DESTAQUE DA SEMANA
OS INFLEXOS
Hoje falamos de um grupo que já se havia afirmado na cena musical moçambicana desde 1966 e continuaria a estar em evidência até 1971.
O seu grande obreiro foi Carlos Alberto Melo, nascido a 2 de Junho de 1939 em Lisboa, com quem conversámos recentemente e que nos deu vários detalhes, fotos, músicas e videos de Os INFLEXOS, que hoje publicamos neste "Destaque da Semana".
Carlos foi para Moçambique ainda criança e aí foi crescendo sempre com o bichinho da música e de vir a tornar-se cantor.
OS INFLEXOS
Hoje falamos de um grupo que já se havia afirmado na cena musical moçambicana desde 1966 e continuaria a estar em evidência até 1971.
O seu grande obreiro foi Carlos Alberto Melo, nascido a 2 de Junho de 1939 em Lisboa, com quem conversámos recentemente e que nos deu vários detalhes, fotos, músicas e videos de Os INFLEXOS, que hoje publicamos neste "Destaque da Semana".
Carlos foi para Moçambique ainda criança e aí foi crescendo sempre com o bichinho da música e de vir a tornar-se cantor.
A sua primeira aparição em público acontece em 1958
no Clube Naval de Lourenço Marques, numa festa de estudantes.
Carlos sonhava um dia formar o seu grupo musical, para o qual até ja tinha escolhido um nome. Sonhos adiados, porque acabados os estudos no Liceu foi para Lisboa estudar Direito. A greve e crise estudantil de 62 leva-o a perder o ano e é convocado para prestar serviço militar. |
Em 1961 havia rebentado a guerra em Angola e o Governo envia um grande número de militares para a colónia. Foi uma razia nas Faculdades, de tal forma que os Reitores se insurgiram e conseguiram que em 63 saísse legislação para proteger os estudantes, com uma fórmula que adiava a incorporação permitindo a finalização dos cursos até uma determinada idade.
Carlos é incorporado no exército e parte para Angola em Julho de 1963.
Sai em final de 1965, entretanto já casado com uma rapariga de Angola.
A família crescera e decide ir directamente para Moçambique, esquecendo o curso de vez.
No início de 1966 consegue emprego como bancário no Barclays Bank e quase de seguida como locutor extra no R.C.M., no programa C, que transmitia música clássica em FM estéreo, (inovação tecnológica em todo o Portugal), onde é colega de Manuela Arraiano (a famosa e já falecida locutora do texto de Despedida da Estação, que nós consideramos como uma das mensagens mais solidárias que alguma vez uma Estação de Radio emitiu).
A prestação no R.C.M. foi em part-time, teve curta duração e teve de a abandonar porque um director do Banco, alertado por um outro funcionário, lhe comunica não poder ter as duas actividades, na banca e na rádio.
Mais uma vez o sonho parece afastar-se, mas Carlos não esmorece e ainda em princípios de 1966 forma o conjunto, para o qual já escolhera o nome "Os INFLEXOS".
Com a ajuda de Francisco Pereira (v. baixo), colega e amigo do seu irmão fazem-se experiências e... e aqui a Onda Pop com o seu espírito de musicologia foi desenterrar a origem desse encontro entre o Carlos Nelson e o conjunto do Chico Pereira, que passamos a relatar:
O Dr. Manuel Pires Moreira era padre e professor de filosofia nos liceus Salazar e António Enes, mas foi um dos primeiros casos mediáticos de um padre que foi pai e assumiu um filho. Por esse facto, foi obrigado a deixar a sua profissão eclesiástica e foi "convidado" a deixar de leccionar nos estabelecimentos de ensino público, pelo que se viu obrigado a criar um colégio para continuar a sua carreira de professor. Esse estabelecimento de ensino chamou-se Colégio Infante Sagres e ficava na Polana, quase no final da Avenida 24 de Julho em Lourenço Marques. Eram alunos e explicandos desse colégio o Chico Pereira, o Zé Belchior e o Zé Couto, que nos intervalos das aulas falavam de miúdas e de música e a eles se juntava o Vitor Moreira (o tal filho do Dr. Pires Moreira), a quem tinha sido oferecida uma viola eléctrica. Nasceu a ideia de se fazer um conjunto com o Chico (v. baixo), o Belchior (v. solo), o Vitor (v. ritmo) e o Couto (bateria) e passaram a ensaiar num edifício em frente, que era a sede provisória da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra. Fizeram uns três ou quatro ensaios e chegaram à conclusão de que precisavam de um vocalista e aqui o Chico Pereira convida o Carlos Nelson (através do irmão deste) a ouvir um ensaio do conjunto que se estava a formar. O Carlos Nelson, com a sua experiência musical, diz que para cantar com esse conjunto teriam que abandonar o grupo o Vítor e o Zé Couto, por não terem a qualidade musical mínima exigida.
Após essa limpeza, "Os INFLEXOS" começam então por ser Chico Pereira (v. baixo), José Belchior (v. ritmo), Carlos Saavedra (bateria), e depois na viola-solo Carlos Ávila, aos quais se junta mais tarde Jorge Montenegro (órgão). Carlos Ávila só colaborou uns meses regressando mais tarde aos Açores, onde hoje é professor de guitarra, tendo depois entrado Alexandre (ex- Corsários).
O vocalista era Carlos Nelson, nome artístico para despistar a ligação profissional. Como curiosidade, Nelson era o nome do irmão e ao seu primeiro filho viria a dar-lhe o mesmo nome.
Carlos é incorporado no exército e parte para Angola em Julho de 1963.
Sai em final de 1965, entretanto já casado com uma rapariga de Angola.
A família crescera e decide ir directamente para Moçambique, esquecendo o curso de vez.
No início de 1966 consegue emprego como bancário no Barclays Bank e quase de seguida como locutor extra no R.C.M., no programa C, que transmitia música clássica em FM estéreo, (inovação tecnológica em todo o Portugal), onde é colega de Manuela Arraiano (a famosa e já falecida locutora do texto de Despedida da Estação, que nós consideramos como uma das mensagens mais solidárias que alguma vez uma Estação de Radio emitiu).
A prestação no R.C.M. foi em part-time, teve curta duração e teve de a abandonar porque um director do Banco, alertado por um outro funcionário, lhe comunica não poder ter as duas actividades, na banca e na rádio.
Mais uma vez o sonho parece afastar-se, mas Carlos não esmorece e ainda em princípios de 1966 forma o conjunto, para o qual já escolhera o nome "Os INFLEXOS".
