Passou um ano depois da saída do 1ª Onda Pop a 31 de Agosto de 1968. Foram 51 nºs porque houve uma semana sem publicação.
Era tempo de fazer uma análise do trabalho feito, do apoio que o projecto conseguira, e se seria de continuar. Felizmente que de todos os quadrantes estávamos a ter muito boa aceitação. O Jornalista Guilherme de Melo fez questão de ser ele a escrever o artigo " A Razão Desta Pagina", porque seguramente também havia quem não apoiasse o que se publicava semanalmente. Nós fizémos um "Agradecimento" a todos os que connosco colaboraram, desde os tipógrafos até aos artistas. Em "Retrospectiva" passámos o ano em revista. Acabámos lançando a foto que todos nos pediam, com o apoio do "Música-Bar" e que foi enviada autografada a todos os que a pediram.
Não por vaidade, mas pela insistência dos leitores abrimo-nos mais para eles revelando quem éramos e os nossos gostos. Deixámos a listagem das letras já publicadas, as fotos de cada artista e mais algumas curiosidades. Conseguimos que a folha do jornal fosse escrita na vertical de um lado e outro de forma a termos um tipo caderno de 4 páginas e mudámos o cabeçalho.
Era tempo de fazer uma análise do trabalho feito, do apoio que o projecto conseguira, e se seria de continuar. Felizmente que de todos os quadrantes estávamos a ter muito boa aceitação. O Jornalista Guilherme de Melo fez questão de ser ele a escrever o artigo " A Razão Desta Pagina", porque seguramente também havia quem não apoiasse o que se publicava semanalmente. Nós fizémos um "Agradecimento" a todos os que connosco colaboraram, desde os tipógrafos até aos artistas. Em "Retrospectiva" passámos o ano em revista. Acabámos lançando a foto que todos nos pediam, com o apoio do "Música-Bar" e que foi enviada autografada a todos os que a pediram.
Não por vaidade, mas pela insistência dos leitores abrimo-nos mais para eles revelando quem éramos e os nossos gostos. Deixámos a listagem das letras já publicadas, as fotos de cada artista e mais algumas curiosidades. Conseguimos que a folha do jornal fosse escrita na vertical de um lado e outro de forma a termos um tipo caderno de 4 páginas e mudámos o cabeçalho.
Também quisemos saber que opinião tinham as pessoas do nosso trabalho desde músicos, poetas, cantores, jornalistas e leitores assíduos em geral. Fazemos agora a mesma coisa e pedimos a várias personalidades que nos dessem agora a sua opinião sobre o "revival" da e.onda pop:
CARLOS ALBERTO SILVA (ex Corsários, Night Stars,Inflexos, Impacto e Sigma)
"Acho que foi uma excelente ideia terem tido a coragem de re-publicar a velha Onda Pop e melhor ainda desenvolver os temas, falar do que muitos músicos e cantores fizeram depois ou ainda estão a fazer, porque para nós que vivemos essa época é o relembrar de muito boa música que já nos escapava e mesmo outra que nem nesses tempos tivemos conhecimento. Para as novas gerações, creio que até pode ser mais importante pois poderão entender melhor o porquê de muita coisa e com isso terem uma ideia mais concreta de como era a música jovem nos anos 60 em Portugal e Moçambique. Agora por vezes dou comigo à espera que chegue Sábado para ver o que há de novo na Onda Pop."
LUÍS N’GAMBI (ex Rocks, hoje viola de Fado)
"Achei a vossa ideia muito boa, mesmo para nós que somos desse tempo. Ficamos com uma visão mais concreta do que se fazia nesses belos anos 60 tanto em Portugal como em Moçambique ou em Angola. Para as novas gerações pode até ser um instrumento de trabalho e dar uma melhor noção da história do Rock vivida pelos pais deles. Muita informação nem nesse tempo nós tivémos conhecimento e agora juntamos o puzzle. É muito gratificante irem ter com os artistas e saber do seu trabalho ao longo destes mais 46 anos."
ALEXANDRE LEANDRO (Jovem licenciado, professor e músico)
"Ainda antes deste novo projecto nascer tive oportunidade de conhecer o trabalho da Onda Pop (já lá vão uns 10 anos) e disse logo que seria uma excelente ideia divulgá-la na web. Cheguei mesmo a publicar o símbolo da viola da Onda Pop no meu blog. Para mim é uma excelente maneira de conhecer de forma mais real, como é que os meus pais viveram a música na sua juventude. Para nós jovens é mais uma ferramenta para ficarmos mais por dentro de como era a vivência da música Pop/Rock dos 60 em Portugal. Lembro-me do grande amor que o meu pai tinha por um gira-discos e os discos de vinil que agora ia comprando (porque na sua época não podia, era um luxo) e o carinho com que ele os punha a tocar."
VIRGILIO DO ROSÁRIO (Engenheiro e amante de música)
"Estou grato por a publicarem outra vez e dou-vos os meus parabéns. Aos 68 volto a receber a Onda Pop com prazer e que tão boas memórias me traz. E divulgo-a pelos meus amigos. Continuem".
ZÉ MANEL (ex Quintetos Académicos)
"Acho que foi uma excelente ideia, não é só a minha opinião mas a de todos os meus amigos a quem falo que partilham a mesma ideia. Vocês estão de parabéns por esse trabalho. Não só trazem a informação jornalística antiga que se perderia, como desenvolvem o trabalho que muitos músicos e cantores tiveram ao longo dos anos e que de outra forma nunca seria conhecido. Tenho descoberto coisas com muito interesse e das quais nem tinha ideia. Continuem que cá estaremos para vos apoiar. Espero que as novas gerações sintam algum interesse para saberem que também existiu boa música portuguesa nos anos 60".
