem.
LUÍS FILIPE
Depois de terminar a Onda Pop fui para Lisboa cursar Direito, casei, fui oficial da Marinha, andei pela justiça, pelos submarinos, estive nas Rádios, fiz cantigas, gravei discos, passei pelo Festival RTP da Canção, arranjei bons amigos, arranjei inimigos, fiz televisão, O Foguete com o Carlos Paião e o António Sala, descasei, voltei a casar, voltei a gravar, singles e um LP, fiz jornalismo, meti-me com o poder político, estive dos dois lados das trincheiras, meti-me em bons e maus negócios, vi partir uns quantos amigos (como o Carlos Paião), vi chegar outros (como o neto do João Pedro), descasei, voltei a casar, desiludi-me com o País, fiz as malas e precipitei-me para longe... muito longe.
Agora aqui estou na Austrália, estive em Sidney, agora estou em Brisbane (a terra dos Bee Gees) e se me quizerem escrever o meu mail é [email protected].
Depois de terminar a Onda Pop fui para Lisboa cursar Direito, casei, fui oficial da Marinha, andei pela justiça, pelos submarinos, estive nas Rádios, fiz cantigas, gravei discos, passei pelo Festival RTP da Canção, arranjei bons amigos, arranjei inimigos, fiz televisão, O Foguete com o Carlos Paião e o António Sala, descasei, voltei a casar, voltei a gravar, singles e um LP, fiz jornalismo, meti-me com o poder político, estive dos dois lados das trincheiras, meti-me em bons e maus negócios, vi partir uns quantos amigos (como o Carlos Paião), vi chegar outros (como o neto do João Pedro), descasei, voltei a casar, desiludi-me com o País, fiz as malas e precipitei-me para longe... muito longe.
Agora aqui estou na Austrália, estive em Sidney, agora estou em Brisbane (a terra dos Bee Gees) e se me quizerem escrever o meu mail é [email protected].
Pedi ao Luís que fizesse um apanhado da sua vida artística, e ele fez esse texto simples, simpático em que diz tudo não dizendo nada (costela do Direito). Assim vou tentar apresentar a sua obra artística pós 1977. Junta-se a Dulce Neves e faz o duo Roda Viva. Edita o single Pinóquio (de Tóquio) com letra de sua mãe Maria José Arriaga e concorre ao Festival da canção de Tóquio.
No mesmo ano edita o seu primeiro single a solo - "Menino dos Olhos Escuros", com letra de José Manuel Santos.
No mesmo ano edita o seu primeiro single a solo - "Menino dos Olhos Escuros", com letra de José Manuel Santos.
Em 78 novamente o duo "Roda Viva" lança outra linda canção "Inspirata" dos mesmos autores. Ainda em 78 organiza um grupo de 12 não para uma ceia mas para fazer mais uma aventura. "A Barafunda" lança "A Lambreta da Marieta" uma canção muito divertida de sua autoria e no lado B, "O Capital", com poema de David Mourão Ferreira e música sua.
Em 1979 lança o seu 1º LP que na nossa opinião está muito equilibrado e com excelentes orquestrações. Convida artistas como o Duo Ouro Negro, Carlos Alberto Vidal (que mais tarde viria a ser o Avô Cantigas) e Ana Paula Carreira. As músicas são todas suas e tem 3 poemas de David Mourão Ferreira, que lhe agradece por ter gostado do casamento letra/música. Outras 3 músicas são em parceria com o suspeito do costume,José Manuel Santos. Os restantes poemas são de Manuel Vieira, Fausto Correia Leite, Maria José Arriaga, Rita Olivais e um outro seu.
Deste LP vamos escutar "Avenida Brasil" de Luís Arriaga e José Manuel Santos e como convidados o Duo Ouro Negro.
Em 1979 lança o seu 1º LP que na nossa opinião está muito equilibrado e com excelentes orquestrações. Convida artistas como o Duo Ouro Negro, Carlos Alberto Vidal (que mais tarde viria a ser o Avô Cantigas) e Ana Paula Carreira. As músicas são todas suas e tem 3 poemas de David Mourão Ferreira, que lhe agradece por ter gostado do casamento letra/música. Outras 3 músicas são em parceria com o suspeito do costume,José Manuel Santos. Os restantes poemas são de Manuel Vieira, Fausto Correia Leite, Maria José Arriaga, Rita Olivais e um outro seu.
Deste LP vamos escutar "Avenida Brasil" de Luís Arriaga e José Manuel Santos e como convidados o Duo Ouro Negro.
Na década de 80 vai editar mais uma série de discos.
Na morte de Jonh Lennon dedica-lhe uma canção - "So Long My Friend", que acaba por chegar ao conhecimento de Yoko Ono, e é hoje um dos exemplares da colecção de Yoko Ono em homenagem a John, que está em exposição no John Lennon Museum em Saitama, no Japão.
Compõe também em 84 o Hino da Seleção Portuguêsa ao Campeonato da Europa de Futebol, em França.
Participa no "Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro na R.T.P., acompanhado ao piano pelo "nosso" João Maurílio (ex-Impacto, AEC 68, Banda Diplomática, etc), o primo Mário Jorge na guitarra, o João Grilo no baixo, Rudy na bateria e um coro dos amigos – Alda Mendonça, Raquel Sá Fernandes, Fátima Mendes, Sérgio Mendes e o popista Zé Couto, que também toca pandeireta. Cantam uma excelente interpretação de "My Bonnie".