Com a ajuda de Francisco Pereira (v. baixo), colega e amigo do seu irmão fazem-se experiências e... e aqui a Onda Pop com o seu espírito de musicologia foi desenterrar a origem desse encontro entre o Carlos Nelson e o conjunto do Chico Pereira, que passamos a relatar:
O Dr. Manuel Pires Moreira era padre e professor de filosofia nos liceus Salazar e António Enes, mas foi um dos primeiros casos mediáticos de um padre que foi pai e assumiu um filho. Por esse facto, foi obrigado a deixar a sua profissão eclesiástica e foi "convidado" a deixar de leccionar nos estabelecimentos de ensino público, pelo que se viu obrigado a criar um colégio para continuar a sua carreira de professor. Esse estabelecimento de ensino chamou-se Colégio Infante Sagres e ficava na Polana, quase no final da Avenida 24 de Julho em Lourenço Marques. Eram alunos e explicandos desse colégio o Chico Pereira, o Zé Belchior e o Zé Couto, que nos intervalos das aulas falavam de miúdas e de música e a eles se juntava o Vitor Moreira (o tal filho do Dr. Pires Moreira), a quem tinha sido oferecida uma viola eléctrica. Nasceu a ideia de se fazer um conjunto com o Chico (v. baixo), o Belchior (v. solo), o Vitor (v. ritmo) e o Couto (bateria) e passaram a ensaiar num edifício em frente, que era a sede provisória da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra. Fizeram uns três ou quatro ensaios e chegaram à conclusão de que precisavam de um vocalista e aqui o Chico Pereira convida o Carlos Nelson (através do irmão deste) a ouvir um ensaio do conjunto que se estava a formar. O Carlos Nelson, com a sua experiência musical, diz que para cantar com esse conjunto teriam que abandonar o grupo o Vítor e o Zé Couto, por não terem a qualidade musical mínima exigida.
Após essa limpeza, "Os INFLEXOS" começam então por ser Chico Pereira (v. baixo), José Belchior (v. ritmo), Carlos Saavedra (bateria), e depois na viola-solo Carlos Ávila, aos quais se junta mais tarde Jorge Montenegro (órgão). Carlos Ávila só colaborou uns meses regressando mais tarde aos Açores, onde hoje é professor de guitarra, tendo depois entrado Alexandre (ex- Corsários).
O vocalista era Carlos Nelson, nome artístico para despistar a ligação profissional. Como curiosidade, Nelson era o nome do irmão e ao seu primeiro filho viria a dar-lhe o mesmo nome.
A qualidade do grupo era tão boa que ainda nesse ano de 66 receberam o Prémio Revelação instituído pela Imprensa Moçambicana. A festa realizou-se no Teatro Gil Vicente, tendo estado presente Simone de Oliveira, que vencera o Prémio de Cançonetistas, assim como o fabuloso futebolista Vicente (do C.F. "Os Belenenses") que merecera o Prémio Desportista do Ano. Os prémios foram entregues pelo célebre locutor da R.T.P. Henrique Mendes.
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A partir daqui estão lançadas as sementes do sucesso de Os INFLEXOS, que logo a seguir assinam um contrato com o Restaurante Oceânia, onde se realizavam-se muitas festas e alguns jantares das turmas dos 6º e 7º anos (hoje 11º e 12º anos) e onde também tocou um outro conjunto bem interessante, o Man Matos Trio com a sua vocalista Maria José Canhoto, hoje a muito vossa conhecida Alexandra.
Nesses tempos a mobilização militar ia aniquilando os conjuntos e assim em 1968 Os INFLEXOS sofrem a primeira remodelação, com a incoporação militar do Saavedra e do Belchior. É exactamente nesta altura que sai esta entrevista na Onda Pop nº 8 (26/10/68). |
Entra para a bateria Carlos Alberto Silva, que acabara de sair da tropa e já fora baterista dos famosos Night Stars e dos Corsários e Hélder Matias (ex-Corsários) para viola solo.
Assim em Agosto de 1968 temos Carlos Nelson (voz), Carlos Alberto (bateria), Francisco Pereira (baixo), Hélder Matias (solo) e Jorge Montenegro (órgão). É esta formação que vai inovar na cidade e na "boite" do Hotel Girassol com luzes Psicadélicas, com o pedal "wah-wah" e novas câmaras de vozes.
É esta a formação que vai gravar 5 músicas à África do Sul para um E.P. e um single.
Do E.P. fazem parte OB-LA-DI OB-LA-DA, cuja versão em Português pertence a Maria José Arriaga (mãe do nosso pop Luís Filipe) e que oportunamente se lembrou da canção popular portuguesa
"Ó Caidi, Ó Caidá" para fazer esta versão, FURTIVO OLHAR (letra de Carlos Nelson, música de Jorge Montenegro), UMA VELHA FOI À FEIRA de Luís Miguel de Oliveira e ainda LET ME LIVE MY LIFE de Carlos Nelson e Luís Miguel de Oliveira.
Luís Miguel de Oliveira que, entre outras criações, foi o compositor do êxito dos Sheiks "Lonely Lost and Sad", encontrava-se em Moçambique em Serviço Militar em 1968 e vendo a qualidade dos Inflexos a tocar no Hotel Girassol abordou-os e propôs-lhes essas duas músicas.
Assim em Agosto de 1968 temos Carlos Nelson (voz), Carlos Alberto (bateria), Francisco Pereira (baixo), Hélder Matias (solo) e Jorge Montenegro (órgão). É esta formação que vai inovar na cidade e na "boite" do Hotel Girassol com luzes Psicadélicas, com o pedal "wah-wah" e novas câmaras de vozes.
É esta a formação que vai gravar 5 músicas à África do Sul para um E.P. e um single.
Do E.P. fazem parte OB-LA-DI OB-LA-DA, cuja versão em Português pertence a Maria José Arriaga (mãe do nosso pop Luís Filipe) e que oportunamente se lembrou da canção popular portuguesa
"Ó Caidi, Ó Caidá" para fazer esta versão, FURTIVO OLHAR (letra de Carlos Nelson, música de Jorge Montenegro), UMA VELHA FOI À FEIRA de Luís Miguel de Oliveira e ainda LET ME LIVE MY LIFE de Carlos Nelson e Luís Miguel de Oliveira.
Luís Miguel de Oliveira que, entre outras criações, foi o compositor do êxito dos Sheiks "Lonely Lost and Sad", encontrava-se em Moçambique em Serviço Militar em 1968 e vendo a qualidade dos Inflexos a tocar no Hotel Girassol abordou-os e propôs-lhes essas duas músicas.
Do single que era para sair mais tarde estava a bonita canção "YOU'RE MUCH TOO PROUD", com letra de Carlos Nelson e música de Jorge Montenegro, mas que não chega a ser lançado e só foi editada a versão de promoção para as Rádios e cujo acetato promocional Carlos Nelson nos mostra na foto ao lado.
Infelizmente este single acaba por não ser editado, porque em Maio de 1969 houve um desentendimento entre alguns dos membros dos INFLEXOS e o conjunto separa-se. A editora com a separação do grupo decide não o editar. |
Mas o disco promocional, já rodava pelas rádios. É por isso que esta música atingirá o 1º lugar na Parada da Onda Pop no nº 38 (31/05/69), pelo que vamos relembrá-la, bem como uma foto dos dois compositores que se voltaram a reencontrar em 2011, no Algarve.
Para nós esta canção, se fosse noutro País e com uma boa promoção, teria tido êxito assegurado.
O mesmo dizíamos em 66 quando saíu "Missing You" e "Tell Me Bird" dos Sheiks ou mais tarde "Flower To Be Free" do Paulo de Carvalho.
Carlos Nelson retira-se, mas o grupo volta a actuar dias depois com Carlos Duarte (ex-Beatnicks e ex-Corsários), como vocalista. Pouco tempo depois sai também Jorge Montenegro e entra João Maurílio.