Nota: Zé Manel é um dos repetentes a dar a sua opinião. O mais engraçado é que ele não tinha já ideia alguma que o tivesse feito há 46 anos.
ABEL ROSA (edita livros sobre os Beatles e é músico)
"Meus caros popistas, todas as semanas é sempre um prazer voltar ao futuro, gosto de gente que tem paixão pelo seu trabalho e que acredita em cada pequena palavra, som ou imagem que partilha. Eu sou suspeito, também tenho um imenso prazer em regressar a tanta música boa e recordações a condizer. A melhor homenagem que posso fazer à Onda Pop é a referência (com a devida autorização de V. Exas popistas), que vou fazer no meu próximo livro 'Os Beatles Populares – Os Beatles na Imprensa Portuguesa, 1963-1970 – Os Jornais'. Muito obrigado pela vossa paixão. Continuem, insistam que a gente gosta mesmo depois de esgotarem os 132 nºs antigos".
Nota: Abel Rosa é o autor de dois pequenos livros com toda a discografia dos Beatles e dos Rolling Stones que foram editados em Portugal. O seu último livro apresenta recortes da Imprensa portuguesa sobre os Beatles. Pelos vistos não foi suficiente e já está preparando mais um livro.
MARINA MORGADO (médica)
"Uau... Eu era na altura uma grande fã da Onda Pop, que foi sem dúvida uma inovação no panorama musical da época em termos de jornalismo...e será ainda, na verdade, pois não conheci mais nenhum jornal que tivesse uma página semanal dedicada aos sucessos musicais, críticas, estórias e entrevistas, etc. Parabéns e entusiasmem alguém a começar algo assim...abraços."
Nota: Marina é filha de um dos maiores guitarristas de fado que Portugal teve, Alves Martins e de quem um dia falaremos. Era também uma excelente violinista.
ZITO (cantor, jornalista, produtor)
"Parabéns pela brilhante ideia, não só de “trazer à Luz” a velha Onda Pop, como fazendo mais, “ao actualizá-la”. A Onda Pop foi uma referência e volta a sê-lo. Deste modo não parou no tempo, continuou e continuando, cresceu. Para quem tenha gosto e se interesse por estes temas fica nas páginas da Internet o acesso à informação e sua actualização. Se cada idade tem a sua beleza cada época também a tem. Com a “revisão” da Onda Pop, alargou-se o seu prazo. Parabéns, Parabéns!.
Nota: Zito foi um dos que nos deixou uma mensagem no 1º aniversário em 69."
CARLOS MELO (ex-Inflexos)
"Tenho todo o gosto em responder ao que me perguntam, pois desde início vos tinho dito que este trabalho tem todo o interesse, especialmente porque têm procurado de forma rigorosa e criteriosa continuar as histórias que começaram. Os artistas da época sentem-se premiados e agradecidos pela divulgação do seu trabalho, sem a qual quase ninguém o saberia. Espero que quando terminar a edição impressa dos anos 60 continuem a divulgar o que de bom se vai fazendo em benefício da boa música portuguesa".
DARWIN CARDOSO (jornalista, radialista, DJ)
"Pois já em Moçambique achava que tinha sido uma excelente ideia e era uma forma de nos mantermos actualizados, naquele tempo em que a informação era muito escassa. Hoje acho muito oportuna a continuação desse trabalho e o reviver dos nossos “velhos” artistas, alguns dos quais pouco ou nada sabíamos o que tinham feito o que acaba por servir como uma homenagem às suas vidas. Para as novas gerações que se queiram interessar, é um pouco da história da música que se ouvia em Portugal ( e mais concretamente em Moçambique ) e do porquê de certas canções que ainda hoje se escutam. Nestes tempos de tudo a correr sugiro que também abram uma página para a Onda Pop no 'facebook'."
Nota: Darwin é o responsável por três rádios na Net, “Solar da Lusofonia”, “Rádio DJ 1001” e “Rádio Pantera Negra”.
ALEXANDRE BARRETO (ex Quinteto Académico)
Embora tenha estado em Moçambique em 1965 com o Quinteto Académico, não conhecia a Onda Pop, pois nessa época ainda não existia. Mas foi agora com grande alegria que começei a receber a ligação para poder ler essa publicação, agora em formato digital. Não perco um número. Parabéns pela continuação deste projecto que nos faz sentir a todos, músicos desses tempos, que não fomos esquecidos. Bem hajam.
JOSÉ MANUEL SANTOS (poeta, bloguista, terapeuta)
"Já lá vão “meia dúzia” de anos e lembro-me como se fosse hoje, comprar o “Notícias” folhear a correr o jornal até encontrar a “Onda Pop”, apreciar a paginação, os conteúdos e a ficar feliz com o início do sucesso dos meus amigos, depois, passou a ser a rotina de sábado de manhã.
Falar da “Onda Pop” é contar a história de 3 “gajos” com menos de 20 anos, empenhados todos os dias na procura de novas notícias criteriosamente, seleccioná-las, trabalharem os textos com notável sobriedade, que passados 40 anos não vemos na maior parte da imprensa escrita em Portugal, normalmente mais interessadas em escândalos de faca e alguidar.
O ano passado a “Onda Pop” renasceu na web, apresenta as páginas originais semana a semana, acrescenta mais informação relacionada com os protagonistas da época, desenvolve novos conceitos e rubricas. Se a página de hoje fosse cópia fiel do original seria uma seca.
Estou impressionado com a qualidade da nova edição, fruto do trabalho árduo dos sexagenários João Pedro e José Couto, muito grato também por continuar a aprender com a “Onda Pop” tal como no passado.