Fez canções para outros artistas, gravou mais alguns discos como "Dona Branca", "Holy Holiday" ou "Férias Em Portugal" (esta em dueto com a Candida Branca Flôr), por exemplo.
Em 1982 juntamente com Carlos Paião e António Sala fazem uma série na televisão, que obtem muito sucesso, "O Foguete" (este não vai à lua nem quer lá chegar).
É o genérico deste programa que vos oferecemos agora, porque o António Sala soube guardá-lo para que as novas gerações também o disfrutem.
A composição é dos três "malucos" tripulantes.
Na morte de Jonh Lennon dedica-lhe uma canção - "So Long My Friend", que acaba por chegar ao conhecimento de Yoko Ono, e é hoje um dos exemplares da colecção de Yoko Ono em homenagem a John, que está em exposição no John Lennon Museum em Saitama, no Japão.
Compõe também em 84 o Hino da Seleção Portuguêsa ao Campeonato da Europa de Futebol, em França.
Participa no "Passeio dos Alegres" de Júlio Isidro na R.T.P., acompanhado ao piano pelo "nosso" João Maurílio (ex-Impacto, AEC 68, Banda Diplomática, etc), o primo Mário Jorge na guitarra, o João Grilo no baixo, Rudy na bateria e um coro dos amigos – Alda Mendonça, Raquel Sá Fernandes, Fátima Mendes, Sérgio Mendes e o popista Zé Couto, que também toca pandeireta. Cantam uma excelente interpretação de "My Bonnie".
Fez canções para outros artistas, gravou mais alguns discos como "Dona Branca", "Holy Holiday" ou "Férias Em Portugal" (esta em dueto com a Candida Branca Flôr), por exemplo.
Em 1982 juntamente com Carlos Paião e António Sala fazem uma série na televisão, que obtem muito sucesso, "O Foguete" (este não vai à lua nem quer lá chegar).
É o genérico deste programa que vos oferecemos agora, porque o António Sala soube guardá-lo para que as novas gerações também o disfrutem.
A composição é dos três "malucos" tripulantes.
Faz ainda vários programas na Rádio como "O Clube do Sargento Pimenta" (continuado depois pelo Zé Couto, como "A Banda do Sargento Pimenta"), envolve-se em negócios de publicidade, chega a criar um grande amigo o BIL (penso que seria o Clinton).
Faz directos de manhã no Jornal da Manhã da RTP, alguns até muito interessantes (mas vêm agora uns meninos espertinhos, que acham ter muita piada, fazer disparates mostrando ignorância, mas enfim para nós são muito meozinhos), zarpa para Mafra, faz a "Folha de Café", e ùltimamente mudou de ares para sítios mais tropicais... talvez numas férias que já previa neste seu inédito "Holy Holiday".
Faz directos de manhã no Jornal da Manhã da RTP, alguns até muito interessantes (mas vêm agora uns meninos espertinhos, que acham ter muita piada, fazer disparates mostrando ignorância, mas enfim para nós são muito meozinhos), zarpa para Mafra, faz a "Folha de Café", e ùltimamente mudou de ares para sítios mais tropicais... talvez numas férias que já previa neste seu inédito "Holy Holiday".
ZÉ COUTO
A pedido de várias famílias popistas vou tentar resumir "musicalmente" o que foi a minha vida após esse fabuloso (em termos sociais e musicais) ano de 1968.
Num âmbito geral a minha vida tem sido muito tipo BEATLES (eclética, criativa, colorida e feliz). Profissionalmente sempre fui e continuo a ser totalmente BEACH BOYS (surfando com sucesso nas ondas das oportunidades em vários cantos do mundo). Política e socialmente tive e continuo tendo uma sensibilidade que se identifica com as, ainda actuais, mensagens musicais de JOSÉ AFONSO, JOHN LENNON, JACQUES BREL e PATXI ANDIÓN (e assim contínuo revolucionário, não engajado em associações de malfeitores - leia-se, partidos - e raivoso com os políticos oportunistas, gananciosos e desumanos que se propagaram pelo mundo inteiro e se tornaram no Crime Of The Century dos SUPERTRAMP). |
Em termos de relacionamentos amorosos fui e sou como a FRANÇOISE HARDY (sonhador e romântico) e ainda pretendo estar sempre apaixonado até End Of The World como profetizam os APHRODITE'S CHILD.
Quanto a amizades, preservo-as tal como HERBERT PAGANI, ou seja uma intensa e verdadeira Amitié (que, para além das deliciosas mulheres com quem compartilhei e compartilho a minha vida e o coração, são muitos e bons amigos de juventude - Moçambique - e poucos, mas grandes amigos, que conheci já após os meus 25 anos - Portugal e Brasil).
As minhas razões principais de vida foram e são essencialmente duas :
- uma das razões é esse ser maravilhoso chamado Mulher, que JULIEN CLERC canta numa elegia em Femmes Je Vous Aime e que VINICIUS de MORAES define declamando Soneto da Mulher Ideal ;
- a outra razão é òbviamente a mesma de MOODY BLUES e YVES DUTEIL - For Our Children's Children's Children e Pour Les Enfants Du Monde Entier - (portanto os meus queridos filhotes e as crianças do mundo em geral).