Mas o grupo, que continua a tocar no Hotel Girassol, mantém o nome de INFLEXOS e aí, Carlos Nelson exige que o nome seja alterado, o que todos acabam por concordar por entenderem que era um direito que lhe assistia.
Entretanto Carlos Nelson, que sempre tivera ouvido para bons músicos, desloca-se uns metros mais à frente, onde actuava um grupo de malta nova, no Clube dos Lisboetas. Depois de os ouvir a ensaiar conclui que têm qualidade para o acompanhar. Forma-se assim Carlos Nelson e Os Inflexos, que passará novamente a chamar-se só Os INFLEXOS quando os seus ex-companheiros que tocavam no Hotel Girassol mudam o nome para IMPACTO.
Esta será a última formação de Os INFLEXOS: Carlos Bettencourt (v. ritmo), Tito Frazão (v. baixo), Sérgio Preto (v. solo), Hernâni Maio (órgão), Domingos Aquino (bateria) e Carlos Nelson (voz).
Os INFLEXOS vão continuar a ter grande êxito até terminarem em Janeiro de 71, sempre pelas mesmas razões, ou seja a incorporação militar.
O mesmo dizíamos em 66 quando saíu "Missing You" e "Tell Me Bird" dos Sheiks ou mais tarde "Flower To Be Free" do Paulo de Carvalho.
Carlos Nelson retira-se, mas o grupo volta a actuar dias depois com Carlos Duarte (ex-Beatnicks e ex-Corsários), como vocalista. Pouco tempo depois sai também Jorge Montenegro e entra João Maurílio.
Mas o grupo, que continua a tocar no Hotel Girassol, mantém o nome de INFLEXOS e aí, Carlos Nelson exige que o nome seja alterado, o que todos acabam por concordar por entenderem que era um direito que lhe assistia.
Entretanto Carlos Nelson, que sempre tivera ouvido para bons músicos, desloca-se uns metros mais à frente, onde actuava um grupo de malta nova, no Clube dos Lisboetas. Depois de os ouvir a ensaiar conclui que têm qualidade para o acompanhar. Forma-se assim Carlos Nelson e Os Inflexos, que passará novamente a chamar-se só Os INFLEXOS quando os seus ex-companheiros que tocavam no Hotel Girassol mudam o nome para IMPACTO.
Esta será a última formação de Os INFLEXOS: Carlos Bettencourt (v. ritmo), Tito Frazão (v. baixo), Sérgio Preto (v. solo), Hernâni Maio (órgão), Domingos Aquino (bateria) e Carlos Nelson (voz).
Os INFLEXOS vão continuar a ter grande êxito até terminarem em Janeiro de 71, sempre pelas mesmas razões, ou seja a incorporação militar.
No entanto em 1970 ainda vão a Nampula acompanhados das Irmãs Muge, dos Rebeldes e do Luís Arriaga (o nosso pop, que agora se encontra em "off" por terras dos cangurus).
Essa ligação entre o Luís Arriaga e Os Inflexos já tinha anteriormente dado frutos, mas nunca foi nada editado, no entanto apresentamos pela primeira vez oficialmente uma gravação cedida pelo Carlos Nelson de Os INFLEXOS cantando "A Tua Imagem", uma linda composição de Luís Arriaga com letra de outro popista - o José Manuel Santos. |
Carlos Nelson vai estar parado até 73, altura em que é convidado por Tito Frazão (v. baixo) para cantar com um pequeno grupo formado com Dino (Ex-Night Stars) na bateria e Boni (ex-Conjunto de Renato Silva) no órgão. Actuaram então no Restaurante Sheik, na Polana em Lourenço Marques.
Mantém-se vários meses cantando e sai pouco depois da entrada de um saxofonista.
O grupo toca mais dois meses e termina.
Carlos Nelson deixou então de cantar.
Em Dezembro de 1974 vai para a África do Sul onde continua como bancário, mas a convite de Carlos Sommer acaba como colaborador da SABC (a emissora de rádio sul-africana), fazendo locução, primeiro em part-time e depois em full-time, deixando a actividade bancária.
Termina em 28 de Feveriro de 1978, vindo de seguida para Portugal e mais tarde para a Suíça, onde permaneceu 17 anos até regressar a este país nos finais de 2001.
Hoje bàsicamente falámos do mentor de Os INFLEXOS e em próximos números continuaremos a falar deste importante conjunto e de outros dos seus membros.
Agora propomos que assistam a um video montado por Carlos Nelson, com a música de fundo "The More I See You" tocada pelos INFLEXOS, em que aparece uma resenha das várias formações deste conjunto inesquecível, que nos fez dançar centenas de vezes.
Mantém-se vários meses cantando e sai pouco depois da entrada de um saxofonista.
O grupo toca mais dois meses e termina.
Carlos Nelson deixou então de cantar.
Em Dezembro de 1974 vai para a África do Sul onde continua como bancário, mas a convite de Carlos Sommer acaba como colaborador da SABC (a emissora de rádio sul-africana), fazendo locução, primeiro em part-time e depois em full-time, deixando a actividade bancária.
Termina em 28 de Feveriro de 1978, vindo de seguida para Portugal e mais tarde para a Suíça, onde permaneceu 17 anos até regressar a este país nos finais de 2001.
Hoje bàsicamente falámos do mentor de Os INFLEXOS e em próximos números continuaremos a falar deste importante conjunto e de outros dos seus membros.
Agora propomos que assistam a um video montado por Carlos Nelson, com a música de fundo "The More I See You" tocada pelos INFLEXOS, em que aparece uma resenha das várias formações deste conjunto inesquecível, que nos fez dançar centenas de vezes.
FALANDO DE NOVOS DISCOS
ELAS NO TOPO
Por vezes ficávamos com a sensação, de que o que só se ouvia eram grupos e vozes masculinas, não se destacando vozes femininas, mas nesta altura havia uma quantidade de boas músicas cantadas por lindas raparigas com vozes suaves. Era a Françoise Hardy, a Sheila, a Sylvie Vartin, a
Bobbie Gentry, a Aretha Franklin, a Mary Hopkins, a Petula Clark, a Mireille Mathieu, a Dusty Springfield, a Jeannie C. Riley, a Virginia Lee, a Gladys Linn, até a Amália era 1º lugar em Lisboa, a
Suzy Paula, a Techa, a Hilary, a Dale, a Maria, a Dalida, a Elis Regina, a Janis Joplin e outras mais.
Talvez fosse só alguma distração e afinal sempre tivesse sido assim. Tal como nas décadas que se seguiram sempre estivessem em alta nomes como Tina Turner, Cher, Carole King, Roberta Flack, Whitney Huston, Donna Summer, Gloria Gaynor, Tonicha, Mariah Carey, Madonna, Tori Amos, Janet Jackson, Adelaide Ferreira, Lena D'Água ou mais recentemente Anastasia, Diane Krall, Áurea, Nelly Furtado, Amy Winehouse, Beyoncé, Alicia Keys, Adele, só para citar mais algumas divas.
Como homenagem escutemos a também eterna Mama Cass com "Dream A Little Dream Of Me".