Desejo muito que quando a “Onda Pop” impressa esgotar as suas edições na web, haja coragem para continuar a editá-la na “cloud” fazendo a ponte entre o passado e o presente.
Abreijaços"
Nota: ZMS é um dos editores do Blog "A peida é um regalo...do nariz a gente trata".
CARLOS ALBERTO SILVA (ex Corsários, Night Stars,Inflexos, Impacto e Sigma)
"Acho que foi uma excelente ideia terem tido a coragem de re-publicar a velha Onda Pop e melhor ainda desenvolver os temas, falar do que muitos músicos e cantores fizeram depois ou ainda estão a fazer, porque para nós que vivemos essa época é o relembrar de muito boa música que já nos escapava e mesmo outra que nem nesses tempos tivemos conhecimento. Para as novas gerações, creio que até pode ser mais importante pois poderão entender melhor o porquê de muita coisa e com isso terem uma ideia mais concreta de como era a música jovem nos anos 60 em Portugal e Moçambique. Agora por vezes dou comigo à espera que chegue Sábado para ver o que há de novo na Onda Pop."
LUÍS N’GAMBI (ex Rocks, hoje viola de Fado)
"Achei a vossa ideia muito boa, mesmo para nós que somos desse tempo. Ficamos com uma visão mais concreta do que se fazia nesses belos anos 60 tanto em Portugal como em Moçambique ou em Angola. Para as novas gerações pode até ser um instrumento de trabalho e dar uma melhor noção da história do Rock vivida pelos pais deles. Muita informação nem nesse tempo nós tivémos conhecimento e agora juntamos o puzzle. É muito gratificante irem ter com os artistas e saber do seu trabalho ao longo destes mais 46 anos."
ALEXANDRE LEANDRO (Jovem licenciado, professor e músico)
"Ainda antes deste novo projecto nascer tive oportunidade de conhecer o trabalho da Onda Pop (já lá vão uns 10 anos) e disse logo que seria uma excelente ideia divulgá-la na web. Cheguei mesmo a publicar o símbolo da viola da Onda Pop no meu blog. Para mim é uma excelente maneira de conhecer de forma mais real, como é que os meus pais viveram a música na sua juventude. Para nós jovens é mais uma ferramenta para ficarmos mais por dentro de como era a vivência da música Pop/Rock dos 60 em Portugal. Lembro-me do grande amor que o meu pai tinha por um gira-discos e os discos de vinil que agora ia comprando (porque na sua época não podia, era um luxo) e o carinho com que ele os punha a tocar."
VIRGILIO DO ROSÁRIO (Engenheiro e amante de música)
"Estou grato por a publicarem outra vez e dou-vos os meus parabéns. Aos 68 volto a receber a Onda Pop com prazer e que tão boas memórias me traz. E divulgo-a pelos meus amigos. Continuem".
ZÉ MANEL (ex Quintetos Académicos)
"Acho que foi uma excelente ideia, não é só a minha opinião mas a de todos os meus amigos a quem falo que partilham a mesma ideia. Vocês estão de parabéns por esse trabalho. Não só trazem a informação jornalística antiga que se perderia, como desenvolvem o trabalho que muitos músicos e cantores tiveram ao longo dos anos e que de outra forma nunca seria conhecido. Tenho descoberto coisas com muito interesse e das quais nem tinha ideia. Continuem que cá estaremos para vos apoiar. Espero que as novas gerações sintam algum interesse para saberem que também existiu boa música portuguesa nos anos 60".
Nota: Zé Manel é um dos repetentes a dar a sua opinião. O mais engraçado é que ele não tinha já ideia alguma que o tivesse feito há 46 anos.
ABEL ROSA (edita livros sobre os Beatles e é músico)
"Meus caros popistas, todas as semanas é sempre um prazer voltar ao futuro, gosto de gente que tem paixão pelo seu trabalho e que acredita em cada pequena palavra, som ou imagem que partilha. Eu sou suspeito, também tenho um imenso prazer em regressar a tanta música boa e recordações a condizer. A melhor homenagem que posso fazer à Onda Pop é a referência (com a devida autorização de V. Exas popistas), que vou fazer no meu próximo livro 'Os Beatles Populares – Os Beatles na Imprensa Portuguesa, 1963-1970 – Os Jornais'. Muito obrigado pela vossa paixão. Continuem, insistam que a gente gosta mesmo depois de esgotarem os 132 nºs antigos".
Nota: Abel Rosa é o autor de dois pequenos livros com toda a discografia dos Beatles e dos Rolling Stones que foram editados em Portugal. O seu último livro apresenta recortes da Imprensa portuguesa sobre os Beatles. Pelos vistos não foi suficiente e já está preparando mais um livro.
MARINA MORGADO (médica)
"Uau... Eu era na altura uma grande fã da Onda Pop, que foi sem dúvida uma inovação no panorama musical da época em termos de jornalismo...e será ainda, na verdade, pois não conheci mais nenhum jornal que tivesse uma página semanal dedicada aos sucessos musicais, críticas, estórias e entrevistas, etc. Parabéns e entusiasmem alguém a começar algo assim...abraços."
Nota: Marina é filha de um dos maiores guitarristas de fado que Portugal teve, Alves Martins e de quem um dia falaremos. Era também uma excelente violinista.
ZITO (cantor, jornalista, produtor)
"Parabéns pela brilhante ideia, não só de “trazer à Luz” a velha Onda Pop, como fazendo mais, “ao actualizá-la”. A Onda Pop foi uma referência e volta a sê-lo. Deste modo não parou no tempo, continuou e continuando, cresceu. Para quem tenha gosto e se interesse por estes temas fica nas páginas da Internet o acesso à informação e sua actualização. Se cada idade tem a sua beleza cada época também a tem. Com a “revisão” da Onda Pop, alargou-se o seu prazo. Parabéns, Parabéns!.