Quanto a amizades, preservo-as tal como HERBERT PAGANI, ou seja uma intensa e verdadeira Amitié (que, para além das deliciosas mulheres com quem compartilhei e compartilho a minha vida e o coração, são muitos e bons amigos de juventude - Moçambique - e poucos, mas grandes amigos, que conheci já após os meus 25 anos - Portugal e Brasil).
As minhas razões principais de vida foram e são essencialmente duas :
- uma das razões é esse ser maravilhoso chamado Mulher, que JULIEN CLERC canta numa elegia em Femmes Je Vous Aime e que VINICIUS de MORAES define declamando Soneto da Mulher Ideal ;
- a outra razão é òbviamente a mesma de MOODY BLUES e YVES DUTEIL - For Our Children's Children's Children e Pour Les Enfants Du Monde Entier - (portanto os meus queridos filhotes e as crianças do mundo em geral).
A minha religião é o AMOR, que considero ser o único Stairway To Heaven - LED ZEPPELIN.
Musicalmente, para além de ser fortemente BBBS (BEATLES, BEACH BOYS, BEE GEES e SHADOWS), considero-me muito rock progressivo... muito Sgt.Pepper's Lonely Hearts Club Band, GENESIS e PINK FLOYD (a liberdade e irreverência do rock misturadas com as harmonias e as orquestrações sumptuosas da música clássica, quase um contrasenso de sucesso e bom gosto, como afinal tem sido a minha vida) e... ainda colaborei na Rádio Mocidade e na Rádio Universidade em Moçambique, na Rádio Renascença em Portugal e na Rádio Orléans em França, para além de produzir uma rádio na net bàsicamente sobre música dos 50s, 60s e 70s - a "Get Back Radio" (www.getbackradio.com).
O meu primeiro amor, para além dos fantásticos pais que tive, foi a Música, que provàvelmente será também o meu último amor, como diz JOHN MILES na sua extraordinária composição Music.
A vida no presente?
No meio desta crise montada pelos tais políticos sem escrúpulos e pelos gananciosos grandes grupos económicos que continuam acabando com a classe média, tento ficar esperto e aprender com o SIMON and GARFUNKEL, para poder sobreviver como uma Bridge Over Trouble Water.
O Futuro?
God Only Knows, a linda composição de BRIAN WILSON, que PAUL McCARTNEY considerou a música mais bonita dos anos 60.
Sempre:
O belo Daydream dos WALLACE COLLECTION, que é acordar com saúde, ouvir muita música e poder sentir como GEORGE HARRISON - Here Comes The Sun.
Portanto caros amigos popistas, é esta a banda sonora do meu filme C'Est Ma Vie produzido por ADAMO... em estéreo e "technicolor".
PAZ e AMOR ! PRATIQUEM !
Musicalmente, para além de ser fortemente BBBS (BEATLES, BEACH BOYS, BEE GEES e SHADOWS), considero-me muito rock progressivo... muito Sgt.Pepper's Lonely Hearts Club Band, GENESIS e PINK FLOYD (a liberdade e irreverência do rock misturadas com as harmonias e as orquestrações sumptuosas da música clássica, quase um contrasenso de sucesso e bom gosto, como afinal tem sido a minha vida) e... ainda colaborei na Rádio Mocidade e na Rádio Universidade em Moçambique, na Rádio Renascença em Portugal e na Rádio Orléans em França, para além de produzir uma rádio na net bàsicamente sobre música dos 50s, 60s e 70s - a "Get Back Radio" (www.getbackradio.com).
O meu primeiro amor, para além dos fantásticos pais que tive, foi a Música, que provàvelmente será também o meu último amor, como diz JOHN MILES na sua extraordinária composição Music.
A vida no presente?
No meio desta crise montada pelos tais políticos sem escrúpulos e pelos gananciosos grandes grupos económicos que continuam acabando com a classe média, tento ficar esperto e aprender com o SIMON and GARFUNKEL, para poder sobreviver como uma Bridge Over Trouble Water.
O Futuro?
God Only Knows, a linda composição de BRIAN WILSON, que PAUL McCARTNEY considerou a música mais bonita dos anos 60.
Sempre:
O belo Daydream dos WALLACE COLLECTION, que é acordar com saúde, ouvir muita música e poder sentir como GEORGE HARRISON - Here Comes The Sun.
Portanto caros amigos popistas, é esta a banda sonora do meu filme C'Est Ma Vie produzido por ADAMO... em estéreo e "technicolor".
PAZ e AMOR ! PRATIQUEM !
JOSÉ MANUEL SANTOS
Desde os 16 anos que a partilha do gosto musical e poemas com o Luís Filipe os levaram a uma parceria muito profícua, parindo lindas canções. As primeiras eram só tocadas pelo Luís à viola mas em 68 mais de 60% das canções dos H2O eram de sua autoria. No início dos anos 70 a Berta Laurentino, o Zito e a Techa cantavam poemas seus. De 70 a 74 faz o serviço militar como enfermeiro. Pelas mãos passaram-lhe casos não contáveis.
Saído da "tropa" vem para L.M. e trabalha na Neves Publicidade, produzindo programas radiofónicos que eram emitidos no RCM. Até vir para Lisboa em 77 é esse o seu trabalho. Estuda o mercado em Portugal e decide ir para Paris tirar um curso em reabilitação Física. Em fins de 79 volta a Portugal e vai trabalhar para Sines.
Em 81 vem para Lisboa e abre um gabinete de reabilitação no Lumiar, e até hoje está sempre com cursos de formação e actualização de novas técnicas.