Por vezes ficávamos com a sensação, de que o que só se ouvia eram grupos e vozes masculinas, não se destacando vozes femininas, mas nesta altura havia uma quantidade de boas músicas cantadas por lindas raparigas com vozes suaves. Era a Françoise Hardy, a Sheila, a Sylvie Vartin, a
Bobbie Gentry, a Aretha Franklin, a Mary Hopkins, a Petula Clark, a Mireille Mathieu, a Dusty Springfield, a Jeannie C. Riley, a Virginia Lee, a Gladys Linn, até a Amália era 1º lugar em Lisboa, a
Suzy Paula, a Techa, a Hilary, a Dale, a Maria, a Dalida, a Elis Regina, a Janis Joplin e outras mais.
Talvez fosse só alguma distração e afinal sempre tivesse sido assim. Tal como nas décadas que se seguiram sempre estivessem em alta nomes como Tina Turner, Cher, Carole King, Roberta Flack, Whitney Huston, Donna Summer, Gloria Gaynor, Tonicha, Mariah Carey, Madonna, Tori Amos, Janet Jackson, Adelaide Ferreira, Lena D'Água ou mais recentemente Anastasia, Diane Krall, Áurea, Nelly Furtado, Amy Winehouse, Beyoncé, Alicia Keys, Adele, só para citar mais algumas divas.
Como homenagem escutemos a também eterna Mama Cass com "Dream A Little Dream Of Me".
SOUL MUSIC
A música "Soul" é uma combinação de "R & B" e de "Gospel" tendo começado no final de 1950 nos Estados Unidos.
Em termos gerais, o "Soul" é uma mistura do sagrado ("Gospel"), com a sua inspiração espiritual, e do profano ("Blues"), que evidencia mais o desejo carnal.
A década de 1950 com as gravações de Ray Charles ("I Got A Woman" - 1955), James Brown ("Please Please Please" - 1956), Sam Cooke ("You Send Me" - 1957) e Jackie Wilson ("Reet Petite" - 1957) é normalmente considerada a do início da "Soul Music".
Existem vários estilos de "Soul Music", mas essencialmente evoluiu numa mutação transparente de um estilo vocal para um estilo de som. Essa mutação ocorreu principalmente em quatro lugares: New York, Memphis, Detroit, e Philadelphia, a que corresponderam quatro selos independentes, respectivamente: Atlantic (fundada em 1947 pelo compositor branco Ahmet Ertegun), Stax (fundada em 1959 pelo violinista branco Jim Stewart), Tamla Motown (fundada em 1959 pelo empresário negro Berry Gordy), e, muito mais tarde, International (fundada em 1971 por Kenny Gamble e Leon Huff).
A Atlantic lançou grandes artistas de "soul" como o lendário Solomon Burke, Dobie Gray, a vibrante Fontella Bass ou a grande "Raínha do Soul" - Aretha Franklin.
A música "Soul" é uma combinação de "R & B" e de "Gospel" tendo começado no final de 1950 nos Estados Unidos.
Em termos gerais, o "Soul" é uma mistura do sagrado ("Gospel"), com a sua inspiração espiritual, e do profano ("Blues"), que evidencia mais o desejo carnal.
A década de 1950 com as gravações de Ray Charles ("I Got A Woman" - 1955), James Brown ("Please Please Please" - 1956), Sam Cooke ("You Send Me" - 1957) e Jackie Wilson ("Reet Petite" - 1957) é normalmente considerada a do início da "Soul Music".
Existem vários estilos de "Soul Music", mas essencialmente evoluiu numa mutação transparente de um estilo vocal para um estilo de som. Essa mutação ocorreu principalmente em quatro lugares: New York, Memphis, Detroit, e Philadelphia, a que corresponderam quatro selos independentes, respectivamente: Atlantic (fundada em 1947 pelo compositor branco Ahmet Ertegun), Stax (fundada em 1959 pelo violinista branco Jim Stewart), Tamla Motown (fundada em 1959 pelo empresário negro Berry Gordy), e, muito mais tarde, International (fundada em 1971 por Kenny Gamble e Leon Huff).
A Atlantic lançou grandes artistas de "soul" como o lendário Solomon Burke, Dobie Gray, a vibrante Fontella Bass ou a grande "Raínha do Soul" - Aretha Franklin.
Em Memphis, a Stax criou um estilo de "soul music", misturando "Rhythm & Blues" com "Country & Western", a que se chama "Northern Soul".
Os grandes mentores deste estilo de "soul" foram os grupos residentes nos estúdios da "Stax" - Os "Mar-Keys" e "Booker T & The MGs" com êxitos como "Last Night" ou "Green Onions", respectivamente.
Com esta base de ingredientes de sucesso foram aparecendo estrelas como Carla Thomas, Rufus Thomas, Irma Thomas, Albert King, Sam & Dave, Don Covay, o grande compositor e produtor Isaac Hayes, William Bell, Eddie Floyd, Joe Tex, o tenor de Alabama - Percy Sledge, Al Green ou The Bar-Kays, que tiveram uma curta carreira após o seu grande sucesso "Soul Finger", pois a maior parte dos seus membros faleceu num desastre de avião, no qual também faleceu o maior astro da Stax - o "Rei do Soul" - Otis Redding.
Os grandes mentores deste estilo de "soul" foram os grupos residentes nos estúdios da "Stax" - Os "Mar-Keys" e "Booker T & The MGs" com êxitos como "Last Night" ou "Green Onions", respectivamente.
Com esta base de ingredientes de sucesso foram aparecendo estrelas como Carla Thomas, Rufus Thomas, Irma Thomas, Albert King, Sam & Dave, Don Covay, o grande compositor e produtor Isaac Hayes, William Bell, Eddie Floyd, Joe Tex, o tenor de Alabama - Percy Sledge, Al Green ou The Bar-Kays, que tiveram uma curta carreira após o seu grande sucesso "Soul Finger", pois a maior parte dos seus membros faleceu num desastre de avião, no qual também faleceu o maior astro da Stax - o "Rei do Soul" - Otis Redding.
O som da música "Soul" de Detroit foi o som da "Tamla Motown", de Berry Gordy, ou seja a história de maior sucesso de um empresário negro no negócio da música.
Berry Gordy contratou compositores e produtores exclusivos, nos quais estavam incluídos o trio de Brian Holland, Lamont Dozier e Eddie Holland (aliás HDH), o duo de Nick Ashford e Valerie Simpson, bem como Norman Whitfield e Smokey Robinson.
O som da "Motown" é considerado o som menos negro e mais branco da "Soul Music", mas obteve um enorme sucesso comercial no mundo inteiro e criou um número enorme de estrelas musicais como o próprio Smokey Robinson com The Miracles, Martha Reeves and The Vandellas, Junior Walker & The All Stars, Gladys Knight and The Pips, The Temptations, The Isley Brothers, Edwin Starr, Mary Wells, o trepidante Jackie Wilson, para além das melodias melodramáticas dos fantásticos The Four Tops, ou do mais expressivo cantor masculino dessa época - Marvin Gaye, ou ainda os Jackson 5, donde sobressaíria a super-estrela do mundo musical Michael Jackson, que ainda iniciaria a sua carreira a solo gravando 4 álbuns para a "Motown", após o que terminaria essa sua relação com a gravadora do sr. Berry Gordy, porque Michael queria incluir canções da sua autoria, mas Gordy insistiu que só seriam gravadas composições feitas pelos seus compositires residentes. Então Michael Jackson e os seus irmãos Jacksons rescindem o contrato com a "Tamla Motown". Michael Jackson vai atingir o auge das suas qualidades como compositor e cantor e o seu sucesso estrondoso já na gravadora CBS.