Nota: Zito foi um dos que nos deixou uma mensagem no 1º aniversário em 69."
CARLOS MELO (ex-Inflexos)
"Tenho todo o gosto em responder ao que me perguntam, pois desde início vos tinho dito que este trabalho tem todo o interesse, especialmente porque têm procurado de forma rigorosa e criteriosa continuar as histórias que começaram. Os artistas da época sentem-se premiados e agradecidos pela divulgação do seu trabalho, sem a qual quase ninguém o saberia. Espero que quando terminar a edição impressa dos anos 60 continuem a divulgar o que de bom se vai fazendo em benefício da boa música portuguesa".
DARWIN CARDOSO (jornalista, radialista, DJ)
"Pois já em Moçambique achava que tinha sido uma excelente ideia e era uma forma de nos mantermos actualizados, naquele tempo em que a informação era muito escassa. Hoje acho muito oportuna a continuação desse trabalho e o reviver dos nossos “velhos” artistas, alguns dos quais pouco ou nada sabíamos o que tinham feito o que acaba por servir como uma homenagem às suas vidas. Para as novas gerações que se queiram interessar, é um pouco da história da música que se ouvia em Portugal ( e mais concretamente em Moçambique ) e do porquê de certas canções que ainda hoje se escutam. Nestes tempos de tudo a correr sugiro que também abram uma página para a Onda Pop no 'facebook'."
Nota: Darwin é o responsável por três rádios na Net, “Solar da Lusofonia”, “Rádio DJ 1001” e “Rádio Pantera Negra”.
ALEXANDRE BARRETO (ex Quinteto Académico)
Embora tenha estado em Moçambique em 1965 com o Quinteto Académico, não conhecia a Onda Pop, pois nessa época ainda não existia. Mas foi agora com grande alegria que começei a receber a ligação para poder ler essa publicação, agora em formato digital. Não perco um número. Parabéns pela continuação deste projecto que nos faz sentir a todos, músicos desses tempos, que não fomos esquecidos. Bem hajam.
JOSÉ MANUEL SANTOS (poeta, bloguista, terapeuta)
"Já lá vão “meia dúzia” de anos e lembro-me como se fosse hoje, comprar o “Notícias” folhear a correr o jornal até encontrar a “Onda Pop”, apreciar a paginação, os conteúdos e a ficar feliz com o início do sucesso dos meus amigos, depois, passou a ser a rotina de sábado de manhã.
Falar da “Onda Pop” é contar a história de 3 “gajos” com menos de 20 anos, empenhados todos os dias na procura de novas notícias criteriosamente, seleccioná-las, trabalharem os textos com notável sobriedade, que passados 40 anos não vemos na maior parte da imprensa escrita em Portugal, normalmente mais interessadas em escândalos de faca e alguidar.
O ano passado a “Onda Pop” renasceu na web, apresenta as páginas originais semana a semana, acrescenta mais informação relacionada com os protagonistas da época, desenvolve novos conceitos e rubricas. Se a página de hoje fosse cópia fiel do original seria uma seca.
Estou impressionado com a qualidade da nova edição, fruto do trabalho árduo dos sexagenários João Pedro e José Couto, muito grato também por continuar a aprender com a “Onda Pop” tal como no passado.
Desejo muito que quando a “Onda Pop” impressa esgotar as suas edições na web, haja coragem para continuar a editá-la na “cloud” fazendo a ponte entre o passado e o presente.
Abreijaços"
Nota: ZMS é um dos editores do Blog "A peida é um regalo...do nariz a gente trata".
Neste número de aniversário publicámos uma série de hit parades de alguns dos principais países mais influentes na musica pop mundial. Vamos então oferecer-vos os nº 1 de cada um deles e sempre que possível uma versão mais actual do mesmo artista.
Começamos pelos Hits principais, Billboard dos EUA e BBC da GB. Nesta última semana de Agosto de 1969 os Rolling Stones dominavam os dois Hits com "Honky Tonk Women. Apresentamos uma versão de 69 e depois no Madison Square Garden em Nova York no "Licks World Tour" em 2002 com Sherly Crow.
Em França o 1º esta semana de 69 era mesmo o verdadeiro Rei do Rock francês, Johnny Halliday.
"Que je t' aime" é uma balada que conquista o coração dos franceses, mas o mais espantoso é como esta mesma canção recebe mais tarde (1998) uma versão sinfónica iniciada com uma excelente abertura de precurssão que a transforma completamente. Vale a pena ouvir.
"Que je t' aime" é uma balada que conquista o coração dos franceses, mas o mais espantoso é como esta mesma canção recebe mais tarde (1998) uma versão sinfónica iniciada com uma excelente abertura de precurssão que a transforma completamente. Vale a pena ouvir.
A Itália trazia-nos em 1º um cantor pouco ou nada conhecido por terras portuguesas, Mario Tessuto. Um jovem que gostava de cantar e era amigo de Livio Macchia o vocalista e guitarrista do grupo I Camaleonti. Mario é depois notado por Miki del Prete, um dos colaboradores de Adriano Celentano. Acordam um contrato em 66 que não vai dar qualquer resultado. Muda-se para a editora Jaguar grava discos sem sucesso, até que em 69 pela pena de Claudio Cavallaro e batuta de Giancarlo Biggazi obtém um extraordinário êxito com "Lisa Dagli Occhi Blu". Tessuto entra no Festival de Sanremo em 70 sem sucesso. Ainda vai conseguir algumas canções com alguma divulgação, mas como "Lisa" nunca mais. Hoje continua a cantar.