Hoje continua a fazer reabilitação física, manipulação visceral e terapia sacro craniana.
Na música concorre em 79 ao Festival da Canção com Luís Arriaga com "A Tua Imagem", com orquestração de Pedro Osório. Entre 85 e 89 compõe com Jorge Ganhão, Carlos Alberto Moniz e Carlos Alberto Feliciano. Ainda nos anos 80 trabalha com Teresa Paula Brito. Teresa canta muitos dos seus poemas, alguns deles com arranjos jazzistícos.
Neste período também Carlos Alberto Moniz canta alguns dos seus poemas. Escutemos agora Teresa Paula Brito (infelizmente já desaparecida em 2003) no lindo poema "Proposta Para Encontrar Um Amigo" com música de Carlos Alberto Moniz, cantado ao vivo numa grande Festa.
Desde os 16 anos que a partilha do gosto musical e poemas com o Luís Filipe os levaram a uma parceria muito profícua, parindo lindas canções. As primeiras eram só tocadas pelo Luís à viola mas em 68 mais de 60% das canções dos H2O eram de sua autoria. No início dos anos 70 a Berta Laurentino, o Zito e a Techa cantavam poemas seus. De 70 a 74 faz o serviço militar como enfermeiro. Pelas mãos passaram-lhe casos não contáveis.
Saído da "tropa" vem para L.M. e trabalha na Neves Publicidade, produzindo programas radiofónicos que eram emitidos no RCM. Até vir para Lisboa em 77 é esse o seu trabalho. Estuda o mercado em Portugal e decide ir para Paris tirar um curso em reabilitação Física. Em fins de 79 volta a Portugal e vai trabalhar para Sines.
Em 81 vem para Lisboa e abre um gabinete de reabilitação no Lumiar, e até hoje está sempre com cursos de formação e actualização de novas técnicas.
Hoje continua a fazer reabilitação física, manipulação visceral e terapia sacro craniana.
Na música concorre em 79 ao Festival da Canção com Luís Arriaga com "A Tua Imagem", com orquestração de Pedro Osório. Entre 85 e 89 compõe com Jorge Ganhão, Carlos Alberto Moniz e Carlos Alberto Feliciano. Ainda nos anos 80 trabalha com Teresa Paula Brito. Teresa canta muitos dos seus poemas, alguns deles com arranjos jazzistícos.
Neste período também Carlos Alberto Moniz canta alguns dos seus poemas. Escutemos agora Teresa Paula Brito (infelizmente já desaparecida em 2003) no lindo poema "Proposta Para Encontrar Um Amigo" com música de Carlos Alberto Moniz, cantado ao vivo numa grande Festa.
No início de 90, é afectado por uma grave doença que lhe deixa danos físicos e uma recuperação muito prolongada. Deixa a música e dedica-se 100% à sua profissão, vai no entanto recolhendo lindas canções portuguesas de artistas conhecidos e desconhecidos do grande público, que ninguém conhece, pois não tocam nas Rádios (ou talvez tenham tocado uma ou outra vez em tardes de Antena 1).
Em 8 de Abril de 2009, juntamente com um grupo de amigos, lançam um Blog irreverente, fartos que estão de Blogs muito certinhos. Tem por nome "A Peida é um Regalo...do Nariz a Gente Trata".
Até agora têm tido uma média de 600 visitas diárias, mas a tendência é para aumentar, pois nos últimos dias ultrapassam largamente os mil e até dois mil. Apesar do nome atrevido e bizarro é um Blog de crítica social e política, ciência e saúde, muito sarcasmo e alguma irreverência erótica. No Blog não há lugar para a calúnia nem a grosseria. O Blog é uma diversão cultural. Considera-se um cidadão básico, não folclórico.
Das canções de que é co-autor com o Luís Arriaga, gosta de todas ,mas hoje particularmente desta, "Homens do Mar" gravada pela Techa, que posteriormente Florência também gravou. Nesta edição de "Destaque" da Techa ouçamo-la no original.
Em 8 de Abril de 2009, juntamente com um grupo de amigos, lançam um Blog irreverente, fartos que estão de Blogs muito certinhos. Tem por nome "A Peida é um Regalo...do Nariz a Gente Trata".
Até agora têm tido uma média de 600 visitas diárias, mas a tendência é para aumentar, pois nos últimos dias ultrapassam largamente os mil e até dois mil. Apesar do nome atrevido e bizarro é um Blog de crítica social e política, ciência e saúde, muito sarcasmo e alguma irreverência erótica. No Blog não há lugar para a calúnia nem a grosseria. O Blog é uma diversão cultural. Considera-se um cidadão básico, não folclórico.
Das canções de que é co-autor com o Luís Arriaga, gosta de todas ,mas hoje particularmente desta, "Homens do Mar" gravada pela Techa, que posteriormente Florência também gravou. Nesta edição de "Destaque" da Techa ouçamo-la no original.
INSTANTÂNEO 1
FOREVER AND EVER DEMIS ROUSSOS!
Faleceu com apenas 68 anos, no passado fim de semana, o "filho de Aphrodite" Demis Roussos, sendo conjuntamente com Nana Mouskouri e Vangelis um dos expoentes máximos da canção grega, e que nasceu em Alexandria, no Egipto.
FOREVER AND EVER DEMIS ROUSSOS!