Mas seriam duas outras estrelas musicais que seriam o os mais aclamados da "Tamla Motown", o prodígioso multi-instrumental e compositor cego Stevie Wonder, que iniciou a sua fantástica carreira aos 13 anos de idade com o sucesso "Fingertips" e o exuberante conjunto vocal feminino "The Supremes", com Diana Ross como sua lider vocal. The Supremes tornar-se-iam no maior sucesso mundial de um conjunto feminino ao venderem milhões de discos e atingirem por 12 vezes o topo do Hit-Parade norte-americano, entre 1964 e 1969. A partir de 1970, Diana Ross seguiria uma carreira a solo ainda na "Motown" e tornar-se-ia em um dos fenómenos musicais do Século XX.
Berry Gordy contratou compositores e produtores exclusivos, nos quais estavam incluídos o trio de Brian Holland, Lamont Dozier e Eddie Holland (aliás HDH), o duo de Nick Ashford e Valerie Simpson, bem como Norman Whitfield e Smokey Robinson.
O som da "Motown" é considerado o som menos negro e mais branco da "Soul Music", mas obteve um enorme sucesso comercial no mundo inteiro e criou um número enorme de estrelas musicais como o próprio Smokey Robinson com The Miracles, Martha Reeves and The Vandellas, Junior Walker & The All Stars, Gladys Knight and The Pips, The Temptations, The Isley Brothers, Edwin Starr, Mary Wells, o trepidante Jackie Wilson, para além das melodias melodramáticas dos fantásticos The Four Tops, ou do mais expressivo cantor masculino dessa época - Marvin Gaye, ou ainda os Jackson 5, donde sobressaíria a super-estrela do mundo musical Michael Jackson, que ainda iniciaria a sua carreira a solo gravando 4 álbuns para a "Motown", após o que terminaria essa sua relação com a gravadora do sr. Berry Gordy, porque Michael queria incluir canções da sua autoria, mas Gordy insistiu que só seriam gravadas composições feitas pelos seus compositires residentes. Então Michael Jackson e os seus irmãos Jacksons rescindem o contrato com a "Tamla Motown". Michael Jackson vai atingir o auge das suas qualidades como compositor e cantor e o seu sucesso estrondoso já na gravadora CBS.
Mas seriam duas outras estrelas musicais que seriam o os mais aclamados da "Tamla Motown", o prodígioso multi-instrumental e compositor cego Stevie Wonder, que iniciou a sua fantástica carreira aos 13 anos de idade com o sucesso "Fingertips" e o exuberante conjunto vocal feminino "The Supremes", com Diana Ross como sua lider vocal. The Supremes tornar-se-iam no maior sucesso mundial de um conjunto feminino ao venderem milhões de discos e atingirem por 12 vezes o topo do Hit-Parade norte-americano, entre 1964 e 1969. A partir de 1970, Diana Ross seguiria uma carreira a solo ainda na "Motown" e tornar-se-ia em um dos fenómenos musicais do Século XX.
O som da "Motown" é o maior responsável pelo fenómeno musical dos anos 70 e 80 - o "Disco Sound" ou sòmente "Disco".
A partir de 1971, o sucesso da "Motown" é ofuscado pelo som do "Soul" de Philadelphia, com as suas fantásticas orquestrações e com um ritmo perto do "Disco Sound" de artistas como Jerry Butler, The O'Jays, The Three Degrees, Harold Melvin and The Blue Notes ou dos fantásticos conjuntos vocais "The Spinners" e "The Stylistics" (12 top 10 hits nos Estados Unidos).
Fora deste forte quarteto de selos de gravação estava James Brown ("Soul Brother Nº1"), que gravava para o selo "King" e que a partir de 1965 tem uma série de sucessos com êxitos como "It's A Man's Man's Man's World", "Papa's Got A Brand New Bag" e "I Got You". O som e estilo que James Brown compôs e impôs com estas duas últimas canções caracteriza o que viria a ser o novo som emergente - o "Funk".
Por outro lado a "Raínha do Soul" Aretha Franklin cantava numa interpretação apaixonante de "soul" canções de compositores pop, como
Gerry Goffin e Carole King ("A Natural Wioman") ou Don Covay ("Chain Of Fools") fazendo a ponte entre o"soul" e o "pop", como os Beatles já tinham feito entre o "rock" e o "pop".
Estavam assim plantadas as sementes para a "Soul Music", ser cantada por cantores brancos como Tom Jones, Dusty Springfield ou o duo Darryl Hall and John Oates ainda nos anos 60 e 70 ou pelos Simply Red, Lisa Stansfield, Cristina Aguilera, Joss Stone, Adele ou Amy Winehouse, nos tempos mais recentes, sendo chamado de "Blue-Eyed Soul" por motivos óbvios.
Como já vimos, as bases do "Funk" tinham sido criadas por James Brown e por Sly and The Family Stone como um ritmo sincopado e um baixo forte e dinâmico, que viria a ser mais fortemente implementado por grupos bancos ou multi-raciais como "Rare Earth" ou Eric Burdon (ex-Animals) and The War, criando uma música altamente dançante e de sucesso nas discotecas, tornado-se uma mania só vista anteriormente no tempo do "Twist".
George Clinton com as suas bandas Parliament e Funkadelic deram-lhe uma nova roupagem psicodélica e leva o "Funk" a tornar-se um sucesso internacional através de artistas como os Kool and The Gang, a Patti Labelle, os Earth, Wind and Fire, as Pointer Sisters, os KC and The Sunshine Band, os Ohio Players, os Commodores, a Average White Band ou a sexy Tina Turner, que fazem a ponte entre o "Psychedelic Funk" e o "Disco"
da Gloria Gaynor, da Donna Summer, da Grace Jones, da Candi Staton, da Thelma Houston, das Silver Convention, dos Village People ou dos Boney M.
Em 1979 a era da "Disco Music" termina com um som mais sofisticado através da utilização de sintetizadores e o produtor Quincy Jones ajuda Michael Jackson a transformar as suas composições numa colagem de pop-soul com fortes batidas de dança, elegantemente orquestradas e masterizadas por ele (Quincy Jones) e atingem o sucesso de produtos finais como os álbuns "Thriller", "Bad" ou "Off The Wall".
Na mesma época o multi-intrumentista e compositor Prince utilizava esses mesmos novos meios tecnológicos e fazia a fusão do "soul", "pop' e "rock", com pérolas musicais como "Purple Rain".
No final dos anos 80 a música "soul" torna-se mais sofisticada e suave através de baladas melódicas. A este género musical resolveu-se chamar "Urban Soul" e os seus expoentes máximos foram a Whitney Houston, a Janet Jackson (irmã de Michael Jackson), o Lionel Richie, a cantora e compositora inglesa de origem nigeriana Sade, os Simply Red, Lisa Stansfield, os Soul II Soul, a Mary J. Blidge, a cantora, actriz e dançarina Aalyah e principalmente a cantora e compositora Mariah Carey, que já vendeu mais de 200 milhões de discos e obteve 18 primeiros lugares nas paradas musicais americanas com as suas interpretações que misturam o"soul" com o "R&B", com o "pop" e se atravessam com o "Hip Hop", cujo estilo se resolveu apelidar de "NutraSweet Soul", pelo que vos propomos ver e ouvir as duas divas - Mariah Carey e Whitney Houston, cantando "When You Believe".