Foi o grande êxito no verão de 69 em Espanha.Eduardo Rodway, Luis Moreno e Jose Moreno eram três amigos sevilhanos que nos anos 60 começaram a fazer música,começando com umas rumbas. Em 68 lançam o primeiro disco, "Como un Adiós" e de seguida a versão de Bob Dylan em espanhol "Adiós Angelita". Luís e Jose escrevem então o que viria a ser o seu grande sucesso em 69 "Maria Isabel". O grupo esteve junto até 1976. Jose seguiu uma carreira de humorista, Eduardo continuou com o grupo Triana com quem trabalhava desde 74, e Luis foi para os Alameda. "Maria Isabel" junta-os sempre como no início do século 21.
.Na África do Sul o principal Ht Parade era da Springbox Radio e o 1º lugar pertencia aos Booker T & MG's com uma composição instrumenal escrita em 68 para o flime "Up Tight" e que obteve grande sucesso, "Time is Tight". Em 69 gravam uma versão mais lenta e mais curta que é editada em single. Em Moçambique também foi tocada de excelente forma pelo conjunto Impacto com João Maurílio nas teclas e Carlos Alberto na bateria e gravado ao vivo na boîte do Hotel Girassol.
No Hit Parade da Estação B do RCM, a chamada LM Radio, apresentava na frente os Creedance Clearwater Revival e o sucesso "Bad Moon Rising".
No Hit Parade da Estação B do RCM, a chamada LM Radio, apresentava na frente os Creedance Clearwater Revival e o sucesso "Bad Moon Rising".
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1955-1975 - A ÉPOCA DE OURO DO ROCK
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Os melhores, mais criativos e mais importantes 21 anos da música tiveram início, gatinhando, em 1955 e terminaram em 1975, quando a música pop/rock/soul/jazz/country e folk atingiu a sua maioridade.
A base desta selecção dos 100 melhores álbuns de 1955 a 1975 comprova toda a importância desses anos, pois embora estando em análise álbuns dos últimos 60 anos (1955 a 2015), só esses 21 anos representam na "Rolling Stone" (64 álbuns em 100 escolhidos), na "Mojo" (59 de 100), na "Q" (54 de 100), na "Billboard" (42 em 100) e na "NME" (33 em 100) e na escolha dos rockeiros do mundo inteiro através do site "Rate Your Music" (62 em 100).
Esta é uma lista dos 100 melhores álbuns dessa época de ouro, compilada por nós segundo as classificações das listas dos melhores álbuns de 1955 a 1975, elaboradas pelas conceituadas revistas musicais ("Rolling Stone", "Billboard", "NME", "Mojo" e "Q"), para além da sempre importante opinião dos apreciadores, ouvintes e compradores de música Rock/Pop/Country/Soul/Folk ou Jazz, através do site "Rate Your Music".
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
Diferentes critérios de avaliação, diferentes opiniões, diferentes fontes de pesquisa, mas o resultado é sempre o mesmo: 21 anos que mudaram a música para sempre - 1955 a 1975.
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THE BEATLES -
THE BEATLES (WHITE ALBUM) Apple (1968) O nono álbum de estúdio dos 'Fab 4' é um duplo álbum chamado simplesmente - “The Beatles”, que é mais conhecido como “White Album” devido à sua capa totalmente branca que apenas contém o nome do disco (em relevo branco na versão original) e um pequeno número de série abaixo do titulo do álbum, contrastando com a capa viva e cheia de cores do álbum anterior, o que de certa forma expressa um adeus dos Beatles ao psicadelismo. Este design do "White Album", e todo o sucesso artístico que esta capa representou devido ao seu conceito minimalista, foi, no entanto, uma solução de última hora, pois o nome imaginado para este álbum era - "A Doll's House", só que poucas semanas antes do seu lançamento o conjunto inglês 'Family' acabou editando o álbum "Music In A Doll's House" e por motivos óbvios 'The Beatles' viram-se "obrigados" a mudar o nome e o conceito visual do seu álbum.