Faleceu com apenas 68 anos, no passado fim de semana, o "filho de Aphrodite" Demis Roussos, sendo conjuntamente com Nana Mouskouri e Vangelis um dos expoentes máximos da canção grega, e que nasceu em Alexandria, no Egipto.
Com 19 anos, Demis Roussos juntamente com Vangelis Papathanassiou e Lucas Sideras formou o grupo "Aphrodite's Child", que nesse mesmo ano de 1968 obteve o maior sucesso internacional com a linda melodia "Rain and Tears".
Os "Aphrodite's Child" gravaram três álbuns donde se extraíram várias melodiosas canções, que entraram nas paradas internacionais, principalmente em França, na Alemanha e no Brasil ("End Of The World", "Spring, Summer, Winter and Fall", "It's Five O'Clock", "Marie Jolie").
A partir de 1971, Demis Roussos passou a disfrutar de uma carreira a solo, durante a qual vendeu mais de 60 milhões de discos.
Com a sua voz de timbre sublime, que contrastava com o seu físico imponente, os cabelos longos, a barba cheia, as túnicas de cores vivas e o look extremamente simpático de um sacerdote hippie com influências orientais, Demis obteve uma série de êxitos estrondosos como "Goodbye My Love, Goodbye", "We Shall Dance", "My Friend The Wind", "My Only Fascination" ou "Mourir Auprès De Mon Amour".
Para sempre e todo o sempre, em paz e amor, é a nossa mensagem de agradecimento pelo legado musical que nos presenteou e que nos deixou bem vivo "FOREVER AND EVER".
Os "Aphrodite's Child" gravaram três álbuns donde se extraíram várias melodiosas canções, que entraram nas paradas internacionais, principalmente em França, na Alemanha e no Brasil ("End Of The World", "Spring, Summer, Winter and Fall", "It's Five O'Clock", "Marie Jolie").
A partir de 1971, Demis Roussos passou a disfrutar de uma carreira a solo, durante a qual vendeu mais de 60 milhões de discos.
Com a sua voz de timbre sublime, que contrastava com o seu físico imponente, os cabelos longos, a barba cheia, as túnicas de cores vivas e o look extremamente simpático de um sacerdote hippie com influências orientais, Demis obteve uma série de êxitos estrondosos como "Goodbye My Love, Goodbye", "We Shall Dance", "My Friend The Wind", "My Only Fascination" ou "Mourir Auprès De Mon Amour".
Para sempre e todo o sempre, em paz e amor, é a nossa mensagem de agradecimento pelo legado musical que nos presenteou e que nos deixou bem vivo "FOREVER AND EVER".
INSTANTÂNEO 2
ZÉ DA PONTE
ZÉ DA PONTE
Faleceu dia 29 de Janeiro, José João dos Santos Águas Pontes, mais conhecido por Zé da Ponte, músico, compositor e produtor musical.
Participou no disco "Homo Sapiens" de José Luís Tinoco, formou os "Salada de Fruta" com o Luís Pedro Fonseca e a Lena D'Água e criou com o Guilherme Inês e a cantora "Formiga" o grupo "Zoom". Foi co-autor da canção vencedora do Festival da RTP de 1986, "Não Sejas Mau P'ra Mim" interpretada por Dora. |
Colaborou em diversas gravações de artistas como o António Variações, o Jorge Palma, o Pedro Barroso ou o nosso popista Luís Arriaga, que imediatamente se disponibilizou, das longíquas Terras de Oz, para lhe dedicar o seguinte texto:
Conheci-o razoavelmente, tive o prazer de ter assinado alguns trabalhos conjuntos e de o ter acompanhado em diversas ocasiões do percurso chamado carreira! A minha e a dele!
Tinha dele uma imagem viva e plena de talento. Um dos tais tipos sobre quem a certa altura se reconhece que se tivesse nascido norte-americano, ou britânico, seria provavelmente conhecido em todo o mundo, porque – como tantas vezes se reconhece – um homem também é as suas circunstâncias e como bem se sabe, as ditas circunstâncias portuguesas são limitadas a uma cultura tacanha, a um mercado que não vale um peido e a um percurso muito mais ligado ao fortuito do que ao factor metódico!
Dos Salada de Fruta ao festival da RTP, da actividade de produtor discográfico à Sociedade Portuguesa de Autores, o Zé da Ponte foi sempre sinónimo de qualidade, de isenção, de criatividade, inovação e sucesso!
Costuma dizer-se que um homem só morre quando verdadeiramente, a sua memória se perdeu no tempo.
Enquanto as suas canções tocarem, enquanto os seus amigos sobreviverem e as marcas indeléveis do seu trabalho permanecerem, o Zé da Ponte estará efectivamente entre nós, ainda que ausente no contacto directo.
A vida tem destas coisas... às vezes o destino é mau para nós, ainda que a gente acredite no refrão “não sejas mau p’ra mim!”
Conheci-o razoavelmente, tive o prazer de ter assinado alguns trabalhos conjuntos e de o ter acompanhado em diversas ocasiões do percurso chamado carreira! A minha e a dele!
Tinha dele uma imagem viva e plena de talento. Um dos tais tipos sobre quem a certa altura se reconhece que se tivesse nascido norte-americano, ou britânico, seria provavelmente conhecido em todo o mundo, porque – como tantas vezes se reconhece – um homem também é as suas circunstâncias e como bem se sabe, as ditas circunstâncias portuguesas são limitadas a uma cultura tacanha, a um mercado que não vale um peido e a um percurso muito mais ligado ao fortuito do que ao factor metódico!