A partir de 1971, o sucesso da "Motown" é ofuscado pelo som do "Soul" de Philadelphia, com as suas fantásticas orquestrações e com um ritmo perto do "Disco Sound" de artistas como Jerry Butler, The O'Jays, The Three Degrees, Harold Melvin and The Blue Notes ou dos fantásticos conjuntos vocais "The Spinners" e "The Stylistics" (12 top 10 hits nos Estados Unidos).
Fora deste forte quarteto de selos de gravação estava James Brown ("Soul Brother Nº1"), que gravava para o selo "King" e que a partir de 1965 tem uma série de sucessos com êxitos como "It's A Man's Man's Man's World", "Papa's Got A Brand New Bag" e "I Got You". O som e estilo que James Brown compôs e impôs com estas duas últimas canções caracteriza o que viria a ser o novo som emergente - o "Funk".
Por outro lado a "Raínha do Soul" Aretha Franklin cantava numa interpretação apaixonante de "soul" canções de compositores pop, como
Gerry Goffin e Carole King ("A Natural Wioman") ou Don Covay ("Chain Of Fools") fazendo a ponte entre o"soul" e o "pop", como os Beatles já tinham feito entre o "rock" e o "pop".
Estavam assim plantadas as sementes para a "Soul Music", ser cantada por cantores brancos como Tom Jones, Dusty Springfield ou o duo Darryl Hall and John Oates ainda nos anos 60 e 70 ou pelos Simply Red, Lisa Stansfield, Cristina Aguilera, Joss Stone, Adele ou Amy Winehouse, nos tempos mais recentes, sendo chamado de "Blue-Eyed Soul" por motivos óbvios.
Como já vimos, as bases do "Funk" tinham sido criadas por James Brown e por Sly and The Family Stone como um ritmo sincopado e um baixo forte e dinâmico, que viria a ser mais fortemente implementado por grupos bancos ou multi-raciais como "Rare Earth" ou Eric Burdon (ex-Animals) and The War, criando uma música altamente dançante e de sucesso nas discotecas, tornado-se uma mania só vista anteriormente no tempo do "Twist".
George Clinton com as suas bandas Parliament e Funkadelic deram-lhe uma nova roupagem psicodélica e leva o "Funk" a tornar-se um sucesso internacional através de artistas como os Kool and The Gang, a Patti Labelle, os Earth, Wind and Fire, as Pointer Sisters, os KC and The Sunshine Band, os Ohio Players, os Commodores, a Average White Band ou a sexy Tina Turner, que fazem a ponte entre o "Psychedelic Funk" e o "Disco"
da Gloria Gaynor, da Donna Summer, da Grace Jones, da Candi Staton, da Thelma Houston, das Silver Convention, dos Village People ou dos Boney M.
Em 1979 a era da "Disco Music" termina com um som mais sofisticado através da utilização de sintetizadores e o produtor Quincy Jones ajuda Michael Jackson a transformar as suas composições numa colagem de pop-soul com fortes batidas de dança, elegantemente orquestradas e masterizadas por ele (Quincy Jones) e atingem o sucesso de produtos finais como os álbuns "Thriller", "Bad" ou "Off The Wall".
Na mesma época o multi-intrumentista e compositor Prince utilizava esses mesmos novos meios tecnológicos e fazia a fusão do "soul", "pop' e "rock", com pérolas musicais como "Purple Rain".
No final dos anos 80 a música "soul" torna-se mais sofisticada e suave através de baladas melódicas. A este género musical resolveu-se chamar "Urban Soul" e os seus expoentes máximos foram a Whitney Houston, a Janet Jackson (irmã de Michael Jackson), o Lionel Richie, a cantora e compositora inglesa de origem nigeriana Sade, os Simply Red, Lisa Stansfield, os Soul II Soul, a Mary J. Blidge, a cantora, actriz e dançarina Aalyah e principalmente a cantora e compositora Mariah Carey, que já vendeu mais de 200 milhões de discos e obteve 18 primeiros lugares nas paradas musicais americanas com as suas interpretações que misturam o"soul" com o "R&B", com o "pop" e se atravessam com o "Hip Hop", cujo estilo se resolveu apelidar de "NutraSweet Soul", pelo que vos propomos ver e ouvir as duas divas - Mariah Carey e Whitney Houston, cantando "When You Believe".
Mas o renascimento da "Soul Music" deu-se nos finais dos anos 90, quando o multi-instrumentista, compositor e produtor Robert "R" Kelly, embora aproveitando as novas tecnologias musicais, traz novamente a espiritualidade à música "soul", a que se seguiram as Destiny Child (onde sobressaía a Beyoncé), a Des'ree e a cantora, compositora, actriz, produtora e pianista Toni Braxton.
Nos anos 2000, a música electrónica também influencia o "soul" e mistura o "soul" com o "funk", a dança electrónica, o "jazz" e até sonoridades da "Bossa Nova" e cria um estilo musical a que se chamou "Neo-Soul" ou "Nu-Jazz", cujos expoentes máximos são o grupo francês St.Germain, o cantor, DJ, multi-instrumentista Mayer Hawthorne, o Alex Boyd, o Michael Kiwanuka ou a cantora Delilah.
Nos anos 2000, a música electrónica também influencia o "soul" e mistura o "soul" com o "funk", a dança electrónica, o "jazz" e até sonoridades da "Bossa Nova" e cria um estilo musical a que se chamou "Neo-Soul" ou "Nu-Jazz", cujos expoentes máximos são o grupo francês St.Germain, o cantor, DJ, multi-instrumentista Mayer Hawthorne, o Alex Boyd, o Michael Kiwanuka ou a cantora Delilah.
ZITO = PRIMEIRO DISCO
A Gravação do primeiro disco do Zito foi feita em Joanesburgo nos estúdios da EMI e o disco teve boa aceitação. Como podem ver na página do jornal as músicas são "Embuçado" e "A Moda das Tranças Pretas", fados bem conhecidos e ainda "Corvos Negros" com música do "Fado Victória" de Joaquim Campos e letra de Zito e "A Tua Loucura" com música do "Fado Bailarico" e versos também de Zito. O disco foi produzido por David Gresham, a capa teve arranjos de Fernando Rodrigues e fotografia de Fernando Galamba. Do disco vamos escutar "A Tua Loucura". |
NOVOS DISCOS DE VELHOS CONHECIDOS
"Cheek To Cheek" - é este o nome do novo album de Tony Bennett na pujança musical dos seus 88 anos, em colaboração com a cantora, compositora e actriz Lady Gaga e que acabou de ser posto à venda.
É um projecto de jazz, com ambos interpretando clássicos como George Gershwin, Cole Porter, Jerome Kern ou Irving Berlin, com o propósito de apresentar essas composições às novas gerações, que acreditam que sejam de apelo e gosto universal. Tudo começou quando Tony Bennett e Lady Gaga se encontraram em 2011, nos bastidores da gala da Fundação Robin Hood, onde actuaram. |
O lançamento do album foi precedido pelo lançamento de dois singles: "Anything Goes", excelente composição de Cole Porter e "I Can't Give You Anything But Love" de Dorothy Fields, compositora de vários clássicos da Broadway.