"The White Album" é normalmente creditado como o começo do fim da carreira dos Beatles como grupo. As gravações deste álbum foram marcadas pela tensão gerada pela disputa de egos dentro da banda; além da presença constante da nova namorada de John Lennon, Yoko Ono, cuja presença e intervenção constante durante as gravações desagradava aos demais membros da banda. O próprio George Martin afirmou que trabalhar com os Beatles estava-se a tornar impossível e que certas vezes foi possível encontrá-los a trabalhar em estúdios de gravação diferentes, por isso muitas canções deste disco foram gravadas apenas por um único Beatle. Apesar da tensão durante as gravações este disco saiu belíssimo e é recheado de óptimas canções, para além de ser o definitivo mostruário das capacidades e diversidades de composição de cada um dos 'Fab 4'. Este álbum abraça valores nunca antes associadas com os Beatles: a paródia , o pastiche, Rock 'N' Roll revivalista, music-hall de nostalgia, a experimentação avant-garde, a agitação social e política e a confissão íntima, provando que o Rock é uma arte que pode abranger tanta variedade musical. O "White Album" é composto por uma série de expressões musicais altamente pessoais dos três compositores e até Ringo Starr apresenta a sua primeira composição a ser editada num álbum dos Beatles - "Don't Pass Me By", um divertido country-carnavalesco. Uma grande parte das canções deste disco foi composta durante o retiro do quarteto na Índia e George Harrison prova aqui definitivamente que é um grande compositor, que viveu até então na sombra da dupla Lennon/McCartney, e compôs, para muitos a melhor canção deste disco, o seu primeiro sucesso Nº1 - “While My Guitar Gently Weeps”, para além da engraçada "Piggies", na qual faz uma forte sátira social, de "Long Long Long" e de "Savoy Truffle", uma canção alegre que contém referências a diversos nomes de marcas famosas de chocolate. Paul McCartney é responsável pela vigorosa faixa de abertura, o Surf-Rock "Back In The U.S.S.R.", numa homenagem aos reis da música Surf, The Beach Boys, e ao seu grande amigo e compositor Brian Wilson. As próximas canções de Paul no álbum são: o contagiante Reggae - "Ob-La-Di, Ob-La-Da", seguido da selvagem "Wild Honey Pie", que mais se assemelha a um jingle experimental do que a uma música na qual Paul toca todos os instrumentos. A próxima faixa é “Martha My Dear”, uma homenagem que Paul faz à sua cadela Martha e tem forte influência jazzística típica das Big Bands dos anos 50. Depois Paul brinda-nos com uma das canções mais bonitas do álbum, "Blackbird", onde canta e toca violão acompanhado de uma marcação rítmica simples e de efeitos de pássaros. Agora é a vez do Rockabilly em “Rocky Raccoon”, onde Paul nos conta a história de um personagem inspirada no velho oeste, para a seguir nos oferecer mais uma das suas experiências sonoras, “Why Don't We Do It In The Road?”, seguida de "I Will", mais uma balada onde ele toca violão... e assim terminam as suas composições no disco 1. O segundo disco começa com "Birthday" um rock vigoroso e dançante e uma das últimas composições genuinamente Lennon-McCartney, em que o coro de vozes escutado na canção é feito por Yoko Ono e Pattie Harrison (esposa de George). A próxima composição de McCartney é "Mother’s Nature Son", mais uma das suas belas melodias. Como que para nos provar a sua versatilidade como músico e compositor, seguidamente apresenta-nos um dos primeiros, senão o primeiro, Hard Rock - “Helter Skelter”, sendo a música mais pesada alguma vez feita pelos Beatles. Paul termina a sua colaboração no disco com “Honey Pie”, uma balada cuja melodia tem como elemento principal o piano acompanhado por sopros, lembrando as canções Hollywoodianas das bandas sonoras dos filmes dos anos 40. A contribuição como compositor de John Lennon começa na segunda faixa do disco 1 com “Dear Prudence”, uma música composta durante o retiro na Índia e que na verdade trata-se de um convite para a irmã de Mia Farrow (Prudence), que ficava durante o retiro trancada no quarto, sem sair um pouco. A sua terceira faixa, “Glass Onion”, é uma brincadeira para confundir a cabeça das pessoas que pretendem captar mensagens ocultas nas músicas dos Beatles. A próxima composição de John é “The Continuing Story Of Bungalow Bill”, uma faixa que fala de uma caçada de tigres na Índia, num ritmo alegre e contagiante. Nesta canção Yoko ajuda nos vocais juntamente com Maureen Starkey, esposa de Ringo. A próxima canção de John Lennon é “Happiness Is A Warm Gun”, uma canção baseada numa frase retirada de uma revista de armas. “I’m So Tired” é pràticamente uma continuação de “I’m Only Sleeping” do álbum “Revolver”, na qual John mais uma vez dá voz à preguiça e à vontade não querer fazer nada. O 1º disco deste duplo-álbum encerra com “Julia” que é uma bela música solo de John (a única em toda a sua carreira de Beatle) em homenagem à sua mãe. A primeira composição de John no disco 2 é “Yer Blues”, que como o nome sugere é um Blues que traz a melodia mais pesada e triste de todo o álbum. A seguir “Everybody's Get Something To Hide Except Me And My Monkey” é a próxima composição de John Lennon baseada num desenho satírico, que mostrava John com um macaco nas costas, com a cara de Yoko. “Sexy Sadie” é uma canção de John composta com base na suposta tentativa do Maharishi (líder espiritual indiano) de tentar seduzir as mulheres que estavam no grupo de meditação. A próxima composição de John é “Revolution 1”, uma versão mais acústica de “Revolution”, música de protesto que era o lado B do single “Hey Jude”. “Cry Baby Cry” é uma balada que tem como elemento principal o piano e “Revolution 9” é uma música que na realidade é uma colagem avant-garde desorganizada de sons diversos como multidões gritando, choros de bebés, vidros quebrando, etc, além de fitas tocadas ao contrário, o que cria uma melodia extremamente perturbadora. Para dar um contrabalanço nos nervos após a audição da faixa anterior o segundo disco encerra com “Good Night”, uma linda balada de John cantada por Ringo, que é acompanhado por uma orquestra de 30 músicos dirigidos por George Martin. Com tanta idiossincrasia por parte de The Beatles, mas com tanta qualidade musical, o "White Album" foi o primeiro álbum duplo a chegar ao topo das paradas de sucesso. |
THE BEATLES -
SGT. PEPPER'S LONELY HEARTS CLUB BAND Parlophone (1967) Considerado como o apogeu da carreira dos Beatles, "Sgt Pepper´s Lonely Hearts Club Band" nasceu de uma idéia de Paul McCartney em gravar um disco conceitual, em que os próprios Beatles emprestariam o seu talento e a sua imagem a uma banda fictícia - 'A Banda do Sargento Pimenta'.