Dos Salada de Fruta ao festival da RTP, da actividade de produtor discográfico à Sociedade Portuguesa de Autores, o Zé da Ponte foi sempre sinónimo de qualidade, de isenção, de criatividade, inovação e sucesso!
Costuma dizer-se que um homem só morre quando verdadeiramente, a sua memória se perdeu no tempo.
Enquanto as suas canções tocarem, enquanto os seus amigos sobreviverem e as marcas indeléveis do seu trabalho permanecerem, o Zé da Ponte estará efectivamente entre nós, ainda que ausente no contacto directo.
A vida tem destas coisas... às vezes o destino é mau para nós, ainda que a gente acredite no refrão “não sejas mau p’ra mim!”
FALANDO DE NOVOS DISCOS
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
Pela sua beleza e criatividade, bem típicas da época, resolvemos ilustrar os discos que aparecem mencionados em "Falando de Novos Discos" com as capas que raramente chegámos a conhecer na época dos seus lançamentos.
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
Bryan Ferry membro fundador e principal compositor e cantor dos "Roxy Music" decidiu, a partir de 1973, prosseguir paralelamente uma carreira a solo.
Nos finais de 2014, Bryan Ferry lança o seu 14º álbum a solo, intitulado "Avonmore". "Avonmore" apresenta oito composições de Bryan Ferry, mais "Johnny & Mary" uma composição em colaboração com o produtor e Dj norueguês Todd Terje e uma versão de Bryan do célebre êxito "Send In The Clowns", uma composição de Stephen Sondheim que já foi sucesso nas vozes de Frank Sinatra, Shirley Bassey, Judy Collins, Sarah Vaughan, Grace Jones, Barbra Streisand e Cher, entre outros. |
Track Listing:
1. LOOP DE LI 2. MIDNIGHT TRAIN 3. SOLDIER OF FORTUNE 4. DRIVING ME WILD 5. A SPECIAL KIND OF GUY 6. AVONMORE 7. LOST 8. ONE NIGHT STAND 9. SEND IN THE CLOWNS 10. JOHNNY & MARY |
Para os fans dos "Roxy Music" e de Bryan Ferry, "Avonmore" continua fiel ao som a que nos acostumaram, e ao qual se resolveu chamar de Art Rock.
"Loop De Li", a primeira faixa do álbum é um bom exemplo desse som, e já foi editada em single. É precisamente o video de promoção desse single, que vos propomos que assistiam como première dessa nova apresentação de art musical de Bryan Ferry. Boa "vernissage"! |
ATENÇÃO:
A fórmula do "Lydia E. Pinkham's Vegetal Compound" melhorou pois, para além da fórmula tradicional com Raíz Pleurisia, Raíz da Vida, Feno Grego, Raíz Unicórnio, Cohosh Preto e Álcool, foi-lhe adicionada Piscidia Erythrina, Motherwort, Licorice, Genciana e até um vulgar insecticida chamado Dandelion. Agora o milagroso xarope serve também para o stress muscular, doenças hepáticas, disminorréia, dores pélvicas, é anti-hepatotóxico, anti-inflamatório, anti-espasmódico, anti-helmíntico, anti-reumático, é laxante, calmante, hipotensor e tónico cardíaco. Nem a "Banha da Cobra" na nossa Feira da Ladra! |
CURIOSIDADE 2 :
O grupo que canta "Lily The Pink" são os Scaffold, um trio de comediantes e músicos composto por Roger McGough, John Norman e Mike McGear (de nome real Peter Michael McCartney e que é o irmão mais novo do célebre Paul McCartney). |
Quem quiser ser representante para Portugal, visite o site http://lydiapinkham.org
ou simplesmente compre na net através da amazon ( http://www.amazon.com/Pinkham-Liquid-Better-Menstruation-Menopause/dp/B000NPWR5S/ref=pd_sim_hpc_1/180-3947338-3662932?ie=UTF8&refRID=09PPQCH1HPYK66DKR94X )
E Esta Hein?... como diria o saudoso repórter Fernando Pessa.
Entretanto, enquanto não chega a vossa encomenda, vejam o video dos Scaffold propagueando "Lily The Pink"... e certamente já se vão logo sentindo muito mais aliviada(o)s, pelo menos do dinheiro que gastaram.
ou simplesmente compre na net através da amazon ( http://www.amazon.com/Pinkham-Liquid-Better-Menstruation-Menopause/dp/B000NPWR5S/ref=pd_sim_hpc_1/180-3947338-3662932?ie=UTF8&refRID=09PPQCH1HPYK66DKR94X )
E Esta Hein?... como diria o saudoso repórter Fernando Pessa.
Entretanto, enquanto não chega a vossa encomenda, vejam o video dos Scaffold propagueando "Lily The Pink"... e certamente já se vão logo sentindo muito mais aliviada(o)s, pelo menos do dinheiro que gastaram.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Na semana passada, Abracadabra revelou um dos seus truques básicos de magia musical.
Fizeram o vosso trabalho de casa? Tentaram descobrir alguma ligação com outras raridades de Albert Lee ou dos "Heads Hands & Feet"?
Então concerteza descobriram que Albert Lee se juntou a Jon Lord, Ion Paice e Roger Glover (todos membros dos "Deep Purple") e gravou uma obra-prima do Rock, do Hard Rock e da Música Clássica.