Ambos os discos atingiram o topo da Billboard Jazz Digital Songs Hit-Parade.
A lista das músicas que constituem a estrutura do album standard é a seguinte:
1."Anything Goes"
2."Cheek to Cheek"
3."Nature Boy"
4."I Can't Give You Anything but Love"
5."I Won't Dance"
6."Firefly"
7."Lush Life"
8."Sophisticated Lady"
9."Let's Face the Music and Dance"
10."But Beautiful"
11."It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got That Swing)"
No entanto a versão de luxo internacional oferece ainda as seguintes canções bónus:
"Don't Wait Too Long"
"Goody Goody"
"Ev'ry Time We Say Goodbye"
"They All Laughed"
"On a Clear Day (You Can See Forever)"
"Bewitched, Bothered and Bewildered"
"The Lady Is a Tramp"
Aproveitem este óptimo momento musical:
Ambos os discos atingiram o topo da Billboard Jazz Digital Songs Hit-Parade.
A lista das músicas que constituem a estrutura do album standard é a seguinte:
1."Anything Goes"
2."Cheek to Cheek"
3."Nature Boy"
4."I Can't Give You Anything but Love"
5."I Won't Dance"
6."Firefly"
7."Lush Life"
8."Sophisticated Lady"
9."Let's Face the Music and Dance"
10."But Beautiful"
11."It Don't Mean a Thing (If It Ain't Got That Swing)"
No entanto a versão de luxo internacional oferece ainda as seguintes canções bónus:
"Don't Wait Too Long"
"Goody Goody"
"Ev'ry Time We Say Goodbye"
"They All Laughed"
"On a Clear Day (You Can See Forever)"
"Bewitched, Bothered and Bewildered"
"The Lady Is a Tramp"
Aproveitem este óptimo momento musical:
Afinal...O QUE É O ROCK ?
O ROCK tem as suas raízes profundamente ligadas às tradições musicais das comunidades rurais, como uma das suas únicas formas de expressão, quer fossem comunidades negras ou brancas.
Semanalmente a "ONDA POP" - vai apresentar, dismistificar, e documentar através do audio e do video, a evolução do ROCK até aos dias de hoje. |
Um dos principais instrumentos do "Rock" é a guitarra eléctrica, cuja origem data de 1937 e foi feita por Adolph Rickenbacker, com base nos modelos de guitarra havaiana que ele fabricava com George Beauchamp desde o ínicio dos anos 30.
O primeiro tipo de guitarra eléctrica chamava-se "lap-steel", pois era tocada na horizontal como a guitarra havaiana.
Consta que a primeira gravação com este tipo de guitarra foi em 1935 pelo guitarrista texano de "Jazz" Eddie Durham, acompanhado pela orquestra de Jimmie Lunceford, em "Hittin' The Bottle".
Mas foi o seu discípulo Charlie Christian que, em 1937 com a verdadeira guitarra eléctrica "Rickenbacker", daria um impulso extraordinário ao uso desse novo instrumento - um violão simples de seis cordas amplificado, passando a guitarra de simples instrumento rítmico para essencial instrumento de solo no "Jazz", no "R&B" e no "Rock".
Com 20 anos de idade, Charlie Christian gravou com o sexteto de Benny Goodman, interagindo com o vibrafone de Lionel Hampton e em 1940 gravou "Solo Flight", que sobrevoou toda a América com os seus arpejos.
O primeiro tipo de guitarra eléctrica chamava-se "lap-steel", pois era tocada na horizontal como a guitarra havaiana.
Consta que a primeira gravação com este tipo de guitarra foi em 1935 pelo guitarrista texano de "Jazz" Eddie Durham, acompanhado pela orquestra de Jimmie Lunceford, em "Hittin' The Bottle".
Mas foi o seu discípulo Charlie Christian que, em 1937 com a verdadeira guitarra eléctrica "Rickenbacker", daria um impulso extraordinário ao uso desse novo instrumento - um violão simples de seis cordas amplificado, passando a guitarra de simples instrumento rítmico para essencial instrumento de solo no "Jazz", no "R&B" e no "Rock".
Com 20 anos de idade, Charlie Christian gravou com o sexteto de Benny Goodman, interagindo com o vibrafone de Lionel Hampton e em 1940 gravou "Solo Flight", que sobrevoou toda a América com os seus arpejos.
A popularização da guitarra eléctrica foi feita pelas orquestras de "Westen-Swing", como a de Bob Wills, devido ao grande entusiasmo pela guitarra havaina, bandolim e banjo por parte da música "Country' e do "Jazz" (conforme já focámos no artigo no número anterior da "Onda Pop").
Em 1939, o guitarrista Floyd Smith da orquestra de Andy Kirk foi quem gravou um dos primeiros solos de guitarra em "Floyd's Guitar Blues" e propomos que assistam a uma sua actuação ao vivo no filme "Killer Diller" em 1948.
Em 1939, o guitarrista Floyd Smith da orquestra de Andy Kirk foi quem gravou um dos primeiros solos de guitarra em "Floyd's Guitar Blues" e propomos que assistam a uma sua actuação ao vivo no filme "Killer Diller" em 1948.
Em 1941, o músico de "Jazz" Les Paul associou-se à marca "Gibson" e levou mais longe as experiências sonoras de Rickenbacker e da "Audiovox", ao desenvolver uma guitarra de corpo sólido (sem a ressonância de uma caixa acústica) e com um braço mais forte que suportasse melhor a energia da forte vibração das cordas.
Dez anos mais tarde, Leo Fender aperfeiçou essa revolução técnica e lançou comercialmente a primeira guitarra eléctrica moderna - a "Fender Telecaster", bem como o primeiro baixo eléctrico. Em 1954 a "Fender Stratocaster" arrasou definitivamente o meio musical dos anos 50, até que em 1957 a "Gibson" copiou e melhorou a guitarra criada por Les Paul e deu-lhe a forma mais usual da guitarra eléctrica desde os finais de 50 até aos dias de hoje.
Les Paul que, para além de um excelente guitarrista que continua a inspirar imensos guitarristas com as suas diversas técnicas e estilo de tocar, foi um fantástico inventor de equipamentos sonoros e de técnicas que revolucionaram e tornaram possível o "Rock 'N' Roll" e o "Rock", como o "overdubbing" (ou som em cima de som) , os efeitos como o "tape delay", o "phasing" ou as gravações multipistas.
Também gravou com a sua mulher Mary Ford e venderam milhões de discos nos anos 50.
Les Paul (Lester William Polsfuss) é a única pessoa que está presente no "Rock 'N' Roll Hall of Fame " e no "National Inventors Hall Of Fame", por isso não percam uma sua actuação nos finais dos anos 70, onde ele evidencia algumas das técnicas e invenções que vos falamos, para além da sua excepcional actuação como guitarrista.