Estava-se em 1967, o ano do 'Summer of Love', dos hippies, do LSD, da liberdade musical e dos costumes, do início das manifestações sociais em todo o mundo e este disco ficou como que um ícone de todos essas mudanças no status quo da humanidade. Quando lançaram o álbum "Revolver", The Beatles deram o 'Grande Salto' na música, atingindo um nível prèviamente inédito de sofisticação e experimentação e "Sgt . Pepper's Lonely Hearts Club Band" refinou esse avanço, sintetizando influências tão díspares como psicadelismo, Art-Rock, música clássica, Rock & Roll, Vaudeville, música Pop e de salão, muitas vezes na construção musical de uma só canção. O espectáculo começa com sons de uma banda ("Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band") 'aquecendo' e afinando os instrumentos antes de fazer a sua introdução musical apresentando um tal Billy Shears (Ringo Starr) que cantará a música seguinte "With A Little Help From My Friends", e tudo com ruídos de plateia como se fosse uma apresentação ao vivo. E então o espectáculo de construção musical vai começar com "Lucy In The Sky With Diamonds" com uma letra surreal cantada por John, com Paul como 2ª voz e tocando baixo e cravo. Segue-se "Getting Better" que, para além dos instrumentos tradicionais de um conjunto de Rock, apresenta Ringo tocando bongos e George Harrison dedilhando uma tamboura (instrumento indiano). Depois vem "Fixing A Hole", cantada por Paul McCartney que se acompanha tocando novamente cravo. Aparece então "She's Leaving Home", onde os Beatles são acompanhados por violinos, violoncelos e harpa. E chegamos ao fim do lado A dos disco com "Being For The Benefit Of Mr. Kite", uma composição de John baseada nos artistas circenses descritos num cartaz que apresentava um antigo circo de um tal Mr. Kite, o qual ele comprara num alfarrabista em Kent. Para além da criatividade lírica de apresentar os artistas como se fosse num espectáculo de circo ao vivo, John Lennon e George Martin utilizaram um realejo no qual se tocou uma melodia e seguidamente picotaram a fita de áudio onde tinham gravado essa melodia e voltaram a colar os pedaços, mas aleatóriamente, o que deu a sensação de uma música de carrossel. O lado B desta viagem musical começa com George Harrison a tocar cítara e alguns músicos indianos a tocarem dilruba, tamboura e tabla, acompanhados por 3 violoncelos e 8 violinos sob a regência de George Martin, sobre uma composição do próprio Harrison -"Within You Without You", composta em cima de uma única nota musical, o Dó. A música seguinte, "When I'M 64", é uma homenagem de Paul ao seu pai e na qual John e Paul cantam e tocam acompanhados por 3 clarinetes. Passamos agora a "Lovely Rita", na qual Paul toca piano e George Martin toca um piano Honky Tonk e que contém ruídos de fundo criados por um papel soprado sobre um pente. É então a vez de John Lennon nos contar as notícias matinais do jornal 'Dayly Mail', através da canção "Good Morning Good Morning", cuja ideia musical nasceu em cima de um anúncio de corn flakes da 'Kellogg's' e em que John canta acompanhado por Paul e pelos trombones e saxofones dos 'Sound Incorporated' e por vários sons de animais, como galinhas, gatos, leões, elefantes e até de uma caçada à raposa. A próxima música é uma versão mais Hard-Rock da faixa de abertura do álbum - "Sgt.Pepper' reprise", sendo a primeira vez que The Beatles gravam uma reprise. E o disco termina com um grande final em "A Day In The Life", provàvelmente o ponto mais alto do disco, na última grande colaboração em termos de composição conjunta Lennon/McCartney e onde para além dos instrumentos dos Beatles, 40 músicos de estúdio fizeram a parte da orquestra, num crescente ensurdecedor, onde uma vez mais foi dada uma nota da criatividade dos Beatles, com a ajuda preciosíssima do 5º Beatle (George Martin), quando se pediu a cada um dos músicos da orquestra que tocassem de improviso desde que começassem numa determinada nota musical e terminassem noutra determinada nota musical pré-definidas num intermezzo de 24-bars, contados em crescendo pelo assistente dos Beatles, Mal Evans e editada no disco do fim para o princípio. Um despertador disparado por Mal Evans pode ser ouvido, e no final da canção, após o toque final de piano a 8 mãos que ressoa por quase um minuto, há a famosa frequência aguda que só os cães conseguem ouvir. Tal como tinha acontecido com Brian Wilson na concepção e gravação de "Pet Sounds", "Sgt Pepper's" foi o primeiro disco dos Beatles a ser concebido e gravado com tempo.. e calma. Como se já não bastasse toda a criatividade musical, a capa do disco é também um caso a parte. Vindo de uma idéia de Paul McCartney, mostra os Beatles vestidos com roupas militares, e com um novo visual - todos de bigodes, sob o conceito de que eles são a Banda do Sgt. Pimenta. Ao fundo, inúmeros rostos famosos escolhidos a dedo por eles, como Bob Dylan, Tony Curtis, Marilyn Monroe, Marlene Dietrich ou o Bucha e o Estica, entre outras personagens famosas. As figuras de cera dos Beatles foram emprestadas pelo museu da Madame Tussaud. Peter Blake, um artista plástico tomou a cargo a montagem do cenário e Wendy Moger teve a árdua tarefa de conseguir as autorizações das celebridades para deixarem usar a sua imagem na capa do disco. "Sgt Peppe's"' foi pioneiro ao ser um dos primeiros discos a conter as letras das músicas impressas (isso era raro na época por causa dos direitos autorais) e também continha um colorido papel protetor do vinil, e um brinde com várias figuras alusivas ao disco para serem recortadas, incluindo um bigode de papelão. "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" é, quase que indiscutìvelmente, o mais importante álbum de toda a história do Rock e do Pop, sendo um divisor de águas da música, pois depois de "Sgt. Pepper's" nada seria igual e o mais fantástico de tudo é que todo o álbum foi gravado em apenas 4 canais (hoje usam-se até 72... e maior parte das vezes sem os mesmos resultados). Óbviamente além do talento de John, Paul, George e Ringo, muito se deve ao trabalho de George Martin. "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" foi um salto na indústria fonográfica. Nenhum disco venderia naquela época tanto quanto ele e chegou ao 1º lugar nas paradas inglesas em 31 de Maio, ficando por lá 22 semanas. Antes da edição do álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", ninguém pensava sèriamente na música Rock como uma arte, mas tudo isso mudou em 1967, quando The Beatles criaram essa inegável obra de arte que, depois de mais de 48 anos, continua a ser considerada e perdurará como um dos marcos musicais mais influentes de todos os tempos, conforme o comprova esta sua 1ª posição numa lista nomeada por centenas de profissionais da música tão conhecedores, exigentes e ecléticos que escolheram "Os 100 Melhores Álbuns de 1965 a 1975". |
Certamente esta lista de 'Os 100 Melhores Álbuns de 1955 a 1975' não agradou a alguns ou até a muitos leitores, mas serve certamente como um menú para quem quer começar a sua colecção de discos ou até para aqueles que queiram melhorar a sua já existente colecção.
Para além das curiosidades e das apreciações escritas sobre cada álbum ficam ainda as estatísticas que podem comprovar alguns factos, como quais os anos mais produtivos em termos da concepção e gravação de álbuns, durante o referido período, ou também quais os artistas que vêem mais álbuns seus merecerem a referência nesta lista.
Assim deixamos essas análises para as vossas conclusões finais sobre este trabalho:
A - Os anos com mais discos editados, que foram referenciados em 'Os 100 Melhores Álbuns de 1955 a 1975' :
1º- 1969 - 18 álbuns
2º- 1967 - 16 álbuns
3º- 1971 - 13 álbuns
4º- 1968 - 12 álbuns
- 1970 - 12 álbuns
6º- 1973 - 10 álbuns
7º- 1965 - 6 álbuns
- 1975 - 6 álbuns
9º- 1972 - 5 álbuns
10º- 1966 - 4 álbuns
- 1974 - 4 álbuns
B - Os artistas com mais álbuns escolhidos para a lista de 'Os 100 Melhores Álbuns de 1955 a 1975':
1º - The Beatles - 8 álbuns
2º - The Rolling Stones - 4 álbuns
- Bob Dylan - 4 álbuns
- Led Zeppelin - 4 álbuns
5º - The Bee Gees - 3 álbuns
- Pink Floyd - 3 álbuns
- The Jimi Hendrix Experience - 3 álbuns
- The Who - 3 álbuns
9º - The Beach Boys - 2 álbuns
- Simon and Garfunkel - 2 álbuns
- Aretha Franklin - 2 álbuns
- Blood Sweat & Tears - 2 álbuns
- Elton John - 2 álbuns
- Cat Stevens - 2 álbuns
- John Lennon (& The Plastic Ono Band) - 2 álbuns
- Procol Harum - 2 álbuns
- Crosby, Stills & Nash (& Young) - 2 álbuns
- Santana - 2 álbuns
- Miles Davis - 2 álbuns
- Van Morrison - 2 álbuns
- The Band - 2 álbuns
- David Bowie - 2 álbuns
- Neil Young - 2 álbuns
Como início da celebração deste 1º ano internauta, a 'Onda Pop' oferece a possibilidade de os nossos milhares de leitores semanais poderem ver e ouvir a banda sonora desta lista de 'Os 100 Melhores Álbuns de 1955 a 1975', constituída por todas as canções exemplificativas de cada álbum referenciado e que foram apresentadas ao longo destas últimas 29 semanas.
Vejam e ouçam então a fabulosa colectânea de videos musicais - "Os 100 Melhores Álbuns de 1955 a 1975".
Para ver os videos carregue no botão 'Onda Pop Video Jukebox'!
Nota: Em alguns browsers o botão pode não funcionar, nesse caso copie o seguinte link:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLumZItMvhRaQ1z6pmtW6Yh2yaJ8Ms0dhA
Despeço-me com duas mensagens de Amor, legadas por dois dos melhores compositores do século XX:
"If you can't be with the one you love, love the one you're with" - Stephen Stills
"In the end, the love you take is equal to the love you make" - Paul McCartney
PAZ e AMOR! PRATIQUEM!!!
J.C.
"If you can't be with the one you love, love the one you're with" - Stephen Stills
"In the end, the love you take is equal to the love you make" - Paul McCartney
PAZ e AMOR! PRATIQUEM!!!
J.C.
BLOOD SWEAT AND TEARS - FUSÃO JAZZ/POP/ROCK - SPINNING WHELL
Nesta página falávamos ainda dos Bllod Sweat & Tears um grupo que aparecia para revolucionar a música Pop/Rock dos anos 70 com uma forte introdução de metais. Iriam ter um concorrente à altura, os Chicago. "Spinning wheel" foi uma canção escrita pelo vocalista canadiano da banda, David Clayton Thomas e em Agosto de 69 atingia o topo da Billboard easy listening. A canção esteve nomeada para 3 grammies em 1970 e venceu o Grammy de melhor arranjo instrumental. O Álbum Blood Sweat & Tears recebeu também o Grammy de melhor album.
A banda nasce em 1966 como The Avengers tocando em clubes em Kent ( Inglaterra) mas é o seu produtor e Manager Robert Easterby que lhes vai mudar o nome para Vanity Fair. Os seus dois primeiros singles foram um fracasso, mas depois aparece "Early In the Morning" escrito por Mike Leander e Eddie Seago que vende mais de um milhão de discos,