Hard Rock e Música Clássica podem-se dar bem juntos? Então Wagner não pode ser considerado um clássico hard, comparado com Bach, Tchaikovski ou Strauss?
Pois é a música não deveria ter epítetos. Música é... MÚSICA !
O disco "Gemini Suite", que vos apresentamos esta semana, é uma prova real do que acabámos de escrever.
Fizeram o vosso trabalho de casa? Tentaram descobrir alguma ligação com outras raridades de Albert Lee ou dos "Heads Hands & Feet"?
Então concerteza descobriram que Albert Lee se juntou a Jon Lord, Ion Paice e Roger Glover (todos membros dos "Deep Purple") e gravou uma obra-prima do Rock, do Hard Rock e da Música Clássica.
Hard Rock e Música Clássica podem-se dar bem juntos? Então Wagner não pode ser considerado um clássico hard, comparado com Bach, Tchaikovski ou Strauss?
Pois é a música não deveria ter epítetos. Música é... MÚSICA !
O disco "Gemini Suite", que vos apresentamos esta semana, é uma prova real do que acabámos de escrever.
Depois de, em Setembro de 1969, Jon Lord e Ian Gillan (membros do conjunto inglês de hard rock - "Deep Purple") terem escrito "Concert for Group and Orchestra" que foi interpretado e gravado pelos "Deep Purple" com a Royal Philharmonic Orchestra, Jon Lord foi convidado a fazer uma sequência desse trabalho com orquestra e então compôs "Gemini Suite" com a colaboração dos restantes membros dos "Deep Purple".
|
"Gemini Suite" foi composta em 6 movimentos, sendo cada um desses movimentos inspirado no trabalho de cada um dos membros desse conjunto inglês de hard rock.
Assim o 1º movimento é para guitarra, o 2º para piano, o 3º para bateria, o 4º para vocais, o 5º para baixo e o último movimento para órgão.
Apresentaram esse trabalho ao vivo, em Setembro de 1970, no Royal Festival Hall, acompanhados pela Light Music Society Orchestra. Esse concerto foi um sucesso e imediatamente foram convidados a gravar um disco com essa obra musical. E é aqui que entra o nosso elo de magia - Albert Lee.
Ritchie Blackmore, depois de ter tocado no referido concerto ao vivo, recusou-se a gravar esse trabalho em estúdio e é então substituído (sòmente para essa gravação) por Albert Lee. Seguindo-lhe o exemplo o vocalista Ian Gillan também se recusou a fazer essa gravação, pelo que Jon Lord teve que o substituir por Tony Ashton (teclista, cantor e compositor inglês, mais conhecido por ser um dos membros do conjunto Ashton, Gardner & Dyke que teve o sucesso internacional "Resurrection Shuffle") e por Yvonne Elliman (cantora americana, que ficou conhecida por fazer de Maria Madalena, na versão original da célebre ópera rock - "Jesus Christ Superstar").
"Gemini Suite" foi editado em disco em 1971 e Jon Lord, Albert Lee, Ian Paice, Roger Glover, Tony Ashton e Yvonne Elliman foram acompanhados pela Royal Symphony Orchestra, dirigida por Sir Malcolm Arnold.
Propomos que ouçam o 1º desses movimentos, por ser o movimento para guitarra, cujo solista é o nosso "coelho da cartola" - Albert Lee (vide as Ondas Pop nº15 e nº2 ).
Assim o 1º movimento é para guitarra, o 2º para piano, o 3º para bateria, o 4º para vocais, o 5º para baixo e o último movimento para órgão.
Apresentaram esse trabalho ao vivo, em Setembro de 1970, no Royal Festival Hall, acompanhados pela Light Music Society Orchestra. Esse concerto foi um sucesso e imediatamente foram convidados a gravar um disco com essa obra musical. E é aqui que entra o nosso elo de magia - Albert Lee.
Ritchie Blackmore, depois de ter tocado no referido concerto ao vivo, recusou-se a gravar esse trabalho em estúdio e é então substituído (sòmente para essa gravação) por Albert Lee. Seguindo-lhe o exemplo o vocalista Ian Gillan também se recusou a fazer essa gravação, pelo que Jon Lord teve que o substituir por Tony Ashton (teclista, cantor e compositor inglês, mais conhecido por ser um dos membros do conjunto Ashton, Gardner & Dyke que teve o sucesso internacional "Resurrection Shuffle") e por Yvonne Elliman (cantora americana, que ficou conhecida por fazer de Maria Madalena, na versão original da célebre ópera rock - "Jesus Christ Superstar").
"Gemini Suite" foi editado em disco em 1971 e Jon Lord, Albert Lee, Ian Paice, Roger Glover, Tony Ashton e Yvonne Elliman foram acompanhados pela Royal Symphony Orchestra, dirigida por Sir Malcolm Arnold.
Propomos que ouçam o 1º desses movimentos, por ser o movimento para guitarra, cujo solista é o nosso "coelho da cartola" - Albert Lee (vide as Ondas Pop nº15 e nº2 ).
Esta semana realçaremos a famosa composição "Fly Me To The Moon", o 7º lugar da "Parada da Onda Pop", até porque também aproveitaremos para homenagear o seu excelente intérprete Bobby Woomack, que foi mais um grande cantor e compositor que nos deixou recentemente.
"Fly Me To The Moon" foi composta por Bart Howard em 1954 e chamava-se inicialmente "In Other Words" e foi então gravada como um standard do jazz por artistas como Johnny Mathis, Eydie Gorme ou Nancy Wilson.
Só em 1960, com o sucesso da gravação feita por Peggy Lee e que foi publicitada no Ed Sullivan Show como "Fly Me To The Moon" é que, a pedido da própria Peggy Lee, Bart Howard a registrou com esse nome.
"Fly Me To The Moon" foi composta por Bart Howard em 1954 e chamava-se inicialmente "In Other Words" e foi então gravada como um standard do jazz por artistas como Johnny Mathis, Eydie Gorme ou Nancy Wilson.
Só em 1960, com o sucesso da gravação feita por Peggy Lee e que foi publicitada no Ed Sullivan Show como "Fly Me To The Moon" é que, a pedido da própria Peggy Lee, Bart Howard a registrou com esse nome.
Em 1962, Joe Harnell gravou uma versão instrumental em estilo Bossa Nova, que atingiu o 14º lugar na Billboard e fez Harnell ganhar um Grammy, nesse mesmo ano.
Mas a canção continuou na mó de cima e continuou sendo gravada por importantes artistas como Nat "King" Cole, Sarah Vaughan, Brenda Lee e Connie Francis, até que em 1964 ficou definitivamente ligada à Conquista do Espaço quando Frank Sinatra gravou a sua versão e uma cópia dessa versão foi enviada e ouvida na missão da Apolo 10 à volta da Lua, sendo depois também a primeira música ouvida na superfície lunar, quando o astronauta Buzz Aldrin a levou gravada numa cassete e a tocou quando, juntamente com Neil Armstrong e Michael Collins, pisaram a Lua pela primeira vez.
Mas a canção continuou na mó de cima e continuou sendo gravada por importantes artistas como Nat "King" Cole, Sarah Vaughan, Brenda Lee e Connie Francis, até que em 1964 ficou definitivamente ligada à Conquista do Espaço quando Frank Sinatra gravou a sua versão e uma cópia dessa versão foi enviada e ouvida na missão da Apolo 10 à volta da Lua, sendo depois também a primeira música ouvida na superfície lunar, quando o astronauta Buzz Aldrin a levou gravada numa cassete e a tocou quando, juntamente com Neil Armstrong e Michael Collins, pisaram a Lua pela primeira vez.
Em 1968, foi a vez de Bobby Womack, um cantor e compositor americano, a gravar e dar ao mesmo tempo esse nome ao seu primeiro álbum a solo, depois de ter sido o vocalista de conjuntos da sua família como The Valentinos e Womack Brothers.
"Fly Me To The Moon" tem sido diversas vezes utilizada como banda sonora de filmes, como são os casos de Robocop (2014), Wall Street, Space Cowboys, Barbarella, The Adventures of Pluto Nash, Once Around ou Down With Love.
Em 1999, Bart Howard foi nomeado para Songwriters Hall Of Fame pela importância que essa canção teve na cultura americana.
Voltando a esse senhor da soul music chamado Bobby Womack, que começou a sua carreira sendo guitarrista de Sam Cooke:
- Como cantor atingiu por 25 vezes o top 40 americano de R&B e por 2 vezes ficou em 1º lugar ("Woman's Gotta Have It" em 1972 e "Looking For A Love" em 1974) e gravou 27 álbuns de estúdio;
- Como compositor é responsável pela criação de canções como "Trust Me", gravada por Janis Joplin, "Breezin'", um instrumental que foi êxito interpretado por George Benson, os êxitos de Wilson Pickett, "I'M A Midnight Mover" e "I'M In Love", mas essencialmente por um grande êxito na interpretação dos Rolling Stones - "It's All Over Now".
Será necessário dizer algo mais para justificar a nossa homenagem e agradecimento a este grande senhor da música? It's NOT All Over Now, porque será certamente relembrado por muitas futuras gerações.
Ouçamos então Bobby Womack e "Fly Me To The Moon", enquanto visionamos esse momento histórico da chegada do homem à Lua , em 1969.
"Fly Me To The Moon" tem sido diversas vezes utilizada como banda sonora de filmes, como são os casos de Robocop (2014), Wall Street, Space Cowboys, Barbarella, The Adventures of Pluto Nash, Once Around ou Down With Love.
Em 1999, Bart Howard foi nomeado para Songwriters Hall Of Fame pela importância que essa canção teve na cultura americana.
Voltando a esse senhor da soul music chamado Bobby Womack, que começou a sua carreira sendo guitarrista de Sam Cooke:
- Como cantor atingiu por 25 vezes o top 40 americano de R&B e por 2 vezes ficou em 1º lugar ("Woman's Gotta Have It" em 1972 e "Looking For A Love" em 1974) e gravou 27 álbuns de estúdio;
- Como compositor é responsável pela criação de canções como "Trust Me", gravada por Janis Joplin, "Breezin'", um instrumental que foi êxito interpretado por George Benson, os êxitos de Wilson Pickett, "I'M A Midnight Mover" e "I'M In Love", mas essencialmente por um grande êxito na interpretação dos Rolling Stones - "It's All Over Now".
Será necessário dizer algo mais para justificar a nossa homenagem e agradecimento a este grande senhor da música? It's NOT All Over Now, porque será certamente relembrado por muitas futuras gerações.
Ouçamos então Bobby Womack e "Fly Me To The Moon", enquanto visionamos esse momento histórico da chegada do homem à Lua , em 1969.