Dez anos mais tarde, Leo Fender aperfeiçou essa revolução técnica e lançou comercialmente a primeira guitarra eléctrica moderna - a "Fender Telecaster", bem como o primeiro baixo eléctrico. Em 1954 a "Fender Stratocaster" arrasou definitivamente o meio musical dos anos 50, até que em 1957 a "Gibson" copiou e melhorou a guitarra criada por Les Paul e deu-lhe a forma mais usual da guitarra eléctrica desde os finais de 50 até aos dias de hoje.
Les Paul que, para além de um excelente guitarrista que continua a inspirar imensos guitarristas com as suas diversas técnicas e estilo de tocar, foi um fantástico inventor de equipamentos sonoros e de técnicas que revolucionaram e tornaram possível o "Rock 'N' Roll" e o "Rock", como o "overdubbing" (ou som em cima de som) , os efeitos como o "tape delay", o "phasing" ou as gravações multipistas.
Também gravou com a sua mulher Mary Ford e venderam milhões de discos nos anos 50.
Les Paul (Lester William Polsfuss) é a única pessoa que está presente no "Rock 'N' Roll Hall of Fame " e no "National Inventors Hall Of Fame", por isso não percam uma sua actuação nos finais dos anos 70, onde ele evidencia algumas das técnicas e invenções que vos falamos, para além da sua excepcional actuação como guitarrista.
DESCOBRINDO NOVOS DISCOS VELHOS
A Onda Pop sempre primou por informar os seus leitores sobre o lançamento de novos discos e agora tira da cartola preciosidades e pérolas musicais que quase se perderam sem divulgação e passa a apresentar-vos novos velhos L.P.s editados, entre 1967 e 1974, de folk-rock, blues-rock, jazz-rock, hard rock, soul music, rock progressivo, rock psicadélico ou simplesmente de ROCK. |
Hoje "Abracadabra" visita a galeria de arte da família Fry, o pai Anthony, o primo Roger e o nosso artista de hoje Mark. Uma família de pintores, descentes dos fundadores da fábrica de bolachas "Quaker" criada no Século XVII e detentora de marcas como a "Cadbury".
Em 1970, Mark Fry foi estudar pintura futurista com o mestre Primo Conti na Academia delle Belle Arti, em Florença. Fez-se acompanhar da sua guitarra, pois como ele próprio diz "para mim a música e a pintura andam sempre lado a lado".
Quando chegou a Florença apanhou uma época conturbada de greves e manifestações estudantis, onde passava a maior parte do tempo sem aulas, pelo que aproveitou para dedicar mais tempo à sua guitarra e começar a compor pinceladas musicais. Foi então apresentado ao produtor discográfico Vicenzo Micocci, que gostou do que ouviu e assinou com ele a gravação de um L.P. na IT Dischi, subsidiária da RCA.
Inspirado Mark Fry criou um álbum editado em 1971, que ainda é considerado um álbum de culto do folk psicodélico - "Dreaming With Alice".
"Dreaming With Alice" foi gravado em Roma e, após a gravação do mesmo, Mark Fry viajou por Itália, fazendo a 1ª parte do espectáculo do cantor italiano Lucio Dalla.
Poucos meses depois e terminado esse "tour" com Lucio Dalla, Mark Fry deixa Itália e retorna a Inglaterra.
Só voltou a ouvir falar do seu álbum, quando recebeu algumas cópias do mesmo em 1972, enviadas pela gravadora italiana, com quem nunca mais negociou ou conversou.
Por estes motivos o álbum não foi práticamente divulgado e ficou sendo obra quase perdida no tempo, que se tornou tão valiosa que a venda em leilão de um desses L.P.s atingiu em Maio de 2013 o valor de Euros 4.061,00.
A Onda Pop apresenta esta pintura musical na nossa exposição de preciosidades, bem como propomos assistir ao Mark Fry a interpretar "Dreaming With Alice" ao vivo em 14 de Maio de 2010.
Em 1970, Mark Fry foi estudar pintura futurista com o mestre Primo Conti na Academia delle Belle Arti, em Florença. Fez-se acompanhar da sua guitarra, pois como ele próprio diz "para mim a música e a pintura andam sempre lado a lado".
Quando chegou a Florença apanhou uma época conturbada de greves e manifestações estudantis, onde passava a maior parte do tempo sem aulas, pelo que aproveitou para dedicar mais tempo à sua guitarra e começar a compor pinceladas musicais. Foi então apresentado ao produtor discográfico Vicenzo Micocci, que gostou do que ouviu e assinou com ele a gravação de um L.P. na IT Dischi, subsidiária da RCA.
Inspirado Mark Fry criou um álbum editado em 1971, que ainda é considerado um álbum de culto do folk psicodélico - "Dreaming With Alice".
"Dreaming With Alice" foi gravado em Roma e, após a gravação do mesmo, Mark Fry viajou por Itália, fazendo a 1ª parte do espectáculo do cantor italiano Lucio Dalla.
Poucos meses depois e terminado esse "tour" com Lucio Dalla, Mark Fry deixa Itália e retorna a Inglaterra.
Só voltou a ouvir falar do seu álbum, quando recebeu algumas cópias do mesmo em 1972, enviadas pela gravadora italiana, com quem nunca mais negociou ou conversou.
Por estes motivos o álbum não foi práticamente divulgado e ficou sendo obra quase perdida no tempo, que se tornou tão valiosa que a venda em leilão de um desses L.P.s atingiu em Maio de 2013 o valor de Euros 4.061,00.
A Onda Pop apresenta esta pintura musical na nossa exposição de preciosidades, bem como propomos assistir ao Mark Fry a interpretar "Dreaming With Alice" ao vivo em 14 de Maio de 2010.
Nesta semana em 1º lugar na Parada de Onda Pop estava Mary Hopkin com "Those Were The Days" , mas como numa próxima semana vamos todos cantar juntos a letra desta canção, propomos que assistam à interpretação de Engelbert Humperdinck da nossa 6ª classificada - "Les Bicyclettes de Belsize", que é o tema principal de um mini filme musical (cerca de 30m) de 1968, com o mesmo nome e cuja banda sonora foi composta por Les Reed e Barry Mason (compositores de sucessos como "Delilah" (Tom Jones) e "The Last Waltz" (Engelbert Humperdinck). O filme é rodado no parque de Belsize em Camden Town (Londres), que existe desde o Século XVII, quando foi construída uma mansão com um enorme parque pela Condessa de Chesterfield, e conta a história de um rapaz que andava de bicicleta pelo parque quando de repente chocou com um "outdoor" e apaixonou-se pela modelo que estava na fotografia desse anúncio.
Em Belsize vive gente tão famosa como os actores Jude Law ou Sean Bean, músicos como os irmãos Noel e Liam Gallagher (dos Oasis), Chris Martin (dos Coldplay) ou gente bonita como a actriz Gwyneth Paltrow ou a modelo Kate Moss.
Agora que já estamos integrados no ambiente de Belsize, ouçamos Engelbert Humperdinck e as suas famosas bicicletas:
Em Belsize vive gente tão famosa como os actores Jude Law ou Sean Bean, músicos como os irmãos Noel e Liam Gallagher (dos Oasis), Chris Martin (dos Coldplay) ou gente bonita como a actriz Gwyneth Paltrow ou a modelo Kate Moss.
Agora que já estamos integrados no ambiente de Belsize, ouçamos Engelbert Humperdinck e as suas famosas bicicletas: